CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN
2ª SÉRIE
ENS. MÉDIO
MONITORIA DISCURSIVA DE SOCIOLOGIA - 2º PERÍODO
EXERCÍCIOS
1. Defina o que é “Sociologia do Desenvolvimento”.
A sociologia do desenvolvimento é o ramo da sociologia que, adotando uma perspectiva de
interdependência entre as dimensões económica, social e política, se ocupa da análise dos efeitos da
mecanização generalizada da produção.
O estudo das condições necessárias para o acesso dos países não industrializados à revolução industrial
ocupou vários autores, nomeadamente os da "teoria da modernização", como Bert Hoselitz, Nash e
Eisenstadt.
Nos anos sessenta do século XX, num contexto histórico em que a maior parte das colónias dos países
europeus tinha encontrado a sua independência política, a posição da sociologia do desenvolvimento era
otimista e via a industrialização como benéfica e recomendável ao progresso dos países do chamado
terceiro mundo. Contudo, a constatação de que as descolonizações não tinham acarretado
independência económica para os novos países levou a uma relativização dessa perspetiva, com os
sociólogos de inspiração marxista dos anos setenta a denunciarem o cariz interesseiro das ajudas dos
países ocidentais à industrialização no terceiro mundo. Atualmente a sociologia do desenvolvimento
alerta, precisamente, para a impossibilidade de transposição mecânica de modelos de desenvolvimento
entre países em tudo diferentes. Autores que incluem nas suas reflexões as preocupações deste ramo de
sociologia são, entre outros, Robert Nisbet ( History of the Idea of Progress, 1980), Tom Bottomore
(Theories of Modern Capitalism, 1985), David Booth (World Development, 1985) e, em Portugal, Alfredo
Bruto da Costa e Celso Furtado.
2. Relacione Darwinismo Social e Imperialismo.
O Darwinismo Social foi empregado para tentar explicar a inconstância pós-revolução industrial,
sugerindo que os que estavam pobres eram os menos aptos (segundo interpretação da época da teoria
de Darwin) e os mais ricos que evoluíram economicamente seriam os mais aptos a sobreviver por isso os
mais evoluídos. Durante o século XIX as potências europeias também usaram o Darwinismo Social
como justificativa para o Imperialismo.
3. Conceitue Dualismo na economia.
1ª - Sociedade tradicional – produção limitada, tecnologia rudimentar, subordinação do homem ao
ambiente e inadequado aproveitamento dos recursos naturais; 2ª - sociedade em processo de transição
– estágio em que aparece precondições para o desenvolvimento econômico – atitudes racionais
adequadas ao controle e à exploração da natureza; 3ª - Sociedade em início de desenvolvimento – inclui
as sociedades nas quais são ultrapassados os primeiros limites das sociedades tradicionais –
investimento de capital na produção, crescimento da manufatura e aparecimento de um sistema político,
social e institucional – base da sociedade moderna. 4ª sociedade em maturação – estágio em que as
forças de expansão econômica passam a predominar na sociedade; 5ª sociedade em produção em
massa – é estágio de desenvolvimento efetivo da produção em bases industriais e científicas e de um
aumento significativo do investimento produtivo de capital.
4. As ideias de William Wilber Rostow, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) identifica os
estágios do desenvolvimento econômico em etapas, caracterize cada uma das etapas definidas por
Rostow.
Para a abordagem dualista, o problema não se encontra na constituição étnica, cultural ou racial da
população, mas na condução de políticas administrativas e econômicas, no comportamento das camadas
dirigentes, na falta de estímulo para o progresso, na má orientação do governo. Abordagem dualista do
desenvolvimento: “Desenvolvida” – crescimento: urbano, industrial, do sistema de comunicação. Tem
alta produtividade e avanço tecnológico. Subdesenvolvida”, “atrasada” – população reduzida, cidades
pequenas, produção agrária, níveis de renda baixos, produtividade insuficientes e dispersão
demográfica.
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EXERC.MONITORIA.2S.2P.DISC.SOCIOLOGIA.GABARITO
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5. Conceitue “MARGINALIDADE”.
O setor tradicional ou marginal é aquele que fica excluído dos processos de desenvolvimento tecnológico
e de rápido aumento da produtividade que caracterizam o modelo (capitalista dominante).
6. Dê algumas características dos países de 3º Mundo ou em desenvolvimento.
As nações do Terceiro Mundo: 1- As regiões, populações e setores identificáveis como subdesenvolvidos,
arcaicos, tradicionais ou atrasados são parte integrante das novas nações, o que significa que não estão
em processo de transformação para formas sociais e econômicas “adiantadas” ou “evoluídas”; 2 – As
regiões ou os setores “atrasados” são dominados pelo setor ou região capitalista desenvolvido, o qual se
impõe nos processos de independência como representante de toda nação; 3 – Os setores ou regiões
“atrasadas” tendem a permanecer como tais, desde que assegurem o desenvolvimento do setor
dominante, fornecendo mão de obra barata por meio de migrações internas e imigrações... 4 – As
formas tradicionais de vida (economia de subsistência, artesanato, subemprego...) tendem a
desaparecer quando não representam mais nenhum tipo de fluxo de capital ou mão de obra, como
sociedades tribais brasileiras, em franco processo de extinção. 5 – Os setores “atrasados” são
remanescentes de um processo de exploração colonialista, contribuindo para a acumulação de capitais
nas metrópoles...
7. Caracterize a 2ª Divisão Internacional do Trabalho.
Desde o início do século XX, a Inglaterra registrou sinais de fragilidade na sua condição de potência
hegemônica, que foram agravados por duas guerras mundiais e pela crise de 1929. Então, depois
da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, assumiu a posição de potência mundial. Essa nova fase
do capitalismo ficou conhecida como capitalismo industrial e causou modificações na Divisão
Internacional do Trabalho. Nessa época, muitos países subdesenvolvidos começaram a ser financiados
pelos países detentores do capital e dessa maneira, muitas empresas passaram a espalhar filiais pelo
mundo, o que transformou os países subdesenvolvidos em exportadores de produtos industrializados,
alterando as relações comerciais que predominavam no mundo. Superada a destruição que foi
provocada pela segunda guerra mundial, a economia mundial acelerou como nunca'. As empresas dos
países industrializados tornaram-se grandes e se espalharam cada vez mais pelo mundo, globalizando
não apenas a produção, mas também o consumo. Desde a década de 1970, está havendo uma mudança
na Divisão Internacional do Trabalho, devido ao processo de reestruturação industrial e a expansão das
grandes empresas. Gradativamente, grandes empresas construíram filiais em diversos países, o que
explica o fato de alguns países subdesenvolvidos terem se industrializado nesse período. Entretanto,
esse processo de industrialização é desigual, pois os tipos de indústria e tecnologia empregados não são
os mesmos das matrizes.
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