BALANÇO DE ENERGIA EM CULTIVO PROTEGIDO DE PIMENTÃO Antonio Ribeiro da Cunha Engo Agro, Doutorando em Energia na Agricultura, Depto de Recursos Naturais, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Campus de Botucatu, SP, Cx. Postal 237, CEP 18603-970. E-mail: [email protected] João Francisco Escobedo Prof. Livre Docente, Depto de Recursos Naturais, FCA/UNESP, Botucatu, SP E-mail: [email protected] Élcio Silvério Klosowski Engo Agro, Doutorando em Energia na Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu, SP Emerson Galvani Geógrafo, Doutorando em Energia na Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu, SP Bolsista FAPESP, processo no 96/08974-7 ABSTRACT With the purpose of applying the method of the energy balance in culture of pepper, through the reason of Bowen, they were the following components: radiation balance (SR), and the turbulent flows of latent heat (LE), sensitive in the atmosphere (H) and sensitive in the soil (FCS). Those components were monitored through datalogger to make the energy balance in the levels 1-2 and 2-3, in the two conditions. It was observed in protected cultivation that the pepper of culture went more efficient in to conversion of the available liquid radiation in total drought matter, and consequently with a larger revenue in relation to the field cultivation. The protected cultivation presented the smallest values of SR and of the totalização FCS+LE+H, along the cycle of the culture of pepper, justified by the largest losses of energy in the field cultivation due the counter-radiation of the polyethylene, which impedes the passage of a fraction of the component of long wave, and also for the absorption and reflection of a fraction of the direct radiation for the polyethylene of low density (PEBD). keywords: Capsicum annum, energy balance, protected cultivation, radiation balance INTRODUÇÃO A essência do conceito de balanço de energia é a diferença entre a energia que entra e a que sai de um sistema, ou seja, a energia armazenada ou utilizada pelo sistema. Essa energia é utilizada nos sistemas vegetados, no aquecimento do ar e das plantas, no aquecimento do solo e na evapotranspiração, sendo responsável por esses processos o saldo de radiação. O método do balanço de energia é considerado um método racional de medida de evapotranspiração de uma superfície, o qual mede a energia disponível em um sistema natural e separa as frações usadas nos diferentes processos. O conhecimento da evapotranspiração ou fluxo de calor latente de evaporação contribui para uma utilização mais racional da água em uma determinada cultura, onde as fases críticas de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo são limitados pelo fator hídrico. O balanço de energia determinado através da razão de Bowen tem sido amplamente utillizado para a quantificação dos fluxos na camada de ar próxima à superfície do solo, particularmente em análises micrometeorológicas em sistemas cultivados. O crescimento e o desenvolvimento de uma determinada cultura num determinado tipo de solo, consiste num sistema aberto, onde há continuamente troca de matéria e energia com esse meio, ou seja, o solo e a atmosfera. Bowen (1926) foi o pioneiro nos estudos de balanço de energia sobre uma superfície natural, determinando a razão entre os fluxos de calor latente e sensível emitidos por uma superfície de água, durante o processo de evaporação, em função da pressão de vapor e temperaturas observadas sobre uma superfície. Esta relação é chamada de Bowen, denominando-se método de balanço de energia todo aquele que se utiliza da razão de Bowen para o cálculo dos fluxos de calor latente e sensível. 11 Diversos trabalhos foram realizados no Brasil, visando a quantificação dos componentes do balanço de energia através do método da razão de Bowen, já considerado padrão para mensurar os fluxos de calor latente e sensível de acordo com o balanço de energia (Villa Nova, 1973; Pedro Junior & Villa Nova, 1981; Alfonsi et al., 1986; Fontana et al., 1991; Cunha & Bergamaschi, 1994; Cunha et al., 1996; Alves et al., 1998; Galvani et al., 1999; Netto et al., 1999). O cultivo em estufas plásticas tem-se restringido a algumas poucas espécies de hortaliças, entre elas o pimentão. Segundo Camargo Filho & Mazzei (1994), em 1990, a cultura de pimentão atingiu 1,4% da produção nacional de hortaliças, ocupando uma área de 5.470 ha, sendo que a produção paulista representou 34,23% deste montante, com uma área de 1.813 ha. O aumento deste tipo de cultivo tem crescido intensivamente devido às exigências de melhor qualidade do produto, inclusive no Brasil, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul, e essa expansão tem-se dado mais para o cultivo de hortaliças, visando protegê-las das adversidades climáticas, e procurando a obtenção de produtos de melhor qualidade com uma maior produtividade. A produção média do pimentão em estufa chega a 40 t/ha, enquanto que ao ar livre alcança 20 t/ha para cultivo associado (Robledo de Pedro & Martin Vicente, 1988). Já segundo Serrano Cermeño (1990), de 80 a 150 t/ha, no cultivo protegido, e de 40 a 60 t/ha ao ar livre. Com o objetivo de aplicar o método do balanço de energia em cultura de pimentão, através da razão de Bowen, mediu-se o saldo de radiação (SR) e fluxo de calor do/para o solo (FCS), e a partir dos anteriores estimouse os fluxos turbulentos de calor latente (LE) e sensível na atmosfera (H). MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no período de 20/04/99 à 03/11/99, na área experimental do Departamento de Recursos Naturais da Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu, localizada no município de Botucatu, Estado de São Paulo, com latitude de 22o51’ S, longitude de 48o26’ W e altitude de 786 metros. O cultivo protegido foi feito em uma estufa tipo túnel não-climatizada e orientada no sentido NNW-SSE, constituída de estrutura de ferro galvanizado e com uma área de 280 m2, sendo 7,0 m de largura por 40,0 m de comprimento, com laterais a 2,2 m acima do nível do solo e arco central de 4,0 m, coberta com polietileno de baixa densidade de 120 µm e com sombrite 50% nas laterais. Do mesmo modo foi definida uma área externa com as mesmas dimensões, para o cultivo de campo. A cultivar de pimentão utilizada foi a Elisa, a qual apresenta frutos vermelhos quando maduros, com transplantio aos 33 dias após a semeadura, em 20/04/99, com uma planta por cova e espaçamento de 0,30 m na linha por 1,00 m de canteiro, constituindo de 3 canteiros de 1,00 m de largura por 36,00 m de comprimento, com apenas uma linha de cultura por canteiro, representando um total de 120 plantas por canteiro, totalizando 360 plantas na área do ambiente protegido e 360 plantas no ambiente externo. O preparo do solo foi realizado na forma de canteiros, mediante a recomendação de adubação feita à partir da análise química de solo, incorporando-se os adubos no canteiro numa profundidade de 25 a 30 cm. Os adubos incorporados nos canteiros foram 3,0 kg.m-2 de esterco bovino decomposto, 100 g por planta da fórmula 04-14-08, e 150 g por planta de termofosfato Yoorin BZ. A adubação de cobertura foi efetuada mediante a recomendação de adubação, aplicando-se 8,0 g por planta de nitrocálcio a partir dos 20 dias após o transplantio, repetindo-se por mais 4 vezes com um intervalo de 20 dias entre cada aplicação. O controle de plantas daninhas foi feito por capinas manuais. Tanto o controle de pragas quanto o de doenças foi efetuado mediante exame visual do agente, inseto ou patógeno, e de acordo com recomendações técnicas do produto químico em questão. O sistema de irrigação utilizado foi o de tubos gotejadores, trabalhando com 5,0 m.c.a. (metro de coluna d’água) e vazão de 1,0 l/h por gotejador. O espaçamento entre os gotejadores na linha de plantio foi de 0,30 m. Utilizou-se de um filtro de placas para evitar o entupimento dos tubos gotejadores e conseqüente variação espacial da lâmina de água irrigada. O controle das irrigações na cultura de pimentão foi feito baseando-se na aplicação do