Fundada a 23 de Abril de 1955, a Associação Desportiva do Fundão (A.D.F.) nasceu da
fusão do Sporting, do Benfica do Fundão e do
Hóquei Clube do Fundão. As três agremiações
juntaram-se com o objetivo de formar um único
clube na cidade que as acolhia e com todas as
modalidades que pretendiam ver desenvolvidas.
Com a sua fundação, uma nova era surgiu na vida
associativa fundanense. Servir o Fundão e o seu
concelho foi o ideal que inspirou os fundadores e
tem sido constante de dirigentes e associados.
Entusiasmo, trabalho coletivo, amor ao clube e ao
Fundão estiveram na base de muitos êxitos
alcançados ao longo dos anos.
Conforme é referido no site do clube, desde então há vários sucessos a relembrar,
nomeadamente: “o funcionamento das escolas de natação; os festivais que trouxeram
alguns dos melhores nadadores do país à Piscina Municipal, onde se bateram recordes
nacionais; as revelações que foram alguns jovens fundanenses em provas regionais e
nacionais; a realização, no Parque Desportivo, de uma Final da Taça de Portugal em
Basquetebol, como reconhecimento do trabalho feito nesta modalidade no Fundão; a
realização, no Pavilhão Municipal, da Final Four da Taça de Portugal em Futsal, em
Junho de 2003; os cursos de educação física e iniciação desportiva; a magnífica época
realizada pela equipa de Futsal, que culminou com a subida à I Divisão Nacional, em
2006; os momentos altos do Atletismo, Ciclismo, Voleibol, Andebol, Judo, Hóquei em
Patins, Futebol, Ténis de Mesa, etc., modalidades em que, mesmo no aspeto
competitivo, se atingiram níveis apreciáveis. No domínio da cultura e recreio, a A.D.F.,
afirmou-se não só pela sua biblioteca, palestras, colóquios, exposições, aulas de
música e canto coral, como ainda pela banda, festas populares, convívios e secções
várias. Algumas destas atividades conheceram momentos altos e, também, de crise.
Importante e urgente se torna recuperar algumas e estimular e fomentar outras. Os
amigos da Desportiva não faltam na hora própria. Tudo farão, decerto, para ajudar a
manter e ampliar, no interesse coletivo, a obra válida que a agremiação tem já a seu
crédito. Nada é impossível com o empenho de todos e a cooperação permanente dos
fundanenses”.
Apesar de fundada em 1955, a modalidade “Futsal”, agora a “menina dos olhos” do
clube, foi introduzida na Desportiva apenas por volta de 1997. Tendo como símbolos
as armas da cidade do Fundão e as cores grenat e preto, atualmente, a Associação
Desportiva do Fundão constitui o grande
representante da Beira Interior no campeonato
nacional de futsal, fruto do trabalho que, com muito
esforço e alento, foi desenvolvido por dirigentes,
jogadores, massa associativa do clube e demais
entidades envolvidas. Apesar da crise global, esta
associação e a cidade do Fundão teimam em
permanecer ligadas à prova mãe do futsal português.
A Desportiva do Fundão é, pois, a prova de que sem
grandes fundos também é possível formar grandes
equipas. A dedicação, o esforço, o trabalho, a força
de vontade e a sede de vencer e fazer sempre melhor
pela cidade e pela região são, esses sim, os grandes motores deste projeto.
A Desportiva iniciou o seu percurso no futsal português pelo Campeonato Distrital da
Associação de Futebol de Castelo Branco, tendo, na temporada 2000/2001,
arrecadado o 1º lugar. Durante
as 3 épocas seguintes, disputou
o Campeonato Nacional da 3ª
Divisão – Série B e, em
2003/2004, ascende à II Divisão
– Série B.
Após mais duas temporadas
na 2ª Divisão, a Desportiva sobe
à I Divisão, em 2005/2006. As duas primeiras épocas na I Divisão foram
particularmente difíceis. No entanto, a manutenção acabou sempre por ser alcançada.
Em 2008/2009, a Desportiva atinge o Play-Off pela primeira vez (caindo depois frente à
poderosa Fundação Jorge Antunes), voltando a repetir a proeza no ano seguinte, desta
feita eliminada frente ao Benfica.
O grande obreiro desta ascensão vertiginosa da Desportiva, da distrital à I Divisão, foi
o Professor José Luís, na altura um dos poucos
técnicos portugueses de nível IV. Fruto de todo o
seu sucesso e como reconhecimento das suas
capacidades, o Prof. José Luís foi convidado para
adjunto de Jorge Braz na Seleção Nacional Portuguesa, função que atualmente
desempenha.
O seu sucessor seria o seu ex. adjunto, o
Professor Joel Rocha, atual técnico do plantel
sénior. Na temporada transata, dando
sequência ao trabalho desenvolvido pelo seu
antecessor, acabou por superá-lo ao atingir as
meias-finais do Play-Off. Caiu depois aos pés do
Sporting que acabaria por se sagrar campeão
nacional. Joel Rocha destaca-se pela sua
capacidade de liderança, competência e profundo conhecimento da modalidade e de
todas as suas vertentes. É também um excelente orador e, desde que se tornou o
técnico principal da Desportiva, tem marcado presença em colóquios e palestras por
todo o país. Para além de ter sido adjunto do Prof. José Luís, Joel Rocha, em anos
anteriores, orientou a equipa de juvenis da A.C.D. Carapalha e da A.D.F., os juniores da
A.D.F. e as equipas de futsal feminino da A.D.F. e da Associação Desportiva da Estação.
Com 30 anos, é o técnico mais jovem da I divisão.
Poderíamos destacar vários momentos gloriosos deste percurso que a Desportiva
tem traçado mas aquele que assume maior
preponderância é, indubitavelmente, o jogo
com o Belenenses, temporada 2010/2011, que
possibilitou ao clube disputar a meia-final do
Play-off. No Restelo, o golo da vitória surgiu a
menos de 1 minuto do fim do prolongamento
por intermédio de Josiel Pereira. As subidas de
divisão e as vitórias obtidas frente a Benfica e
Sporting (pelo que estes clubes representam no
panorama nacional e internacional da modalidade) são também motivo de orgulho.
Jogadores e técnicos vão e vêm mas, ainda assim, em todas as temporadas da
Desportiva encontramos um denominador comum. Falamos, pois claro, do Presidente
António Angeja (ex. professor de matemática na
Escola Secundária do Fundão) que procurou
sempre tomar as melhores decisões em prol do
clube. Já com mais de 60 anos, passatempos tem
apenas um: a Associação Desportiva do Fundão,
onde passa a maior parte do tempo e onde
emprega todo o seu dinamismo. O trabalho que
o Prof. António Angeja vem desenvolvendo há já mais de 15 anos é, assim, de um valor
incalculável para o clube, para a cidade e para a região.
Há, porém, um jogador que merece destaque em relação aos
demais. Referimo-nos ao capitão Nuno Couto que se juntou ao
clube quando este ainda militava na III Divisão. Manteve-se
sempre fiel à Desportiva, foi “peça” basilar em todas as suas
temporadas e fez por merecer uma chamada à Seleção Nacional
Portuguesa que, ainda assim, nunca lhe foi concedida.
Por último, também sempre presente, está a massa adepta fundanense e a claque
Ultras Fundão. O maior critério de avaliação de uma claque deve passar pela sua
qualidade e não apenas pela sua
quantidade. É nesta matéria que a
pequena cidade do Fundão, com
pouco mais de dez mil habitantes, se
tem revelado enorme, ao prestar, em
todas as circunstâncias, incondicional
apoio à equipa. Porém, é necessário
mobilizar cada vez mais a população
fundanense em torno do clube para que seja possível atingir sucessos ainda maiores.
Historial
Séniores
Época
Competição
Classificação
2011/2012
2011/2012
2010/2011
2010/2011
2010/2011
2009/2010
2009/2010
2009/2010
2008/2009
2008/2009
2008/2009
2007/2008
2007/2008
2007/2008
2006/2007
2006/2007
2006/2007
2005/2006
2005/2006
2004/2005
2004/2005
2004/2005
2003/2004
Taça de Portugal
Campeonato Nacional da I Divisão
Taça de Portugal
Campeonato Nacional da I Divisão – Play-offs
Campeonato Nacional da I Divisão
Taça de Portugal
Campeonato Nacional da I Divisão – Play-offs
Campeonato Nacional da I Divisão
Taça de Portugal
Campeonato Nacional da I Divisão – Play-offs
Campeonato Nacional da I Divisão
Taça de Portugal
Campeonato Nacional da I Divisão – Play-out
Campeonato Nacional da I Divisão
Taça de Portugal
Campeonato Nacional da I Divisão – Play-out
Campeonato Nacional da I Divisão
Taça de Portugal
Campeonato Nacional da II Divisão – Série B
Taça de Portugal
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Campeonato Nacional da II Divisão – Série B
Campeonato Nacional da III Divisão – A.
Campeão
Campeonato Nacional da III Divisão – Série B
Taça de Portugal
Campeonato Nacional da III Divisão – Série B
Campeonato Nacional da III Divisão – Série B
Taça de Portugal
Campeonato Distrital A.F.C.B.
4ª eliminatória
8º
3ª eliminatória
Meia-final
6º
2ª eliminatória
Quartos-final
6º
3ª eliminatória
Quartos-final
7º
3ª eliminatória
1º
10º
Oitavos-final
2º
10º
Oitavos-final
1º
2ª eliminatória
5º
5º
3º
2003/2004
2002/2003
2002/2003
2001/2002
2001/2002
2000/2001
1º
1ª eliminatória
6º
4º
2ª eliminatória
1º
Séniores Femininos
Época
Competição
Classificação
2008/2009
2008/2009
2008/2009
2007/2008
2007/2008
2007/2008
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça da AFCB
Taça Nacional - 1ª Fase
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça da AFCB
Taça Nacional - 1ª Fase
1º
1º
2º
1º
1º
2º
Juniores
Época
Competição
Classificação
2011/2012
2010/2011
2010/2011
2009/2010
2009/2010
2009/2010
2008/2009
2008/2009
2006/2007
2006/2007
2005/2006
2005/2006
2004/2005
2003/2004
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça AFCB
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça Nacional - 1ª Fase
Taça AFCB
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça AFCB
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça Nacional
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça Nacional – 1ª Fase
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Campeonato Distrital A.F.C.B.
1º
1ª eliminatória
2º
5º
1ª eliminatória
1º
1ª eliminatória
4º
Meias-finais
1º
3º
1º
4º
5º
Juvenis
Época
Competição
Classificação
2010/2011
2009/2010
2009/2010
2009/2010
2007/2008
2007/2008
2003/2004
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça da AFCB
Taça Nacional - 1ª Fase
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça da AFCB
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Meias-finais
1º
1º
3º
4º
1ª eliminatória
6º
Iniciados
Época
Competição
Classificação
2010/2011
2009/2010
2009/2010
2008/2009
2008/2009
2007/2008
2007/2008
2006/2007
2005/2006
Encontros Desportivos
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça da AFCB
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça da AFCB
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Taça da AFCB
Campeonato Distrital A.F.C.B.
Campeonato Distrital A.F.C.B.
3º
Finalista vencido
1º
1º
1º
1º
1º
3º
Escolinhas
Época
Competição
Classificação
2003 a 2012
Encontros Desportivos
-
Nos dias que correm, a Associação Desportiva do Fundão constitui um clube de
referência, respeitado e consolidado a nível regional e nacional, que vem recolhendo
elogios de vários críticos e especialistas, bem como dos dirigentes das mais
importantes formações do nosso futsal. É símbolo de que no Interior, na Beira Baixa e,
mais especificamente, na cidade do Fundão
também há valor e potencial por explorar ao qual,
na maioria das vezes, não é dada a devida
importância. A equipa disputa a I Divisão e, este
ano, tem já garantida a manutenção e nova
presença no Play-Off.
O clube está sediado na cidade do Fundão
(distrito de Castelo Branco), em plena Cova da
Beira, entre a Serra da Gardunha e a Serra da
Estrela. A “terra da cereja”, como é conhecida,
possui pouco mais de dez mil habitantes.
Ao nível das infraestruturas, a Desportiva conta
com uma sede, renovada há alguns anos, que,
para além de local de convívio e realização de
diversas atividades, proporciona excelentes
condições de alojamento a alguns jogadores do
clube, e com o Pavilhão da Associação Desportiva do Fundão, localizado nas traseiras
da referida sede. Ainda assim, os jogos do campeonato
são disputados no Pavilhão Municipal do Fundão (agora
denominado “Pavilhão Francisco José Tavares, em
honra ao falecido com o mesmo nome que esteve
durante muitos anos ligado ao desporto na cidade do
Fundão). Inaugurado a 23 de Fevereiro de 2000 pelo
então ministro Adjunto Dr. Fernando Gomes, o Pavilhão
Municipal do Fundão tem capacidade para
acolher 1056 pessoas. Possuí seis balneários
e uma área total de 1500 m2 de madeira
flutuante no piso 1, e um leque amplo de
salas desportivas no piso 0. Devido às
excelentes condições que oferece, o Pavilhão
tem vindo a ser utilizado na realização de
grandes eventos tais como as meias-finais do
32.º Campeonato da Europa de Basquetebol (2000), Campeonato do Mundo de
Andebol Universitário (2001), Final Four da Taça de Portugal de Futsal (2003), Final da
Supertaça de Basquetebol (2004), II Futsal Nations Cup (2007), entre outros.
A Desportiva é ainda uma
associação que considera de
primeira
importância
o
desenvolvimento motor dos
jovens da sua cidade. Como tal,
ao escalão dos seniores soma-se
o das escolinhas, iniciados,
juvenis e juniores. Alguns atletas
da
formação
são
ainda
integrados no plantel sénior, o
que reflete, precisamente, a importância dada à formação pelo clube. Além disto, os
escolinhas chegam até, frequentemente, a realizar entre si uma pequena partida no
intervalo dos jogos do plantel sénior.
A única claque organizada do clube dá pelo nome
de “Ultras Fundão” e esta trata de apoiar,
efusivamente, os jogadores da Desportiva, jogo
após jogo. “Armados” de bandeiras, tarjas e
cartazes e recitando vários cânticos que
entusiasmam a equipa, este grupo, com sede na rua
Haapsalu, é constituído por cerca de 40 jovens.
A Associação Desportiva do Fundão distingue-se
também nos meios de comunicação social. A
Desportiva é o único clube da 1ª Divisão que dispõe
de uma rádio que relata os seus jogos, sejam eles no
Fundão ou fora de portas: a Rádio Cova da Beira
(R.C.B.). Esta rádio e os seus profissionais têm, sem
dúvida, realizado um trabalho notável na promoção
do clube e da modalidade na região e no país.
No que diz respeito à política de contratações para o plantel sénior, os dirigentes da
Desportiva têm, com notável sucesso, apostado no mercado brasileiro. No entanto,
nesta temporada assistiu-se a uma
inversão deste processo, com a
contratação de dois internacionais
portugueses e de outros jogadores do
campeonato português, o que constitui
uma alteração que consideramos
francamente positiva. De acordo com
António Angeja, uma das grandes
dificuldades na contratação de atletas prende-se com a interioridade em que o Fundão
ainda está inserido. Alguns jogadores preferem ficar nos grandes centros, em vez de
integrarem o plantel do clube fundanense.
Como é do conhecimento geral, a crise global tem afetado de forma muito
significativa os clubes desportivos, impossibilitando-os de manter o mesmo volume de
despesas de anos anteriores. Como consequência deste fenómeno, várias formações
optaram por prescindir do seu plantel sénior. Obviamente, a Desportiva também não é
alheia à crise e, durante o último ano, imperaram problemas de cariz financeiro.
Felizmente, através dos apoios de algumas empresas, da Câmara Municipal do Fundão
e da criação de uma Comissão de Gestão (constituída por José Luís Adrião, Leal Martins,
Rui Quelhas e José Joaquim Ribeiro), foi possível manter a aposta no futsal fundanense.
Esta Comissão atua de forma autónoma - sem qualquer intervenção da direção
presidida por António Angeja – e, sobretudo através da colaboração do Eng.º José Luís
Adrião, suporta a maioria das despesas do clube. É ainda importante referir que para a
estabilidade financeira do clube contribuem os seus cerca de 500 sócios. A modalidade
tem crescido lentamente na região e a quantidade de equipas no distrito é ainda muito
baixa apesar dos clubes existentes estarem melhor organizados e os treinadores
melhor formados. Sem os apoios necessários será manifestamente impossível manter
o futsal em crescimento na região. É, por isso, essencial continuar a promover e
divulgar o futsal na Beira Interior e é igualmente importante que mais entidades se
associem e contribuam para o sucesso deste projeto.
