DENGUE
Conhecer para combater
SINARA BATISTA DA SILVA
Analista Judiciário – TRE-PE
Bióloga, Especialista em Gestão de Vigilância Ambiental
Mestre em Ciências (Biologia Animal/Controle de insetos vetores)
Doutoranda do Curso de Saúde Pública/FIOCRUZ-Recife
Recife, 2010.
Dengue – um sistema complexo
O que é a Dengue ?
• VIROSE – sintomas mais comuns
Dor de cabeça
Retro-orbitária
Febre alta
Dores nas
articulações
Falta de apetite
Fraqueza
Manchas
avermelhadas
 Cerca de 70-80% das pessoas não apresentam sintomas clássicos ou são
assintomáticas.
 Em crianças, os sintomas são ainda menos evidentes.
Dengue Clássico
Até esta fase, e
principalmente durante
a febre, a pessoa com
dengue é
RESERVATÓRIO de
vírus.
“Rash” cutâneo (± 7 dias)
PROTEJA-SE de
novas picadas,
e PROTEJA
outras pessoas
Mosquiteiro (dia e noite) e repelente de
citronela (Farmácias Homeopáticas e de
Manipulação)
Dengue Hemorrágico
Geralmente ocorre após infecção anterior por Dengue
Há 4 sorotipos (subtipos) de Vírus Dengue, 3 estão circulando
no Brasil.
2002-2008: +DEN-3
2009-2010: DEN-1 e DEN-2
DEN-3: hepatite e
problemas neurológicos
(reversíveis – surto em
Rondônia, 2005)
Hemorragia cutânea
Sobre o vírus

4 sorotipos (DEN1, DEN2 E DEN3 presentes no Brasil;
DEN4 na AL);

Algumas variantes já identificadas

Imunidade específica; susceptibilidade cruzada (várias
infecções: > risco de quadros graves)

Pode ser transmitido por via transovariana nas fêmeas
de mosquitos (ovos e larvas podem já estar infectados)

Vacina precisa ser tetravalente
◦ Perspectiva: 8 a 10 anos ???
◦ Quem poderá fazer uso (quem teve ou não Dengue
anteriormente)? Como confirmar?
Como é transmitido o vírus Dengue ?
ovos
O mosquito (vetor) é uma muriçoca ?
• SIM, no Nordeste é conhecido
pelo nome de “MURIÇOCA”.
• Em São Paulo: “Pernilongos”
• Região Norte: “Carapanãs”
A muriçoca comum
Aedes aegypti
Sinais de alerta (agravamento da
doença)

Recomendação importantíssima: BEBER
MUITA ÁGUA
Sinais de alerta (agravamento da
doença)
Dor abdominal
 Vômitos
 Queda brusca de temperatura e pressão
 Extremidades (pés e mãos) frias e
arroxeadas

Vetores de vírus Dengue
Vetor secundário
Aedes aegypti
Vetor principal de Dengue e
vetor de Febre Amarela
Urbana
Transmissão horizontal
e vertical
Aedes albopictus
2002
2001
2003
DENV-1
DENV-1
DENV-1
DENV-2
DENV-2
DENV-2
DENV-3
DENV-3
RR
RJ
DENV-3
Situação Epidemiológica 2010
% IMÓVEIS COM CRIADOUROS ATIVOS DE Aedes aegypti.
PE, 2010.
Nas dez primeiras Semanas
Epidemiológicas (SE) de 2010
observou-se um aumento de
145,3% dos casos notificados de
dengue, passando de 2.207 casos
em 2009 para 5.414 em 2010.
Concentração de casos (PE)






Observa-se tendência de aumento (1º
semestre). 5 municípios concentram
55,0% dos casos:
Petrolina (723; 13,4%);
LIRA=“S”
Caruaru (679; 12,5%);
Salgueiro (628; 11,6%);
Recife (478; 8,8%) e
Ouricuri (470; 8,7%)
Situação Epidemiológica Recife-PE
Distribuição dos casos (Recife)
Dos 94 bairros, 90 tem casos registrados
 > # de casos:

◦
◦
◦
◦
◦
◦
DS
DS
DS
DS
DS
DS
I: Santo Amaro e Boa Vista
II: Dois Unidos e Água Fria
III: Nova Descoberta e Vasco da Gama
IV: Torrões e Iputinga
V: Jd. S. Paulo e Afogados
VI: Cohab e Boa Viagem
Sobre o ambiente e seus condicionantes
• Deficiência no abastecimento de
água
• Crescimento urbano desordenado
• Elevado consumo e destino
inadequado de materiais descartáveis
• Hábitos inadequados da população
• Pouco conhecimento sobre a doença,
seu vetor, seu controle
• Adaptação do vetor a diferentes
condições
Sobre o ambiente e seus condicionantes
Presença de larvas/pupas de Aedes aegypti em criadouros na rede pluvial e em esgotos.
Vitória-ES, Janeiro a Dezembro de 2006.
30
25
Vala
Fossa
Bueiro
Fosso do Elevador
Charco
Recip. Móvel Desc.
Caixa de Passagem
Cisterna
Caixa d’água
Outros
Distribuição %
20
15
10
5
0
Criadouros
Fonte: PMV/SEMUS/CCZ/Laboratório de Entomologia.
• Elaborado parecer técnico ao município de Vitória, que fez comunicação oficial ao Ministério da
Saúde.
MS reconhece relação entre água
suja e ‘dengue’

