PUCRS VIRTUAL: UMA MODALIDADE DE APRENDIZAGEM
A DISTÂNCIA NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
QUÍMICA COM ÊNFASE EM OPERAÇÃO PETROQUÍMICA
Marilú F. de Medeiros1, Rubem M. F. Vargas1, Gilberto M. de Medeiros1, José Nicoletti Filho1, Adriana Beiler1,
Adja F. de Andrade1, Anamaria L. Colla1, Beatriz R. T. Franciosi1, Julieta Desaulniers1, Joyce M. Pernigotti1,
Maria B.P. Herrlein1, Paulo R. Wagner1
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul1
Av. Ipiranga, 6681 - PUCRS-Virtual - Prédio 40 – 9 andar – Porto Alegre – RS – CEP: 90619-900
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Resumo. Este trabalho apresenta o estágio atual de desenvolvimento da proposta pedagógica
voltada ao projeto de Curso de Engenharia Química com ênfase em Operação Petroquímica, na
modalidade a distância em parceria com a OPP Petroquímica S.A. sustentada pela arquitetura
pedagógica constituída e adotada pela PUCRS VIRTUAL. A proposta contempla as ações de apoio
a alunos e professores num processo que busca: instaurar a epistemologia que configura e
distingue a educação a distância; articular iniciativas de caráter interdisciplinar que viabilizam as
conexões entre agentes e processos, além de implementar ações voltadas à formação de
competências profissionais. Nesta arquitetura, a base curricular tem como escopo maior propiciar
aprendizagens significativas atendendo as especificidades desse grupo de alunos. Desta forma, a
proposta pedagógica embasa-se no princípio de flexibilização, desde que pressupostas dimensões
como interatividade, cooperação, autonomia, cognição e metacognição.
Palavras-chave: proposta pedagógica em EAD, curso de engenharia química a distância
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1.
ARQUITETURA PEDAGÓGICA
A plataforma adotada pela PUCRS VIRTUAL utiliza-se de banda de satélite (BRASIL SAT/B3) para geração
de três portadoras (2x256 Kbps) de videoconferência e uma de teleconferência (tvro-digital com banda de 2.5 MHz), de
conexões para videoconferência pelo sistema digidial em 256 Kbps e de apoio 24 horas por dia, pela Internet, utilizando
a RNP conforme Ref.[1]. Agrega-se a esta plataforma o uso do WebCT (Web Course Tools) como um organizador e
gerenciador de ambientes de aprendizagem. Além dessas ferramentas e serviços em EAD, o sistema disponibiliza o uso
aberto de linhas 0800 e de linhas convencionais discadas. Mais recentemente, a PUCRS VIRTUAL contratou um
canal de 1 MB (Mega Bytes), de um provedor comercial, para acesso com maior velocidade e uso exclusivo dos alunos
situados nos pontos distantes.
A recuperação das aulas, presenciais ou transmitidas via satélite, por parte do aluno é viabilizada por meio de
fitas de videocassete ou de CD-ROM aos alunos impossibilitados de participar das vídeo/teleconferências, ou de
participar das aulas na modalidade presencial. Há, além disso, um canal aberto, em diferentes horários para
assessoramento e monitoramento por parte de professores, monitores e tutores.
A Fig.1 ilustra os aportes nas duas modalidades que compõem a plataforma da PUCRS VIRTUAL, isto é,
mediações por vídeo/teleconferência, acopladas a mediações por computador.
Figura 1: Topologia da PUCRS em videoconferência e teleconferência
Na proposta de EAD da PUCRS VIRTUAL cada curso ou projeto apresenta uma construção própria e
comporta capacitação, assessoramento e monitoramento de professores, de monitores, de tutores e dos próprios alunos
distantes, no sentido de facilitar o trânsito e a construção desse paradigma hipermidiático, virtualizado e
hipertextualizado.
