1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CARLOS ANTÔNIO SERAFIM CONTRIBUIÇÕES DA UTILIZAÇÃO DE SEQUÊNCIAS COM PADRÕES GEOMÉTRICOS NA INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE PRIMEIRO GRAU SINOP-MT 2013 2 CARLOS ANTÔNIO SERAFIM CONTRIBUIÇÕES DA UTILIZAÇÃO DE SEQUÊNCIAS COM PADRÕES GEOMÉTRICOS NA INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE PRIMEIRO GRAU Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Departamento de Matemática – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em Matemática. Orientadora: Prof.ª: Ma. Chiara Maria Seidel Luciano Dias. SINOP-MT 2013 3 CARLOS ANTÔNIO SERAFIM CONTRIBUIÇÕES DA UTILIZAÇÃO DE SEQUÊNCIAS COM PADRÕES GEOMÉTRICOS NA INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE PRIMEIRO GRAU Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Avaliadora do Departamento de Matemática – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em Matemática. BANCA EXAMINADORA: Profª.: Ma. Chiara Maria Seidel Luciano Dias Professora Orientadora UNEMAT – Campus Universitário de Sinop Prof. Esp. Eloidi Falchetti Professor Avaliador UNEMAT – Campus Universitário de Sinop Profª.: Dra. Darci Peron Professora Avaliadora UNEMAT - Campus Universitário de Sinop Aprovado em ______/______/______ 4 Autorizo exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial deste trabalho, por processo de fotocopiadoras ou eletrônicos. Assinatura: ______________________________________local e data _____/______/______ 5 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus familiares, por toda ajuda e compreensão e paciência. Aos meus professores e colegas, por todo o incentivo, força e colaboração nesta etapa de minha vida. Carlos 6 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, pelo dom da vida e por todas as benções derramadas sobre nós. Agradeço em especial a os meus familiares pela paciência e compreensão e a amigos pelo apoio nas horas difíceis durante esta caminhada. Agradeço a todos os professores que de uma forma ou outra estiveram juntos nesta jornada, mas em especial ao professor Eloidi Falchetti, o qual colaborou, incentivou e me ajudou nas horas que mais precisei. A todos os meus colegas que estiveram juntos durante este processo pelo esforço, ajuda e compreensão e colaboração. Agradeço em especial a minha orientadora, Chiara Maria Seidel Luciano Dias, por todo o incentivo, e principalmente pela paciência e atenção na elaboração deste trabalho, e por ter acreditado em mim, e ter sido mais que uma professora e orientadora, e sim uma verdadeira amiga. Também agradeço louvo a deus por colocar todos estas pessoas em meu caminho, e todas as outras que de uma forma ou outra participara ou estiveram presentes e colaboram e contribuíram de qualquer forma para mais esta conquista em minha vida. 7 “Dê-me Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo, um ponto de partida para um novo avançar”. Cecília Meirelles 8 RESUMO SERAFIM, C. A, Contribuições da Utilização de Sequências com Padrões Geométricos na Introdução às Equações de Primeiro Grau. Sinop, 2013. 76 f. Trabalho de conclusão de Curso (Curso de Licenciatura Plena em Matemática) – Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT – Campus Universitário de Sinop/MT. Dentre as particularidades do ensino de Matemática para o terceiro ciclo do Ensino Fundamental destaca-se o desenvolvimento do pensamento algébrico, que propicia o reconhecimento de representações algébricas que expressem generalizações baseadas nas operações aritméticas. Nossa pesquisa configura-se em um estudo de caso com o objetivo principal de investigar possíveis contribuições da utilização de sequências com padrões geométricos, para a introdução das equações do primeiro grau. Sendo assim, estabelecemos como sujeitos da pesquisa alunos de uma turma de sétimo ano do Ensino Fundamental do Centro Educacional “Lindolfo José Trierweiller”. Nosso referencial teórico está fundamentado em autores como COXFORD (1996) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental PCN’s (2006). Metodologicamente, a investigação baseou-se na observação e descrição do processo de experimentação fundamentado na aplicação de atividades centradas em sequências com padrões geométricos. Dentre os autores que nortearam os procedimentos metodológicos, citamos FONSECA (2002) e BARBOSA (2008). As atividades propostas possibilitaram o desenvolvimento de habilidades como identificação de padrões, utilização de raciocínios indutivos e dedutivos; elaboração e validação de conjecturas e finalmente o desenvolvimento da capacidade de argumentação. Ao final, analisamos o que cada atividade representou aos alunos e sistematizamos graficamente algumas situações vivenciadas, além de perceber dificuldades em relação às quatro operações fundamentais, o que dificulta o processo de aprendizagem e introdução do pensamento algébrico. Palavras-chave: Pensamento Algébrico, Ensino Fundamental, Padrões Geométricos. 9 ABSTRACT SERAFIM, C. A. The contributions of the use of patterned Sequences in introduction to Equations of first degree. Sinop, 2013. 76 f. Work of conclusion of course (course Full licensure in mathematics)- Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT-University Campus of Sinop/MT. One of the particularities of the teaching of Mathematics for the third cycle of elementary school stands the development of algebraic thinking, which provides recognition of algebraic representations that express generalizations based on arithmetic operations. Our research is configured in a case study with the main objective to investigate possible contributions of the use of sequences with geometric patterns, for the introduction of equations of first degree. Therefore, we have established as subjects of research students from a class of seventh grade of primary school of Educational Centre "Lindolfo José Trierweiller". Our theoretical framework is based on authors such as COXFORD (1996), PIRES and GOMES (2009) and in the national curriculum Parameters for primary education NCPS ' s (2006). Methodologically, the investigation was based on the observation and description of the process of experimentation based on the application of focused activities in sequences with geometric patterns. Among the authors that guided the methodological procedures, we cite FONSECA (2002) and BARBOSA (2008). The proposed activities have enabled the development of skills such as identifying patterns, use of inductive reasoning and deductive; preparation and validation of conjecture and finally the capacity development of argument. At the end, we analyze what each activity represented students and have systematized graphically some situations experienced, in addition to perceive difficulties in relation to the four fundamental operations, what hinders the learning process and introduction of algebraic thinking. Keywords for this page: Algebraic Thinking, Elementary, Geometric Patterns. 10 SUMÁRIO ÍNDICE DE FIGURAS MISTAS ................................................................................. 12 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13 I – REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 15 1.1 Aspectos históricos e culturais do pensamento algébrico: ........................ 15 1.2 Ensino de Matemática e o Pensamento Algébrico: ................................... 16 II - METODOLOGIA ................................................................................................... 21 2.1 Objetivos da Pesquisa ................................................................................ 23 2.2 Opção Metodológica: Estudo de Caso. ..................................................... 23 2.3 A Observação ............................................................................................ 24 III – EXPERIMENTAÇÃO, OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS............. 26 3.1 Caracterização dos Objetivos e Sujeitos da Pesquisa:............................... 26 3.2 Desenvolvimento das Atividades: ............................................................. 26 3.2.1 Atividade 1: .................................................................................................. 27 3.2.2 Atividade 2. .................................................................................................. 30 3.2.3 Atividade 3 ................................................................................................... 32 3.2.4 Atividade 4. .................................................................................................. 34 3.2.5 Atividade 5. .................................................................................................. 36 3.2.6 Atividade 6. .................................................................................................. 39 3.2.7 Atividade 7 ................................................................................................... 41 3.3 Análise Geral do Desenvolvimento das Atividades. ................................. 44 IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 46 REFERÊNCIAIS .......................................................................................................... 47 APÊNDICE I ................................................................................................................ 