balanço de energia através da razão de Bowen, efetuando diariamente a determinação do fluxo convectivo de calor latente (evapotranspiração) do dia anterior para a sua posterior reposição. Para isso, desenvolveu-se um modelo de regressão linear para estimar o tempo de irrigação em minutos (T ) em função da evapotranspiração em mm (ET ) para os tubos gotejadores, segundo a expressão: T = 9,461( ET ) O balanço de energia foi determinado através da razão de Bowen (1926), sendo a equação geral do balanço de energia descrita da seguinte forma: 12 onde: SR − H − LE − FCS ≅ 0 , ou seja: SR = H + LE + FCS SR é o saldo de radiação sobre a superfície; H é o fluxo convectivo de calor sensível; LE é o fluxo convectivo de calor latente (evapotranspiração); e FCS é o fluxo de calor do/para o solo. No cálculo do balanço de energia, os fluxos que chegavam ao sistema (cultura do pimentão) foram considerados positivos, e os que saíam negativos, sendo o ápice da cultura e a superfície do solo considerados os limites superior e inferior do sistema, respectivamente. Os fluxos ascendentes acima da cultura eram negativos e no interior do solo positivos, e vice-versa. O saldo de radiação (SR) corresponde à energia disponível no sistema analisado, ou seja, é a diferença entre os fluxos totais da radiação incidente e a refletida pela superfície vegetada, a cultura. Durante o dia, nas horas de brilho solar, o saldo de radiação é positivo devido aos fluxos incidentes (global e atmosférico), pois são superiores às frações refletidas e emitidas, e durante à noite o saldo de radiação é negativo, onde o fluxo incidente passa a ser somente atmosférico, e a energia emitida pela superfície é superior a este, resultando num saldo de radiação negativo. O fluxo de calor do solo (FCS) representado pela fração do SR que foi transmitida para a superfície do solo, o qual é dependente da temperatura do solo e da sua condutividade térmica, sendo portanto importante a sua quantificação em estudos de balanço de energia, pois representa a entrada/saída de energia desse sistema, podendo contribuir ou não nos fluxos de calor latente e sensível. O FCS é negativo no período diurno e positivo no noturno, sendo que os valores negativos indicam que o fluxo de energia foi para o solo, e positivos quando em direção à atmosfera. Utilizou-se da razão de Bowen para a estimativa dos valores de H e LE , através das medições de gradientes psicrométricos na cultura de pimentão, em níveis 1-2 e 2-3, com uma distância de 0,50 m entre os psicrômetros de termopar, iniciando a 1,00 m da superfície do solo, e segundo as equações: β = H = LE s + γ γ LE = − onde: 1 ∆TU −1 ∆T ( SR + FCS ) (1 + β ) β = razão de Bowen; s = tangente à curva de pressão de saturação de vapor d’água em função da temperatura do ar (mmHg), dada pela expressão: s = 0,317.100, 05979 .TU ; onde TU é a temperatura média úmida entre dois níveis (oC). γ = constante psicrométrica considerada igual a 0,5 mmHg.oC-1. ∆TU = a diferença das leituras dos termopares úmidos instalados entre dois níveis considerados (1-2 e 2-3); ∆T = a diferença das leituras dos termopares secos instalados entre dois níveis considerados (1-2 e 2-3); Foram utilizados, para o monitoramento das temperaturas de bulbo seco e úmido, termopares de cobreconstantan, utilizando-se de temperatura referência um sensor resistivo modelo HMP45C (Campbell Scientific, Inc., 1984/96), constando-se ao todo de 6 conjuntos psicrométricos, sendo 3 instalados em ambiente protegido e 3 em condições de campo. Esses conjuntos psicrométricos foram introduzidos em microabrigos de acrílico com boa aeração natural e protegido contra radiação direta e parte da difusa. O conjunto de microabrigos de acrílico foram instalados equidistantes um do outro, sendo o primeiro instalado à 1,00 m de altura em relação ao nível do canteiro, o segundo a 1,5 m e o terceiro a 2,0 m de altura. O saldo de radiação (SR) foi monitorado através de 2 sensores modelo REBS Q7.1 (Radiation and Energy Balance Systems) instalados à 2 m de altura, um em ambiente protegido e outro em condições de campo. 