Informativo Mídia Impressa UCS 2011
Percursos
O Turismo
na Serra Gaúcha
Caxias:
Fluxos Migratórios
Percursos
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Percursos
Editorial
Esse informativo que chega até você, leitor, é
uma produção da turma de Mídia Impressa 2011 da
Universidade de Caxias do Sul. “Percursos” começou
no debate dos alunos sobre qual era o potencial
atrativo de Caxias do Sul. Então, surgiu a ideia de
aprofundarmos essa questão: por que tanta gente
procura oportunidades nesse polo da Serra Gaúcha?
Nas respostas, vimos que nem sempre essas
oportunidades se confirmam, e nas páginas desse
impresso você confere as histórias de alguns
percursos que tomaram rumos diferentes dos
idealizados. Histórias de gente que chega em busca
de emprego e acaba encontrando, primeiro, a
oportunidade de se qualificar profissionalmente com
apoio de ONGs, e outras histórias de desencontros, ou
descaminhos, como a dos jovens que tiveram seus
sonhos interrompidos pela marginalidade.
Histórias que formam, juntas, a nova
identidade de Caxias do Sul.
Mídia Impressa - Universidade de Caxias do Sul
Expediente
Reitor
Isidoro Zorzi
Vice-Reitor
José Carlos Köche
Pro-Reitor Acadêmico
Evaldo Antonio Kuiava
Diretora do Centro de
Ciências da Comunicação
Marliva Vanti Gonçalves
Coordenadora do Curso
de ComunicaçãoHabilitação em Relações
Públicas
Jane Rech
Professora da Disciplina
Mídia Impressa
Alessandra Rech
Foto
Nicole Oliboni
Rafael Alves Machado
Michael f. Susin
Aryanne Crestani
Texto
Marilia S. Varela
Rodrigo de Marco
Rodrigo Scain
Matheus Guaresi
Fernanda P. Lorandi
Daiana G. Lange
Publicidade
Karina P. Silva
Diego C. Sisnandes
Layout
Melina Monks
Kelem Padilha
Rozeane Leal
Paulo Rosa
Online
Geisa Araujo
Aline T. Fassbinder
Priscila P. Palavro
Lucas S. Flores
Coordenação
Mauro S. Teixeira
Liara F. Silva
Kelen Rampom
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Do imigrante ao migrante
Baixa qualificação é um dos principais obstáculos de quem busca oportunidades em Caxias
Desde sua origem, Caxias
do Sul é um município formado por
fluxos migratórios. Mas, da
imigração europeia que marcou o
início do povoado até os dias atuais,
quando é crescente o número de
migrantes com baixa escolaridade,
aumentando a fila por amparos
sociais diversos, são evidentes as
transformações. A pesquisa
Migração interna e suas dinâmicas,
coordenada pela professora dra.
Vânia Merlotti Herédia, ainda em
andamento, oferece dados
preliminares que ajudam a
entender localmente as
características típicas desse
fenômeno.
Segundo Vânia, a primeira
leva de imigrantes marca a fase em
que o governo imperial facilitou o
acesso à terra. Nos fluxos
subsequentes, a força de trabalho
foi sendo incorporada pelo
mercado, com base na indústria
tradicional, até 1960. Nessa
década, o fluxo migratório
decorreu do êxodo rural que,
estimulado pela política
desenvolvimentista, favoreceu a
entrada de migrantes na indústria
local que mudava de perfil,
deixando de ser tradicional para
moderna e dinâmica, em alguns
setores, principalmente os da
indústria de transformação.
“Na década de 1990, a
indústria se reestrutura, mudando
o modelo de produção, o que
implica a demanda de uma mão-deobra mais qualificada. Dessa
forma, localiza-se no município
todo um investimento em escolas
como a Mecatrônica, a Autotrônica,
as escolas técnicas. A universidade
também influi na formação de
engenheiros de produção,
mecânicos, químicos e na década
seguinte em especialidades que
qualificam o mercado de trabalho.
Assim, pode-se afirmar que a
cidade de Caxias do Sul absorveu
um número considerável de
migrantes em sua economia, seja
Monumento ao
imigrante de
Caxias do Sul
no setor secundário ou no setor
terciário”, destaca a pesquisadora.
Segundo dados preliminares, a
idade dos migrantes na última década
localiza-se entre 20 e 39 anos, com
baixa escolaridade e em situação de
união estável com filhos, uma realidade
que implica, ainda mais, na necessidade
de infraestrutura e de serviços públicos
como saúde e educação. Essas pessoas
não procuram apenas uma colocação no
mercado de trabalho, em crescimento
no RS, segundo o Ministério do Trabalho,
mas, sim, a oportunidade de concluírem
os estudos e se especializarem com
cursos técnicos e universitários.
A maior parte das pessoas que
chegam a Caxias dos Sul em busca de
oportunidade são provenientes das
regiões fronteiriças, como a dos Campos
de Cima da Serra. Quando se deparam
com a realidade da cidade, algumas
dessa pessoas ficam desorientadas,
tendo dificuldades de matricular os
filhos em escolas, de encontrar um
emprego por falta de qualificação
básica ou até mesmo de conseguir um
lugar para morar. Dentro desse cenário
se destaca o trabalho do Centro de
Atendimento aos Migrantes (CAM).
A professora Vânia lembra que o
trabalho do CAM sempre foi muito
importante para a cidade, uma vez que
esse centro, cumprindo com sua missão,
forneceu muitos cursos de capacitação
e qualificação da mão-de-obra.
“Entretanto, é importante frisar que
parcelas da população migrante são
estimuladas por redes sociais,
principalmente as de parentesco, que
acabam fomentando a vinda de novos
migrantes para o município”, revela.
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Depois das águas, a busca de uma vida nova
Vítima da enchente em São Lourenço, Ângela busca reconstruir a vida em Caxias
Foi uma enchente que trouxe
Ângela Mendes de Moura, 33 anos,
para Caxias do Sul no início desse ano.
Casada e mãe de duas meninas, de 12 e
8 anos, e um menino de 5 anos, ela
veio de São Lourenço do Sul, no RS,
depois que pelo menos 15 mil pessoas
perderam as suas casas com a
calamidade, deflagrada em 9 de
março.
Sitiada pela laguna dos patos e
pelo Arroio São Lourenço, a cidade,
que tem no turismo uma das principais
fontes de renda, ainda está em
processo de reconstrução.
Percursos: O que te fez sair de São
Lourenço?
Ângela: Eu saí pra fazer um curso de
construção civil em Camaquã, pra
estudar, e vim pra Caxias atrás de
emprego. Na minha cidade só há
emprego no verão. Mas eu não contava
com o alagamento da cidade, eu perdi
tudo. Os chalés viraram de ponta a
cabeça, o asfalto das estradas e ruas
da cidade quebraram, a água levou
tudo, a cidade de 20 mil habitantes
ficou alagada: morreram oito pessoas
nesse desastre. No início só se chegava
à cidade de helicóptero.
Percursos: Como foi a sua chegada?
Ângela: Eu fiz um curso de construção
civil, e como eu não tinha experiência
na área, vim para Caxias um pouco
antes do desastre ajudar o meu
cunhado nas obras, mas eu trabalhava
sem remuneração nenhuma, só para
ganhar experiência e colocar no
currículo. Quando a cidade alagou,
falei pro meu marido vir pra caxias e
trazer as crianças, lá só havia
destroços, minha família não tinha
mais nada, nem casa, nem móveis e
nem roupas. Meu marido chegou aqui e
no outro dia já conseguiu emprego
numa obra, as crianças tinham que
voltar a estudar, chegaram no meio de
março, e só agora, duas semanas
atrás, é que conseguiram vaga na
escola, mais de dois meses esperando.
Junto comigo, vieram mais três
famílias: uma de Pelotas e duas de
São Lourenço. Eu recebi muita ajuda
aqui, principalmente do CAM. Eu
trabalhei dois meses com faxinas,
mas aí torci o pé e não pude mais
trabalhar e agora estou procurando
um emprego de carteira assinada,
mas está difícil, eu voltei a estudar
aqui no EJA, estou estudando
matérias da 7a série do ensino
fundamental. Aqui tem muito
emprego, mas a remuneração
feminina aqui em Caxias do Sul é
muito baixa, principalmente para
quem não tem estudo. Onde eu
morava a base salarial era mais alta.
