JOÃO BATISTA MARTINS DA SILVA
O Homem das Letras
Camocim - Ceará - Brasil
2015
Copyright C 2015 João Batista Martins da Silva
S586h
Silva, João Batista Martins da .
O homem das letras./ João Batista Martins da Silva. –
Camocim, CE: Edição do Autor, 2015.
80p.
ISBN: 978-85-919394-0-4
1. Poesia. 2. Poesia cearense.
3. Poemas escolhidos. I. Título.
CDD B869.3
Catalogação na publicação: Bibliotecária Leolgh Lima da Silva – CRB3/967
SOBRE O AUTOR:
JOÃO BATISTA MARTINS DA SILVA é natural de Camocim, Ceará. Enquanto estudante, ainda no Ensino Médio, começou a despertar o gosto pela arte das
letras ao escrever pequenos poemas. Já na
vida acadêmica, passou a escrever poesias
de caráter sentimental e romântico, mensagens e composições musicais. Hoje, é
professor graduado em Letras Língua Portuguesa pela Universidade
Estadual Vale do Acaraú, UVA, em Sobral-Ceará, é Especialista em
Língua Portuguesa e Literatura nesta mesma instituição de ensino.
É membro da Academia Camocinense de Ciências, Artes e Letras –
ACCAL, cadeira nº 08, que tem como patrono José Rodrigues. É um
dos autores do livro Manual Pedagógico de Experiência e Ação em
Letras e Artes, publicado pelo Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência, PIBID-UVA-2013, Subprojeto de Letras. Foi
estudante bolsista do PIBID/UVA/CAPES de 2011 a 2013. Lecionou, no ano de 2010, na instituição de ensino Liceu Deputado Murilo Aguiar, em Camocim; já no ano 2012, trabalhou no Colégio Georgina Leitão Macedo, também em Camocim; atuou como docente na
escola CERE, Prefeito José Euclides Ferreira Gomes Júnior, situado
em Sobral, no ano 2013 e, atualmente, trabalha na rede estadual de
ensino chamado CEPI, Colégio Estadual Professor Ivan Pereira de
Carvalho e na Escola Estadual Mons. José Augusto da Silva, ambos
em Camocim-Ce. E-mail: [email protected]
“Amor é fogo que arde sem se ver,
É ferida que doi e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.”
Camões
AGRADECIMENTOS
A Deus;
À minha família, especialmente, aos meus pais Francisco Martins
e Francisca Elilva;
Ao Professor e mestre Dimas Carvalho. Notável escritor Acarauense que pela atenção aceitou fazer o prefácio desta obra, a quem
sou grato pelas considerações;
A Maria Magalhães Rodrigues, pelas sugestões e revisão neste
trabalho;
Ao professor e doutorando, Romildo Silva Chaves, pelo acompanhamento, orientação e revisão destes textos;
Ao amigo e professor Danilo Santos, desenhista, que gentilmente
aceitou fazer as artes (desenhos) neste livro;
Ao amigo e professor de música, Marcos André Gino de Vasconcelos pela revisão musical, sentido, clareza e coerência nos arranjos,
na harmonia e melodia destas letras e canções.
À professora Maria Otília da Conceição Sales Trajano, mulher de
fé e que sempre acreditou no meu trabalho;
À professora e mestre, Maria Soares de Araújo, que, honrosamente, influenciou-me na prática da produção textual, nos conhecimentos linguísticos e no ensino e função dos gêneros textuais perante à
sociedade.
A Regiane Alves de Sousa, amiga autêntica, companheira de faculdade e que sempre me trouxe alegria em nossos colóquios literários;
Ao nobre e inestimável amigo, Antonio Edson Duarte Lopes, pessoa íntegra, de caráter e que sempre me apoiou no meu desenvolvimento acadêmico e profissional.
A todos os Professores e Mestres do Colégio Estadual Professor
Ivan Pereira de Carvalho, CEPI, e Escola Monsenhor José Augusto
da Silva, Profissionais da Educação éticos e competentes na arte de
ensinar e educar para a vida. Sou honrosamente grato por trabalhar
com pessoas sábias, humanas, inteligentes e que primam por uma
Educação de Qualidade neste país.
De modo geral, a todos os alunos, amigos, conhecidos e colegas
que, direta ou indiretamente, eu tive a oportunidade de conhecer,
deixando um pouco de mim, e trazendo um pouco delas.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..................................................................... 7
PARTE 1: POESIAS
SEMPRE PARA SEMPRE.......................................................17
ÉS BELA, ÉS LINDA..............................................................19
NÃO POSSO............................................................................21
DA JANELA............................................................................23
LINDA MULHER....................................................................25
O AMOR..................................................................................28
MEU CORAÇÃO.....................................................................30
AMOR MATERNO.................................................................32
MORREU DE AMOR............................................................. 34
SER POETA.............................................................................36
CANSEI...................................................................................38
PERDIDO AO ACHAR-TE.................................................... 40
SECAS PALAVRAS................................................................42
AMOR CONCRETO...............................................................44
PARTE 2: MENSAGENS
SÓ O AMOR............................................................................49
AMIGOS ESCORPIÕES.........................................................51
UMA CHANCE PARA AMAR...............................................53
CORPO DE VIOLÃO..............................................................55
VALE A PENA AMAR?..........................................................57
DEUS À FRENTE...................................................................59
AUSÊNCIA.............................................................................61
ENCONTRAR PARA PERDER............................................. 63
O HOMEM DAS LETRAS.....................................................66
PARTE 3: CANÇÕES
AMOR DA MINHA VIDA......................................................71
VOLTA.....................................................................................73
NÃO CONSIGO TE ESQUECER...........................................75
QUANDO EU ME APROXIMEI............................................78
APRESENTAÇÃO
A presente obra intitulada “O Homem das Letras”, de autoria do
professor, poeta, escritor e compositor João Batista Martins, traz em
seu conteúdo reflexões sobre a vida, sobre os sentimentos de amor,
saudade, paixão, distância e amizade. Por si só, mostra também mensagens de valor humano, afetivo, sentimental, romântico e poético,
ou seja, traz em si questões das relações sociais, assim como o bom
gosto pela arte da criação através das palavras e, para isso contou
com o uso de canções, mensagens e poemas inéditos produzidos
pelo autor supracitado.