HINO DO CLUBE:
ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir
ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir
ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF
E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF
Hoje somos apenas alguns a espalhar a nossa cor por aí
Ordeiros da nossa vontade lutamos pelo mesmo fim
Das fraquezas fazemos forças prá nossa bandeira levantar
E o nosso grito continua ADF, ADF a ganhar
E o nosso grito continua ADF, ADF a ganhar
ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir
ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir
ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF
E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF
Contra toda a adversidade disputamos a nossa glória
Porta-estandarte da Cova da Beira no desporto fazemos história
Das fraquezas fazemos forças prá nossa bandeira levantar
E o nosso grito continua ADF, ADF a ganhar
E o nosso grito continua ADF, ADF a ganhar
ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir
ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir
ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF
E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF
ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir
ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir
ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF
E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF
ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir
ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir
ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF
E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF
Download do Hino
Época 2006/2007
Época 2007/2008
Época 2008/2009
Época 2009/2010
Época 2010/2011
Época 2011/2012
Jogadores
Stalone
Idade
32
Naturalidade
Covilhã
Posição
Clube anterior
Guarda-redes Sp. Covilhã
João Vala
24
Fonte Oleiro
Guarda-redes Cariense
Davide
26
Beça
Universal
Boticas
Couto
27
Fundão
Universal
AD Fundão
Ciro
21
Rio de
Janeiro
Fixo
Instituto D. João V
Lincon
26
Rio de
Janeiro
Fixo
Belenenses
Fixo/Ala
Guang Gu Guang
Ming
Josiel
24
Fortaleza
Tukinha
22
Rio
Janeiro
Mário
Freitas
22
Mogadouro
Ala
Sporting
Alex Silva
23
Belém do
Pará
Ala
ESMAC
Gonçalo
Carrola
24
Alcaria
Ala
Alcaria
Rui Pedro
20
Covilhã
Fixo/Ala
AD Fundão
Liléu
25
Fundão
Pivot
AD Fundão
de Ala
Instituto D. João V
Equipa Técnica
António Angeja
Cargo
Presidente
Luís Ramos
Diretor
José Luís Adrião
Comissão de Gestão
Rui Quelhas
Comissão de Gestão
Leal Martins
Comissão de Gestão
José Joaquim Ribeiro
Comissão de Gestão
Joel Rocha
Treinador
Dário Gaspar
Treinador Adjunto
Bruno Travassos
Treinador Adjunto
António Luís
Seccionista
José Virgílio
Seccionista
Ricardo Veríssimo
Seccionista
António Sousa
Enfermeiro
Vasco Rodrigo
Enfermeiro
Gabriel Fonseca
Enfermeiro
Outros elementos
Prof. Décio Gaspar
Cargo
Diretor de Formação
Hugo Dias
Treinador (Formação)
Paulo Pedroso
Treinador (Formação)
Carolina Almeida
Treinadora e Fisioterapeuta (Formação)
Bruno Robalo
Seccionista
José Batista
Seccionista
Júlio Diniz
Seccionista
Pontos (fase
regular)
Nº de jogos
Nº de vitórias
Nº de empates
Nº de derrotas
Vitórias em casa
Vitórias fora
Empates em casa
Empates fora
Derrotas em casa
Derrotas fora
Golos marcados
Golos sofridos
Média de golos
marcados por
época
Média de golos
sofridos por
época
2006/2007
2007/2008
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
TOTAL
25
27
36
40
41
34
203
31
10
6
15
4
6
5
1
7
8
104
109
-
31
10
8
13
5
5
5
3
5
8
92
96
-
29
11
6
12
7
4
3
3
4
8
78
84
-
29
12
7
8
7
5
3
4
4
6
82
74
-
31
16
2
13
10
6
1
1
4
9
106
75
-
26
10
4
11
5
5
3
1
5
6
73
72
-
177
69
33
72
38
31
19
14
29
45
541
516
90,2
-
-
-
-
-
-
86
Outros dados:
Maior vitória
Maior derrota
Melhor marcador de sempre
Max. de jogos sem perder
Nº de épocas na 1ª Divisão
Participações no Play-Out
Participações no Play-Off
Melhor classificação
***
AD Fundão 18-1 Alpendorada
AD Fundão 2-8 Benfica
Bruno César
8 (2008/2009)
6
2
4
6º lugar (fase regular) / Meias-finais do
Play-Off (2010/2011)
1. Quando e como começou a paixão pelo futsal?
Couto: Começou com a impossibilidade
de continuar a jogar futebol. Entrei para
a faculdade e deixei de ter
disponibilidade para continuar a jogar.
Depois disso, apareceu a hipótese de
treinar no Fundão, que na altura
disputava a 3ª divisão nacional e, na
época seguinte, integrei o plantel. A
partir desse momento nunca mais me
passou pela cabeça abandonar a
modalidade.
Davide: Tinha, na altura, 14 anos quando assisti a um jogo do G.D. Boticas da III divisão, jogo
esse que ditou a descida de divisão do clube da minha terra para os distritais de Vila Real. No
ano seguinte já fazia parte do plantel sénior do G.D. Boticas e, a partir dai, o futsal passou a
fazer parte importante da minha vida, sendo muitíssimo importante atualmente.
Lincon: Bom, a paixão começou bem cedo, com 6 anos.
Mário Freitas: A paixão pelo futsal começou desde muito cedo. Comecei a ganhar o tal
"bichinho" nos jogos entre amigos nos chamados ringues. A intensidade de jogo, o estar
constantemente em contacto com a bola ao contrário do que acontece no futebol de 11 fez
com que eu optasse por jogar esta fantástica modalidade.
Tukinha: Comecei no futsal aos 14 anos, mas a paixão começou aos 15 anos, quando fui para o
Fluminense (Brasil).
Alex Silva: A minha paixão pelo futsal começou aos 11 anos na escola, agora como não sei
explicar porque não me recordo. Já gostava de futebol mesmo antes de saber quem eu era, na
barriga da minha mãe (risos). Para além disto, toda a minha família é viciada no desporto
desde o meu pai aos meus tios, primos, avós, irmão…como podem ver não há maneira de me
fazer abandonar o mundo do desporto.
Ciro: A minha paixão pelo futsal começou aos 4 anos.
João Vala: Esta Paixão surgiu há cerca de 14 anos, quando comecei a praticar a modalidade no
clube Portomosense. A partir dessa época percebi logo que a posição em que adorava jogar
era a baliza. Desta forma, ao longo dos anos, fui trabalhando arduamente para cada
treino/jogo ser melhor, aproveitando todos os pequenos incentivos, quer da família quer dos
amigos que simpatizavam com a minha forma de encarar as situações. Fui crescendo como
pessoa e como jogador, até chegar ao nível atual.
2. Quem é, para si, o melhor jogador de futsal do mundo?
Couto: Não vejo o futsal como um desporto individual e sinceramente, neste momento, não
sou capaz de nomear nenhum jogador. Nomeio sim, seleções como a espanhola e italiana que
colocam todos os valores individuais ao serviço de um coletivo muito forte, capaz de anular
qualquer valor individual.
Davide: Quando via os jogos na televisão (muito poucos na altura) houve um jogador que se
tornou um dos meus ídolos na modalidade: o atual capitão da Seleção Nacional, Arnaldo
Pereira. O melhor? O brasileiro Schumacher.
Lincon: Para mim existem vários
jogadores
que
podem
ser
considerados melhores do mundo
mas como tenho que escolher um,
escolho o Shumacher do Interviú de
Espanha. É uma referência para mim.
Mário Freitas: Falcão. De momento
ainda penso que seja o melhor. Há
vários jogadores de grande nível e que
muito admiro, mas acho que ele ainda é o número 1. Felizmente para o Futsal Português
temos o Ricardinho que já esta a um grande nível, cada vez mais completo, estando muito
próximo do Falcão.
Tukinha: Falcão, por tudo que fez e continua a fazer no futsal Brasileiro.
Alex Silva: Poderia dizer vários jogadores que para mim são os melhores mas, apesar de já ter
uma idade avançada e pelo que o vi fazer, o Falcão continua a ser o melhor!
Ciro: Neste momento temos jogadores fantásticos como o Valdin, Ricardinho, Falcão, entre
outros. É difícil escolher um.
João Vala: Bem, no meu entender o melhor e o mais completo é sem dúvida o Falcão.
3. Fale-nos um pouco da sua carreira antes de chegar ao Fundão.
Davide: Bem, comecei com 15 anos no G.D. Boticas, no distrital de Vila Real. Após 5 épocas e
meia (e conseguindo o clube chegar à II divisão nacional), em Dezembro, da época 2006-07 fui
para o Sp. Braga, equipa da I divisão e na qual viria a disputar a final da Taça de Portugal,
perdendo 2-1 contra o Benfica. No final dessa época surgiu a oportunidade de ir para Espanha
e assim foi, tendo representado o "Ourense Fútbol Sala" por duas temporadas no segundo
escalão do futsal espanhol. Entretanto o " meu" Boticas conseguiu alcançar a subida à I divisão
e foi aí que se deu o meu regresso a Portugal, representando por mais duas épocas o G.D.
Boticas. Consegui, no dia 22 Março de 2011, a minha primeira Internacionalização AA pela
Seleção Nacional, num jogo amigável contra o Japão. No final dessa época deu-se a extinção
do G.D. Boticas, tendo-me tornado, no início desta temporada, jogador da A.D. Fundão.
Lincon: Sempre fui muito fiel aos clubes onde passei. Portanto não estive em muitos clubes
mas fiz família em cada um deles pois foram sempre muitos anos. Botafogo dos meus 6 aos 12
anos, Canto do Rio dos 13 aos 14 anos e dos 14 aos 20 anos no Vasco da Gama.