Aqui tentei emprego em obras, mas
eles acham que mulher tem que por
a barriga no fogão.
Percursos: Por que você escolheu
Caxias do Sul?
Ângela: Porque Caxias está em
processo de desenvolvimento,
crescendo muito e num ritmo
acelerado. Aqui tem muito emprego,
principalmente na construção civil.
Percursos: E qual a sua perspectiva?
Ângela: Quero construir tudo o que
eu perdi, quero terminar meus
estudos e um dia cursar a faculdade.
Não há rico que tenha tudo o que
quer, e não há pobre que não tenha
nada, tudo na vida é uma transição,
eu tenho Deus no meu coração, e a
gente não pode reclamar de nada,
tem que ter força de vontade, por
que se eu olhar pro lado sempre vai
ter alguém pior. Então eu tenho que
dar graças a Deus e ir à luta. Eu não
tive sorte, tenho 14 irmãos, fui
criada por uma madrasta muito
ruim. O que tá lá trás é passado e não
tem como mudar. Então eu estou
sempre olhando pra frente.
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Apoio ao migrante em Caxias do Sul
O Centro de Atendimento
ao Migrante (CAM) foi fundado em
junho de 1984 com o objetivo de
receber a migração no município
de Caxias do Sul. Mantido pela
Associação Educadora São Carlos
(Aesc), funciona através de um
Banco de Dados onde as pessoas se
cadastram para receberem
a u x í l i o, c o m o s e r v i ç o d e
assistência social, atendimento às
famílias em situação de risco
social, proteção e
encaminhamento assistencial,
cursos de qualificação, alimentos,
entre outros auxílios. As principais
usuárias do CAM são mulheres,
somando 73% do total de
cadastrados em 2010.
Centro de Atendimento ao
Migrante - CAM
Rua José Bresolin, 333
Bairro Desvio Rizzo
Caxias do Sul/RS
Fone: (54) 3227-1459
O CAM trabalha com diversos programas:
Acolhida: recebe as pessoas e encaminha, dependendo da necessidade
de cada uma;
Assistência à família: consiste no trabalho social com famílias. Tem a
finalidade de fortalecer a proteção às famílias, contribuindo com os
vínculos familiares e melhorando a qualidade de vida;
Inclusão Produtiva: cursos de capacitação e qualificação profissional
para auxiliar no ingresso ao mercado de trabalho;
Pesquisa e Produção de Conhecimento: visa à manutenção e
atualização do Banco de Dados, onde é feito o cadastro dos usuários;
Defesa e Garantia dos Direitos: defende judicialmente as pessoas que
enfrentam a pobreza e as desigualdades sociais;
Pastoral: momentos de orações e reflexões;
Entre as novidades, de acordo com a diretora do centro, Irmã
Maria do Carmo, está o Curso de Qualificação em culinária em parceria
com a Fundação Caxias, gratuito para as mulheres, que terão, dessa
forma, a oportunidade de inserção no mercado de trabalho.
Ainda conforme a irmã Maria do Carmo, a entidade tem como
desafios a aquisição de um espaço para abrigar os migrantes e também a
participação de mais voluntários voltados à área da psicologia e
assistência social.
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Patna: esperança de uma nova vida
Apesar do grande problema das drogas hoje, os dependentes ainda podem ter uma
2ª chance, e é através de instituições como a Patna que isso é possível
Com o lema “Nós o amamos, disciplina. Os dependentes ficam lá e resolveu ajudar. Ela diz que o
mas não aceitamos o que está fazendo por cerca de nove meses. Eles têm trabalho é muito gratificante, pois saiu
de errado”, trabalhando a disciplina e a oportunidade de trabalhar com a de sua vida de dona de casa para
a oração, a Pastoral do Toxicômano terra, além de atividades esportivas. ajudar pessoas que precisavam.
