Potenciais aplicações da proteômica à entomologia Richard Hemmi Valente e José Roberto da Silva Dogma central DNA RNA PROTEIN 1970 – Francis Crick and James Watson – Linhas sólidas indicam sentido da transferência de informação em todas as células. Linhas pontilhadas indicam transferência em casos especiais. “Dogma” central DOGMA “Proposição apresentada como incontestável e indiscutível.” Dicionário Michaelis “… that a dogma was an idea for which there was no reasonable evidence.” Francis Crick The eighth day of creation - Makers of the revolution in biology Horace Freeland Judson Riedel, K. (2006) Fields, S. Science (2001) 291(5507):1221. Riedel, K. (2006) Para que proteômica ? • Anotação do genoma • “Um gene, uma proteína” • Função da proteína • Modificações pós-traducionais • Localização e compartimentalização • Interações proteína-proteína Riedel, K. (2006) Jensen, O.N. Nature Reviews in Mol Cell Biol (2004) 7:391. Jensen, O.N. Nature Reviews in Mol Cell Biol (2004) 7:391. GENOMA - Conjunto de DNA ~ 25.000 genes H. sapiens Stein, L.D. Nature (2004) 431: 915. TRANSCRIPTOMA - Conjunto de mRNAs mRNA - 150.000 representantes (x6) PROTEOMA - equivalente protéico do genoma PROTEÍNA - 1.500.000 (x 10) Marc Wilkins Siena Itália Setembro 1994 “ all proteins expressed by a genome, cell or tissue” PROTEINOME PROTEOME PROTOME 1o Conceito de Proteoma Proteômica Estudo sistemático de muitas e diversas propriedades das proteínas numa forma paralela, com o objetivo de fornecer uma detalhada descrição da estrutura, função e controle dos sistemas biológicos na saúde e na doença. Scott Patterson and Ruedi Aebersold, Nature Genetics, 2003. Heráclito “Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque, ao entrarmos pela segunda vez, não serão as mesmas águas que estarão lá, e a pessoa mesma já será diferente.” Técnicas Proteômicas Sensibilidade Reprodutibilidade Rapidez Facilidade Automação Baixo custo Intervalo Dinâmico – Dynamic range Molecular & Cellular Proteomics (2002), 1:845-867. O TRABALHO DE O’FARRELL (estudante de pós-graduação de 25 anos em 1975) (biologia do desenvolvimento de volvox) 2D-PAGE / PRIMEIRA DIMENSÃO (focalização isoelétrica) Proteínas são moléculas anfotéricas pH < pI pH = pI pH > pI 2D-PAGE / PRIMEIRA DIMENSÃO (focalização isoelétrica) FITAS DE IPG DISPONÍVEIS COMERCIALMENTE 2.5-12 A. Görg Géis com 3 mm largura / 0,5 mm espessura (4% T e 3% C) EQUILÍBRIO DAS FITAS APÓS A 1a DIMENSÃO Tampão de equilíbrio Tris-HCl 50 mM pH 8,8 6 M uréia 30 % glicerol 2 % SDS 0,002 % BFB I. 10 mL de tampão + 100 mg DTT por 15 minutos II. 10 mL de tampão + 400 mg iodoacetamida por 15 minutos 2D-PAGE / SEGUNDA DIMENSÃO (SDS-PAGE) Laemmli, U.K. Nature (1970) 227: 680-685 Schägger, H. and von Jagow, G. Anal. Biocehm. (1987) 166: 368-379 Não há necessidade de stacking gel Condições elétricas (géis 1 mm) 2,5 W / gel por 30 minutos 100 W constantes até o final (4-5 horas p/ 6 géis) CURRENT LIMITATIONS FOR 2DE-MS... 200-10 kDa pH 2,5 - 12 Working range of 2DE Identificando a proteína contida no spot Digestão proteolítica Espectrometria Fragmentos proteolíticos Descoloração Redução e alquilação Desidratação do gel Rehidratação do gel digestão com tripsina Digestão proteolítica Fragmentos proteolíticos Extração dos peptídeos CROMATOGRAFIA MULTIDIMENSIONAL (MUDPIT) Proteoma de Saccharomyces cerevisiae Por MudPIT – 1.484 proteínas