7 – AS LARVAS DO MOSQUITO SÓ SE
DESENVOLVEM EM ÁGUA LIMPA - MENTIRA!
Embora as fêmeas do Aedes aegypti tenham
preferência por depositar os ovos em recipientes
com água limpa, elas também podem colocá-los
em criadouros com água suja e parada. Então
para combater a dengue, o importante é acabar
com qualquer reservatório de água parada, seja
limpa ou suja.
http://www.combatadengue.com.br/dengueMosquito.php
Sobre o mosquito
Curto ciclo de
desenvolvimento: 9 a 12 dias,
da larva ao adulto (reduz com o
aumento da temperatura)
Aedes aegypti
Diferentes fases em 3 ambientes,
diferenças marcantes. Dificulta
reconhecimento e identificação
pela população.
Terreste/
aéreo
Ambiente
seco
30 a 35 dias – sobrevivência do
adulto
500 ovos/fêmea (90-120
ovos/postura, espalhados em
cerca de 10 locais)
Ovos sobrevivem até 450 dias
Uma fêmea pode permanecer
infectada até o final de sua
vida. A transmissão para os
descendentes pode alcançar
várias gerações.
Pupas
13 - 17 gerações/ano
água
ovos
Larvas – L1 a L4
Requisitos indispensáveis ao controle do vetor
Conhecer o cenário
NÃO DEIXE ÁGUA DISPONÍVEL PARA O INSETO!
CAIXAS D’ÁGUA, CISTERNAS, TONÉIS,... – manter fechados (sem frestas)
DESCARTÁVEIS, PNEUS, GARRAFAS E QUALQUER RECIPIENTE QUE
ACUMULE ÁGUA – remover dos jardins, quintais e abrigar (se
necessitar manter)
CALHAS – desobstruir e deixar com inclinação para
escoamento total
NÃO DEIXE ÁGUA DISPONÍVEL PARA O INSETO!
POÇOS DE ELEVADOR, SUBSOLO – drenar a água, colocar areia
VASOS, PRATOS DE PLANTAS – usar terra
BROMÉLIAS e outras que acumulam água – substituir por outras
RALOS E VASOS SANITÁRIOS – manter
cobertos
Orientações para evitar criadouros de Aedes
LAGOS/TANQUES ORNAMENTAIS/FONTES:
Devem ser limpos semanalmente, inclusive com
escovação das paredes; podem ser colonizados
com peixes larvívoros.
Aqueles abandonados devem ser recuperados ou
transformados em jardim.
Orientações para evitar criadouros de Aedes
Lajes: Aquelas que possam acumular
água, devem ter a água retirada e
depois serem cobertas/telhadas. Caso
persista o acúmulo, promover reparo inclinação adequada e escoamento;
Orientações para evitar criadouros de Aedes
• Caixas de gordura e de fiação: quando não
utilizadas ou em construção, devem ser
esgotadas e tampadas (vedadas, sem
frestas).
Nas escavações, a água deve ser drenada
diariamente (com bomba ou outro recurso).
Os equipamentos de trabalho (carro de mão, baldes,
latas, etc) devem ser mantidos secos e abrigados
Orientações para evitar criadouros de Aedes
Bandeja de condicionador de
ar: deve ter inclinação
adequada e não permitir
acúmulo de água (qualquer
que seja o volume.
Bandeja de geladeira: deve
ser examinada toda semana.
Orientações para evitar criadouros de Aedes
Vasilhas para água e alimento
de animais (cães, gatos, aves):
devem ser limpas diariamente.
Orientações para evitar criadouros de Aedes
Nas reformas e reparos: após o
uso, manter os materiais secos
e abrigados da chuva.
Como eliminar larvas/pupas de Aedes
Encontrou larvas de Aedes (“martelinhos”)?
Se o volume de água é pequeno: JOGUE NA AREIA
Se o volume de água é grande, VEDE O RESERVATÓRIO
(para evitar saída de mosquitos) e CHAME A VIGILÂNCIA
AMBIENTAL
ATENÇÃO!!!
NUNCA JOGUE AS LARVAS VIVAS NO ESGOTO,
POIS ELAS PODEM SE ADAPTAR A ESSE LOCAL.
Como eliminar ovos de Aedes dos criadouros
1. Escove a parede interna do recipiente adicionando água
sanitária e sabão
2. Retire o lodo (ou resíduo da limpeza) e coloque em
uma vasilha
3. Adicione água sanitária até encobrir
4. Deixe de molho por no mínimo 24 horas
5. Após esse período, elimine o resíduo, preferencialmente
na areia.
HOSPITAIS de referência para
atendimento de casos
graves de DENGUE
Hospital Oswaldo Cruz
OUVIDORIAS DA SAÚDE
MS: 0800 61 1997
www.saude.gov.br
SES-PE: 0800 286 2828
www.saude.pe.gov.br
Recife: 0800 281 1520
www.recife.pe.gov.br
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Veja a apresentação com informações sobre a dengue