13 O fluxo de calor no solo (FCS) foi medido por 2 fluxímetros modelo HFT-3 (Campbell Scientific, Inc., 1984-96) instalados a 0,02 m de profundidade da superfície do solo próximos à linha de plantio da cultura, um em ambiente protegido e outro em condições de campo. Os sensores que monitoraram o SR, o FCS e os psicrômetros de termopar, foram conectados a um sistema de aquisição automática, um Micrologger 21X (Campbell Scientific, Inc., 1984/96), e programados através de linguagem específica. A varredura automática dos sensores foi efetuada de 5 em 5 segundos, com uma saída dos valores de dados médios a cada 5 minutos, sendo posteriormente, os dados transferidos periodicamente para um módulo externo de expansão de memória RAM modelo portátil SM192. Esses dados eram transferidos para um microcomputador através de uma interface modelo SC532, para posterior confecção das curvas diárias dos valores instantâneos (W.m-2) do saldo de radiação, e fluxos de calor no solo, sensível e latente, para posterior integralização dos seus valores ao longo do dia em MJ.m-2. RESULTADOS E DISCUSSÃO 1. Relação entre saldo de radiação (SR) e crescimento da cultura A análise de crescimento foi feita através de valores médios de 2 plantas analisadas para cada condição de cultivo, protegido e de campo. A duração do ciclo da cultura de pimentão apresentou 195 dias após o transplantio (d.a.t.), definido pelo final da fase de produção plena (desenvolvimento reprodutivo). Através da Figura 1 observa-se a variação da altura versus o SR, e da Figura 2, a variação do acúmulo de matéria seca total versus o SR, nas condições de cultivo protegido e de campo. Com relação a altura, observa-se que no início as diferenças são pequenas, e somente aos 90 d.a.t. as diferenças passaram a ser acentuadas e crescentes até atingir a altura máxima, para as duas condições de cultivo. Já a matéria seca total apresentou as maiores diferenças a partir dos 105 d.a.t. nas duas condições de cultivo. Comparando-se as duas condições de cultivo, o protegido apresentou plantas com maiores alturas a partir dos 30 d.a.t. até o final do ciclo. Com relação à matéria seca total, as diferenças iniciaram aos 45 d.a.t. até o final do ciclo, apresentando os maiores valores no cultivo protegido. Portanto, nota-se que no cultivo protegido houve um maior aumento em altura das plantas e do acúmulo de matéria seca total durante todo o ciclo, demonstrando que sob uma menor quantidade de radiação líquida disponível obteve-se uma maior área foliar útil, e portanto, uma maior taxa de fotossíntese líquida e conseqüentemente uma maior produção. 13 80 SRpt ALTpt 12 11 70 12 60 11 10 20 6 4 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 9 40 8 30 7 20 6 10 5 60 50 SR (MJ.m-2) -2 SR (MJ.m ) 30 7 70 10 5 0 195 4 0 15 D.A.T. (PROTEGIDO) ALTURA (cm) 40 8 SRca ALTca 10 ALTURA (cm) 50 9 80 13 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 D.A.T. (CAMPO) FIGURA 1 – Altura de plantas de pimentão versus o SR sob condições de cultivo protegido (a) e de campo (b). 14 13 300 SRpt MSpt 12 240 160 140 8 120 7 100 80 6 60 220 -2 180 9 200 180 9 160 140 8 120 7 100 80 6 40 5 240 10 SR (MJ.m ) 200 260 60 40 5 20 4 20 0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 MATÉRIA SECA TOTAL (g) 10 280 11 MATÉRIA SECA TOTAL (g) 220 -2 300 SRca MSca 12 260 11 SR (MJ.m ) 13 280 4 195 0 15 30 45 60 75 D.A.T. (PROTEGIDO) 90 105 120 135 150 165 180 195 D.A.T. (CAMPO) FIGURA 2 – Matéria seca total de plantas de pimentão versus o SR sob condições de cultivo protegido (a) e de campo (b). 2. Saldo de radiação e fluxo de calor do/para o solo (FCS) diários As Figuras 3(a) e 3(b) mostram as curvas de irradiância do SR em condições de ambiente protegido e de campo, para os dias 20/06/99 e 23/10/99, para condições de dia com céu nublado e com céu limpo, respectivamente. Para o dia 20/06/99, as irradiâncias máximas ocorreram às 15:00 h, com valores de 62,16 e 92,26 W.m2 para as condições de ambiente protegido e de campo, respectivamente. Neste dia as irradiâncias de ondas longas máximas ocorreram às 1:35 h e 0:05 h, com valores de –6,57 e –11,11 W.m2, respectivamente para as condições de ambiente protegido e de campo. Para o dia 23/10/99, as irradiâncias máximas ocorreram às 12:00 h e 11:40 h, com valores de 569,97 e 748,03 W.m2 para as condições de ambiente protegido e de campo, respectivamente. Neste dia as irradiâncias de ondas longas máximas ocorreram às 18:40 h e 18:35 h, com valores de –46,03 e –76,06 W.m2, respectivamente para as condições de ambiente protegido e de campo. 900 900 2 2 SRpt =0,32MJ.m 2 SRca=0,70MJ.m (a) 800 700 600 500 500 2 600 400 W.m W.m 2 700 300 400 300 200 200 100 100 0 0 -100 -100 0 2 4 6 8 10 SRpt =12,61MJ.m 2 SRca=16,17MJ.m (b) 800 12 14 16 18 20 22 0 24 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 HORA (23/10/99) HORA (20/06/99) FIGURA 3 – Curvas do SR para as condições de cultivo protegido (SRpt) e de campo (SRca), nas datas de 20/06/99 (a - céu nublado) e de 23/10/99 (b - céu limpo). A data de 20/06/99 corresponde aos 61 d.a.t., na qual a cultura de pimentão estava no início do estádio reprodutivo, e a data de 23/10/99 corresponde aos 186 d.a.t., na qual a cultura de pimentão estava em pleno estádio reprodutivo. Na Figura 3(a), dia com baixa energia ou ceú nublado (20/06/99), apresenta o valor de SR no cultivo de campo próximo ao valor de SR do cultivo protegido, ou seja, de 0,70MJ.m-2 para cultivo de campo e de 0,32MJ.m-2 para cultivo protegido, e a emissão efetiva noturna foi menor no ambiente protegido, tendendo a se aproximar de zero nas duas condições de cultivo, resultando em valores menos negativos no período noturno do dia com condição de céu nublado, do que em condição de céu limpo (23/10/99), no qual apresenta valores de 16,17MJ.m-2 e de 12,61 MJ.m-2, para as condições de cultivo de campo e protegido, respectivamente, conforme as Figuras 3(a) e 3(b). 15 É observado nas Figura 4(a) e 4(b), as curvas diárias do FCS para os dias 20/06/99 e 23/10/99, para as condições de céu nublado e limpo, respectivamente, notando-se que em dia com céu nublado (20/06/99), dia em que houve menor quantidade de radiação e conseqüentemente valores menos negativos, obtendo-se menores fluxos de calor para o solo, independentemente das condições de cultivo. O cultivo protegido somente apresentou os maiores valores de FCS em dia com céu nublado (20/06/99), com o valor diário de 1,06 MJ.m-2, pois no mesmo houve um maior fluxo de calor do solo para a atmosfera no período noturno, ocorrendo o contrário em dia com céu limpo (23/10/99), tendo os maiores valores o cultivo de campo, com o valor diário de 0,58 MJ.m-2, sendo que neste dia, houve maior disponibilidade de energia, ocorrendo assim valores mais negativos de FCS durante o período diurno, com relação ao cultivo protegido e ao dia de céu nublado. A diferença observada entre as duas condições de cultivo, no período noturno em dia com céu limpo (23/10/99), está associada a contra-radiação do polietileno na qual diminui as perdas de energia para a atmosfera, mantendo o meio mais aquecido. 100 100 2 FCSpt =1,06MJ.m (a) 2 FCSca=0,95MJ.m 80 60 60 40 40 20 20 0 2 -20 W.m 2 0 W.m 2 FCSpt =-0,02MJ.m (b) 2 FCSca= 0,58MJ.m 80 -40 -20 -40 -60 -60 -80 -80 -100 -100 -120 -120 -140 -140 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 0 24 HORA (20/06/99) 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 HORA (23/10/99) FIGURA 4 - Curvas do FCS para as condições de cultivo protegido (FCSpt) e de campo (FCSca), nas datas de 20/06/99 (a - céu nublado) e de 23/10/99 (b - céu limpo). 3. Balanço de energia diário A Tabela 1 e Figura 5 mostram a partição diária do balanço de energia em condições de cultivo protegido e de campo para o dia 23/10/99 (céu limpo). Para a condição de cultivo protegido, o SR totalizou 12,60MJ.m-2, sendo que o FCS representou 0,16% (-0,02MJ.m-2), o LE12 representou 99,60% (-12,55MJ.m-2) e o H12 representou 0,24% (-0,03MJ.m-2) para o nível 1-2, e o LE23 representou 99,52% (-12,54MJ.m-2) e o H23 representou 0,32% (0,04MJ.m-2) para o nível 2-3, do fluxo líquido de energia radiante na cultura de pimentão. Na condição de cultivo de campo, o SR totalizou 16,17MJ.m-2, sendo que o FCS representou 3,59% (0,58MJ.m-2), o LE12 representou 103,40% (-16,72MJ.m-2) e o H12 representou 0,18% (-0,03MJ.m-2) para o nível 1-2, e o LE23 representou 103,09% (-16,67MJ.m-2) e o H23 representou 0,49% (-0,08MJ.m-2) para o nível 2-3, do fluxo líquido de energia radiante na cultura de pimentão. A soma dos valores de FCS, LE e H para o dia 23/10/99, segundo as convenções de entrada e saída de energia no sistema, representaram 100,00% para os níveis 1-2 e 2-3 e 99,99% para os níveis 1-2 e 2-3, para as condições de cultivo protegido e de campo, respectivamente. Os valores obtidos de LE e H, tanto para os níveis 1-2 e 2-3 e em ambas condições de cultivo, demonstram que não houveram diferenças significativas entre os níveis, mostrando que o gradiente de temperatura não variou entre eles. TABELA 1 – Partição diária do balanço de energia em condições de cultivo protegido e de campo 23/10/99 (céu limpo), para a cultura do pimentão. Partição Protegido Campo MJ.m-2 % MJ.m-2 SR 12,60 100,00 16,17 FCS -0,02 -0,16 0,58 LE12 -12,55 -99,60 -16,72 LE23 -12,54 -99,52 -16,67 H12 -0,03 -0,24 -0,03 H23 -0,04 -0,32 -0,08 FCS+LE12+H12 -12,60 -100,00 -16,17 FCS+LE23+H23 -12,60 -100,00 -16,17 16 na data de % 100,00 3,59 -103,40 -103,09 -0,18 -0,49 -99,99 -99,99 O balanço de energia obtido em percentagem para os dias 20/06/99 e para 23/10/99, do FCS+LE+H, para ambos os níveis, caracteriza que houveram grandes perdas de energia na condição de cultivo de campo em relação à condição de cultivo protegido, atribuindo-se essas perdas ao maior efeito advectivo no cultivo de campo. 1500 1500 -2 -2 SRpt = 12,60MJ.m -2 FCSpt = -0,02MJ.m -2 LE12pt=-12,55MJ.m -2 H12pt = -0,03MJ.m 1250 1000 1250 (a) 1000 750 500 500 W.m -2 W.m -2 750 250 SRca = 16,17MJ.m -2 FCSca = 0,58MJ.m -2 LE12ca=-16,72MJ.m -2 H12ca = -0,03MJ.m (b) 4 14 250 0 0 -250 -250 -500 -500 -750 -750 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 0 2 6 HORA (23/10/99) PROTEGIDO 10 12 16 18 20 22 24 1500 1500 -2 -2 SRpt = 12,60MJ.m -2 FCSpt = -0,02MJ.m -2 LE23pt=-12,55MJ.m -2 H23pt = -0,03MJ.m 1250 1000 1250 (c) 1000 750 500 500 W.m -2 750 -2 W.m 8 HORA (23/10/99) CAMPO 250 SRca = 16,17MJ.m -2 FCSca = 0,58MJ.m -2 LE23ca=-16,67MJ.m -2 H23ca = -0,08MJ.m (d) 4 14 250 0 0 -250 -250 -500 -500 -750 -750 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 0 24 HORA (23/10/99) PROTEGIDO 2 6 8 10 12 16 18 20 22 24 HORA (23/10/99) CAMPO FIGURA 5 - Curvas do SR, do FCS, do LE e do H para as condições de cultivo protegido e de campo, para os níveis 1-2 (a e b) e 2-3 (c e d), para o dia 23/10/99 (céu limpo). Na Figura 5 têm-se as curvas de partição diária do balanço de energia em cultivo protegido e de campo, no dia 23/10/99 (céu limpo). A curva de LE apresentou-se inversa à curva do SR, ou seja, valores positivos de SR representam ganho de energia para o sistema, e o de LE saída de energia do sistema. 4. Balanço de energia ao longo do ciclo da cultura No balanço de energia ao longo do ciclo da cultura para o cultivo protegido, conforme Tabela 2 e Figuras 6 e 7, observa-se que o SR totalizou 1431,07MJ.m-2, sendo representado por 2,13% do FCS (30,54MJ.m-2), por 101,67% do LE12 (-1454,97MJ.m-2) e por 0,46% do H12 (-6,64MJ.m-2) para o nível 1-2, e por 101,04% do LE23 (1445,96MJ.m-2) e por 1,11% do H23 (-15,86MJ.m-2) para o nível 2-3, do fluxo líquido de energia radiante ao longo do ciclo da cultura de pimentão. No cultivo de campo, o SR totalizou 1879,83MJ.m-2, sendo representado por 6,33% do FCS (118,91MJ.m-2), por 105,93% do LE12 (-1991,35MJ.m-2) e por 0,33% do H12 (-6,37MJ.m-2) para o nível 1-2, e por 105,82% do LE23 (-1989,23MJ.m-2) e por 0,45% do H23 (-8,48MJ.m-2) para o nível 2-3, do fluxo líquido de energia radiante ao longo do ciclo da cultura de pimentão. Nota-se um valor menor do FCS para o cultivo protegido, podendo estar associado ao maior sombreamento do solo por um maior desenvolvimento do dossel da cultura, e também pela diminuição da radiação direta na área sombreada pelo dossel. Houve também uma diminuição no valor de H nos dois níveis analisados, 1-2 e 2-3, em ambas condições de cultivo, sendo que em cultivo protegido essa diminuição foi mais acentuada, devido a um menor efeito convectivo lateral pela ação do vento. Já o LE não mostrou diferença significativa de um nível para o outro em ambos as condições de cultivo. A soma dos valores de FCS, LE e H ao longo do ciclo da cultura de pimentão, respeitando as convenções de entrada e saída de energia no sistema considerado, representam 100,00% para o nível 1-2 e 100,02% para o nível 2-3, e 99,93% para o nível 1-2 e 99,94% para o nível 2-3, repectivamente, para os cultivos protegido e de campo. Isto demonstra que no cultivo de campo, durante o ciclo da cultura de pimentão, ocorreram maiores perdas de energia em relação ao cultivo protegido, atribuindo-se estas perdas ao maior efeito advectivo no cultivo de campo. 17 TABELA 2 – Partição do balanço de energia em condições de cultivo protegido e de campo durante o ciclo da cultura do pimentão. Partição Protegido Campo MJ.m-2 % MJ.m-2 % SR 1431,07 100,00 1879,83 100,00 FCS 30,54 2,13 118,91 6,33 LE12 -1454,97 -101,67 -1991,35 -105,93 LE23 -1445,96 -101,04 -1989,23 -105,82 H12 -6,64 -0,46 -6,37 -0,33 H23 -15,86 -1,11 -8,48 -0,45 FCS+LE12+H12 -1431,07 -100,00 -1878,81 -99,93 FCS+LE23+H23 -1431,28 -100,02 -1878,80 -99,94 30 30 2 -2 SRpt =1431,07MJ.m -2 FCSpt =30,54MJ.m -2 LE12pt=-1454,97MJ.m -2 H12pt =-6,64MJ.m 25 20 15 (a) 20 15 10 MJ.m 2 -2 10 MJ.m SRca =1879,83MJ.m 2 FCSca =118,91MJ.m (b) 2 LE12ca=-1991,35MJ.m 2 H12ca =-6,37MJ.m 25 5 0 5 0 -5 -5 -10 -10 -15 -15 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 210 225 15 30 45 60 D.A.T. (PROTEGIDO) 75 90 105 120 135 150 165 180 195 D.A.T. (CAMPO) FIGURA 6 – Comportamento do SR, do FCS, do LE e do H entre os níveis 1-2, em cultivo protegido (a) e em cultivo de campo (b), durante o ciclo da cultura do pimentão. 30 30 -2 SRpt =1431,07MJ.m -2 FCSpt =30,54MJ.m -2 LE23pt=-1445,96MJ.m -2 H23pt =-15,86MJ.m 25 20 15 2 (a) 20 15 10 W.m 2 -2 10 W.m SRca =1879,83MJ.m 2 FCSca =118,91MJ.m (b) 2 LE23ca=-1989,23MJ.m 2 H23ca =-8,48MJ.m 25 5 0 5 0 -5 -5 -10 -10 -15 -15 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 210 225 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 D.A.T. (CAMPO) D.A.T. (PROTEGIDO) FIGURA 7 – Comportamento do SR, do FCS, do LE e do H entre os níveis 2-3, em cultivo protegido (a) e em cultivo de campo (b) , durante o ciclo da cultura do pimentão. Valores encontrados por Cunha & Bergamaschi (1994) para cultura de alfafa encontram-se em 86, 9 e 5% para o fluxo de calor latente de evaporação, fluxo de calor sensível e no solo, respectivamente. Pedro Júnior & Villa Nova (1981), trabalhando com cultura de soja encontraram valores da ordem de 72% para o fluxo de calor latente de evaporação, 13% para fluxo de calor sensível e 15% para fluxo de calor no/para o solo, em relação ao saldo de radiação ou como cita os autores, da energia líquida disponível no meio. Alfonsi et al. (1986) em cultura de milho encontraram 84, 2, 14% para LE, H e FCS, respectivamente. Fontana et al. (1991) em cultura de soja irrigada e não irrigada obtiveram 95% e 78% do saldo de radiação sendo utilizado nos processos de evaporação/transpiração, 2% e 7% utilizado como fluxo de calor no/para o solo, em parcela irrigada e não irrigada, respectivamente. Ainda esses autores encontraram relação inversa entre fluxo de calor sensível e fluxo de calor 18 latente de evaporação. Villa Nova et al. (1975) não observaram concordância entre valores de LE e SR, isto pelo fato de LE depender primariamente do balanço de energia ao nível da superfície, que é defasado de seu valor ao nível de 0,80m. Quando a evaporação for limitada, maior fração do SR é utilizado para o aquecimento do ar e para o aquecimento do solo (FCS). O