Como tal, o projeto PUCRS/OPP, mediado e inserido na estrutura da PUCRS VIRTUAL, articula-se em
torno de múltiplas demandas, desde necessidades e condições do âmbito acadêmico da PUCRS, da empresa de capital
nacional, vinculada à holding do Grupo ODEBRECHT, que propõe a parceria pautada por algumas peculiaridades, até
exigências do contexto social que impõe, cada vez mais, agilidade às organizações que se dedicam à expansão e à
construção de novos conhecimentos e competências ao cidadão do século XXI.
Inerente às condições e processos paradigmáticos da PUCRS VIRTUAL, o projeto de Curso, substanciado na
parceria PUCRS/OPP, privilegia fundamentos epistemológicos de “ponta”, ao destacar, no projeto, a formação de
competências do futuro engenheiro químico, que visam assegurar um “saber”, um “saber-ser” e um “saber-conviver”,
além de um mero “saber-fazer”.
Isso implica, igualmente, a formação de professores e demais agentes envolvidos, visando construir com o
parceiro-associado o perfil de EAD e presente nos processos instaurados e em permanente instauração na PUCRS
VIRTUAL.
O sistema que atende os alunos do curso de Engenharia Química está centrado na sala de geração da PUCRS
VIRTUAL, assim como na localização de ponto de recepção na sede da Empresa, situada no pólo petroquímico,
município de Triunfo/Rio Grande do Sul, como uma das possibilidades de acesso à informação, de instauração de
processos virtuais de comunicação, além da necessária, embora gradual, instituição de processos de construção do
conhecimento em ambientes virtuais.
Dentro deste quadro, o curso de graduação in company, na área de Engenharia Química, apresenta-se como
uma oferta mais equalizada de acesso e permanência à educação de nível superior e define uma parceria, para fins
educativos, que resulta de um intenso trabalho multidisciplinar. Esse trabalho se atualiza em função da realidade
construída, tanto individual como socialmente.
O docente, tratando-se de processos de capacitação, conforme Ref. [2], é quem merece receber um cuidado
todo especial, pois ele é o conteudista (mas não só, pois inclui, no mínimo, conteúdo e interatividade, sob o ponto de
vista sociopedagógico); roteirista (navegação e interatividade, sob o ponto de vista computacional, além de preparo
extremamente relevante das videoconferências) das aulas do curso, as quais devem ser atraentes, significativas,
informativas, comunicativas e interativas; mediadores das propostas paradigmáticas de EAD, que só assumem sua
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condição se materializadas na cotidianidade, tais como se busca promover na proposta praticada na página da
Engenharia Química (Figura 2).
Figura 2: Página do Curso da Engenharia Química
A base curricular tem como escopo maior propiciar aprendizagens significativas. Desse modo, a proposta
pedagógica está embasada no princípio de flexibilização, respeitando sobretudo as condições do aluno. Capitalizam-se
dessa maneira, suas motivações e experiências possibilitando a efetividade das ações em sua interatividade com o
sistema. Assim, o processo de flexibilização decorre das necessidades diagnosticadas junto a alunos, professores,
monitores e gerências, atendendo às exigências de qualidade acadêmica da Universidade, bem como àquelas
determinadas pelas competências profissionais e pelas demandas de mercado. Portanto, a flexibilização cumpre o papel
de tornar o currículo compatível com o perfil do aluno e com os padrões que instituem seu contexto.
A proposta de EQ organiza-se com um percentual expressivo de horas-aula desenvolvido por meio de vídeo e
teleconferência (35% a 40%), com aulas presenciais (25%), conforme exigência do MEC, sendo a Internet um dos
meios na relação pedagógica a distância estabelecida entre professor e aluno.
Com vistas à constituição dos ambientes de aprendizagem virtuais, e como de praxe em EAD, são instituídas
gerências em EAD, voltadas ao Curso em questão, responsáveis pela instauração dos cenários favoráveis ao
desenvolvimento das competências, habilidades e atitudes dos alunos e dos professores. Tais cenários perpassam pela
capacitação docente, assim como pela ação integrada e interdisciplinar provinda do apoio de toda a equipe da PUCRS
VIRTUAL, conforme Fig 3.
