FACULDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS DE UBERLÂNDIA. Rua Barão de Camargos, 695 - Fundinho. Uberlândia, MG, CEP:38400Telefax: (34) 3291-2100 Professor Douglas - Fertilidade do solo Aula 07 – 02/09/2013 Fontes alcalinas de acidez no solo De acordo com conceito acido base, todas aquelas substancias capazes de originar íons OHpor reação com a agua, constituem fontes de alcalinidade no solo. Este é o caso dos metais alcalinos e alcalinos terrosos. Quando cátions metálicos como K, Na, e Mg predominam no complexo de troca eles podem influenciar a concentração de íons H+ (ou OH-) na solução do solo de acordo com o equilíbrio: Portanto de modo geral quanto maior for a participação dos elementos alcalinos e alcalinos terrosos no complexo de troca maior será o pH do solo. As condições que levam a um aumento da participação desses elementos (também denominados de bases trocáveis) no complexo de troca também determinam um aumento no pH. Isso depende do íon acompanhante. No caso de carbonatos, o pH tende a aumentar; já aníons como sulfatos e cloretos, e nitratos, praticamente não alteram o pH do solo, podendo o sulfatos, inclusive levar a um aumento de pH se houver adsorção deste ânion e o deslocamento em quantidades apreciáveis de íons da superfície das argilas pelo cátion adicionado. No processo natural de evolução do solo, os metais alcalinos e alcalinos terrosos fazem parte dos minerais primários, cujo intemperismo consome prótons do meio liberando esses cátions (bases trocáveis) na solução, os quais podem ser adsorvidos pela fase sólida. Capacidade Tampão da acidez do solo A capacidade tampão da acidez dos solos é determinada pelas características do complexo de troca catiônica, sendo definida como “resistência que os solos apresentam a mudança de pH”. O poder tampão, também pode ser definido como sendo a quantidade necessária para elevar em uma unidade o pH do solo. Adsorção e troca iônica. As propriedades de adsorção iônica do solo são devidas, quase que totalmente, aos minerias argila e a matéria orgânica, matérias de elevada superfície especifica. Essas partículas coloidais do solo apresentam cargas elétricas negativas e positivas, podendo adsorver ou “reter” por diferença de carga, tanto cátions como ânions. Estas cargas, negativas ou positivas, são neutralizadas por íons de carga contraria que podem ser trocados por outros íons da solução do solo. Esta relação de troca se da por íons de mesma carga. O fenômeno é conhecido como troca iônica, e depois da fotossíntese é o fenômeno para vida na terra. As cargas negativas são neutralizadas por íons eletropositivos, ou seja, pelos cátions, oque se denomina adsorção catiônica. Na neutralização de cargas positivas pelos ânions tem se adsorção aniônica. Os íons envolvidos nesse processo de adsorção ligam-se por eletrovalência FACULDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS DE UBERLÂNDIA. Rua Barão de Camargos, 695 - Fundinho. Uberlândia, MG, CEP:38400Telefax: (34) 3291-2100 ou covalência as partículas coloidais do solo. Os cátions mais envolvidos quantitativamente nesse processo são: Os íons adsorvidos as partículas coloidais podem ser deslocados e substituídos, estequeometricamente, por outros íons de mesmo tipo de carga, dando se uma troca iônica. Como as cargas da fase solida se manifestam na superfície das partículas coloidais do solo, há estreita relação entre o fenômeno de troca e área superficial dessas partículas. Na solução do solo que envolve as partículas coloidais os ions estão se deslocando constantemente. Os ions em movimento representam os elementos em estado trocável ou disponível. O fenômeno de adsorção e troca iônica pode ser representado pelas equações: