RELATÓRIO SÍNTESE
RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO DO CURSO DE RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE
MESQUITA FILHO
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS – UNESP – CAMPUS DE
MARÍLIA - SP
Campus Universitário I – Entrada Principal
1 INTRODUÇÃO1
Com a finalidade de retratar o cenário no qual está inserida a Faculdade de
Filosofia e Ciências, Unidade Universitária da Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, apresentamos ao leitor um sucinto resgate histórico da cidade de Marília
que culmina na caracterização atual do município. Tal descrição visa fornecer elementos para
que haja a compreensão da importância dos cursos oferecidos pela UNESP – Universidade
Estadual Paulista no interior do Estado de São Paulo. Para tanto, fizemos uma análise do
desenvolvimento do sistema educacional na cidade de Marília e contextualizamos a origem da
Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP/ Campus de Marília.
1.1 Breve Histórico da cidade de Marília
Marília é uma cidade localizada no Centro-Oeste do Estado de São Paulo e foi
ocupada na década de 1920 em conseqüência da expansão cafeeira e ferroviária.
Por ocupar o espigão ocidental da Serra dos Agudos, no sentido leste-oeste,
possui uma altitude que varia de 550 a 700 metros e situa-se entre 6 º 35 ´ e 7 º 14´ longitude
oeste do Rio de Janeiro e 21 º 42´ e 22 º 22´ latitude sul. Fica distante da Capital do Estado
443 Km por rodovia; 529 km por ferrovia e 376 km em linha reta. Possui uma área total de
1194 km2 de área urbana e 1152 km2 de área rural e sua topografia descreve uma região
montanhosa (Figura 1).
1
Texto elaborado por Maria Cândida Soares Del Masso (Vice-Diretora da Faculdade de Filosofia e Ciências) e
por Martha dos Reis (Doutora em História).
Figura 1: Vista aérea da cidade de Marília (foto http://www.indicedemarilia.com)
O município de Marília organizou-se a partir da junção de três patrimônios. O
primeiro com o nome de Alto Cafezal teve como marco, a capelinha dedicada a Santo
Antônio de Pádua construída por Antônio Pereira da Silva e por seu filho José Pereira da
Silva. O segundo loteamento foi chamado por Vila Barbosa e teve seu impulso com Galdino
Alfredo de Almeida. Finalmente, o terceiro, pertencente a Bento de Abreu Sampaio Vidal,
recebeu o nome de Marília.
1.2
A origem e o desenvolvimento dos patrimônios
Em 1919 a estrada de ferro da Cia. Paulista encontrava-se em Piratininga, com
projetos de avançar pelo espigão da Serra dos Agudos, onde, em 1916, seus engenheiros
haviam deixado um marco na região onde está hoje a cidade de Marília.
A perspectiva desse empreendimento fez com que a Cia. Pecuária e Agrícola de
Campos Novos expandisse seus negócios em termos de vendas de lotes.
Antônio Pereira da Silva, alertado pelo filho, ao inspecionar pessoalmente as
terras que estavam à venda, entusiasmou-se e tratou de adquirir uma porção. No entanto,
confiou o negócio a um intermediário que não conseguiu efetivá-lo em tempo hábil, indo a
gleba desejada às mãos do Major Eliziário de Camargo Barbosa.
Esse novo proprietário, por sua vez, entregou a porção recém adquirida de 650
alqueires a Antônio Pereira para que fosse vendida em lotes. Em troca, Antônio Pereira
recebeu uma área de 53 alqueires, cuja escritura lhe foi passada em 1923, quando instalou o
patrimônio, dando início à venda de lotes.
Surgiu, então, o Alto Cafezal, o primeiro dos três patrimônios que deram origem
à Marília.
O café foi o produto agrícola que deu impulso ao desenvolvimento da região.
Nas zonas velhas da Mogiana, Paulista e Sorocabana, as terras apresentavam esgotamento e
conseqüentemente, havia um declínio da produção. A saída encontrada pelos produtores foi
buscar novas áreas que lhes propiciasse bons rendimentos.
A perspectiva da continuidade da construção da estrada de ferro da Companhia
Paulista e as matas inexploradas provocaram uma rápida valorização do solo, na região que
estava sendo loteada por Antônio Pereira da Silva.
Migraram para a região não só antigos plantadores de café das zonas velhas,
como também imigrantes que chegavam com o sonho de enriquecimento rápido.
A povoação cresceu e em 1926, já contava com 22 casas.
Figura 2: Casa São Pedro (foto http://www.indicedemarilia.com )
Nesse mesmo ano, surgiu o segundo patrimônio conhecido por Vila Barbosa
como resultado do loteamento de uma parte dos 1950 alqueires de propriedade dos coronéis
Galdino Alfredo de Almeida e José da Silva Nogueira.
O terceiro e último patrimônio que, junto com os demais, serviu para dar origem
à cidade de Marília, apareceu no final de 1926, início de 1927: Bento de Abreu Sampaio
Vidal resolveu abrir um novo loteamento sob a responsabilidade do engenheiro Durval de
Menezes.
Para garantir o crescimento do lugar, reservou espaço para a construção da
estação ferroviária, já que os trilhos da Cia. Paulista seguiam nessa direção e foi sob a
imposição da mesma que se decidiu pelo nome de Marília.
Naquela época os nomes das estações ferroviárias tinham que seguir a ordem
alfabética, começando pela primeira, a partir de Piratininga que se denominou América. A
que seria construída no novo patrimônio devia começar pela letra M. Inspirado no livro
Marília de Dirceu, escrito pelo inconfidente Thomás Antonio Gonzaga, Bento de Abreu
Sampaio Vidal optou pelo nome de Marília.
A povoação crescia a olhos vistos e em 1928, já contava com 628 casas. Os
limites entre os patrimônios Alto Cafezal e Marília tornavam-se imprecisos. Os trilhos da
Companhia Paulista alcançaram Marília e o primeiro trem chegou abarrotado de gente.
1.3
O município de Marília
Em 1928, Bento de Abreu Sampaio Vidal, valendo-se da sua condição de
deputado estadual, apresentou na Câmara o Projeto de Lei que elevaria Marília a município. A
Lei de n º 2.320 que criou o município de Marília na Comarca de Piratininga era de 24 de
dezembro de 1928, mas a instalação do município só ocorreu em 04 de abril de 1929.
A partir de então, ocorreu a junção dos três patrimônios que deram origem à
cidade, que, em seus primeiros anos, foi o chamariz de quem pretendia enriquecer.
A crise de 1929 ocorreu no momento em que os cafezais da região iriam
começar a produzir. Este fato, aliado aos problemas políticos ocorridos no país em 1930 e
1932, provocaram uma ligeira diminuição no ritmo de crescimento da região. No entanto, o
recenseamento de 1934 registrou para o município uma população de 64.885 habitantes, dos
quais 80% residiam na zona rural.
Apesar das crises, o sonho de enriquecimento rápido não se tornou pesadelo.
Quando houve a proibição de plantação de novos cafezais em 1932, o café foi substituído pelo
algodão, cultivado pelos colonos japoneses que fizeram do município o maior produtor do
Estado a partir de 1936. Do mesmo modo, houve uma diversificação da produção agrícola
pois passou-se a cultivar mandioca, algodão, arroz, milho, batata, feijão, fumo e cana.
Bastante diversificada, apesar da predominância do café, foi a partir da
agricultura que Marília nasceu e se desenvolveu. E foi por viver da zona rural e ter suas
funções determinadas por ela, que surgiram as primeiras indústrias vinculadas à produção
agrícola.
Com a cultura do algodão, praticada sobretudo por japoneses, o município
conheceu um novo período de prosperidade e as primeiras indústrias surgiram a partir de
1936, com a finalidade de beneficiar óleo e torta de algodão. A cotonicultura foi o elemento
propulsor da industrialização.
Entre os anos de 1940 e 1950 as indústrias instaladas na cidade de Marília
ligavam-se sobretudo à produção agrícola (algodão e amendoim). Contudo, em decorrência de
secas prolongadas, houve a necessidade de diversificar o parque industrial e na década de
1960 surgiram as indústrias de massas alimentícias e as fábricas de bebida e vinagre. Ao
mesmo tempo, houve uma evolução da área dedicada às pastagens o que significou uma
diminuição do pessoal empregado na zona rural.
A mecanização do campo, o aumento das pastagens e a decadência da produção
agrícola fizeram com que houvesse transformações no cenário urbano. A partir de meados da
década de 1950 a população urbana superou a rural e Marília adquiriu novas características.
1.4
Caracterização atual da cidade de Marília
Sob a vertente contextual2, Marília assumiu, desde sua fundação em 1929, um
protagonismo regional, transformando-se na capital da Alta Paulista. Tal fato deve-se, em
grande medida, por sua posição geográfica (importante entroncamento de meios de
comunicação, integrando o sul e o norte do país, por meio da BR 153, bem como o litoral com
Mato Grosso e Paraguai, por meio da BR 294), aspecto que levou, inclusive, à criação dos
Transportes Aéreos Marília, hoje TAM.
2
Dados extraídos da proposta de criação do curso de Arquivologia da UNESP apresentada pelo Departamento
de Ciência da Informação da FFC-UNESP à Reitoria da UNESP, em outubro de 2002.
Em termos econômicos, a cidade diferenciou-se das demais da região por ter no
algodão e no amendoim (e não especificamente no café) a base de sua economia agrícola,
aspecto que a levou a um precoce e intenso processo de industrialização, fazendo com que,
nos dias de hoje, possua importante parque industrial onde se verifica desde a indústria pesada
(aço) até e predominantemente a indústria alimentícia (balas, confeitos e biscoitos), o que lhe
valeu o atual cognome de Capital Nacional do Alimento.
Sob o ponto de vista político, Marília - com a implantação da 11ª região
administrativa na década de 1970 - assumiu uma liderança regional congregando projetos
conjuntos das administrações municipais.
A questão social, por sua vez, vem sendo objeto de preocupação da
administração pública, seja por meio de projetos como a Casa do Pequeno Cidadão (voltado
para a educação de meninos carentes), seja por investimentos na melhoria da estrutura urbana
(saneamento básico, traçado da cidade, projetos educacionais e de saúde pública). Isso se
deve, em grande medida, ao fato de a cidade ser, hoje, um importante centro universitário,
congregando mais de 15.000 (quinze mil) estudantes distribuídos em uma universidade
pública, uma universidade confessional, duas IES isoladas públicas e uma universidade
particular.
Em decorrência desse contexto, a questão da preservação da memória vem
ganhando vulto nos últimos anos por meio de iniciativas que, pouco a pouco, vão se
consolidando. Entre elas pode-se mencionar: Comissão Municipal de Registros Históricos;
Clube de Cinema de Marília; Centro de Documentação Histórica e Universitária de Marília e
Museu Histórico e Pedagógico de Marília (estes dois últimos a cargo da UNESP, em
convênios com a Administração Municipal), o que revela uma preocupação arquivística.
Atualmente a cidade possui um Horto Florestal de 554 ha; um Bosque Municipal de
17,36 há, uma área reservada ao reflorestamento de 2000 ha e uma área de vegetação natural
de 7400 ha. Sua localização geográfica com proximidade com o Mercosul e com a hidrovia
implantada no Rio Tietê favorecem a consolidação do Município. Além desse aspecto,
Marília está próxima aos grandes centros ligados pelas rodovias estaduais e federais.
Figura 3: Localização da cidade de Marília (foto http://www.indicedemarilia.com)
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
Marília possui 220.017 habitantes e o índice de alfabetização é de 86,641%.
1.5
Sistema Educacional da cidade de Marília
Marília é um pólo universitário do interior paulista, contando com as seguintes
Instituições de Ensino Superior: UNESP - Universidade Estadual Paulista, FAMEMA Fundação Municipal de Ensino, UNIVEM - Fundação de Ensino Eurípides Soares da
Rocha, UNIMAR - Universidade de Marília e FAJOPI – Faculdade João Paulo I,
atendendo, aproximadamente, 15.000 alunos.