Nesta leitura, a priori, optou-se por dividir esta obra em três partes, abordando gêneros textuais diversificados, a saber: Poemas,
Mensagens e Canções. Assim, nesta abordagem, objetiva-se o convite, desde já, à leitura prazerosa, imaginativa, reflexiva, sentimentalista, romântica, poética, musicalizada, proporcionando o despertar
do imaginário tanto infanto-juvenil, quanto juvenil e adulto.
É importante ressaltar que os sentimentos presentes nestes textos,
de modo geral, não são de experiências pessoais vividas pelo autor,
e sim, criações poéticas, características do ato de despersonalização
do escritor durante qualquer processo de criação literária.
Assim sendo, os poemas, as mensagens e as composições musicais apresentam inovações, entretenimento, arte pela arte e brincadeiras com as palavras, muitas vezes sem uso da métrica. O intuito
é promover a reflexão pessoal no leitor, bem como incentivar o gosto pela leitura, pela literatura e consequentemente pela produção de
textos, por mais simples que sejam.
Desse modo, faz-se pertinente concluir que a arte da poesia é tarefa árdua, é amor trabalhado e lapidado nas palavras, pois é preciso estar sensível às realidades sentimentais humanas, aos afetos
comuns que nos unem, nos aproximam e que nos fazem entender o
sentido maior da vida e do viver diariamente com os nossos amigos,
familiares, filhos, filhas, esposas, esposos, namorados (as), parentes,
etc. Boa leitura!
O Autor
O HOMEM DAS LETRAS
PREFÁCIO
Honra-me muito apresentar o primeiro livro do escritor Camocinense João Batista Martins, que foi meu aplicado aluno no Curso de
Letras da UVA – Universidade Estadual Vale do Acaraú – em Sobral.
Dividido em três partes, a primeira e a última vazadas no gênero POESIA, e a segunda no gênero PROSA, o livro tem por quase
único e exclusivo tema o Amor. Significa dizer que é um volume de
forte densidade lírica, onde o narrador, voltando-se para si mesmo,
analisa e esmiúça com profundidade seus sentimentos e emoções,
usando para isso a linguagem conotativa, a rima, o ritmo e os demais
instrumentos verbais que instauram a atmosfera própria da poesia
confessional.
Livro romântico, produzido por uma mente sensível e inquieta,
tem muito a nos dizer, a todos nós que vivemos num mundo do imediato, do capital, do material, do pragmático. É um texto que, pela
perícia da mão do poeta, nos leva a pensar e, principalmente, a sonhar.
Que todos nós, leitores do poeta João Batista, participemos do
sonho que ele tão generosamente nos oferece com os frutos da sua
produção literária. E que, ao sonharmos, possamos conhecer e sentir
um pouco mais do reino mágico da poesia, cada vez mais necessária
na humanização das pessoas.
Parabéns ao poeta, pelo belíssimo trabalho lançamente, e parabéns principalmente para nós, seus privilegiados leitores.
Dimas Carvalho
Acaraú-CE, 16 de Janeiro de 2015.
PARTE I: POESIAS
O Homem das Letras - POESIAS
SEMPRE PARA SEMPRE
Sempre para sempre te amarei.
Perdido e louco encontrar-te-ei,
Nos caminhos da felicidade
Contigo estar-me-ei.
Passe o que passar,
Eu quero é te amar.
Perdido e louco encontrar-te-ei
E sempre contigo estarei.
Não importa a distância,
Amar-te-ei vivendo.
E mesmo que morra,
Morrer-me-ei contente,
Feliz sorridente.
Mesmo que a dor apareça,
E o céu escureça,
Eu quero é te amar,
Perdido e louco contigo estar.
Linda! Só tu me fascinas.
E ao sentir teu toque,
Embaraço-me nos teus braços,
Perdido e louco nos teus abraços.
Contudo, se tu me amas,
Eu te amo.
E nós nos amamos,
Perdidos e loucos sem medida.
Martins, João Batista. Obra completa, 2007.
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O Homem das Letras - POESIAS
ÉS BELA, ÉS LINDA!
Ao conhecer-te
Olhei em teus olhos,
E vi a nobreza
De toda a singeleza.
És bela, és linda!
Jeito meigo e doce
Que encanta e fascina.
Ó sol! Onde está o teu brilho?
Diante da beleza e da clareza
Ficarei, pois, com a presença
Da mulher inteligente.
Palavras, apenas palavras
Têm o poder de expressar
Aquilo que sentimos
Quando felizes estamos.
Contudo, a poesia está
Na essência do amar,
Fazendo a gente filosofar
E dizer: “Eu quero te amar.”
Martins, João Batista. Poesias, 2007.
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NÃO POSSO
Não posso. Não posso tocar-te,
Sentir-te e ter-te.
Como é difícil te ver, vindo, mas indo...
Distante... Tão longe...
Queria tanto te amar infinitamente...
Sentir o desejo incontrolável,
Tendo-te perto de mim.
Libertar o meu-eu que aprisionado
Em ti, necessita do teu amor.
Mas, imenso amor não pode!
Difícil ou impossível? Não sei!
Os dias parecem não passar
Pois contigo me sinto bem,
É o amor, que só tu tens.
A distância não pode nos impedir,
O Amor não pode ser esquecido.
Oh, vida! Não separe meu amor;
Traz para mim, pois necessito tê-lo.
Ter-te, parece possível, mas não posso;
Porque não sei onde te encontrar.
Logo, queria te sentir, tocar-te, beijar-te
E amar-te, mas não posso.
Martins, João Batista. Minhas Poesias, 2010.
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DA JANELA
Da janela eu vejo
O tempo passar.
Lindas tardes e noites que se vão,
E que madrugada adentro vem.
Da janela eu vejo as verdes
Matas do cerrado que contrárias
Às da caatinga, nunca perdem o viço.
Da janela eu vejo carros,
Praças e apartamentos.
A rotina do dia a dia,
Tanta pressa e correria
Barulhos, sons e muita gritaria.
Da janela vejo cidades,
Pessoas e caminhos que
Conduzem a um destino.
Assim, sigo meu caminho
Andando pelas estradas,
Em busca do conhecimento.
Da janela te vejo passar
Todo dia sem parar.
E eu, à espera de te encontrar
Para te amar, e contigo estar,
E nunca nos separarmos.
Martins, João Batista. Poesias, 2010.
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O Homem das Letras - POESIAS
LINDA MULHER
Mulher, que há tempos procuro.
Onde tu estavas?
Pensar em ti faz lembrar-me
A maravilha do viver.
Linda mulher dos lábios doces,
Que contemplo tal formosura.
Tão graciosa és tu, oh! amada!
De todas a mais linda.
Como podem dizer, oh! Homens insensíveis
Que mulheres outrora vieram de macacos?
“Dizei-me, vós, Senhor Deus se não é
Loucura tanto horror perante os céus”.
Linda mulher! Estar contigo eu quero.
E mesmo na dor, não me desespero
Pois é com teu amor que supero
O martírio de tua ausência.
Andando pelas avenidas,
Apreciar-te-ei de longe.
Se me vires, vens abraçar-me,
Pois de ti sinto saudades
Linda amada dos olhos verdes.
Contemplar-te é uma preciosidade.
Teus olhos me fazem ver além.
Teus cabelos brilhosos deslumbram-me.
E mais: teu sorriso... Hum!
Dádiva para poucos.
Falar de ti, linda amada
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Não tem fim, é como o infinito.
Tua beleza é sem igual.
E o meu amor por ti é como o ar
Que faz oxigenar a beleza do viver.
Linda! Anseio em ter-te.
Em meus braços sentir-te
E em teus abraços amar-te
Amar-te... para sempre, sem fim...
Nós dois, eu e tu.
Martins, João Batista. Minhas Poesias, 2009.
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O AMOR
A exemplo de Camões,
Como descrever o Amor
Se não lançar mão de
Antíteses e paradoxos?
Como entendê-lo sem antes
Senti-lo e vivê-lo?
Será mesmo o Amor contraditório
Aponto de fazer-se perfeitamente certo?
Nascido dos sentimentos sublimes
O Amor não se envaidece, não é orgulhoso
E nem ostenta luxúrias e falsidades.
O Amor tudo supera e crê
Tudo suporta e vive, vive à
Espera de sempre ser encontrado.
Martins, João Batista. Poesias, 2011.
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MEU CORAÇÃO
Nesta data especial queria dar-te tudo,
Mas não posso. Queria dar-te o céu,
Mas é infinito. Queria dar-te as
Estrelas, mas não consigo alcançá-las.
Queria dar-te o mar, mas é muito extenso.
Queria dar-te a natureza com toda sua beleza,
Mas não posso. Queria também, dar-te
Todo o universo, mas não posso não.
Mas, uma coisa eu posso dar-te.
É simples, é pequeno e verdadeiro.
Não ostenta luxúrias e falsidades.
É vermelho, bate sem parar
E só pensa em ti. Adivinhou o que é?
É o meu coração, recheado de amor.
Martins, João Batista. Minhas Poesias, 2011.
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AMOR MATERNO
Tu és a razão do meu viver,
O Ser que me deu a vida.
Tu és o refúgio e a fortaleza,
Tu és minha eterna mãe.
Amor singular e sem igual,
Amor que cuida e faz bem,
Sereno, suave e conselheiro
És tu Amor de mãe.
Fonte de sabedoria e verdade,
Que merece louvor porque
Acolhe os filhos com amor.
Nome doce é nome de mãe.
Contigo sempre quero estar,
Sendo obediente, íntegro e justo.
Martins, João Batista. Poesia Completa, 2011.
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MORREU DE AMOR
... E se perguntarem: morreu de quê? Digam: “morreu de fome,
Morreu de dor, morreu de medo, morreu de frio”; digam que ele
Morreu, mas digam que a causa da morte morrida de que
Morreu o morto vivido foi Amor. Por amar demais, morreu o
morto morrido.
Morte de Amor? Pois é... Morreu de amor vivido, mas não sentido.
Morreu de morte sentida, de amor esquecido, mas não amado.
Morrido, tudo se desfaz. E morrer de morte morrida por alguém
Que não soube amar é uma tristeza só.
O morto morrido de morte sentida descobriu a causa
Da morte morrida: amou muito quem nunca o amou.
Foi Amor demais por quem nunca soube amá-lo.
Ô vida triste morrida, sentida, vivida!
Pesadelo dos amantes, viventes, que morrem
De morte morrida, vivida e sentida...
Martins, João Batista. Morte de amor, 2012.
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O Homem das Letras - POESIAS
SER POETA
Ser poeta não é fácil.
Ser poeta é olhar o inolhável,
É sentir o insentível,
É está preso ao irreal.
Ser poeta é árduo e difícil.
Ser poeta é ver o invisível,
É perceber o imperceptível,
É denunciar o indenunciável.
Ser poeta é crer no impossível.
Ser poeta é pensar no impensável,
É dizer o indizível (ou o indito),
É viver o invivível.
Ser poeta é tocar o intocável.
Ser poeta é querer o inquerível,
É desprender-se do indesprendível,
É realizar o irrealizável.
Ser poeta é fazer o infazível.
Ser poeta é criar o incriável,
É lutar com as palavras o inlutável,
É acreditar no inacreditável.
Martins, João Batista. Minhas Poesias, 2012.
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O Homem das Letras - POESIAS
CANSEI...
Cansei de calar a voz diante dos momentos decisivos.
Cansei de ver a opressão e ser conivente com os erros.
Cansei de aceitar tudo aquilo que me é imposto.
Cansei das falsas mentiras e dos falsos desamores.
Cansei do silêncio litorâneo e da brisa marítima
Que muito ventam e ressoam, mas que nada dizem.
Cansei do desamor serrano e das tristes e dolorosas
Lamentações frientas que me invadem a alma.
Não serei o poeta de um mundo insensível.
Tentei firmar-me na paixão e no amor encontrado,
Mas que nada! Tudo ilusão, tudo mentira...
Cansei de falar e não ser ouvido.
Cansei de ser paciente e de ouvir o que
Os outros dizem o que é preciso fazer, cansei.
Martins, João Batista. Poemas, 2012.
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O Homem das Letras - POESIAS
PERDIDO AO ACHAR-TE
Nas noites escuras me vi sem ti.
Na aurora do amanhecer
Foram frios gelados sem teu corpo.
“Tarde te amei” e quando te vi, me encontrei.
Eu te encontrei ao procurar-te e fui-me
Perdendo ao achar-te.
Tu estavas muito perto de mim,
A todo instante do meu lado.
E nem me dei conta de que tu estavas comigo.
Se tudo acontece num instante, em instantes
Longos me vi sem ti. Mas só por ti
Meu peito bate taciturnamente.
As brisas marítimas que tocam meu ser
São ventos leves que me fazem falar de ti.
Os murmúrios do meu peito clamam a tua presença.
Teu olhar e teu jeito de ser me fizeram contemplar
O esplendor da vida, pois no meu pensamento és a razão
De um novo tempo, de uma nova história que começa.
Martins, João Batista. Poemas, 2013.
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SECAS PALAVRAS
Palavras secas, secas palavras.
Se afogá-las não morrem porque,
De tão secas chegam a ser frias,
Caladas, mudas e impermeáveis.
Áridas palavras, escassez de letras
Vocábulos difíceis, linguagem prolixa
Língua minha pobre e inacessível.
Palavras desérticas e inbrotíferas
Se lançadas ao papel
Não morrem de tão seca que são.
Palavras nuas e cruas
Pesadas o bastante para ferir
Já que de tão secas chegam a ser
Inbrotíferas e malévolas.
As palavras, o poder e a força
Caminhos de construção ou destruição.
Proferidas para o bem ou para o mal,
Quando ditas são fatais.
.
Martins, João Batista.Secas Palavras, 2013.
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O Homem das Letras - POESIAS
AMOR CONCRETO
...E se o Amor perder o sentido vale a pena amar?
...E se o Amor esfriar, de que vale todo o romantismo?
Confiante no amor, vivido e sentido em meio às palavras e
Sentimentos verdadeiros te dou estas lindas rosas, murchas.
Demonstrar os sentimentos não é fraqueza,
Mas são ações concretas e provas vivas do
Grande Amor que sinto por ti.
Amar alguém é decisão que exige atitude, e querer.
Assim, quero-te. Escolho-te concretamente!
“Chega de lirismos comedidos”; quero uma poesia viva,
Sábia e inspiradora. Quero um amor real, atuante e presente.
Não quero ser, simplesmente, mais um a passar em tua vida.