50 APÊNDICE II ............................................................................................................... 53 11 ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS Figura 1 – álgebra no ensino fundamental .................................................................... 19 Figura 2– Atividade 1. .................................................................................................. 27 Figura 3– Resolução da Atividade 1. ............................................................................ 28 Figura 4 – Resolução da Atividade 1. ........................................................................... 29 Figura 5 – atividade 2. .................................................................................................. 30 Figura 6 – Resolução da atividade 2. ............................................................................ 31 Figura 7- Atividade 3. ................................................................................................... 32 Figura 8- Resolução da atividade 3. ............................................................................. 33 Figura 9 - Atividade 4. .................................................................................................. 34 Figura 10 - Resolução da atividade 4. .......................................................................... 35 Figura 11 - Atividade 5. ................................................................................................ 37 Figura 12 - Resolução da atividade 5. .......................................................................... 38 Figura 13 - Atividade 6. ................................................................................................ 39 Figura 14 - Resolução da atividade 6. .......................................................................... 40 Figura 15 - Atividade 7. ................................................................................................ 41 Figura 16 - Resolução da atividade 7. .......................................................................... 42 12 ÍNDICE DE FIGURAS MISTAS Figura 1 - Atividade 1. .............................................................................. 29 Figura 2 - Atividade 2. .............................................................................. 32 Figura 3 - Atividade 3. .............................................................................. 34 Figura 4 - Atividade 4. .............................................................................. 36 Figura 5 - Atividade 5. .............................................................................. 38 Figura 6 - Atividade 6. .............................................................................. 40 Figura 7 – Atividade 7. ............................................................................. 43 13 INTRODUÇÃO A introdução à linguagem algébrica no Ensino Fundamental é por muitas vezes um processo de mudança, pois o aluno que está de certo modo familiarizado com as bases da aritmética inicia uma abordagem matemática que traz em si linguagem e simbolismo próprios. No que se refere ao cálculo algébrico, é necessário que o aluno saiba manipular as operações numéricas, bem como, suas propriedades, para estabelecer resoluções. Sendo assim, é necessário que se estruture adequadamente atividades de ensino que contribuam para a construção destes conceitos. Nosso trabalho apresenta resultados de uma investigação com alunos de uma turma de sétimo ano do Ensino Fundamental, que objetivou responder a seguinte questão: Quais as contribuições da utilização de sequências de padrões geométricos para a introdução das equações do primeiro grau? Neste contexto, entendemos como sequência uma lista ordenada de números, objetos ou eventos, que seguem determinada ordem, em um procedimento que se utiliza de figuras ou formas geométricas, regulares em um modelo, o qual é denominado de padrão geométrico. É claro que este padrão geométrico nos permite identificar o próximo elemento da sequência, formalizando tal situação algebricamente. Nosso trabalho está organizado em três capítulos. No primeiro apresentamos os fundamentos teóricos baseados nas finalidades do ensino de Matemática para o Ensino Fundamental. No segundo capítulo apresentamos nossos procedimentos metodológicos e por fim, no terceiro capítulo apresentamos as análises decorrentes da observação e aplicação das atividades. É interessante observar que em virtude da escolha pela pesquisa qualitativa, em particular, pelo estudo de caso, não almejamos um resultado final, mas sim buscamos interpretar situações vivenciadas durante a investigação, além de descrevê-las com a preocupação de estabelecer significados. Percebemos dificuldades provenientes das quatro operações fundamentais, o que dificulta o processo de introdução ao pensamento algébrico, mas também observamos que as atividades propostas podem sim contribuir, desde que pensadas estrategicamente, ou seja, desde que estejam de fato sendo apresentadas como formas para introduzir gradativamente a 14 mudança do pensamento numérico para o pensamento algébrico, sem desassociá-los e com significados bem estabelecidos. 15 I – REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 Aspectos históricos e culturais do pensamento algébrico: Historicamente, existem relatos diversos sobre a possível “origem” da Álgebra, dentre os aspectos históricos mais relevantes, destacamos o Papiro de Ahmes ou também conhecido como Papiro de Rhind, datado de aproximadamente 1800 anos a. C., cujo nome fora dado em honra ao escriba que o copiou por volta de 1650 a. C. Neste documento apresentavam-se problemas com técnicas aritméticas mais elaboradas e formalizadas. Segundo Boyer (2010), outra possível iniciação ao pensamento algébrico pode ser dada a uma tabela que era muito útil aos babilônios, a qual continha uma tabulação dos valores para valores inteiros de . Tal tabela era essencial na álgebra babilônia alcançando níveis mais altos na Mesopotâmia e no Egito, onde muitos textos babilônicos antigos nos mostram que não havia dificuldades entres eles para a resolução da equação quadrática1 completa, pois haviam desenvolvido um sistema de cálculo com operações algébricas. Com registros históricos mais evidentes, temos como o precursor e também chamado por muitos como o “pai da álgebra”, o matemático árabe Al-Khwarizmi, que viveu em Bagdá, no século IX a. C. Alguns estudos defendem que a palavra “álgebra” originou-se de uma obra de Al-Khwarizmi, considerado o tratado de Álgebra mais antigo, cujo título envolve a palavra “al-jabr”. Todavia, ainda vale ressaltar as contribuições deixadas pelo matemático grego Diofante de Alexandria, que viveu no século III a. C. Diofante introduziu símbolos para facilitar a escrita e os cálculos matemáticos. No entanto, tendo em vista que Diofante viveu em uma época tumultuada por guerras que destruíram muitos centros de estudos, sua simbologia não avançou do estágio inicial, sendo retomada somente após a ascensão do império árabe, aproximadamente no ano de 650 d. C. no século VI da nossa era. Na sequência da história da matemática, ainda destacamos René Descartes (1596 – 1650), d. C., que apresentou a álgebra relacionada a questões geométricas determinadas. 1 Definição de uma Função Quadrática completa é aquela que tem sua lei de formação dada por f(x) = ax2 + bx + c, onde b e c são números reais e a ≠ 0 16 Sobre o trabalho de Descartes, Boyer (2006) destaca: “Descartes insistia em que na solução geométrica de uma equação deviam ser usados apenas os meios mais simples apropriados ao grau da equação. Para equações quadráticas, retas e círculos bastam; para cúbicas e quadráticas, secções cônicas.” Sobre a geometria cartesiana, Du Sautoy (2007) destaca: “A geometria podia ser reduzida à aritmética pelo uso de equações que descreviam as retas e pontos, e os pontos podiam ser convertidos em números pela descrição de suas coordenadas no espaço.” A ideia de equacionar lugares geométricos, impulsionada por Descartes, nos demonstra a necessidade dos matemáticos em descobrir padrões, estabelecer regularidades, para enfim encontrar e explicar regras anteriores à natureza dos elementos matemáticos envolvidos. “Desde então, técnicas de Álgebra puderam ser aplicadas na resolução de problemas de geometria, e vice-versa, o que melhorou a compreensão e facilitou o desenvolvimento desses dois ramos da Matemática.” (SBPC, 2003, p.33) A partir disso, o formalismo algébrico desenvolveu-se até finalmente tratar de estruturas mais elaboradas que estão amparadas na generalização de conjuntos e propriedades. E embora, os estudos algébricos mais avançados não sejam objetos de estudo na educação básica, a sua essência formalista faz parte da abstração, que deve ser incentivada junto com o raciocínio lógico. 1.2 Ensino de Matemática e o Pensamento Algébrico: A matemática é uma ciência que provém da construção humana, na qual seus conceitos surgiram de acordo com as necessidades da sociedade em diferentes épocas e situações. Sendo assim, o raciocínio matemático faz parte da nossa forma de se comunicar. Por isso, o ideal é que a aprendizagem matemática esteja ao alcance de todos, independentemente do contexto sociocultural, pois ela é parte integrante de nosso cotidiano. “A linguagem, os símbolos e os padrões matemáticos bem assimilados e utilizados sistematicamente em outras esferas da atividade e na ciência são ferramentas de comunicação e sistematização fundamentais. Enriquecem a 17 capacidade de transmissão, simplificam modos de pensar, ajudam a chegar diretamente ao cerne dos problemas. Mais ainda, o bom manejo desses elementos na linguagem oral clarifica a apresentação de ideias complicadas e evita circunlóquios e rodeios na descrição de situações”.(MARKARIAN, 2004. P. 6) Em particular, ao tratarmos a linguagem matemática no contexto escolar deparamonos com uma série de dificuldades de aprendizagem e temos consciência de que o desempenho dos alunos é fruto de uma ação conjunta de diversos fatores. Sobre os objetivos do Ensino de Matemática para o Ensino Fundamental, mais propriamente para o terceiro ciclo, podemos destacar o desenvolvimento do pensamento numérico, algébrico e geométrico. “Ao longo do ensino fundamental o conhecimento sobre os números é construído e assimilado pelo aluno num processo em tais números aparecem como instrumento eficaz para resolver determinados problemas, e também como objeto de estudo em si mesmos, considerando-se, nesta dimensão, suas propriedades, suas inter-relações e o modo como historicamente foram constituídos.” (GIOVANI JR. E CASTRUCCI, 2005 p.45) À medida que o raciocínio matemático vai sendo mais elaborados outros tipos de situações-problema surgem, as quais necessitam de outros conceitos para serem resolvidas. O pensamento numérico já não é mais suficiente para tratar de generalizações, surgindo assim, o pensamento algébrico. Diferentemente da Aritmética que visa encontrar uma solução numérica em particular, a Álgebra volta-se para a dedução de procedimentos e relações, procurando expressá-los de forma mais geral e simplificada. No que diz respeito ao desenvolvimento do pensamento algébrico os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s (2006) destacam que as situações de aprendizagem devem levar o aluno a: - Reconhecer que representações algébricas permitia expressar generalizações sobre propriedades das operações aritméticas, traduzir situações-problema e favorecer as possíveis soluções; - Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem algébrica e vice-versa, generalizando regularidades e identificar os significados das letras; - Utilizar os conhecimentos sobre as operações numéricas e suas propriedades para construir estratégias de cálculo algébrico. 18 De modo mais amplo, Bicudo (1999) destaca que a abstração matemática, o rigor do raciocínio e a precisão dos conceitos favorecem a generalização e que podem ampliar as possibilidades do saber matemático. A mesma autora também aponta que o caráter abstrato surpreende os alunos, logo nos primeiros contatos, pois traz um mundo de ideias cheio de representações, diferentes das formas que estão acostumados pelas coisas materiais. Sendo que a matemática faz parte da vida diária, as ideias e os procedimentos parecem muito diferentes, com relações lógicas expressas em equações. “Nas situações voltadas para a construção do saber matemático, o aluno é solicitado a pensar – fazer inferências sobre o que observa, a formular hipóteses -, não, necessariamente, a encontrar uma resposta correta.” (BICUDO, 1999, p. 165). Bicudo (1999) também comenta sobre a integração entre o saber cientifico e o contexto pedagógico, apontando dificuldades de aprendizagem vinculadas ao rigor do raciocínio matemático e a especificidade de sua linguagem. Em relação às diferentes concepções do ensino de Álgebra, Coxford (1995) nos apresenta a dificuldade dos alunos ao iniciar o estudo dos conceitos algébricos, os erros cometidos sobre a linguagem matemática, principalmente na hora de fazer a leitura, ou de organizar as ideias e reflexões algébricas. Esses erros e dificuldades que os alunos apresentam podem surgir da diferença entre a álgebra e a aritmética generalizada. O mesmo autor julga que é preciso que haja uma compreensão do aluno nos procedimentos e contextos aritméticos para depois ser reconhecido nas concepções algébricas. Caso isso não aconteça o seu desempenho poderá ser afetado e a aprendizagem torna-se mais difícil. Além disso, destaca que as dificuldades apresentadas pelos alunos não são da álgebra propriamente dita, mais sim de problemas adquiridos já nos conceitos da aritmética. Em geral, conceitos e conteúdos algébricos começam a ser introduzidos no 7º ano do Ensino Fundamental e os PCN’S para o Ensino Fundamental destacam estes conteúdos como um espaço significativo para o desenvolvimento de generalizações que visam a contribuir com o desenvolvimento do aluno em relação à solução de problemas. Além disso, enfatiza a importância da abstração para o desenvolvimento do aluno, contribuindo de forma significativa no modo de pensar e expressar e concluir as resoluções de forma abstrata. 19 “O estudo da Álgebra constitui um espaço bastante significativo para que o aluno desenvolva e exercite sua capacidade de abstração e generalização, além de lhe possibilitar a aquisição de uma poderosa ferramenta para resolver problemas.” (BRASIL 1998, p.115). Reportando-nos ao ato de resolver problemas, destacamos que em diversas situaçõesproblemas é possível encontrar um padrão de resposta. Mesmo que o resultado seja numérico, seu processo de resolução manifestará a compreensão que o aluno teve do problema. Neste contexto Brasil (1998), observa que é preciso existir um razoável consenso de que para garantir o desenvolvimento do pensamento algébrico o aluno deve estar necessariamente engajado em atividades que inter-relacionem as diferentes concepções da álgebra. Tais concepções podem ser sintetizadas, de forma simplificada conforme nos mostra o quadro abaixo, bem como as diferentes interpretações da álgebra escolar e as diferentes funções das letras: Álgebra no ensino fundamental Dimensões Da álgebra Uso das letras Aritmética generalizada Funcional Equações Estrutural Letras como Letras como generalizações variáveis para Letras Letras como do modelo expressar Como Símbolos aritmético relações e Incógnitas Abstrato funções conteúdos (conceitos eprocedimentos) Propriedade Calculo das operações Variação Resoluções algébrica generalizadas de de obtenção de de padrões Grandezas Equações expressões aritméticos equivalentes Fonte BRASIL (1998), p. 116 Figura 1 – álgebra no ensino fundamental 20 Tal sistematização nos leva a observar que as primeiras noções algébricas podem apresentar maior significado quando articuladas com a aritmética, neste sentido, Brasil (1998) orientam: “As atividades algébricas propostas no ensino fundamental devem possibilitar que os alunos construam seu conhecimento a partir de situações-problema que confiram significados à linguagem, aos conceitos e procedimentos referentes a esse tema, favorecendo o avanço do aluno quanto às diferentes interpretações das letras. Os contextos dos problemas deverão ser diversificados para que eles tenham oportunidade de construir a sintaxe. Das representações algébricas, traduzir as situações por meio de equações (ao identificar parâmetros, incógnitas, variáveis), e construir as regras para resolução de equações”. (BRASIL 1998, p.122). Ao considerarmos todas estas recomendações propostas, observamos que é necessário promover a aprendizagem de modo significativo. Neste sentido, Moreira (2010) defende: “Quando se fala em aprendizagem significativa podemos relacionar um novo conteúdo ou ideia com um conjunto de informações já existente no conhecimento estrutural conjuntivo do aluno.” Neste sentido, é necessário que as atividades de ensino valorizem a apresentação de propriedades matemáticas, desde que relacionadas a situações que levem o aluno a deduzir e argumentar sobre suas resoluções. E isso será possível se o aluno conseguir identificar o problema em questão com conceitos já adquiridos por ele, ou seja, a transição do pensamento numérico para o pensamento algébrico deve ser planejada para que não haja descontinuidade no processo de compreensão e apreensão de conceitos e conteúdos. A partir disso, julgamos que a utilização de representações algébricas pode ser melhor desenvolvida por intermédio de sequências de modo geral, neste caso, em particular, de sequências de padrões geométricos. Desta forma, é possível refletirmos sobre as contribuições que tais sequências podem apresentar para a introdução do pensamento algébrico, mas especificamente, para a introdução das equações do primeiro grau, pois acreditarmos que as sequências são problematizadoras, ou seja, instigam o aluno a buscar abordagens de resolução, sendo assim, nosso objeto de estudo. 21 II - METODOLOGIA Nossa pesquisa tem como ideia central estudar as possíveis contribuições da utilização de sequências com padrões geométricos na introdução do estudo das equações, em uma turma de sétimo ano do ensino fundamental, sentimo-nos impelidos a realizá-la considerando o pressuposto apontado por Pádua: “Pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade, para nos orientar em nossas ações”. (PADUA, 2004, p.31). Com a intenção de elaborar o conhecimento na perspectiva apontada por Pádua, norteamos nosso trabalho nos moldes da pesquisa qualitativa, cujas Características, são elencadas Bogdan (in apud Triviños, 1987, p.128), e no contexto desta pesquisa destacamos as seguintes: A pesquisa qualitativa é descritiva Os pesquisadores qualitativos estão preocupados com o processo e não simplesmente com os resultados e o produto. O significado é a preocupação essencial na abordagem qualitativa. Para Kauark et. al (2010), uma pesquisa de cunho qualitativo estabelece uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, que isto não é, um vinculo indissociável estabelecido entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, que isto não pode ser traduzido em números. Para eles a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas para o processo de pesquisa qualitativa. Que isto não requer qualquer método estatístico, o ambiente deve ser natural com a fonte direta para a coleta de dados, onde o pesquisador é o instrumento-chave, sendo descritiva, onde ele analisa seus dados de forma indutivamente; com o processo e seu significado sendo o foco principal de abordagem, justificando assim os caminhos metodológicos que trilhamos nesta investigação, conforme detalharemos adiante. No mesmo sentido Fonseca (2002), compreende que a pesquisa qualitativa tem uma preocupação com os aspectos da realidade que não podem ser quantificados, o qual tem uma centralização na compreensão e explicação voltadas a dinâmica das relações social, e seu principal contra pontos voltados a o campo de atuação nas áreas da psicologia e da educação. 22 Pelo exposto, entendemos assim que a pesquisa qualitativa objetiva também observar um fenômeno e tentar explicá-lo, sendo valorizada neste processo a observação, descrição, compreensão e finalmente, a construção de significados. Como existem diversas abordagens de pesquisa qualitativa, optamos pelo Estudo de Caso, pois este apresenta características e significados que nos possibilitam alcançar os objetivos propostos. Em procedimentos investigativos, com atividades que inter-relacionem os diferentes aspectos da álgebra, e aplicação de atividades, os quais têm por finalidade não apenas encontrar um valor numérico da expressão algébrica, mas também propor situações em que o aluno possa identificar padrões com representações geométricas, para que assim possa descrêla de um modo pratico e simbólico. A ideia principal aqui contida para uma investigação através de sequências é estimular o aluno no desenvolvimento da atividade a um pensamento puramente algébrico, onde as respostas se darão de forma espontânea a partir da necessidade do próprio aluno. Nesta generalização as incógnitas ou letras se apresente primeiramente como uma variável, para promover no aluno o raciocino que os possibilitem resolverem as atividades propostas. A aplicação metodológica foi por uma exposição do conteúdo no quadro, e durante a explicação foi uma interação com os alunos para formulações de conceitos, na sequência apresentaremos alguns exercícios que serão resolvidos em conjunto com os alunos que serviram como exemplo, e após estes procedimentos foram expostos alguns exercícios para a resolução, os quais serão resolvidos no quadro pelos próprios alunos. Estes procedimentos metodológicos serão utilizados para trabalhar noções e conceitos, também usamos o tangram, 2para criar no aluno noções espaciais através de figuras geométricas, e desta forma fortalecer e levar conhecimento para identificação dos padrões. Para concluir todo o processo investigativo, seguimos com aplicação das atividades, que foram desenvolvidas com o intuito de interagir com o conhecimento adquirido. Estes procedimentos são de suma importância para o desenvolvimento desta pesquisa, onde buscamos observar o comportamento, os procedimentos e o raciocínio do aluno na construção do conhecimento. 2 Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças (5 triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo) Com essas peças podemos formar várias figuras, utilizando todas elas sem sobrepô-las. Segundo a Enciclopédia do Tangram é possível montar mais de 1700 figuras com as 7 peças. 23 2.1 Objetivos da Pesquisa Os objetivos específicos apresentados inicialmente sugerem que sejam selecionadas sequências de padrões geométricos, abordadas em diversos livros didáticos para uma introdução ao pensamento algébrico, também identificar como tal sequências pode contribuir para a compreensão do conhecimento algébrico serem analisados através destes livros e desenvolver algumas atividades de ensino, baseada nestas sequências, para ser analisar através de suas aplicações, para relatarmos as possíveis contribuições de aprendizagem em uma turma de sétimo ano do ensino fundamental. Os livros didáticos o qual utilizamos para aplicação destes conteúdos e uma abordagem que possibilite a construção de um conhecimento foram eles; DANTE, (2005) “TUDO É MATEMÁTICA” IEZZI et al, (2005) “MATEMÁTICA NA VIDA E NA ESCOLA” Estes Livros nos apresentam algumas atividades voltadas à utilização de sequências com padrões geométricos, que estimula um aprendizado do aluno, que em vez de usar uma incógnita para representar o abstrato, se utiliza de formas geométricas. Com a utilização destes livros, formulamos algumas atividades em forma de exercícios voltadas a utilização de sequências com padrões, estes conteúdos foram expostos no quadro, explicados e exemplificados de forma didática aos alunos. Os métodos e procedimentos descritos tem como intenção a validação das hipóteses iniciais, onde estas sequências didáticas elaboradas em forma de atividades nos levam ao procedimento experimental, para estudo, observação, e aplicação de uma análise conclusiva. 2.2 Opção Metodológica: Estudo de Caso. Destacamos que esta pesquisa se caracteriza como um Estudo de Caso, opção metodológica eleita por enfatizar que o mesmo não pode ficar reduzido a uma hipótese ou avaliar por um modelo teórico preconcebido, o qual decorre antes de tudo de um processo de indução que se vai definindo e se delimitando na exploração dos contextos sociais, culturais, intelectuais e políticos, onde se realiza o processo de pesquisa. 24 Robert K. Yin nos traz duas maneiras e uma definição técnica de estudo de caso, sendo a primeira que o estudo de caso é uma investigação empírica, que investiga um fenômeno contemporâneo em profundidade e em seu contexto de vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente evidentes. O segundo a maneira da investigação do estudo de caso, enfrentar a situação tecnicamente diferenciada em que existirão muito mais variáveis de interesse, do que pontos de dados, e como resultado, conta com múltiplas fontes de evidencias, com os dados precisando convergir de maneira triangular, e como outro resultado, benefício do desenvolvimento anterior das proposições teóricas para orientar a coleta e a analise de dados. “A essência de um estudo de caso, a tendência central entre todos os tipos de estudo de caso, é que ele tenta iluminar uma decisão ou um conjunto de decisões: por que elas são tomadas, como elas são implementadas e com que resultado.” (SCHRAMM, 1971. p. 32) Nossa intenção com essa opção metodológica é compreender a problemática apresentada á luz dos pressupostos de Scharamm expostos acima. Os dados foram coletados em observações, relatórios e questionários em forma de atividades, e em seguida buscaremos interpretações de acordo com os referenciais teóricos e embasamento metodológico a qual são parte estrutural e fundamental deste instrumento de pesquisa. 2.3 A Observação Para observar o desenvolvimento das atividades pelos alunos tomamos como principio norteador as ideias de Barbosa, et. al, (2008), que concebem a observação como uma técnica de coleta de onde o pesquisador precisa ter clareza dos tipos das situações as quais merecem registro, bem como também estar preparado para o registro de outros fenômenos que possam surgir durante a observação, os quais não eram esperados no seu planejamento. Conforme descrevem Gerhardt e Silveira (2009), a observação é uma técnica onde se usa os sentidos que quando realizado em determinados aspectos se obtém a apreensão da realidade. Desta forma podemos descrever um fenômeno ou fato investigado: “Ela consiste em ver, ouvir e examinar os fatos, os fenômenos que se pretende investigar. A técnica da observação desempenha importante papel no contexto da descoberta e obriga o investigador a ter um contato mais próximo com o objeto de estudo”. (GERHARDT E SILVEIRA 2009 p. 74). 25 Para as autoras a técnica de observação tem suma importância no entendimento dos fatos, pois ela ocorre pelo contato direto entre o pesquisador e objeto pesquisado, o qual obtém as informações observando a realidade dos fatos em seu âmbito social e físico no qual ela acontece. No caso desta pesquisa a Observação configurou-se como um instrumento importante para a realização da mesma. Conceitualmente Kuark et. al, (2010), nos diz que a pesquisa é mesmo que a busca ou a procura, portando procurar uma resposta para alguma coisa, desta forma quando se trata de ciência, o resultado da pesquisa é a solução de um problema que alguém queira saber ou encontrar a resposta. Logo não se deve dizer que se faz ciência, mas sim que a produz através de uma pesquisa, onde a pesquisa é o caminho para se chegar à ciência, ou ao conhecimento. 