Essas instituições reúnem diversos cursos universitários o que provoca uma
população flutuante. Em relação às Instituições de Ensino Superior cabe ressaltar que, das
cinco instituições citadas, apenas a UNESP e a FAMEMA fazem parte do sistema
educacional público.
Quanto ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, a Diretoria de Ensino3 da
Rede Pública Estadual de Ensino da cidade de Marília, Estado de São Paulo, atende as
3
Decreto nº 43.948, de 09 de Abril de 1999: Dispõe sobre a alteração da denominação e a reorganização das
Delegacias de Ensino, da Secretaria da Educação, e dá providências correlatas. Art. 1º - As Delegacias de
Ensino, da Secretaria da Educação, criadas pelo Decreto nº 7.510, de 09 de Janeiro de 1976, que integram o
Anexo I e II do Decreto nº 39.902, de 1º de Janeiro de 1995, com alterações posteriores, passam a
denominar-se Diretorias de Ensino. DOE 09/04/1999.
seguintes cidades4: Álvaro Carvalho, Alvinlândia, Echaporã, Fernão, Gália, Garça5, Julio
Mesquita, Lupércio, Lutécia, Marília6, Ocauçu, Oriente, Oscar Bressane, Pompéia e Vera
Cruz.
Nas
modalidades
de
atendimento
educacional
oferecidas,
o
Ensino
Fundamental abrange da 1ª a 8ª Séries, Ensino Especial e Suplência II e o Ensino Médio
atende classes de 1ª a 3ª Séries, Suplência do Ensino Médio e Ensino Profissionalizante,
além dos Projetos Especiais e do Programa Telecurso.
A Diretoria de Ensino da cidade de Marília conta atualmente7 com 7.188
alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental, distribuídos em salas de 1ª a 4ª
Séries e Ensino Especial e 13.543 alunos em salas de 5ª a 8ª Séries e Suplência II. No
Ensino Médio encontram-se 8.738 alunos regularmente matriculados, distribuídos em salas
de 1ª a 3ª Séries e Suplência E.M. Esses dados estão demonstrados no Gráfico 1. O número
de professores vinculados à Diretoria de Ensino está assim distribuído: Ensino
Fundamental - 237 professores no ensino de 1ª à 4ª Séries e Ensino Especial; 569
professores no ensino de 5ª à 8ª Série e Suplência II. No Ensino Médio, 413 professores em
classes de 1ª à 3ª Séries e Suplência E.M. O atendimento realizado pela Diretoria de Ensino
de Marília no Ensino Básico Fundamental e no Ensino Médio soma 29.469 alunos e 1.228
professores (DEL-MASSO, 2000).
14000
ALUNOS
12000
PROFES.
10000
8000
6000
4000
2000
0
1ª-4ªs.
5ª-8ªs.
E.Méd.
Gráfico 1 – Distribuição de alunos e professores conforme atendimento realizado
4
Fonte: Setor de Planejamento da Diretoria de Ensino de Marília/SP.
- As cidades de Gália, Garça, Ocauçu e Vera Cruz possuem Unidades Vinculadas, na modalidade de Ensino
Rural.
- As cidades de Garça, Marília e Vera Cruz possuem Ensino Profissionalizante - Paula Souza.
5
Possui Projetos Especiais da Secretaria de Educação: CEL - Centro de Estudo de Línguas.
6
Possui Projetos Especiais da Secretaria de Educação: CEL - Centro de Estudo de Línguas; CEES - Profª Iria
Fofina de Seixas; CEESMA - Centro de Estudo Ensino Superior de Marília e CEFAM - Prof. Macário
Ribeiro Macário.
7
Dados atualizados pelo Setor de Planejamento da DE/Marília em 31-03-1999.
O ensino superior brasileiro vem enfrentando, nos últimos anos, uma séria crise
decorrente de vários fatores sócio-econômicos e culturais. Acrescido a isso podemos apontar
também as mudanças legais que afetam o desenvolvimento dessa modalidade educacional.
Nesse sentido, a LDB/9.394, sancionada em 20/12/1996, impõe
alterações e novas
obrigações ao Estado brasileiro e aos cidadãos no tocante ao modelo de universidade e ensino
superior no país.
Entre as alterações podemos apontar a centralização do Plano Nacional de
Educação pela União em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os municípios,
conforme citado no artigo 9 da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Outra
alteração importante é a criação de um processo nacional de avaliação, que teria como
objetivo a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino no país.
Vinculada às anteriores, há uma terceira alteração e uma mudança nas obrigações
do Estado, todas elas interconectadas: a questão do financiamento e das responsabilidades de
cada esfera do poder público - União, Estados e Municípios - no tocante ao ensino superior.
À União cabe o papel de garantir o bom funcionamento do sistema educacional
das universidades federais e ampliá-las somente na medida de suas possibilidades. Deste
modo, impõe-se aos Estados e municípios a necessidade de realizar novos investimentos em
ensino superior.
Segundo dados estatísticos do INEP8, 3.479.913 alunos estão matriculados no
ensino superior (público e privado) brasileiro. Desse total, 14.604 alunos estão matriculados
nas Instituições de Ensino Superior públicas e privadas na cidade de Marília, SP.
Os
diferentes cursos de graduação da Faculdade de Filosofia e Ciências– UNESP – Campus de
Marília, somam 1.818 alunos regularmente matriculados, representando 12.12% da população
de universitários da cidade. Esses dados terão uma análise mais precisa na Dimensão Ensino
de Graduação.
1.6
A Faculdade de Filosofia e Ciências: uma Unidade Universitária da UNESP
Centro de importante conglomerado populacional, a cidade de Marília, já nos
anos 40, apresentava uma florescente preocupação intelectual que se expressava também pela
8
< http://www.mec.gov.br/inep >
aspiração de abrigar cursos superiores na cidade. Em 1952, tal aspiração era formalizada com
a abertura do Processo n.º 4.557/52 que tramitou por cinco anos.
Em 25 de janeiro de 1957, a Lei n.º 3.781, aprovada pela Assembléia Legislativa
do Estado e promulgada pelo Governador, Sr. Jânio Quadros, criava a Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Marília (FAFI), dentro da nova política de interiorização dos centros de
pesquisa e ensino.
No entanto, a existência legal da nova Faculdade não significou ainda a sua
existência efetiva. Somente em 13 de janeiro de 1959, com a implantação dos Cursos de
História, Letras Anglo-Germânicas e Pedagogia, a faculdade foi solenemente inaugurada.
Três dias depois, o Decreto Federal n.º 45.262 concedia inspeção prévia aos cursos a serem
instalados, o que marcou oficialmente o início de suas atividades didáticas. A aula inaugural,
ministrada pelo Professor Doutor Segismundo Spina, da Universidade de São Paulo, ocorreu
no dia 1º de março de 1959. A Faculdade foi instalada no prédio de uma antiga fábrica,
adquirido pela Prefeitura e cedido ao Governo do Estado.
Figura 4: Primeiro prédio da UNESP em Marília (foto arquivo UNESP)
A partir de 1963, mais um curso foi instalado, além dos já existentes – o de
Ciências Sociais.
A primeira solenidade de colação de grau das primeiras turmas de Licenciados
em Pedagogia, História e Letras Anglo-Germânicas ocorreu em 16 de fevereiro de 1963. Ao
final de 1963, a área de Letras era ampliada, com o oferecimento também de Letras
Vernáculas. O conjunto de cursos oferecidos pela Faculdade ampliar-se-ia ainda mais em
1968 com a implantação da Licenciatura em Ciências.
Em 1970, através do Decreto-Lei Estadual nº 161/70, a Faculdade foi
transformada, juntamente com os demais Institutos Isolados do Ensino Superior, em
Autarquia de Regime Especial.
Em 1975, nova estrutura departamental foi implantada, por força da Deliberação
CEE nº 5/75, de 02 de abril de 1975. Desta nova estrutura constava o Curso de Estudos
Sociais (licenciatura 1º Grau) e Habilitação em Educação Moral e Cívica.
O prédio da nova Faculdade foi inaugurado em 6 de março de 1975, na rodovia
Marília-Assis, KM 445, destinado às atividades didáticas e departamentais. As atividades
administrativas continuaram a serem desenvolvidas no prédio da Avenida Vicente Ferreira, nº
1278, até o ano de 1980, quando foram transferidas para o Campus Universitário.
Ainda em 1975, a XVI Semana da Faculdade, tradicional promoção que se
repetia desde 1960, enfocou o tema Estruturas Curriculares das Licenciaturas e dos
Bacharelados dos Institutos Isolados do Ensino Superior do Estado de São Paulo. Buscava-se
esclarecer o sentido das anunciadas transformações pelas quais deveriam passar os institutos
isolados existentes. Com o advento da Lei nº 952/76, que criou a Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, a FAFI passou integrar a nova Universidade com o nome
de Faculdade de Educação, Filosofia, Ciências Sociais e da Documentação da UNESP,
Campus de Marília. Por decisão do Conselho Universitário Provisório, as áreas de História, de
Letras e de Licenciatura em Ciências foram suprimidas e a Faculdade recebeu, por
transferência de Assis (SP), o curso de Filosofia e o correspondente departamento. Foi
também criada a área de Biblioteconomia e o curso de Pedagogia teve um novo impulso com
a decisão de se localizar em Marília os cursos de Educação Especial.
A partir daí, a Faculdade passou a oferecer os seguintes cursos: Biblioteconomia,
Ciências Sociais, Filosofia e Pedagogia, com Habilitações em: Administração Escolar para
Exercício nas Escolas de 1º e 2º Graus, Supervisão Escolar para Exercício nas Escolas de 1º e
2º Graus, Orientação Educacional, Magistério das Matérias Pedagógicas do 2º Grau,
Educação Especial – Área de Deficientes Mentais e Educação Especial – Área de Deficientes
Visuais.
Em 1979, foi instalada a Habilitação de Educação Especial – Área de Deficientes
da Audiocomunicação, junto ao Curso de Pedagogia, significando mais uma expansão das
atividades de ensino e pesquisa.
Em agosto de 1988 teve início a 1ª turma do Curso de Pós-Graduação em
Educação – Área de Concentração “Ensino na Educação Brasileira, em nível de Mestrado. O
nível de Doutorado foi implantado no início de 1993.
Em 03 de março de 1989, com a aprovação do novo Estatuto da UNESP, a
Faculdade passou a denominar-se Faculdade de Filosofia e Ciências – Campus de Marília.
Nesse mesmo ano, o Curso de Pedagogia passou a contar com mais uma
Habilitação, a de Educação Especial – Área de Deficientes Físicos, habilitação única no País,
naquela oportunidade. No ano de 1991, mais uma Habilitação incorporou as já existentes no
Curso de Pedagogia – Magistério para a Pré-Escola.
Buscando a ampliação de novos horizontes na formação profissional, em 1990,
foi criado o Curso de Fonoaudiologia.
Figura 5: Vista aérea do Campus Universitário – UNESP (foto arquivo UNESP)
Desde a sua criação, a Faculdade tem-se destacado como um espaço
privilegiado, na região, de formação de profissionais, de desenvolvimento de pesquisas na
área de Ciências Humanas e como um dos principais pólos desencadeadores e aglutinadores
de reflexões e discussões sobre as mais relevantes problemáticas do país, articulando-se, no
campo democrático, com várias outras entidades e instâncias. Atualmente, a Faculdade possui
nove cursos de graduação, sendo que os cursos de Relações Internacionais, Fisioterapia,
Terapia Ocupacional e Arquivologia foram implantados em 2003. Conta também com quatro
Programas de Pós-Graduação em funcionamento (Educação, Ciências Sociais, Ciência da
Informação e Filosofia) e coordena o Curso de Pós-Graduação em Relações Internacionais,
decorrente de acolhimento de projeto nos termos do Edital Santiago Dantas, da CAPES, sendo
instalado mediante convênio com a PUC-SP e a UNICAMP, iniciado em 2003.