identificadas Nature Biotechnology 19:242 (2001) CROMATOGRAFIA MULTIDIMENSIONAL (MUDPIT) Espectrometria de Massas Sensibilidade picomol (10-12) femtomol (10-15) attomol (10-18) zeptomol (10-21) 10 kDa - 1 picomol são 0,01g Massa 1 até 106 Da Espectrometria de Massas Estudo de ÍONS em fase GASOSA Abundância x m/z Espectrometria de Massas Fonte de ionização MALDI ESI Analisador de massas TOF TOF-TOF Q-TOF ION TRAP LINEAR TRAP-ORBITRAP LINEAR TRAP-FT-ICR Detector de íons Ionização por MALDI Favorece a formação de íons de carga simples (+1) Hoffmann de, E. & Stroobant, V. (2001) in Mass Spectrometry: Principles and Applications. Ionização por ESI (ElectroSpray Ionization) Gaskell, S.J. (1997) J. Mass. Spectrom. 32:677-688. Ionização por ESI (ElectroSpray Ionization) Gaskell, S.J. (1997) J. Mass. Spectrom. 32:677-688. Ionização por ESI (ElectroSpray Ionization) Favorece a formação de íons de cargas múltiplas (+n) Analisadores em tandem – MS/MS ou MSn Aebersold, R. & Mann, M. (2003) Nature, 422:198-207. Modo de operação MS Analisador 1 Analisador 2 Peptídeos trípticos Câmara de colisão. Detector m/z Adaptado de CEGB, Havana, Cuba. Modo de operação MS/MS Analisador 1 Analisador 2 Peptídeos trípticos Câmara de colisão (sem gás) Detector m/z Adaptado de CEGB, Havana, Cuba. Modo de operação MS/MS Analisador 1 Analisador 2 Peptídeos Gás inerte trípticos Câmara de colisão (com gás) (precursor) Detector m/z Adaptado de CEGB, Havana, Cuba. Identificação de proteínas 1 – Peptide mass fingerprinting (PMF) 2 – MS/MS ion search 3 – Peptide sequence tag 4 – Seqüenciamento de novo (manual ou in silico) 5 – Homologia (MS-Blast ; MS-Homology) Vai que é sua, Beto!!! Manipulação pelo parasita Thomas, F. Behavioural Processes (2005) 68:185. -Estratégia de transmissão – O parasita aumenta suas chances de transmissão através da alteração do comportamento do hospedeiro. -“Extended phenotype …” (1982) Richard Dawkins “Genes de um organismo (parasita) têm efeitos fenotípicos sobre outro organismo (hospedeiro)” ? Efeito direto x Efeito indireto ? PROTEÔMICA ! (Contínuo) (Pontual) Hemolinfa Nemobius sylvestris – grilo + Paragordius tricuspidatus – verme Cópula e desenvolvimento inicial do verme ocorrem em ambiente aquático. Hospedeiros infectados com vermes “maduros” apresentam comportamento atípico na primeira parte da noite: eles procuram por água e nela mergulham. Apenas grilos (cabeças) machos infectados com apenas um verme macho foram utilizados nos ensaios proteômicos. Grilos DM (During Manipulation) Grilo infectado pronto para pular, entre 10 PM e 1 AM; CN (Control Night) Grilo não-infectado que estava na floresta entre 10 PM e 1 AM; BM (Before Manipulation) Grilo infectado (DM) e mantido em terrário até dia seguinte quando foi dissecado entre 1 PM e 3 PM; CD (Control Day) Grilo não-infectado que estava na floresta (CN) e foi mantido até dia seguinte em terrário quando foi dissecado entre 1 PM e 3 PM; AM (After Manipulation) Grilo previamente infectado coletado assim que verme sai. Vermes DM* (During Manipulation) Verme de Grilo infectado pronto para pular, entre 10 PM e 1 AM; BM* (Before Manipulation) Verme de Grilo infectado (DM) e mantido em terrário até dia seguinte quando foi dissecado entre 1 PM e 3 PM; AM* (After Manipulation) Verme de Grilo previamente infectado 1 h (mantido em água) após sair do hospedeiro. DM DM* CONCLUSÕES