A ARTE DE
FALAR E DE
ESCUTAR EM
PÚBLICO
A VOZ humana:
Um elemento de grande
valor nas relações
interpessoais, porque ela
declara, revela, anuncia o
que a própria pessoa é,
suas potencialidades, suas
deficiências; reflete a
personalidade, e isto tem
enorme influência no
aprendizado do outro.
• A rigor, quando estamos
falando, o receptor está a
nossa “disposição”, sob o
nosso “controle”. O som vocal
tem poderes inimagináveis:
pode aproximar, mas também
afastar; pode alegrar, mas
também
entristecer;
pode
afagar, mas também agredir...
A ORATÓRIA
• A ORATÓRIA é a arte de proferir
discursos. Parece simples, mas não
é. As atividades humanas, as
ciências e as artes mantêm relações
recíprocas. Assim, a oratórias tem
como auxiliares: a Filosofia, a Ética,
a
Psicologia,
a
História,
a
Antropologia,
a
Sociologia,
a
Fisiologia, a Linguística, a Fonética e
o bom senso.
ALGUNS QUESTIONAMENTOS
Por que as pessoas falam em
público discursando tão mal?
Por que, tendo tudo para agradar,
terminam por afastar as pessoas
da idéia central? Por que para
uns
falar
apresentam
um
problema e para outros uma
satisfação? A oratória está em
desuso?
A oratória não está em desuso,
o problema é questão técnica.
3 Princípios podem nos ajudar:
1.preparar a estrutura
intelectual do discurso;
2.arquitetar a forma de falar ;
3.conhecer as características
de cada auditório e se informar
sobre o tipo de público.
ORADOR REAL X ORADOR IDEAL
CARACTERÍSTICA DO ORADOR REAL
• Dono da verdade: fala como se
detivesse o controle das situações. A
história e o tempo são muito generosos,
fornecendo elementos apenas para ele.
Os demais nada entendem. Por isso
fala... fala... e não agrada ninguém.
• Arrogante: Impõe-se com soberba e
insolência, como quem se presume o
mais
hábil,
intelectual
informado,
elegante e controlador.
*Complicador: Sobrecarrega seu
discurso com excesso de assuntos
sem levar em consideração se o
público vai ou não receber bem suas
informações. Para ele tanto faz, o
que importa é emitir suas idéias...
*Não planificador: Aquele tipo
que fala “inspirado”. As idéias
surgem “na hora”, perde a forma e
se afasta do essencial.
*Gritador: O tom da voz é sempre
agudo, intenso, rápido, desrespeitando as
mais
elementares
regras
de
comunicação.
*
*Desatualizado:
Está
sempre
fazendo referências ao passado; nutre-se
de
informações
tendenciosas,
preconceituosas, de gosto duvidoso. Sua
biblioteca não é variada e nem
atualizada. Vive do passado, alheio ao
presente e negando o futuro.
*Assim, são os oradores reais.
Pode não parecer, mas vivemos
entre eles. O que mais causa
surpresa e pesar é a resistência
que eles têm para mudar,
atualizar e contextualizar. Por
isso, estão e continuarão
limitados e empobrecidos da
graça do saber.
CARACTERÍSTICAS DO ORADOR IDEAL
Investe
em
si
mesmo:consulta
especialistas, lê bons livros, faz bons
cursos, é um bom ouvinte. Está com os
pés no presente e os olhos no futuro.
Tem cuidado com a sua voz:
Treina sempre a sua voz, atualiza-se,
muda os tons e intensidade, o ritmo;
Tem domínio sobre a voz e dificilmente
tem problemas vocais, além de estar
sempre bem disposto.
*Pesquisador: Sabe suprir todos
com
informações
seguras
e
contextualizadas; lê sobre tudo e retém
o melhor para que seus liderados
sejam privilegiados.
*Informador: Procura ouvir seus
liderados com freqüência; analisa
antes o que vai fazer; sabe trabalhar
em equipe; entende que sozinho não
pode fazer nada. Por isso, mantém um
fluxo de informações.
Assim são o orador real e o ideal.
Seria interessante fazer uma autoavaliação sobre o comportamento
em oratória: A ARTE DE FALAR E DE
ESCUTAR EM BÚBLICO. Estamos na
era da Informática, da comunicação
digital, dos crescimentos pessoal e
interpessoal.
É
salutar
cada
mudança que gera maturidade e
eficácia
nos
relacionamentos
humanos e na comunicação.
SETE
CAMINHOS
PARA UMA
COMUNICAÇÃO
EFICAZ
Objetivos
Apresentar sete caminhos para uma
comunicação eficaz
Promover a autoanálise e a
sensibilização para
uma comunicação
clara, objetiva e
segura.
7 Caminhos para uma Comunicação Eficaz
1. Comunicação humana e
Autoconhecimento
2. Conhecimento das Barreiras
3. Plano de Ação
4. Aplicação das Técnicas de
Comunicação
5. A Assertividade
6. A Arte de escutar
7. Celebrar as conquistas e buscar novos
desafios
1 - Comunicação
humana e
autoconhecimento
Comunicação Eficaz:
a arte da interação e
do encontro.
A arte de tornar
comum uma
mensagem
Símbolo de poder e
autoridade
 Somos
do tamanho da
comunicação que conseguimos
estabelecer no meio em que
atuamos
 Ter
coragem de comunicar-se é
estar disponível para o contato
social
A
conversa é a cola que une o
relacionamento
 FALAR
É FALAR-SE
IMAGEM
Definição:
• Imagem é a impressão que as pessoas
tem de você
• O importante é que sua imagem seja um
reflexo do que você é
• A imagem deve ser uma expressão
genuína de você mesmo, mas essa
expressão deve ser adequada à situação,
ao ambiente ou à cultura em que você
está inserido.
A Imagem é uma combinação de 3
percepções
- Como eu me vejo
- Como os outros me
vêem
- Qual a imagem
que eu gostaria de
transmitir?
1 - Comunicação Humana e Autoconhecimento
Fontes de Informações
Expressões Faciais
Tom de Voz
Vocabulário
Trajes
Gestos
2 - Barreiras nas comunicações
Escolha
Dificuldade
Excesso
de de
Egocentrismo
Preconceitos
Timidez
Status
inadequada:
expressão
intermediários
receptor;
 momento, local e meio.

Egocentrismo
Timidez
Dificuldade de expressão
Excesso de intermediários
Preconceitos
Status
3 - Plano de Ação
 Identificar as necessidades.
Criar objetivos para
superação dos obstáculos.
 Determinar o tempo para conquistar os objetivos propostos.
 Planejar estratégias facilitadoras.
Avaliar os resultados.
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
V – VONTADE
I – INFORMAÇÃO
P – PRÁTICA
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
V – VONTADE
De:
. Planejar
. Apresentar
. Avaliar a mensagem
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
I - INFORMAÇÃO
Todos os conhecimentos necessários
para uma mensagem eficaz:
• público-alvo
• conteúdo
• técnicas de comunicação verbal e
não-verbal
• técnicas de controle da emoção
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
P - PRÁTICA:
• a aplicação dos conhecimentos
• o treino das habilidades de
comunicação verbal e não-verbal
• a percepção do outro
• a coragem para a auto-análise
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação verbal EVITE
 Pronunciar mal as palavras;
 falar muito baixo ou muito alto;
 falar muito depressa ou muito devagar;
 respirar mal;
 usar vícios de linguagem como “tá?”,
“né?”, “ok”, “certo?”, “entendeu?”,
“percebe?”, “é isso aí!”, “tipo assim”, “a
gente”, “acho que” e outros;
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação verbal EVITE
falar como robô, em tom monocórdio;
cometer erros gramaticais;
engolir esses e erres;
falar com estridência;
ser prolixo ou monossilábico;
expressar-se sem objetividade e
clareza;
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação verbal EVITE
usar termos técnicos para
público leigo;
contar piadas e usar chavões;
usar argumentos
inconsistentes;
perder-se em detalhes;
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação verbal EVITE
baixar a voz no final das
frases;
não destacar as idéias
principais;
não aliar a técnica à
naturalidade na
comunicação.
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação não-verbal EVITE
gestos que conotem nervosismo e
inibição;
ajeitar a gravata;
manusear chaveiro, caneta;
ajeitar o cabelo ou os óculos;
coçar-se, pigarrear ou bocejar;
apoiar-se ora numa perna ora em outra;
fixar os olhos no chão, no teto ou numa só
pessoa da platéia.
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação não-verbal EVITE
olhar através das pessoas;
ficar parado como estátua ou com
as pernas abertas;
movimentar as mãos
excessivamente;
estufar o peito ou cruzar os braços;
mascar ou roer unhas;
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação não-verbal EVITE
esfregar as mãos
ansiosamente;
pôr as mãos nos bolsos;
olhar para o vazio;
pôr as mãos na cintura;
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação interpessoal EVITE
usar a comunicação como
forma de poder;
esquecer o valor da empatia;
ser irônico e sarcástico;
apresentar-se sem estar
preparado;
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação interpessoal EVITE
chegar atrasado;
ter gestos, atos e palavras
incoerentes;
ser inflexível;
não saber administrar conflitos
interpessoais;
4 – Aplicação do recurso V.I.P.
Na comunicação interpessoal
EVITE
falar do que não
conhece;
5º Caminho - A Assertividade
Definição:


o termo assertividade origina-se
de asserção, fazer asserção quer
dizer afirmar,do latim afirmare,
tornar firme,consolidar,confirmar e
declarar com firmeza.
Assertividade é o ingrediente dos
relacionamentos saudáveis.
6o Caminho – A arte de escutar
Curiosidades:
– Ouvimos 4 ou 5 vezes mais depressa do que
falamos
– Falamos em média 90 a 120 palavras por
minuto
– 80% do nosso tempo gastamos em
comunicação:
 Lendo
4%
 Escrevendo
11%
 Falando
22%
 Ouvindo
63%
6o Caminho – A arte de escutar
Nós:
•
•
•
•
Nem sempre escutamos o que outro fala;
Ouvimos o que o outro não está dizendo;
Ouvimos o que queremos ouvir;
Ouvimos o que já imaginávamos o que o
outro iria falar;
• Ouvimos apenas o necessário para
responder;
• Ouvimos só o que não queremos ouvir ou...
• Simplesmente não escutamos!
6o Caminho – A arte de escutar
Para ouvir bem:
*Tenha em mente o porquê ouvir;
• Procure concentrar-se em quem fala;
• Evite interferências ou interrupções;
• Procure o sentido e a verdadeira
intenção de quem fala;
• Aguarde para responder;
• Responda o que representa para você o
objetivo principal da conversa.
7º Caminho
Celebrar as
conquistas e buscar
novos desafios
EXERCÍCIOS PARA MELHORAR A DICÇÃO
1. Num ninho de mafagafos
tem cinco mafagafinhos.
Tem também magafaços, maçagafas, maçagafinhos,
mafafagos, magaçafas, maçafagas,
magafinhos, magafafos e magafagafinhos.
2. Tenho um pé de cafanguito.
Quem o descafanguitar; bom descafanguitador será.
Como eu descafanguitei, bom descafanguitador serei.
3. Bagre branco, branco bagre, bagre branco, branco bagre.
(Repita 5 vezes).
4. A frota de frágeis fragatas,
fretada por um franco frustrado,
enfreado de frio,
naufragou na refrega,
por frêmitos flecheiros africanos.
EXERCÍCIOS PARA MELHORAR A DICÇÃO
5. O desinquivincavacador
das caravelarias
desinquivincavacaria
as cavidades, que deveriam ser
desinquivincavacadas.
6. Perlustrando patética petição
produzida pela postulante,
prevemos possibilidade para pervencê-la,
porquanto parecem pressupostos primários permissíveis,
para propugnar pelo presente pleito,
pois prejulgamos pugna pretérita perfeitíssima.
EXERCÍCIOS PARA MELHORAR A DICÇÃO
7. Vem o vento
Ruth Salles
Vem o vento, e o verde vale vibra.
Voa a vela ao vento vindo.
Verde vespa vara o vento,
vence o vento e vai!
Velhas vozes vivas vêm
Varrem vale e vila!
Vidros vibram!
Vento verga varas verdes.
- Vira a vista e vê!
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