26 III – EXPERIMENTAÇÃO, OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS. Neste capítulo apresentaremos a descrição das atividades desenvolvidas em nossa investigação, bem como, nossas análises oriundas deste processo. Para isso, inicialmente, descreveremos nosso ambiente e sujeitos da pesquisa. 3.1 Caracterização dos Objetivos e Sujeitos da Pesquisa: O processo de experimentação para compor e validar esta pesquisa foi realizado no Centro Educacional “Lindolfo José Trierweiller”; localizado à Avenida dos Ingás, 3001, centro, na cidade de Sinop-MT, com alunos do sétimo ano da turma “A”. Este trabalho foi realizado em dois dias, iniciando-se no dia 13 de agosto de 2013, às 13h com término às 15h; e no dia 14 de agosto de 2013, com inicio às 15h e término às 17h. No primeiro dia estavam em sala de aula 24 alunos, e no segundo dia 25 alunos; com 2 alunos especiais, o qual se fez necessário que permanecesse na sala de aula a professora intérprete que auxilia estes alunos na realização de suas atividades. Como já mencionado anteriormente, nossa pesquisa buscou investigar quais as contribuições da utilização de sequências de padrões geométricos para a introdução das equações do primeiro grau, ressaltando que não é nosso objetivo trabalharmos explicitamente com tais equações, mas tão somente, analisar o processo da aquisição de significados e procurar avaliá-los. O procedimento de investigação fundamentou-se na aplicação de sete atividades que visaram contribuir no desenvolvimento de habilidades como generalização de propriedades aritméticas e noções de regularidades baseadas nos padrões geométricos. A seguir descreveremos as atividades propostas. 3.2 Desenvolvimento das Atividades: A princípio apresentamos nossa proposta aos alunos e no processo de aplicação das sete atividades a qual foi aplicada no segundo dia, onde estavam presentes 25 (vinte e cinco) alunos, que a resolveram de forma individual, sem interferência do pesquisador. 27 3.2.1 Atividade 1: A presente atividade deve então proporcionar ao aluno a percepção de uma quantidade de pontos presentes na figura com uma suposta regra de formação (padrão). A partir do momento em que o aluno puder perceber esta relação, tinha-se então o objetivo de levá-lo a prever para qualquer posição o número de pontos que a mesma possuiria, construindo assim, a ideia de regularidade e padronização. Além disso, reconhecida a lei de formação, estaríamos conduzindo o aluno a praticar a linguagem algébrica, facilitando a transição do pensamento numérico para o pensamento algébrico. 1 -) Na sequência abaixo vamos observar e relacionar a posição com a quantidade de pontos que ele apresenta: Posição 1 Posição 2 Posição 3 Posição 4 a) Registre a sequência, utilizando uma tabela do tipo abaixo. Posição Quantidade de pontos nº1 3 nº2 6 nº3 9 b) Qual será o número de pontos da posição 8, nº4 nº5 Tente descobrir sem completar a sequência. E qual é o da posição 10? c) Escreva uma expressão e uma frase que representem o número de pontos de um cartão numa posição n qualquer. Figura 2– Atividade 1. Ao analisarmos as respostas apresentamos à seguinte: 28 . Figura 3– Resolução da Atividade 1. A figura acima retrata a resposta considerada correta para tal atividade. No entanto, apenas7 (sete) alunos a concluíram de forma correta, e os demais apresentaram certa dificuldade própria da aritmética, com erros de cálculos de multiplicação. A sequência apresentada na atividade tem uma regra de formação representada por (3n), ou seja, 3 vezes a posição da figura. Na observação durante a realização das atividades, pôde-se perceber que muitos dos alunos apresentam dificuldades em multiplicar, e por esse motivo a assimilação dos conceitos de generalização de regularidade ficaram comprometidos. Podemos observar as dificuldades e os erros cometidos na execução de cálculos aritméticos através da resposta de um aluno na figura abaixo, onde suas respostas não obedecem nenhum critério de procedimento operatório matemático. 29 Figura 4 – Resolução da Atividade 1. Estas dificuldades são próprias dos alunos, os quais admitem não se interessar em cálculos matemáticos, embora o professor regente trabalhe essas dificuldades, elas ainda continuam entre eles, os quais estão mais preocupados com as diversões, brincadeiras e celulares, e outros atrativos, e acabam deixando os estudos de lado. Assim como este modelo de resposta, encontramos também situações nas quais os alunos não desenvolveram corretamente todos os cálculos ou descreveram a lei de formação de modo adequado, caracterizando assim, questões parcialmente corretas. A partir disso, sistematizamos os modelos de resolução apresentados como segue. Acertos 4 3 2 1 0 Total Quantidade Alunos Porcentagem 07 28 % 03 12 % 09 36% 06 24 % 00 00 % 25 100 % Atividade com 4 Soluções Figura 1 - Atividade 1. 0% 24% 36% 28% 12% 30 Para melhor entender os resultados apresentados nesta atividade, trazemos esta demonstração gráfica, que a observarmos podemos ver que, conforme já apresentamos anteriormente temos uma pequena quantidade de alunos, sendo 28 % os que resolveram a questão corretamente de acordo com os conceitos algébricos. Onde podemos concluir que é preciso muito mais que aplicar uma sequencia com padrões geométricos para que haja um entendimento e aprendizado significativo. Em primeiro lugar é preciso sanar as dificuldades destes alunos com a aritmética, para depois trabalhar e extrair um resultado significativo através destes conceitos. As figuras geométricas despertaram o interesse a curiosidade dos alunos a formularam conceitos, mas não foi suficiente na hora de desenvolver a atividade, que apresentava formas e padrões em uma regra simples de multiplicação. 3.2.2 Atividade 2. Com o intuito de provocar um espirito de observação despertar o interesse em expressões algébricas, esta atividade faz com que o aluno use o raciocínio, e formule ideias, consiga expressar e desenvolver as questões de generalização. 2-) Identifique a figura construída por retângulos que não pertence à sequência da série dada. 1 2 3 4 5 a) Quantos retângulos possuirá a próxima figura da série? b) Qual será a quantidade de retângulos que deveria conter a figura 4? c) Quantos retângulos possuem a figura que contém 3 retângulos em sua base? Figura 5 – atividade 2. Esta atividade busca em seu desenvolvimento, extrair do aluno os conceitos adquiridos e uma percepção, e a variação entre o interesse e a observação. Quando perguntamos qual a figura não pertence à sequência desta série, temos a intenção de despertar um espirito conclusivo e o raciocínio logico, pois uma figura diferente entre outras figuras é muito fácil 31 de encontrar. Só por si não resolve a questão, é preciso que o aluno desenvolva um raciocínio para descrever a regra de formação, que possa descrever toda sequencia em seu padrão. Este tipo de atividade busca uma resposta simples, mas que para o aluno que ainda não teve contato com expressões algébricas, não é assim tão fácil. Pois a generalização não faz parte de seus conhecimentos é preciso adquiri-lo, é para isso uma introdução com expressões através de sequencias pode ajudá-los no entendimento e no desenvolvimento de seu raciocino para o entendimento destes tipos de problemas. Um modelo para resposta satisfatória a questão é apresentado na figura abaixo. Figura 6 – Resolução da atividade 2. Para a resolução deste exercício, os alunos pareciam estar mais familiarizados com o assunto e até mesmo associavam as figuras à construção de um muro com tijolos. Desta forma o objetivo da atividade foi atingido e estimulou o senso de observação dos alunos, que acabaram se superando em suas outras dificuldades matemática. Os resultados alcançados nesta atividade foram satisfatórios, com 12 (doze) alunos resolvendo corretamente, e os demais alunos com muito poucos erros de interpretação. Ao identificarem na sequência qual a figura que não pertencia a ela, os alunos conseguiram entender o mecanismo de construção da série e com isto formular novos conceitos que lhes ajudaram na resolução da atividade. Outro fator determinante para o bom resultado foi ter trabalhado com os elementos visíveis da sequência. Com relação às demais respostas, destacamos a seguinte análise. 32 Quantidade Alunos Porcentagem Acertos 4 3 2 1 0 Total 4% 12 48 % 07 28 % 05 20 % 01 04 % 00 00 % 25 100 % Atividade com 4 Soluções 0% 20% 48% 28% Figura 2 - Atividade 2. A atividade promoveu o desenvolvimento do pensamento algébrico, e também podemos percebermos que ela despertou o espírito de observação e o raciocínio logico, sendo isto essencial para as conclusões e formulações dos conceitos matemáticos que a atividade necessitava. 3.2.3 Atividade 3 A próxima atividade gera uma sequência numérica formada por quadrados perfeitos, por meio de uma aglomeração de triângulos. Nesta atividade o aluno era estimulado a completá-la, diferentemente da atividade anterior que o estimulava a identificar o elemento não pertencente à sequência. 3-) Observe a sequência de triângulos e construa a que está faltando que completa a série da sequência. A seguir responda as questões apresentadas. 1 2 3 4 5 a) Qual será o número de triângulos da próxima figura da série dada? b) Quantos triângulos possuem a figura 4 da série da sequência acima? c) Dê sua opinião, se em vez de usar triângulos seria melhor usar outro símbolo para melhor compreender a sequência desta atividade. Figura 7- Atividade 3. Tendo em vista que falta um elemento da sequência, procuramos investigar o modo de observação dos alunos para que individualmente e indutivamente possam construir a regra 33 que descreve a sequência. Além disso, a partir deste entendimento, os questionamos sobre outra escolha de figura geométrica. Nesta atividade, buscamos fortalecer o conhecimento já adquirido pelo aluno, através de uma construção espacial, por isso apresentamos círculos em uma sequencia par, que envolve a aritmética, e a geometria e os conhecimentos já adquiridos pelo aluno, em sala ou pela própria percepção da realidade. Esta atividade tem a intenção de fortalecer seus conceitos e estimulá-lo a adquirir um pensamento algébrico. Figura 8- Resolução da atividade 3. Embora a atividade não questione a regra de formação da sequência, ela sugere a regra . Somente oito alunos conseguiram resolver e expressar suas ideias de forma correta e satisfatória nesta atividade. Notamos que em algumas situações os alunos multiplicaram por três o números 4 obtendo 12 triângulos. Julgamos que tal procedimento esteja associado a figura triangular. Além disso, destacamos que no item C não encontramos respostas que nos trouxessem material para análise. Em verdade, buscávamos que por ventura pudessem estabelecer algumas comparações, como por exemplo, se considerássemos quadriculados ao invés de formas triangulares. Com isso, apresentamos os resultados da atividade. 34 Quantidade Acertos Alunos Porcentagem 4 08 32 % 3 05 20 % 2 06 24 % 1 05 20 % 0 01 04 % Total 25 100 % Atividade com 3 Soluções 4% 20% 32% 24% 20% Figura 3 - Atividade 3. Com uma observação gráfica, percebemos uma média de acerto interessante e aceitável, por outro lado gostaríamos de destacar que estes alunos ainda não tiverem nenhum contato se quer com expressões algébricas, desta forma esse resultado pode ser considerado razoável, é que essa atividade contribuiu de certa forma para esse desenvolvimento, através das formulações dos conceitos e das expressões e suas generalizações. 3.2.4 Atividade 4. A construção e elaboração desta atividade esta voltada a sequências com padrões geométricos circulares, os quais se associam aos conceitos já adquiridos anteriormente pelos alunos de formação numeral de números pares e impares. Ao pedirmos a construção de uma sequência com padrões geométricos em forma de círculos, temos a intenção de fazer com que os conceitos espaciais adquiridos por eles se manifestem em suas conclusões e respostas. 4 - ) Construa uma série de números pares de 2 a 10 com círculos. a) Quantos círculos possuirá a sequência se continuasse ao atingir a sexta sequência desta série? b) Se a sequência fosse ímpar quantos círculos possuiria o terceiro elemento da série? c) Descreva o que você conseguiu entender nesta atividade. Figura 9 - Atividade 4. Quando falamos em uma sequência composta por figuras em forma de círculos, buscamos estimular o aluno a relacionar o desconhecido com algo já conhecido por ele, neste 35 caso o círculo, objetivando o entendimento do processo sequencial por padrões geométricos, os quais serão apresentados através da construção da série, e estimular estes alunos para uma descrição de toda a sequência, a qual ele mesmo a construiu. Ao colocar a possibilidade do próprio aluno construir uma série, damos a ele a oportunidade de descrever todo o conhecimento adquirido dentro do processo, onde em seu desenvolvimento ele nos fornecera o grau de conhecimento adquirido por ele, e como estes conceitos se estabelecem no desenvolvimento dos pensamentos algébricos. Figura 10 - Resolução da atividade 4. Em uma análise detalhada desta atividade, obtivemos 15 alunos que a desenvolveram de forma clara e correta, os quais conseguiram se expressar de acordo com rigores e condições que esperávamos para esta atividade. Também podemos perceber que estes alunos possuem um conhecimento em relação aos conceitos numéricos, os quais sabem diferenciar os números pares dos números ímpares. Em suas manipulações e procedimentos descreveram o processo de forma satisfatória, pertinentes a um entendimento sequencial os quais são necessários para o desenvolvimento e aprendizado. A regularidade nesta atividade apareceu de forma natural através do entendimento do próprio aluno, o qual a construiu através da uma regra de formação representada por (n+2), onde encontramos em suas descrições e respostas, as noções de percepção necessárias a construção dos conhecimentos algébricos. 36 Quantidade Acertos Alunos Porcentagem 4 15 60 % 3 06 24 % 2 02 08 % 1 01 04 % 0 01 04 % Total 25 100 % Atividade com 4 Soluções 8% 4% 4% 60% 24% Figura 4 - Atividade 4. O gráfico dessa atividade nos remete a uma analise já descrita anteriormente; que esta atividade atingiu seu objetivo, por ser mais simples e com conceitos e conhecimento já adquirido pelos alunos. Onde houve um entendimento quase generalizado pelos alunos dos procedimentos e métodos adequados para descrever e construir a série de acordo com o esperado, percebemos em suas formulações e generalizações, que as variáveis se apresentaram através da construção prática adquirida e um raciocínio lógico. 3.2.5 Atividade 5. Nesta atividade as manipulações algébricas se apresentam em forma de agrupamentos de quadros, objetivando formular opiniões a extrair o conhecimento adquirido em busca da construção do saber algébrico. As formas geométricas agrupadas para formar outra forma, provoca uma ilusão visual no aluno, o qual se depara com uma realidade, onde tudo se transforma, e esta transformação provoca um conhecimento, onde a percepção e observação se apresentam, o qual ajuda a construir novos conceitos e estimular a curiosidade e apresentar uma solução. 37 5 - )Na série a seguir identifique qual é a sua sequência. 1 2 3 4 a) Quantos quadrados fazem parte do sexto elemento da série? b) Construa o próximo elemento pertencente à sequência de serie acima. c) Escreva com suas palavras o que você entendeu de sequência e séries. Figura 11 - Atividade 5. A generalização surge para auxiliar no reconhecimento de padrões, esta atividade exploratória tem com finalidade de fazer com que o aluno identifique através do raciocínio as propriedades das relações que estão contidas nela, para formular conceitos de proporcionalidade, sendo este aspecto essencial no desenvolvimento do pensamento algébrico. A identificação se faz presente nas relações praticas onde o aluno descreve através de um conhecimento o entendimento relacionado a algo que o estimula, desta forma esta sequencia pretende provocar no aluno um sentido de organização, adaptando os conceitos a o qual ele já possui a novos adquiridos. Para fortalecer e dar sustentação a pratica desta atividade aqui proposta nos baseou em uma visão conclusiva e descrita conforme segue: Nesta atividade buscamos trabalhar novamente um conceito diferenciado de percepção de cunho algébrico de generalização e observação, igualmente a já trabalhada na atividade 2, consideramos esta atividade bem mais difícil que as demais aplicadas. 38 Figura 12 - Resolução da atividade 5. O objetivo de criar uma dificuldade maior para os alunos, através desta atividade faz com que nos possibilite um melhor entendimento de como se da à construção dos conhecimentos nestes alunos. Apresentamos algo que parece fácil mais que tem uma lei de formação bem mais elaborada de difícil percepção, principalmente para estes alunos que se quer ainda trabalharam estes conceitos e procedimentos, que tem uma lei de formação sequencial dada por, ( ). Nesta atividade cinco alunos nos surpreenderam a o responder de forma satisfatória devido a grande grau de dificuldade que esta atividade possui. Além disto, podemos dizer que muitos não conseguiram resolver de forma correta, sendo este resultado o qual nos mostra que realmente houve um entendimento por partes dos alunos do que é uma sequência com padrões geométricos. Podemos destacar que esta atividade fez com que o aluno estimulasse o seu pensamento para chegar a uma resposta, independentemente da qual ela seja, assim concluímos que ela atingiu o objetivo inicial do pesquisador, que e de estimular o aluno a pensar para construir um conhecimento. Acertos 3 2 1 0 Total Quantidade Alunos Porcentagem 05 20 % 06 24 % 09 36 % 05 20 % 25 100 % Atividade com 3 soluções Figura 5 - Atividade 5. 0% 0 20% 20% 3 24% 1 36% 2 39 Claramente este gráfico nos remete a situação criada ao elaborar esta atividade, um grau de dificuldade maior, mais com um resultado significativo para o entendimento e conclusão desta pesquisa. Poucos alunos não conseguiram desenvolver a atividade, com uma grande parte desenvolvendo de forma adequada aos conceitos algébricos. Alguns resultados apareceram de formal natural, os conceitos apresentados foram conclusivos para este pesquisador poder afirmar que houve a aquisição de um conhecimento através deste procedimento metodológico, o qual pode ser ainda mais expressivo quando aliado a aprendizagem dos conceitos aritmética. 3.2.6 Atividade 6. A proposta inicial desta atividade de buscar conhecimento do aluno um senso crítico e de noções espaciais, aliados as os conceitos geométricos, apresentado através de um agrupamento de círculos formando um quadrado. Para levá-lo a um relacionamento organizacional na construção de conceitos e procedimentos matemáticos formulados para a obtenção dos resultados de cunho algébrico. . 