O Projeto pedagógico baseia-se na interatividade, na cooperação, na cognição, na metacognição e na promoção
da autonomia dos atores sociais envolvidos no processo em uma proposta centrada na aprendizagem, na reflexão,
adequada aos pressupostos da PUCRS VIRTUAL, seguindo orientações encontradas nas Refs. [3],[4]e[5]. No curso de
Engenharia Química na modalidade a distância busca-se atender a estes princípios, desde o momento de planejamento
até o de avaliação, monitoramento e realimentação, conforme explicitado na Fig.4.
Esse trânsito de paradigmas para o apoiado na virtualidade encontra dificuldades porque "...as rotinas
estabelecidas, a tradição acumulada por tantos anos nos estilos docentes, a poderosa tradição positivista que muitas
vezes consolida uma postura rígida do professor, são alguns dos obstáculos que dificultam a inovação universitária..".
E, ainda se sabe que "equilibrar o melhor do ensino presencial, o estarmos juntos, e o melhor do espaço virtual é básico.
Mas ninguém teve experiência até agora com o equilíbrio desses ambientes", conforme Moran, Ref.[6].
Nesse sentido seria ingenuidade e, porque não dizer, pouca familiaridade com o processo de formação de
professores esperar que de uma forma instantânea os propósitos apresentados na forma do projeto se transportem para o
fazer pedagógico, tanto na modalidade presencial quanto na modalidade a distância.
A pesquisa na área de formação de professores indica como grande diferencial a capacitação do quadro
docente que nele atua. Assim, destarte o reconhecido nível de conhecimento e experiência docente dos professores
envolvidos no Projeto OPP/PUCRS, a equipe da PUCRS VIRTUAL vem desenvolvendo o Programa de Capacitação
Docente, denominado Inserção em EAD, com o intuito de intensificar o processo de incorporação da epistemologia em
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EAD. Além do curso é oferecido apoio e acompanhamento constante do quadro docente, assim como junto a alunos e
monitores, para que se criem alavancas e suportes que encaminhem ao alcance dos propósitos determinados.
Figura 3: Ações em EAD para a constituição de ambientes de aprendizagem virtuais para Engenharia Química/OPP
Figura 4: Processo de planejamento e monitoramento das ações em Engenharia Química
2.
APOIO A PROFESSORES: AVANÇANDO PARA UM AMBIENTE VIRTUAL NA PRÁTICA
DOCENTE
O desafio que se apresenta é transitar do linear para o múltiplo e polissêmico; do individual para o
colaborativo e criativo; do pré-determinado para o determinado, flexível e multifacetado; da textualidade para a
hipertextualidade e hipermidiaticidade; da dependência para a autonomia.
Emerge desse desafio, neste momento do Projeto de curso, as ações que seguem e que se consubstanciam na
proposta de preparar as disciplinas como cunha aos ambientes de aprendizagem na forma de proposição de problemas,
possibilitando o desenvolvimento potencial de professores e práticas docentes, conforme explicita-se no Quadro 1.
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Quadro 1: Apoio aos Professores
Professores/ OPP
Preparar o Plano de Ensino para ser utilizado no WEBCT.
Definir grupos de trabalho alternados em cada disciplina.
Propor situações de colaboração em grupo, utilizando o sistema de auxílio mútuo como ponto de partida.
Elaborar e apresentar elos cognitivos para facilitar o uso de materiais instrucionais.
Trabalhar na perspectiva de solução de problemas.
Fazer uso de hipertextos nas diferentes ferramentas.
Criar fórum de solução de problemas em espaços de discussão presencial e virtual.
Ampliar as possibilidades de uso das ferramentas para criar ambientes cooperativos e colaborativos de aprendizagem.
Elaborar dilemas apropriados ao ambiente de trabalho do aluno, utilizando conhecimentos situados na prática.
Mapear grandes temas que constituem o campo de conhecimento da disciplina.
Prever atendimento diferenciado no ambiente virtual e presencial.
Definir um ritmo constante de ações nas aulas, nas comunicações, de modo a construir uma cultura em EAD com
ênfase na interatividade e colaboratividade.
Para concretizar os planos de ensino-aprendizagem, ações foram implementadas junto aos professores por
meio de assessorias, com o objetivo de problematizar os conteúdos; possibilitar diversas modalidades de acesso aos
conteúdos, de acordo com o grau de conhecimento de cada aluno; disponibilizar instrumentos e subsídios para que os
alunos possam acompanhar / monitorar e decidir meios mais adequados ao aprimoramento de suas habilidades, visando
a elevar o nível de seu desempenho associado à construção do saber-ser (Figura 5).
Figura 5: Monitoramento das ações
Apoiar os professores, especialmente em ações de grupo, uma vez que se tem presentes as vantagens do
trabalho compartilhado. O trabalho é estimulado com atividades que envolvam um grupo de colaboração, utilizando o
sistema de auxílio mútuo como ponto de partida. A cada dia da semana, professores foram assessorados na construção
de seus materiais, buscando desenvolver as competências previstas em EAD.
As páginas, assim como alguns materiais, vão adquirindo consistência em dimensões de virtualidade,
hipertextualidade, construídas com quantidade, cada vez maior de imagens desenvolvidas virtualmente: dinamizar uma
comunicação ágil, com um tempo, cada vez mais reduzido entre recepção e resposta (correio eletrônico, fax,
telefonemas, etc.); monitorar ações por diversos instrumentos de mensuração de aprendizagem mediados pelo
gerenciador WebCT, permitindo amplo acesso pelo aluno, voltadas ao auto-desenvolvimento do aluno, bem como do
professor.
O professor, com apoio de monitores, participa de oficinas para melhor entender e manejar o WebCT. O
aluno também é preparado para utilizar esta ferramenta através do manual do aluno.
Durante vinte e duas (22) oficinas, vários assuntos foram objeto de estudo e reflexão. Tais referenciais foram
operacionalizados, gerando instrumentos / ferramentas em incorporação às práticas pedagógicas propostas em cada
disciplina do curso EQ/EAD.
As Oficinas constituem-se, pela própria natureza, como processos de aprendizagem e de monitoramento das
ações instauradas .
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Instala-se também, como em todos os demais projetos da PUCRS VIRTUAL, um Plano de apoio ao professor
para o desenvolvimento de Aprendizagens de Complementação de Estudos. A partir de diagnósticos decorrentes do
monitoramento, deflagra-se um processo no qual professores, monitores, juntamente com as Gerências e Assessorias de
EAD passam a orientar ações que permitem a construção dos ambientes de aprendizagem, voltadas ao curso de
EQ/EAD. Tais ações integram um plano de ações para fortalecer a prática docente associando-o cada vez mais à
epistemologia EAD. Desse modo, o processo de complementação de estudos, desenvolve-se de acordo com as
condições e necessidades individuais de cada aluno, sendo monitorado e avaliado continuadamente.
Esse procedimento, ao ser implantado, possibilita uma visão mais integrada do plano e das práticas do
professor quanto à organização dos conteúdos e dos ambientes em EAD, relacionados às exigências de monitoramento e
avaliação, considerando os resultados alcançados, garantindo assim um maior aproveitamento ao aluno.
3.
APOIO AOS ALUNOS: INSERÇÃO NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
Nesse momento do projeto do curso, ações são propostas aos alunos com vistas a promover a inserção dos
mesmos no ambiente virtual (Quadro 2).
Quadro 2: Apoio aos Alunos
Alunos / OPP
Desenvolver trabalhos individuais e em pequenos grupos, utilizando um sistema de apoio entre colegas e com
"experts" no sentido enfocado na Ref.[7].
Utilizar processos e formas diversificadas de comunicação e de armazenamento como ponto de partida para o
delineamento de contribuições participativas.
Definir um local para criar uma base de dados do curso, por disciplina, dando visibilidade à cooperação.
Participar ativamente de fórum de solução de problemas em situações presenciais e virtuais.
Elaborar rotinas de trabalho de acordo com as propostas curriculares do curso.
Buscar atendimento diferenciado sempre que houver necessidade.
Outra iniciativa visando ao monitoramento do processo quanto à integração dos alunos foi a criação de uma
lista de discussão nas primeiras semanas de curso, enviada aos alunos, solicitando uma breve avaliação do curso. A
modalidade de lista favoreceu a troca de opiniões, demostrando uma primeira expressão à organização grupal, assim
como subsidiou as ações necessárias à metodologia como às formas de inserção no ambiente do curso e da PUCRS
VIRTUAL.
Os resultados evidenciaram:
− dificuldades dos alunos no gerenciamento do tempo;dificuldades em relação ao uso das ferramentas, word,
Excel, dentre outras;
“... também sou honesto em dizer que estou me adaptando a este tipo de ferramenta de estudo
(computador), pois não sou nenhum expert no assunto computação. Acredito que no decorrer do
tempo me acostumarei com esse novo modo de aprendizagem, também é importante dizer que o
tempo que estou afastado das salas de aulas (10 anos) está pesando no entendimento das matérias
até aqui colocadas pelos professores, principalmente em matemática e química.”
− dificuldades em navegação na página;
"Sim , eu venho encontrando dificuldades na abertura das matérias no campo PRINCIPAL e
EXERCÍCIOS, é muito demorado (isso quando consigo abrir) a abertura destes campos de
trabalho."
− a grande quantidade de tarefas;
"Como estava previsto, o acúmulo de informações iria ocorrer. De início estou sentindo uma certa
dificuldade pois tudo tem que ser aprendido, desde operar o computador, organizar o tempo e
principalmente assimilar as matérias que estão propostas. Desde resolver questões, assistir aulas,
fitas, mensagens eletrônicas, organizar matérias, há um certo aumento no ritmo de nossas vidas".
A partir destas constatações obtidas com mapeamento das respostas foram realizadas reuniões com a
participação da Direção, coordenadores, gerentes e de todos os alunos, e novas ações foram implementadas.
A Equipe da PUCRS VIRTUAL intensificou o assessoramento junto aos professores para que a organização
desta rotina fosse estabelecida e, simultaneamente, decidiu que o apoio aos alunos seria dado de uma forma sistemática,
não só pelos professores mas também pelos monitores e assessores que foram designados para tal.
O assessoramento teve e tem por objetivo monitorar a elaboração do plano de ações. Envolve quatro grandes
focos, tais como: planejamento como um todo nos ambientes de aprendizagem; a organização das atividades individuais
e coletivas; a previsão de ferramentas e serviços ; a organização das páginas do curso/pessoal. Pela própria natureza,
mantém uma estrutura flexível de atendimento: individual/ em grupo (utilizando-se de ferramentas síncronas e
assíncronas).
O assessoramento, como tal, envolve a orientação, a tutoria e o monitoramento das atividades, conforme
Ref.[8]. Em suas múltiplas abordagens e fases, pressupõe o acolhimento e o acompanhamento do aluno, ou de um grupo
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de alunos, para apoiar o processo de atualização do plano de curso (programa/projeto) e do plano da disciplina
(produção/construção de ambientes de aprendizagem).
4.
OFICINAS E REUNIÕES DE TRABALHO
As oficinas são oferecidas tanto para professores como para alunos, conforme abordagem feita na Ref.[9]. Os
alunos procuram assessoramento tecnológico para melhorar suas habilidades de trabalho no ambiente web. Os
professores se dirigem para as oficinas de WebCT, quando têm oportunidade de inserção de seus planos de trabalho,
aproveitando todas as possibilidades desse gerenciador.
Essas oficinas presenciais, assim como as reuniões de trabalho foram organizadas em turnos diferenciados,
procurando atender a alunos, monitores e professores. Os temas abordados foram WebCT, Excel e Word.
Com um sentido mais abrangente e relacionado à instauração do paradigma, a equipe da PUCRS VIRTUAL
organizou grupos de trabalho que visaram a ampliar o processo de incorporação da epistemologia EAD ao material
disponibilizado. Efetuaram-se, assim, oficinas para analisar e reorganizar as páginas .
O WebCT (Web Course Tools), como gerenciador do trabalho de alunos e professores oferece apoio não só
para estabelecer as dificuldades individuais, mas também para dar ao professor uma dimensão da compreensão do
grupo.
5.
MAPEAMENTO INDIVIDUALIZADO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E OUVIDORIA
Uma programação individualizada foi estabelecida para atender às dificuldades e desenvolver as
potencialidades de cada aluno. Nesta etapa, o trabalho dos monitores foi de extrema importância, intensificando os
processos interativos, conforme Ref.[10].
Instituiu-se a Ouvidoria de forma semelhante à que opera nos cursos presenciais de Engenharia da PUCRS,
como um espaço aberto onde os alunos podem manifestar-se livremente, relatando suas perplexidades e sentimentos.
Essa conduta instiga o sentimento de “pertença à PUCRS VIRTUAL integrada em uma rede” .
Do mesmo modo, o atendimento a professores, monitores e alunos também está sendo organizado, através de
manuais disponibilizados na Internet, CD-ROM ou fita VHS, com o intuito de esclarecer questões relacionadas com a
utilização das novas tecnologias e, também, para introduzir novas ferramentas.
6.
NOVAS PERSPECTIVAS PARA EQ
A experiência pode ser repassada em diferentes perspectivas: uma, que contempla a instituição de ambientes de
aprendizagem em sua proposta de virtualização, hipertextualização e colaboração; outra, que privilegia a inserção nessa
cultura virtual, no sentido apresentado por Lévy [11].
Com relação a primeira, exploramos cenários que estão se constituindo ao logo do curso. Em relação a
segunda, explorando para além da constituição dos ambientes de aprendizagem, está inerente a idéia de que esta ênfase
configura-se a partir do olhar em relação aos blocos propostos no currículo. A proposta do curso, conforme proposto,
pode ser visualizada em três blocos de disciplinas (conforme Quadro 3): o bloco (1) composto pelas disciplinas que
conferem a formação básica e profissional de engenharia química; o bloco (2) composto pelas disciplinas que conferem
a abordagem em sistemas de gestão e produção e o bloco (3) que confere a formação mais específica referente a área
de operação petroquímica.
Desta forma, o interesse na formação em áreas outras da Engenharia Química, que não a Petroquímica,
expressa na formação de novas parcerias, traduz a possibilidade de adequação dos referidos blocos. Esta conduta, nesta
proposta, preserva o primeiro bloco, naquilo que assegura a formação geral de engenharia química, pois obedece à
espinha dorsal do referido curso de acordo com a legislação e com os entendimentos acadêmicos e profissionais que se
tem sobre este tema.
Atendidas às condições de formação do engenheiro químico em suas competências e observadas as atribuições
profissionais, adaptações podem ser pensadas, desde que respeitadas as ementas já previstas.
Desta forma, o interesse na formação em áreas outras da Engenharia Química, que não a Petroquímica,
expressa na formação de novas parcerias, traduz a possibilidade de adequação dos referidos blocos. Esta conduta, nesta
proposta, preserva o primeiro bloco, naquilo que assegura a formação geral de engenharia química, pois obedece à
espinha dorsal do referido curso de acordo com a legislação e com os entendimentos acadêmicos e profissionais que se
tem sobre este tema.
Atendidas às condições de formação do engenheiro químico em suas competências e observadas as atribuições
profissionais, adaptações podem ser pensadas, desde que respeitadas as ementas já previstas.
7.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de instauração de uma cultura em EAD, ou qualquer processo que pretenda inovar um ambiente,
passa por diversos enfrentamentos. As dificuldades residem na transformação de uma cultura presencial instalada no
sentido de uma que contemple os pressupostos em EAD, que implicam autonomia, interatividade, metacognição e
colaboratividade. Esta passagem não só deve acontecer na estrutura orgânica do processo (professores, tutores,
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monitores, secretárias e outros) mas também na física (salas com computadores, equipamentos de vídeo e
teleconferência e outros). Quanto à adequação física, no caso em questão, esta foi mais fácil quando comparada à outra.
O processo de migração de um cenário para outro, tanto por parte dos alunos como dos professores é lento e para que
isto ocorra de forma suficiente, foi imprescindível o monitoramento contínuo do processo. Aliadas a este
monitoramento e deflagradas por ele mesmo tornam-se necessárias ações , que venham contemplar as situações
inusitadas que se apresentam ao longo do caminhar do curso. Reside aí a necessidade de flexibilizações, que vêm então
reorientar o processo, no sentido de responder às ansiedades, às frustrações, aos níveis de qualidade estipulados entre
outros com um objetivo maior que é a produção de aprendizagens significativas.
Quadro 3: Visualização do curso em blocos
Bloco 1
Matemática Fundamental
Cálculo de Reatores
Operações Unitárias III
Cálculo Diferencial e Integral I
Fenômenos de Transporte I
Operações Unitárias IV
Cálculo Diferencial e Integral II
Fenômenos de Transporte II
Processos de Tratamento de Águas
Cálculo Diferencial e Integral III
Fenômenos de Transporte III
Físico-Química I
Álgebra Linear e Geometria Analítica
Humanidades
Físico-Química II
Cálculo Numérico I
Gestão Ambiental
Planejamento e Projeto
Cálculo Numérico II
Química Analítica
Estágio Profissional
Equações Diferenciais
Análise Instrumental
Equipamentos de Processos I
Probabilidade e Estatística
Química Orgânica I
Equipamentos de Processos II
Física Geral e Experimental I
Química Orgânica II
Instrumentação e Controle I
Física Geral e Experimental II
Química Inorgânica
Instrumentação e Controle II
Física Geral e Experimental III
Síntese e Análise Orgânica
Sistemas de Qualidade
Física Geral e Experimental IV
Termodinâmica I
Metodologia Científica
Química Geral
Termodinâmica II
Língua Inglesa I
Desenho Técnico
Operações Unitárias I
Língua Inglesa II
Eletrotécnica
Operações Unitárias II
Estequiometria Industrial
Fundamentos de Materiais
Bloco 2
Análise Investimentos
Técnicas Organizacionais
Segurança do Trabalho
Estratégia Empresarial
Bloco 3
Técnicas de Caracterização
Instrumentação e Controle III
Processamento de Petróleo
Fundamentos de Materiais Poliméricos
Aditivação,
Composição
e Processos
de
Tratamento
de
Reciclagem de Polímeros
Polímeros
Processos de Segunda Geração
8.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Technological Suport in its Learning Environment. 20th ICDE World Conference, Düsseldorf, April, 2001b.
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20th ICDE World Conference, Düsseldorf, April, 2001b.
Beatriz Fainholc, La interatividad em la educación a distancia. Buenos Aires: Paidós, 1999.
Anamaria L. Colla et al., Technological Interfaces as Promoting the Autonomy, and Descentralization. 20th
ICDE World conference, Düsseldorf, april, 2001.
Jürgen Habermas, “Teoría de la acción comunicativa”, Madri: TAURUS, 1987.
Manuel A Moran, A Internet na Educação. Texto disponível em http://www.eca.usp.br/prof/moran/textos.htm,
data de acesso 30/04/2001.
Lev S. Vygotsky, “A Formação Social da mente”, São Paulo: Martins Fontes, 1984.
Rubem F. Vargas et al., “Tutoring and Monitoring Process in Distance Education as Environmental Learning”,
20th World Conference on Open Learning and Distance Education, April,3-5, Dusseldorf, 2001. Session
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Lea Volquind e Elaine Silva, Oficina, EDIPUCRS, Porto Alegre, Brasil 1998.
Marco Silva. Sala de Aula Interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000.
Pierre Lévy, “Cibercultura”, RJ: Editora 34, 1999.
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