Nova Aurora - Patna é uma instituição Na fazenda, todos os funcionários, são
Ione diz que não conhecia
filantrópica, que atende usuários de ex-dependentes, que agora ajudam muito do trabalho voluntário, e não
drogas e álcool, bem como dando o pessoas a se livrar do vício que pode sabia que era capaz de ajudar tanto.
apoio necessário aos familiares. A destruir sua vida.
Ela conta que não é um trabalho fácil,
instituição atende, atualmente, 2000
pois as drogas acabam com a vida das
m i l p e s s o a s p o r m ê s , e n t r e “A Patna conta com 60 volunpessoas, e nem todos estão preparados
dependentes e familiares. A maioria tários,mas é necessário mais”
para ajudar. Ela ressalta também que é
dos casos é de dependentes de crack.
importante o trabalho com a família,
Com uma sede no centro, onde
A l é m
d o s pois o seu apoio é fundamental na
há um forte trabalho para a funcionários, a Patna conta com um recuperação.
p re ve n ç ã o, c om p a l e stra s d e grupo de 60 voluntários. A maioria dos
Po r s e r u m a e n t i d a d e
capacitação em escolas e empresas, voluntários são ex-dependentes ou filantrópica, as vagas na fazenda são
além do apoio aos familiares de familiares de ex-dependentes. É o caso limitadas, e o trabalho voluntário é de
dependentes em tratamento, a Patna de Maria Ione Finardi, 60 anos, grande importância. Mesmo tendo um
também possui uma fazenda, onde voluntária na Patna há dezessete anos. bom número de voluntários, ainda é
funciona o programa de internato, E l a c h e g o u na i n s t i t u i ç ã o necessário mais. Os voluntários
a p o i a d o neste t r i p é : a acompanhando um conhecido que ajudam nos grupos de família, na
espiritualidade, o trabalho e a precisava de apoio. Gostou do trabalho acolhida, e nos grupos de oração.
O caminho errado e a tentativa de voltar
*Percursos: Por que veio para Caxias do Sul?*
*Para buscar um tratamento e ter uma oportunidade de
mudar de vida.
*Percursos: Há quanto tempo é usuário de drogas?
*São 16 anos de uso, começando pelo álcool e, após,
maconha e cocaína. O problema se intensificou com crack,
são oito anos viciado em crack.
*Percursos: Por que você se envolveu com drogas?
*Meu pai era alcoólatra. Vivenciei cenas de brigas e
agressão quando criança.Saí de casa para não ver as brigas
e acabei me envolvendo com “amigos” que usavam
maconha e cocaína.
Nossa equipe entrevistou um jovem de 28 anos, natural
de Pedro Toledo, usuário de crack há oito anos, que
procura a Patna para descobrir um novo caminho, uma
vida mais digna. Após vivenciar durante a infância a
violência dentro de casa o dependente expõe a sua
trajetória e os motivos que o levaram para as drogas.
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*Percursos: O que acha do apoio que a Patna oferece?
*A Patna oferece um trabalho muito importante. Na
cidade onde morava não há recursos do Estado ou do
município que ajudem os dependentes químicos, há muita
discriminação. Na Patna se pode ver que há cura, se
consegue resgatar a vida e reconstituir a família.
Para ajudar:
Endereço: Pinheiro Machado, 1000. Centro
Telefone: (54) 3222-0876
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Mudança de planos
Problema urbano
Jéssica sonha voltar para casa
D
a adolescente revoltada, nasce
o personagem marginalizado
pela sociedade. Depois de
colecionar vícios como o crack, a
cocaína e outras drogas, a mulher que
prefere dizer que tem 25 anos ganha a
vida no mundo da prostituição. Os
objetivos se distanciam da realidade,
enquanto ela projetava cursar
Educação Física, a vaga ocupada hoje é
bem diferente, é uma das seis meninas
que trabalham em uma agência da
Serra gaúcha.
meninas encaram isso como algo
normal e um trabalho comum.
“Nós não batemos de porta em
porta, nem buscamos ninguém
em casa, são os clientes que nos
procuram.”
O grande desejo de Jéssica é ter a
confiança da sua família. Embora ela
tenha cometido muitos erros, seu
percurso também foi de superação,
quando ela abandou o mundo das
drogas sozinha e ajudou outras pessoas
Você pensa em sair dessa vida?
a se reabilitarem.
“Não tenho amigos, não tenho família,
“Se minhã mãe me aceitasse de volta, não tenho ninguém. Me sinto muito
eu largaria isso”.
sozinha”.
No Brasil, a prostituição adulta
não é considerada ilegal, mas a
praticada por crianças e
adolescentes é crime. A
prostituição infantil é um
problema social que ocorre
principalmente nas camadas
mais pobres de grandes centros
urbanos. Um estudo do Ministério
da Justiça aponta que o problema
maior está na região Nordeste,
onde em 32% das cidades há
exploração sexual de crianças e
adolescentes. Na região Sul, são
17,3% as cidades atingidas. Só
no Rio Grande do Sul o número de
cidades notificadas com crime
sexual chega a 49.
A grande preocupação de Jéssica é com
a família. Sua mãe é quem cuida de seu
filho, hoje com 14 anos. Ambos não
procuram notícias de Jéssica, enquanto
esta sonha em um dia voltar pra casa, e
ter sua família de volta.
Histórias como essa estão se tornando
comuns na região de Caxias do Sul.
Jéssica é mais um exemplo do
personagem que chega na região da
Serra em busca de oportunidades, mas
na falta destas acaba optando por
qualquer alternativa que traga algum
retorno financeiro.
Mesmo que no Brasil a prostituição seja
uma atividade legal pois não há lei que
proíba a prostituição adulta
esse
trabalho é visto com um certo
preconceito pela sociedade. Quanto a
essa discriminação, Jéssica e as outras
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Bento, referência em turismo na Serra
A região da Serra Gaúcha é um dos destinos turísticos mais procurados do país
Por receber uma média de 770 mil
subtropical, se tem um inverno mais
turistas ao ano, Bento Gonçalves se
rigoroso, o que acaba atraindo pessoas
destaca em relação a outras cidades.
de todas as partes do Brasil.
"Ao chegar a Bento o turista possui
"Há essa busca pelo frio, e a
uma série de atrativos para escolher.
esperança de neve. Por isso que
Tem a opção de fazer um passeio de
historicamente os meses de julho e
Maria Fumaça, que sempre é muito
agosto são os que atraem uma maior
procurado por todos que aqui chegam.
parcela de visitantes na região.
Também há a Epopéia Italiana, Aurora
Porém, nos últimos dois anos, o
e os roteiros como o Vale dos Vinhedos
município tem promovido ações e
e Caminhos de Pedra. Sabe que a
eventos com a finalidade de aumentar
principal motivação é o enoturismo,
o fluxo turístico em todas as estações
com tudo com que o envolve,
do ano.
especialmente a cultura e
Dessa maneira, eventos como
gastronomia", destaca Ivane Favaro, Fenavinho e Bento em Vindima têm
secretária de Turismo de Bento
garantido a vinda de turistas para
Gonçalves.
outros períodos, como verão e
A questão do clima também ajuda
outono", explica Ivane.
muito a trazer turistas de todo o país.
A secretária lembra que, visando à
Por
ser
uma região de clima
Copa do Mundo de 2014, está se
trabalhando bastante na questão da
infraestrutura da cidade. Bento
Gonçalves está cada vez mais
empenhado em ter a acessibilidade
como diferencial do município, tanto
que para as novas construções são
exigidas as normas e equipamentos
conforme a Lei Federal sobre
Acessibilidade.
"Bento Gonçalves já é uma das préselecionadas do Estado, e cumpriu
todas as exigências dos cadernos de
encargo da Fifa. Por contar com uma
boa infraestrutura urbana e
capacidade de hospedagem para a
equipe, além de um bom centro de
treinamento, acreditamos ter chances
de conquistar essa candidatura. Temos
trabalhado nesse sentido com o
comitê Bento 2014", conclui Ivane.
Maria Fumaça, um dos principais pontos turísticos de Bento Gonçalves
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