6 - ) Ordene esta sequência corretamente. 1 2 3 4 5 a) Quantos círculos possui o terceiro elemento da série, depois de ordenada corretamente? b) Podemos observar e responder se esta série é uma série de quadrados perfeitos, apesar de ela ser construída com círculos? c) O que são sequência de números naturais, dê um exemplo de sequência dos números naturais escreva-os até o número 12. Figura 13 - Atividade 6. 40 Intencionalmente estimulamos o aluno a encontrar uma resposta, para que desta forma possamos entender os efeitos prévios adquiridos, as razões e proporções de conhecimento que a atividade promoveu dentro de um entendimento abstrato e matemático. Figura 14 - Resolução da atividade 6. As noções de espaço e lógica numérica formularam os conceitos proposto na série, onde os conhecimentos geométricos se fizeram necessários para a construção e formular uma resposta. Sendo que 11 (onze) alunos conseguiram realizá-la de forma correta, e as demais respostas se aproximaram de uma solução razoável para a atividade. Como inicialmente esperávamos esta atividade apresentou e extraiu destes alunos os conceitos de generalização que a série desejava, e realizou o entendimento dos conceitos algébricos. E estimulou-os na busca de uma solução, onde estes alunos conseguiram na sua maioria entender os procedimentos e o mecanismo de resolução ocultos na atividade. Acertos 4 3 2 1 0 Total Quantidade Alunos Porcentagem 11 44 % 03 12 % 06 24 % 01 04 % 04 16 % 25 100 % Atividade com 4 Soluções Figura 6 - Atividade 6. 16% 4% 44% 24% 12% 41 Em um olhar mais observador podemos afirmar que esta atividade faz com que o aluno desenvolva o raciocínio logico, e desta forma contribuiu na aquisição de novos conhecimentos para o aluno. E surtiu efeitos desejado, onde tivemos um bom percentual de acertos, com 11 (onze) alunos resolvendo de acordo com o esperado. Ao destacar que estes resultados são satisfatórios, afirmamos também que esta atividade promoveu uma construção proporcional considerável nos conhecimentos destes alunos, e estes conceitos adquiridos os levam a uma visão critica de cunho algébrico. Destacamos que este tipo de atividade apresenta um significado, que realmente pode ser trabalhada em sala de aula, para que os alunos adquiram um conhecimento voltado aos conceitos algébrico necessário para construir as noções de generalizações próprias, para a introdução das equações de primeiro grau. 3.2.7 Atividade 7 Ao formularmos esta questão, pretendemos extrair e saber o que realmente os alunos entenderam sobre sequências com padrões geométricos. Tal atividade induz o aluno a construir uma série. 7 - ) Construa uma série de sequência com máximo de 8 elementos com padrões geométricos de sua escolha. a) O que você entende por padrão Geométrico? b) Para você o que é uma sequência? Descreva de acordo com o seu entendimento. c) O que você achou destas atividades, é mais fácil usar objetos geométricos de que símbolos e letras para entender o pensamento algébrico. Figura 15 - Atividade 7. De acordo com as características e procedimentos didáticos elaboramos esta atividade, visando uma solução que seja construída pelo próprio aluno, o qual construirá e se expressará de acordo com o aprendizado adquirido dentro de todo o processo investigativo. 42 Figura 16 - Resolução da atividade 7. Podemos aqui confirmar o que havíamos observado anteriormente que a figura geométrica preferida pelos alunos e o círculo, ou seja, bolinhas, a maioria descreveu a serie com este padrão, mas poucos atingiram objetivo de resolver e se expressar corretamente, onde apenas 5 (cinco) alunos conseguiram chegar a uma resposta adequada para o que se pedia na atividade. A atividade lógica tem o objetivo de contribuir para a formação do individuo, desta forma estimula o individuo a criar ferramentas e mecanismos indispensáveis na resolução de problemas. É claro que a variação de respostas está ligada a diferenças de aprendizagem de cada individuo, sua construção de conhecimento, seu tempo de aprendizagem, e isto faz com que cada um adquira uma organização diferenciada nos seus pensamentos e ideias, para os conceitos e assimilações de fórmulas das expressões que envolvem a aritmética e a álgebra e suas generalizações. As respostas dos alunos para esta atividade, quando perguntamos a eles o que eles entendiam por padrões geométricos, nos confirmam a forma de pensamentos distintos de cada um deles, pois tivemos algumas respostas bem simples como são padrões de figuras, ou ainda de formas geométricas, ou círculos e outras formas geométricas, ou apenas figura. Assim 43 quando analisamos podemos perceber que até as respostas que se semelhantes contém alguma coisa que as diferenciam das outras. Para eles o entendimento de sequência, é alguma coisa que vem depois da outra, ou um numero após o outro que segue uma regra de formação, também encontramos algumas respostas bem sem sentidos como apenas números e letras, e outros que se quer escreveram algo sobre o que entende como sequência. Quando perguntamos o que eles acharam deste tipo de atividade, se para eles era mais fácil o entendimento através de sequências com padrões geométricos, obtemos algumas respostas bem contraditórias, para uns era mais fácil e para outro muito difícil e outros apenas escreveram que sim, sem dar uma opinião palpável sobre os que lhe foi pedido. Quantidade Acertos Alunos Porcentagem 4 05 20 % 3 10 40 % 2 05 20 % 1 01 04 % 0 04 16 % Total 25 100 % Atividade com 4 Soluções 16% 4% 20% 20% 40% Figura 7 – Atividade 7. O gráfico nos mostra que existe um aprendizado, o qual não é total, mas sim parcial, que este tipo de atividade promove e estimula para um aprendizado, e construído de forma clara pela observação. Ou ainda na organização de suas ideias para formular os conceitos e procedimentos, adquiridos pela pratica e relacionado a o espaço e a realidade a qual pertence, entre o concreto e o abstrato. Para fortalecer e dar sustentação as bases algébricas, onde o desenvolvimento destas atividades esta voltada para a construção do conhecimento, com a percepção das variáveis e a abstração matemática, as atividades aqui proposta tem o objetivo de formular uma visão conclusiva e descrita conforme segue: 44 Temos Lopes, et. al. (2006), o estimulo da aprendizagem se encontram em quatro estágios diferenciados, sendo eles: a capacidade, a lei do exercício ou da pratica, motivação e similaridade entre problemas resolvidos. Capacidade - esta teoria supõe que o comportamento do homem siga os princípios gerais do comportamento operante, isto é, da associação condicionada entre Estímulo e Resposta. Lei do exercício ou da prática – Os exercícios e a prática reforçam a aprendizagem. Motivação – A recompensa aumenta o estímulo à aprendizagem ao passo que a punição não tem nenhuma força enfraquecedora correspondente. A similaridade entre os problemas resolvidos - onde repetições favorecem o intuitivo e absorver com a transferência da aprendizagem. 3.3 Análise Geral do Desenvolvimento das Atividades. Em um analise geral podemos dizer que esta pesquisa atingiu os seus objetivos, que este tipo de atividade promove e desenvolve o senso critico e o raciocínio lógico, e faz com que o aluno adquira um conhecimento. Assim podemos concluir que quando forem sanados os problemas apresentados pelos alunos no desenvolvimento de cálculos aritméticos, especificamente os de divisão e multiplicação, os resultados poderão ser bem mais expressivos e significativos dos que os que aqui descrevemos e apresentamos. Deste modo podemos dizer que às vezes nem todos os alunos conseguiram dar uma resposta imediata, devido à falta de percepção as regularidades, ou mesmo das generalizações, por terem poucas oportunidades de trabalharem com estes tipos de conteúdos. Mas este é um dos mais importantes aspectos para o aprendizado, e desta forma provoca a curiosidade e estimula, promovendo o desenvolvimento do pensamento a um raciocínio lógico e algébrico. Concluímos que este tipo de atividade estimula o a aluno, o qual constrói as noções de espaços e faz com que haja uma reorganização em suas ideias, para novos procedimentos estruturais da realidade, e isto faz com que construa um conhecimento que os permitem a resolver problemas que estão inseridos em seu cotidiano. 