Mário Freitas: Comecei a jogar futebol de 7 até infantil na terra onde nasci, Mogadouro. Aí,
em iniciado, mudei para o futsal onde tive
3 anos até juvenil. Depois tentei o futebol
11 durante duas épocas. Joguei um ano no
Mogadourense e, no segundo ano, depois
dos olheiros do Vitória de Guimarães me
terem visto num torneio de seleções,
ingressei no plantel de juniores. Mas a
paixão pelo futsal era maior e com a
subida à 1º Divisão do C.A. Mogadouro
regressei, ainda na idade júnior, para
integrar o plantel sénior. Estive lá duas
épocas onde fui muito feliz fazendo boas temporadas e onde dei nas vistas, assinando pelo
Sporting Clube de Portugal, na época passada. Cheguei este ano, por empréstimo, ao Fundão.
Tukinha: Bem, comecei com 12 anos no Projeto na Vila Olímpica da Mangueira, comunidade
onde moro no Brasil. Jogava futebol de 11. Quando fiz 15 anos fui convidado para fazer uns
treinos na equipa de futsal do Fluminense, onde joguei até os 17 anos. Foi então que surgiu o
convite para vir para o futsal português.
Alex Silva: Antes de vir para Portugal joguei em 4 equipas do meu estado e numa fora dele, no
Brasil. Só não conquistei títulos quando saí do meu estado. Regressei e, depois de mais uma
época, vim para Portugal.
Ciro: Comecei aos 4 anos a jogar futsal. Depois joguei algum tempo futebol de onze e passei
por grandes clubes brasileiros antes de chegar ao Fundão.
4. Como foi a sua adaptação ao futsal português? (jogadores estrangeiros)
Lincon: A adaptação não foi muito difícil pois comecei na terceira divisão e fui subindo
gradualmente. Assim, foi mais fácil chegar bem maduro à primeira divisão. Sobre os clubes
onde passei: Vim direto para o Boticas que representei por 5 épocas, começando na terceira
divisão. Infelizmente para aquela vila, acabou o clube na primeira divisão. Entre essas 5 épocas
tive uma passagem pela primeira
divisão na Utad/Realfut, onde
contraí uma fratura no pé e acabei
por voltar ao Boticas. Antes de
representar o Fundão estive meia
época no Belenenses, experiência
que não correu da melhor forma
possível.
Nem
todos
os
treinadores e jogadores se dão
sempre bem. Agora estou feliz no
Fundão!
Tukinha: O meu primeiro clube
em Portugal foi o Académico de Mogadouro, no qual eu praticamente só jogava pela equipe
júnior. A minha adaptação foi rápida e, no ano seguinte, fui para a equipa do Instituto D. João
V, clube que me acolheu muito bem e me fez crescer como jogador. Foi uma experiência
ótima.
Alex Silva: A minha adaptação foi um pouco difícil e ainda não estou bem adaptado. Porém,
acredito que hoje já estou bem melhor taticamente e no que concerne ao estilo e padrões de
jogo. Graças a Deus tenho estado a trabalhar muito para me encaixar bem e poder vir a colher
os frutos do meu trabalho.
Ciro: A minha adaptação foi boa. No primeiro ano vim para Mogadouro, onde encontrei
muitos brasileiros e isso ajudou-me muito. Do meu clube anterior, o Instituto, só tenho coisas
boas a recordar. Passei lá os melhores momentos da minha vida como atleta e pessoa.
5. Dê-nos a sua opinião acerca do campeonato português.
Couto: Acho que existe muita diferença entre Benfica e Sporting e as restantes equipas. Têm
condições e orçamentos claramente superiores, o que invalida qualquer tipo de discussão
pelos primeiros dois lugares, numa competição que se quer regular como o campeonato
nacional. No que diz respeito às outras equipas, acho que Fundão, Freixieiro, Modicus e Olivais
são equipas que já têm a sua posição definida na 1ª Divisão, o Belenenses passa por uma fase
de restruturação e as restantes procuram, claramente, obter o maior número de pontos para
fugir à despromoção.
Davide: O campeonato português ganharia, por muitas razões, se se tornasse profissional. Não
o sendo, fica à partida desnivelado a favor das duas únicas equipas que o são. De resto, é um
campeonato muito competitivo, em que qualquer equipa pode ganhar a qualquer outra. Há
muitos jogos muito equilibrados mas é também um campeonato que tem vindo a perder
qualidade tanto ao nível dos atletas como dos treinadores que o compõem, uma vez que
existe uma maior emigração destes e uma menor contratação dos mesmos por falta de verbas
para tal.
Lincon: O futsal português é bastante competitivo. Este ano tem sido um dos mais
equilibrados, sem dúvida nenhuma. É um dos melhores campeonatos do mundo!
Mário Freitas: Infelizmente para o campeonato português só existem duas equipas
profissionais e financeiramente capazes de fazer investimento para lutar pelo título. As
restantes equipas são todas amadoras sendo o campeonato bastante equilibrado. Em Portugal
temos jogadores de grande nível e de grande competitividade o que faz com que ombreemos
com os ditos melhores em termos de seleção. Terá talvez de melhorar em termos
organizativos mas tenho a certeza de que com a nova federação esses problemas serão
ultrapassados. A nova federação tem elementos ligados diretamente ao futsal o que dará um
maior alento e crescimento à modalidade. Seria essencial formar seleções nacionais desde
idade júnior o que aumentaria o nível dos atletas. O maior problema passará pelos apoios aos
clubes. Apenas dois clubes são
profissionais o que faz com que os
restantes vivam de pequenos
patrocínios e essencialmente das
autarquias. Com a crise que o país
atravessa os apoios são cada vez
menos o que faz com que os
clubes tenham de cortar nas
despesas. Felizmente, também há
qualidade nas equipas ditas
amadoras, ao nível de jogadores e
treinadores. Já se trabalha bem em
praticamente todos os clubes.
Tukinha: Um bom campeonato, jogos bastante pensados e com muitos jogadores de
qualidade.
Alex Silva: O campeonato é muito bom! Um dos fatores que o torna excelente é que nenhuma
equipa está “morta” até às últimas jornadas, a não ser as duas últimas que descem
diretamente. O resto é obrigado a dar o tudo por tudo até ao fim do Play-Out e Play-Off e
todos lutam por cada vitória e por cada ponto até ao final.
Ciro: Eu acho que o campeonato está mais fraco esta época em relação às anteriores. No
entanto, está também mais equilibrado.
João Vala: O campeonato da 1ªDivisão é, de facto, um campeonato bem disputado a todos os
níveis, em que na maioria dos encontros, e muito pela qualidade dos plantéis, o resultado
(vitória) poderá cair para ambas as equipas. Isto, no meu entender, favorece imenso o
desporto em geral e em particular a modalidade, tornando o Futsal uma modalidade bonita de
se praticar e ainda mais bonita de ser vista.
6. Ao longo da sua carreira, qual o treinador com quem mais aprendeu?
Couto: No que diz respeito ao Futsal tive apenas dois treinadores, sete épocas o Prof. José Luís
e duas épocas o Prof, Joel Rocha. Acho que o tempo de trabalho e o trajeto percorrido da 3ª
Divisão até à 1ª são indicadores das aprendizagens adquiridas. No entanto, ainda hoje
continuo a aprender.
Davide: Ao longo destes 11 anos em que
pratico futsal, já tive o privilégio de
trabalhar com mais de uma dúzia de
treinadores e a verdade é que, com todos
eles, pude aprender algo de importante
para poder evoluir quer como atleta, quer
como pessoa.
Lincon: Sem dúvida nenhuma que com
cada treinador se aprende algo, alguns um
pouco mais e outros um pouco menos!
Mário Freitas: Felizmente ao longo da minha carreira tenho tido sempre excelentes
treinadores que muito me têm ensinado e contribuído para a minha evolução. Não gostaria de
enumerar nenhum em particular mas sim deixar o meu agradecimento a todos eles. Estareilhes sempre grato.
Tukinha: Nuno Dias.
Alex Silva: Aprendi muito com o treinador que tive no Paysandu-Pa: o Marcos Sousa
(Marquinhos). Ele foi fundamental.
Ciro: Nuno Dias.
João Vala: Não tenho um único mas sim uma equipa técnica que para mim foi
verdadeiramente importante: “Carlitos” e “Arménio”.
7. Como está a ser a estadia no Fundão? O clube oferece-lhe boas condições?
Couto: Acho que depois de Benfica e Sporting é o Fundão é o clube que melhores condições
oferece aos jogadores. A comissão que gere o futsal é extremamente competente e dá todas
as condições para que os jogadores possam desempenhar as suas funções da melhor maneira.
Davide: Desde o primeiro dia em que cheguei ao Fundão que tenho sido muitíssimo bem
tratado e acolhido, quer pelos responsáveis do clube quer pelas pessoas que tenho conhecido
ao longo deste tempo. O clube oferece a todos os atletas condições muito boas, quer para
trabalhar, quer para viver. Habituei-me facilmente à cidade: é pequena e pacata, não há
distúrbios e temos o que é preciso para o dia-a-dia logo ao virar de esquina.