Lutar, persistir, inventar, criar e renovar
São palavras indeléveis, que usei pra te conquistar.
Por isso, decidi-me amar-te; optei por escolher-te,
E procurar ser feliz ao teu lado, concretamente.
Martins, João Batista. Sentimentos, 2013.
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PARTE 2: MENSAGENS
O Homem das Letras - MENSAGENS
SÓ O AMOR...
O Amor se completa quando duas pessoas sentem o pulsar do
coração bater sem medida. É um querer imediato, mesmo estando
perto. O amor chega de repente, sem avisar, chega e logo vai embora. O amor é um sentimento verdadeiro que desperta felicidade no
bem-amado.
Ele se mostra de diferentes formas, através de um sorriso alegre e
cativante, através de um bom diálogo ou até mesmo um forte desejo incontrolável de beijar a pessoa querida. E quando se encontra...
Oxalá! Que neste belo dia, viva o Amor.
Viva o amor entre todos os casais que se deixam apaixonar, enamorar-se, porque quando te vi, “amei-te perdidamente e nasci para
ti antes mesmo da criação”. Uma vez cativado, sempre cativado.
Quem ama, mesmo distante, não explica, apenas sente.
Quem ama consegue suportar as mais terríveis distâncias, já que
existem lembranças dos momentos aprazíveis. As muitas palavras
estão sendo lançadas, mas por que não enxergar ou não querer aceitar esse Amor? Somente o Amor pode suportar o estado da solidão,
do vazio, da melancolia e de toda vagueza mnemônicas.
O verdadeiro amor não se faz sozinho. Ninguém é tão bom o suficiente para viver isolado ou solitário a ponto de não precisar deste
sentimento. Encontrar um grande amor é a possibilidade que se tem
de não frustrar os sonhos e os sentimentos, pois o amor não se explica, sente-se e vive-se.
Martins, João Batista. Mensagens Apaixonadas, 2012.
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AMIGOS ESCORPIÕES
Aos amigos escorpiões,
“Você aprende que, por mais ‘boa’ que seja a pessoa (se é que
é) de vez em quando ela vai lhe ferir e você precisa está aberto a
perdoá-la”, Shakespeare. Aprendemos que na vida surgem muitas
desilusões, mentiras falsidades e algumas decepções. Às vezes, confiamos muito nas outras pessoas e, quando menos esperamos, vêm às
decepções, traições e tristezas, justamente daquelas pessoas de quem
tanto queremos “coisas boas”.
A vida, infelizmente, tem disso. Esperamos tanto das “pessoas
boas” e, esquecemos que, por serem humanas, sempre nos ferirão.
Isso, sem dúvida, só pode ser da natureza humana (pecadora) porque
a divina (santa), expulsa e lança fora todo e qualquer sentimento e/
ou palavra de desprezo, inimizade e desamor.
Assim é a vida! Nesse vai e volta, sobe e desce, estamos cercados
de “pessoas boas”, se é que são. Como exemplo, citemos a fábula
do “sapo e do escorpião”, do autor Esopo. Nela, o bom sapo ajuda o
escorpião atravessar até a outra margem do rio, isto é, ajuda o amigo,
levando-o nas costas rumo ao seu destino. E quando menos se espera, o pobre sapo é apunhalado nas costas pelo ferrão do escorpião, ou
seja, o sapo foi vítima do “bom” amigo escorpião.
A vida, infelizmente, também tem disso. Nesta fábula, apesar do
sapo ter tido uma boa intenção, em querer ajudar, nada pôde fazer
contra a natureza cruel do escorpião. Por isso, prestemos atenção nas
pessoas “boas” que aparecem em nossas vidas, pode ser que sejam
amigos escorpiões, cuidado.
Martins, João Batista. Mensagens Inocentes, 2012.
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UMA CHANCE PARA AMAR
Só há uma chance para seres feliz, é quando tu dizes: “sim” ou
“não”. Existem muitas maneiras de amar alguém, mas só uma oportunidade de encontrar um “raro amor”. Quando tu encontrares um
Grande Amor, tiras as vendas dos olhos porque nessas horas, o amor
fica cego, dizem. Perceber um grande amor é está atento às necessidades do coração, vendo os reais sentimentos e intenções. Não esperes o amanhã para perceberes o amor, talvez, pode ser tarde demais
e, terás deixado passar a pessoa da tua vida. Ama como se fosse à
última vez, indistintamente, e ama infinitamente.
“Carpe diem” (aproveita o dia), “o futuro ou o amanhã é incerto
demais, portanto, construamos nossa vida na estrada do hoje”. Ser
feliz e ser amado são necessidades humanas que implicam respeito,
atenção, confiança e fidelidade à pessoa amada. O amor se concretiza quando duas pessoas se sentem atraídas uma pela outra. O amor
não se explica, vive-se e sente-se. O amor não é divisão, pelo contrário, ele soma e multiplica aquilo que é infrutífero, germinando até
mesmo, os solos mais áridos dos rochosos corações.
Assim, acerca do amor as tentativas foram muitas, as alegrias foram poucas e o desejo irrefutável de sempre encontrar jamais cessou.
Até que um dia chegou, oxalá! Até que um dia o amor foi encontrado; difícil, mas não impossível.
Martins, João Batista. Mensagens Reflexivas, 2012
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CORPO DE VIOLÃO
Certa noite tive um sonho. Sonhei que me apaixonava quando te
vi pela primeira vez. No sonho foram muitas trocas de olhares e tu,
ali, perfeita, chamando minha atenção e, eu, apenas contemplando a
tua beleza.
Foram momentos de pura magia e encanto. Mas, quando me aproximei de ti, pude sentir os suspiros poéticos do meu coração, batendo
forte por ti. Foi amor à primeira vista. As pernas ficaram trêmulas,
fiquei sem palavras e quando te toquei... Ah! Quando te toquei senti
a suavidade do teu braço. Parecia estar em êxtase no momento em
que te abracei. Teu corpo inteiro pude sentir ao tocar-te.
Não eras tu, Afrodite ou Helena de Troia. No meu sonho era a
musa, a poetisa e a musicista que tocava as cítaras e embalavam os
meus sonhos. “Oh! Que saudades que tenho da aurora” dessa noite.
“Que noites de melodia”. Teu canto, ritmo e tua silhueta, por sinal
bem trabalhado não me saem do pensamento, pois tudo em ti era
perfeito.
A mulher dos sonhos! Mas falando de sonho, quando eu acordei...
Quando eu acordei... eras tu, oh! violão, na cabeceira da cama. Então, vi que tudo não passava de fantasias, insônias e delírios porque
no sonho era uma mulher com corpo de violão.
Martins,João Batista.Sonhos Poéticos, 2013.
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VALE A PENA AMAR?
“O amor não divide, multiplica”. O amor não mais separa, pelo
contrário, ele nos une. O amor é o sentimento que nos faz sentir a
alegria de viver e, de querer está perto de quem realmente gostamos
ou amamos. O verdadeiro amor não é uma farsa e, nem poderia ser.
Não é da natureza do amor fazer certos fingimentos, muito menos vir a ser o que não é, ou seja, ou amamos ou não amamos; ou
gostamos ou simplesmente não gostamos e, daí o certo fingimento, o
que por sinal é triste, porque no amor não existe “meio termo”, pois
é “sim” ou “não”. Mas falando do amor, o que é mesmo o amor? Tu
sabes? Sentes o que é? Tu entendes a significação? Caso saibas, dizme, pois já nem mesmo sei o que é.
Será que vale a pena dedicar tanto tempo às pessoas que não sentem, não ligam e nem sabem o que é amar? Se vale a pena, fala-me
e mostra-me com palavras e atitudes, não da “boca para fora”. “Não
grites tão alto, fala-me baixinho”, mas não escondas os teus sentimentos. Aprende-se, também, que amar não é fantasiar, muito menos
enganar o outro.
O ato de amar ou gostar de alguém exige uma postura real, verdadeira, fiel, objetiva e que seja prudente. Mas quem liga para isso?
Uns dizem: “Amor não enche barriga” e, não enche mesmo! Ou será
que enche? “Amar é está sempre preparado para se alegrar, sorrir,
chorar, sentir e viver porque a felicidade não se faz sozinha; pelo
contrário, ela necessita de companhia para se poder desfrutar do
amor e da beleza da vida.
Martins, João Batista. Reflexões Poéticas, 2013.
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DEUS À FRENTE
O sofrimento, por mais difícil que seja, serve para nos amadurecer como pessoas humanas e nos mostrar que são apenas fases
que a vida nos apresenta. A dor, ainda que nos faça sofrer, ela nos
possibilita testar a nossa fé e saber, de fato, “em que” ou “em quem”
estamos depositando nossas esperanças e alegrias.
Mendigar amor e receber migalhas ou resquícios de quem gostamos não é amor; pode ser tudo quanto for, menos amor. Amor é
doação, é entrega total. Porém, quando Deus está à frente tudo ganha
sentido, tudo corrobora para um fim salutar porque o Senhor nos conhece por inteiro e bem sabe o que é melhor para nós.
Perdemos muito tempo teorizando sobre a vida, sobre o que é
a vida e, quando acaba, esquecemo-nos de vivê-la porque as preocupações e os problemas, muitas vezes, nos cegam. Portanto, hoje
e sempre, deixemos o Senhor tomar a frente das nossas vidas para
que, nos caminhos porvindouros ou “nos vales das sombras da morte
jamais venhamos a vacilar, porque junto a nós Deus está”.
Nos caminhos da vida devemos esperar de Deus e em Deus tudo
aquilo que nos for melhor, pois aprendemos que antes de amarmos o
próximo, faz-se preciso amar-se a si mesmo. Aprendemos ainda que
antes mesmo de fazermos alguém feliz, devemos primeiro fazer-nos
a nós mesmos. “Conhece-te a ti mesmo”.
Reconhecer nossas limitações e dificuldades é fundamental. Porém, não podemos dá ao outro aquilo que não temos, pois na verdade, só amamos o que conhecemos. É preciso nos valorizarmos enquanto pessoas, e isso não significa que venhamos a ser orgulhosos
ou soberbos ao extremo, mas (re) conhecer nossas potencialidades,
qualidades e virtudes. E, independente do que digam, o mais importante é ser feliz, tendo a consciência justa diante de Deus.
Martins. João Batista. Pensamentos, 2013.
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AUSÊNCIA
E por um instante, eu pensei que todas as palavras, sentimentalismos e emoções tivessem ido embora. Imaginava que todas as letras
e palavras estivessem ausentes ou fugidas de mim.
Até hipotetizei, repentinamente, que todas as inspirações tivessem
acabadas e que o amor não mais fosse encontrado. Foram momentos
ruins, pois o fato de amar, querer está perto e não poder é lamentável.
Acredito que surge agora um novo tempo, uma nova história e um
novo recomeço.
Na vida aprendi que o tempo não volta mais, e muito menos pára.
Por isso, os erros cometidos serviram para repensar sobre algumas
atitudes, pedindo perdão a quem tanto magoei.
Viver é uma dádiva muito preciosa, pois a vida existe para ser vivida, sentida, realizada e concretizada como uma experiência eterna
e única. A vida fica melhor quando em tudo se percebe as graças,
pois os momentos bons e ruins, tristes e alegres, marcantes ou não
nos ajudam a entender os propósitos maiores que regem nossa vida
e estão em volta de nós.
Martins,João Batista. Pensamentos, 2013.
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ENCONTRAR PARA PERDER
E nas impetuosidades da vida, de repente, encontramos a pessoa
certa para nós. A priori, passamos a não acreditar e chegamos até
duvidar se é verdade tal momento ou sensação de felicidade. Parece
mentira! Mas é uma satisfação de êxtase.
Nesse vai e vem da vida, sobe e desce, diariamente, somos convidados a rever e a repensar sobre nossas ações porque, dependendo do
momento precisamos parar e analisar as nossas atitudes e olhar para
dentro de nós mesmos, e não para o outro.
A paixão quando surge é passageira, e logo se vai. No amor, não!
No amor tudo é diferente. Ele aparece de mansinho, mas sempre está
do nosso lado, muito embora não o percebamos. E quando o achamos, a alegria é incomensurável. Quando descobrimos o amor tudo
fica mais bonito. Os pássaros cantam; a natureza reaviva seu verde;
o céu, os rios e os mares ficam em perfeita harmonia e sintonia. Este
momento é mágico!
Assim como a paixão, o amor também quando se esfria perde
o sentido e parece esvair-se no tempo, porém, quando os amantes
estão distantes ou separados um do outro, o verdadeiro Amor jamais
passará porque ele tem brilho e essência próprios.
Sentimento, amores, romantismos e paixões. Para uns, tudo é a
mesma coisa e, poucos se importam com isso, ou importam? Quem
liga para isso? Os tolos pensam assim. Porém, quando se ama de
verdade, o verdadeiro sentimento não morre assim facilmente e, a
oportunidade de ser feliz é para hoje, aproveitando o tempo presente.
Ilusão! Fantasia! Felicidade! Não sabemos, mas a vida exige de nós
posturas e atitudes coerentes e sensatas que venham ao encontro de
nossa libertação e autonomia pessoal de felicidade, não de prisão da
alma ou da pessoa amada.
Não estamos suficientemente preparados para amar incondicionalmente. Ou estamos? Humanamente e, às vezes, queremos e fazemos do amor um sentimento de posse ou de pertença em relação ao
outro. Esquecemos que o amor é liberdade, é diálogo permanente,
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é fidelidade, é companheirismo que objetiva o bem-estar do outro.
Queremos um amor à nosso bel-prazer e acabamos banalizando este
sentimento tão puro entre as pessoas. Neste sentido, somos fracos e
insensíveis aos sentimentos do próximo e, acabamos aprisionando o
nosso semelhante.
Somos humanos! É a vida humana! Felicidade, todos buscam e a
procuram, mas onde encontrar? Onde estar? É difícil, mas não impossível, pois é preciso estar atento às realidades do nosso coração,
fazendo uso da razão ao buscarmos este amor e felicidade sincera, fiel e verdadeira. E quando encontramos, logo percebemos que é
para perder. Então, qual o sentido de encontrar um verdadeiro amor
para depois vir a perder? Oh, vida! Não tire de nós o verdadeiro
amor. Não afaste da nossa vista o sol esplêndido e fulgurante da nossa manhã, de todos os dias.
Nesses episódios inesperados que a vida nos prega, o tempo é o
maior agente e protagonista da história. Só ele é capaz de definir ou
determinar o que nos reserva daqui para frente. E nestas escritas da
vida, viajar no pensamento é a melhor forma de desafogar no papel
os nossos sentimentos, acalmando os prantos ao falar desse personagem principal chamado “Amor”, chamado “Vida”.
Martins, João Batista. Encontrar para perder, 2014.
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O Homem das Letras - MENSAGENS
O HOMEM DAS LETRAS
Tu sempre chegas de mansinho e me pegas em meio à minha
sensibilidade varonil. Tento não te sentir, fujo para não te ver, mas é
inútil porque tu desejas se fazer presente. Quer se mostrar a mim e
fazes questão de tocar meu coração e invadir meu peito.
Às vezes, eu penso que tu estás tão distante ou, até tenhas me esquecido, mas quando menos espero tu apareces, dizendo-me: “Cheguei! Cheguei para te fazer feliz, ainda que seja por pouco tempo”.
Oh! Tempo que não para! Oh! Palavras que não me deixam, pois têm
o caminho e o segredo de mostrar-me o que é o amor.