45 O pensamento algébrico quando trabalhado desta forma, trás uma contribuição significativa ao conhecimento, onde o aluno esta conectado diretamente com a realidade e o espaço físico e social a qual pertence. Segundo Dante (1996), para avaliar a capacidade de raciocínio matemático do aluno, “é preciso verificar se ele identifica padrões, formula hipóteses e faz conjecturas. Por exemplo, peça que ele descubra como começaram e como continuam as sequências: É preciso verificar ainda se ele analisa situações para identificar propriedades comuns; e também se ele utiliza o raciocínio espacial ou proporcional para resolver problemas”. Conforme descreve Dante (1996), a essência do conhecimento matemático são os conceitos, desta forma os alunos só poderão dar um significado á matemática se compreenderem tais conceitos e seus significados. Para uma melhor avaliação deste conhecimento através dos conceitos e suas compreensões é preciso que seja descritas pelos próprios alunos. Também podemos avaliar seus conhecimentos ao identificar se são capazes de visualizá-los e defini-los, e se conseguem identificar e produzir exemplos e contra exemplos, através de um modelo, com diagramas e símbolos, ou ainda representar seus conceitos; passando de uma forma de representação para outra, e reconhecer seus vários significados e suas interpretações para depois integrá-los. “A avaliação do conhecimento de procedimentos dos alunos deve indicar se são capazes de executar uma atividade matemática com confiança e eficiência; de justificar os passos de um procedimento, reconhecer se ele é adequado ou não a determinada situação e se funciona ou não; e, sobretudo, se são capazes de criar novos procedimentos corretos e simples”. (DANTE 1996 p.21). Gostariamos de destacar que os resultados aqui apresentados não foram o esperado inicialmente, mais que foram capazes de ciar novos procedimentos. E por outro lado destacar que também atingimos o objetivo principal, de promover e desenvolver o pensamento algébrico em uma turma do sétimo ano do ensino fundamental, e os resultados aqui apresentados nos fortalece para que possamos formular novos conceitos, e se expressar de uma forma critica, pelas observações e a pratica pedagógica. Criando noções de espaço nestes alunos, promovendo e incentivado a um desenvolvimento algébrico que lhes possibilitará o entendimento das equações de primeiro grau através desta introdução de sequências apresentada neste trabalho. 46 IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a realização e observação dos dados extraídos durante as aulas e na aplicação das atividades propostas aos alunos do 7º ano A do Centro Educacional “Lindolfo José Trierweiller”, podemos afirmar que foi de grande valia e que promoveu o entendimento e despertou a potencialidade dos alunos, durante as atividades onde o raciocínio lógico e geométrico, despertam a criatividade e o raciocínio, com tal objetivo, estes elementos são de suma importância para o processo de aprendizagem e resolução de problemas matemáticos de cunho algébricos; que envolve padrões e sequências que se fazem presentes no cotidiano de cada um destes alunos. Também percebemos que os alunos gostam de mudanças e forma diversificadas de metodologia para participarem da aula; no início da aula parecia que seria impossível controlá-los, onde todos faziam brincadeiras uns com outros estavam distraídos e desinteressados; mas aos pouco de acordo com a apresentação do conteúdo e no desenvolvimento da matéria, a participação foi melhorando e os alunos começaram a participar e a interagir, formulando perguntas e dando ideias e apresentando soluções mesmo antes de serem questionados. Ao analisar as atividades podemos dizer que foi muito gratificante participar desta atividade em sala de aula, vivenciar uma realidade de um professor no seu dia a dia. Pois além de ter um contato direto com os alunos, nesta sala havia dois alunos com deficiência; este fato possibilitou um grande aprendizado a este futuro professor, que adquiriu uma experiência, de como se entender e trabalhar com estes alunos, bem como também apresentar um resultado de analise de dados através da observação e das atividades. Quando passamos por essa experiência, nos deparamos com uma realidade da escola e do próprio aluno, suas dificuldades e necessidades do dia a dia, que nos faz refletir sobre as questões de ensino é aprendizagem qual será o caminho, assim nos perguntamos: algum dia seremos nós capazes de superar essas adversidades, quem vai conquistar este mundo cheio de diferenças e modificações a qual vive a educação, de que forma isto pode acontecer; qual será o nosso futuro como professor e educador, em que o resultado desta pesquisa que realizamos pode contribuir com a educação, qual a melhor forma metodológica para que a educação não seja apenas um sonho, mas sim que ela se torne uma possível realidade. 47 REFERÊNCIAIS BARBOSA, Walmir de Albuquerque, et. al, Metodologia da Pesquisa: Educação Matemática, 5ª edição, Manaus-AM: UEA, 2008. BICUDO, Maria Aparecida Viggiani, Pesquisa em Educação Matemática: concepções e Perspectivas, São Paulo-SP: Unesp, 1999. 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Porto Alegre-RS: Editora BOOKMANN 2010. 50 APÊNDICE I ATIVIDADES DE APLICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA Acadêmico. Carlos Antônio Serafim. Orientadora. Prof.ª: Ma. Chiara Maria Seidel Luciano Dias 1 - ) Na sequência abaixo vamos observar e relacionar a posição com quantidade de pontos que ele apresenta: POSIÇÃO 1 POSIÇÃO 2 POSIÇÃO 3 a) Registre a sequência, utilizando uma tabela do tipo abaixo. Posição nº 1 nº 2 nº 3 Quantidade de pontos 3 6 9 POSIÇÃO 4 nº 4 nº 5 b) Qual será o número de pontos da posição 8. Tente descobrir sem completar a sequência. E qual é o da posição 10. c) Escreva uma expressão e uma frase que representem o número de pontos de um cartão numa posição n qualquer. 2 - ) Identifique a figura construída por retângulos que não pertence à sequência da série dada. 1 2 3 4 a) Quantos retângulos possuirá a próxima figura da série. 5 b) Qual será a quantidade de retângulos que deveria conter a figura 4. c) Quantos retângulos possui a figura que contém 3 retângulos em sua base. 51 3 - ) Observe a sequência de triângulos e construa a que esta faltando que completa a série da sequência. 1 2 3 4 a) Qual será o numero de triângulos da próxima figura da série dada. 5 b) Quantos triângulos possuem a figura 4 da série da sequencia acima. c) De sua opinião, se em vez de usar triângulos seria melhor usar outro símbolo para melhor compreender a sequência desta atividade. 4 - ) Construa uma série de números pares de 2 a 10 com círculos. a) Quanto círculo possuirá a sequencia se continuasse ao atingir a sexta sequencia desta série. b) Se a sequência fosse impar quantos circulo possuiria o terceiro elemento da série. c) Descreva o que você conseguiu entender nesta atividade. 5 - ) Na série a seguir identifique qual é a sua sequência. 1 2 3 4 a) Quantos quadrados fazem parte do sexto elemento da série. b) Construa o próximo elemento pertencente a sequência de série acima. c) Escreva com suas palavras o que você entendeu de sequência e séries. 52 6-) Ordene esta sequência corretamente. 1 2 3 4 5 a) Quantos círculos possuem o terceiro elemento da série, depois de ordenada corretamente. b) Podemos observar e responder se esta série é uma serie de quadrados perfeitos, apesar de ela ser construída com círculos. c) O que são sequências de números naturais, de um exemplo de sequência dos números naturais escreva-os até o número 12. 7 - ) Construa uma série de sequência com máximo de 8 elementos com padrões geométricos de sua escolha. a) O que você entende por padrão Geométrico. b) Para você o que é uma sequência. Descreva de acordo com o seu entendimento. c) O que você achou destas atividades, é mais fácil usar objetos geométricos de que símbolos e letras para entender o pensamento algébrico. 53 APÊNDICE II FICHA DE OBSERVAÇÃO DOS ALUNOS - TURMA 7º ANO “A” 1) Qual o comportamento dos alunos em relação à formação da sequência da atividade 1 houve discussão sobre a regra de formação desta atividade. ( ) sim ( ) não Observações: 2) Eles Relacionaram as figuras em forma de bolinha de acordo com a regra estabelecidas na formação das mesmas? ( ) sim ( ) não Observações: 3) Como eles se comportaram com a atividade 2, eles conseguiram identificar rapidamente qual figura não pertencia a sequencia? ( ) sim ( ) não Observações: 4) Utilizaram os conceitos de formação para encontrar os valores pedidos na atividade? ( ) sim ( ) não Observações: 5) Eles perceberam que a formação da sequencia embora seja de triangulas é uma formação de quadrados perfeitos? ( ) sim ( ) não Observações: 6) Houve discussão na hora de formarem a sua opinião para saber qual seria a melhor formação de figura geométrica? ( ) sim ( ) não Observações: 7) Na atividade 4, qual o comportamento dos alunos teve muita dificuldade para formarem a sequencia de números pares de 2 a 10 com círculos? ( ) sim ( ) não Observações: 8) Esta atividade atingiu o objetivo principal que era de despertar a curiosidade dos alunos ao trocar a sequencia de impar para par? ( ) sim ( ) não Observações: 9) Utilizaram os conceitos para resolver a atividade 5, para responderem o que eles entenderam dela? ( ) sim ( ) não Observações: 10) Perceberam qual a relação de dependência entra a posição que cada figura ocupa na sequencia para colocá-las em ordem? ( ) sim ( ) não Observações: 54 11) Quanto ao conceito de números naturais, como eles realizaram a tarefa, houve dificuldades para realizá-la? ( ) sim ( ) não Observações: 12) Na hora da escolha da figura geométrica para compor a serie que eles criaram, houve influencias dos colegas para a escolha? ( ) sim ( ) não Observações: 13) Os conceitos de padrões geométricos apresentados por eles correspondem foi satisfatória? ( ) sim ( ) não Observações: 14) De acordo com as suas respostas individuas, é possível dizer que houve um aprendizado? ( ) sim ( ) não Observações: 15) Como ocorreu o aprendizado, foi de forma natural de acordo com a sequência e séries dos padrões geométricos? ( ) sim ( ) não Observações: