Fundada a 23 de Abril de 1955, a Associação Desportiva do Fundão (A.D.F.) nasceu da fusão do Sporting, do Benfica do Fundão e do Hóquei Clube do Fundão. As três agremiações juntaram-se com o objetivo de formar um único clube na cidade que as acolhia e com todas as modalidades que pretendiam ver desenvolvidas. Com a sua fundação, uma nova era surgiu na vida associativa fundanense. Servir o Fundão e o seu concelho foi o ideal que inspirou os fundadores e tem sido constante de dirigentes e associados. Entusiasmo, trabalho coletivo, amor ao clube e ao Fundão estiveram na base de muitos êxitos alcançados ao longo dos anos. Conforme é referido no site do clube, desde então há vários sucessos a relembrar, nomeadamente: “o funcionamento das escolas de natação; os festivais que trouxeram alguns dos melhores nadadores do país à Piscina Municipal, onde se bateram recordes nacionais; as revelações que foram alguns jovens fundanenses em provas regionais e nacionais; a realização, no Parque Desportivo, de uma Final da Taça de Portugal em Basquetebol, como reconhecimento do trabalho feito nesta modalidade no Fundão; a realização, no Pavilhão Municipal, da Final Four da Taça de Portugal em Futsal, em Junho de 2003; os cursos de educação física e iniciação desportiva; a magnífica época realizada pela equipa de Futsal, que culminou com a subida à I Divisão Nacional, em 2006; os momentos altos do Atletismo, Ciclismo, Voleibol, Andebol, Judo, Hóquei em Patins, Futebol, Ténis de Mesa, etc., modalidades em que, mesmo no aspeto competitivo, se atingiram níveis apreciáveis. No domínio da cultura e recreio, a A.D.F., afirmou-se não só pela sua biblioteca, palestras, colóquios, exposições, aulas de música e canto coral, como ainda pela banda, festas populares, convívios e secções várias. Algumas destas atividades conheceram momentos altos e, também, de crise. Importante e urgente se torna recuperar algumas e estimular e fomentar outras. Os amigos da Desportiva não faltam na hora própria. Tudo farão, decerto, para ajudar a manter e ampliar, no interesse coletivo, a obra válida que a agremiação tem já a seu crédito. Nada é impossível com o empenho de todos e a cooperação permanente dos fundanenses”. Apesar de fundada em 1955, a modalidade “Futsal”, agora a “menina dos olhos” do clube, foi introduzida na Desportiva apenas por volta de 1997. Tendo como símbolos as armas da cidade do Fundão e as cores grenat e preto, atualmente, a Associação Desportiva do Fundão constitui o grande representante da Beira Interior no campeonato nacional de futsal, fruto do trabalho que, com muito esforço e alento, foi desenvolvido por dirigentes, jogadores, massa associativa do clube e demais entidades envolvidas. Apesar da crise global, esta associação e a cidade do Fundão teimam em permanecer ligadas à prova mãe do futsal português. A Desportiva do Fundão é, pois, a prova de que sem grandes fundos também é possível formar grandes equipas. A dedicação, o esforço, o trabalho, a força de vontade e a sede de vencer e fazer sempre melhor pela cidade e pela região são, esses sim, os grandes motores deste projeto. A Desportiva iniciou o seu percurso no futsal português pelo Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco, tendo, na temporada 2000/2001, arrecadado o 1º lugar. Durante as 3 épocas seguintes, disputou o Campeonato Nacional da 3ª Divisão – Série B e, em 2003/2004, ascende à II Divisão – Série B. Após mais duas temporadas na 2ª Divisão, a Desportiva sobe à I Divisão, em 2005/2006. As duas primeiras épocas na I Divisão foram particularmente difíceis. No entanto, a manutenção acabou sempre por ser alcançada. Em 2008/2009, a Desportiva atinge o Play-Off pela primeira vez (caindo depois frente à poderosa Fundação Jorge Antunes), voltando a repetir a proeza no ano seguinte, desta feita eliminada frente ao Benfica. O grande obreiro desta ascensão vertiginosa da Desportiva, da distrital à I Divisão, foi o Professor José Luís, na altura um dos poucos técnicos portugueses de nível IV. Fruto de todo o seu sucesso e como reconhecimento das suas capacidades, o Prof. José Luís foi convidado para adjunto de Jorge Braz na Seleção Nacional Portuguesa, função que atualmente desempenha. O seu sucessor seria o seu ex. adjunto, o Professor Joel Rocha, atual técnico do plantel sénior. Na temporada transata, dando sequência ao trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, acabou por superá-lo ao atingir as meias-finais do Play-Off. Caiu depois aos pés do Sporting que acabaria por se sagrar campeão nacional. Joel Rocha destaca-se pela sua capacidade de liderança, competência e profundo conhecimento da modalidade e de todas as suas vertentes. É também um excelente orador e, desde que se tornou o técnico principal da Desportiva, tem marcado presença em colóquios e palestras por todo o país. Para além de ter sido adjunto do Prof. José Luís, Joel Rocha, em anos anteriores, orientou a equipa de juvenis da A.C.D. Carapalha e da A.D.F., os juniores da A.D.F. e as equipas de futsal feminino da A.D.F. e da Associação Desportiva da Estação. Com 30 anos, é o técnico mais jovem da I divisão. Poderíamos destacar vários momentos gloriosos deste percurso que a Desportiva tem traçado mas aquele que assume maior preponderância é, indubitavelmente, o jogo com o Belenenses, temporada 2010/2011, que possibilitou ao clube disputar a meia-final do Play-off. No Restelo, o golo da vitória surgiu a menos de 1 minuto do fim do prolongamento por intermédio de Josiel Pereira. As subidas de divisão e as vitórias obtidas frente a Benfica e Sporting (pelo que estes clubes representam no panorama nacional e internacional da modalidade) são também motivo de orgulho. Jogadores e técnicos vão e vêm mas, ainda assim, em todas as temporadas da Desportiva encontramos um denominador comum. Falamos, pois claro, do Presidente António Angeja (ex. professor de matemática na Escola Secundária do Fundão) que procurou sempre tomar as melhores decisões em prol do clube. Já com mais de 60 anos, passatempos tem apenas um: a Associação Desportiva do Fundão, onde passa a maior parte do tempo e onde emprega todo o seu dinamismo. O trabalho que o Prof. António Angeja vem desenvolvendo há já mais de 15 anos é, assim, de um valor incalculável para o clube, para a cidade e para a região. Há, porém, um jogador que merece destaque em relação aos demais. Referimo-nos ao capitão Nuno Couto que se juntou ao clube quando este ainda militava na III Divisão. Manteve-se sempre fiel à Desportiva, foi “peça” basilar em todas as suas temporadas e fez por merecer uma chamada à Seleção Nacional Portuguesa que, ainda assim, nunca lhe foi concedida. Por último, também sempre presente, está a massa adepta fundanense e a claque Ultras Fundão. O maior critério de avaliação de uma claque deve passar pela sua qualidade e não apenas pela sua quantidade. É nesta matéria que a pequena cidade do Fundão, com pouco mais de dez mil habitantes, se tem revelado enorme, ao prestar, em todas as circunstâncias, incondicional apoio à equipa. Porém, é necessário mobilizar cada vez mais a população fundanense em torno do clube para que seja possível atingir sucessos ainda maiores. Historial Séniores Época Competição Classificação 2011/2012 2011/2012 2010/2011 2010/2011 2010/2011 2009/2010 2009/2010 2009/2010 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2007/2008 2007/2008 2007/2008 2006/2007 2006/2007 2006/2007 2005/2006 2005/2006 2004/2005 2004/2005 2004/2005 2003/2004 Taça de Portugal Campeonato Nacional da I Divisão Taça de Portugal Campeonato Nacional da I Divisão – Play-offs Campeonato Nacional da I Divisão Taça de Portugal Campeonato Nacional da I Divisão – Play-offs Campeonato Nacional da I Divisão Taça de Portugal Campeonato Nacional da I Divisão – Play-offs Campeonato Nacional da I Divisão Taça de Portugal Campeonato Nacional da I Divisão – Play-out Campeonato Nacional da I Divisão Taça de Portugal Campeonato Nacional da I Divisão – Play-out Campeonato Nacional da I Divisão Taça de Portugal Campeonato Nacional da II Divisão – Série B Taça de Portugal Campeonato Distrital A.F.C.B. Campeonato Nacional da II Divisão – Série B Campeonato Nacional da III Divisão – A. Campeão Campeonato Nacional da III Divisão – Série B Taça de Portugal Campeonato Nacional da III Divisão – Série B Campeonato Nacional da III Divisão – Série B Taça de Portugal Campeonato Distrital A.F.C.B. 4ª eliminatória 8º 3ª eliminatória Meia-final 6º 2ª eliminatória Quartos-final 6º 3ª eliminatória Quartos-final 7º 3ª eliminatória 1º 10º Oitavos-final 2º 10º Oitavos-final 1º 2ª eliminatória 5º 5º 3º 2003/2004 2002/2003 2002/2003 2001/2002 2001/2002 2000/2001 1º 1ª eliminatória 6º 4º 2ª eliminatória 1º Séniores Femininos Época Competição Classificação 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2007/2008 2007/2008 2007/2008 Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça da AFCB Taça Nacional - 1ª Fase Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça da AFCB Taça Nacional - 1ª Fase 1º 1º 2º 1º 1º 2º Juniores Época Competição Classificação 2011/2012 2010/2011 2010/2011 2009/2010 2009/2010 2009/2010 2008/2009 2008/2009 2006/2007 2006/2007 2005/2006 2005/2006 2004/2005 2003/2004 Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça AFCB Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça Nacional - 1ª Fase Taça AFCB Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça AFCB Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça Nacional Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça Nacional – 1ª Fase Campeonato Distrital A.F.C.B. Campeonato Distrital A.F.C.B. Campeonato Distrital A.F.C.B. 1º 1ª eliminatória 2º 5º 1ª eliminatória 1º 1ª eliminatória 4º Meias-finais 1º 3º 1º 4º 5º Juvenis Época Competição Classificação 2010/2011 2009/2010 2009/2010 2009/2010 2007/2008 2007/2008 2003/2004 Campeonato Distrital A.F.C.B. Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça da AFCB Taça Nacional - 1ª Fase Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça da AFCB Campeonato Distrital A.F.C.B. Meias-finais 1º 1º 3º 4º 1ª eliminatória 6º Iniciados Época Competição Classificação 2010/2011 2009/2010 2009/2010 2008/2009 2008/2009 2007/2008 2007/2008 2006/2007 2005/2006 Encontros Desportivos Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça da AFCB Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça da AFCB Campeonato Distrital A.F.C.B. Taça da AFCB Campeonato Distrital A.F.C.B. Campeonato Distrital A.F.C.B. 3º Finalista vencido 1º 1º 1º 1º 1º 3º Escolinhas Época Competição Classificação 2003 a 2012 Encontros Desportivos - Nos dias que correm, a Associação Desportiva do Fundão constitui um clube de referência, respeitado e consolidado a nível regional e nacional, que vem recolhendo elogios de vários críticos e especialistas, bem como dos dirigentes das mais importantes formações do nosso futsal. É símbolo de que no Interior, na Beira Baixa e, mais especificamente, na cidade do Fundão também há valor e potencial por explorar ao qual, na maioria das vezes, não é dada a devida importância. A equipa disputa a I Divisão e, este ano, tem já garantida a manutenção e nova presença no Play-Off. O clube está sediado na cidade do Fundão (distrito de Castelo Branco), em plena Cova da Beira, entre a Serra da Gardunha e a Serra da Estrela. A “terra da cereja”, como é conhecida, possui pouco mais de dez mil habitantes. Ao nível das infraestruturas, a Desportiva conta com uma sede, renovada há alguns anos, que, para além de local de convívio e realização de diversas atividades, proporciona excelentes condições de alojamento a alguns jogadores do clube, e com o Pavilhão da Associação Desportiva do Fundão, localizado nas traseiras da referida sede. Ainda assim, os jogos do campeonato são disputados no Pavilhão Municipal do Fundão (agora denominado “Pavilhão Francisco José Tavares, em honra ao falecido com o mesmo nome que esteve durante muitos anos ligado ao desporto na cidade do Fundão). Inaugurado a 23 de Fevereiro de 2000 pelo então ministro Adjunto Dr. Fernando Gomes, o Pavilhão Municipal do Fundão tem capacidade para acolher 1056 pessoas. Possuí seis balneários e uma área total de 1500 m2 de madeira flutuante no piso 1, e um leque amplo de salas desportivas no piso 0. Devido às excelentes condições que oferece, o Pavilhão tem vindo a ser utilizado na realização de grandes eventos tais como as meias-finais do 32.º Campeonato da Europa de Basquetebol (2000), Campeonato do Mundo de Andebol Universitário (2001), Final Four da Taça de Portugal de Futsal (2003), Final da Supertaça de Basquetebol (2004), II Futsal Nations Cup (2007), entre outros. A Desportiva é ainda uma associação que considera de primeira importância o desenvolvimento motor dos jovens da sua cidade. Como tal, ao escalão dos seniores soma-se o das escolinhas, iniciados, juvenis e juniores. Alguns atletas da formação são ainda integrados no plantel sénior, o que reflete, precisamente, a importância dada à formação pelo clube. Além disto, os escolinhas chegam até, frequentemente, a realizar entre si uma pequena partida no intervalo dos jogos do plantel sénior. A única claque organizada do clube dá pelo nome de “Ultras Fundão” e esta trata de apoiar, efusivamente, os jogadores da Desportiva, jogo após jogo. “Armados” de bandeiras, tarjas e cartazes e recitando vários cânticos que entusiasmam a equipa, este grupo, com sede na rua Haapsalu, é constituído por cerca de 40 jovens. A Associação Desportiva do Fundão distingue-se também nos meios de comunicação social. A Desportiva é o único clube da 1ª Divisão que dispõe de uma rádio que relata os seus jogos, sejam eles no Fundão ou fora de portas: a Rádio Cova da Beira (R.C.B.). Esta rádio e os seus profissionais têm, sem dúvida, realizado um trabalho notável na promoção do clube e da modalidade na região e no país. No que diz respeito à política de contratações para o plantel sénior, os dirigentes da Desportiva têm, com notável sucesso, apostado no mercado brasileiro. No entanto, nesta temporada assistiu-se a uma inversão deste processo, com a contratação de dois internacionais portugueses e de outros jogadores do campeonato português, o que constitui uma alteração que consideramos francamente positiva. De acordo com António Angeja, uma das grandes dificuldades na contratação de atletas prende-se com a interioridade em que o Fundão ainda está inserido. Alguns jogadores preferem ficar nos grandes centros, em vez de integrarem o plantel do clube fundanense. Como é do conhecimento geral, a crise global tem afetado de forma muito significativa os clubes desportivos, impossibilitando-os de manter o mesmo volume de despesas de anos anteriores. Como consequência deste fenómeno, várias formações optaram por prescindir do seu plantel sénior. Obviamente, a Desportiva também não é alheia à crise e, durante o último ano, imperaram problemas de cariz financeiro. Felizmente, através dos apoios de algumas empresas, da Câmara Municipal do Fundão e da criação de uma Comissão de Gestão (constituída por José Luís Adrião, Leal Martins, Rui Quelhas e José Joaquim Ribeiro), foi possível manter a aposta no futsal fundanense. Esta Comissão atua de forma autónoma - sem qualquer intervenção da direção presidida por António Angeja – e, sobretudo através da colaboração do Eng.º José Luís Adrião, suporta a maioria das despesas do clube. É ainda importante referir que para a estabilidade financeira do clube contribuem os seus cerca de 500 sócios. A modalidade tem crescido lentamente na região e a quantidade de equipas no distrito é ainda muito baixa apesar dos clubes existentes estarem melhor organizados e os treinadores melhor formados. Sem os apoios necessários será manifestamente impossível manter o futsal em crescimento na região. É, por isso, essencial continuar a promover e divulgar o futsal na Beira Interior e é igualmente importante que mais entidades se associem e contribuam para o sucesso deste projeto. HINO DO CLUBE: ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF Hoje somos apenas alguns a espalhar a nossa cor por aí Ordeiros da nossa vontade lutamos pelo mesmo fim Das fraquezas fazemos forças prá nossa bandeira levantar E o nosso grito continua ADF, ADF a ganhar E o nosso grito continua ADF, ADF a ganhar ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF Contra toda a adversidade disputamos a nossa glória Porta-estandarte da Cova da Beira no desporto fazemos história Das fraquezas fazemos forças prá nossa bandeira levantar E o nosso grito continua ADF, ADF a ganhar E o nosso grito continua ADF, ADF a ganhar ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF ADF, ADF, todos juntos iremos conseguir ADF, ADF, a vitória há de nos sorrir ADF, ADF, vamos em frente ADF, ADF E a fúria rubra em coro grita ADF, ADF, ADF Download do Hino Época 2006/2007 Época 2007/2008 Época 2008/2009 Época 2009/2010 Época 2010/2011 Época 2011/2012 Jogadores Stalone Idade 32 Naturalidade Covilhã Posição Clube anterior Guarda-redes Sp. Covilhã João Vala 24 Fonte Oleiro Guarda-redes Cariense Davide 26 Beça Universal Boticas Couto 27 Fundão Universal AD Fundão Ciro 21 Rio de Janeiro Fixo Instituto D. João V Lincon 26 Rio de Janeiro Fixo Belenenses Fixo/Ala Guang Gu Guang Ming Josiel 24 Fortaleza Tukinha 22 Rio Janeiro Mário Freitas 22 Mogadouro Ala Sporting Alex Silva 23 Belém do Pará Ala ESMAC Gonçalo Carrola 24 Alcaria Ala Alcaria Rui Pedro 20 Covilhã Fixo/Ala AD Fundão Liléu 25 Fundão Pivot AD Fundão de Ala Instituto D. João V Equipa Técnica António Angeja Cargo Presidente Luís Ramos Diretor José Luís Adrião Comissão de Gestão Rui Quelhas Comissão de Gestão Leal Martins Comissão de Gestão José Joaquim Ribeiro Comissão de Gestão Joel Rocha Treinador Dário Gaspar Treinador Adjunto Bruno Travassos Treinador Adjunto António Luís Seccionista José Virgílio Seccionista Ricardo Veríssimo Seccionista António Sousa Enfermeiro Vasco Rodrigo Enfermeiro Gabriel Fonseca Enfermeiro Outros elementos Prof. Décio Gaspar Cargo Diretor de Formação Hugo Dias Treinador (Formação) Paulo Pedroso Treinador (Formação) Carolina Almeida Treinadora e Fisioterapeuta (Formação) Bruno Robalo Seccionista José Batista Seccionista Júlio Diniz Seccionista Pontos (fase regular) Nº de jogos Nº de vitórias Nº de empates Nº de derrotas Vitórias em casa Vitórias fora Empates em casa Empates fora Derrotas em casa Derrotas fora Golos marcados Golos sofridos Média de golos marcados por época Média de golos sofridos por época 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 TOTAL 25 27 36 40 41 34 203 31 10 6 15 4 6 5 1 7 8 104 109 - 31 10 8 13 5 5 5 3 5 8 92 96 - 29 11 6 12 7 4 3 3 4 8 78 84 - 29 12 7 8 7 5 3 4 4 6 82 74 - 31 16 2 13 10 6 1 1 4 9 106 75 - 26 10 4 11 5 5 3 1 5 6 73 72 - 177 69 33 72 38 31 19 14 29 45 541 516 90,2 - - - - - - 86 Outros dados: Maior vitória Maior derrota Melhor marcador de sempre Max. de jogos sem perder Nº de épocas na 1ª Divisão Participações no Play-Out Participações no Play-Off Melhor classificação *** AD Fundão 18-1 Alpendorada AD Fundão 2-8 Benfica Bruno César 8 (2008/2009) 6 2 4 6º lugar (fase regular) / Meias-finais do Play-Off (2010/2011) 1. Quando e como começou a paixão pelo futsal? Couto: Começou com a impossibilidade de continuar a jogar futebol. Entrei para a faculdade e deixei de ter disponibilidade para continuar a jogar. Depois disso, apareceu a hipótese de treinar no Fundão, que na altura disputava a 3ª divisão nacional e, na época seguinte, integrei o plantel. A partir desse momento nunca mais me passou pela cabeça abandonar a modalidade. Davide: Tinha, na altura, 14 anos quando assisti a um jogo do G.D. Boticas da III divisão, jogo esse que ditou a descida de divisão do clube da minha terra para os distritais de Vila Real. No ano seguinte já fazia parte do plantel sénior do G.D. Boticas e, a partir dai, o futsal passou a fazer parte importante da minha vida, sendo muitíssimo importante atualmente. Lincon: Bom, a paixão começou bem cedo, com 6 anos. Mário Freitas: A paixão pelo futsal começou desde muito cedo. Comecei a ganhar o tal "bichinho" nos jogos entre amigos nos chamados ringues. A intensidade de jogo, o estar constantemente em contacto com a bola ao contrário do que acontece no futebol de 11 fez com que eu optasse por jogar esta fantástica modalidade. Tukinha: Comecei no futsal aos 14 anos, mas a paixão começou aos 15 anos, quando fui para o Fluminense (Brasil). Alex Silva: A minha paixão pelo futsal começou aos 11 anos na escola, agora como não sei explicar porque não me recordo. Já gostava de futebol mesmo antes de saber quem eu era, na barriga da minha mãe (risos). Para além disto, toda a minha família é viciada no desporto desde o meu pai aos meus tios, primos, avós, irmão…como podem ver não há maneira de me fazer abandonar o mundo do desporto. Ciro: A minha paixão pelo futsal começou aos 4 anos. João Vala: Esta Paixão surgiu há cerca de 14 anos, quando comecei a praticar a modalidade no clube Portomosense. A partir dessa época percebi logo que a posição em que adorava jogar era a baliza. Desta forma, ao longo dos anos, fui trabalhando arduamente para cada treino/jogo ser melhor, aproveitando todos os pequenos incentivos, quer da família quer dos amigos que simpatizavam com a minha forma de encarar as situações. Fui crescendo como pessoa e como jogador, até chegar ao nível atual. 2. Quem é, para si, o melhor jogador de futsal do mundo? Couto: Não vejo o futsal como um desporto individual e sinceramente, neste momento, não sou capaz de nomear nenhum jogador. Nomeio sim, seleções como a espanhola e italiana que colocam todos os valores individuais ao serviço de um coletivo muito forte, capaz de anular qualquer valor individual. Davide: Quando via os jogos na televisão (muito poucos na altura) houve um jogador que se tornou um dos meus ídolos na modalidade: o atual capitão da Seleção Nacional, Arnaldo Pereira. O melhor? O brasileiro Schumacher. Lincon: Para mim existem vários jogadores que podem ser considerados melhores do mundo mas como tenho que escolher um, escolho o Shumacher do Interviú de Espanha. É uma referência para mim. Mário Freitas: Falcão. De momento ainda penso que seja o melhor. Há vários jogadores de grande nível e que muito admiro, mas acho que ele ainda é o número 1. Felizmente para o Futsal Português temos o Ricardinho que já esta a um grande nível, cada vez mais completo, estando muito próximo do Falcão. Tukinha: Falcão, por tudo que fez e continua a fazer no futsal Brasileiro. Alex Silva: Poderia dizer vários jogadores que para mim são os melhores mas, apesar de já ter uma idade avançada e pelo que o vi fazer, o Falcão continua a ser o melhor! Ciro: Neste momento temos jogadores fantásticos como o Valdin, Ricardinho, Falcão, entre outros. É difícil escolher um. João Vala: Bem, no meu entender o melhor e o mais completo é sem dúvida o Falcão. 3. Fale-nos um pouco da sua carreira antes de chegar ao Fundão. Davide: Bem, comecei com 15 anos no G.D. Boticas, no distrital de Vila Real. Após 5 épocas e meia (e conseguindo o clube chegar à II divisão nacional), em Dezembro, da época 2006-07 fui para o Sp. Braga, equipa da I divisão e na qual viria a disputar a final da Taça de Portugal, perdendo 2-1 contra o Benfica. No final dessa época surgiu a oportunidade de ir para Espanha e assim foi, tendo representado o "Ourense Fútbol Sala" por duas temporadas no segundo escalão do futsal espanhol. Entretanto o " meu" Boticas conseguiu alcançar a subida à I divisão e foi aí que se deu o meu regresso a Portugal, representando por mais duas épocas o G.D. Boticas. Consegui, no dia 22 Março de 2011, a minha primeira Internacionalização AA pela Seleção Nacional, num jogo amigável contra o Japão. No final dessa época deu-se a extinção do G.D. Boticas, tendo-me tornado, no início desta temporada, jogador da A.D. Fundão. Lincon: Sempre fui muito fiel aos clubes onde passei. Portanto não estive em muitos clubes mas fiz família em cada um deles pois foram sempre muitos anos. Botafogo dos meus 6 aos 12 anos, Canto do Rio dos 13 aos 14 anos e dos 14 aos 20 anos no Vasco da Gama. Mário Freitas: Comecei a jogar futebol de 7 até infantil na terra onde nasci, Mogadouro. Aí, em iniciado, mudei para o futsal onde tive 3 anos até juvenil. Depois tentei o futebol 11 durante duas épocas. Joguei um ano no Mogadourense e, no segundo ano, depois dos olheiros do Vitória de Guimarães me terem visto num torneio de seleções, ingressei no plantel de juniores. Mas a paixão pelo futsal era maior e com a subida à 1º Divisão do C.A. Mogadouro regressei, ainda na idade júnior, para integrar o plantel sénior. Estive lá duas épocas onde fui muito feliz fazendo boas temporadas e onde dei nas vistas, assinando pelo Sporting Clube de Portugal, na época passada. Cheguei este ano, por empréstimo, ao Fundão. Tukinha: Bem, comecei com 12 anos no Projeto na Vila Olímpica da Mangueira, comunidade onde moro no Brasil. Jogava futebol de 11. Quando fiz 15 anos fui convidado para fazer uns treinos na equipa de futsal do Fluminense, onde joguei até os 17 anos. Foi então que surgiu o convite para vir para o futsal português. Alex Silva: Antes de vir para Portugal joguei em 4 equipas do meu estado e numa fora dele, no Brasil. Só não conquistei títulos quando saí do meu estado. Regressei e, depois de mais uma época, vim para Portugal. Ciro: Comecei aos 4 anos a jogar futsal. Depois joguei algum tempo futebol de onze e passei por grandes clubes brasileiros antes de chegar ao Fundão. 4. Como foi a sua adaptação ao futsal português? (jogadores estrangeiros) Lincon: A adaptação não foi muito difícil pois comecei na terceira divisão e fui subindo gradualmente. Assim, foi mais fácil chegar bem maduro à primeira divisão. Sobre os clubes onde passei: Vim direto para o Boticas que representei por 5 épocas, começando na terceira divisão. Infelizmente para aquela vila, acabou o clube na primeira divisão. Entre essas 5 épocas tive uma passagem pela primeira divisão na Utad/Realfut, onde contraí uma fratura no pé e acabei por voltar ao Boticas. Antes de representar o Fundão estive meia época no Belenenses, experiência que não correu da melhor forma possível. Nem todos os treinadores e jogadores se dão sempre bem. Agora estou feliz no Fundão! Tukinha: O meu primeiro clube em Portugal foi o Académico de Mogadouro, no qual eu praticamente só jogava pela equipe júnior. A minha adaptação foi rápida e, no ano seguinte, fui para a equipa do Instituto D. João V, clube que me acolheu muito bem e me fez crescer como jogador. Foi uma experiência ótima. Alex Silva: A minha adaptação foi um pouco difícil e ainda não estou bem adaptado. Porém, acredito que hoje já estou bem melhor taticamente e no que concerne ao estilo e padrões de jogo. Graças a Deus tenho estado a trabalhar muito para me encaixar bem e poder vir a colher os frutos do meu trabalho. Ciro: A minha adaptação foi boa. No primeiro ano vim para Mogadouro, onde encontrei muitos brasileiros e isso ajudou-me muito. Do meu clube anterior, o Instituto, só tenho coisas boas a recordar. Passei lá os melhores momentos da minha vida como atleta e pessoa. 5. Dê-nos a sua opinião acerca do campeonato português. Couto: Acho que existe muita diferença entre Benfica e Sporting e as restantes equipas. Têm condições e orçamentos claramente superiores, o que invalida qualquer tipo de discussão pelos primeiros dois lugares, numa competição que se quer regular como o campeonato nacional. No que diz respeito às outras equipas, acho que Fundão, Freixieiro, Modicus e Olivais são equipas que já têm a sua posição definida na 1ª Divisão, o Belenenses passa por uma fase de restruturação e as restantes procuram, claramente, obter o maior número de pontos para fugir à despromoção. Davide: O campeonato português ganharia, por muitas razões, se se tornasse profissional. Não o sendo, fica à partida desnivelado a favor das duas únicas equipas que o são. De resto, é um campeonato muito competitivo, em que qualquer equipa pode ganhar a qualquer outra. Há muitos jogos muito equilibrados mas é também um campeonato que tem vindo a perder qualidade tanto ao nível dos atletas como dos treinadores que o compõem, uma vez que existe uma maior emigração destes e uma menor contratação dos mesmos por falta de verbas para tal. Lincon: O futsal português é bastante competitivo. Este ano tem sido um dos mais equilibrados, sem dúvida nenhuma. É um dos melhores campeonatos do mundo! Mário Freitas: Infelizmente para o campeonato português só existem duas equipas profissionais e financeiramente capazes de fazer investimento para lutar pelo título. As restantes equipas são todas amadoras sendo o campeonato bastante equilibrado. Em Portugal temos jogadores de grande nível e de grande competitividade o que faz com que ombreemos com os ditos melhores em termos de seleção. Terá talvez de melhorar em termos organizativos mas tenho a certeza de que com a nova federação esses problemas serão ultrapassados. A nova federação tem elementos ligados diretamente ao futsal o que dará um maior alento e crescimento à modalidade. Seria essencial formar seleções nacionais desde idade júnior o que aumentaria o nível dos atletas. O maior problema passará pelos apoios aos clubes. Apenas dois clubes são profissionais o que faz com que os restantes vivam de pequenos patrocínios e essencialmente das autarquias. Com a crise que o país atravessa os apoios são cada vez menos o que faz com que os clubes tenham de cortar nas despesas. Felizmente, também há qualidade nas equipas ditas amadoras, ao nível de jogadores e treinadores. Já se trabalha bem em praticamente todos os clubes. Tukinha: Um bom campeonato, jogos bastante pensados e com muitos jogadores de qualidade. Alex Silva: O campeonato é muito bom! Um dos fatores que o torna excelente é que nenhuma equipa está “morta” até às últimas jornadas, a não ser as duas últimas que descem diretamente. O resto é obrigado a dar o tudo por tudo até ao fim do Play-Out e Play-Off e todos lutam por cada vitória e por cada ponto até ao final. Ciro: Eu acho que o campeonato está mais fraco esta época em relação às anteriores. No entanto, está também mais equilibrado. João Vala: O campeonato da 1ªDivisão é, de facto, um campeonato bem disputado a todos os níveis, em que na maioria dos encontros, e muito pela qualidade dos plantéis, o resultado (vitória) poderá cair para ambas as equipas. Isto, no meu entender, favorece imenso o desporto em geral e em particular a modalidade, tornando o Futsal uma modalidade bonita de se praticar e ainda mais bonita de ser vista. 6. Ao longo da sua carreira, qual o treinador com quem mais aprendeu? Couto: No que diz respeito ao Futsal tive apenas dois treinadores, sete épocas o Prof. José Luís e duas épocas o Prof, Joel Rocha. Acho que o tempo de trabalho e o trajeto percorrido da 3ª Divisão até à 1ª são indicadores das aprendizagens adquiridas. No entanto, ainda hoje continuo a aprender. Davide: Ao longo destes 11 anos em que pratico futsal, já tive o privilégio de trabalhar com mais de uma dúzia de treinadores e a verdade é que, com todos eles, pude aprender algo de importante para poder evoluir quer como atleta, quer como pessoa. Lincon: Sem dúvida nenhuma que com cada treinador se aprende algo, alguns um pouco mais e outros um pouco menos! Mário Freitas: Felizmente ao longo da minha carreira tenho tido sempre excelentes treinadores que muito me têm ensinado e contribuído para a minha evolução. Não gostaria de enumerar nenhum em particular mas sim deixar o meu agradecimento a todos eles. Estareilhes sempre grato. Tukinha: Nuno Dias. Alex Silva: Aprendi muito com o treinador que tive no Paysandu-Pa: o Marcos Sousa (Marquinhos). Ele foi fundamental. Ciro: Nuno Dias. João Vala: Não tenho um único mas sim uma equipa técnica que para mim foi verdadeiramente importante: “Carlitos” e “Arménio”. 7. Como está a ser a estadia no Fundão? O clube oferece-lhe boas condições? Couto: Acho que depois de Benfica e Sporting é o Fundão é o clube que melhores condições oferece aos jogadores. A comissão que gere o futsal é extremamente competente e dá todas as condições para que os jogadores possam desempenhar as suas funções da melhor maneira. Davide: Desde o primeiro dia em que cheguei ao Fundão que tenho sido muitíssimo bem tratado e acolhido, quer pelos responsáveis do clube quer pelas pessoas que tenho conhecido ao longo deste tempo. O clube oferece a todos os atletas condições muito boas, quer para trabalhar, quer para viver. Habituei-me facilmente à cidade: é pequena e pacata, não há distúrbios e temos o que é preciso para o dia-a-dia logo ao virar de esquina. Lincon: A estadia no Fundão tem sido muito boa. É bom morar no Fundão, cidade pequena mas que ao mesmo tempo tem de tudo. O Fundão oferece-me as melhores condições possíveis e estou muito contente por isso. Mário Freitas: A estadia tem sido excelente. A Desportiva oferece-nos todas as condições para realizarmos o nosso trabalho, não tenho dúvidas de que é um dos clubes que melhores condições oferece aos seus atletas. É uma verdadeira família. Acho a cidade excelente, muito agradável. Tem parecença com o local onde cresci, o que faz com que me sinta quase em casa. Tukinha: Fui bem recebido quando cheguei ao Fundão, em Janeiro. Não tenho nada a reclamar das condições. É uma cidade muito tranquila e com adeptos que comparecem aos jogos para nos dar força. Alex Silva: A minha estadia está a ser muito boa e tranquila. A minha maior dificuldade foi o clima já que na minha cidade nunca há frio. O clube tem as suas limitações mas nada que eu mesmo não possa resolver. Volto a frisar que estou tranquilo, a trabalhar bem e à vontade. A cidade é um pouco ao meu estilo: tranquila, sem muitas agitações. Não lhe mudaria nada. O Fundão é bom sítio para se viver. Tem um povo humilde e solidário. Ciro: Esta tudo bem. O clube oferece-me boas condições. A cidade, apesar de não ser muito grande, é muito agradável. João Vala: A nível de qualidade de Vida é muito positivo. A cidade é muito agradável e acolhedora, em termos de condições o clube faz de tudo para que os atletas se sintam bem e com condições de trabalho favoráveis a um bom desempenho desportivo. 8. Que metas pessoais traçou para esta temporada no Fundão? Couto: As minhas metas pessoais estão associadas às metas do clube: o play-off foi garantido e agora vamos sonhar com algo melhor, conscientes das dificuldades . Davide: Não tracei grandes objetivos pessoais, apenas aqueles que todos os atletas que chegam a um novo clube querem. Os jogadores que vêm de fora querem ser importantes para a equipa, procurando ajudar de todas as formas possíveis na concretização dos objetivos do clube. Todos os clubes gostam de ficar no melhor lugar possível (mais próximo do topo) e com os jogadores passasse o mesmo. Lincon: Eu vim para ajudar o Fundão, cheguei a meio da época e sinto que estou a ajudar. Isso para mim é uma das metas pessoais. Mário Freitas: A nível individual evoluir a cada treino, a cada jogo. A nível competitivo, jogar muitos minutos. Potenciar as minhas qualidades e trabalhar as minhas lacunas. Torna-me um melhor jogador a cada dia que passa. Sempre com o intuito e como principal objetivo ajudar o coletivo. Tukinha: O objetivo do clube já foi conquistado: garantimos o Play off. Individualmente, penso sempre em chegar o mais longe possível e ser reconhecido. Alex Silva: Pessoalmente queria concluir a minha adaptação o mais rápido possível, ao assimilar o estilo do treinador e da equipa. Pretendi agradar a todos através de muita dedicação e humildade, procurando ajudar a equipa a chegar o mais longe possível no campeonato. E é claro: tentar conquistar títulos! Ciro: Como faço sempre, dar o meu melhor em cada jogo e ajudar os meus companheiros. João Vala: Em termos de metas pessoais tracei, em primeiro lugar, trabalhar para ajudar a equipa a alcançar os seus objetivos. Em segundo, trabalhar para ser opção assídua e por último evoluir a cada treino. 9. Qual a sua opinião acerca do Pavilhão Municipal do Fundão? E acerca do público? Couto: O pavilhão é muito bom e o piso é ideal para a prática da modalidade. Quanto ao público, penso que a irregularidade da equipa fez com que as pessoas não aderissem da forma que já fizeram em épocas anteriores, no entanto, frente ao Benfica o pavilhão vai encher. Davide: O Pavilhão Municipal do Fundão tem excelentes condições para acolher qualquer tipo de modalidade indor e está, sem dúvida alguma, entre os melhores pavilhões que fazem parte da I divisão nacional de futsal. O público é ótimo, esteve sempre connosco ao longo destes meses todos, no bom e no mau, e então aquele grupo de jovens do lado direito da bancada é excelente, do melhor a nível nacional, não se calam um minuto e isso ajuda muito quem está lá dentro. Lincon: O Pavilhão Municipal do Fundão oferece das melhores condições em Portugal, o público é fantástico, estão sempre a apoiar-nos, mesmo quando não estamos tão bem. Já agora, faço um apelo para que continuem connosco mesmo quando os resultados menos bons aparecem. Estamos na reta final do campeonato e cada apoio é fundamental. Mário Freitas: O Pavilhão Municipal do Fundão é dos melhores pavilhões da 1ª Divisão. Excelente piso, bons balneários, todas as condições que precisamos para fazer o nosso trabalho. Quanto ao público, já conhecia a força que transmitia às suas equipas. Sempre foi muito difícil defrontar o Fundão não só pela qualidade das suas equipas mas também pela força que o seu publico transmite. Como adversário senti isso na pele mas sentir essa força vestindo a camisola da Desportiva é realmente especial e motivante. Tukinha: É um pavilhão espetacular, muito bom para os jogos. O público sempre comparece em massa para nos apoiar. Alex Silva: O pavilhão é muito bom. Gosto muito de jogar lá pois o Municipal é bonito, estruturado, tem condições espetaculares para jogar futsal ao melhor nível. O público é regular. Poderia ser ainda melhor mas acredito que a afluência do público está diretamente relacionado com a situação atual da equipa. Se tivéssemos mais habitantes ou se a divulgação dos jogos fosse maior, poderíamos ter muito mais público. Ciro: O pavilhão é muito bom, um dos melhores em que já joguei. O público parece que anda um pouco desconfiado da equipa. No entanto, creio que eles vão-nos ajudar muito nesta reta final. João Vala: Em termos do público, a minha opinião é muito positiva pois a cada jogo procuram apoiar toda a equipa, mesmo nos momentos em que os resultados teimam em aparecer. Os adeptos da Desportiva nunca desistem. O pavilhão tem muito boas condições para a prática da modalidade, nada a apontar. 10. O seu futuro próximo passa por continuar a representar o Fundão ou ambiciona chegar a uma equipa com maior dimensão? Couto: Passa claramente por continuar a representar o clube da minha cidade. Dou aulas de Educação Física no Fundão e é por cá que quero continuar. Davide: O futuro ninguém sabe e é normal que todos os atletas queiram mais e melhor. No entanto, há grandes hipóteses de passar pelo Fundão. Lincon: Como disse, estou feliz no Fundão, gosto muito do clube e da cidade. Sobre renovações ainda temos muita coisa para pensar. Primeiro o campeonato e só depois podemos falar sobre esse assunto. Mário Freitas: Estou na A.D.F. por empréstimo do Sporting mas, sinceramente, não penso muito na próxima época. O que interessa é o presente e o presente é o Fundão. Estou apenas focado em ajudar o clube a concretizar os seus objetivos. Tukinha: Penso em ir mais longe, jogar em equipas com maiores dimensões e conquistar muitos títulos. Alex Silva: O meu futuro próximo é, sem dúvida, continuar no Fundão. Com ambição, o Fundão poder crescer muito mais. Somos uma equipa grande. Não é à toa que alcançámos o Play-Off pela 4º vez consecutiva. Portanto o clube tende a crescer ainda mais e pretendo fazer parte desse mesmo crescimento (apesar disto não depender só de mim, obviamente). Ciro: Todos os jogadores pensam em chegar sempre mais alto na sua vida e eu não sou diferente. Apesar disto, tenho muito respeito pelo Fundão que apostou em mim quando eu estava no Brasil parado há 6 meses depois de uma cirurgia às amígdalas. Eles apostaram e depositaram em mim toda a confiança. Jamais vou esquecer isso. João Vala: Como costumo dizer e acreditar: “O futuro a Deus Pertence”. 11. Quer deixar uma mensagem aos adeptos da Desportiva? Couto: Que acreditem numa vitória frente ao Benfica e que encham o pavilhão municipal! Davide: Toda a gente da A.D. Fundão quer o melhor para o clube e independentemente dos resultados haverá sempre a maior entrega, esforço e dedicação para que os objetivos sejam alcançados e se leve mais alto o nome do clube. Com todos vocês ficamos mais perto. Lincon: Quero sim: um muito obrigado pelo apoio que nos têm dado e que continuem assim pois juntos somos bem mais fortes! Mário Freitas: Em primeiro lugar gostaria de agradecer aos adeptos todo o seu apoio e carinho. Depois peço que acreditem em nós, que nos continuem a apoiar pois eles são de extrema importância. Juntos somos mais fortes e melhores. Tukinha: Queria agradecer pelo apoio que nos têm dado, comparecendo em todos os jogos e que continuem a apoiar-nos. Darei o melhor de mim para conseguir ajudar a equipa a ir o mais longe possível. Alex Silva: A minha mensagem é que os adeptos nos continuem a apoiar independente de como correrem as coisas. Da minha parte, podem esperar muito mais, sobretudo, garra, força, dedicação e empenho. Vou procurar honrar sempre o nome do Fundão. Os profissionais que aqui estão fazem sempre o melhor e tentam levar o clube o mais alto possível! O Fundão merece estar no top! Ciro: Por favor, ajude-nos muito nesta reta-final da temporada! João Vala: Que continuem sempre a apoiar a Desportiva e que cada vez mais compareçam ao pavilhão no dia dos jogos. Os adeptos são mais um elemento dentro de campo e que joga a nosso favor. FORÇA ADF! Agradecimentos aos jogadores da Associação Desportiva do Fundão que, logo que contactados, se disponibilizaram a colaborar connosco na redação deste artigo, ao concedernos esta entrevista. Entrevista com o Prof. Joel Rocha O nome de Joel Rocha está intimamente ligado à história recente da Associação Desportiva Fundão, no campeonato nacional de futsal português. No comando técnico da equipa há duas épocas, o técnico mais jovem da I Divisão conduziu o clube da Beira Interior à sua melhor prestação de sempre (meias-finais do Play-Off, em 2010/2011). Nesta entrevista fala-nos do seu percurso, da AD Fundão, do campeonato português e da modalidade em geral. 1. Fale-nos um pouco de si. Como foi o seu percurso no futsal até aos dias de hoje? R: Iniciei as minhas funções de treinador de futsal na época 2003/2004, na cidade de Castelo Branco, ao serviço da ACD Carapalha, no escalão de Juvenis. Na época seguinte, após integrar o gabinete técnico da AF Castelo Branco para trabalhar nas suas seleções distritais de futsal (onde me mantive durante 3 épocas desportivas), fui convidado pelo atual treinador nacional José Luís Mendes a integrar a AD Fundão na época 2005/2006, onde me mantive de forma ininterrupta durante 4 anos. Fui, nesses 4 anos, adjunto da equipa sénior, treinador dos Juniores (bi-campeões distritais e uma presença na ½ final da taça nacional), treinador dos Juvenis e treinador da equipa sénior feminina (bi-campeã distrital e uma presença na ½ final da taça nacional). Na época 2009/2010 “ausentei-me” da cidade fundanense e representei um clube da cidade da Covilhã, a AD Estação, onde fui o treinador da equipa sénior feminina de futsal, campeã distrital. Na época 2010/2011, “o bom filho à casa torna” e fui convidado a regressar ao “local de origem”, voltando à AD Fundão, para assumir funções de treinador principal da equipa sénior, onde atualmente me mantenho. 2. Que treinador, a nível nacional, constitui uma referência para si? E a nível mundial? R: Defino as minhas referências em padrões de elevada qualidade na competência, na forma de ser, de estar, de gerir, liderar e de comunicar, por isso, os melhores são, e serão sempre, uma referência. Mas uma frase de um senhor chamado Fabio Capello é elucidativa: “o melhor treinador é o maior dos ladrões”. Considero-me um “ladrão” sedento de qualidade, competência, organização e vitórias. Procuro diariamente estas premissas, em qualquer jogo, em qualquer escalão, em qualquer treinador, em qualquer lugar, em qualquer campeonato, em qualquer país. A procura contudo, realizo-a no sentido de cimentar e consolidar a minha identidade, a minha conceção de jogo, os princípios de uma determinada forma de jogar com a qual mais me identifico, e isso, é unipessoal. 3. Indique-nos as principais características/competências que considera que um treinador deve possuir. R: O perfil de “treinador” é hoje em dia mais global, mais amplo, mais abrangente e por isso também difícil de ser “completo”, ideal ou perfeito. A natureza do conhecimento da modalidade, do seu enquadramento nacional e internacional, das tendências desportivas do “nosso” campeonato e das “nossas” equipas é importante. O conhecimento específico do jogo, dos seus momentos e das suas dinâmicas, da sua observação e análise é fundamental. A conceção de uma determinada metodologia de treino exacerbada através do exercício e das orientações específicas e objetivas pela razão da sua realização considero-a altamente determinante. A estas características o treinador deve somar-lhe capacidade de liderança, de boa gestão humana, social e desportiva, boa capacidade de comunicação, honestidade e rigor. 4. Dê-nos a sua opinião acerca do campeonato português de futsal, bem como dos jogadores e treinadores que o constituem. R: O campeonato português está mesclado com enorme capacidade de trabalho, organização, competência, qualidade, talento e irreverência – positiva. Mas olhar para o nosso campeonato importa perceber que existem duas realidades – a dos grandes de Lisboa e “os outros”. A diferença na quantidade – de orçamento, de jogadores no plantel, de mobilização, de recursos – é evidente e por isso, são, em condições normais, melhores que os outros e mais vezes estão de braço dado com o sucesso. Não são invencíveis nem perfeitos, mas têm maior quantidade de trabalho nesse caminho. E porque quantidade não traduz qualidade, todos “os outros” justificam o seu respeito neste equilibrado e competitivo campeonato. Somos obrigados a evoluir, melhorar e aperfeiçoar todas as nossas tarefas de ação diariamente de forma a sermos mais competentes, mais eficazes e mais vitoriosos que os nossos adversários, sábado a sábado. O treinador português é altamente competente, metódico, organizado, investigador e isso reflete-se no desempenho da grande maioria das equipas – organizações de jogo perfeitamente definidas, com princípios bem evidentes de treino e rotinas de bons hábitos de trabalho. A capacidade de inclusão de todas as variáveis do jogo no treino melhora e induz uma capacidade de estímulos positivos aos jogadores que lhes permitem hoje ser melhores e estarem melhor preparados. Porque o treinador é “obrigado”, devido ao nível de exigência da competição, a porfiar, os jogadores são “automaticamente” melhores jogadores (e também “ladrões”) – conhecem melhor o jogo, identificam e interpretam melhor todos os seus momentos e estão mais capazes nas ações de decisão constante. 5. Como vê a evolução desta modalidade no nosso distrito? Há equipas e jogadores com bastante qualidade? R: O futsal no nosso distrito, comparativamente com a realidade de outras associações distritais, está melhor no seu nível qualitativo, mas igual ou pior no seu nível quantitativo. Os clubes estão melhor organizados, os treinadores melhor formados e/ou informados e por inerência, os jogadores treinam melhor e têm mais qualidade, mas o claro handicap a nível distrital é a quantidade de clubes, equipas e atletas a competir – somos poucos. Da quantidade nasce a competitividade e isso traduz mais e melhor qualidade, sendo essa uma das razões para que as equipas e jogadores do nosso distrito sintam dificuldades acrescidas no confronto com outras realidades. A verdade é que em termos nacionais, o distrito tem uma equipa na 1ª divisão e duas equipas na 3ª divisão, e os nossos campeões distritais, nas categorias de formação, sentem enormes dificuldades nas respetivas taças nacionais. Não podemos eternamente justificar estes números com a interioridade pois isso é a “desculpa fácil”. Aqui também existe trabalho, dedicação, qualidade e competência, mas estes “valores” não podem ficar na secretária à espera de uma assinatura. A “crise” do dirigente associativo/desportivo não pode ser disfarçada nem ignorada. É preciso quem abra os pavilhões, quem transporte atletas, quem prepare equipamentos, quem compre e prepare o lanche, quem se desloque a reuniões técnicas/sorteios, quem previna e recupere atletas, quem se dedique antes, durante e sobretudo depois dos treinos e jogos, de forma desinteressada e altruísta. O caminho tem sido feito, mas com mais por percorrer do que percorrido. 6. Como é o dia-a-dia da Desportiva? Dê-nos uma pequena ideia da forma como trabalha. R: O microciclo semanal da AD Fundão inclui, por norma, 5 sessões de treino de 90 minutos cada e duas sessões de vídeo de análise e observação de adversários. Dependente das particularidades e envolvência competitiva do momento, podemos optar por um microciclo de 7/8 sessões de treino, mantendo as duas sessões de vídeo. Por norma, as reuniões de análise e observação com vídeo duram entre 12 a 16 minutos e em função da avaliação que fazemos aos nossos jogos, algumas sessões de vídeo são de análise aos nossos próprios comportamentos, de forma a aperfeiçoar todas as variáveis do nosso jogar (observação e análise em jogos e treinos). Trabalhamos diariamente para potenciar aquilo que é a nossa identidade e a nossa forma de jogar. Como complemento e de forma a estarmos melhor preparados para cada jogo, adotamos adaptações estratégicas em função dos adversários, potenciando determinados tipos de ação estratégicas que acreditamos serem importantes para superar os adversários. Estes pequenos “trabalhos de casa” permitem manter uma evolução constante e diária na nossa forma de jogar o que nos enriquece a todos. 7. O que pensa dos jogadores que tem à sua disposição? R: Enquanto treinador, a minha responsabilidade e competência é aumentar e potenciar a qualidade e talento dos meus jogadores, sejam eles quais forem, de forma a traduzir em rendimento e desempenho desportivo aquilo que o clube define como os objetivos a alcançar em cada época. Com este perfil, definimos os jogadores e tentamos que todos eles se enquadrem no perfil que pretendemos para o nosso nível competitivo, de exigência, de responsabilidade e de qualidade/talento. Atualmente, todos os jogadores da AD Fundão são extraordinariamente dedicados, trabalhadores, solidários e competentes. Estou satisfeito e orgulhoso e enquadram-se, na perfeição e totalidade, no perfil que temos estipulado para, todos juntos, alcançarmos os objetivos do clube. 8. O clube oferece boas condições aos seus técnicos e jogadores? R: Atualmente, o clube proporciona a todos os seus elementos constituintes (departamento técnico, departamento médico, departamento desportivo e restantes colaboradores) condições totais que nos permitem estar preparados para, a cada dia, a cada treino e a cada jogo podermos ser melhores, mais competentes e estar mais perto do sucesso. Não somos ricos, não somos extravagantes nem “excêntricos”, mas a humildade do esforço que todos fazem para que nada falte ao plantel “obriganos” a retribuir com esforço, dedicação e fundamentalmente, vitórias. 9. Como lida com as constantes alterações de plantel que a Desportiva sofre quase todos os anos? R: Como referi anteriormente, o perfil de competência do treinador está, também ele, bem definido, por isso, independentemente do plantel que tenho à disposição, o meu “destino” está traçado – trabalhar para potenciar qualidade e talento em rendimento e sucesso coletivo. Com plantel renovado ou inovado, “novo” ou “velho”, igual ou diferente, isso não me assusta, não me condiciona e não nos desvia dos nossos objetivos. Ninguém se refugia nas alterações para justificar insucesso, embora todos percebamos que o nível de dificuldade aumenta. Tentamos, isso sim, que todos os anos a palavra de ordem seja “estabilidade”, mas nos últimos anos, por razões que a maioria das vezes não controlamos, não nos é possível manter a estrutura base do plantel época após época. 10. A que se deveu o atribulado início de época do Fundão? R: A principal responsabilidade do início de época menos positivo é da minha exclusividade. Começámos a treinar um mês antes do início do campeonato e durante o primeiro mês de competição a AD Fundão não alcançou qualquer ponto. Sou eu que os treino, lidero e oriento. Programo, organizo, sistematizo e defino exercícios, objetivos, planos de abordagem e implementação estratégica aos jogos e coordeno análises e observações. Os atletas sempre lutaram para que a situação se invertesse e pouco ou nada nos faltou para sermos melhores, mas a verdade é que mesmo nessa fase fomos sempre capazes de acreditar em nós, no que fazíamos (e fazemos) e confiar no todo em prevalência à soma das partes. Foi longo o caminho para que o plantel formado e constituído no início da época se identificasse com a nossa identidade desportiva, a nossa personalidade cultural e o nosso espirito de ambição inerente ao sucesso do passado recente. Fomos a última equipa a pontuar, apenas à jornada seis, e à jornada nove alcançamos um lugar dentro dos 8 primeiros, que mais não iríamos deixar. Não importa dizer que o plantel iniciou 85% novo, que entre entradas e saídas constantes o plantel parecia uma “paragem de autocarro” em que tivemos ao todo 18 jogadores de futsal na presente época desportiva e menos importa dizer que entre a jornada 6 e a jornada 24 (19 jornadas) o play-off foi assegurado. Ninguém se vai interessar, lembrar ou relembrar disto. Não importa. O que fica na memória são os resultados e a classificação e isso traduz sucesso e objetivos definidos alcançados. O resto, não importa. 11. Considera positiva a prestação da Desportiva durante esta época? R: Considero uma prestação positiva, mas irregular, demasiado sinuosa no que diz respeito aos resultados. Não queríamos que assim fosse, todos trabalhámos para melhores resultados, mas a verdade é que aconteceu e satisfaz-nos a todos a capacidade que sempre demonstrámos em nunca nos deixarmos distrair e continuarmos a acreditar e confiar no nosso trabalho na luta pelos nossos objetivos. Alcançámos o objetivo do clube que é a manutenção direta através do apuramento para o play-off. 12. Atualmente, o que representa, para si, a Associação Desportiva do Fundão no panorama regional e nacional da modalidade? Estamos perante uma equipa de elite do futsal português, em todas as suas vertentes? R: A AD Fundão é já uma referência no futsal nacional por todo o seu trajeto nos últimos anos, com o contributo decisivo do Presidente Angeja, do atual treinador nacional José Luís Mendes e de todos os jogadores que passaram (e permanecem) nesta casa. Para mim é motivo enorme de satisfação, orgulho e privilégio pessoal, social e desportivo representar um clube que está entre os melhores, procurando sempre ser melhor. 13. Em que medida o sucesso da Desportiva pode ser importante para a cidade do Fundão e para a região? R: Nós, clube, dependemos da cidade, da região, dos adeptos, sócios e todos os que, de forma direta ou indireta nos ajudam. A nossa forma de retribuir é honrar e dignificar o nome que “carregamos” nas costas e o símbolo que “transportamos” ao peito, vencendo e alcançando objetivos, estando entre os melhores da modalidade a nível nacional. O nosso sucesso e o nosso êxito é o sucesso, êxito e valorização da marca/nome Fundão e todos os que nos envolvem. Mas, por vezes, também nos questionamos: onde está a aglutinação e proximidade das pessoas depois do sucesso desportivo da época passada? Onde está a mobilização dos sócios em torno do clube e da preocupação do seu futuro? Todos somos poucos! 14. O seu futuro próximo passa por continuar a treinar a Desportiva ou ambiciona chegar a uma equipa com maior dimensão? R: A AD Fundão é um clube de top, de referência, que adquiriu “pelo seu próprio pé” um estatuto notável na 1ª divisão nacional de futsal onde tem o seu próprio espaço. Sintome muito bem e muito feliz na AD Fundão. São-me proporcionadas todas as condições para poder desenvolver um trabalho competente e com qualidade e isso a mim satisfaz-me. Sou um autêntico privilegiado. Dedico-me e entrego-me a top diariamente, procuro ser competente, exigente e o mais específico possível. O dia de amanhã não me preocupa ou “tira o sono”. O importante é o dia de hoje e esse temos que o viver a 100%, sem deixar nada por fazer, mostrar, evoluir e melhorar. Sinto-me feliz aqui e não penso em nada mais que não seja o dia de hoje. 15. Quer deixar uma mensagem aos adeptos da Desportiva? R: Mobilizem e tragam, cada um, mais um. De “adepto” transformem-se em “sócio”. De “sócio” em parte integrante desta família. Contribuam diária e ativamente, de forma positiva e evolutiva, para o sucesso do clube. Todos somos poucos, e é da união que sobressai a força, as vitórias e o sucesso…de TODOS!!! Agradecimentos ao Prof. Joel Rocha pela disponibilidade e colaboração na redação desta entrevista. A.D. Fundão Resumindo, através das informações que perscrutámos e expusemos neste artigo, podemos confirmar o que inicialmente referimos: a Associação Desportiva do Fundão é, hoje, efetivamente, um clube histórico, com lugar marcado entre a elite do futsal português. A sua história, a sua organização, as suas infraestruturas, a competência dos seus profissionais, a sua massa adepta e a dimensão regional e nacional que vem adquirindo são provas disso mesmo. Quando o Interior luta de forma desigual contra o maior poder económico da faixa litoral, este feito ganha ainda mais relevância. Apesar da crise e do estatuto de equipa amadora, a A.D. Fundão sempre se pautou pelas excelentes condições de trabalho e de vida que proporciona aos seus atletas. Por isso mesmo, apelamos, sobretudo aos jogadores portugueses, a que não tenham receio de apostar no Interior. Aqui também se pode levar uma vida digna, plena de felicidade e bem-estar, com todas as condições necessárias. Temos a certeza de que se o trabalho desenvolvido pelos dirigentes, jogadores e adeptos ao longo de 57 anos de história se perpetuar, aliado aos devidos apoios financeiros, será exequível manter este projeto em andamento e, quem sabe, chegar muito mais alto. Para isso, uma maior- mobilização dos adeptos e sócios é também fundamental. Há muito que a cidade do Fundão deixou de ser apenas sinónimo de “terra da cereja”. Com muito orgulho e regozijo, é agora também “terra de bom futsal”. Nome: Associação Desportiva do Fundão Cidade: Fundão Associação: AF. Castelo Branco Morada: Rua João Franco, n.º 20, 6230-363 Fundão Fundação: 23 de Abril de 1955 (57 anos) Pavilhão: Municipal do Fundão ou Pavilhão Francisco José Tavares Capacidade: 1056 Equipamento tradicional: (Marca: Titãs) Claque: Ultras Fundão Melhor classificação: 6º lugar (fase regular) Meias-finais do Play-Off Presidente: António Luís Nunes Angeja Website: futsaladf.com Telefone/Fax: 275 752 224 Email: [email protected] Reportagem “Futsal Magazine” da RTP2 LISTA DOS JOGOS MAIS NOTÁVEIS DA DESPORTIVA NA 1ª DIVISÃO: Sporting 3 – 4 Fundão, 16-12-2006 Fundão 5 – 1 Instituto, 24-01-2009 Modicus 1 – 2 Fundão, 10-05-2009 Fundão 5 – 1 Fundação, 16-05-2009 Alpendorada 0 – 4 Fundão, 19-09-2009 Sporting 1 – 2 Fundão, 03-10-2009 Fundão 3 – 2 Sporting, 06-02-2010 Benfica 2 – 4 Fundão, 22-05-2010 Fundão 2 – 2 Benfica, 04-12-2010 Fundão 7 – 6 Freixieiro, 05-02-2011 Fundão 4 – 1 Boticas, 23-04-2011 Fundão 6 – 3 Belenenses, 14-05-2011 Belenenses 2 – 3 Fundão, 21-05-2011 Fundão 2 – 1 Sporting, 28-05-2011 ESTATUTOS DO CLUBE: Da denominação, natureza, âmbito, sede e fins Artigo 1.º A Associação Desportiva do Fundão, A.D.F., agremiação desportiva fundada em 23 de Abril de 1955, tem por fim o desenvolvimento e máxima projeção do gosto pelo desporto em toda e qualquer modalidade. a) A promoção cultural, desportiva e recreativa dos seus associados, bem como de toda a população local. b) A Associação Desportiva do Fundão tem a sua sede social e administrativa, recinto desportivo e demais instalações na cidade do Fundão, podendo instalar-se em quaisquer outras localidades. Símbolos do clube Artigo 2.º a) Os símbolos tradicionais do clube são as cores grenat e preto e as armas da cidade do Fundão. b) O estandarte do clube é de pano acetinado de cor grenat e preto, disposto em xadrez, de feitio retangular, tendo ao centro o símbolo da cidade do Fundão, em cima o nome da Associação Desportiva do Fundão e em baixo a data da fundação. c) A bandeira do clube é de pano grenat e preto, disposto em xadrez, com o símbolo da cidade do Fundão, com a sigla da coletividade por baixo. d) O equipamento a envergar pelos atletas é constituído por camisola grenat e preta e por calções e meias pretas. Dos sócios Artigo 3.º Os sócios da A.D.F. classificam-se pelas seguintes categorias: sócios efetivos, sócios auxiliares e menores, sócios de mérito, sócios beneméritos, sócios honorários, sócios correspondentes e sócios coletivos, conforme definição no capítulo III, artigo 13.º do regulamento geral interno. Artigo 4.º Os sócios obrigam-se ao pagamento de uma joia inicial e de uma quota mensal, cujo valor será determinado e alterado por deliberação da assembleia geral. Único. Aos associados menores de 15 anos será atribuída uma quota, cuja importância será de valor inferior à dos sócios efetivos, a qual será determinada e alterada por deliberação da assembleia geral. Deveres dos sócios Artigo 5.º Os sócios da A.D.F. devem observar estritamente as disposições dos estatutos e do regulamento geral interno e acatar as resoluções dos órgãos diretivos. Direitos dos sócios Artigo 6.º São direitos dos sócios votar e ser votado para qualquer cargo do clube ou a representar este, como delegado, em qualquer atividade em que o mesmo tenha representação. Artigo 7.º Ao livre ingresso nos recintos desportivos onde decorram atividades organizadas pelo clube e em todas as instalações da A.D.F. e à sua utilização conforme os regulamentos ou determinações da direção. Artigo 8.º A examinar os livros, contas e mais documentos referentes ao exercício anterior dentro do prazo de oito dias que antecedem a realização da assembleia geral ordinária de prestação de contas. Dos corpos gerentes, definição, composição e âmbito Artigo 9.º São órgãos da Associação Desportiva do Fundão a mesa da assembleia geral, a direção e o conselho fiscal e disciplinar. Da assembleia geral Artigo 10.º A competência e forma de funcionamento da assembleia geral são as prescritas nas disposições legais aplicáveis, nomeadamente os artigos 170.º a 179.º do Código Civil. 1.º A mesa da assembleia geral é composta por cinco associados, competindo-lhe convocar, dirigir e redigir as atas dos trabalhos das assembleias gerais e investir nos respetivos cargos os sócios que hajam sido eleitos. 2.º Compõem a mesa da assembleia geral, um presidente, um vice-presidente e três secretários, cujas competências são indicadas no regulamento geral interno do clube. Da direção Artigo 11.º A direção é composta por nove associados e compete-lhe a gerência social, administrativa, financeira e disciplinar do clube, devendo reunir pelo menos duas vezes mensalmente. 1.º A direção compõem-se de um presidente, dois vice-presidentes, um tesoureiro, dois secretários e três vogais, cujos deveres estão consignados no regulamento geral interno do clube. 2.º Serão igualmente eleitos dois vogais suplentes para substituir os efetivos nos seus impedimentos. Do conselho fiscal e disciplinar Artigo 12.º O conselho fiscal e disciplinar subdivide-se em dois pelouros: a) Fiscalização de contas; b) Disciplinar. Artigo 13.º O conselho fiscal e disciplinar é composto no mínimo por cinco associados: um presidente, um vice-presidente, dois relatores e um vogal. Artigo 14.º Compete-lhe fiscalizar os atos administrativos e financeiros da direção, verificar as suas contas e relatórios e dar parecer sobre os atos que impliquem aumento das despesas ou diminuição das receitas sociais. Artigo 15.º Promover inquéritos sobre qualquer processo disciplinar, instaurado a associados e emitir parecer na assembleia geral sobre a decisão a tomar. Artigo 16.º O conselho fiscal e disciplinar reunirá pelo menos uma vez em cada semestre, extraordinariamente, ou quando o presidente o julgue necessário. Disposições gerais dos estatutos Artigo 17.º Os estatutos da Associação Desportiva do Fundão, bem como o seu regulamento geral interno, passam a constituir a lei fundamental do clube e revogam quaisquer outros. a) Os estatutos da A.D.F. só poderão ser alterados ou reformados em assembleia geral convocada expressamente para esse efeito, exigindo a sua deliberação o voto favorável de pelo menos três quartos do número de sócios presentes. Património Artigo 18.º Constituem património da Associação Desportiva do Fundão todos os bens móveis e imóveis, adquiridos no tempo. a) Constará em ficheiro próprio todo o inventário da coletividade. b) A alienação de todo e qualquer bem patrimonial do clube só poderá ser efetuada por deliberação da assembleia geral, convocada para esse fim, necessitando do voto favorável de dois terços dos sócios presentes. Da dissolução Artigo 19.º A dissolução do clube só poderá ser deliberada em assembleia geral, expressamente convocada para esse fim, e requer o voto favorável de, pelo menos, três quartos do número de todos os associados legalmente inscritos. Artigo 20.º No que estes estatutos sejam omissos, rege-se a Associação Desportiva do Fundão pelo regulamento geral interno cuja aprovação e alteração será sempre da competência da assembleia geral e pela lei civil (normas do Código Civil). Declaração n.º 37/97 (2.ª série) Nos termos do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 460/77, de 7 de Novembro, o Primeiro-Ministro declarou de utilidade pública, por despacho de 23 de Abril de 1997, a Associação Desportiva do Fundão, com sede no Fundão.