Lincon: A estadia no Fundão tem sido muito boa. É bom morar no Fundão, cidade pequena
mas que ao mesmo tempo tem de tudo. O Fundão oferece-me as melhores condições
possíveis e estou muito contente por isso.
Mário Freitas: A estadia tem sido
excelente. A Desportiva oferece-nos todas
as condições para realizarmos o nosso
trabalho, não tenho dúvidas de que é um
dos clubes que melhores condições
oferece aos seus atletas. É uma verdadeira
família. Acho a cidade excelente, muito
agradável. Tem parecença com o local
onde cresci, o que faz com que me sinta
quase em casa.
Tukinha: Fui bem recebido quando cheguei ao Fundão, em Janeiro. Não tenho nada a reclamar
das condições. É uma cidade muito tranquila e com adeptos que comparecem aos jogos para
nos dar força.
Alex Silva: A minha estadia está a ser muito boa e tranquila. A minha maior dificuldade foi o
clima já que na minha cidade nunca há frio. O clube tem as suas limitações mas nada que eu
mesmo não possa resolver. Volto a frisar que estou tranquilo, a trabalhar bem e à vontade. A
cidade é um pouco ao meu estilo: tranquila, sem muitas agitações. Não lhe mudaria nada. O
Fundão é bom sítio para se viver. Tem um povo humilde e solidário.
Ciro: Esta tudo bem. O clube oferece-me boas condições. A cidade, apesar de não ser muito
grande, é muito agradável.
João Vala: A nível de qualidade de Vida é muito positivo. A cidade é muito agradável e
acolhedora, em termos de condições o clube faz de tudo para que os atletas se sintam bem e
com condições de trabalho favoráveis a um bom desempenho desportivo.
8. Que metas pessoais traçou para esta temporada no Fundão?
Couto: As minhas metas pessoais estão associadas às metas do clube: o play-off foi garantido e
agora vamos sonhar com algo melhor, conscientes das dificuldades .
Davide: Não tracei grandes objetivos pessoais, apenas aqueles que todos os atletas que
chegam a um novo clube querem. Os jogadores que vêm de fora querem ser importantes para
a equipa, procurando ajudar de todas as formas possíveis na concretização dos objetivos do
clube. Todos os clubes gostam de ficar no melhor lugar possível (mais próximo do topo) e com
os jogadores passasse o mesmo.
Lincon: Eu vim para ajudar o Fundão, cheguei a meio da época e sinto que estou a ajudar. Isso
para mim é uma das metas pessoais.
Mário Freitas: A nível individual evoluir a cada treino, a cada jogo. A nível competitivo, jogar
muitos minutos. Potenciar as minhas qualidades e trabalhar as minhas lacunas. Torna-me um
melhor jogador a cada dia que passa. Sempre com o intuito e como principal objetivo ajudar o
coletivo.
Tukinha: O objetivo do clube já foi conquistado: garantimos o Play off. Individualmente, penso
sempre em chegar o mais longe possível e ser reconhecido.
Alex Silva: Pessoalmente queria concluir a minha adaptação o mais rápido possível, ao
assimilar o estilo do treinador e da equipa. Pretendi agradar a todos através de muita
dedicação e humildade, procurando ajudar a equipa a chegar o mais longe possível no
campeonato. E é claro: tentar conquistar
títulos!
Ciro: Como faço sempre, dar o meu
melhor em cada jogo e ajudar os meus
companheiros.
João Vala: Em termos de metas pessoais
tracei, em primeiro lugar, trabalhar para
ajudar a equipa a alcançar os seus
objetivos. Em segundo, trabalhar para ser
opção assídua e por último evoluir a cada
treino.
9. Qual a sua opinião acerca do Pavilhão Municipal do Fundão? E acerca do
público?
Couto: O pavilhão é muito bom e o piso é ideal para a prática da modalidade. Quanto ao
público, penso que a irregularidade da equipa fez com que as pessoas não aderissem da forma
que já fizeram em épocas anteriores, no entanto, frente ao Benfica o pavilhão vai encher.
Davide: O Pavilhão Municipal do Fundão tem excelentes condições para acolher qualquer tipo
de modalidade indor e está, sem dúvida alguma, entre os melhores pavilhões que fazem parte
da I divisão nacional de futsal. O público é ótimo, esteve sempre connosco ao longo destes
meses todos, no bom e no mau, e então aquele grupo de jovens do lado direito da bancada é
excelente, do melhor a nível nacional, não se calam um minuto e isso ajuda muito quem está lá
dentro.
Lincon: O Pavilhão Municipal do Fundão oferece das melhores condições em Portugal, o
público é fantástico, estão sempre a apoiar-nos, mesmo quando não estamos tão bem. Já
agora, faço um apelo para que continuem connosco mesmo quando os resultados menos bons
aparecem. Estamos na reta final do campeonato e cada apoio é fundamental.
Mário Freitas: O Pavilhão Municipal do Fundão é dos melhores pavilhões da 1ª Divisão.
Excelente piso, bons balneários, todas as condições que precisamos para fazer o nosso
trabalho. Quanto ao público, já conhecia a força que transmitia às suas equipas. Sempre foi
muito difícil defrontar o Fundão não só pela qualidade das suas equipas mas também pela
força que o seu publico transmite. Como adversário senti isso na pele mas sentir essa força
vestindo a camisola da Desportiva é realmente especial e motivante.
Tukinha: É um pavilhão espetacular, muito bom para os jogos. O público sempre comparece
em massa para nos apoiar.
Alex Silva: O pavilhão é muito bom. Gosto
muito de jogar lá pois o Municipal é bonito,
estruturado, tem condições espetaculares
para jogar futsal ao melhor nível. O público
é regular. Poderia ser ainda melhor mas
acredito que a afluência do público está
diretamente relacionado com a situação
atual da equipa. Se tivéssemos mais
habitantes ou se a divulgação dos jogos
fosse maior, poderíamos ter muito mais
público.
Ciro: O pavilhão é muito bom, um dos melhores em que já joguei. O público parece que anda
um pouco desconfiado da equipa. No entanto, creio que eles vão-nos ajudar muito nesta reta
final.
João Vala: Em termos do público, a minha opinião é muito positiva pois a cada jogo procuram
apoiar toda a equipa, mesmo nos momentos em que os resultados teimam em aparecer. Os
adeptos da Desportiva nunca desistem. O pavilhão tem muito boas condições para a prática da
modalidade, nada a apontar.
10. O seu futuro próximo passa por continuar a representar o Fundão ou
ambiciona chegar a uma equipa com maior dimensão?
Couto: Passa claramente por continuar a representar o clube da minha cidade. Dou aulas de
Educação Física no Fundão e é por cá que quero continuar.
Davide: O futuro ninguém sabe e é normal que todos os atletas queiram mais e melhor. No
entanto, há grandes hipóteses de passar pelo Fundão.
Lincon: Como disse, estou feliz no Fundão, gosto muito do clube e da cidade. Sobre
renovações ainda temos muita coisa para pensar. Primeiro o campeonato e só depois
podemos falar sobre esse assunto.
Mário Freitas: Estou na A.D.F. por empréstimo do Sporting mas, sinceramente, não penso
muito na próxima época. O que interessa é o presente e o presente é o Fundão. Estou apenas
focado em ajudar o clube a concretizar os seus objetivos.
Tukinha: Penso em ir mais longe, jogar em equipas com maiores dimensões e conquistar
muitos títulos.
Alex Silva: O meu futuro próximo é, sem
dúvida, continuar no Fundão. Com
ambição, o Fundão poder crescer muito
mais. Somos uma equipa grande. Não é à
toa que alcançámos o Play-Off pela 4º vez
consecutiva. Portanto o clube tende a
crescer ainda mais e pretendo fazer parte
desse mesmo crescimento (apesar disto
não depender só de mim, obviamente).
Ciro: Todos os jogadores pensam em chegar sempre mais alto na sua vida e eu não sou
diferente. Apesar disto, tenho muito respeito pelo Fundão que apostou em mim quando eu
estava no Brasil parado há 6 meses depois de uma cirurgia às amígdalas. Eles apostaram e
depositaram em mim toda a confiança. Jamais vou esquecer isso.
João Vala: Como costumo dizer e acreditar: “O futuro a Deus Pertence”.
11. Quer deixar uma mensagem aos adeptos da Desportiva?
Couto: Que acreditem numa vitória frente ao Benfica e que encham o pavilhão municipal!
Davide: Toda a gente da A.D. Fundão quer o melhor para o clube e independentemente dos
resultados haverá sempre a maior entrega, esforço e dedicação para que os objetivos sejam
alcançados e se leve mais alto o nome do clube. Com todos vocês ficamos mais perto.
Lincon: Quero sim: um muito obrigado pelo apoio que nos têm dado e que continuem assim
pois juntos somos bem mais fortes!
Mário Freitas: Em primeiro lugar gostaria de agradecer aos adeptos todo o seu apoio e
carinho. Depois peço que acreditem em nós, que nos continuem a apoiar pois eles são de
extrema importância. Juntos somos mais fortes e melhores.
Tukinha: Queria agradecer pelo apoio que nos têm dado, comparecendo em todos os jogos e
que continuem a apoiar-nos. Darei o melhor de mim para conseguir ajudar a equipa a ir o mais
longe possível.
Alex Silva: A minha mensagem é que os adeptos nos continuem a apoiar independente de
como correrem as coisas. Da minha parte, podem esperar muito mais, sobretudo, garra, força,
dedicação e empenho. Vou procurar honrar sempre o nome do Fundão. Os profissionais que
aqui estão fazem sempre o melhor e tentam levar o clube o mais alto possível! O Fundão
merece estar no top!
Ciro: Por favor, ajude-nos muito nesta reta-final da temporada!
João Vala: Que continuem sempre a apoiar a Desportiva e que cada vez mais compareçam ao
pavilhão no dia dos jogos. Os adeptos são mais um elemento dentro de campo e que joga a
nosso favor. FORÇA ADF!
Agradecimentos aos jogadores da Associação Desportiva do Fundão que, logo que
contactados, se disponibilizaram a colaborar connosco na redação deste artigo, ao concedernos esta entrevista.
Entrevista com o Prof. Joel Rocha
O nome de Joel Rocha está intimamente ligado à história recente da Associação Desportiva
Fundão, no campeonato nacional de futsal português. No comando técnico da equipa há duas
épocas, o técnico mais jovem da I Divisão conduziu o clube da Beira Interior à sua melhor
prestação de sempre (meias-finais do Play-Off, em 2010/2011). Nesta entrevista fala-nos do
seu percurso, da AD Fundão, do campeonato português e da modalidade em geral.
1. Fale-nos um pouco de si. Como foi o seu percurso no futsal até aos
dias de hoje?
R: Iniciei as minhas funções de treinador de futsal
na época 2003/2004, na cidade de Castelo Branco,
ao serviço da ACD Carapalha, no escalão de
Juvenis. Na época seguinte, após integrar o
gabinete técnico da AF Castelo Branco para
trabalhar nas suas seleções distritais de futsal
(onde me mantive durante 3 épocas desportivas),
fui convidado pelo atual treinador nacional José
Luís Mendes a integrar a AD Fundão na época
2005/2006, onde me mantive de forma ininterrupta durante 4 anos. Fui, nesses 4 anos,
adjunto da equipa sénior, treinador dos Juniores (bi-campeões distritais e uma presença na ½
final da taça nacional), treinador dos Juvenis e treinador da equipa sénior feminina (bi-campeã
distrital e uma presença na ½ final da taça nacional). Na época 2009/2010 “ausentei-me” da
cidade fundanense e representei um clube da cidade da Covilhã, a AD Estação, onde fui o
treinador da equipa sénior feminina de futsal, campeã distrital. Na época 2010/2011, “o bom
filho à casa torna” e fui convidado a regressar ao “local de origem”, voltando à AD Fundão,
para assumir funções de treinador principal da equipa sénior, onde atualmente me mantenho.
2. Que treinador, a nível nacional, constitui uma referência para si? E a
nível mundial?
R: Defino as minhas referências em padrões de elevada qualidade na competência, na forma
de ser, de estar, de gerir, liderar e de comunicar, por isso, os melhores são, e serão sempre,
uma referência. Mas uma frase de um senhor chamado Fabio Capello é elucidativa: “o melhor
treinador é o maior dos ladrões”. Considero-me um “ladrão” sedento de qualidade,
competência, organização e vitórias. Procuro diariamente estas premissas, em qualquer jogo,
em qualquer escalão, em qualquer treinador, em qualquer lugar, em qualquer campeonato,
em qualquer país. A procura contudo, realizo-a no sentido de cimentar e consolidar a minha
identidade, a minha conceção de jogo, os princípios de uma determinada forma de jogar com a
qual mais me identifico, e isso, é unipessoal.
3. Indique-nos as principais características/competências que considera
que um treinador deve possuir.
R: O perfil de “treinador” é hoje em dia mais global, mais amplo, mais abrangente e por isso
também difícil de ser “completo”, ideal ou perfeito. A natureza do conhecimento da
modalidade, do seu enquadramento nacional e internacional, das tendências desportivas do
“nosso” campeonato e das “nossas” equipas é importante. O conhecimento específico do jogo,
dos seus momentos e das suas dinâmicas, da sua observação e análise é fundamental. A
conceção de uma determinada metodologia de treino exacerbada através do exercício e das
orientações específicas e objetivas pela razão da sua realização considero-a altamente
determinante. A estas características o treinador deve somar-lhe capacidade de liderança, de
boa gestão humana, social e desportiva, boa capacidade de comunicação, honestidade e rigor.
4. Dê-nos a sua opinião acerca do campeonato português de futsal, bem
como dos jogadores e treinadores que o constituem.
R: O campeonato português está mesclado com enorme capacidade de trabalho, organização,
competência, qualidade, talento e irreverência – positiva. Mas olhar para o nosso campeonato
importa perceber que existem duas realidades – a dos grandes de Lisboa e “os outros”. A
diferença na quantidade – de orçamento, de jogadores no plantel, de mobilização, de recursos
– é evidente e por isso, são, em condições normais, melhores que os outros e mais vezes estão
de braço dado com o sucesso. Não
são invencíveis nem perfeitos, mas
têm maior quantidade de trabalho
nesse
caminho.
E
porque
quantidade não traduz qualidade,
todos “os outros” justificam o seu
respeito neste equilibrado e
competitivo campeonato. Somos
obrigados a evoluir, melhorar e
aperfeiçoar todas as nossas tarefas
de ação diariamente de forma a
sermos mais competentes, mais eficazes e mais vitoriosos que os nossos adversários, sábado a
sábado. O treinador português é altamente competente, metódico, organizado, investigador e
isso reflete-se no desempenho da grande maioria das equipas – organizações de jogo
perfeitamente definidas, com princípios bem evidentes de treino e rotinas de bons hábitos de
trabalho. A capacidade de inclusão de todas as variáveis do jogo no treino melhora e induz
uma capacidade de estímulos positivos aos jogadores que lhes permitem hoje ser melhores e
estarem melhor preparados. Porque o treinador é “obrigado”, devido ao nível de exigência da
competição, a porfiar, os jogadores são “automaticamente” melhores jogadores (e também
“ladrões”) – conhecem melhor o jogo, identificam e interpretam melhor todos os seus
momentos e estão mais capazes nas ações de decisão constante.
5. Como vê a evolução desta modalidade no nosso distrito? Há equipas e
jogadores com bastante qualidade?
R: O futsal no nosso distrito, comparativamente com a realidade de outras associações
distritais, está melhor no seu nível qualitativo, mas igual ou pior no seu nível quantitativo. Os
clubes estão melhor organizados, os treinadores melhor formados e/ou informados e por
inerência, os jogadores treinam melhor e têm mais qualidade, mas o claro handicap a nível
distrital é a quantidade de clubes, equipas e atletas a competir – somos poucos. Da quantidade
nasce a competitividade e isso traduz mais e melhor qualidade, sendo essa uma das razões
para que as equipas e jogadores do nosso
distrito sintam dificuldades acrescidas no
confronto com outras realidades. A
verdade é que em termos nacionais, o
distrito tem uma equipa na 1ª divisão e
duas equipas na 3ª divisão, e os nossos
campeões distritais, nas categorias de
formação, sentem enormes dificuldades
nas respetivas taças nacionais. Não
podemos eternamente justificar estes
números com a interioridade pois isso é a
“desculpa fácil”. Aqui também existe trabalho, dedicação, qualidade e competência, mas estes
“valores” não podem ficar na secretária à espera de uma assinatura. A “crise” do dirigente
associativo/desportivo não pode ser disfarçada nem ignorada. É preciso quem abra os
pavilhões, quem transporte atletas, quem prepare equipamentos, quem compre e prepare o
lanche, quem se desloque a reuniões técnicas/sorteios, quem previna e recupere atletas,
quem se dedique antes, durante e sobretudo depois dos treinos e jogos, de forma
desinteressada e altruísta. O caminho tem sido feito, mas com mais por percorrer do que
percorrido.
6. Como é o dia-a-dia da Desportiva? Dê-nos uma pequena ideia da
forma como trabalha.
R: O microciclo semanal da AD Fundão inclui, por norma, 5 sessões de treino de 90 minutos
cada e duas sessões de vídeo de análise e observação de adversários. Dependente das
particularidades e envolvência competitiva do momento, podemos optar por um microciclo de
7/8 sessões de treino, mantendo as duas sessões de vídeo. Por norma, as reuniões de análise e
observação com vídeo duram entre 12 a 16 minutos e em função da avaliação que fazemos
aos nossos jogos, algumas sessões de vídeo são de análise aos nossos próprios
comportamentos, de forma a aperfeiçoar todas as variáveis do nosso jogar (observação e
análise em jogos e treinos). Trabalhamos diariamente para potenciar aquilo que é a nossa
identidade e a nossa forma de jogar. Como complemento e de forma a estarmos melhor
preparados para cada jogo, adotamos adaptações estratégicas em função dos adversários,
potenciando determinados tipos de ação estratégicas que acreditamos serem importantes
para superar os adversários. Estes pequenos “trabalhos de casa” permitem manter uma
evolução constante e diária na nossa forma de jogar o que nos enriquece a todos.
7. O que pensa dos jogadores que tem à sua disposição?
R: Enquanto treinador, a minha responsabilidade e competência é aumentar e potenciar a
qualidade e talento dos meus jogadores, sejam eles quais forem, de forma a traduzir em
rendimento e desempenho desportivo aquilo que o clube define como os objetivos a alcançar
em cada época. Com este perfil, definimos os jogadores e tentamos que todos eles se
enquadrem no perfil que pretendemos para o nosso nível competitivo, de exigência, de
responsabilidade e de qualidade/talento. Atualmente, todos os jogadores da AD Fundão são
extraordinariamente dedicados, trabalhadores, solidários e competentes. Estou satisfeito e
orgulhoso e enquadram-se, na perfeição e totalidade, no perfil que temos estipulado para,
todos juntos, alcançarmos os objetivos do clube.
8. O clube oferece boas condições aos seus técnicos e jogadores?
R: Atualmente, o clube proporciona a todos os seus elementos constituintes
(departamento técnico, departamento médico, departamento desportivo e restantes
colaboradores) condições totais que nos
permitem estar preparados para, a cada
dia, a cada treino e a cada jogo
podermos
ser
melhores,
mais
competentes e estar mais perto do
sucesso. Não somos ricos, não somos
extravagantes nem “excêntricos”, mas a
humildade do esforço que todos fazem
para que nada falte ao plantel “obriganos” a retribuir com esforço, dedicação
e fundamentalmente, vitórias.
9. Como lida com as constantes alterações de plantel que a Desportiva
sofre quase todos os anos?
R: Como referi anteriormente, o perfil de competência do treinador está, também ele, bem
definido, por isso, independentemente do plantel que tenho à disposição, o meu “destino”
está traçado – trabalhar para potenciar qualidade e talento em rendimento e sucesso coletivo.
Com plantel renovado ou inovado, “novo” ou “velho”, igual ou diferente, isso não me assusta,
não me condiciona e não nos desvia dos nossos objetivos. Ninguém se refugia nas alterações
para justificar insucesso, embora todos percebamos que o nível de dificuldade aumenta.
Tentamos, isso sim, que todos os anos a palavra de ordem seja “estabilidade”, mas nos últimos
anos, por razões que a maioria das vezes não controlamos, não nos é possível manter a
estrutura base do plantel época após época.
10. A que se deveu o atribulado início de época do Fundão?
R: A principal responsabilidade do início de época
menos positivo é da minha exclusividade.
Começámos a treinar um mês antes do início do
campeonato e durante o primeiro mês de
competição a AD Fundão não alcançou qualquer
ponto. Sou eu que os treino, lidero e oriento.
Programo, organizo, sistematizo e defino
exercícios, objetivos, planos de abordagem e
implementação estratégica aos jogos e coordeno
análises e observações. Os atletas sempre
lutaram para que a situação se invertesse e pouco ou nada nos faltou para sermos melhores,
mas a verdade é que mesmo nessa fase fomos sempre capazes de acreditar em nós, no que
fazíamos (e fazemos) e confiar no todo em prevalência à soma das partes. Foi longo o caminho
para que o plantel formado e constituído no início da época se identificasse com a nossa
identidade desportiva, a nossa personalidade cultural e o nosso espirito de ambição inerente
ao sucesso do passado recente. Fomos a última equipa a pontuar, apenas à jornada seis, e à
jornada nove alcançamos um lugar dentro dos 8 primeiros, que mais não iríamos deixar. Não
importa dizer que o plantel iniciou 85% novo, que entre entradas e saídas constantes o plantel
parecia uma “paragem de autocarro” em que tivemos ao todo 18 jogadores de futsal na
presente época desportiva e menos importa dizer que entre a jornada 6 e a jornada 24 (19
jornadas) o play-off foi assegurado. Ninguém se vai interessar, lembrar ou relembrar disto.
Não importa. O que fica na memória são os resultados e a classificação e isso traduz sucesso e
objetivos definidos alcançados. O resto, não importa.
11. Considera positiva a prestação da Desportiva durante esta época?
R: Considero uma prestação positiva, mas irregular, demasiado sinuosa no que diz respeito aos
resultados. Não queríamos que assim fosse, todos trabalhámos para melhores resultados, mas
a verdade é que aconteceu e satisfaz-nos a todos a capacidade que sempre demonstrámos em
nunca nos deixarmos distrair e continuarmos a acreditar e confiar no nosso trabalho na luta
pelos nossos objetivos. Alcançámos o objetivo do clube que é a manutenção direta através do
apuramento para o play-off.
12. Atualmente, o que representa, para si, a Associação Desportiva do Fundão
no panorama regional e nacional da modalidade? Estamos perante uma
equipa de elite do futsal português, em todas as suas vertentes?
R: A AD Fundão é já uma referência no futsal nacional por todo o seu trajeto nos últimos anos,
com o contributo decisivo do Presidente Angeja, do atual treinador nacional José Luís Mendes
e de todos os jogadores que passaram (e permanecem) nesta casa. Para mim é motivo enorme
de satisfação, orgulho e privilégio pessoal, social e desportivo representar um clube que está
entre os melhores, procurando sempre ser melhor.
13. Em que medida o sucesso da Desportiva pode ser importante para a
cidade do Fundão e para a região?
R: Nós, clube, dependemos da cidade, da região, dos adeptos, sócios e todos os que, de forma
direta ou indireta nos ajudam. A nossa forma de retribuir é honrar e dignificar o nome que
“carregamos” nas costas e o símbolo que “transportamos” ao peito, vencendo e alcançando
objetivos, estando entre os melhores da modalidade a nível nacional. O nosso sucesso e o
nosso êxito é o sucesso, êxito e valorização da marca/nome Fundão e todos os que nos
envolvem. Mas, por vezes, também nos questionamos: onde está a aglutinação e proximidade
das pessoas depois do sucesso desportivo da época passada? Onde está a mobilização dos
sócios em torno do clube e da preocupação do seu futuro? Todos somos poucos!
14. O seu futuro próximo passa por continuar a treinar a Desportiva ou
ambiciona chegar a uma equipa com maior dimensão?
R: A AD Fundão é um clube de top, de
referência, que adquiriu “pelo seu próprio pé”
um estatuto notável na 1ª divisão nacional de
futsal onde tem o seu próprio espaço. Sintome muito bem e muito feliz na AD Fundão.
São-me proporcionadas todas as condições
para poder desenvolver um trabalho
competente e com qualidade e isso a mim
satisfaz-me. Sou um autêntico privilegiado.
Dedico-me e entrego-me a top diariamente,
procuro ser competente, exigente e o mais
específico possível. O dia de amanhã não me preocupa ou “tira o sono”. O importante é o dia
de hoje e esse temos que o viver a 100%, sem deixar nada por fazer, mostrar, evoluir e
melhorar. Sinto-me feliz aqui e não penso em nada mais que não seja o dia de hoje.
15. Quer deixar uma mensagem aos adeptos da Desportiva?
R: Mobilizem e tragam, cada um, mais um. De “adepto” transformem-se em “sócio”. De
“sócio” em parte integrante desta família. Contribuam diária e ativamente, de forma positiva e
evolutiva, para o sucesso do clube. Todos somos poucos, e é da união que sobressai a força, as
vitórias e o sucesso…de TODOS!!!
Agradecimentos ao Prof. Joel Rocha pela disponibilidade e colaboração na redação desta
entrevista.
A.D. Fundão
Resumindo, através das informações que
perscrutámos e expusemos neste artigo,
podemos confirmar o que inicialmente
referimos: a Associação Desportiva do
Fundão é, hoje, efetivamente, um clube
histórico, com lugar marcado entre a elite
do futsal português. A sua história, a sua
organização, as suas infraestruturas, a
competência dos seus profissionais, a sua
massa adepta e a dimensão regional e
nacional que vem adquirindo são provas
disso mesmo.
Quando o Interior luta de forma desigual
contra o maior poder económico da faixa
litoral, este feito ganha ainda mais
relevância. Apesar da crise e do estatuto de
equipa amadora, a A.D. Fundão sempre se
pautou pelas excelentes condições de
trabalho e de vida que proporciona aos seus
atletas. Por isso mesmo, apelamos,
sobretudo aos jogadores portugueses, a
que não tenham receio de apostar no
Interior. Aqui também se pode levar uma
vida digna, plena de felicidade e bem-estar,
com todas as condições necessárias.
Temos a certeza de que se o trabalho
desenvolvido pelos dirigentes, jogadores e
adeptos ao longo de 57 anos de história se
perpetuar, aliado aos devidos apoios
financeiros, será exequível manter este
projeto em andamento e, quem sabe,
chegar muito mais alto. Para isso, uma
maior- mobilização dos adeptos e sócios é
também fundamental.
Há muito que a cidade do Fundão deixou
de ser apenas sinónimo de “terra da
cereja”. Com muito orgulho e regozijo, é
agora também “terra de bom futsal”.
Nome: Associação Desportiva do Fundão
Cidade: Fundão
Associação: AF. Castelo Branco
Morada: Rua João Franco, n.º 20, 6230-363
Fundão
Fundação: 23 de Abril de 1955
(57 anos)
Pavilhão: Municipal do Fundão ou Pavilhão
Francisco José Tavares
Capacidade: 1056
Equipamento tradicional:
(Marca: Titãs)
Claque: Ultras Fundão
Melhor classificação: 6º lugar (fase regular)
Meias-finais do Play-Off
Presidente: António Luís Nunes Angeja
Website: futsaladf.com
Telefone/Fax: 275 752 224
Email: [email protected]
Reportagem “Futsal Magazine” da RTP2
LISTA DOS JOGOS MAIS NOTÁVEIS DA DESPORTIVA NA 1ª DIVISÃO:
 Sporting 3 – 4 Fundão, 16-12-2006
 Fundão 5 – 1 Instituto, 24-01-2009
 Modicus 1 – 2 Fundão, 10-05-2009
 Fundão 5 – 1 Fundação, 16-05-2009
 Alpendorada 0 – 4 Fundão, 19-09-2009
 Sporting 1 – 2 Fundão, 03-10-2009
 Fundão 3 – 2 Sporting, 06-02-2010
 Benfica 2 – 4 Fundão, 22-05-2010
 Fundão 2 – 2 Benfica, 04-12-2010
 Fundão 7 – 6 Freixieiro, 05-02-2011
 Fundão 4 – 1 Boticas, 23-04-2011
 Fundão 6 – 3 Belenenses, 14-05-2011
 Belenenses 2 – 3 Fundão, 21-05-2011
 Fundão 2 – 1 Sporting, 28-05-2011
ESTATUTOS DO CLUBE:
Da denominação, natureza, âmbito, sede e fins
Artigo 1.º
A Associação Desportiva do Fundão, A.D.F., agremiação desportiva fundada em 23 de Abril
de 1955, tem por fim o desenvolvimento e máxima projeção do gosto pelo desporto em toda e
qualquer modalidade.
a) A promoção cultural, desportiva e recreativa dos seus associados, bem como de toda a
população local.
b) A Associação Desportiva do Fundão tem a sua sede social e administrativa, recinto
desportivo e demais instalações na cidade do Fundão, podendo instalar-se em quaisquer
outras localidades.
Símbolos do clube
Artigo 2.º
a) Os símbolos tradicionais do clube são as cores grenat e preto e as armas da cidade do
Fundão.
b) O estandarte do clube é de pano acetinado de cor grenat e preto, disposto em xadrez, de
feitio retangular, tendo ao centro o símbolo da cidade do Fundão, em cima o nome da
Associação Desportiva do Fundão e em baixo a data da fundação.
c) A bandeira do clube é de pano grenat e preto, disposto em xadrez, com o símbolo da cidade
do Fundão, com a sigla da coletividade por baixo.
d) O equipamento a envergar pelos atletas é constituído por camisola grenat e preta e por
calções e meias pretas.
Dos sócios
Artigo 3.º
Os sócios da A.D.F. classificam-se pelas seguintes categorias: sócios efetivos, sócios auxiliares
e menores, sócios de mérito, sócios beneméritos, sócios honorários, sócios correspondentes e
sócios coletivos, conforme definição no capítulo III, artigo 13.º do regulamento geral interno.
Artigo 4.º
Os sócios obrigam-se ao pagamento de uma joia inicial e de uma quota mensal, cujo valor
será determinado e alterado por deliberação da assembleia geral.
Único. Aos associados menores de 15 anos será atribuída uma quota, cuja importância será
de valor inferior à dos sócios efetivos, a qual será determinada e alterada por deliberação da
assembleia geral.
Deveres dos sócios
Artigo 5.º
Os sócios da A.D.F. devem observar estritamente as disposições dos estatutos e do
regulamento geral interno e acatar as resoluções dos órgãos diretivos.
Direitos dos sócios
Artigo 6.º
São direitos dos sócios votar e ser votado para qualquer cargo do clube ou a representar
este, como delegado, em qualquer atividade em que o mesmo tenha representação.
Artigo 7.º
Ao livre ingresso nos recintos desportivos onde decorram atividades organizadas pelo clube e
em todas as instalações da A.D.F. e à sua utilização conforme os regulamentos ou
determinações da direção.
Artigo 8.º
A examinar os livros, contas e mais documentos referentes ao exercício anterior dentro do
prazo de oito dias que antecedem a realização da assembleia geral ordinária de prestação de
contas.
Dos corpos gerentes, definição, composição e âmbito
Artigo 9.º
São órgãos da Associação Desportiva do Fundão a mesa da assembleia geral, a direção e o
conselho fiscal e disciplinar.
Da assembleia geral
Artigo 10.º
A competência e forma de funcionamento da assembleia geral são as prescritas nas
disposições legais aplicáveis, nomeadamente os artigos 170.º a 179.º do Código Civil.
1.º A mesa da assembleia geral é composta por cinco associados, competindo-lhe convocar,
dirigir e redigir as atas dos trabalhos das assembleias gerais e investir nos respetivos cargos os
sócios que hajam sido eleitos.
2.º Compõem a mesa da assembleia geral, um presidente, um vice-presidente e três
secretários, cujas competências são indicadas no regulamento geral interno do clube.
Da direção
Artigo 11.º
A direção é composta por nove associados e compete-lhe a gerência social, administrativa,
financeira e disciplinar do clube, devendo reunir pelo menos duas vezes mensalmente.
1.º A direção compõem-se de um presidente, dois vice-presidentes, um tesoureiro, dois
secretários e três vogais, cujos deveres estão consignados no regulamento geral interno do
clube.
2.º Serão igualmente eleitos dois vogais suplentes para substituir os efetivos nos seus
impedimentos.
Do conselho fiscal e disciplinar
Artigo 12.º
O conselho fiscal e disciplinar subdivide-se em dois pelouros:
a) Fiscalização de contas;
b) Disciplinar.
Artigo 13.º
O conselho fiscal e disciplinar é composto no mínimo por cinco associados: um presidente,
um vice-presidente, dois relatores e um vogal.
Artigo 14.º
Compete-lhe fiscalizar os atos administrativos e financeiros da direção, verificar as suas
contas e relatórios e dar parecer sobre os atos que impliquem aumento das despesas ou
diminuição das receitas sociais.
Artigo 15.º
Promover inquéritos sobre qualquer processo disciplinar, instaurado a associados e emitir
parecer na assembleia geral sobre a decisão a tomar.
Artigo 16.º
O conselho fiscal e disciplinar reunirá pelo menos uma vez em cada semestre,
extraordinariamente, ou quando o presidente o julgue necessário.
Disposições gerais dos estatutos
Artigo 17.º
Os estatutos da Associação Desportiva do Fundão, bem como o seu regulamento geral
interno, passam a constituir a lei fundamental do clube e revogam quaisquer outros.
a) Os estatutos da A.D.F. só poderão ser alterados ou reformados em assembleia geral
convocada expressamente para esse efeito, exigindo a sua deliberação o voto favorável de
pelo menos três quartos do número de sócios presentes.
Património
Artigo 18.º
Constituem património da Associação Desportiva do Fundão todos os bens móveis e imóveis,
adquiridos no tempo.
a) Constará em ficheiro próprio todo o inventário da coletividade.
b) A alienação de todo e qualquer bem patrimonial do clube só poderá ser efetuada por
deliberação da assembleia geral, convocada para esse fim, necessitando do voto favorável de
dois terços dos sócios presentes.
Da dissolução
Artigo 19.º
A dissolução do clube só poderá ser deliberada em assembleia geral, expressamente
convocada para esse fim, e requer o voto favorável de, pelo menos, três quartos do número de
todos os associados legalmente inscritos. Artigo 20.º No que estes estatutos sejam omissos,
rege-se a Associação Desportiva do Fundão pelo regulamento geral interno cuja aprovação e
alteração será sempre da competência da assembleia geral e pela lei civil (normas do Código
Civil).
Declaração n.º 37/97 (2.ª série) Nos termos do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 460/77, de 7 de
Novembro, o Primeiro-Ministro declarou de utilidade pública, por despacho de 23 de Abril de
1997, a Associação Desportiva do Fundão, com sede no Fundão.
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Fundada a 23 de Abril de 1955, a Associação