O grupo TOCA apresenta a magia do circo e do teatro. Pág. 06 Ano V • Nº 107 R$ 1,00 Cataguases/Leopoldina • 30 de setembro de 2012 No Rio, a estreia do fime "O Meu Pé de Laranja Lima" Foto Camila Botelho O garoto Zezé lê um livro sob o seu pé de laranja lima Um dos seis longas já realizados no Polo Audiovisual da Zona da Mata, o filme "Meu Pé de Laranja Lima" foi lançado em grande estilo na mostra competitiva Première Brasil, do Festival do Rio, que vai de 27 de setembro a 11 de outubro. Inspirado na obra homônima de José Mauro de Vasconcelos (um dos maiores sucessos editoriais da literatura brasileira) e dirigido por Marcos Bernstein, o filme está entre os 12 longas que concorrem ao troféu do festival. O longa é estrelado por José de Abreu, Emiliano Queiroz e o garoto João Guilherme Ávila. O filme teve locações em Recreio, Piactuba, Abaíba e Cataguases. Pág 5 Programação da Casa Simão trouxe pianista cataguasense radicado na Alemanha A sagração episcopal de Dom Eudes aconteceu no dia 15 em Barbacena, sua terra natal Dom Eudes, novo bispo da Diocese de Leopoldina, toma posse neste dia 30 A posse canônica do novo bispo da Diocese de Leopoldina, Dom José Eudes Campos do Nascimento, acontece neste dia 30, às 16 horas, na Catedral de São Sebastião, em Leopoldina, quando é esperada uma grande celebração para acolher o novo bispo. Quinze dias antes, mais de 5 mil pessoas - entre elas grande número de leopoldinenses - participaram da sagração episcopal de Dom José Eudes Campos do Nascimento, o 1º Bispo nascido em Barbacena, ocorrida no último dia 15 em sua cidade natal. Nascido em 30 de abril de 1966, Dom Eudes foi ordenado diácono em agosto de 1994 e a sacerdote no dia 22 de abril de 1995 numa cerimônia realizada na Praça da Estação em Barbacena. Atuou nas Paróquias de São Gonçalo na cidade de Catas Altas da Noruega, Nossa Senhora do Rosário em Rio Pomba e por último em Ouro Preto na Paróquia de Santa Ifigênia. No dia 27 de Junho deste ano foi nomeado pelo Papa Bento XVI Bispo da Arquidiocese de Leopoldina... continua na pág 4 Atração da Casa de Cultura Simão, o pianista Rafael Nassif se apresentou na antessala do Centro Cultural Humberto Mauro Reafirmando a política de valorização do artista local, a Programação 2012/ 2013 da Casa de Cultura Simão promoveu, no dia 14 de setem- bro, o Recital "Piano Brasileiro na Modernista Cataguases", apresentado pelo cataguasense, agora mestrando residente em Stuttgart, Alemanha, Rafael Nassif. O concerto aconteceu na antessala do Centro Cultural Humberto Mauro e foi apreciada por aproximadamente 120 pessoas...continua na pág Igreja de Santa Rita, um dos marcos da arquitetura cataguasense Carta aberta reivindica a criação de uma Secretaria Municipal de Cultura em Cataguases Cinco instituições culturais de Cataguases enviaram carta aberta aos dois candidatos à prefeitura reivindicando que "a futura gestão do município tenha uma Secretaria Municipal de Cultura exclusiva à altura dos desafios e oportunidades atuais em nossa cidade e na região. O documento recomenda que a pasta seja ocupada "por uma liderança reconhecida no setor cultural, com equi- pe preparada, orçamento, estrutura e capacidade para garantir a participação qualificada da Prefeitura nos desafios e oportunidades que lhe batem à porta". Os signatários argumentam que nos últimos 10 anos, a sociedade civil de Cataguases lidera um amplo movimento de Cultura e Desenvolvimento Local com impactos em todos os segmentos da sociedade, em especial, na juventude. Asse- guram ainda que a carta aberta não constitui nenhuma crítica a atual administração da cidade, "vários foram os aspectos em que a agenda cultural avançou nesta gestão". Assinam a carta a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, o Instituto Cidade de Cataguases, o Instituto Fábrica do Futuro, a Fundação Casa Simão José Silva e o Instituto Francisca de Souza Peixoto. Pág 5 Um manifesto em defesa do patrimônio cultural edificado de Cataguases Os professores participantes do 1º Congresso de Arquitetura, Turismo e Sustentabilidade - CATS - realizado de 6 a 10 de junho, em Cataguases, e que discutiu a relação do Turismo e da Sustentabilidade com a Arquitetura e o Patrimônio tombado também soltaram um manifesto público. O objetivo é alertar a sociedade cataguasense, as autoridades locais, o Governo Mineiro, o Ministério da Cultura, os órgãos de defesa, preservação e proteção do Patrimônio Cultural Edificado Brasileiro, para que sejam criados programas e projetos voltados para a preservação e conservação deste Patrimônio. Os autores defendem a criação de um projeto de aproveitamento das possibilidades turísticas e de desenvolvimento sustentável, com envolvimento das três esferas de governo, IPHAN, e entidades representativas e lembram que o "tombamen- to não tem por objetivo "congelar" a cidade ou outro bem" O manifesto narra a formação do Conjunto Histórico, Arquitetônico e Paisagístico de Cataguases e a sua importância e oferece sugestões para o aproveitamento do potencial turístico da cidade em termos de urbnização, restauração e preservação dos bens tombados e a criação de um projeto de turismo sustentável. Pág 4 aTuaL CATAGUASES/LEOPOLDINA • 30 DE SETEMBRO DE 2012 02 oPinião eDiTORiaL A mais importante das eleições Todas eleições são importantes, mas existe uma onde a conseqüência de uma mau escolha vem a galope. Estamos falando das eleições municipais. E a razão é simples: o eleitor não mora em Brasília, muitas vezes uma abstração ou, como querem muitos, uma ilha da fantasia. Nem reside no Estado. O eleitor mora no município e neste município ele tem o direito e a obrigação de escolher o administrador com perfil gerencial e sensibilidade social e também um vereador preparado, o seu representante mais próximo junto ao poder municipal No município acontece a política da vida real. O ensino fundamental da política é o municipal. Se o Brasil é enorme e Minas o estado com maior numero de municípios, o município é único. Só existe uma Cataguases, uma Leopoldina, uma Laranjal...Cada município tem suas peculiaridades, seus problemas particulares, além daqueles comuns a todo o país, que são as questões ligadas à educação e saúde. O município é onde a cultura política nacional se fundamenta e se desenvolve. Por isto a importância da escolha de um bom vereador, um ator político com mais relevância que muita gente pensa. O vereador representa o povo junto à primeira instância da democracia representativa que é a Câmara Municipal e um bom vereador pode fazer muito pela cidade. Um bom vereador, por exemplo, pode fazer muito pela saúde. Ou pela educação. É fundamental, porém, que a sociedade escolha candidatos comprometidos com a ética, a honestidade e o interesse público. O Brasil avançou, mas só terá uma política que atenda às necessidades da população, quando todos os municípios trabalharem com políticas claras e sustentáveis, principalmente em relação a: segurança, educação, saúde, transporte, habitação e agricultura. Para que isto aconteça, o prefeito precisa um plano de governo consistente, uma equipe com capacidade gerencial e técnica e sensibilidade social. O povo já demonstrou que não tem medo de mudar, embora nem toda mudança seja uma panacéia, a cura de todos os males. Nesta reta final das eleições, o momento precisa ser de muita reflexão. Em quase todos os cantos, o número de eleitores indecisos ainda é muito grande. São esses eleitores que vão decidir o jogo. O eleitorado, como um todo, necessita cobrar programas de governo claros, compromissos com metas e resultados, estratégias consistentes, conhecimento da realidade. Não há mais lugar para o populismo irresponsável, assim como não há espaço para amadores despreparados. Só há espaço para o voto consciente para eleger o prefeito e o vereador. O Brasil avança e os municípios não podem ficar para trás. A hora é sua, eleitor. PERISCÓPIO - um pouco de tudo MAIS TRANSPLANTES Dados do Ministério da Saúde mostram que foram realizados no Estado de Minas Gerais 1.097 transplantes no primeiro semestre de 2012, o que representa aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2011. Entre janeiro e junho do ano passado, o total foi de 973 cirurgias realizadas. O transplante de rim foi um dos que impulsionou o resultado, passando de 228 para 279 cirurgias no período avaliado. Com relação ao transplante de córnea, este passou de 659 para 706, enquanto que o fígado aumentou de 39 para 61 e o de coração de três para 18 nos primeiros seis meses deste ano. Quanto ao número de doadores de órgãos, foram 124 cadastrados em 2012 - no ano passado eram 80.Os dados constam do balanço nacional de transplantes, ○ Sede Rua Cel.João Duarte, 64 – Sala 603 – Calçadão Shopping Centro – Cataguases/MG CEP 36.770-032 / CNPJ: 09.080.444/0001-59 Telefone: 32-8857-3292 / Email: [email protected] Circulação Cataguases, Leopoldina, Astolfo Dutra, Palma, Miraí, Guarani, Recreio, São Sebastião da Vargem Alegre, Santana de Cataguases, Dona Eusébia, Laranjal e Itamarati de Minas Jornalista responsável: Antonio Trajano Vieira Cortez / Reg prof: 2248 Mtb Editoração Editoração: Jorge Carvalho - Telefone (32) 3728-0411 / 9973-9730 / 8858-2048 O Jornal Atual não se responsabiliza por opiniões em artigos ou colunas assinadas Cartas e artigos assinados, com número da carteira de identidade e CPF e endereço podem ser enviados para a redação do jornal ou pelo email: [email protected] ou no endereço acima ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ A Superintendência Regional de Ensino, de Leopoldina, realiza, no próximo dia 5 o seminário "Intercâmbio Regional de Experiências em Gestão Escolar" . O encontro, que tem como público-alvo Diretores e Especialistas em Educação Básica das Escolas Estaduais, Municipais, Particulares e Federal; Secretários Municipais de Educação e servdores da jurisdição da SRE Leopoldina, acontece no CEFET Leopoldina, das 9h às 16h30min. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ PARQUE TECNOLÓGICO DA UFJF ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ FORÇA DO PEQUENO NEGÓCIO Estudo realizado pelo Sebrae em parceria com a Junta Comercial (Jucemg) relativo ao biênio 2010-2011 revela que a Zona da Mata possui 68.256 pequenos negócios ativos, o que representa 12% do total de Minas Gerais (571.625). Dos empreendimentos da região, 70% são microempresas, 25% são empreendedores individuais (figura jurídica criada em 2009 com faturamento anual de até R$ 60 mil) e 5% pequenas empresas. Foram pesquisadas 155 cidades, entre elas Cataguases, Leopoldina Juiz de Fora, Barbacena, Viçosa, Ubá, Muriaé e Manhuaçu. O setor que mais concentra os negócios é o comércio, com 35.514 empresas (52%), serviços, com 22.538 (33%) e indústria, com 10.204 (15%). Do total de 35.680 pequenos negócios mineiros que encerraram as atividades no período de 2010 e 2011, 13% foram contabilizados na Zona da Mata (4.627). ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ DIREITOS HUMANOS O governador Antonio Anastasia baixou decreto que dispõe sobre guarda, organização, registro, tombamento e catalogação de documentos produzidos pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CONEDH) sobre a atuação dos órgãos de segurança durante o regime militar e o período Vargas. "A preservação de documentos de qualquer período da história é importante para que as gerações futuras possam melhor compreender os atos praticados e as consequências dos mesmos", afirmou o governador. Entre estes documentos, se encontram os arquivos do extinto Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e de outros órgão de segurança do Estado, relativas às atividades da polícia política. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ELEIÇÕES 2012 No mais, a sorte está lançada. Os últimos dias que antecedem o pleito serão de muita correria dos candidatos, de alguma demagogia e promessas vazias, e, infelizmente, de práticas espúrias como compra de votos que, ainda vigoram. Mas será, sobretudo, a oportunidade do eleitor fazer valer a sua opinião, através do voto, naquela que é a eleição que mais conseqüência traz para o cidadão: a escolha do prefeito e dos vereadores que vão governar o lugar onde ele vive. Bom voto ANTONIO TRAJANO LITERATURA A PRIMAVERA VOLTOU do ecossistema de floresta estacional semidecidual, inserido no bioma de Mata Atlântica, vemos tantas árvores desnudas de suas folhagens, podemos até pensar que elas morreram. Esse fenômeno ocorre pela dupla estacionalidade climática: prolongado período de chuva e de estiagem. As árvores decíduas, perdem todas as folhas, para não perderem umidade. Há um outro grupo de árvores desse ecosistema que adapitou-se de forma para não perder a umidade. Murcha as folhas, assim elas fecham os poros das folhas e a água interna não evapora. Oito dias antes do equinócio, a temperatura mudou bastante, o calor está acentuado. O nascer do sol já é bem mais cedo. O crepúsculo também já está diferente, nota-se que a faixa vermelha não está intensa se limitando a proximidade da linha do horizonte. E o céu? Está com um azul muito intenso. Quando os raios do sol entram na atmosfera terrestre, espalham ao se chocarem com pequenas partículas de poeira e de umidade. Esse fenômeno dilui a luz branca sobre as outras cores. Os raios de luz azuis são os que mais se apropriam dessa diluição vinda de todos os ângulos, portanto é a cor azul que mais sobressai aos nossos olhos, por isso temos a impressão que o céu é azul. Nesse período de estiagem, mais partículas de poeira se juntam às de água na atmosfera terrestre, a luz branca se espalha com mais intensidade e o azul fica mais azul. Hum! Ótimo para fotografar. Para os Tamoios o céu nem sempre foi assim. O céu era pertinho da terra, as estrelas estavam ○ O edital de licitação para a construção da sede administrativa e do centro de pesquisas do Parque Científico e Tecnológico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a ser instalado em área da BR-040, será lançado na primeira semana de outubro. A informação foi dada pelo pró-reitor de Planejamento, Carlos Elízio Barral, por meio da assessoria de imprensa da instituição. Segundo o reitor Henrique Duque, a verba de mais de R$ 80 milhões para a realização da obra está garantida. MEIO AMBIENTE Eu pensei que não teria esse ano nada de novo para falar sobre a primavera, até achei que iria reeditar o artigo do ano passado, mas como a natureza está sempre nos surpreendendo, coisas bacanas aconteceram a poucos dias que me fizeram escrever este artigo. Cantada em verso e prosa e até em filmes de Humberto Mauro é a primavera a estação do ano mais apreciada por todos os seres vivos. É nessa estação que a biodiversidade de cada hemisfério se prepara para um novo ciclo de vida. Primavera é também o nome de uma planta nativa da Mata Atlântica, Bougainvillea spectabilis, que floresce em setembro, com florada em várias cores, cada uma mais linda que a outra. Foi o naturalista inglês Joseph Banks, a descrever a planta em sua viagem ao Rio de Janeiro com o Capitão James Look. Ele batizou a planta com nome de bougainville em homenagem a LouisAntoine de Bougainville, que explorava os mares do sul, amigo do Capitão Cook. Entramos na apaixonante estação e ainda temos alguns ipês e mulungus floridos, que florescem no inverno. Estão servindo um verdadeiro banquete aos insetos e as aves nessa época de estiagem, mostram como mutualismo é importante. Os insetos e pássaros ao se fartar do néctar das flores dessas árvores, polinizam-nas. Esses parceiros que se completam. Nas áreas urbanas uma super produção. As praças ainda estão cobertas de folhinhas dos oitis e das Sibipirunas e algumas calçadas amanhecem um verdadeiro tapete. No caso da Sibipiruna, algumas já estão totalmente sem folhas, outras já estão de brotinhos novos, ainda outras que estão desfazendo sua folhagem é já tem árvores com botões de flores. No dia 13 último, as Sibipirunas lançavam suas folhas ao espaço como uma chuva de flocos de neve, bastava uma leve brisa a lamber seus galhos. O que também chamou a atenção dos mais atentos na transição entre o inverno e a primavera desse ano foi a passarinhada, as alvoradas são melodiosas. Nos oitis, são os canários, nas mangueiras floridas, os beija-flores, nas palmeiras os maracanãs na maior algazarra, nos fícus são os ferreirinhos, nos fios as andorinhas que já estão chegando do hemisfério norte fugindo do frio. Se não for tudo isso uma fanfarra, é então uma grande farra! Nós, que habitamos as cidades que fazem parte ○ SRE LEOPOLDINA PROMOVE SEMINÁRIO ○ Uma publicação da Tribuna da Mata Leste Editora Ltda ○ quase ao alcance das mãos e andavam com as cabeças nas nuvens. Aconteceu que os passarinhos se multiplicavam e queriam mais espaço para voar. Os passarinhos resolveram então levantar o céu, para isso juntaram-se todos. Os únicos que não participaram foram os morcegos. O céu foi levantado, criando mais espaço para o vôo e os morcegos passaram a dormir de cabeça para baixo por castigo. Assim, com a estrela mais distante, surgiram as estações do ano. Outra versão para o surgimento do sol e das estações do ano, explicam os Bacairis. O sol, a lua, o frio e o calor pertenciam ao Urubu-rei e por ele eram controlados. Ficavam guardados em um buraco vermelho no céu. Tudo era escuro, a não ser quando seu dono os trazia perto da terra. Quando o urubu foi passear com o sol, o Tapir (anta) aproveitou a noite para passear pela via láctea, escorregou e caiu no buraco escuro, onde moravam todos os urubus. Quando o urubu voltou com o sol, tudo ficou claro e os urubus viram o Tapir e tentaram comê-lo. O Urubu-rei tentou impedir e todos os urubus se revoltaram contra ele, ameaçando-o também. Prestes a investir sobre o Tapir, surgiu sobre eles o Siriri, o valente passarinho que enfrenta todas as aves de rapina. Em meio à confusão, o Siriri propôs ao urubu-rei, acabar com a revolta, soltá-lo e salvar o Tapir, tudo em troca do sol. O acordo foi fechado. A paz voltou ao buraco, o Tapir voltou à terra e o sol, a lua e o controle do tempo passaram a pertencer ao Siriri. Sem saber o que fazer com eles, o Siriri colocou o sol de um lado do planeta e a lua do outro de forma que os dois controlassem o calor e o frio na medida certa. Nessa diversidade cultural de mito e ciência, estamos nós num imenso multicolorido planeta, como tripulantes de uma nave onde todos querem ser pilotos. As pessoas se esquecem que há funções para tripulantes importantes assim como pilotar. Lá em cima falei em fotografia, vale à pena lembrar, da nova estação que conspira com a natureza em favor dos amantes. Por que não aproveitar, antes das tempestades chegarem, e sair por aí registrando as belezas naturais? Quem ama não prende, quem ama não maltrata, quem ama não explora, quem ama não absorve, quem ama não desperdiça e quem ama não mata. Quem ama compartilha, comenta e curte! Ronaldo Werneck vê outros rios MANOEL HYGINO Ronaldo Werneck nasceu em Cataguases e, com ele, sua poesia e inquietação. A cidade se tornou núcleo de atividades de empresários ousados e de escritores, não menos. Mesmo sendo interior, os poetas e prosadores de lá sabiam que tinham o que dizer e agiram. Não foi por outra razão, suponho, que lá surgiu a revista Verde, uma espécie de segredo jamais suficientemente esclarecido. Eu era criança na sertaneja Montes Claros e ouvia meu pai, que era de Diamantina, falar de Rosário Fusco. Logo, a gente da cidade da Mata, pioneira na produção e distribuição de energia elétrica na região; no apoio à Semana de Arte e seus corifeus, já ganhara espaço fora da terrinha, atravessada pelo sacrossanto rio pomba. Na capital dos mineiros, fui morar - sabe onde? - na rua Rio Pomba, diminuída em nome para - Rua Pomba, o de um rio que tem magia, pela absoluto feitiço que exerce sobre que o vê. Mais do que ver simplesmente, sente-se o rio que, por outras cidades da Mata, embora haja também a cidade com o nome, onde nasceu e voltou a residir o economista Carlos André Otoni. Aconteceu igualmente, ou semelhantemente, com Ronaldo Werneck, longe de Cataguases anos muitos, e de volta com inúmeras novas memórias, e acrescido amor pela sua cidade e pelo seu rio. Pode-se sentir em "Cataminas pomba & outros rios", da editora Dobra, numa segunda edição com modificações. Como o rio Vieira, registrado e recordado por sublime amor dos que em Montes Claros nasceram (entre eles, por exemplo, Cyro dos Anjos, Waldemar Versiani e Darcy Ribeiro), do Pomba se afastou temporariamente Werneck, para conhecer os de Nova York, de Florença, de Lisboa e Paris, mesmo o Arrudas, em Belo Horizonte, mas o Pomba estava n´ alma. Impossível esquecer Manoel Hygino escreve no jornal Hoje em Dia aTuaL CATAGUASES/LEOPOLDINA • 30 DE SETEMBRO DE 2012 CaTaGUaSES 03 SANEAMENTO ENTREVISTA Copasa amplia as obras de esgotamento sanitário em Cataguases Diretor da Copasa: empreendimento permitirá atração de novos investimentos e melhor qualidade de vida Assumida pela Copasa - Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais em outubro de 2011 - a implantação do sistema de esgotamento sanitário de Cataguases, com um custo total de R$ 40 milhões, ganha novo impulso. Há poucas semanas, foi assinado convênio entre o município e a Copasa, assegurando um aporte de R$ 12 milhões, que será aplicado na implantação e substituição de ligações prediais e redes coletoras. O objetivo é permitir a separação dos esgotos lançados indevidamente nas galerias e redes pluviais A operação também permitirá expandir os serviços de coleta de esgoto em todo o perímetro urbano, beneficiando, assim, mais de 70 mil habitantes locais e ajudando a recuperar as águas dos córregos Romualdinho e Lava Pés, do ribeirão Meia Pataca e do rio Pomba. Em uma segunda fase, a Copasa realizará as obras para tratamento do esgoto coletado, quando deverão ser aplicados os R$ 28 milhões restantes, previstos no Programa. A operação incluirá a construção de 17 estações elevatórias, redes interceptoras e implantação da Estação de Tratamento de Esgoto - ETE. Trabalho da Copasa executado no bairro Vila Reis Recomposição dos bloquetes é rápida Essa unidade será composta por tratamento preliminar, reatores, filtros anaeróbicos, leito de secagem e aterro controlado e terá capacidade para tratar mais de nove milhões de litros de esgoto por dia. Desde o ano passado, a Co- pasa é a responsável pela rede coletora de esgoto e tem promovido melhorias e adequações, como ampliação do sistema, manutenções, novas ligações e eliminação de mau cheiro em pontos críticos da cidade. O diretor de Operação Centro-Leste da Copasa, Valério Máximo Gambogi Parreira, esteve mais uma vez em Cataguases para acompanhar o andamento das obras. Segundo ele, as obras em infraestrutura de saneamento podem ser concluídas em cerca de 24 meses, embora o prazo acordado seja de 36 meses. Valério Parreira falou sobre o empreendimento em entrevista à imprensa, explicando o que já foi investindo, o valor da tarifa e outros pontos: O que já foi gasto - "A Copasa já investiu cerca de R$ 12 milhões no sistema de esgotamento sanitário, através da compra de equipamentos, veículos, na contratação de empresas, nas ligações de novas redes e outros serviços". Visão de futuro - "Nenhuma empresa quer se instalar em um município que não tenha infraestrutura e tratamento de esgoto adequado às normas ambientais. O empresário quer investir em cidades onde suas políticas públicas garantam saúde e bem-estar à sua população. Cataguases está dando um salto importantíssimo para atrair novos investimentos e conseguir se desenvolver de forma sustentável, de forma que a sua população tenha assegurada a sua qualidade de vida" Não há cobrança antecipada - "Desde outubro de 2011, a Copasa é responsável pela rede em tempo integral, Diretor de Operação Centro-Leste da Companhia, Valério Parreira, e Júlio Minchilo, Chefe do Departamento Operaciona do Sudeste 24 horas por dia, e estamos fazendo várias adequações e melhorias, novas ligações e eliminando o mau cheiro em muitos pontos críticos da cidade. Isso mostra que a cobrança da tarifa, que vem sendo realizada, não é uma cobrança antecipada". Quem determina o valor da tarifa - "Não é a Copasa ou a Prefeitura quem estipula os preços das tarifas de água e de esgoto. Esses valores são determinados pela Arsae (Agência Reguladora de Serviços de Água e Esgoto de Minas Gerais), que, a exemplo da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) regula e fiscaliza as ações de empresas como a Copasa, que detém a concessão de um serviço público Contrato não lesa o municí- pio - "O contrato entre Copasa e Prefeitura é respaldado por um convênio de cooperação técnica entre o município e o governo de Minas. O governo do estado indicou a Copasa para prestar esse serviço, que, assinou esse contrato de programa. Este contrato não é lesivo à população ou ao município. Isso nos dá a tranquilidade de afirmar que esse contrato não será cancelado de uma hora para outra e a Copasa vai deixar Cataguases". Rescisão do contrato O contrato só pode ser rescindido em caso de descumprimento de cláusula de uma das partes. Mesmo assim, isso vai requerer direito indenizatório e, por parte da Copasa, pelos altos investimentos já realizados em Cataguases. aTuaL CATAGUASES/LEOPOLDINA • 30 DE SETEMBRO DE 2012 04 GeRaL IGREJA CATÓLICA Sagração episcopal de Dom Eudes aconteceu em Barbacena, onde nasceu A cerimônia de sagração episcopal reuniu representantes de todas as Dioceses do Brasil, atuaram como Bispos Ordenantes, Dom Geraldo Lyrio Rocha Arcebispo de Mariana, Dom Gil Antônio Moreiira Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora e Dom Francisco Barroso Filho Bispo Emérito de Oliveira. Ao falar para a multidão que acompanhou a celebração, Dom Eudes não conteve ás lágrimas e por várias vezes foi interrompido pelos aplausos, especialmente, quando destacou o apoio da sua família na pessoa de mãe, dona Virginia, e com grande ênfase quando agradeceu os ensinamentos recebidos pelo saudoso Dom Luciano Mendes de Almeida. De forma contundente e emocionante o 1º Bispo barbacenense foi ovacionado ao lembrar o seu pai João Batista, pes- soa simples, humilde e honrada conhecida como "João Bananeiro". "É com grande alegria e gratidão a Deus que a Arquidiocese de Mariana oferece para ser o pastor da Igreja Particular de Loopoldina o monsenhor José Eudes Campos do Nascimento", foram com estas palavras que dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo metropolitano de Mariana, iniciou a celebração. Dom Geraldo, ordenante principal, dividiu o altar com os outros dois consagrantes, dom Gil Antônio Moreira (arcebispo de Juiz de Fora) e dom Francisco Barroso Filho (bispo emérito de Oliveira). Durante sua homilia, dom Geraldo proferiu algumas palavras ao monsenhor: "Lembre-se que o episcopado é um serviço e não uma honra. O bispo deve distinguir-se mais pelo serviço prestado do que pela hon- raria. Pregue a palavra de Deus, quer agrade, quer desagrade. Na Igreja de Leopoldina que lhe é confiada, distribua com prudência os mistérios de Cristo. Lembre-se sempre do bom pastor, que conhece as suas ovelhas e que não hesitou em dar sua vida para o rebanho. Ame todos aqueles que Deus o confiou, principalmente os presbíteros e os diáconos e também os pobres, os doentes, os pequenos, os abandonados, os que sofrem. Mostre um zelo incansável pelos que ainda não pertencem ao rebanho de Cristo. Não esqueça que você fará parte do colégio dos bispos no seio da Igreja Universal. Estenda sua solicitude pastoral a todas as comunidades cristãs, sempre disposto a ajudar as mais necessitadas", foram algumas palavras de dom Geraldo dirigidas ao monsenhor durante sua homilia. Caminhando para o final da celebração, dom José Eudes dirigiu palavras de agradecimento a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram e continuam colaborando na sua vida religiosa. Fraternos foram os agradecimentos direcionados, de forma especial, ao arcebispo metropolitano de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, e aos demais presbíteros e diáconos da arquidiocese. "A presença de vocês me conforta. Peço que me ajudem a ser realmente um bispo conforme o coração de Jesus Cristo, o bom pastor. Aos queridos irmão presbíteros e diáconos da Arquidiocese de Mariana os meus mais sinceros agradecimentos. Obrigado pela amizade, pelo testemunho de dedicação ao reino de Deus. Pelo exemplo de vivência ministerial. A sagração episcopal de Dom Eudes reuniu diversos bispos e religiosos de vários pontos do país Levarei todos vocês no meu coração. Peço-lhes que continuem rezando por mim, para que eu possa colocar em prática muitas das lições aprendidas aqui nessa querida arquidiocese", disse dom Eudes. to de uma política que atenda com eficácia essa "residências particulares", sem interferir no direito de inviolabilidade domiciliar e do indivíduo nela residente, estabelecido no art. 5.º, da Constituição Federal de 1988: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; Manifestamo-nos contra a falta de um projeto que respeite a "importância Mundial" do Conjunto Modernista de Cataguases e sua realidade única, de representatividade como um verdadeiro monumento à personalidade criativa e empreendedora da cidade. É notória a falta de uma política de planejamento urbano para valorizar e qualificar os entornos, e que acaba por transformar cada bem tombado em uma ilha, sem um projeto urbanístico que interligue os diversos componentes, isolando-os e diminuindo a importância histórica do Conjunto, bem como dificultando sua visitação com conforto e qualidade turística. SUGESTÕES PARA APROVEIT AMENTO DO POTENCIVEITAMENTO AL TURISTICO DE CA T AGUASES CAT 1- Urbanização a. Projeto de qualificação física do entorno dos bens tombados, valorizando as características da cidade e preparando sua vocação para o turismo. Envolvendo o Governo Municipal, o Ministério das Cidades e a comunidade. b. Calçadas com Acessibilidade - Rotas acessíveis interligando todos os bens tombados, incentivando a visitação a pé. c. Faixas de travessia elevada Com a função de facilitar a travessia de pedestres nas rotas acessíveis e reduzir a velocidade de veículos, de acordo com a NBR9050. d. Instalação de sanitários públicos e. Instalação de bancos - Bancos colocados próximos aos bens tombados, para facilitar a contemplação e o descanso dos visitantes. f. Melhorar o gerenciamento do transporte de carga, evitando que o mesmo passe dentro do perímetro tombado. 2- Restauração e preservação dos bens tombados. a. Restauração e Reforma imediata do Plano Diretor Participativo. b. Elaboração das leis complementares ao Plano Diretor: Lei de Uso e Ocupação do Solo e o Código de Obras. É preciso destacar que o Plano Diretor, por ser muito genérico, não se caracteriza como uma legislação de proteção ao patrimônio. No entanto, é a base da preservação desse patrimônio, na medida em que estabelece diretrizes e parâmetros urbanísticos da área na qual será aplicado o regime urbanístico de qualificação especial de proteção, ajudando também a direcionar o crescimento da cidade para a área mais favorável ao patrimônio. c. Reativar o Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo, que é a instância que garante a participação da sociedade civil na gestão e implementação do Plano. d. Projeto conjunto entre IPHAN, o Governo do Município e proprietários dos bens tombados, para manutenção, restauração e preservação. e. Preparação dos proprietários de bens tombados privados, sobre suas obrigações e benefícios, importância e limitações. f. Preparação de restauradores - Qualificação de mão de obra sobre as técnicas e os materiais construtivos e artísticos relativos ao modernismo. 3- Criação de um projeto de T urismo Sustentável Turismo a. Campanha Interna de divulgação do valor histórico da cidade - Criando a autoestima e o interesse da população pelos bens tombados. b. Preparação de cicerones Qualificação técnica de guias turísticos. c. Preparação de empreendedores - Qualificação de interessados em empreender, para atender às necessidades dos visitantes. d. Resgatar conjuntamente com a comunidade eventos culturais regionais. e. Estudo e localização do público alvo de interesse turístico. f. Propor a inclusão de conteúdos relacionados ao turismo nas escolas da região, observando a cada nível escolar o enfoque a ser abordado visando integrar educação ambiental com turismo. g. Criação de roteiros arquitetônicos com guias especializados, sensíveis ao ambiente e às necessidades dos visitantes, auxiliando na divulgação e valorização do patrimônio. h. Difundir a imagem da cidade com o enfoque de santuário modernista, desenvolvendo ações de divulgação da poligonal tombada para turistas. Professores participantes do 1º. CA TS CATS MANIFESTO CONGRESSO DE ARQUITETURA, TURISMO E SUSTENTABILIDADE 1 - Introdução Este documento é um Manifesto Público gerado pelos participantes do 1º Congresso de Arquitetura, Turismo e Sustentabilidade - CATS, evento de caráter internacional, realizado de 06 a 10 de Junho de 2012, na cidade de Cataguases, estado de Minas Geral e que discutiu a relação do Turismo e da Sustentabilidade com a Arquitetura e o Patrimônio tombado, observando as temáticas que conectam estes campos disciplinares à História, Engenharia Ambiental, Biologia, Artes, Geografia, Sociologia, Educação, Economia e Administração, à realidade da cidade, cuja representatividade histórica foi oficializada pelo IPHAN - Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, com o tombamento denominado de Conjunto Histórico, Arquitetônico e Paisagístico da Cidade de Cataguases. 2 - CA TS - 1º Congresso de CATS Arquitetura, T urismo e Turismo Sustentabilidade O CATS abordou as diversas problemáticas que atingem direta e indiretamente a preservação patrimonial, e os debates buscaram indicar ações voltadas para o desenvolvimento econômico e turístico a fim de evitar impactos na estrutura arquitetônica e urbanística original da cidade. O público, composto por profissionais, estudantes e professores das áreas de arquitetura e turismo, das universidades: UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), UFSJ (Universidade Federal de São João del-Rei), UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), UFF (Universidade Federal Fluminense), Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, PUC-MG, UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), surpreendeu pela diversidade, quantidade, qualidade e demonstração de interesse pelos temas, trabalhos e oficinas oferecidas. A qualidade da organização do evento, trabalhos, temas e palestras realizadas no CATS, foi potencializada pelo alto nível dos professores participantes, entre eles: a Arqa Cêça Guimaraens, coordenadora do Grupo de Estudos de Arquitetura de Museus da UFRJ; Arqa Ana Amora, Doutora em Planejamento Urbano e Regional; Arqo Renato GamaRosa, coordenador do Núcleo de Estudos de Urbanismo e Arquitetura em Saúde do Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Oswaldo Cruz; Arqo Marcelo Ferraz, reconhecido e premiado arquiteto paulista, Arq o. José Pessoa, professor da Universidade Federal Fluminense, Arq. o. Mario Cezar da Silveira, especialista em acessibilidade, Eng.o. Leopoldo Bastos, especialista com conforto ambiental, Arqo Claudio Bahia e Arqa. Denise Bahia - professores da PUC-MG e estudiosos da cidade de Cataguases. Não bastassem os citados profissionais, que engrandeceram o CATS, ainda teve a participação de Ana Tostões, arquiteta pela Escola de Belas-Artes de Lisboa, Vice-Presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitetos de Portugal e Presidente da Docomomo Internacional, instituição que tem por missão a proteção, documentação e conservação do patrimônio arquitetônico mundial do Movimento Moderno, que tornou "internacional" a importância da iniciativa e objetivos do CATS, em criar instrumentos de valorização turística e histórica da cidade de Cataguases, com um conceito de sustentabilidade. O CATS ofereceu 25 oficinas técnicas, preparando o público para uma discussão mais qualificada e racional dos temas relevantes e abrangentes aos objetivos do evento. 3Conjunto Histórico, Arquitetônico e Paisagístico da Cidade de Cataguases Cataguases, município do Estado de Minas Gerais, obteve destaque nacional por suas manifestações culturais no século XX: o ciclo de cinema de Humberto Mauro e a literatura do grupo modernista Verde, na década de 1920; a arquitetura modernista com mobiliário, paisagismo, artes aplicadas e acervo artístico, a partir da década de 1940, sendo a maior parte de autoria da vanguarda de arquitetos e artistas modernos do Rio de Janeiro. Em 1994, o IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, reconhecendo o valor cultural dessas manifestações, efetua o tombamento da cidade com o estabelecimento de uma poligonal de proteção no centro histórico e inclusão de dezesseis bens imóveis tombados individualmente. A cidade foi marcada por um desenvolvimento cultural de destaque no cenário brasileiro no século XX: na década de 1920, com o ciclo do cinema produzido por Humberto Mauro, Pedro Comello e Eva Nil e com a literatura modernista do grupo Verde; a partir de 1940 até, aproximadamente, 1960 com o ciclo da arquitetura modernista com mobiliário, artes aplicadas, paisagismo e acervo artístico produzido em sua maioria pela primeira geração de modernistas do Rio de Janeiro. Pode-se dizer que o marco inicial da arquitetura moderna em Cataguases é a encomenda, por Francisco Inácio Peixoto - um dos integrantes do grupo literário Verde e idealizador da Cataguases moderna - de sua residência, a Oscar Niemeyer. Em seguida foi construído o Colégio Cataguases, também projeto de Niemeyer e encomenda da família Peixoto. Seguem-se então inúmeros outros projetos que a elite e a classe média cataguasense encomenda aos renomados arquitetos que atuavam no Rio de Janeiro e representavam a vanguarda da arqui- MANIFESTO PÚBLICO tetura brasileira naquele momento. São nomes como Carlos Leão, Aldary Toledo, Irmãos Roberto, Francisco Bolonha, entre outros. Junto aos arquitetos agregaram-se os artistas plásticos, paisagistas e design de móveis do período: Cândido Portinari, Djanira, Emeric Marcier, Anísio Medeiros, Bruno Giorgi, Jan Zach, Burle Marx, Joaquim Tenreiro. Além do acervo de obras de artes integradas, como painéis e esculturas, alguns imóveis foram adornados com um considerável acervo artístico, resultado da coleção de seus proprietários. A partir da década de 1960 destaca-se o arquiteto, morador da cidade, Luzimar Goés Telles com a maior produção de obras modernas de Cataguases. Um dos motivos destas manifestações chamarem atenção no cenário nacional é o fato de elas terem se desenvolvido numa cidade do interior de Minas Gerais, longe dos grandes centros urbanos do país, numa época que a cidade contava com aproximadamente 20.000 habitantes e as condições de transporte e comunicação não eram tão fáceis como nos dias atuais. Mas, mesmo nessas condições, essas manifestações se deram quase que simultaneamente às vanguardas dos grandes centros brasileiros, como a Pampulha, em Belo Horizonte. Em 1994, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, reconhecendo o valor dessas manifestações culturais, efetua o tombamento do Conjunto Histórico e Paisagístico da cidade onde insere uma poligonal de tombamento e, dentro desta poligonal, tomba individualmente dezesseis bens imóveis. O Conjunto Histórico, Arquitetônico e Paisagístico de Cataguases foi inscrito nos livros do tombo Histórico, Belas Artes e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 17 de fevereiro de 2003. 4 - Manifesto A realização do CATS, apresentando a realidade do patrimônio tombado da cidade de Cataguases, através de um olhar embasado, técnico e isento, nos fez perceber, em loco, que o tombamento, por si só, ou o protocolo estabelecido para a preservação, não tem garantido, na prática, sua função esperada. Apesar do PAC Cidades Históricas, programa voltado aos municípios com conjuntos ou sítios protegidos no âmbito federal e, ainda, cidades com Patrimônio Cultural registrados, ter, para Cataguases, com previsão de investimentos de R$ 29,9 milhões entre 2010 e 2013, com ações de: Projeto de Restauro dos Elementos Artísticos do Colégio Cataguases, recuperação da Praça Rui Barbosa e Requalificação Urbanística da Praça Santa Rita; não se percebe perenidade no projeto, pois a pura e simples ação de restauro ou recuperação, nada garantem a não ser a aparência momentânea dos elementos. Há de se levar em conta, que um tombamento nas características do conjunto em questão, não pode ser fator de "engessamento", deve sim, ao contrário, criar instrumentos que agreguem valores e possibilidades que facilitem um desenvolvimento sustentável, planejado, levando em conta todas as vocações da cidade, de sua relevante importância, no contexto cultural, urbano, histórico, social, antropológico, paisagístico, ambiental, econômico e cívico, e as perspectivas turísticas que o tombamento possibilita. Este Manifesto Público, tem a intenção de alertar a Sociedade Cataguasense, as Autoridades locais, o Governo Mineiro, o Ministério da Cultura, os órgãos de defesa, preservação e proteção do Patrimônio Cultural Edificado Brasileiro, para que sejam criados programas e projetos voltados para a preservação e conservação deste Patrimônio, além da criação de um projeto de aproveitamento das possibilidades turísticas e de desenvolvimento sustentável, com envolvimento das três esferas de governo, IPHAN, e entidades representativas, com ações cuja transversalidade possibilite a perenidade do projeto, estendendo as iniciativas não só aos bens tombados e seu entorno, mas entendendo que a proteção do patrimônio ambiental urbano está diferentemente vinculada à melhoria da qualidade de vida da população, pois a preservação da memória, dos referenciais culturais, é uma demanda social tão importante quanto qualquer outra a ser atendida pelo serviço público. O Tombamento não tem por objetivo "congelar" a cidade ou outro bem. Tombar não significa apenas cristalizar ou perpetuar edifícios ou áreas, sem considerar toda e qualquer obra que venha contribuir para a melhoria da vida na cidade. Preservação e revitalização de áreas são ações que se complementam e, juntas, podem valorizar conjuntos de bens que se encontrem ameaçados ou deteriorados interferindo na qualidade de vida de uma população. Torna-se premente o entendimento da realidade atual da Cidade de Cataguases, da sua população, das características e especificidades inerentes às questões sociais, ambientais e vocacionais e a sua relação com o seu Conjunto Histórico, Arquitetônico e Paisagístico, pois é notório que o município está "virando as costas" para os fatores de influência, possibilidades e importância de seus bens tombados para o desenvolvimento sustentável da cidade. quriPercebe-se a dificuldade de preservação e/ou restauração das residências modernistas tombadas, tanto pela falta de comprometimento do IPHAN, quan- aTuaL CATAGUASES/LEOPOLDINA • 30 DE SETEMBRO DE 2012 cuLTURa 05 MEU PÉ DE LARANJA LIMA FESTCOROS Realizado no Polo Audiovisual Em Juiz de Fora, o maior evento da música coral no Brasil da Zona da Mata, filme é lançado no Festival do Rio Foto Camila Botelho A Associação Artística e Cultural Coro Municipal Juiz de Fora realizou, de 24 a 29 de setembro a 18º edição do FestCoros, Festival Internacional de Coros de Juiz de Fora, com corais internacionais da Itália e Peru e grupos nacionais do Distrito Federal, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O FestCoros é o maior evento da música coral no Brasil, realizado anualmente no mês de setembro em Juiz de Fora. Em 17 edições, no período de 1994 a 2011, já participaram corais da Itália, Portugal, Japão, Estados Unidos, Eslováquia, Lituânia, Egito, Chipre, Costa Rica, Equador, Uruguai, Chile, Colômbia, Venezuela, Paraguai e Argentina e nacionais do Distrito Federal e dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Maranhão e Tocantins. Destaque em 2012 para as participações internacionais do CORO CIMA TOSA, da Itália e do Ensamble Vocal Cuzco, do Peru, dos grupos nacionais, coral militar Vozes do Forte, do tradicional Forte de Copacabana e coral Vozes da Globo, da Central Globo de Produções, do Rio de Janeiro, e Coral da Associação dos Funcionários da UNB, de Brasília, que se apresentaram ao lado de vários corais mineiros de Juiz de Fora, Conselheiro Lafaiete e Andrelândia. O Festival foi realizado durante uma semana, promovendo apresentações nos principais teatros, igrejas, universidade, escolas e centro comercial de Juiz de Fora e nos municípios de Maripá e Argirita. O Festival Internacional de Coros de Juiz de Fora tem a direção artística do Maestro Domício Procópio e é organizado pela Associação Artística e Cultural Coro Municipal Juiz de Fora O garoto Zezé e o personagem Portuga em uma cena do filme. Com locações em Recreio, Piactuba, Abaíba e Cataguases, o filme "Meu Pé de Laranja Lima", inspirado na obra homônima de José Mauro de Vasconcelos, dirigido por Marcos Bernstein, foi lançado em grande estilo na mostra competitiva Première Brasil, do Festival do Rio, que vai de 27 de setembro a 11 de outubro. Um dos primeiros filmes realizado no Polo Audiovisual da Zona da Mata, está entre os 12 longas que concorrem ao troféu do festival. A produção foi comercializada para o exterior, com vendas asseguradas para a Alemanha, Espanha, Portugal, Coréia, Tailândia e Turquia. Parte do antecipado sucesso comercial internacional do filme pode ser explicado pelo fato de ser um dos livros brasileiros mais traduzidos, podendo ser lido em 16 idiomas diferentes e publicado em 19 países. Além disso, o filme reúne uma talentosa equipe técnica liderada pelo diretor Marcos Bernstein, montado por Marcelo Moraes, fotografia de Gustavo Hadba, direção de arte de Bia Junqueira e desenho de som de Waldir Xavier. Recentemente ganhou um expressivo reforço do israelense Armand Amar, grande compositor de trilhas do cinema, que prontamente aceitou o convite da produção para integrar a equipe. As peripécias e angústias do menino Zezé, na sua descoberta que a vida pode, às vezes apresentar dolorosas surpresas, promete divertir e emocionar as platéias do mun- do inteiro nesta sua caprichada transposição para o cinema. Segundo Marcos Bernstein, transformar esse marco da literatura infantojuvenil brasileira em um longa foi uma responsabilidade. O livro já teve várias adaptações, em filme e na TV: - Quisemos dar a nossa versão, como seria uma interpretação nos dias de hoje, do olhar de criadores usando esse livro como fonte de inspiração. Todo mundo já adora o livro e, por outro lado, esperamos conquistar novas pessoas. Não dá para avaliar o impacto que o filme vai ter, mas a adaptação para outros meios continua a manter a obra viva. As pessoas podem assistir ao longa ou ler sobre e ficar curiosas. CARTA ABERTA AOS CANDIDATOS Cataguases: Cidade da Cultura! A Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, o Instituto Cidade de Cataguases, o Instituto Fábrica do Futuro, a Fundação Casa Simão José Silva e o Instituto Francisca de Souza Peixoto vêm a público despertar a atenção para que a futura gestão do município tenha uma Secretaria Municipal de Cultura exclusiva à altura dos desafios e oportunidades atuais em nossa cidade e na região. Nos últimos 10 anos, a sociedade civil de Cataguases lidera um amplo movimento de Cultura e Desenvolvimento Local com impactos em todos os segmentos da sociedade, em especial, na juventude. Ações concretizadas por diversas instituições, fundações, escolas, agentes e grupos culturais, com apoio, sobretudo, de importantes empresas privadas da cidade e região. São dezenas de projetos que, anualmente, através de recursos próprios dessas empresas, aliados a recursos públicos das leis de incentivo, mobilizam os vários setores artísticos e sua vasta produção cultural, bem como, preservam e conservam a tradição, a memória e o patrimônio cultural e histórico da cidade. Com o mesmo empenho, essas ações garantem a manuten- ção de centros culturais, teatros, museus, bibliotecas, memoriais, galerias e auditórios. Promovem inúmeros festivais, fóruns e mostras que movimentam a cidade com cinema, audiovisual, literatura, teatro, dança, música e artes visuais. Iniciativas que projetam Cataguases como um importante centro de formação, criação, produção e intercâmbio cultural no Brasil e o exterior. Uma mobilização que ganha mais destaque ao implantar o Polo Audiovisual da Zona da Mata Mata, que traz recursos financeiros importantes e dinamiza a economia da região em diversos setores artísticos, técnicos, comércio, infra-estrutura e serviços. O Polo Audiovisual já absorve e qualifica profissionais e novos talentos, gera novas oportunidades para atores, músicos, escritores, bailarinos, desenhistas, artesãos, cinegrafistas, fotógrafos, produtores, costureiras, eletricistas, carpinteiros, seguranças, motoristas, taxistas, dentre outros tantos ligados aos serviços de restaurantes, transporte e hotelaria da cidade e região. Uma mobilização que resultou também na constituição do Consórcio Intermunicipal de Cultura Cultura, com protocolo assinado publicamente pelos Pre- feitos de Cataguases, Muriaé, Leopoldina, Miraí e Itamarati de Minas e que, até 2013, deverá alcançar cerca de 20 cidades. Uma ação inédita no país que certamente servirá de referência na implantação do Sistema Nacional de Cultura e nos futuros planos municipais e intermunicipais de cultura da região. Neste cenário, desde 2008, foram realizados seis filmes de longametragem, dezenas de curtas de ficção, mais dezenas de filmes de animação e documentários, todos gravados na região. A partir de agora e nos próximos anos esses filmes estarão em festivais nacionais e internacionais, ganharão destaque em telas de televisão e cinema em todo o país e no exterior. Uma visibilidade que já traz e ainda trará muito orgulho para a cidade e sua população. O Brasil vive um momento extremamente favorável para as pequenas e médias cidades. São inúmeros os exemplos em diversos setores da economia que confirmam o fortalecimento e o crescimento da economia no interior em vários estados brasileiros. A nova gestão eleita para a Prefeitura de Cataguases, bem como vereadores e futuros secretários munici- pais, precisam reconhecer a força desta realidade e incorporar uma agenda integrada de parceria pública/privado junto a este movimento. Uma atitude inovadora de interesse público que reúna a Educação, Inovação e Economia Criativa Criativa, beneficiará não só a Cultura como também a indústria centenária e os segmentos econômicos já instalados em nossa região. Uma ampla parceria entre sociedade civil, empresas e governo com foco no desenvolvimento local sustentável. Neste contexto, esta Carta Aberta não constitui nenhuma crítica a atual administração da cidade, vários foram os aspectos em que a agenda cultural avançou nesta gestão, mas não podemos deixar de expressar nosso desejo de que a Cultura alcance ainda uma maior importância na administração pública em geral. Em todos os níveis, seja no âmbito do Município, do Estado ou da Federação, lutamos sempre para que a pasta da Cultura tenha maior orçamento e relevância estratégica. Portanto, seja numa eventual reeleição do Prefeito William Lobo ou eleição do candidato Cesar Samor Samor, queremos muito mais para o setor cultural. Institucionalmente nos colocamos abertos a colaborar com qualquer candidato eleito para fazer de Cataguases uma cidade ainda melhor para se viver e se expressar culturalmente. Para tal, reforçamos, é preciso começar implantando uma Secretaria Municipal de Cultura exclusiva em nossa cidade, representada por uma liderança reconhecida no setor cultural cultural. Uma Secretaria Municipal com equipe preparada, orçamento, estrutura e capacidade para garantir a participação qualificada da Prefeitura nos desafios e oportunidades que lhe batem à porta. Cordialmente, Monica Botelho Fundação Cultural Ormeo Junqueiro Botelho Cesar Piva Instituto Fábrica do Futuro Djalma Dutra Instituto Cidade de Cataguases Marcelo Peixoto Instituto Francisca de Souza Peixoto Andréia Simão Fundação Casa Simão José Silva Cataguases, setembro de 2012 aTuaL CATAGUASES/LEOPOLDINA • 30 DE SETEMBRO DE 2012 cULTUR LTURa a II 06 cu GRUPO TOCA RAFAEL NASSIF O alegre encontro do circo e do teatro nas ruas de Cataguases Piano Brasileiro na Modernista Cataguases encanta público de 120 pessoas A estreia de Cortejando aconteceu no dia 16 na praça de Sereno, atraindo um público de cerca de 200 pessoas. O pianista Rafael Nassif com a coordenadora da Casa de Cultura Simão, Andreia Barbosa Silva O circo é quase tão antigo quanto a humanidade. Só que nas últimas décadas, com o advento do cinema, televisão e agora, até da internet, o circo foi perdendo espaço mas sem perder, no entanto, a magia. E a magia circense é a essência de "Cortejando Circo Teatro", uma produção da TOCA - Teatro & Outras Coisas Artísticas. Com o patrocínio da Lei Municipal Ascânio Lopes de Incentivo a Cultura, o grupo TOCA leva o circo para espaços públicos dos bairros e centro de Cataguases, ao som de muita música e alegria. No dia 16, aconteceu a estreia de Cortejado na pra- ça de Sereno, levando um público de cerca de 200 pessoas. O espetáculo do dia 23, foi realizado no bairro Ana Carrara, sempre com grande interação entre as crianças e moradores do bairro com os palhaços e músicas. Neste dia 30, a apresentação é na Praça Rui Barbosa, às 19 horas. Segundo a atriz F e r n a n d a Godinho, o espetáculo "conta as aventuras de dois palhaços em busca do amor puro como a flor, mas que se atrapalham no caminho, até encontrarem o mel do amor, um convite à pureza e à simplicidade" O texto é do ator e artista visual Emerson Morais, integrante e produtor artístico da TOCA, aderecista da Parceria Rede Globo, em parceria com Fernanda Godinho, atriz, palhaça e produtora da TOCA, onde realiza animação de Festas e eventos, teatro e circo de rua e de palco, teatro empresarial e divulgação de marcas. O espetáculo conta no elenco com Emerson Morais. Fernanda Godinho, e Vinicius Branquinho, ator e malabarista. Os atores interpretam e cantam ao vivo. O espetáculo conta com direção de Carlos Sergio Bitencourt. Cortejando encanta pelas músicas, onde os artistas reuniram músicas de domínio publico e músicas próprias como "O regue da flor", "Cortejando" parceria com integrantes do Arapuka, "De onde veio o amor" de autoria de Ney Franco, e "Meu coração" , uma brincadeira que surgiu entre amigos que são homenageados na peça. A trilha do espetáculo é tocada ao vivo foi produzida pelos músicos Bruno Vieira, tecladista e produtor do Estudio HIdratassom, e Marcos Alves, violonista, vocal e guitarrista da banda Couro de Cascavel. Os números circenses ficam por conta de Vinicius Branquinho o palhaço Kadim, que fez um cadim de cada tecnica circense, entre malabares, perna de pau, monociclo e pirofagia. USINA CULTURAL O som futurista da banda Rain Machine Já ouviu falar na banda Rain Machine? Não? Não se preocupe, pois poucas pessoas no Brasil conhece. Pois o público de Cataguases, através do projeto Usina Cultural, teve o prazer sensorial de conhecer a banda Rain Machine, experiência solo do guitarrista e compositor do TV On The Radio, Kyp Malone. TV on the Radio é uma americana de indie rock banda formada em 2001 em Brooklyn , Nova York , cuja música abrange numerosos gêneros diversos, de pós-punk para electro a música da alma . Já o Rain Machine mostra a face mais humana de Kyp Malone, guitarrista e compositor do TV On The Radio. O disco de estreia do Rain Machine foi lançado em 2009 e garantiu ao grupo uma avaliação bem respeitável de publicações como a Uncut, NME e Pitchfork. Em seu projeto solo, ele deixa um pouco de lado toda agitação e energia que parecia não ter fim em sua banda. Ainda que isso pareça estranho, Kyp Malone faz a imagem (ou a sonoridade) mais condizente com uma música "futurista", ainda que aposte em resgates, seja simples ou que faça simplesmente música, em sua forma mais primitiva e sincera Na banda, todos tocam diversos instrumentos, de teclado a banjo, passando pelo power trio guitarra, baixo e bateria como se o The Moody Blues tocasse no mesmo pique do Ramones. As provocações rítmicas de cada música aliadas a vocais pungentes mexem com os sentidos da plateia que não tiram os olhos de Kyp Malone, sempre à frente da banda com sua postura que parece tanto ameaçadora como cativante. Tudo começou na Escola de Música Lila Carneiro Gonçalves, em 1994. Na época, os professores já enxergavam o futuro promissor do menino Rafael no piano. O tempo passou e seu talento no dedilhar e partituras fez com que ele rompesse fronteiras. Hoje, com 28 anos, Rafael Nassif é guiado pela maturidade artística como grande revelação da música experimental. Rafael nasceu em Juiz de Fora, mas, foi criado (e se considera) filho de Cataguases. O prmeiro contato com o instrumento foi aos 10 anos, no antigo Conservatório Lorenzo Fernandez. Logo depois, transferiu seus estudos ao professor André Pires, em Juiz de Fora. Maestro, pesquisador (arconte), pianista e professor do Curso de Música da Universidade Federal de Juiz de Fora, André, presente no Recital, comenta a evolução do ex (eterno) aluno. "Ele saia de Cataguases para ter aulas comigo em Juiz de Fora. Pela tamanha dedicação e esforço, dava para perceber que ele seria um músico bem sucedido". De Juiz de Fora às cadeiras do Curso de Música da Universidade Federal de Minas Gerais e, os inúmeros projetos desenvolvidos na capital mineira o levaram ao velho mundo. Atualmente na Alemanha, Nassif aperfeiçoa sua formação com Mariya Filippova, nas áreas de: Composição, Sonologia, Música Clássica Árabe, Piano e Regência contemporânea. Há tempos longe da cidade, ele a oportunidade de voltar a tocar em Cataguases. "Quero agradecer a toda equipe da Casa Simão. Foram muito gentis comigo, o que colaborou para que esse concerto fosse possível". A Programação de Eventos 2012/2013 da Casa de Cultura Simão tem o incentivo da Lei Estadual do Governo de Minas. Patrocínio: Bauminas e Hidroazul. Apoio: Fundação Simão José Silva e Fundação Ormeo Junqueira Botelho. O Projeto conta com Rodney Rocha na produção executiva. Ana Paula Mendonça na Assistência de Produção e Tarcísio Vória na Assessoria de Comunicação. Para receber informações, basta acessar o www.casasimao.org.br, facebook.com/casasimao, twitter @casasimao e (32)3421-2622. Banda Zem, de Muriaé, a próxima atração da Casa Simão Selecionada pelo edital "Sua Banda e sua Peça na Casa Simão 2012", a Banda Zem, de Muriaé, é a próxima atração a se apresentar no Anfiteatro Ivone Barbosa Silva. O show acontece no próximo dia 5 e os ingressos, limitados, custam R$ 5,00 estarão a venda a partir do dia 2, na Casa Simão, que fica na Avenida Astolfo Dutra, 487, centro de Cataguases. Com anos de estrada, a Banda Zem (com a letra M de Muriaé no final, como frisam os integrantes) é composta por Dudu Tupete (Baixo), Fabiano Rocha (Bateria), Otávio de Castro (Guitarra e Back vocal) e Zé Wilson (Vocal e Guitarra). Os músicos agregam influências variadas e um vasto currículo musical, apresentando o melhor do pop rock com entrosamento, adquirido em centenas de shows pelo país. O guitarrista e compositor Kyp Malone. A Banda Zem, de Muriaé, se apresenta no próximo dia 5