_ “Oh! Homem das letras e das palavras! Eu, Palavras, Vocábulos,
Línguas, Idiomas e Dialetos nem sempre terei palavras aprazíveis e
polidas para te envolver e te tocar intrinsecamente”, diz-me. Então,
eu te respondo: “Eu, humano, não sou perfeito e, às vezes, não sei
me expressar porque sou tosco e tenho minhas limitações, mas quando tu te aproximas de mim, o belo e o fantástico acontecem, pois não
sei mais viver sem ti e sinto que sou dependente de ti”.
Mas afinal, o que queres deste pobre homem das letras? Quem és
tu? De onde vens? Por que me escolhestes? Eu? “Ha ha ha ha”! Eu
sou o Logos Divino. Sou estas palavras que agora estás lendo. Eu
sou as letras que te inspiram e te faz viver. Eu sou o vento, sou o ar, o
céu, o sol, as árvores, os animais, a água, sou a vida em ti e que sempre está ao teu lado e te quer por perto”. Eu... “Eu Sou o que Sou”.
Martins, João Batista. O Homem das Letras, 2014.
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PARTE 3: CANÇÕES
O Homem das Letras - CANÇÕES
AMOR DA MINHA VIDA
Letra e composição: João Batista Martins
Arranjos: Marcos André Vasconcelos
Tom: C
É maravilhoso poder te encontrar,
Depois de tanto tempo,
Nem sei como é que está.
Sinto a tua falta, preciso de você.
É difícil a ideia de ficar sem te ver.
REFRÃO:
Volta e vem ficar comigo.
Amor da minha vida,
Te quero do meu lado.
Volta e vem ficar comigo.
Eu me sinto tão sozinho,
Me faz falta o teu carinho. BIS!
A primeira vez que eu te encontrei,
Estavas tu tão bela,
Não sabia o que dizer.
Sinto a tua falta, preciso de você.
Não consigo suportar,
Essa ausência de te amar.
CIFRA:
C, G/B, Am, Am7,
F9, F,
G,
C, G/B, Am, Am7,
F9, F, G,
REFRÃO:
C, E, Am, Am7,
F9, F
G
C, E, Am, Am7
F9, F,
G
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O Homem das Letras - CANÇÕES
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O Homem das Letras - CANÇÕES
VOLTA
Letra e composição: João Batista Martins
Arranjos: Marcos André Vasconcelos
Tom: C
Vai, que eu fico aqui,
Sem entender o teu adeus.
Por que partiu meu coração?
Me deixou na solidão,
Sem ao menos me dizer…
Volta, meu grande amor.
Esqueça o que passou.
Traga de volta o teu calor.
Sinto que é de verdade,
O teu amor traz felicidade.
Vem! Dissipar esta saudade.
De amor eu te falei,
Eu te mostrei. Mas, você
Nem quis saber...
E agora? Fica a saudade.
Sem teu amor nada é verdade.
Preciso de você, aqui.
I
CIFRA:
C, Em7,
F, G,
C, G/B
F,
G,
II
C, G/B,
F,
F9, G,
C, G/B,
F,
F9, G, G7
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III
C, Em7,
F, G,
G,
C, G/B,
F,
G, C
O Homem das Letras - CANÇÕES
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O Homem das Letras - CANÇÕES
NÃO CONSIGO TE ESQUECER
Letra e composição: João Batista Martins
Arranjos: Marcos André Vasconcelos
Tom: F#
O que cantar?
O que dizer?
Se eu não tenho mais você aqui perto de mim.
O que falar?
Pra quem contar?
Se aqui dentro ainda mora
Um coração que pensa em ti.
Quando eu olho em teus olhos,
Eu sinto o teu amor.
Quando vejo o teu sorriso,
Lembranças que ficou... (BIS)
REFRÃO:
Não consigo te esquecer, não.
Seja do jeito que for,
Tu és o meu amor.
Não consigo e não posso, não!
Apagar da minha vida,
Uma história tão bonita.
Não consigo te esquecer, não!
Minha amada, minha amiga,
A mulher da minha vida.
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O Homem das Letras - CANÇÕES
CIFRA:
F#,
A#m,
B7M,
C#7,
F#,
A#m,
B7M,
C#7,
B,
F#(9),
B,
F#(9)
B,
F#(9),
REFRÃO:
F#, C#/F, D#m, D#m7,
B, C#
F#, C#/F, D#m, D#m7
B
C#
F#, C#/F, D#m, D#m7
B
C#, F#
76
B,
C # ,
C#7
O Homem das Letras - CANÇÕES
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O Homem das Letras - CANÇÕES
QUANDO EU ME APROXIMEI
Letra e composição: João Batista Martins
Arranjos: Marcos André Vasconcelos
Tom: F#
Quando eu me aproximei,
Quando eu te vi passar,
E vi teus olhos me olhar.
Um sentimento ficou
E paixão me deixou
Perdido no ar.
Vocalizes:
Tchu ru ru ru (2x) ru ru
Aconteceu de repente,
Feito estrela cadente,
Caindo na noite.
O teu sorriso brilhou,
E em meu peito brotou
Um doce amor.
CIFRA:
F#, C#,
B,
C#,
F#, C#,
B,
C#
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O Homem das Letras - Recanto das Letras