rendimento de uma cultura é condicionado na sua maior parte pela disponibilidade de energia solar, a qual é função de outros elementos em condições ideiais, tais como umidade e temperatura do solo. Sendo que o SR total do ciclo da cultura de pimentão foi de 1431,07MJ.m-2 com um rendimento de 84,10 ton.ha-1 (8,41kg.m-2) para o cultivo protegido, e de 1879,83MJ.m-2 com um rendimento de 63,94 ton.ha-1 (6,39kg.m-2) para o cultivo de campo, e tendo-se uma relação de 170,16MJ.kg-1 e 294,18MJ.kg-1, para as condições de cultivo protegido e de campo, concluiu-se que a condição de cultivo protegido foi mais eficiente por kg produzido em relação à energia utilizada em MJ. Com a Figura 8(a), nota-se que no comportamento do SR durante o ciclo da cultura, existiram dias com baixa energia, nos quais os valores de SR em cultivo de campo se aproximaram à condição de cultivo protegido, pois a emissão efetiva noturna é menor em cultivo protegido, tendo-se assim valores menos negativos no período noturno. O SR obtido ao longo do ciclo da cultura do pimentão foi de 1431,07MJ.m-2 e 1879,83MJ.m-2, respectivamente para as condições de cultivo protegido e de campo, obtendo-se uma relação percentual de 76,13% SRpt/SRca). Os valores de SR em cultivo protegido foram menores que em condição de cultivo de campo, ao longo do dia na cultura de pimentão, o que é devido à absorção e reflexão de uma fração da radiação direta pelo polietileno de baixa de densidade (PEBD), contudo em condições de saldo de radiação negativo (à noite) os valores em condição de campo são mais negativos, ou seja, ocorrem maiores perdas de energia em condição de campo devido à contra-radiação do polietileno, o qual impede a passagem de uma fração da componente de onda longa, pois o mesmo apresenta elevada permeabilidade à radiação de onda longa, em torno de 80%, contribuindo para uma menor perda de energia noturna em condição de cultivo protegido, conforme visto na Figura 3. 18 FCSpt = 30,54MJ.m -2 FCSca=118,91MJ.m (b) 3.0 2.5 2.0 10 1.5 -2 12 8 MJ.m MJ.m -2 14 -2 3.5 -2 SRpt =1431,07MJ.m -2 SRca=1879,83MJ.m (a) 16 6 1.0 0.5 0.0 4 -0.5 2 -1.0 0 -1.5 -2.0 -2 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 15 195 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 D.A.T. D.A.T. FIGURA 8 – Comparação do comportamento do SR (a) e do FCS (b) em condições de cultivo protegido (pt) e em cultivo de campo (ca) , durante o ciclo da cultura do pimentão. Segundo a Figura 8(b), durante o ciclo da cultura de pimentão, o FCS em condição de cultivo protegido representou 30,54MJ.m-2 e 118,91MJ.m-2 em condição de cultivo de campo. Observa-se que o FCS ao longo do ciclo da cultura variou menos na condição de cultivo protegido, pois no mesmo as plantas se desenvolveram mais, apresentando um dossel mais homogêneo após os 75 d.a.t., sendo que a partir daí houve um maior sombreamento do solo nessa condição, causando uma diminuição da quantidade de energia que chegava ao solo no período diurno. CONCLUSÕES Através dos resultados obtidos podemos concluir para o ciclo da cultura do pimentão que o cultivo protegido: - apresentou um maior aumento em altura de plantas e do acúmulo de matéria seca total, demonstrando que nessa condição a cultura foi mais eficiente na conversão da radiação líquida disponível em matéria seca total, apresentando conseqüentemente um maior rendimento em relação ao cultivo de campo; 19 - apresentou os menores valores de SR e da totalização FCS+LE+H, justificado pelas maiores perdas de energia em cultivo de campo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALFONSI, R.R.; SANTOS FILHO, B.G. dos.; PEDRO JUNIOR, M.J.; BRUNINI, O.; CAMARGO, M.B.P.de. Balanço de energia em milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 21, n.12, p. 1233-1235, dez. 1986. ALVES, A.V.; AZEVEDO, P.V.de; SILVA, B.B. da. Balanço de energia e reflectância de um cultivo de melão. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v.6, n.2, p.139-146, 1998. BOWEN, I.S. 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