CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO FERNANDA BASTOS BERNARDO EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA FORMAÇÃO DA POUPANÇA PARA O PAGAMENTO DO FINANCIAMENTO ESTUDANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA FACULDADE CEARENSE, COM ALUNOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO. FORTALEZA 2013 FERNANDA BASTOS BERNARDO EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA FORMAÇÃO DA POUPANÇA PARA O PAGAMENTO DO FINANCIAMENTO ESTUDANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA FACULDADE CEARENSE, COM ALUNOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO. Monografia apresentada ao curso de Bacharelado em Administração da Faculdade Cearense, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharela em Administração. Orientador: Prof. João Queiroz Júnior, Esp. FORTALEZA 2013 FERNANDA BASTOS BERNARDO EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA FORMAÇÃO DA POUPANÇA PARA O PAGAMENTO DO FINANCIAMENTO ESTUDANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA FACULDADE CEARENSE, COM ALUNOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO. Monografia com pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração, outorgado pela Faculdade Cearense – FAC, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Data de aprovação: ____ /____ /____ BANCA EXAMINADORA Prof. João Queiroz Orientador Prof. Examinador Prof. Examinador FORTALEZA 2013 A Deus, à minha mãe e ao meu pai (in memoriam). AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, agradeço a Deus, que guiou meus passos até o momento, sem me deixar desistir. Às amigas Adriana Xavier, Alyne Oliveira, Elaine Nunes, Rosiene Silva e Tharrannye Karol, por terem estado comigo, em todos os anos de faculdade, me dando força para continuar; e por terem dado continuidade a essa verdadeira amizade existente entre nós. Às amigas de trabalho Camila Nair, Jessika Nobre e Tassya Santos, por me aguentarem falando, o semestre inteiro, desta monografia; e pela ajuda prestada. Ao meu tio e amigo Roberto Bastos, pela ajuda prestada. Ao meu querido orientador, Prof. João Queiroz, pela pronta ajuda e disposição de sempre. Ao meu pai e ao meu avô, que, infelizmente, hoje, não estão mais aqui, mas foram de fundamental importância na minha vida e na minha formação. E, em especial, à minha mãe, que sempre foi essencial na minha vida, pois, sem seu apoio e dedicação, não existiria a concretização dos meus sonhos. E a você, André Filho, meu príncipe amado, que, há 10 meses, veio alegrar nossas vidas. Muito Obrigada! ―E ainda se vier noites traiçoeiras, Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo. O mundo pode até fazer você chorar, Mas Deus te quer sorrindo.‖ (Carlos Papae) RESUMO A presente monografia busca analisar a importância da Educação Financeira na formação da poupança e seu efeito no planejamento financeiro pessoal dos alunos do curso de Administração da Faculdade Cearense para a quitação do Financiamento Estudantil (Fies), após o término da graduação. A pesquisa foi feita com quinze alunos com contrato ativo. Quanto aos fins, a pesquisa classifica-se como descritiva e explicativa; e, quanto aos meios, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, estudo de caso e pesquisa de campo, seguida da aplicação de questionário, em que os dados obtidos foram tabulados através do Microsoft Excel, de modo quantitativo. A amostra, para aplicação do questionário, foi selecionada de forma não probabilística, se utilizando o critério da acessibilidade. O problema que deu início à pesquisa foi: Será que os alunos estão preparados, financeiramente, para efetuar o pagamento do FIES, após o término do curso? Verificou-se que os alunos, em sua maioria, têm a consciência da importância do planejamento financeiro pessoal, mas não estão preocupados, enquanto alunos, em fazer uma reserva destinada ao pagamento do FIES, priorizando outros tipos de investimentos. Percebe-se, também, que os alunos, quando se fala na quitação do FIES, se sentem confiantes em que terão um bom emprego e não terão dificuldade(s) para quitá-lo. Palavras-chave: Finanças Pessoais; Planejamento Financeiro Pessoal; Orçamento Financeiro Pessoal; Investimentos; FIES. ABSTRACT This present monograph seeks to analyze the importance of Financial Education in the formation of savings and its effects on personal financial planning of students of the faculty Administration Ceará for the discharge of student Financial (Fies) after the finish graduation. The research was made with 15 students with active contact. How many the purpose, the research classifies as descriptive and explanatory and as to the means, we used the bibliography research, case study and field research followed by a questionnaire. In which the data were tabulated using Microsoft Excel so quantitative way. The sample for the questionnaire was selected this way no probabilistic, using the criterion of accessibility. The problem that gives in beginning the research was: Do the students are financially prepared to pay the FIES after the course? It was found that mostly students the awareness of the importance planning personal finance, but they are not worried, while students, in making a reserve for the payment of the FIES, prioritizing others investments. It is also evident that the student when speaking in the discharge FIES fell confident that they will have a good job and will have no difficulty to pay. Key words: Personal Finance, Personal Financial Planning, Financial Budget Person, Investment, FIES. LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Uma estrutura para o planejamento......................................................... 20 FIGURA 2 Principais alternativas de investimento .................................................... 27 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 Qual o seu sexo? .................................................................................. 41 GRÁFICO 2 Faixa etária ........................................................................................... 42 GRÁFICO 3 Estado civil ............................................................................................ 42 GRÁFICO 4 Trabalha ou faz estágio? ....................................................................... 43 GRÁFICO 5 Faixa Salarial ........................................................................................ 43 GRÁFICO 6 O que pensa sobre planejamento financeiro pessoal? ......................... 44 GRÁFICO 7 Faz orçamento financeiro pessoal? ...................................................... 45 GRÁFICO 8 Comportamento frente a receitas e despesas ...................................... 46 GRÁFICO 9 Tipos de investimentos que possui? ..................................................... 46 GRÁFICO 10 Percentagem que poupa mensalmente? ............................................ 47 GRÁFICO 11 Objetivos quando está poupando?...................................................... 48 GRÁFICO 12 Motivos para aderir ao FIES?.............................................................. 48 GRÁFICO 13 Sua mensalidade foi financiada através do FIES de? ......................... 49 GRÁFICO 14 Como você entende o FIES? .............................................................. 50 GRÁFICO 15 Quem deveria arcar com os gastos futuros do FIES?......................... 50 GRÁFICO 16 Se o FIES deixasse de existir, de repente, você? ............................... 51 GRÁFICO 17 Quanto ao pagamento do FIES, qual a sua perspectiva? ................... 52 GRÁFICO 18 Você enquanto aluno FIES: ................................................................ 52 GRÁFICO 19 A escolha do FIES foi fundamental na escolha da IES. ...................... 53 GRÁFICO 19.1 Seria viável a realização do curso sem o apoio do FIES?. .............. 53 GRÁFICO 19.2 São justas as condições estabelecidas para o acesso ao FIES? .... 54 GRÁFICO 19.3 As condições do contrato foram lidas e discutidas?......................... 54 GRÁFICO 19.4 São justos os encargos financeiros? ................................................ 55 GRÁFICO 19.5 São justas as condições contratuais estabelecidas pelo FIES?....... 55 GRÁFICO 19.6 O estudante deve se planejar para pagar as parcelas do FIES? ..... 56 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 15 2.1 Finanças Pessoais ............................................................................................ 15 2.2 Finanças Pessoais sob a ótica da Ciência ...................................................... 16 2.3 Planejamento Financeiro .................................................................................. 17 2.4 Orçamento Financeiro Pessoal ........................................................................ 20 2.5 A Tomada de Decisão ....................................................................................... 21 2.6 Educação Financeira......................................................................................... 23 3 INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTO ESTUDANTIL(FIES) .............................. 26 3.1 Renda Fixa ......................................................................................................... 27 3.1.1 Caderneta de Poupança.................................................................................. 28 3.1.2 Certificados de Depósitos Bancários ............................................................... 29 3.1.3 Previdência Privada ........................................................................................ 29 3.2 Renda Variável ................................................................................................... 30 3.2.1 Ações ............................................................................................................... 30 3.2.2 Ouro ................................................................................................................. 30 3.2.3 Imóveis ............................................................................................................. 31 3.2.4 Fundos de Investimentos ................................................................................. 32 3.2.5 Outros Investimentos........................................................................................ 32 3.3 Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) .................................................... 32 3.3.1 Inscrição dos Alunos ........................................................................................ 34 3.3.2 Garantia............................................................................................................ 34 3.3.3 Condições de Financiamento ........................................................................... 35 4 METODOLOGIA .................................................................................................... 37 4.1 Tipologia da Pesquisa....................................................................................... 37 4.2 Universo da Amostra ........................................................................................ 38 4.3 Técnica e Coleta de Dados ............................................................................... 39 4.4 Tabulação dos dados da pesquisa .................................................................. 39 4.5 Local da Pesquisa ............................................................................................. 40 5 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS .................................................................. 41 5.1 Perfil da Amostra ............................................................................................... 41 5.2 Resultados Obtidos .......................................................................................... 44 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 57 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 59 APÊNDICE ................................................................................................................ 62 12 1 INTRODUÇÃO Desde julho de 1994, com o advento do Plano Real, o Brasil tem experimentado uma fase de estabilidade econômica, com baixos índices inflacionários, onde as pessoas, de maneira geral, passaram a ter consciência de valor, de referências de preço e de cuidar mais do seu dinheiro (CHEROBIM; ESPEJO, 2010). Essa percepção de valor se fortaleceu tanto no que se refere a poupar o dinheiro, como a gastá-lo. Os índices de endividamento, de consumo ou de inadimplência (dívidas com cartão de crédito, por exemplo), entretanto, indicam que o brasileiro ainda não apresenta conhecimento suficiente para gerir seus recursos de forma responsável. É aconselhável que cada brasileiro conheça o funcionamento da economia e como ela impacta em seu planejamento financeiro individual, para que seja possível a efetiva administração de seus bens e rendimentos. Funcionamento de mercado financeiro; como os juros influenciam na sua vida, o que é consumo planejado, como elaborar orçamentos pessoais, como se comportar diante das oportunidades de investimentos, vantagens da realização de poupança, e planejamento para aposentadoria são exemplos de assuntos que devem ser explicados à população. Além de conhecimento valioso para própria economia do país, seria de extrema importância, para o bem-estar financeiro de cada indivíduo, o entendimento dos assuntos relacionados a finanças pessoais. A dificuldade de lidar com as questões que envolvem as finanças pessoais está associada à pouca importância que se dá à geração e compartilhamento de informações que estão relacionadas ao assunto e que permitiriam ao indivíduo tomar decisões que impactassem na sua vida futura. A importância e o entendimento da educação financeira têm de começar desde a infância, pois as pessoas precisam conhecer e respeitar certos princípios, tais como: não gastar mais do que se ganha; poupar no ato do recebimento; constituir reservas; evitar dívidas; diversificar investimentos; manter controle sobre receitas e despesas — podendo, assim, planejar suas finanças pessoais, fazendo uma programação do orçamento, racionalização dos gastos e otimização dos investimentos. 13 Geralmente, os jovens são mal-informados quanto aos assuntos financeiros. Sentem-se aptos para consumir e acabam entrando em uma fase de encantamento com a facilidade de crédito. Aqueles, entretanto, precisam ampliar seus conhecimentos financeiros, passando a avaliar melhor uma compra, os preços aplicados, formas de pagamento estabelecidas, tipos de investimentos, como alcançar sua independência financeira, refletindo, com isso, uma sociedade que sabe valorizar e usufruir melhor do dinheiro que possui. Muitos desses jovens chegam à fase universitária, sem condições de arcar com as despesas, recorrendo assim ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que é um programa criado pelo Ministério da Educação (MEC) destinado a financiar a graduação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas. Em razão da importância do planejamento dos estudantes para o cumprimento dos compromissos financeiros e para o afloramento de sua conscientização, se justifica a necessidade de se pesquisar sobre a educação financeira e analisar se os alunos estão realmente preparados para assumir a responsabilidade de poupar seus recursos financeiros para o pagamento da dívida, após o término do curso. Para o desenvolvimento desta pesquisa, se buscou responder ao seguinte questionamento: Os estudantes do curso de Administração da Faculdade Cearense (FAC) estão preparados, financeiramente, para cumprir seus compromissos financeiros exigidos após a finalização do curso superior? Este trabalho tem como objetivo geral investigar a preparação dos estudantes de administração da FAC para o pagamento das parcelas do Financiamento Estudantil (Fies). E objetivos específicos: - Verificar a existência de planejamento na organização da vida financeira dos estudantes. - Verificar se os estudantes que se beneficiam do FIES estão preocupados com a formação de poupança para quitação de débitos futuros. - Identificar as vantagens do planejamento financeiro, desde o início do curso, para facilitar pagamento futuros. De acordo com pesquisas realizadas pelo Ministério da Educação (MEC), a pessoa que tenha concluído um curso de nível superior tem quinhentas vezes 14 mais chances de conseguir trabalho do que um indivíduo sem diploma. Esta oportunidade, certamente, pode mudar a qualidade do serviço prestado por aquele profissional, que poderia receber como retorno um melhor salário, considerando uma especialização mais adequada. Além de outros programas que procura fornecer à população brasileira, principalmente aos mais jovens, o governo federal criou, em 1999, o FIES, para permitir que parte desse seguimento da sociedade alcance o objetivo de maior conhecimento e especialização, gerando-se, por consequência, mão-de-obra com maior capacidade de desenvolver suas atividades profissionais. A escassez de recursos e a inadimplência, entretanto, podem provocar um desinvestimento por parte do Estado, que veria aumentadas as estatísticas de desemprego, em virtude de recursos humanos não qualificados às necessidades do mercado de trabalho. A discussão deste tema, portanto, assume relevância, pois, segundo o jornal Folha de S. Paulo (2010), a Caixa Econômica Federal acionou pelo menos trinta e sete mil fiadores de alunos, por dívidas do FIES. Os dados de junho de 2009 mostram que, à época, mais de cinquenta mil dos duzentos e cinquenta mil contratos em fase de quitação de dívida estavam inadimplentes. A Caixa confirmou que a taxa de inadimplência é de aproximadamente 25% (vinte e cinco por cento). A justificativa da escolha do tema deve-se à dificuldade dos estudantes, após o término do curso, para quitar seus financiamentos (FIES) e à conscientização daqueles da importância de poupar ou investir suas economias. A monografia está dividida em seis seções, organizadas de forma a garantir uma compreensão dialética do estudo. Esta introdução figura como primeiro capítulo. No capítulo segundo, se relata o conceito de finanças pessoais, a importância do planejamento financeiro, orçamento financeiro-pessoal e o que vem a ser a educação financeira. Já o capítulo terceiro explana o conceito e quais são os tipos de investimentos; e discorre sobre o FIES. O capítulo quarto, por sua vez, apresenta os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa. No capítulo quinto, serão apresentados os resultados da pesquisa. E, por fim, o capítulo sexto trata das considerações finais sobre a pesquisa, seguido das referências e apêndice. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Nesta seção, será apresentado o referencial teórico do trabalho, através da exposição dos conceitos de Finanças Pessoais, Planejamento Financeiro, Orçamento Financeiro-Pessoal, Educação Financeira e as diversas formas de investimento sob a ótica dos principais autores especializados no tema. A apresentação dessas informações tem a finalidade de subsidiar a compreensão do leitor em relação à pesquisa. 2.1 Finanças Pessoais As incertezas e dificuldades geradas, a partir da renda e da capacidade de consumo dos grupos sociais formados por famílias, que podem ser ampliadas com a constituição de várias gerações, ou do indivíduo que mora sozinho, criam, no ser humano, a necessidade de estar consciente quanto à administração de suas riquezas, tendo uma visão de como lidar com o dinheiro e das estratégias necessárias para assegurar um futuro, financeiramente, tranquilo. Administrar suas próprias finanças é uma habilidade essencial na vida de qualquer pessoa e constitui um fator-chave para evitar estresse e dificuldades causados por questões monetárias. É preciso adquirir conhecimento e habilidade, para elaborar um orçamento bem-sucedido, de modo que os gastos planejados não excedam a receita, e que o excedente possa ser investido. Planejar um orçamento pessoal ou familiar é saber, com antecedência, quanto será a renda; quais serão os gastos; e quanto dinheiro sobrará no final do mês. Planejar e gerenciar as finanças pessoais são responsabilidades de cada um. Só a pessoa sabe quais são suas despesas e receitas e quais são os gastos inadiáveis e os desnecessários. Cerbasi (2010) atesta ainda que planejamento financeiro pessoal é a explicitação das formas pelas quais vamos viabilizar os recursos necessários para atingir nossos objetivos. A compreensão da realidade financeira, a identificação das necessidades da família, a priorização dessas necessidades e a quantificação dos recursos disponíveis para satisfazê-las facilitarão a elaboração do planejamento financeiro pessoal. 16 Para melhor entendimento das questões que envolvam as finanças pessoais, se torna necessário fazer uma discussão acerca de temas relacionados, tais como: as finanças sob a ótica da ciência, o planejamento financeiro, a educação financeira, orçamento financeiro pessoal e a tomada de decisões financeiro pessoais, os quais serão apresentados em seguida. 2.2 Finanças Pessoais sob a ótica da Ciência Nas finanças, é estudada a forma como as pessoas, individualmente ou agrupadas, alocam seus recursos ao longo do tempo. ―Finanças pessoais é a ciência que estuda a aplicação de conceitos financeiros nas decisões financeiras de uma pessoa ou família‖ (CHEROBIM, 2010, p.01). Segundo Ferreira (2006, p. 17 -18) Define-se finanças pessoais como o processo de planejar, organizar e controlar nosso dinheiro, tanto em curto quanto em médio e longo prazo. Planejar significa determinar antecipadamente o que pretendemos com o nosso dinheiro e detalhar os planos necessários para alcançar o(s) objetivo(s) definido(s). Organizar nosso dinheiro significa organizar nossos hábitos de consumo e investimento visando o alcance do(s) nosso(s) objetivo(s) definido(s). Controlar significa assegurar que os resultados do que foi planejado se ajustem tanto quanto possível aos objetivos previamente estabelecidos. Ressalta ainda que: Todas essas etapas devem compor o Planejamento Financeiro Pessoal, no qual será estabelecida e seguida uma estratégia precisa para acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e de sua família. (FERREIRA, 2006, p.18). Esse conceito indica que, se as pessoas forem conscientes e determinadas, ficam mais fáceis planejar e seguir uma conduta, o que amplia, bastante, a probabilidade de concretizar o objetivo, mesmo diante das incertezas e imprevistos da vida. De acordo com Oliveira ( 2007 apud GITMAN (2001, p. 34): 17 As finanças podem ser definidas como a arte e a ciência de gerenciamento de fundos. Virtualmente, todos os indivíduos e organizações ganham ou captam e gastam ou investem dinheiro. Segundo Pires (2007, p. 15-16), se tem que o objetivo das finanças pessoais é assegurar que: As despesas do indivíduo (ou família) sejam sustentadas por recursos obtidos de fontes sobre as quais tenha controle, de modo a garantir a independência de recursos de terceiros, que têm custo e às vezes estão indisponíveis quanto mais se precisa dele; As despesas sejam distribuídas proporcionalmente ás receitas ao longo do tempo (em outras palavras, que haja adequada combinação entre consumo e poupança); Sendo inevitável a utilização de recursos de terceiros, que sejam tomados ao menor custo e pelo menor tempo possíveis. As metas pessoais possam ser atingidas mediante a compatibilização entre o querer (necessidades e, principalmente, desejos) e o poder (capacidade de compra): ou aumenta-se o poder ou se reduz o querer, o que requer decisões e ações planejadas. O patrimônio pessoal cresça ao máximo, ampliando a independência financeira e a necessidade de trabalhar para terceiros ou tomar recursos emprestados para finalidades de consumo. Conclui-se que cuidar das finanças é alcançar o padrão de vida almejado em longo prazo, ou mantê-lo em equilíbrio, fazendo com que as pessoas atinjam o resultado esperado, satisfazendo suas necessidades. Para alcançar, com eficiência, o objetivo, é necessário fazer um planejamento financeiro, que será analisado no próximo item. 2.3 Planejamento Financeiro O trato adequado com renda e consumo requer do indivíduo um lidar mais consciente em face dos recursos financeiros que possui. As pessoas não devem gerir seu dinheiro de forma improvisada. Pelo contrário, precisam de estar cientes de que o planejamento é a primeira etapa para um bom desempenho Financeiro Pessoal. A vida financeira, independentemente da vontade, será acompanhada e lembrada em vários momentos, sejam bons ou ruins. Gastar menos do que se ganha e investir bem as diferenças são a chave para prosperar, tanto na vida pessoal, quanto nos negócios. Ferreira (2006, p. 19 - 20) atesta que: 18 No planejamento, determinamos antecipadamente o que pretendemos com o nosso dinheiro e detalhamos os planos necessários para alcançar o(s) objetivo(s) definido(s). Começa com a determinação dos objetivos e o detalhamento dos planos necessários para atingi-los da melhor maneira possível. A fixação dos objetivos é a primeira coisa a ser feita. É preciso saber onde se pretende chegar para se saber exatamente como chegar até lá. Complementa ainda que: Objetivos são resultados futuros que se pretende atingir. São alvos escolhidos que se pretende alcançar dentro de um espaço de tempo. Assim, os objetivos são pretensões futuras que, uma vez alcançadas, deixam de ser objetivos para se tornarem realidade. Ter um objetivo de consumo ou investimento ajuda no planejamento financeiro, pois incentiva e motiva a pessoa a poupar (FERREIRA, 2006, p.20). É necessário ter consciência da importância de um bom planejamento das finanças, assim como da relevância em manter disciplina para o alcance dos objetivos buscados. Para Cherobim (2010, p. 28), planejamento ―é a reunião sistematizada de informações que nos permite avaliar a realidade, estabelecer procedimentos e identificar caminhos que nos permitem chegar a determinado fim.‖ Cerbasi (2004, p. 19) afirma que: Planejamento financeiro tem um objetivo muito maior do que simplesmente não ficar no vermelho. Mais importante do que conquistar um padrão de vida é mantê-lo, e é para isso que deve ser planejado. Os maiores benefícios dessa atitude serão notados alguns anos depois, quando a família estiver usufruindo a tranquilidade de poder garantir a faculdade dos filhos ou a moradia no padrão desejado, por exemplo. Esses conceitos relatam a relevância da elaboração e da manutenção do planejamento, mesmo depois de ter alcançado o objetivo, para que, no futuro, se possa colher os frutos de tal atitude, como a estabilidade financeira, por exemplo. Cerbasi (2004) ainda ressalta que: Quando vocês se propõem organizar e controlar com mais carinho sua vida financeira, o objetivo principal certamente é viabilizar a conquista de sonhos. Se tiverem sucesso nessa proposta, seguramente conquistarão o objetivo secundário de não sofrer com dificuldades financeiras. Os sonhos a que me refiro não são somente os de segurança e independência financeira, talvez a grande meta que muitos não cuidam de ter. 19 Com as metas definidas e a estratégia a ser utilizada, bastam ser colocados, em hierarquia, os planos abrangentes, para integrar e coordenar as atividades, a fim de que o objetivo seja alcançado. Segundo Ferreira (2006, p. 20 - 21): Para que possamos realizar a etapa de planejamento, devemos saber pra onde está indo nosso dinheiro, ou seja, devemos fazer um levantamento de nossa real situação financeira. Devemos planejar nosso dinheiro para conquistarmos as coisas que desejamos. Este planejamento pode ser de curto prazo (que é o planejamento do que pretendemos fazer com o nosso dinheiro num espaço de tempo de até 1 ano), médio prazo ( é o planejamento que engloba o espaço de tempo entre 1 e 5 anos e longo prazo ( é o planejamento para o espaço de tempo superior a 5 anos). Cherobim (2010) afirma que, para fazer o planejamento, se devem reunir as informações sobre a realidade, identificando os pontos fortes (os que ajudam nessa realidade) e os pontos fracos (os que atrapalham). O próximo passo, segundo a autora, é expressar o que pretendemos, para estabelecer os objetivos a serem alcançados. Segundo Lacombe e Heilborn (2003, p. 161), o planejamento é executado no presente; seus resultados são que se projetam para o futuro. Tal plano requer um prazo para sua implantação. Se não planejar no presente, não se terão condições de implantar o que se deseja para o futuro. Ainda, para Lacombe e Heilborn (2003, p. 162): Planejamento pode ser visto como a determinação da direção a ser seguida para alcançar um resultado desejado.ou como a determinação consciente de cursos de ação, isto é, dos rumos.Ele engloba decisões, com base em objetivos, em fatos e na estimativa do que ocorreria em cada alternativa. Planejar é, portanto, decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem deve fazer A figura abaixo mostra uma estrutura para o planejamento: 20 Figura 1 – Uma estrutura para o planejamento. 1. A V A L I A Ç Ã O E . F E E D B A C K 2. Definir a Situação Atual Estabelecer Metas e Objetivos 3. Prever auxílios e barreiras às metas e objetivos 4. Desenvolver Planos de Ação para atingir as metas e objetivos. 5. Desenvolver Orçamentos 6. Implementar os Planos 7. Controlar os Planos Fonte: DUBRIN (2001, p. 65) Pode-se imaginar o planejamento como uma ponte que vai do ponto onde se está ao ponto aonde se quer chegar. Para que se conquiste uma vida financeira tranquila, o orçamento financeiro é o primeiro passo a ser dado, sendo de suma importância para se ter o controle financeiro, conforme irá ser analisado no item seguinte. 2.4 Orçamento Financeiro Pessoal É uma ferramenta de controle que utiliza todas as receitas e despesas que se têm durante um determinado período. 21 Segundo Ewald (2004), orçamento é o principal instrumento, para se fazer o planejamento financeiro de hoje, amanhã ou de dias futuros. É utilizado como ferramenta para planejar um equilíbrio entre receitas e despesas. Toledo 2006), contudo, vai mais longe, ao afirmar que, para equilibrar o orçamento, não se pode gastar mais do que se ganha. Se os gastos superarem as receitas, só há dois caminhos: ou a quantia que entra aumenta, ou diminui a quantia que sai. Para melhorar a situação, e identificar onde possivelmente está cometendo algum exagero, nada melhor do que elaborar uma planilha de controle de orçamento. Vamos chamar esse relatório de Orçamento Mensal. Ele será seu melhor aliado no controle dos gastos (FERREIRA, 2006, p. 24). Conclui-se que orçamento não é apenas anotar as receitas e despesas realizadas, mas, sobretudo, planejar; eleger prioridades; controlar as entradas e saídas. 2.5 A Tomada de Decisão Neste quadro, cada pessoa participa de forma racional e consciente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito das alternativas mais ou menos racionais de comportamento. O processo de tomada de decisão, pois, depende tanto das características pessoais do tomador de tal decisão, quanto da situação em que se está envolvido e da maneira como se percebe a situação. ―São as pessoas que tomam decisões [..]. No fundo, as decisões são tomadas em função do seu custo e seu benefício. Na maioria dos casos, não os quantificamos, nem seria fácil fazê-las. As decisões são tomadas de forma intuitiva‖ (LACOMBE; HEILBORN, 2003, p.439). Segundo Lacombe e Heilborn (2003), a melhor decisão é somente uma aproximação e um risco. Decidir requer coragem tanto quanto discernimento. É necessário equilibrar objetivos, opiniões e prioridades conflitantes num contexto de pressão: há sempre a tentação da acomodação, do meio-termo, dos objetivos disfarçados, do ―seguro‖ contra os riscos. Já que não existe decisão perfeita, é preciso pagar seu preço. 22 Lacombe e Heilborn (2003) afirmam que, para muitas decisões, é possível estruturar um processo decisório que orienta a forma de se chegar à melhor alternativa. Ainda para os autores, esse processo decisório se divide em sete etapas: 1. Identificação de sintomas e sinais: Indicam a existência do problema a ser resolvido ou oportunidade a ser aproveitada. 2. Análise do tipo de problema ou da oportunidade existente: Coleta das informações pertinentes para a formulação de alternativas. 3. Identificação de soluções alternativas: Pesquisa das possibilidades para eliminar as causas do problema ou das dificuldades para aproveitar as oportunidades existentes. 4. Análise das soluções alternativas e considerações sobre suas consequências: Cálculo dos custos e benefícios de cada alternativa. 5. Avaliação das alternativas e escolha da mais adequada: Escolher a alternativa mais adequada, analisando, além dos custos, os riscos previsíveis, os benefícios e custos não financeiros. 6. Comunicação da decisão escolhida a todos os que devem participar da implantação e preparação do plano de implantação. 7. Acompanhamento das ações necessárias à implantação da decisão: Implantação de instrumentos de informação, para prover esse acompanhamento e para dar feedback aos responsáveis pela decisão. Para Oliveira (2007 apud DRUCKER, 1998, p. 132), ―a habilidade que nos falta não é a de planejar a longo prazo. É a de tomar decisões estratégicas ou, talvez, a de planejar estrategicamente‖. O Conselho Regional de Economia do Pará — CORECON — publicou uma CARTILHA DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA segundo a qual o planejamento financeiro pessoal ou familiar é o instrumento utilizado para definir objetivos; estabelecer prioridades atuais e futuras; fixar metas de curto, médio e longo prazo, — adequando seu padrão de vida e limite de gastos à sua renda. Para se ter sucesso nessa empreitada, algumas regras devem ser seguidas e respeitadas: • não gaste mais do que ganha; • calcule e saiba qual é o limite de sua renda; • identifique quais são seus gastos fixos e quais os gastos variáveis; 23 • não assuma dívidas que não possa pagar; • identifique e corte desperdícios e gastos supérfluos; • dê exemplo e seja austero no controle das despesas da família. De acordo com o que foi exposto, definir o objetivo é o primeiro passo a ser dado, visto que é preciso saber aonde se pretende chegar, a fim de se certificar do caminho a ser trilhado, para, enfim realizar aquilo a que se visa. Com o objetivo em mente, portanto, a pessoa é motivada a poupar e a investir o que, porventura, sobra. 2.6 Educação Financeira Hoje, o Brasil vive um momento especial e positivo: crescimento econômico e maior distribuição de renda. Com o passar do tempo, a oferta de crédito cresceu, o que permitiu que milhares de brasileiros passassem a ter mais facilidade para realizar seus sonhos e objetivos. Só que esse consumo precisa ser planejado e controlado, para que as oportunidades transformem-se em um histórico positivo de consumo e de crédito (CHEROBIM, 2010). Segundo Pereira (2001, p. 199): Educação financeira é o processo de desenvolvimento da capacidade integral do ser humano de viver bem, física, emocional, intelectual, social e espiritualmente. Educação financeira não é apenas conhecimento do mercado financeiro com todos os seus jargões, produtos, taxas e riscos, mas esse conhecimento faz parte do processo. Essa é uma forma de estar aberto ao processo constante de aprendizagem, com alegria da descoberta, para atualizar a própria vida. É conhecer fontes de informação, como sites, chats, fóruns via internet, jornais, livros, revistas, consultorias e acessá-las sempre que precisar. Segundo o CORECON-PA (2011), educação financeira é saber como ganhar, gastar, poupar, investir o dinheiro, para melhorar a qualidade de vida e da família. É decidir como agir e o que fazer com o dinheiro. É um plano de vida onde as decisões atuais afetarão, positiva ou negativamente, o futuro. A educação financeira deve ser praticada desde a infância, para que não sejam formados adultos perdulários. De acordo com Oliveira (2007 apud KIYOSAKI; LETCHER, 2001, p. 113), ―inteligência financeira, chave do sucesso financeiro, é constituída por habilidades 24 técnicas, dentre elas a alfabetização financeira que capacitará o indivíduo para entender números―. Esse conceito retrata que a educação financeira deve iniciar-se dentro da família e ser complementada pelo aprendizado na escola, no trabalho e em outros ambientes sociais. Apesar de ser um processo trabalhoso, contínuo e complexo, é fundamental para que o ser humano entenda o mundo em que vive e os riscos do sistema financeiro. Cerbasi (2004) afirma que a tecnologia empregada em um planejamento utiliza nada mais que ferramentas de matemática básica, com conceitos e formulações compatíveis com a matemática estudada no ensino médio. Se aquilo que se ensina nas escolas fosse exemplificado com casos cotidianos das famílias, seria provável que grande parte dos brasileiros ingressasse, em seu primeiro emprego, com planos de independência financeira, ao menos esboçados. A fim de ajudar seus clientes a entenderem como educação financeira é importante para o controle da situação econômica, a Caixa Econômica Federal publicou a Cartilha de Educação Financeira (CAIXA, 2009) informando para o que as pessoas precisam atentar na busca da educação financeira: As despesas devem ficar sob controle. É fundamental fazer um orçamento e segui-lo. Procure aumentar as receitas e diminuir os gastos. Crie novas fontes de renda e aprenda a investir. Valorize seu trabalho e seu tempo. Busque capacitação. Converse com sua família sobre as finanças de casa. Valorize cada conquista. Comemore com sua família. Participe de cursos e palestras sobre educação financeira. Busque orientação. É imprescindível que as pessoas estabeleçam metas de poupança e administração de despesas. Entendendo a importância da educação financeira e as formas de como planejar as finanças, é necessário, portanto, fazer alguns esforços, tais como: levantamento da real situação financeira; análise da situação financeira atual; proposta de mudanças — tudo para que, no fim do mês, o excedente, a sobra, possa ser poupado e utilizado para fazer algum tipo de investimento. 25 Investimento esse que poderá ser financeiro ou operacional, com atributos e características distintos e definidos a partir dos seguintes elementos: perfis objetivos, tempo do investidor, bem como os recursos atuais e futuros deste. Assim, caberá a nós desenvolver o significado do termo investimento; as características comumente usadas para diferenciar os tipos de investimentos; e um estudo do FIES, como forma antecipada de investimento operacional. 26 3 INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES) Diante do desejo de se alcançarem os objetivos, investir o excedente é a melhor solução para poupar e fazer render o dinheiro. Hoji (2007, p. 93 - 94) atesta que o termo investimento: Pode ser definido de forma abrangente como aplicação de dinheiro em títulos, ações, imóveis, maquinários etc., com o propósito de obter ganho (lucro). Quanto à natureza, os investimentos podem ser classificado em: Investimento Financeiro: é a aplicação em dinheiro em ativos de realização rápida, de natureza financeira. Investimento Operacional: é a aplicação em dinheiro em ativos que geram receitas. Investir é aplicar os excedentes, com a expectativa de que serão gerados rendimentos positivos, preservando-se ou aumentando-se o valor. Os investidores individuais gerenciam recursos individuais, para atingir seus objetivos financeiros. Para Paludo, Cherobim e Espejo (2010, p. 93): Não basta apenas guardar dinheiro, é preciso guardar dinheiro em produtos financeiros que proporcionam segurança e rentabilidade, as instituições financeiras sólidas. Em geral, as aplicações financeiras das pessoas podem ser feitas em produtos de investimento para pessoas físicas, chamados de ―títulos‖, ―aplicações‖ ou ―papéis‖ do mercado. As aplicações de renda fixa podem ser caderneta de poupança, os CDBs, alguns títulos de investimentos, títulos públicos e títulos privados, por exemplo debêntures e notas promissórias. A principal característica de um produto de investimento de renda fixa é a rentabilidade preestabelecida entre as partes. Essa rentabilidade pode ser combinada entre taxas de juros prefixadas; ou em taxas de juros pós- fixadas, uma taxa e mais um indexador. Já as aplicações de renda variável não garantem rentabilidade. Normalmente, oferecem maior retorno, porque de maior risco. As principais aplicações de renda variável são as ações e os fundos de ações. Segundo a Cartilha da Caixa (2009) : Poupança é a fonte de riqueza para qualquer pessoa, família, empresa ou país. Equivale a quantidade de dinheiro que se recebe e não gasta. O dinheiro que for poupado deve ser guardado, acumulado e investido. O ideal é que cada pessoa poupe uma parte de tudo o que ganha. Fazendo isso sempre, verá que é possível juntar mais dinheiro do que imagina. Seguem as vantagens de quem consegue juntar dinheiro: Vive mais tranquilo porque pode pagar as despesas em dia. Pode comprar à vista e obter descontos, fazendo sobrar mais dinheiro. Pode aproveitar oportunidades e fazer bons negócios. Tem mais chances de ter um futuro tranquilo. 27 Para Ferreira (2006, p. 36), o índice de poupança é o percentual da receita mensal que sobra para investir. Manter um índice de poupança elevado é fundamental para você atingir sua independência financeira. Índice de Poupança= Disponível para investir Receitas Poupança = Receitas – Despesas Segundo Gitman e Joehnk (2004, p. 04), ―A vida de um investimento pode ser descrita como sendo de curto prazo, que costumam vencer num prazo de um ano e de longo prazo, com vencimentos mais longos ou sem vencimento‖. A figura a seguir apresenta as principais alternativas de investimento para pessoas físicas: Figura 2 – Principais alternativas de investimento- pessoa física PRODUTOS DE INVESTIMENTO RENDIMENTO CADERNETA DE POUPANÇA FUNDOS DE INVESTIMENTO DI, RENDA FIXA E COTAS DE FUNDOS RENDA FIXA APLICAÇÕES EM PAPÉIS DA DÍVIDA PÚBLICA DO GOVERNO- TESOURO DIRETO CDBs- CERTIFICADOS DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS DEBÊNTURES NOTAS PROMISSÓRIAS AÇÕES FUNDOS DE AÇÕES RENDA VARIÁVEL FUNDOS MULTIMERCADO FUNDOS CAMBIAIS Fonte: CHEROBIM; ESPEJO (2010, p. 95). A seguir, serão apresentados a definição e um estudo sobre os investimentos quanto à rentabilidade (renda fixa e renda variável). 3.1 Renda Fixa São investimentos que costumam apresentar pouco ou nenhum risco. Frequentemente, são usados para ―armazenar‖ recursos ociosos e ganhar um 28 retorno, enquanto os instrumentos a longo prazo são avaliados (GITMAN; JOEHNK, 2004). Certificados de Depósitos Bancários (CDB’s), caderneta de poupança e previdência privada possuem renda fixa, que pode ser inteiramente pré-fixada ou vinculada à correção monetária. 3.1.1 Caderneta de Poupança É o mais popular dos investimentos no Brasil, por ter baixo risco, alta liquidez e isenção de imposto de renda, acabando assim sendo uma opção de fácil acesso e utilização pela sociedade. Ainda para Kerr (2009, p. 115) A caderneta de poupança é um investimento tradicional, de risco muito baixo e muito popular entre os investidores de menor renda. Sobre os rendimentos, no caso de pessoa física – a maioria nesse tipo de investimento -, não incide imposto de renda na fonte. A caderneta de poupança rende a variação da TR mais juros de 0,5% ao mês; entretanto, o principal é primeiro corrigido pela TR e, depois, sobre o principal corrigido, incidem os juros de 0,5% ao mês, com capitalização composta. Tanto a TR como os juros incidem sobre o menor saldo diário em cada mês. Portanto, se houver saques, o rendimento incidirá sobre o menor saldo do mês e, se houver depósitos, os valores depositados só renderão no mês seguinte,a não ser que os saques e depósitos sejam feitos exatamente na data-base da caderneta de poupança. O fator mais estimulante para se aplicar em uma poupança são as taxas de juros praticadas, pois, quanto mais altas as taxas de juros, maior o interesse das pessoas em poupar. Quanto mais baixas as taxas, mais as pessoas são incentivadas a consumir, até antecipar o consumo futuro. Segundo Amorim (1998, p. 93): A caderneta de poupança é a melhor opção de investimento para o pequeno investidor. É a forma de aplicação mais fácil do mercado financeiro, e todo mundo tem acesso a ela: todos os grandes bancos têm caderneta de poupança em todas as suas agências [...]. Amorim (1998) ainda cita algumas dicas sobre como administrar melhor sua caderneta: 29 Na caderneta, pode-se sacar o que foi depositado a qualquer momento. Não esquecer de esperar o aniversário da conta (a data em que ela foi aberta), para não perder o rendimento do mês. Não deixar de depositar todo mês, procurando aumentar sempre um pouquinho a quantia, para ter maior rendimento. Não há nenhuma exigência de aplicações mínimas na poupança. Pode ser depositado o valor que quiser. Mas, se o volume de dinheiro for alto, abra várias contas, porque as vantagens são maiores. Com várias contas, não correrá o risco de superar, em cada uma delas, o limite de garantia do governo (3.500 OTNs) Outra vantagem: com várias contas, de datas de aniversários diferentes, pode-se fazer diversas retiradas durante o mês, sem prejudicar todo o rendimento do dinheiro investido. Pode fazer um saque por semana, por exemplo. 3.1.2 Certificados de Depósitos Bancários ( CDB’s) Emitidos por bancos, os CDB’s funcionam como um empréstimo do indivíduo ao banco. Para Gitman e Joehnk (2004), é um instrumento de poupança em que os fundos devem permanecer em depósito, por um período específico. Esse período pode variar de sete dias a um ano ou mais. Embora seja possível retirar fundos antes do vencimento, uma multa (correspondente, geralmente, à taxa de juros atinente a 31 a 90 dias) pode tornar a retirada onerosa. A taxa de juros é fixada sobre seu vencimento estipulado. Não são cobradas taxas de administração. Têm baixo risco, liquidez média, e a rentabilidade está ligada às taxas de juros ou a algum indexador afim. 3.1.3 Previdência Privada A previdência privada funciona como um tipo de investimento de longo prazo. No momento da contratação do seguro, o cliente determina a idade em que quer dispor do dinheiro investido. Quando se atingir essa idade, é possível escolher pelo resgate total do dinheiro investido, transformá-lo em renda mensal (como no INSS) ou, ainda, deixá-lo a acumular e a render rendimentos financeiros. 30 De acordo com Oliveira (2007 apud HALFELD, 2004), se tem que, para esse tipo de investimento, há dois fatores–chave: tempo de contribuição e taxa de rendimento. Quem começa a poupar mais cedo tem, em princípio, uma aposentadoria mais vantajosa. 3.2 Renda Variável Investimentos em ativos de renda variável são aqueles cuja remuneração ou retorno de capital não podem ser dimensionados no momento da aplicação. O mercado de renda variável compreende todas as operações realizadas nas bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como nas operações com ouro — com a interveniência de instituições do Sistema Financeiro Nacional (Bancos, Corretoras e Distribuidoras, por exemplo). 3.2.1 Ações Segundo o Conselho Regional de Economia do Pará (CORECON, 2011), as ações representam a propriedade de uma empresa. Os acionistas possuem uma parte da companhia (menor fração do capital dessa empresa) e têm direito a uma parcela dos lucros e, dependendo do tipo de ação, um voto sobre como a companhia pode ser gerida e administrada. As empresas emitem ações, para aumentar o capital social, e os recursos levantados podem ser utilizados, para fins, sobretudo, de futuros investimentos. Os lucros são divididos entre os acionistas sob a forma de dividendos, os quais, geralmente, são pagos trimestralmente. No Brasil, a BOVESPA é a instituição que desempenha a função de negociar as ações mediante pregão da Bolsa de Valores. É bom ficar consciente de que investir em ações pode garantir bons ganhos, por conta de apresentar aludido investimento rendimentos altos. 3.2.2 Ouro O ouro é considerado um dos ativos financeiros mais seguros da economia mundial. Além de ser um ativo físico, também lastreia a reserva monetária de inúmeras economias ao redor do globo, tendo seu valor de demanda sempre 31 garantido. Em função disso, o ouro é considerado uma reserva de valor e um “porto seguro” em tempos de crise e instabilidade financeiras. No caso de descrença nos mercados acionários e de títulos de um governo, o ouro é uma proteção contra a desvalorização que os outros ativos irão sofrer. Apesar de ser um “porto seguro” em momentos de crise, investir em ouro, de forma especulativa, não é sinônimo de segurança e nem rentabilidade. Muito pelo contrário, o valor do ouro muda a cada minuto e é extremamente volátil, por conta de sua alta liquidez no mercado secundário. (site bussola do investidor). O ouro é classificado como ativo financeiro ou instrumento cambial pela Constituição Federal de 1988. Nesse quadro, é tributado pelo IOF, exclusivamente, apenas na operação de origem, a uma alíquota mínima de 1% (FORTUNA, 2002). 3.2.3 Imóveis Para Oliveira (2007 apud MCELROY, 2005), a administração de imóveis é um processo de longo prazo. Encontrar, financiar e vender uma propriedade são, frequentemente, eventos de curto prazo. Para quem quer ser um verdadeiro investidor, e não um especulador que compra e vende imóveis rapidamente visando ao lucro, a administração é um processo contínuo. Cerbasi (2004) afirma que no ―mercado imobiliário, só ganha dinheiro quem tem informação, conhece o mercado e aproveita as oportunidades e bons momentos de compra e venda‖. 3.2.4 Fundos de Investimento Para Megliorini & Vallim (2009, p. 27), são constituídos sob a forma de condomínio, reunindo recursos de pessoas físicas e/ou jurídicas com objetivos comuns. Esses recursos são aplicados em carteiras de títulos diversificados, valores mobiliários, quotas de fundos e outros títulos específicos. Os fundos de investimento, ademais, são administrados por instituições as quais cobram uma taxa de administração, que varia, principalmente, em função do montante da aplicação inicial, de novas aplicações dos títulos que compõem o fundo, do tempo de permanência dos recursos e da estratégia da instituição. 32 Em geral, os fundos de investimento podem ser divididos em dois grandes grupos: renda variável e renda fixa. Nos fundos de investimento de renda variável, a carteira é composta por ações e outros títulos. Já nos fundos de investimento de renda fixa, a carteira é composta, principalmente, por CDB’s, títulos públicos e debêntures; e o rendimento é baseado em juros pré ou pós-fixados. 3.2.5 Outros Investimentos Outro tipo de investimento bastante visto, entre os jovens, é o consórcio de carro e moto, em que são oferecidas diversas opções de carta de crédito adequadas ao valor do carro novo, com prestações que devem caber no orçamento. A partir do ano de 2009, os consórcios voltaram a ficar em alta, devido à dificuldade de liberação de créditos (CDC) para os consumidores de baixa renda. Com as dificuldades, esse público, naturalmente, voltou seus olhos para o calmo, mas seguro, sistema de planos de consórcio — que voltaram a crescer em termos de popularidade. A Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) apontou o crescimento de 12,9% ( doze inteiros e nove décimos por cento) no volume de financiamentos CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e de leasing para aquisição de carros, em 2009. Os planos para financiamento, no segmento de quatro rodas, cresceram de sessenta meses, em 2008, para oitenta meses, em 2009. Os incentivos para a aquisição de carros também contaram com um fator psicológico — a pequena, mas decisiva, redução do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras), decretada, no início de 2009, pelo governo federal. Entendendo como planejar as finanças e quais as formas de investimento, os jovens pouparão seu dinheiro, a fim de garantir o futuro, ou seja, o pagamento de suas despesas vindouras, dentre elas, o FIES, que custeou sua graduação. 3.3 Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) É um programa do Ministério da Educação (MEC) destinado a financiar a graduação, na educação superior, de estudantes matriculados em instituições não gratuitas, segundo a lei nº 10.260/2011: 33 o Art. 1 É instituído, nos termos desta Lei, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), de natureza contábil, destinado à concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação, de acordo com regulamentação própria. (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011) Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação. o § 2 São considerados cursos de graduação com avaliação positiva, aqueles que obtiverem conceito maior ou igual a 3 (três) no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, de que trata a Lei o n 10.861, de 14 de abril de 2004. (Redação dada pela Lei nº 12.202, de 2010). Criado em 1999, para substituir o Programa de Crédito Educativo PCE/CREDUC, o FIES já beneficiou mais de quinhentos e sessenta mil estudantes, com uma aplicação de recursos da ordem de seis bilhões de reais, entre contratações e renovações semestrais dos financiamentos. A partir de 2005, o FIES passou a conceder financiamento também aos bolsistas parciais, beneficiados com bolsas de 50% (cinquenta por cento) oriundas do Programa Universidade para Todos (ProUni). Apenas para esse público, já foram realizadas mais de nove mil e duzentas contratações. O FIES é um dos programas do governo que apresentam maior padrão tecnológico. Praticamente, todas as operações do processo, se iniciando pela adesão das instituições de ensino, passando pala inscrição dos estudantes e divulgação dos resultados e entrevistas, são realizadas junto à internet. Em 2010, o FIES passou a funcionar em um novo formato. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a ser o Agente Operador do Programa, e os juros caíram 3,4 % ( três inteiros e quatro décimos por cento) ao ano. o Art. 3 A gestão do FIES caberá: I - ao MEC, na qualidade de formulador da política de oferta de financiamento e de supervisor da execução das operações do Fundo; e II - ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, na qualidade de agente operador e de administradora dos ativos e passivos, conforme regulamento e normas baixadas pelo CMN. (Redação dada pela Lei nº 12.202, de 2010) 34 Essa modernidade representa comodidade e facilidade para todos os seus participantes. Isso, além de garantir confiabilidade e transparência a todo processo, o que vai ao encontro da missão da CAIXA de dar maior efetividade às políticas públicas do governo federal 3.3.1 Inscrição dos Alunos Segundo o Ministério da Educação (MEC), desde 2010, o FIES passou a operar em fluxo contínuo de inscrição, ao longo do ano. As inscrições são feitas pelo Sistema Informatizado do FIES (SisFIES): 1. Inscrição no SisFIES : o estudante irá informar os dados solicitados, como CPF, endereço, data de nascimento. Após informar esses dados, o estudante receberá uma mensagem, no e-mail, no sentido da validação dos dados. A partir daí, o estudante acessará o SisFIES e fará sua inscrição. 2. Validação das Informações: o estudante deverá validar suas informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA), em sua instituição, em até 10 dias, contados do dia posterior ao da conclusão da sua inscrição. 3. Contratação do Financiamento: após a validação, o estudante deverá comparecer a um agente financeiro do FIES, em até 10 dias, contados a partir do terceiro dia útil imediatamente subsequente à data da validação da inscrição pela CPSA, para formalizar a contratação do financiamento. 3.3.2 Garantia A garantia do contrato será oferecida pelo estudante financiado, compreendendo (MEC): Fiança de terceiro(s) apresentada pelo estudante; o Art. 5 Os financiamentos concedidos com recursos do FIES deverão observar o seguinte: III - oferecimento de garantias adequadas pelo estudante financiado ou pela entidade mantenedora da instituição de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.202, de 2010) 35 Fiança solidária, consubstanciada em grupos de até cinco estudantes que se tornam fiadores solidários da totalidade dos valores, individualmente, devidos, por todos os demais. o o II – fiança solidária, na forma do inciso II do § 7 do art. 4 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 11.552, de 2007). São exigências para a fiança de terceiros: Idoneidade cadastral do fiador. VII - comprovação de idoneidade cadastral do estudante e do(s) seu(s) fiador (es) na assinatura dos contratos e termos aditivos, observado o o disposto no § 9 deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de2011) Comprovação dos rendimentos mensais do fiador: a) pelo menos iguais à parcela mensal da anuidade ou semestralidade, no caso de estudantes beneficiários de bolsas parciais ou complementares; b) pelo menos iguais ao dobro da parcela da anuidade ou semestralidade, no caso de estudantes regularmente pagantes. 3.3.3 Condições de Financiamento Para o Ministério da Educação (MEC), existem três fases de pagamento do FIES, para os contratos firmados a partir deste ano: 1. Fase de Utilização: Durante o período de duração do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50,00 (cinquenta reais), referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento. o Art. 5 Os financiamentos concedidos com recursos do FIES deverão observar o seguinte: II - juros, capitalizados mensalmente, a serem CMN; (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011). estipulados pelo 36 2. Fase de Carência: Após a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses de carência, para recompor seu orçamento. Nesse período, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50,00 ( cinqüenta reais) , referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento. IV – carência: de 18 (dezoito) meses contados a partir do mês imediatamente subsequente ao da conclusão do curso, mantido o o pagamento dos juros nos termos do § 1 deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 3. Fase de Amortização: Encerrado o período de carência, o saldo devedor do estudante será parcelado em um período correspondente a até três vezes o período financiado pelo curso, acrescido de 12 meses. o § 1 Ao longo do período de utilização do financiamento, inclusive no período de carência, o estudante financiado fica obrigado a pagar os juros incidentes sobre o financiamento, na forma regulamentada pelo agente operador. (Redação dada pela Lei nº 12.202, de 2010) Considerando o FIES como um meio para obter maior qualificação e, com isso, garantia de emprego e melhor remuneração, é possível defini-lo como um investimento operacional. Segundo Hoji (2007, p. 94), investimento operacional consiste na circunstância de se aplicar dinheiro em ativos que geram receitas a longo prazo; é a realização de despesa para obtenção de receita futura, com pagamento postecipado. O capítulo seguinte abordará a metodologia utilizada para a realização da pesquisa. 37 4 METODOLOGIA A metodologia consiste nos métodos e procedimentos utilizados para a realização da pesquisa, permitindo que o pesquisador escolha, de forma correta, o caminho para formular o conhecimento. Dessa forma, o quarto capítulo apresenta a metodologia utilizada para a realização deste trabalho. Então, aqui, são demonstradas as classificações da pesquisa quanto à forma de coleta e análise dos dados. Discorre-se, também, sobre o propósito, a utilização dos resultados e a abordagem ou natureza da pesquisa. Além disso, são apresentados o universo e amostra, assim como a coleta das informações. 4. 1 Tipologia de pesquisa Quanto à classificação dos tipos de pesquisa, se utilizam, como base para esta pesquisa, os princípios de Vergara (2009), auxiliados por Gil (2002). A autora ressalta que as pesquisas podem ser classificadas em dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa enquadra-se como descritiva e explicativa. Descritiva, porque está entre as pesquisas que têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou, ainda, o estabelecimento de relações de variáveis, segundo Gil (2002). Já para Andrade (2009), uma das características da pesquisa descritiva é a técnica padronizada da coleta de dados, realizada através de questionário e da observação sistemática. Explicativa, porque este tipo de pesquisa visa a esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno. Quanto aos meios de investigação que foram utilizados para a realização do trabalho, estes se classificam em pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e estudo de caso. Bibliográfica, pois, antes de iniciar a pesquisa, in locus, foi feito um estudo com base em documentos já elaborados, tais como: livros, dicionários, enciclopédias, periódicos ( como jornais e revistas) , além de publicações ( como comunicação e artigos científicos, resenhas e ensaios científicos), conforme afirma Santos (2009). 38 Na pesquisa de campo, conforme Vergara (2009, p. 43), aquela se ―trata de uma investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo‖. Esse tipo de pesquisa pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes, observação participante ou não. Lakatos e Marconi (2005, p. 183) reforçam que a finalidade desse tipo de pesquisa é ―colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto‖. Ainda para Lakatos e Marconi (2005), pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de se conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura uma resposta. Pode ainda ser uma hipótese que se queira comprovar, ou se descobrirem novos fenômenos ou relações entre eles. É um estudo de caso por ter como finalidade analisar, profundamente, uma unidade social (FAC). Para Campomar (1999, p. 86), se tem que a razão da pesquisa em destaque pode se basear em apenas um caso, pois ―o estudo de caso envolve a análise intensiva de um número pequeno de situações e, às vezes, o número de casos estudados reduz-se a um‖ Quanto à natureza, a pesquisa enquadra-se como quantitativa, fundamentando-se, pois, na conceituação de Oliveira (2004), o qual define que a pesquisa quantitativa significa quantificar opiniões através da coleta de dados. 4.2 Universo da Amostra De acordo com Vergara (2009), universo pode ser conceituado como um conjunto de elementos que possuem pelo menos uma característica em comum, utilizados como embasamento para pesquisa a ser realizada. Já para Andrade (2009), universo é composto por todos os elementos de uma classe, não se referindo apenas às pessoas, mas, também, a qualquer tipo de seres animados ou inanimados. A amostra, em contrapartida, são os elementos que serão investigados durante a pesquisa. A seleção da amostra faz-se necessária, pois é praticamente impossível estudar um universo inteiro. A amostra caracteriza-se como qualitativa, porquanto o 39 número de entrevistados é considerado pequeno. Os resultados obtidos na amostra não serão generalizados para todo o universo. O universo da pesquisa de campo limitou-se a um total de dezesseis alunos com contrato ativo do curso de Administração da Faculdade Cearense que possuem o FIES. Do universo acima-aduzido, quinze alunos do curso de administração responderam ao questionário de pesquisa, nos dias 27 ao dia 29 de maio de 2013. A pesquisa em alusão, outrossim, se classifica como não probabilística segundo as afirmações de Malhotra (2005). Para a definição da amostra, se utilizou o critério de acessibilidade. (VERGARA, 2009). 4.3 Técnica de Coleta de Dados A coleta de dados, para a realização da pesquisa, foi feita através de um questionário composto por dezenove questões baseadas na pesquisa bibliográfica vista nos capítulos primeiro, segundo, e terceiro. As cinco primeiras perguntas têm o objetivo de identificar algumas características do aluno, como: sexo, faixa etária, estado civil, se trabalha ou não e a faixa salarial. Ainda no tocante às perguntas, estas, segundo a classificação de Martins e Lintz (2009), são questões fechadas, sendo duas dicotômicas e três de múltipla escolha. As quatorze perguntas seguintes procuram mensurar como o aluno avalia a importância do planejamento financeiro-pessoal com o objetivo de quitar o investimento FIES. Segundo Martins e Lintz (2009), as questões são fechadas, sendo uma dicotômica e treze de múltipla escolha. A coleta de dados foi feita nos dias 27 a 29 de maio de 2013, com os alunos do curso de Administração da Faculdade Cearense, onde foi feita uma abordagem destes nas salas de aula. No total, como dito acima, foram 15 questionários respondidos, do total de 16 alunos ativos. 4.4 Tabulação dos Dados da Pesquisa 40 Para Andrade (2009, p. 140), ―A tabulação consiste em dispor os dados em tabelas, para maior facilidade de representação e verificação das relações entre eles‖. Neste trabalho, foi realizada a tabulação em planilha eletrônica, a fim de garantir, de uma forma rápida, a análise e interpretação dos dados, com maior grau de confiabilidade e veracidade. As informações serão apresentadas por gráficos, ou seja, passarão por um tratamento estatístico (ANDRADE, 2009). 4.5 Local de Pesquisa O estudo de caso da presente investigação foi realizado na Faculdade Cearense (FAC), com os alunos do curso de Bacharelado em Administração que possuem o benefício FIES. A instituição foi fundada no ano de 2002, no Bairro Damas, com sede em Fortaleza, no Estado do Ceará, com a missão de contribuir para o desenvolvimento do país, por meio da qualidade do ensino, ministrado com base na qualificação do seu corpo docente, nas condições de trabalho e infraestrutura física, material e econômica oferecidas à comunidade acadêmica. O curso de Bacharelado em Administração da FAC teve seu início em 2005.1(primeiro semestre no ano de dois mil e cinco), sendo atualmente o curso mais procurado daquela Instituição de Ensino Superior (IES). No próximo capítulo, serão apresentados e discutidos os resultados da pesquisa. 41 5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo, se apresentam os resultados obtidos na pesquisa, seguidos de uma descrição e análise dos dados. O questionário teve o objetivo de verificar se os alunos do curso de administração que possuem o FIES estão preocupados com a sua quitação após o término da graduação, bem como se utilizam algum artifício para planejar suas finanças. 5.1 Perfil da Amostra A amostra que respondeu ao questionário é composta por alunos da FAC que possuem o FIES, constando sexo, idade, estado civil e rendimentos diversificados. Com relação ao sexo, dos quinze alunos que foram entrevistados, dez são do sexo feminino, predominando assim sob a percentagem de 67%, (sessenta e sete por cento), enquanto 33% ( trinta e três por cento) são do sexo masculino. Gráfico 1 – Qual seu sexo Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Os resultados apresentados no gráfico dois mostram que 60% ( sessenta por cento) dos entrevistados estão na faixa etária de 21 a 30 anos; 33% ( trinta e três por cento) até 20 anos; 7 % ( sete por cento) de 31 a 40 anos; e nenhum dos respondentes se enquadra na faixa etária acima de 40 anos. 42 Gráfico 2 – Faixa Etária Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Como se pode ver no gráfico três, o perfil dos entrevistados solteiros representa 54% ( cinquenta e quatro por cento) — cinco alunos respondentes ; seguidos de 33 % ( trinta e três por cento) sendo casados — oito alunos; e 13% ( treze por cento) serapados ou divorciados — apenas dois; e nenhum viúvo. Gráfico 3 – Estado Civil Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Quanto ao aluno exercer alguma atividade remunerada, a maioria dos entrevistados, 80% (oitenta por cento), trabalham ou fazem um estágio, sendo que 20% ( vinte por cento) não trabalham — como pode ser visto no gráfico quatro. 43 Gráfico 4 – Trabalha ou faz estágio? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Por fim, quanto à renda mensal dos entrevistados, conforme descrito no gráfico cinco, se pode observar que 40% ( quarenta por cento) dos entrevistados, correspondentes a seis alunos, possuem renda mensal entre R$ 500,00 ( quinhentos reais) a R$ 1.000,00 ( mil reais); seguidos de 33% ( trinta e três por cento), correspondentes a cinco pessoas, com renda até R$ 500,00 ( quinhentos reais) ; 20% ( vinte por cento) sem renda mensal ; 7% ( sete por cento), correspondentes a um aluno, recebem entre R$ 1.000,00 ( mil reais) e R$ 5.000,00 ( cinco mil reais) — não constando, assim, nenhum aluno com renda superior a R$ 5.000,00 ( cinco mil reais). Gráfico 5 – Faixa Salarial Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. 44 5.2 Resultados obtidos Nos gráficos seguintes, se pode perceber o que de fato influencia o aluno na hora de fazer um planejamento de suas finanças; e quais seus interesses futuros Como já foi discutido no referencial teórico, o planejamento financeiro pessoal é uma das etapas mais importantes para a pessoa ter uma vida financeira saudável. Segundo Dubrin (1999), é o processo de estabelecer metas e objetivos e conceber como atingi-los. Graças ao planejamento, se administra o futuro, em vez de ser guiado pelo acaso. Quando perguntados acerca do pensam sobre planejamento financeiro, aproximadamente, 33% ( trinta e três por cento) dos alunos responderam que ele é fundamental para determinar metas e objetivos; 27% ( vinte e sete por cento) que ele consiste em planejar receitas, despesas e investimentos; 13% ( treze por cento) encaram-no como um investimento; 6% ( seis por cento) veem-no como um planejamento para aposentadoria; 7% ( sete por cento) entendem que só o utiliza quem tem muito dinheiro; 7% ( sete por cento) optaram por defini-lo como processo para sair de crises financeiras; e 7% ( sete por cento) elegeram outras opções conforme apresentado no gráfico seis. Gráfico 6 – O que pensa sobre Planejamento Financeiro Pessoal: Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. 45 Outro fator de suma importância é o orçamento financeiro-pessoal, que, se bem feito e acompanhado, ajuda a ter o controle de todas as receitas e despesas, tendo-se uma total programação do dinheiro. Para 40% (quarenta por cento) dos respondentes, o orçamento financeiropessoal é feito e acompanhado; seguidos de 33% ( trinta e três por cento) que responderam que nunca fazem; 20% ( vinte por cento) fazem e não acompanham; e 7% ( sete por cento), raramente, fazem ou acompanham — conforme ilustrado no gráfico sete. Gráfico 7 – Faz Orçamento Financeiro Pessoal? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. O controle das receitas e despesas diz respeito à circunstância de a pessoa conseguir ou não ter uma vida financeira estável, pois, como foi visto na entrevista, as pessoas ainda não se conscientizaram e não conseguem se programar, para poupar parte de seus recursos financeiros. Conforme apresenta o gráfico oito, quanto ao comportamento frente a receitas e despesas, 47% ( quarenta e sete por cento) gastam mais do que ganham; 33 % ( trinta e três por cento) gastam menos do que ganham; e 20% ( vinte por cento) gastam tudo o que ganham. 46 Gráfico 8 – Comportamento frente a Receitas e Despesas. Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Como já foi citado, o excedente do dinheiro deve ser investido, aplicado em produtos financeiros que proporcionem segurança e rentabilidade. Essas aplicações financeiras podem ser feitas em produtos de investimento para pessoa física, chamados títulos, aplicações ou papéis do mercado, podendo ser de renda fixa ou variável. Os alunos, quando perguntados qual tipo de investimento possuíam, 33% ( trinta e três por cento) responderam que aplicam em poupança; 27% ( vinte e sete por cento) não possuem nenhum tipo de investimento; 13% ( treze por cento) aplicam em conta corrente com rendimento diário; 13% ( treze por cento) fazem consórcio de carro ou moto; 7% ( sete por cento) aplicam em fundos de investimento; e 7% (sete por cento) aplicam em ações — conforme o gráfico nove. A caderneta de poupança ainda é o investimento mais procurado, provavelmente, por sua simplicidade e garantia, com rentabilidade compatível com seus riscos. Gráfico 9 – Tipos de Investimentos que possui. Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. 47 Quando foram questionados sobre a poupança de salário, 47% ( quarenta e sete por cento) responderam que poupam até 10% ( dez por cento) do total ganho; já 33% ( trinta e três por cento) não poupam de forma alguma; 20% ( vinte por cento) poupam de 10% ( dez por cento) a 20% ( vinte por cento) do salário recebido; e nenhuma parcela dos respondentes optou pelas alternativas entre 20% ( vinte por cento) e 30% ( trinta por cento) , 30% ( trinta por cento) e 50% ( cinqüenta por cento), nem acima de 50% ( cinqüenta por cento) — deixando-se claro que apenas uma pequena percentagem é poupada, como pode ser visto no gráfico dez. Gráfico 10 - Porcentagem que poupa mensalmente. Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Quando se poupa dinheiro, este é guardado e investido em algo para que possa render e ser utilizado para realizar algum objetivo futuro. Ao observar o gráfico onze, se pode notar que a maior parcela dos estudantes, 30% ( trinta por cento), poupam com o intuito de se prevenir para futuras dificuldades financeiras; 20% ( vinte por cento), porque querem ter algum recurso para gastar quando tiver vontade; 10% ( dez por cento), para comprar um bem de valor; 13% ( treze por cento), para se preparar para pagar o FIES; 13% ( treze por cento) visam a investir em um negócio próprio no futuro; 7% ( sete por cento) dos entrevistados desejam realizar uma viagem; e 7% ( sete por cento) acham que teria outros objetivos além dos citados. 48 Gráfico 11- Objetivos quando está poupando Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. O FIES, como já foi visto anteriormente, surgiu com o intuito de arcar com os custos da formação acadêmica, para que os estudantes consigam alcançar o tão desejado diploma, qualificação profissional e maior remuneração pelo seu trabalho. No gráfico doze, se nota que o fator que mais influencia os estudantes a procurarem tal financiamento é a dificuldade de se pagar a mensalidade, pois foi visto que a renda mensal dos entrevistados, na sua maioria, não ultrapassa o valor de R$ 1.000,00 ( mil reais), contabilizando-se, assim, 47% ( quarenta e sete por cento); o segundo motivo é por se achar que o FIES é um investimento que vale a pena, logo 13% ( treze por cento) procuraram o benefício, porque querem gastar seu salário com outras coisas; e 7% ( sete por cento) acham que é um direito do estudante. Gráfico 12- Motivos para aderir ao FIES? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. 49 Os estudantes que contratam o FIES têm parte de sua mensalidade financiada pelo governo, pois, dependendo da renda familiar mensal bruta, o financiamento pode variar de 50% ( cinqüenta por cento) a 100% ( cem por cento). Diante disso, o gráfico treze mostra os dados estatísticos da percentagem financiada em prol dos alunos que estão ativos na IES. Dos respondentes, 40% ( quarenta por cento), que correspondem a seis alunos, são beneficiados com financiamento de 60% ( sessenta por cento) pelo FIES; 27% ( vinte e sete por cento), quatro alunos, têm 50% ( cinqüenta por cento) da sua mensalidade financiada; 20% ( vinte por cento) têm 100% ( cem por cento) da mensalidade custeada; 7% ( sete por cento), ou seja, um aluno, têm 65% ( sessenta e cinco por cento) da mensalidade financiada; e 6% ( seis por cento) têm o total de 70% ( setenta por cento) da mensalidade custeada pelo aludido financiamento. Gráfico 13- Sua mensalidade foi financiada com FIES de? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Os jovens de hoje em dia têm de se conscientizar de que o futuro financeiro depende da sua responsabilidade e da sua disciplina no presente momento, pois precisam de buscar o melhor para ter um futuro tranquilo. Ao ingressarem, em uma IES e ao contratarem o FIES, aqueles entendem o financiamento de diversas formas, conforme o gráfico quatorze. Do total, 46% ( quarenta e seis por cento) têm o FIES como um investimento; 27% ( vinte e sete por cento) acham que é uma despesa futura; 13% ( treze por cento) veem-no como um artifício do governo para promover a educação; 7% ( sete por cento) veem-no como 50 uma imposição do governo; e 7% ( sete por cento) entendem o FIES à luz de outros motivos os quais não foram mencionados. Gráfico 14- Como você entende o FIES? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013 O gráfico quinze mostra que 60% (sessenta por cento) dos alunos respondentes do questionário afirmam que quem deve arcar com os gastos futuros é o próprio estudante que contratou o financiamento, pois, ao concluírem a graduação ,pretendem ter alguma reserva ou um bom emprego, para efetuar o pagamento do FIES; 20% ( vinte por cento) afirmam que o governo, que financiou, deveria assumir o pagamento; sendo uma percentagem muito significativa, o que permite um aprofundamento da pesquisa neste tocante; 13% ( treze por cento) o fiador; e 7% ( sete por cento) os pais ou responsáveis pelo aluno. Gráfico 15- Quem deveria arcar com os gastos futuros do FIES? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013 51 Outro questionamento da pesquisa foi a possibilidade do FIES deixar de existir e, nesse caso, qual seria a melhor saída dos estudantes. O gráfico dezesseis mostra que 50% ( cinqüenta por cento) dos estudantes não teriam como manter seus estudos; 20% ( vinte por cento) procurariam aprovação em uma IES pública; 13% ( treze por cento) contratariam outro financiamento; 10% ( dez por cento) optariam por outras alternativas as quais não foram citadas; e 7% ( sete por cento) tentariam obter uma bolsa. Gráfico 16- Se o FIES deixasse de existir, você? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Diante de todos os fatores vistos de planejamento orçamentário e financeiro pessoais, bem como do entendimento do que vem a ser a educação financeira, os estudantes foram questionados sobre qual a sua perspectiva em relação ao pagamento do FIES. Conforme pode ser visto no gráfico dezessete, a grande maioria, 87% ( oitenta e sete por cento) , respondeu que não teria dificuldade ao pagar o FIES, pois, segundo o questionário aplicado, a maioria respondeu, na pergunta aberta, que, quando concluir a graduação, já vai ter um bom emprego, podendo, assim, arcar com a mensalidade, fora que aludidos alunos têm uma carência de 18 meses após a conclusão do curso, conforme veremos nas citações abaixo; já o restante, 13% ( treze por cento), informou que teria dificuldade. Será um valor simbólico quando iniciar a quitação em decorrência do salário que estarei ganhando na época. 52 Em vista de um futuro econômico promissor e o retorno dos meus estudos, serão crucial para pagar o financiamento. Já estarei trabalhando e terei condição. Gráfico 17- Quanto o pagamento do FIES qual sua perspectiva? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013 Na perspectiva de como o aluno sente-se em relação aos outros, dentro da IES, por ter esse financiamento, o gráfico dezoito mostra que 70% ( setenta por cento) fazem o curso que gostariam de ter feito; 15% ( quinze por cento) passaram a gostar do curso, após o acesso a ele; 10% ( dez por cento) fazem o curso que foi possível dentro das atuais circunstâncias; e 5% ( cinco por cento) optaram por outras opções não mencionadas. Gráfico 18- Você enquanto aluno FIES: Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. 53 Ao aprofundar ainda mais sobre questões do FIES, os alunos foram indagados com sete perguntas às quais teriam de responder nestes termos: discordo totalmente, discordo, concordo e concordo totalmente. No gráfico dezenove, veremos se a opinião dos alunos sobre a escolha do FIES foi fundamental pra escolha da IES. 40% ( quarenta por cento) dos respondentes discordam totalmente, pois não acham que a IES influenciou na escolha do FIES; 33% ( trinta e três) discordam; 20% ( vinte por cento) concordam que teve influência; e 7% ( sete por cento) concordam totalmente. Gráfico 19- A escolha do FIES foi fundamental na escolha da IES: Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Quando questionados se seria viável a realização do curso superior sem o auxílio do FIES, 47% ( quarenta e sete por cento) informaram que discordam totalmente, confirmando que sem o FIES esse sonho não se poderia concretizar; 33% ( trinta e três por cento) apenas discordam; 13% ( treze por cento) concordam e acham que seria viável; e 7% ( sete por cento) concordam totalmente - conforme o gráfico abaixo. Gráfico 19.1- Seria viável a realização do curso sem o apoio do FIES? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. 54 Em relação à adequação das condições estabelecidas para o acesso ao FIES, 7% ( sete por cento) discordam totalmente; 13% ( treze por cento) discordam; 33% ( trinta e três por cento) concordam que são de fácil acesso; e a maioria, com 47% ( quarenta e sete por cento), concorda, totalmente, com a facilidade ao acesso. Gráfico 19.2 – São justas as condições estabelecidas para o acesso ao FIES? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013 Em relação ao contrato do FIES, 60% ( sessenta por cento) concordam, totalmente, que foram lidas e discutidas todas as cláusulas do contrato; 40% ( quarenta por cento) apenas concordam; e nenhum aluno discorda ou discorda totalmente neste item. Gráfico 19.3 – As condições estabelecidas para o acesso ao FIES foram lidas e discutidas? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. 55 Ao se questionar sobre a adequação dos encargos cobrados, 7% ( sete por cento) discordam, totalmente, do valor; 13% ( treze por cento) discordam; a maioria, com 47% ( quarenta e sete por cento), acha justos os encargos; e 33% ( trinta e três por cento) concordam totalmente com o valor a ser pago. Gráfico 19.4 – São justos os encargos financeiros a serem pagos no FIES? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. Ao se perguntar se os estudantes acham justas as condições contratuais, a maioria, 47% ( quarenta e sete por cento), concorda totalmente; seguida de 33% ( trinta e três por cento) que concordam; 13% ( treze por cento) que discordam; e 7% ( sete por cento) que discordam totalmente. Gráfico 19.5 – São justas as condições contratuais estabelecidas no FIES? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. 56 Por fim, os alunos foram questionados se deve ser feito um planejamento para se pagar as parcelas do FIES. A maioria, com 53% ( cinqüenta e três por cento), acha que deve ser feita a elaboração de um planejamento das despesas e receitas, a fim de poupar uma parcela para o pagamento do FIES; 27% ( vinte e sete por cento), apenas, concordam; 13% ( treze por cento) discordam, não achando importante esse planejamento; e 7% ( sete por cento) discordam totalmente. Gráfico 19.6 – O estudante deve se planejar para pagar as parcelas do FIES? Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2013. 57 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante da problemática exposta na pesquisa sobre o fato dos alunos do curso de Administração da Faculdade Cearense (FAC) estarem preparados ou não para cumprir seus compromissos financeiros exigidos após a finalização do curso superior, se pode perceber que os estudantes têm sim a consciência de seu débito futuro, mas enquanto alunos, não o priorizam. O objetivo geral do trabalho foi investigar a preparação dos estudantes de Administração da FAC para o pagamento das parcelas do Financiamento Estudantil (Fies), onde foi constatado, através dos questionários, que a maioria se preocupa em poupar uma parcela de seu salário, para realizar algum tipo de investimento. O FIES é considerado como um artifício fundamental para esses estudantes, para concretizar o sonho da graduação, pois o consideram como um investimento com encargos e juros justos e de fácil acesso e pagamento. Outro objetivo da pesquisa era verificar a existência de planejamento na organização da vida financeira, e foi visto que a grande maioria o entende como planejar receitas, despesas e investimentos. Como foi visto no referencial teórico, é uma das principais funções administrativas, contribuindo fortemente para o sucesso e o controle sobre o futuro, em vez de ser guiado pelo acaso. Outra finalidade era ratificar se os alunos que se beneficiam do FIES estão preocupados com a formação da poupança para sua quitação, ficando claro que a maioria faz e acompanha seu orçamento financeiro pessoal, poupa uma percentagem mensal e aplica o excedente em algum tipo de investimento, seja de renda fixa ou variável ( sendo a poupança a mais procurada). Mas se constatou que a prioridade dos alunos, enquanto estão cursando, não é investir para pagar o FIES, já que demonstram outros tipos de prioridade, como poupar para se prevenir de dificuldades financeiras futuras; guardar recursos para serem utilizados quando for preciso; comprar um bem de valor; ou até mesmo investir em um negócio futuro. Nesse quadro, o pagamento do FIES fica para segundo plano, pois, conforme foi coletado na pesquisa, os estudantes estão confiantes em que não terão dificuldade(s) para o pagamento das parcelas, visto que afirmam que, no futuro, terão um bom emprego através do qual possam cumprir tal compromisso. 58 Ao tentar identificar as vantagens do planejamento financeiro, desde o início do curso, para facilitar pagamentos futuros, foi visto que os estudantes têm consciência da importância de se planejar e, conforme foi visto no referencial teórico, a educação financeira precisa de ser cultivada desde a infância, para se evitarem problemas financeiros futuros e para que os sonhos, os objetivos almejados, sejam alcançados sem dificuldade(s). Considera-se que as informações aqui apresentadas têm caráter científico e prestam-se a ser um ponto de partida para novas discussões sobre a importância da educação financeira, bem como o planejamento financeiro-pessoal para quitar as parcelas do FIES. Por fim, se acredita que o trabalho contribui, satisfatoriamente, para realização da pesquisa acadêmica, e que a adoção de princípios básicos de planejamento e controle financeiros possibilita o alcance dos objetivos, assim como uma folga no orçamento, trazendo tranquilidade e bem-estar. 59 REFERÊNCIAS AMORIM, Paulo Henrique com colaboração de Ângela Santagelo, Kristina Michahelles. De olho no dinheiro: guia prático para ganhar (e gastar!) mais 5. ed. Rio de Janeiro: Globo, 1988. ANDRADE, Maria Margarida de Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: elaboração de trabalhos de graduação. 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Educação Financeira. Brasília: CAIXA, 2009 CAMPOMAR, M. C. Do uso de “estudo de caso” em pesquisas para dissertações e teses em administração. São Paulo, v. 26, n. 3, p. 95-97, julho/setembro 1999. CERBASI, Gustavo. Casais inteligentes enriquecem juntos. São Paulo: Gente, 2004. 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( ( ( ( ( ( ( O que pensa sobre Planejamento Pessoal: ) ) ) ) ) ) ) 2. É fazer investimentos É a mesma coisa que planejamento para aposentadoria Só pode ser utilizado por quem tem muito dinheiro É planejar receitas, despesas e investimentos É um processo de sair de crises financeiras É determinar objetivos e metas Outros. Faz orçamento financeiro pessoal? ( ) Faz e acompanha ( ) Faz e não acompanha ( ) Raramente faz ou acompanha ( ) Nunca faz 3. ( ( ( Comportamento Frente Receitas e Despesas: ) Gasta mais do que ganha ) Gasta menos do que ganha ) Gasta tudo que ganha 4. ( ( ( ( ( ( Tipos de Investimentos que possui: ) ) ) ) ) ) 5. ( ( ( ( ( ( Porcentagem que poupa mensalmente: ) ) ) ) ) ) 6. ( ( ( ( ( ( Não possui investimento Conta Corrente com rendimento diário. Poupança Ações Fundos de Investimentos Consórcios de carro e moto Não poupa Até 10% Entre 10% e 20% Entre 20% e 30% Entre 30% e 50% Acima de 50% Objetivos quando está poupando: ) ) ) ) ) ) Prevenção para futuras dificuldades financeiras Comprar um bem de valor Realizar uma viagem Ter algum recurso para gastar quando tiver vontade Preparar-me para investir em um negócio próprio Preparar-me para quitação de financiamento estudantil. 64 ( ) Outros 7. Motivo para aderir ao FIES? ( ( ( ( ) ) ) ) Dificuldade de pagar a mensalidade Porque acha que é um investimento que vale a pena Utilizar o salário com outros gastos Porque acha que é um direito do estudante 8. Sua mensalidade foi financiada com FIES de: ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 50% das mensalidades e encargos 100% das mensalidades e encargos 70% das mensalidades e encargos 65% das mensalidades e encargos Outro:__________________ % 9. Como você entende o FIES? ( ( ( ( ( ) Como um investimento ) Como uma despesa futura ) Como um artifício do governo para promover a educação ) Como uma imposição do governo ) Outros 10. Quem deveria arcar com os gastos futuros do FIES: ( ( ( ( ) O estudante que contratou ) Seus pais ou responsáveis ) O governo que o financiou ) O fiador 11. Se o FIES deixasse de existir de repente, você? ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) Contrataria outro financiamento; Não teria como manter os estudos . Procuraria aprovação em uma IES pública; Tentaria obter uma bolsa; Outros 12. Quanto ao pagamento do FIES qual a sua perspectiva? ( ( ) Terei dificuldade ) Não terei dificuldade Justifique sua resposta: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 65 13. Você enquanto aluno FIES: ( ( ( ( ) Faz o curso que gostaria de ter feito; ) Faz o curso que foi possível dentro das atuais circunstâncias; ) Passou a gostar do curso após o acesso a ele. ) Outros No espaço reservado ao final de cada frase, você poderá apontar um dos indicadores a seguir: 1234- Discordo Totalmente Discordo Concordo Concordo Totalmente 14.1 14.2 14.3 14.4 A escolha do FIES foi fundamental na escolha da IES Seria viável a realização do curso superior sem apoio do FIES. São justas as condições estabelecidas para o acesso ao FIES. As condições estabelecidas no contrato do FIES foram lidas e discutidas. 14.5 São justos os encargos financeiros a serem pagos no FIES. 14.6 São justas as condições contratuais estabelecidas no FIES. 14.7 O estudante deve se planejar para pagar as parcelas do FIES