A Faculdade de Filosofia e Ciências congrega em torno de 126 docentes, 146
funcionários técnico-administrativos, 1.818 alunos de graduação e 305 alunos de pósgraduação. Sua estrutura física está distribuída em dois locais diferentes, o Campus I e o
Campus II, respectivamente localizados à Avenida Hygino Muzzi Filho, 737 e à Avenida
Vicente Ferreira, 1278. No Campus I estão instaladas a estrutura administrativa, o Centro de
Convivência Infantil, os laboratórios, as entidades representativas dos três segmentos, a
Biblioteca, o Prédio de Atividades Didáticas, os Núcleos de Ensino e de Direitos Humanos,
grupos de pesquisas, entre outros. A Biblioteca ocupa uma área de aproximadamente 2000
metros quadrados e possui um dos maiores acervos da região, hoje estimado em 74.636
títulos. É também no Campus I onde ocorre a maioria das atividades didáticas.
No Campus II funcionam o CEES – Centro de Estudos de Educação e Saúde
(congregando a Clínica de Fonoaudiologia e o antigo Centro de Orientação Educacional), a
UNATI (Universidade Aberta à Terceira Idade), a Unidade de Atendimento Médico,
Odontológico e Social - UNAMOS, a Coordenadoria Geral de Bibliotecas - CGB, o Núcleo
de Ciência e Cultura, o CEDHUM – Centro de Documentação Histórica e Universitária de
Marília, o Museu Histórico e Pedagógico Embaixador Hélio Antonio Scarabôtolo, o
CEICOMHU – Centro de Estudos Interdisciplinares da Comunicação Humana e outros
setores ligados à área de extensão da Unidade.
A Faculdade caracteriza-se ainda pelo oferecimento aos alunos, mediante
processo seletivo, de Moradia Estudantil, com capacidade para acomodar 96 estudantes,
diversas bolsas de estudo (Programa de Apoio ao Estudante, FAPESP, CNPq, FUNDUNESP,
entre outras) e convênios estabelecidos com várias instituições visando à admissão de
estagiários.
Outra área de destaque da FFC é a de desenvolvimento de pesquisas.
Atualmente, há 37 grupos de pesquisa cadastrados no CNPq, resultando importante produção
científica nas diferentes áreas do conhecimento. Em locais específicos da home page da FFC
<http://www.marilia.unesp.br> podem ser encontradas informações atualizadas sobre as
diversas atividades aqui mencionadas.
A CRIAÇÃO DO CURSO DE RELAÇÕES E SUA TRAJETÓRIA
O Curso de Relações Internacionais da FFC9, UNESP de Marília teve sua
aprovação no Conselho Universitário em 17/07/2002, sendo criado através da Resolução
UNESP nº 69 de 23/07/2002, publicada no Diário Oficial do Estado de 24 de julho de 2002,
tendo a sua Estrutura Curricular aprovada pela Resolução UNESP – 20, de 1º/04/2004,
publicada no DO em 2/04/2004.
A Proposta Curricular do Curso de RI atual possui uma carga horária de 172
créditos, incluindo a Monografia, com 4 créditos 2 disciplinas optativas com 8 créditos Não
há a indicação de “estágios”.
Curso de Relações Internacionais de Marília realizou seu primeiro vestibular
no período de 06 a 08 de julho de 2003, oferecendo 40 vagas no período noturno, obtendo a
inscrição de 2.164 candidatos (relação candidato vagas 54:1). O resultado do Vestibular 2003
evidenciou a presença de 55% mulheres e 45% homens, com a faixa etária de menores de 25
anos. O início das aulas ocorreu em 11 de agosto de 2003.
O segundo vestibular para o Curso de RI deu-se em dezembro de 200410,
com 391 inscritos (sendo 233 mulheres e 158 homens) e apresentando a relação de 9,78%
candidatos por vaga. E o terceiro vestibular em 2005 veio confirmar uma procura significativa
por essa área de conhecimento: 1059 candidatos, sendo 637 mulheres e 422 homens e com a
relação candidato/vaga de 26,5, o segundo curso mais procurado da Unidade de Marília,
sendo superado pelo Curso de Fisioterapia, com 28,3.
A trajetória do projeto de criação do Curso de RI da Unidade de Marília foi
complexa e permeada de grande debate. Tangenciada pelo processo de expansão de vagas das
universidades públicas incentivada pelo governo do Estado de São Paulo, principalmente
quanto a sua interiorização gerou posições polarizadas na comunidade acadêmica. Houve um
amplo e polêmico debate, que ainda tem nos dias de hoje seus desdobramentos, quanto a
necessidade de manter a “qualidade e gratuidade” da oferta do Ensino Superior, a partir de
9
A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília foi criada pela Lei Estadual nº. 3.781/1957, iniciando
seu funcionamento em 1959, no prédio da Rua. Vicente Ferreira.Ver Christina de Rezende Rubim, Relatório
Parcial, 02/2001, p.65
10
O Conselho de Curso de RI optou pela não realização de Vestibular em dezembro de 2003, devido a
precária situação de infra estrutura ( espaço físico para sala de aula) e, principalmente diante da ausência de
docentes concursados
condições mínimas para o funcionamento dos cursos, como: a presença de um corpo docente
com titulação e garantido pelo concurso público com jornada de trabalho compatível com as
atividades de Ensino, de Pesquisa e da Extensão para atender as especificidades das distintas
propostas curriculares; a oferta de servidores públicos na condição de funcionários visando as
diversas atividades meio dos cursos e uma infra-estrutura básica compreendendo salas de
aula, laboratórios, material permanente compatíveis com os Projetos Pedagógicos propostos.
Foi nesse contexto que originou-se
em 1997 a solicitação de criação do
Curso de Relações Internacionais da UNESP – Campus de Marília, obtendo aprovação junto
ao CEPE — Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária, em 1998. Elaborado o
projeto e a proposta de estrutura curricular, ambos foram apreciados na Sessão Extraordinária
do Conselho Universitário da UNESP - CO, em 17 de maio de 2001, sendo retirado de pauta,
diante da solicitação de novas informações e a necessidade de alguns esclarecimentos de
natureza operacional frente as limitadas condições da peça Orçamentária da UNESP na época.
Na Unidade de Marília após algumas sessões de debate, o Curso foi
reiterado pelos Departamentos de Ensino envolvidos (DCPE – Departamento de Ciências
Políticas e Econômicas e DSA – Departamento de Sociologia e Antropologia), obtendo a
aprovação unânime também na Congregação da UNESP – Campus de Marília em 19 de junho
de 2001, como sendo uma
“Aspiração legítima da comunidade acadêmica” , porém com
algumas ressalvas: rever a articulação da grade curricular proposta diante da redundâncias de
certos conteúdos de disciplinas observados e investir em uma política de contratação, sendo
necessário para o curso de RI, a presença de mais 8 docentes especialistas na área - dois por
ano, distribuídos em 4 anos11.
Paralelamente a esse processo de a provação/instalação do Curso de RI e
da discussão realizada nos diversos colegiados e níveis decisórios, o Programa de PósGraduação de Relações Internacionais “San Tiago Dantas” obteve na CAPES a sua
aprovação em parceria com a PUC/SP e a UNICAMP, confirmando a relevância da
solicitação
da
UNESP/Marília
para
um
Mestrado
Acadêmico,
Mestrado
Profissionalizante, Doutorado Acadêmico na Área de Relações Internacionais.
11
Isto porque, para atender um rol amplo de disciplinas o Curso de RI alocado junto dos Departamentos de
Ciências Políticas e Econômicas e de Sociologia e Antropologia teria os docentes do Curso de Ciências
Sociais, ficando apenas àquelas disciplinas mais especificas a serem supridas pelos concursos. No entanto, a
situação do Curso se inverteu a partir de 2003, diante das aposentadorias e exonerações ocorridas em ambos os
departamentos, o que foi sanado com a realização de 4 concursos públicos, com jornadas integrais, que vieram
atender à demanda e disciplinas do Curso de Relações Internacionais.
Diante deste fato concreto, no Despacho nº.19/2001 de 04/10/2001, o
então Diretor Kester Carrara enfatizou a relevância da instalação do Curso de Relações
Internacionais. Em 25/04/2003, o Departamento de Ciências Políticas e Econômicas, que
concentra parcela significativa das disciplinas curriculares reiterou a importância do Curso
de Relações Internacionais na Unidade .
Para dar inicio ao processo de implementação e instalação foi composto um
Conselho Provisório do Curso de Relações Internacionais da UNESP – Campus de Marília
pelos docentes Dra. Lídia Maria Vianna Possas,
Dr.Francisco Luiz Corsi, Prof. José
Marangoni Camargo do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas; e Dr. Marcos
César Alvarez, do Departamento de Sociologia e Antropologia.
A primeira reunião do CPCRI (Conselho Provisório do Curso de Relações
Internacionais) deu-se em 25/06/2003 enfatizando a
importância da
área de relações
internacionais e da formação dos “internacionalistas“ que viriam consolidar um campo de
possibilidades acadêmicas e profissionais e somar com área das ciências humanas existentes
na Unidade de Marília. Para tanto, enfatizou a urgência de concursos para contratação de
docentes.
Os Conselheiros enfatizaram o perfil dos profissionais a serem contratados e
por unanimidade foi aprovado que fossem docentes especialistas
e com experiência de
pesquisa na área de atuação.
Diante das sugestões de ambos os Departamentos e dos conselheiros propôsse ainda na reunião, a realização de um estudo sobre o perfil dos alunos de RI que estavam
ingressando, visando conhecer a situação sócio econômica da clientela e acompanhar o
processo didático-pedagógico tanto individual como coletivo de cada turma. Além da
elaboração do horário para o primeiro semestre de 2003 (2º semestre ) houve a preocupação
com a organização da recepção aos calouros em 12 de agosto de 2003, com uma palestra do
Prof. Dr. Clodoaldo Bueno, da UNESP de Assis.
Em 17 de outubro de 2003 elegeu-se o Conselho de Curso Oficial de RI –
Portaria nº 156, de 17/10/2003, sendo designados os seguintes Conselheiros: Prof. José
Marangoni de Camargo (titular) e Dra. Mírian Cláudia Lourenção Simonetti (suplente); Dra.
Ethel Volfzon Kosminsky (titular) e Dr. Marcos César Alvarez (suplente); Dra. Lídia Maria
Vianna Possas (titular) e Dr. Odair da Cruz Paiva (suplente); e
Dra. Célia Aparecida
Ferreira Tolentino (titular) e Dr. Giovanni Antonio Pinto Alves (suplente). Coordenadora:
Dra. Lídia Maria Vianna Possas; vice-coordenadora: Dra. Célia Aparecida Ferreira Tolentino.
Com a posse do Conselho de Curso de Relações Internacionais e os contatos com
os outros Cursos de Relações Internacionais e suas experiências, realizou-se uma reunião, em
04/05/2004, com o objetivo de iniciar a discussão sobre “grade curricular” do Curso de
Relações Internacionais e reiterar a contratação de docente. Nessa reunião enfatizou-se a
proposta da criação de um Grupo de Trabalho - GT para dar início ao estudo sobre o perfil do
Curso de Relações Internacionais e do aluno que a UNESP de Marília desejaria formar. Após
consulta aos Departamentos, houve a indicação de nomes para a coordenação e a composição
do GEPRI – Grupo de Estudo e Pesquisa das Relações Internacionais, visando constituir um
grupo permanente.
A primeira reunião do Grupo de Estudos e Pesquisa das Relações
Internacionais - GEPRI foi coordenada pelo Prof. Dr. Luís Antonio Francisco de Souza, do
Departamento de Sociologia e Antropologia, objetivando elaborar as diretrizes e o “rumo”
dos trabalhos para o grupo. Dentre as discussões preliminares apontou-se para a questão de
priorizar o perfil profissional dos alunos de R.I. frente à uma
profissional, não devendo ater-se
carreira intelectual e
apenas com preocupações relativas a
substituição de disciplinas para compor uma
inclusão e a
determinada grade curricular. Com a
participação de docentes e alunos definiram-se as estratégias em 13/09/2004. O GEPRI
reuniu-se, oficialmente, com a seguinte pauta:
a) Ementa/Planos de Ensino de vários cursos de RI para um estudo
comparativo;
b) Legislação pertinente ao Curso – MEC e Resolução UNESP;
c) Proposta bibliografia mínima para o Curso de RI;
d) Identificação dos eixos temáticos do Curso de RI no país e equivalentes no
exterior;
e) Análise dos Planos de Ensino verificando redundâncias;
e) Propostas de Estratégias transdisciplinares.
Durante o ano 2004, o GEPRI realizou várias reuniões de estudos e
discussão de diretrizes, com convocações realizadas pelo Conselho de Curso de R.I. Em
dezembro de 2004, visando atender o encaminhamento de novas solicitações de concursos e
mesmo de contratações temporárias de docentes (na qualidade de substitutos /conferencistas)
o GEPRI encaminhou uma primeira versão de Proposta Curricular, para dar início a uma
ampla discussão e sugestão dos docentes, junto aos Departamentos de Ensino.
As contribuições encaminhadas por algumas áreas do conhecimento foram
absorvidas pelo GEPRI, que fez a divulgação dos resultados ainda parciais, em um Fórum de
Debate sobre Cursos de R.I. no evento conjunto da III Semana de RI: “Idéias e Cultura
nas Relações Internacionais”,
realizada no período de 22 a 26/08 em Marília, com a
parceria do Curso de RI de Franca.
O referido trabalho apresentado em 26/08/2005, no Fórum “Caminhos e
perspectivas dos cursos de RI” e contou com a presença da Pro-Reitora de Graduação da
UNESP, Profª. Drª Sheila Zampello de Pinho, do Prof. Dr. Shiguenoli Miyamoto
(UNICAMP), Suzeley Khalil Mathias (UNESP/Franca) e do GEPRI, representando a
UNESP/Marília. Houve a apresentação de distintas propostas e discussões comparando os
vários perfis de Cursos de RI em São Paulo e no país, que vieram enriquecer e contribuir
com novas perspectivas para a área de conhecimentos das relações internacionais.
Em dezembro de 2005, com as contribuições recebidas até então, e dos
docentes do Fórum, o GEPRI apresentou um novo texto que foi divulgado para os professores
dos Departamentos de Ciências Políticas e Econômicas; e de Sociologia e Antropologia,
visando a realização de uma reunião Conjunta. Desta maneira uma nova Proposta Curricular
para o Curso de R.I. da UNESP/Marília se encontra em processo de discussão, visando
atender os pareceres exarados na época da análise do
Projeto Inicial, corrigindo os
anacronismos e as redundâncias existentes e propor um Curso que associe as preocupações
de uma formação acadêmica sólida com perspectivas profissionalizantes frente às exigências
do mercado de trabalho.
Atualmente, o GEPRI é composto pelos docentes concursados: Marcelo F.
de Oliveira; e Marcos Cordeiro Pires, pelo Departamento de Ciências Políticas e Econômicas;
e José Blanes Sala; e Luís Antonio Francisco de Souza, do Departamento de Sociologia e
Antropologia, permanecendo como coordenador do Grupo.
II.
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO
O Projeto Pedagógico do Curso de Relações Internacionais da
FFC da UNESP de Marília, que segue abaixo, vigora desde o ano de 2003.
No entanto, já existe um novo Projeto Pedagógico, com significativas
alterações, baseadas na experiência dos anos anteriores. Esse documento
foi aprovado pelo Conselho de Curso de Relações Internacionais, e
aguarda apreciação das instâncias superiores.
O
novo
Projeto
Pedagógico
do
Curso
de
Relações
Internacionais segue, como anexo, para que as referidas alterações
possam ser visualizadas.
1.
JUSTIFICATIVA
Tornou-se um lugar comum dizer que os acontecimentos nacionais são
crescentemente importantes para as sociedades contemporâneas, portanto também para o
Brasil. Na verdade, o crescimento dessa importância é indiscutível. Ao mesmo tempo, as
informações são freqüentes, praticamente atuais sobre conflitos e questões que atingem as
relações entre povos e estados em qualquer lugar do mundo. Ao mesmo tempo em que a
popularização de temas e agendas é notável, vai-se tornando difícil compreender o como e o
porquê das situações. Muitas variáveis interferem: a própria política, a economia, a cultura,
os valores. Por isso vem ganhando importância o estudo das relações internacionais, que atrai
cada vez maior número de jovens no mundo inteiro, no Brasil e mais especificamente no
Estado de São Paulo, inclusive no interior.
A área de Relações Internacionais dedica-se não ao estudo da conjuntura, que não
é subestimada, mas não é preocupação central. Dedica-se ao estudo das estruturas, processos,
instituições, atores e normas que caracterizam o sistema internacional. Estes estudos no
Século XX acabaram por definir uma área específica do saber, cujos temas principais foram o
estudo da guerra, da paz, o desenvolvimento de teorias e modelos de análise sobre as relações
entre estados, sobretudo a dinâmica das organizações, do sistema, das motivações de níveis
mínimos de convivência, das razões para a cooperação.
Importantes mudanças da política mundial ocorridas nas últimas décadas do
Século XX fizeram com que novos temas se incorporassem: direitos humanos, meio
ambiente, comércio e desenvolvimento, tecnologia, narcotráfico, migrações, conflitos
étnicos, exclusão social e outros.
A complexidade do sistema internacional contemporâneo, onde combinam-se
cooperação e conflito, globalização e regionalização, o surgimento de novos atores ou de
velhos atores com novos papeis, acabam criando a necessidade de um entendimento
sofisticado e de preparação de profissionais em mais larga escala, vistas as exigências da
sociedade e do mercado. Acrescente-se a isto a aspiração brasileira a um papel protagônico
maior. Tudo isso configurando a importância de um Curso de Relações Internacionais.
2.
OBJETIVOS
Formar pesquisadores na área de Relações Internacionais. Abaixo, ao discutir o
perfil profissional, fica clara a especificidade do Curso e as áreas de trabalho. O Curso tem
como objetivo formar estudantes que se insiram nas novas necessidades intelectuais e, ao
mesmo tempo, capazes de responder às mudanças introduzidas pelo mercado de trabalho no
final do Século XX e início do Século XXI.
3.
PERFIL PROFISSIONAL
No Brasil, mais especificamente no Estado de São Paulo, há carência de
profissionais com as qualificações necessárias. Os estudos de Relações Internacionais
mostram tratar-se de disciplina relativamente nova, incluindo estudos históricos de política,
inclusive de direito, de economia e de sociologia. A relativa debilidade do setor de Relações
Internacionais no plano institucional fez com que tivesse baixa inserção na academia. As
necessidades fizeram com que nos últimos anos, na década de 90, houvesse uma explosão de
novos cursos. Alguns de boa qualidade, outros, menos. A PUC/SP criou um em meados
daquela década, seguindo-se a USP . A UNESP criou um no Campus de Franca, iniciado em
2002. É evidente a carência da participação da universidade pública e de qualidade neste
campo. Portanto, o Curso de Relações Internacionais da Faculdade de Filosofia e Ciências de
Marília surge como a ocasião de uma verdadeira consolidação.
Os trabalhos de Mônica Herz , de Paulo Roberto de Almeida e de Shiguenoli
Miyamoto sugerem o surgimento de uma consciência crítica e construtiva, de intensa
reflexão no sentido da definitiva e formal afirmação dessa área de conhecimento. Estudos
existiram no Brasil, já no Século XIX e ao longo de todo Século XX, mas o adensamento de
uma área específica ficou faltando.
O Curso em Marília cobre uma declarada deficiência no centro e oeste paulista.
Pode-se afirmar que os cursos de Relações Internacionais de qualidade mais próximos são os
de São Paulo, da PUC/SP e da USP, e o de Franca/UNESP. Assim, um curso numa
universidade estadual em Marília cobrirá as necessidades de uma vasta área geográfica do
Estado de São Paulo, com potencialidade de atração em parte do Mato Grosso do Sul e
Paraná.
O Curso quer formar profissionais qualificados para atuar nas diversas áreas do
mercado de trabalho em que o conhecimento dessa matéria é cada vez mais importante. O
graduado em Relações Internacionais estará preparado para trabalhar em instituições
internacionais, empresas privadas, na mídia, em agências governamentais, em organizações
não-governamentais, empresas de consultoria, instituições financeiras, sindicatos.
Da mesma forma, vem crescendo a demanda de estudos especializados de parte do
governo federal e suas agências, do poder legislativo, de partidos políticos, de governos
subnacionais. O curso propõe-se também a qualificar jovens para o possível ingresso na
carreira diplomática.
O estudante formado neste curso terá forte capacitação na área de Ciência
Política, com conhecimentos de profundidade em Sociologia, História, Economia, Direito,
Geografia. Portanto, será um profissional crítico com capacidade analítica, propenso ao
estudo de questões gerais e ao mesmo tempo capacitado à aplicação em temas específicos que
interessam à região de Marília, à sua inserção nos processos de integração regional, inclusive
o Mercosul e na globalização.
O conjunto das disciplinas visará preparar para conhecimentos das organizações
internacionais, da economia política internacional, áreas e regiões, sobretudo América Latina.
O conjunto das atividades visará sólida formação na área de Política Externa, sobretudo
Política Exterior do Brasil.
IV.
VAGAS
40 (quarenta) vagas.
V.
PERÍODO
Noturno.
VI.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Os alunos do Curso de Relações Internacionais realizarão monografia obrigatória
de Conclusão de Curso. Tratar-se-á de disciplina específica.
Não será exigido estágio visto em Marília e região ser difícil a existência de
instituições públicas ou privadas que ofereçam condições adequadas de realização desse
mesmo estágio.
VII.
ESTRUTURA CURRICULAR
Primeiro ano – primeiro semestre
Disciplinas
Cr
C
éditos
arga
Horária
Introdução à Ciência Política
04
6
0
Teoria Geral do Direito
04
6
0
Geopolítica da América Latina
04
6
0
Iniciação à Metodologia Científica
04
6
0
História das Relações
04
6
Internacionais no Mundo Moderno
0
Introdução à Economia
04
6
0
Primeiro ano – segundo semestre
Cré
Car
ditos
ga Horária
Política Externa Brasileira
04
60
Direito Constitucional
04
60
Geografia
do
Mundo
04
60
Contemporâneo
Disciplinas
História e
Século XX
Relações
Internacionais
Diplomacia
no
04
60
Econômicas
04
60
Segundo ano – primeiro semestre
Disciplinas
Teoria Política Moderna
Introdução ao Estudo das
Relações Internacionais
Introdução ao Pensamento
Antropológico
Estatística Aplicada
Português Instrumental
Disciplinas
Teoria Política Contemporânea
Moeda, Crédito e Relações
Internacionais
História e Formação dos
Estados Latino Americanos
Teoria
das
Relações
Internacionais
Linguagem, Comunicação e
Sociedade I
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
60
04
04
60
60
Segundo ano – segundo semestre
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
60
04
60
04
60
Terceiro ano – primeiro semestre
Disciplinas
Sistema
Internacional
Linguagem,
Financeiro
Comunicação
e
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
Sociedade II
Direito Internacional Público
Espanhol Instrumental
Optativa
04
04
04
60
60
60
Terceiro ano – segundo semestre
Disciplinas
Poder, Guerra e Geopolítica
Direito
Internacional
do
Comércio
Colonização e Descolonização
Etnia e Nacionalidade na
América Latina
Inglês Instrumental
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
04
60
60
04
60
Quarto ano – primeiro semestre
Disciplinas
Comércio Internacional
Democracia e Globalização
Instituições
Políticas
Internacionais
Cultura Contemporânea
Microeconomia Aplicada ao
Comércio Internacional
Optativa
Disciplinas
Realidade
Política
Contemporânea na América Latina
Proteção Internacional dos
Direitos
Organizações Internacionais
Tópicos Especiais em Teorias
das Relações Internacionais
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
60
04
04
60
60
04
60
Quarto ano – segundo semestre
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
04
60
60
Políticas Sociais no Âmbito
Internacional
04
60
RELATÓRIO SÍNTESE
RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE CURSOS
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE
MESQUITA FILHO
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS – UNESP – CAMPUS DE
MARÍLIA - SP
Curso: Relações Internacionais
Modalidade/Habilitação/Ênfase: BACHARELADO
1.
Atos legais referentes ao curso
RESOLUÇÃO UNESP Nº 20
DE
01
DE
ABRIL
DE 2004.
Estabelece a estrutura curricular do Curso de
Relações Internacionais da Faculdade de Filosofia e
Ciências – Câmpus de Marília.
O REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE
MESQUITA FILHO”, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo inciso IX, do
artigo 24, do regimento geral, nos termos do Parecer nº 27/04-CCG, e tendo em vista o
deliberado pela Câmara Central de Graduação, em sessão de 40/04, com fundamento no Artigo
24A, inciso II, alínea b do Estatuto, expede a seguinte
RESOLUÇÃO
Artigo 1º - O Currículo pleno do Curso de Relações Internacionais da Faculdade
de Filosofia e Ciências do Câmpus de Marília, é integrado por Matérias e Disciplinas
Obrigatórias, Monografia e Disciplinas Optativas.
Parágrafo único - O número mínimo de créditos a ser integralizado no curso a que
se refere o caput do artigo será de 172 (cento e setenta e dois).
Artigo 2º - O elenco de Matérias e Disciplinas Obrigatórias com os respectivos
créditos constará do anexo desta Resolução.
Artigo 3º - À Monografia, de caráter obrigatório, serão atribuídos 4 créditos.
Artigo 4º - O aluno deverá integralizar 8 (oito) créditos em disciplinas optativas.
Artigo 5º - A matrícula será feita por disciplinas ou conjunto de disciplinas.
Artigo 6º - O número máximo de créditos a ser cumprido pelo aluno, em cada
período letivo, será estabelecido pela Congregação.
Artigo 7º - O curso terá duração mínima de 4 (quatro) e máxima de 7 (sete) anos.
Artigo 8º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo
seus efeitos às turmas ingressantes no 2º semestre de 2003 (1º Vestibular realizado).
(Proc. 441/24/02/98)
JOSÉ CARLOS SOUZA TRINDADE
ANEXO À MINUTA DE RESOLUÇÃO
I – Matérias e Disciplinas Obrigatórias/Créditos
DIREITO
Teoria Geral do Direito
4
Direito Constitucional
4
Direito Internacional Público
4
Direito Internacional do Comércio
4
GEOGRAFIA
Geopolítica da América Latina
4
Geografia do Mundo Contemporâneo
4
HISTÓRIA
História e Relações Internacionais no Mundo
4
Moderno
História e Diplomacia no Século XX
4
História e Formação dos Estados Latinos
4
Americanos
Colonização e Descolonização
4
POLÍTICA I
Introdução à Ciência Política
4
Política Externa Brasileira
4
Teoria Política Moderna
4
POLÍTICA II
Teoria Política Contemporânea
4
Instituições Políticas Internacionais
4
Poder, Guerra e Geopolítica
4
Democracia e Globalização
4
Realidade Política Contemporânea na América
4
Latina
RELAÇÕES INTERNACIONAIS I
Introdução ao Estudo das Relações Internacionais
4
Teoria das Relações Internacionais
4
Tópicos Especiais em Teorias das Rel.
4
Internacionais
RELAÇÕES INTERNACIONAIS II
Organizações Internacionais
4
Proteção Internacional dos Direitos
4
ECONOMIA I
Introdução à Economia
4
Relações Econômicas Internacionais
4
Comércio Internacional
4
Sistema Financeiro Internacional
4
ECONOMIA II
Microeconomia Aplicada ao Comércio Internacional 4
Moeda, Crédito e Relações Internacionais
4
LÍNGUAS
Português Instrumental
4
Espanhol Instrumental
4
Inglês Instrumental
4
INTRODUÇÃO À METODOLOGIA CIENTÍFICA
Iniciação à Metodologia Científica
4
INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO
ANTROPOLÓGICO
Introdução ao Pensamento Antropológico
4
CULTURA CONTEMPORÂNEA
Cultura Contemporânea
4
ETNIA E NACIONALIDADE NA AMÉRICA
LATINA
Etnia e Nacionalidade na América Latina
4
LINGUAGEM COMUNICAÇÃO E SOCIEDADE
Linguagem, Comunicação e Sociedade I
4
Linguagem, Comunicação e Sociedade II
4
ESTATÍSTICA APLICADA
Estatística Aplicada
4
POLÍTICAS SOCIAIS ÂMBITO INTERNACIONAL
Políticas Sociais no Âmbito Internacional
Diário Oficial do Estado de São Paulo
Dia: 16/02/07 – Seção I – pg.24
4
1.1 Responsável pelo Curso:
1.1.1
Nome: Jose Blanes Sala
1.1.2
Titulação: Doutor
1.1.3
Cargo ocupado na Instituição:
Professor Assistente Doutor do Departamento de
Sociologia e Antropologia
Coordenador do Conselho de Relações Internacionais
1.2
Dados gerais:
Horários de Funcionamento:
Noite: Das 19h30 às 23h00 horas, de segunda a sexta
Duração da hora/aula: 57 minutos
Carga horária total do Curso: 2520 horas
Número de vagas oferecidas, por período
Integral: 40 vagas, por ano
Tempo mínimo para integralização: 04 anos
Tempo máximo para integralização: 07 anos
3.
Caracterização da infra-estrutura
reservada para o Curso:
Instalação
Salas de aula
Quantidade
04
física
da
Instituição
Capacidade
Observações
40
Aulas teóricas do curso de
Relações Internacionais
Recursos
pessoas
especiais
portadoras
para
de
deficiências: salas amplas,
capacidade para 40 alunos,
com corredores acessíveis e
banheiros adaptados.
Empresa Júnior
01
40
A empresa Jr. Possibilita
experiência
(Conta com
sala própria)
prática
alunos do curso de Relações
Internacionais,
com
locais.
Seção de
Graduação;
01
Conselho
Curso
4
01
de
diversos
contando
convênios
Seções de atendimento
ao aluno, objetivando
atender suas
necessidades e
questionamentos
relacionados ao Curso
Apoio
Seção Técnica
Acadêmica;
aos
-
01
Biblioteca:
Tipo de acesso ao acervo
É específica para o curso
Total de livros para o
curso (no)
Periódicos
Videoteca/Multimídia
Teses
Outros
( X ) Livre
( ) através de funcionário
( ) sim
( X ) não (
) específica
da área
Títulos:
Volumes: 80.775
458
14
2095
284 diapositivos; 687 mapas;150 Fitas K-7
Indicar endereço do sítio na WEB que contém detalhes do acervo
http://www.marilia.unesp.br/biblioteca
Empresa Jr Sage
O que é uma Empresa Júnior:
•Pessoa jurídica, de direito privado, associação civil sem finalidades
econômicas e com fins educacionais.
•Finalidades:
A) promover o desenvolvimento técnico e acadêmico de seus associados;
B) promover o desenvolvimento econômico e social da comunidade através de suas
atividades;
C) fomentar
o espírito empreendedor de seus associados;
D) promover o contato dos alunos com o mercado de trabalho; e
E) promover o desenvolvimento pessoal e profissional de seus associados.
História do Movimento Empresa Júnior (MEJ)
•Origem: incompatibilidade entre o sistema educacional e as necessidades dos
empregadores.
•MEJ nasce na França em 1967; na década de 1980 toma o mundo.
•Vantagens:
A) Universidade: aproximação com sociedade;
B) Alunos: desenvolver ferramentas práticas; e
C) Sociedade: Serviços de excelência a preços acessíveis, qualificação de mão-deobra, aproximação entre o sistema educacional e os trabalhadores.
•Início do MEJ no Brasil – Júnior GV, em 1989.
•1990 – criação da FEJESP (pela Jr. GV, Jr. Mackenzie, Jr. Poli, Jr. Gepea, Jr. 3E,
FAAP Jr. e Mauá Jr.).
•Brasil Jr. – Confederação de federações.
A Sage:
Com a globalização, as relações internacionais proporcionam inúmeras
possibilidades de atuação para governos, empresas, ONG's e demais instituições. A SageEmpresa Júnior de Relações Internacionais- desenvolve-se nesse contexto, viabilizando a
projeção internacional desses setores.
Fundada em 2005 pelos alunos do curso de Relações Internacionais da UNESP
(Universidade Estadual Paulista), a Sage oferece serviços de alta qualidade com a supervisão
de orientadores especializados a preços acessíveis, por se tratar de uma entidade sem fins
lucrativos.
Seus membros dividem-se dá-se em quatro departamentos: Recursos Humanos,
Projetos, Marketing e Administrativo-Financeiro, além de uma Diretoria Executiva composta
por presidente e vice-presidente. Cada departamento possui um diretor e uma divisão interna
própria, variando de acordo com as especificidades de cada um.
O interessado em ingressar na Sage é submetido a um processo seletivo
organizado pelo departamento de Recursos Humanos. A empresa procura manter cerca de 25
membros trabalhando, podendo este número variar de acordo com a demanda.
A Sage é legalizada como um estágio para todos aqueles que assinarem o
contrato de estagiário de pelo menos um ano.
Os recursos físicos disponíveis são uma sala cedida pelo GUTO (Grupo de Estudos da
UNESP/Marília), com diversos equipamentos tais como computadores, impressoras, arquivos,
materiais de escritório em geral e espaço para reuniões.
Missão: Proporcionar aos alunos de Relações Internacionais as condições
necessárias à aplicação prática de seus conhecimentos teóricos e, ao mesmo tempo, fornecer a
sociedade um retorno do investimento que esta realiza na universidade.
Visão: Ser referência entre as empresas em consultoria na área de Relações Internacionais.
Projetos em andamento:
-ProjEX: A Sage, por meio do projEX- Projeto Exportação, desenvolve
estratégias de internacionalização para empresas. Exportar é o primeiro passo, pois possibilita
a ampliação de mercados, a redução de impostos, o aumento da qualidade do produto, além da
melhoria da imagem da empresa. Serviços para o setor privado, por meio do ProjEX:
1) Elaboração de estratégias de internacionalização de empresas, 2) Adequação
do produto e da empresa para atender o mercado externo, 3) Realização de pesquisas de
mercado,
4)
Assessoria
para
o
processo
de
exportação,
5)
Orientação
para
viagens internacionais e feiras de negócios, 6) Palestras sobre internacionalização de
empresas e comércio exterior.
-INTEGE: Uma instituição pode se internacionalizar, expandir seu campo de
atividade e, assim, obter recursos e ganhos de imagem. Isso é possível por meio da inserção
em redes internacionais de atuação e pelo estabelecimento de cooperação e financiamentos
com empresas, associações, fundações e outras instituições parceiras no mundo. A Sage, por
meio da Assessoria em Internacionalização e Gestão de Projetos- INTEGE- oferece os
serviços para tanto. 1) Serviços para governos municipais: Mapeamento das potencialidades
de inserção internacional municipal, elaboração de projetos para a internacionalização de
municípios, inserção em redes de cidades, captação de recursos, cooperação técnica. 2)
Serviços para Organizações Não-Governamentais (ONG): Inserção em redes globais de
atuação, assessoria em captação de recursos.
O INTEGE ainda firmou recentemente, no mês de abril de 2009, um convênio
com a prefeitura de Marília, o que possibilitará a internacionalização do município.
Projeto Social: Com o objetivo de despertar a responsabilidade social nos seus
integrantes, parceiros, clientes e na comunidade, a Sage realiza projetos sociais de
conscientização sócio-ambiental e difusão do conhecimento universitário. Também promove
anualmente um ciclo de palestras sobre conscientização política e universidade pública nas
escolas de Ensino Médio de Marília. O Projeto Social da Sage visa retribuir à sociedade parte
do investimento que ela faz para a manutenção e o desenvolvimento da universidade pública e
integrar a universidade e a comunidade.
5
Corpo Docente:
Relação Nominal dos docentes por departamento:
5.1 DEPARTAMENTO DE CIENCIAS POLÍTICAS E ECONÔMICAS
ATRIBUIÇÃO DE AULAS / 2009
DOCENTE
Antonio Carlos
Mazzeo
DISCIPLINA/ CURSO
Ciência Política Contemporânea II (CS)
Teoria Política II (CS)
III.
HORAS/AULA
1º sem. 2º sem
120
120
Cristina Soreanu
Pecequilo
História das RI no Mundo Moderno (RI)
Poder, Guerra e Geopolítica (RI)
Realidade Política Contemporânea na América
Latina (RI)
História da Diplomacia no Século XX (RI)
Francisco Luiz Corsi História da Economia Brasileira (CS)
Teoria Econômica (CS)
Jair Pinheiro
Introdução à Ciência Política (CS)
Instituições Políticas Brasileiras II (CS)
Tullo Vigevani
Monografia de Bacharelado em Ciências Políticas
(C.S)
Tópicos Especiais em Teoria das Relações
Internacion. (RI)
Teoria Política Contemporânea (RI)
José Marangoni
Introdução à Economia Política (CS)
Camargo
Idem
Lídia Maria Vianna
História e Formação dos Estados Latino
Possas
Americanos (RI)
Introdução à História (CS) – 2º sem.
Luis Antonio Paulino Introdução à Economia (RI)
Comércio Internacional (RI)
Microeconomia Aplicada ao Comércio
Internacional (RI)
Relações Econômicas Internacionais (RI)
Marcelo Fernandes
Introd. ao Estudo das Relações Internacionais (RI)
de Oliveira
Teoria das RI (RI)
Monografia de R.I.
Política Externa Brasileira (RI)
Organizações Internacionais (RI)
Marcos Tadeu Del
Instituições Políticas Brasileiras I (CS)
Roio
Teoria Política I (CS)
Marcos Cordeiro
Fundamentos de Economia Política (CS)
Pires
Tópicos de Economia Política - optativa (CS)
Mirian Cláudia L.
Simonetti
Odair da Cruz Paiva
Paulo Eduardo
Teixeira
Fundamentos de Geografia (CS)
Tópicos de Geografia (CS)
Introdução à História (CS)
História do Brasil I (CS)
Tópicos de História (CS)
História do Brasil II (CS)
Paulo Ribeiro R. da
Política e Ideologia no Brasil (CS)
Cunha
Introdução à Ciência Política (CS)
Rosângela de Lima
Colonização e Descolonização (RI)
Vieira
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado II
“História”
Substituto 1º semestre Ciência Política Contemporânea I (CS)
Instituições Políticas Internacionais (R.I)
60
60
60
60
120
120
120
120
120
60
60
120
120
60
120
60
60
60
60
60
60
60
60
60
120
120
120
120
120
120
120
180
120
180
120
120
60
210
120
60
Substituto 1º semestre Teoria Política Moderna (R.I)
Introdução a Ciência Política (RI)
Substituto 1º semestre Geografia Social (CS)
Geografia do Mundo Contemporâneo (RI)
Substituto 2º semestre Sistema Financeiro Internacional (RI)
Moeda, Crédito e Relações Internacionais (RI)
Substituto 2º semestre Geopolítica da América Latina (RI)
Geografia da Natureza (CS)
Substituto 2º
Inglês Instrumental (RI)
semestre
Substituto 2º semestre Fundamentos da Ciência Política (CS)
• disciplinas da área de Política
• disciplinas da área de Geografia
• disciplinas da área de Economia
• disciplinas da área de História
5.2
60
60
150
60
60
60
60
150
60
-
120
Docentes segundo a titulação para cursos de bacharelado
e/ou de licenciatura (Deliberação CEE 55/06)
TITULAÇÃO
Graduados
Especialistas
Mestres
Doutores
Livre Docente
Professor Titular
TOTAL
Nº
08
18
01
01
%
25
56,25
3,125
3,125
100,0
Explicitar quantos doutores apresentam pós-doutoramento,
na mesma linha ou criar linha específica para pós-doutorado, lembrando
que, neste caso, não se trata de título.
Caso não sejam atingidos os percentuais mínimos exigidos
na legislação, apresentar tabela total dos docentes da Instituição e, caso
ainda assim não sejam atingidos os valores mínimos, propor cronograma
para sanar a deficiência (Del.55/06)
7.
Demanda do curso nos últimos processos seletivos, desde
o último reconhecimento (últimos 5 anos)
Período
VAGAS
CANDIDATOS
Relação
Candidato/Vaga
2003
2005
2006
2007
2008
2009
Noite
40
40
40
40
40
40
Noite
2164
391
1059
611
766
545
Noite
54,1
9,78
26,5
15,3
15,3
13,6
8.
9.
Demonstrativo de alunos matriculados e formados no
curso desde o último reconhecimento, por semestre
Período
Ingressantes
Egressos
2008
2007
2009
40
40
40
28
22
Matriz curricular do curso, contendo distribuição
disciplinas por período (semestre ou ano).
VIII. ESTRUTURA CURRICULAR
Primeiro ano – primeiro semestre
Disciplinas
Cr
C
éditos
arga
Horária
Introdução à Ciência Política
04
6
de
0
Teoria Geral do Direito
04
Geopolítica da América Latina
04
Iniciação à Metodologia Científica
04
6
0
6
0
6
0
História das Relações
Internacionais no Mundo Moderno
Introdução à Economia
04
6
0
04
6
0
Primeiro ano – segundo semestre
Cré
Car
ditos
ga Horária
Política Externa Brasileira
04
60
Direito Constitucional
04
60
Geografia
do
Mundo
04
60
Contemporâneo
História e Diplomacia no
04
60
Século XX
Relações
Econômicas
04
60
Internacionais
Disciplinas
Segundo ano – primeiro semestre
Disciplinas
Teoria Política Moderna
Introdução ao Estudo das
Relações Internacionais
Introdução ao Pensamento
Antropológico
Estatística Aplicada
Português Instrumental
Disciplinas
Teoria Política Contemporânea
Moeda, Crédito e Relações
Internacionais
História e Formação dos
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
60
04
04
60
60
Segundo ano – segundo semestre
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
60
Estados Latino Americanos
Teoria
das
Relações
Internacionais
Linguagem, Comunicação e
Sociedade I
04
60
04
60
Terceiro ano – primeiro semestre
Disciplinas
Sistema
Financeiro
Internacional
Linguagem, Comunicação e
Sociedade II
Direito Internacional Público
Espanhol Instrumental
Optativa
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
04
04
60
60
60
Terceiro ano – segundo semestre
Disciplinas
Poder, Guerra e Geopolítica
Direito
Internacional
do
Comércio
Colonização e Descolonização
Etnia e Nacionalidade na
América Latina
Inglês Instrumental
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
04
60
60
04
60
Quarto ano – primeiro semestre
Disciplinas
Comércio Internacional
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
Democracia e Globalização
Instituições
Políticas
Internacionais
Cultura Contemporânea
Microeconomia Aplicada ao
Comércio Internacional
Optativa
Disciplinas
Realidade
Política
Contemporânea na América Latina
Proteção Internacional dos
Direitos
Organizações Internacionais
Tópicos Especiais em Teorias
das Relações Internacionais
Políticas Sociais no Âmbito
Internacional
04
04
60
60
04
04
60
60
04
60
Quarto ano – segundo semestre
Cré
Car
ditos
ga Horária
04
60
04
60
04
04
60
60
04
60
ANEXOS
1. Novo Projeto Pedagógico do Curso, aguardando deliberação
da Congregação
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS.
1.
PREÂMBULO
A presente proposta emergiu da necessidade da atual gestão do Conselho de Curso de
Relações Internacionais (CCRI) apresentar à comunidade acadêmica da FFC um documento
síntese do Fórum de Reestruturação do Curso de Relações Internacionais – RI -, instalado em
dezembro de 2007 para tratar de implementar a reforma do projeto político-pedagógico do
curso de RI. Sua elaboração tem como ponto de partida as reflexões acumuladas no âmbito
dos Departamentos de Ciências Políticas e Econômicas e de Sociologia e Antropologia e das
contribuições individuais de docentes e discentes. Merece destaque o estudo do GEPRI –
Grupo de Estudos e Pesquisas sobre os Cursos de Relações Internacionais – que produziu o
documento “Proposta de Reforma da Grade Curricular do Curso de RI”, coordenado pelo Dr.
Luiz Antônio Francisco de Souza.
A proposta que se segue está calcada na trajetória da Faculdade de Filosofia e
Ciências, nas condições concretas de sua localização, na infra-estrutura previsível e na grade
curricular original. Está ainda fundada no perfil do corpo docente e nas linhas de pesquisa do
Departamento de Ciências Políticas e Econômicas, enquanto departamento acadêmico que
deu origem ao curso de Relações Internacionais, e também amparado nas linhas de pesquisa
afins do Departamento de Sociologia e Antropologia, marcado por uma ação de caráter crítico
voltada para o progresso científico, cultural e intelectual, assim como do Programa de PósGraduação em Ciências Sociais da FFC, no qual há a linha de pesquisa Relações
Internacionais e Desenvolvimento.
2. BREVE HISTÓRICO DO CURSO
O Curso de Relações Internacionais da UNESP de Marília teve sua aprovação no
Conselho Universitário em 17/07/2002, sendo criado através da Resolução UNESP de
23/07/2002, publicada no Diário Oficial do Estado de 24 de julho de 2002. A Proposta
Curricular do Curso de RI aprovada e em vigência possui uma carga horária de 172 créditos,
incluindo a Monografia, com quatro créditos, duas disciplinas optativas com oito créditos.
Não há a indicação de “estágios”.
O Curso de Relações Internacionais de Marília realizou seu primeiro vestibular no
período de 06 a 08 de julho de 2003, oferecendo 40 vagas no período noturno e obtendo a
inscrição de 2.164 candidatos (relação candidato vagas 54:1). O resultado do Vestibular 2003
evidenciou a presença de 55% mulheres e 45% homens, com a faixa etária de menores de 25
anos. O início das aulas ocorreu em 11 de agosto de 200312.
A trajetória do projeto de criação do Curso de RI da Unidade de Marília em 2003, bem
como a aprovação do Projeto Pedagógico resultando no reconhecimento do Curso pelo
Conselho Estadual de Educação em dezembro de 2006 foi complexa e permeada de grande
debate, tangenciados pelo processo de expansão de vagas das universidades públicas
incentivada pelo governo do Estado de São Paulo, a partir de 2002, principalmente quanto a
sua interiorização que gerou posições polarizadas na comunidade acadêmica frente a
necessidade de manter-se a “qualidade e gratuidade” da oferta do Ensino Superior, a partir de
condições mínimas para o funcionamento dos cursos, como: a presença de um corpo docente
com titulação e garantido pelo concurso público com jornada de trabalho compatível com as
atividades de Ensino, de Pesquisa e da Extensão para atender as especificidades das distintas
propostas curriculares; a oferta de servidores públicos na condição de funcionários visando as
diversas atividades meio dos cursos e uma infra-estrutura básica compreendendo salas de
aula, laboratórios, material permanente compatíveis com os Projetos Pedagógicos propostos.
A posse do Conselho de Curso de RI efetivou-se em 04/05/200413 com objetivo de dar
início a discussão sobre uma “nova” Proposta Pedagógica do Curso de Relações
Internacionais, reiterando necessidade de contratação de docentes e ao mesmo tempo
enfrentando o polêmico debate sobre a concepção da área de relações internacionais diante
das conjunturas de mudanças observadas no cenário mundial do século XX, as possibilidades
12
O segundo vestibular para o Curso de RI deu-se em dezembro de 200412, com 391 inscritos (sendo 233
mulheres e 158 homens) e apresentando a relação de 9,78% candidatos por vaga. E o terceiro vestibular ocorreu
em 2005 confirmando uma procura significativa por essa área de conhecimento: 1059 candidatos, sendo 637
mulheres e 422 homens e com a relação candidato/vaga de 26,5, o segundo curso mais procurado da Unidade de
Marília, sendo o primeiro de Fisioterapia com o índice de 28,3%; o quarto vestibular em 2007 apresentou a
relação de 15,3% candidatos por vaga. No ano de 2008, o acesso de uma 5ª turma teve a relação de 19,2 15,3%
candidatos por vaga.
13
O Conselho de Curso de RI era composto: Coordenadora Profªª Lídia M. V. Possas, Vice-Coordenadora: Profª
Célia Aparecida Ferreira Tolentino; Docentes: Professor José Marangoni Camargo e Professor Luis Antonio
Francisco de Souza e dos representantes discentes: Sarah de Freitas Reis e Vitor Tadeu Pólvore.
e interfaces enriquecedoras que vislumbram novas perspectivas diante do diálogo com as
demais áreas do conhecimento, seja a Economia, a História, a Geografia, a Sociologia e a
Antropologia.
Para tanto enfatizou-se a criação de um Grupo de Trabalho - GT em 2004 para dar
início ao estudo sobre o perfil do Curso de Relações Internacionais e do aluno que a FFC da
UNESP/ Marília desejaria formar14. O GEPRI - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Cursos
de Relações Internacionais - após minuciosa pesquisa15 elaborou o documento “Proposta de
Reforma da Grade Curricular do Curso de RI”, coordenado pelo Dr. Luiz Antônio Francisco
de Souza, e apresentado numa primeira síntese e avaliação de proposta em 2005 para os
docentes de ambos os departamentos.
Após debates, o encaminhamento apontado foi a composição de uma comissão em
cada um dos Departamentos para ampliar a discussão sobre o perfil do Curso. O
Departamento de Ciências Políticas e Econômicas – DCPE - encaminhou as sugestões que
foram aprovadas na Reunião do Conselho Departamental assim como o fez também o
Departamento de Sociologia e Antropologia – DSA – durante o primeiro semestre de 2007.
Esse documento, produto de ampla discussão e aprovação em ambos os colegiados
departamentais foi recebido pelo Conselho de Curso de Relações Internacionais para que
desse prosseguimento a “reforma” do projeto político-pedagógico do curso de Relações
Internacionais, que diante da premência do processo de Autorização e Reconhecimento do
Curso, tendo em vista a formatura da primeira turma de alunos de RI, em julho de 2007, o
inseriu nas prioridades da nova gestão em 200816.
3. CONCEPÇÃO DO CURSO
14
Após consulta aos departamentos houve a indicação de nomes para a coordenação e a composição do GEPRI –
Grupo de Estudo e Pesquisa sobre os cursos de Relações Internacionais. Pelo Departamento de Ciências Políticas
e Econômicas, houve a indicação dos docentes Daniel Freire de Almeida (Professor substituto contratado);
Francisco Luiz Corsi; e Marcos Tadeu Del Roio; e pelo Departamento de Sociologia e Antropologia houve a
indicação do Professor Sérgio Augusto Domingues e Professor Luís Antonio Francisco de Souza que assumiu a
coordenação dos trabalhos. Participaram ainda os alunos do curso de RI: Eduardo M. B. M. Padilha, Guilherme
Barana, Caio M. Bugiato, Marcos A. Alves Filho, Sarah F. Reis e Matheus Hernandez.
15
Para fundamentar a proposta levou-se em consideração as Ementas/Planos de Ensino de vários cursos de RI
existentes e em funcionamento para um estudo comparativo; a legislação pertinente ao Curso – MEC e
Resolução UNESP; a identificação dos eixos temáticos do Curso de RI no país e equivalentes no exterior,
conforme Texto Síntese apresentado na reunião dos docentes no 2° semestre de 2005 .
16
É relevante ressaltar que o Conselho de Curso de Relações internacionais, em nova composição: Coordenadora
Professora Lídia M. V. Possas, Vice-Coordenador: Prof Luis Antonio Francisco de Souza; Docentes: Professor
José Marangoni Camargo e Professor. Jose Blanes e os representantes discentes. Também é relevante ressaltar a
elaboração do Relatório de Reconhecimento do Curso de RI a ser encaminhado ao Conselho Estadual de
Educação que após analises de dois avaliadores exararam Parecer conclusivo de aprovação em dezembro de
2006.
No
atual
estágio
de
desenvolvimento
da
sociedade
contemporânea,
a
internacionalização é uma característica fundamental. Isso se deve a uma série de interesses e
fatores, como a mundialização do capitalismo, a ocidentalização dos padrões mundiais de
política, cultura e consumo, o desenvolvimento de novas tecnologias de informação e
comunicação (TICs), a institucionalização de um sistema mundial de organizações, cujo
centro é a ONU, entre outros.
A internacionalização não vem acompanhada somente por oportunidades, mas também
por desafios que superam os limites do Estado Nacional, como a fome, o capital especulativo,
o abastecimento de água potável, a explosão demográfica, os tráficos de entorpecentes, de
pessoas e de armas, catástrofes ambientais geradas pelo padrão capitalista de produção e
consumo, as epidemias e pandemias, os conflitos militares (declarados ou não), os direitos
humanos, o desequilíbrio no comércio internacional etc. Diante de tal situação, o Estado
Nacional (ainda que permaneça como o lócus primordial para a ação política) e as instituições
multilaterais do Sistema ONU não são suficientes para lidar com um mundo tão complexo.
Multiplicam-se os atores globais, como ONGs, sejam elas ambientalistas ou classistas, fóruns,
universidades, empresas e consultorias.
É neste cenário novo e complexo, da primeira década do novo milênio que o estudo
das Relações Internacionais ganha relevo e importância e alcança o status de uma disciplina
específica no grande campo das Ciências Humanas. Seu objeto de estudo não é somente a
conjuntura, mas procura se aprofundar na análise de estruturas, processos, instituições, atores
e normas que caracterizam e identificam o sistema internacional.
Esta área específica do saber se debruça sobre temas como o desenvolvimento de
teorias e modelos de análise sobre as relações entre estados, a forma como se organiza o poder
mundial, a interação econômica entre países e blocos de países, a atuação política de
organizações não governamentais, os novos atores e suas demandas, enfim, a dinâmica dos
conflitos e desafios a que estão sujeitos a Humanidade.
Isso significa que: o curso de Relações Internacionais da Faculdade de Filosofia e
Ciências é concebido como um espaço em que estas problemáticas deverão ser analisadas em
profundidade, a partir de uma perspectiva de Brasil e de sua inserção na América latina, sem
que isso represente uma visão provinciana ou mesmo xenófoba acerca das relações
internacionais. Nesse sentido, o Projeto Político-pedagógico do Curso de RI tem por base a
construção de uma sólida formação acadêmica, em que as áreas alicerces de Política, História,
Economia e Direito interajam com as disciplinas sociológicas, geográficas e metodológicas,
visando garantir objetivos de erudição e de capacitação para a vida acadêmica e profissional.
4. OBJETIVOS DO CURSO
Os objetivos gerais e específicos do curso visam garantir uma formação adequada e
em consonância com os princípios de excelência e de mérito acadêmico, associado a
procedimentos de natureza didático–pedagógica, múltiplos que valorizem o papel da produção
do conhecimento através do incentivo de habilidades, de práticas intelectuais tendo em vista o
profissional que se almeja formar.
Os objetivos devem atender aos seguintes critérios: clareza, abrangência, possibilidade
de geração de metas e compatibilidade com a concepção filosófica do curso, conforme se
pode verificar a seguir.
4.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo do curso de Graduação em Relações Internacionais é habilitar o estudante
para o desempenho profissional adequado, com competência e domínio técnico associado ao
compromisso social, mediante a aquisição de conhecimentos teóricos específicos da área e
domínio das competências e habilidades requeridas pela profissão, tendo em vista a autorealização pessoal e profissional e o desenvolvimento político, econômico, social e cultural do
país.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Garantir ao aluno:
a) uma formação e desenvolvimento de habilidades tais como: dominar os conceitos
teóricos das diversas disciplinas que compõem o curso, de maneira que possam ser utilizados
na análise e interação com processos inseridos nas relações internacionais; compreender e
inserir os eventos e as transformações da ordem mundial num contexto sócio-históricocultural abrangente; compreender a estrutura das relações políticas em nível nacional e
internacional bem como as bases do funcionamento da estrutura econômica mundial; analisar
as normas de Direito Internacional e as organizações internacionais sejam elas públicas ou da
sociedade civil; ler, interpretar e produzir trabalhos acadêmicos e/ou técnicos consistentes nos
diversos campos de atuação profissional; utilizar o raciocínio lógico e crítico; proporcionar
condições de análise de relações formais e causais entre fenômenos; identificar os fatores que
sinalizam mudanças estruturais e conjunturais da sociedade global.
b) a aquisição e o domínio de competências específicas para: empreender ações,
analisando criticamente os sistemas e as organizações internacionais e propondo soluções
pertinentes aos vários problemas; tomar decisões e resolver problemas numa realidade
dinâmica, com senso ético-profissional, capacidade de tomada de posição e responsabilidade
sócio-ambiental; atuar em equipes multidisciplinares; elaborar estudos e projetos nos âmbitos
acadêmicos, do poder público e da esfera privada; utilizar as tecnologias de informação e
comunicação no âmbito de sua formação.
5. PERFIL DO EGRESSO
O perfil desejado do egresso reflete os objetivos do curso e visa garantir a coerência
em relação às necessidades profissionais e sociais. Nesse sentido, a estrutura curricular do
curso foi pensada e constituída de maneira a atender às necessidades e características exigidas
para a atuação profissional do Bacharel em Relações Internacionais na docência e pesquisa
acadêmica, em instituições públicas, empresas privadas ou organizações não governamentais,
sem esquecer outras perspectivas do mercado de trabalho. Desse modo, o curso de graduação
em Relações Internacionais aguarda que o aluno egresso deva:
a) formação humanística e visão global que o habilite a compreender o ambiente
social, político, econômico e cultural onde está inserido e a tomar decisões em um mundo
diversificado e interdependente;
b) sólida formação teórica e técnica para atuar na pesquisa acadêmica, em instituições
públicas, empresas privadas e organizações não-governamentais, desenvolvendo atividades
específicas da prática profissional;
c) visão crítica e empenho na contínua busca de aperfeiçoamento e atualização
profissional;
d) capacitar os egressos para atuarem na formulação, no gerenciamento, na captação
de recursos, na análise/avaliação e na execução de programas e políticas domésticas com
interface externa;
e) contar com a visão crítica da vida social e capacidade de organização do
conhecimento, compreensão do próprio valo e papel social e histórico;
f) capacitado para atuar em diversos níveis da administração pública e em instituições
da sociedade civil, sempre de forma criativa, crítica e ética.
6. ESTRUTURA CURRICULAR
O curso de Relações Internacionais, ministrado no período noturno, tem sua
integralização prevista para o prazo mínimo de quatro anos e máximo de sete anos, numa
estrutura seriada semestral. Cada disciplina de 60 horas-aula semestrais contará quatro
créditos. A monografia obrigatória representará 8 créditos. A carga horária completa prevista
é de 2.520 horas/aula.
6.1 DISCIPLINAS OPTATIVAS
A especificidade de cada aluno deverá ser obtida através das disciplinas optativas, nas
áreas de Relações Internacionais, Ciências Sociais e Filosofia. O projeto político-pedagogico
apresenta quatro opções de disciplinas optativas na área de Relações Internacionais. O aluno
deverá cursar duas disciplinas optativas, previstas para os semestres do último ano.
As disciplinas de Organizações e Movimentos Sociais Internacionais e Tópicos
Especiais de História serão oferecidas por professores adequados do Departamento de
Ciências Políticas e Econômicas, e as disciplinas Direito Internacional Privado e Sociologia
do Trabalho no Mundo Contemporâneo serão ministradas por professores do Departamento
de Sociologia e Antropologia.
6.2 ESTÁGIO OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO
O curso de Relações Internacionais da Unesp, campus de Marília, como forma de
complementar e agregar a formação de seus discentes, insere no seu Projeto Pedagógico o
estágio obrigatório, sempre de acordo com a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de
2008 (Lei do Estágio).
Neste sentido, o curso visa que seus alunos se disponham a realizar todos os requisitos
propostos pela citada lei e por este Projeto Pedagógico a fim de adquirir o diploma de
conclusão de curso, de acordo com o § 1º do artigo 2º, da referida lei.
§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do
curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de
diploma.
O aluno de Relações Internacionais deve cumprir, invariavelmente, a carga de 90
horas de estágio sendo tais horas devidamente reconhecidas por instâncias competentes e
acompanhadas pela apresentação dos trabalhos e relatórios correspondentes. A certificação do
cumprimento de estágio caberá a central de estágios a ser criada na unidade, e na sua
ausência, pelo conselho de curso correspondente.
Ademais, a proposta considera que deverá ser abrangido no conceito de estágio do
estudante do Curso de Relações Internacionais as atividades equiparadas, conforme permitido
pelo § 3º do artigo 2º, da lei nº 11.788/2008, enumeradas a seguir:
1. GRUPO DE ESTUDO
2. GRUPO DE PESQUISA
3. MONITORIA
4. INICIAÇÃO CIENTÍFICA COM BOLSA
5. PROGRAMA DE ENSINO TUTORIAL
6. EMPRESA JÚNIOR
Além disso, é de responsabilidade também da Instituição de Ensino fornecer o
devido suporte e apoios aos alunos, para que eles tenham oportunidades
concretas de cumprir a carga horária de estágio obrigatório, como consta no
Capítulo II, da Lei do Estágio.
IV.
Matriz de Relações Internacionais – UNESP Marília
1º ANO
1º SEMESTRE
Introdução à Ciência Política
Introdução à Economia
Introdução ao estudo do Direito
Introdução ao estudo das Relações
Internacionais
Introdução à Sociologia
2º SEMESTRE
Teoria Política Moderna
Macroeconomia
Introdução à História
Iniciação à Metodologia aplicada às
Relações Internacionais
Introdução à Antropologia
2º ANO
1º SEMESTRE
Economia Política Internacional I
Teoria das Relações Internacionais I
Direito Constitucional Comparado
Teoria Política Contemporânea
2º SEMESTRE
Economia Política Internacional II
Teoria das Relações Internacionais II
Direito Internacional Público
Política Brasileira
Formação histórica do Brasil
História das Relações Internacionais
3º ANO
1º SEMESTRE
Economia Brasileira
Geografia do Mundo Contemporâneo
Sociologia da Cultura
Direitos Humanos e Temas Sócioambientais
Formação histórica da América Latina
2º SEMESTRE
Economia Industrial
Geopolítica e Segurança Internacional
Sociologia Contemporânea
Organizações Internacionais
Antropologia das identidades e das
nacionalidades na América Latina
4º ANO
1º SEMESTRE
Metodologia e Seminário de Pesquisa em
Relações Internacionais
Optativa 1
Política Externa Brasileira
Comércio Internacional e
internacionalização de empresas
Questões Estratégicas Contemporâneas I
2º SEMESTRE
Cenários e gestão estratégica
Optativa 2
Análise da Política Externa Brasileira
Integração Regional e questões Latinoamericanas
Questões Estratégicas Contemporâneas II
OPTATIVAS
Organizações e Movimentos Sociais Internacionais
Tópicos Especiais de História
Direito Internacional Privado
Sociologia do Trabalho no Mundo Contemporâneo
6.3 EMENTAS DAS DISCIPLINAS
1. Introdução à Ciência Política
O objetivo é apresentar os principais temas e conceitos da teoria política. Trata-se de
examinar as teses sobre as origens e os fundamentos do poder político, a gênese dos conceitos
de contrato social, Estado e soberania (estatal e popular), a estrutura das concepções que
anteciparam e expressaram o processo de construção do Estado moderno. A noção de
Império.
2. Teoria Política Moderna
O objetivo é compreender a formação do Estado liberal por meio da análise das obras
dos seus principais pensadores no final do século XVIII e século XIX com ênfase na
discussão sobre a Democracia e suas facetas da representação e da participação. Kant,
Federalistas, Stuart Mill, Burke, Benjamin Constant e Tocqueville. Marx e a crítica ao Estado
Liberal.
3. Teoria Política Contemporânea
O objetivo é compreender o debate sobre a teoria democrática contemporânea e seus
críticos no século XX. O debate elitista. O modelo Weber-Schumpeter de democracia. O
pensamento marxista contemporâneo e o socialismo hoje. Análise da problemática do
Autoritarismo/Totalitarismo. Pluralismo e Poliarquia. Princípio majoritário, minoria e
democracia consociativa. Atuais impasses do modelo democrático representativo. Concepções
participativas e delegativa de democracia e sua aposta na sociedade civil e em novos sujeitos
sociais. A terceira onda da democracia. Impacto da crise do Welfare e da nova ordem
econômica mundial sobre a democracia.
4. Política Brasileira
O objetivo do curso é tratar do processo político e das instituições políticas brasileiras
após a retomada da democracia nos anos 1980. A discussão sobre a democracia brasileira
ocorrerá com a análise de seus sistemas partidário e eleitoral, de forma a compreender o
processo de constituição dos órgãos decisórios e sua lógica de funcionamento.
5. Introdução ao Estudo das Relações Internacionais
O objetivo é familiarizar o aluno com os principais conceitos empregados no estudo
das relações internacionais. Ênfase especial será dada à compreensão, do ponto de vista
histórico, da noção de meio internacional e sua evolução até assumir as características atuais.
Nessa direção, serão estudadas as principais forças e agentes que dele têm participado bem
como o processo por meio do qual os padrões predominantes na política internacional no
mundo contemporâneo foram se configurando.
6. Teoria das Relações Internacionais I
O objetivo da disciplina é introduzir perspectivas teóricas de autores, cujas obras
constituem os principais eixos da produção em teoria das relações internacionais,
desenvolvida no período que compreende principalmente dos anos 1920 ao final dos anos
1970/início dos anos 1980, tais como Realismo, Liberalismo, Marxismo.
7. Teoria das Relações Internacionais II
O objetivo desta disciplina é oferecer uma visão crítica da evolução das teorias das
Relações Internacionais após os anos 1980, informando-o a respeito das mais importantes
perspectivas teóricas utilizadas por pensadores contemporâneos, tais como o Feminismo, a
Teoria Verde, o Construtivismo, o Neo-institucionalismo, a Sociologia Histórica, a Economia
Política Internacional, o Neo-marxismo, Teoria Crítica.
8. Política Externa Brasileira
O objetivo deste curso é transmitir ao aluno uma visão panorâmica das relações
exteriores do Brasil, com ênfase no plano interestatal. Para isso, a leitura foi selecionada de
modo a suscitar mais reflexão sobre as dimensões econômica (comércio, mercados, finanças,
investimentos, tecnologias, insumos e produtos), estratégica (guerra, paz, blocos militares) e
simbólica (valores, aspirações, ideologias, doutrinas), articulando-as com os níveis bilaterais,
regionais e multilaterais da ação externa do país.
9. Análise da Política Externa Brasileira
Os objetivos dessa disciplina são: a) incorporar na literatura brasileira as discussões
teóricas sobre os processos de formulação de política externa e b) analisar a política externa
brasileira na era democrática (1985-) sob essa perspectiva. Nessa direção será objeto de
estudo a revolução behaviorista e o surgimento da sub-área de Análise de Política Externa.
Teorias e pré-teorias de política externa. Processo decisório. Modelo racional. Modelo
organizacional. Modelo de política burocrática. Jogos de Dois Níveis. Análise cognitiva.
Regimes políticos e conteúdo de política externa. Situações de Crise. Logo em seguida, se
passará analisar a política externa brasileira na era democrática (pós-1985).
10. Geopolítica e Segurança Internacional
O objetivo dessa disciplina será estudar a criação, definição e evolução histórica do
conceito de geopolítica, suas principais escolas, o espaço geopolítico, a questão do poder e
seus componentes geográficos e militares. Para, em seguida, analisar suas conseqüências
sobre a realidade da América Latina na atualidade.
11. Integração Regional e Questões Latino-americanas.
Origens e evolução histórica dos processos de Integração Regional. Modelos de
Integração Regional: Área de Livre Comércio, União Alfandegária, Mercado Comum, União
Econômica e União Política. Teorias da Integração Regional: Neofuncionalismo,
Institucionalismo Neoliberal, Construtivismo, etc. Soberania na Integração Regional.
Intergovernamentalismo e Supranacionalidade. Democracia e Integração Regional. Alalc,
Aladi, Mercosul, Alca, Comunidade Sul-Americana de Nações, Nafta, Comunidade Andina.
12. Organizações Internacionais
A disciplina objetiva estudar o multilateralismo e o aparecimento e desenvolvimento
das organizações internacionais, em perspectiva histórica e institucional, buscando ainda
compreender o fenômeno das OIs na perspectiva dos debates da Teoria das Relações
Internacionais.
14. Metodologia e Seminário de Pesquisa em Relações Internacionais.
Esta disciplina servirá para apresentar as diferentes etapas de uma pesquisa cientifica.
Lógica de análise. O uso e a adequação de diferentes técnicas (questionários, pesquisa de
campo, entrevistas). Os debates entre a linha positivista de pesquisa e escolas mais criticas.
Subsidiariamente, a disciplina visa ainda realizar a discussão com os alunos de seus
respectivos projetos de monografia e o desenvolvimento da pesquisa, além de supervisionálos na redação do Trabalho de Conclusão de Curso.
15. Questões Estratégicas Contemporâneas I.
Análise da Política Externa das Grandes Potências; Estados Unidos; UE; Rússia;
Hegemonias; Ciclo Hegemônico; Configuração do Poder Mundial; Relações Norte-Norte;
Relações Norte-Sul
16. Questões Estratégicas Contemporâneas II
Análise da Política Externa das Potências Emergentes e o Terceiro Mundo; China;
África do Sul; Índia, Países de Menor Desenvolvimento Relativo no Oriente Médio e África;
Periferia e Contra-Hegemonia; Relações Sul-Sul; Relações Norte-Sul
17. Introdução à Economia
Apreender o que é Economia e a relevância de seus objetos de estudo.Compreender os
temas teóricos mais relevantes da Economia Política Clássica, Marxista e Keynesiana.
Identificar os principais conceitos de Ciências Econômicas e, desse modo, analisar o
funcionamento da economia capitalista contemporânea.
18. Macroeconomia
A disciplina tem como objetivo apreender os aspectos conceituais e teóricos
relacionados às questões macroeconômicas atuais, com ênfase na contribuição de autores
como Keynes e Kalecki e as diferenças metodológicas em relação ao paradigma neoclássico.
Devem-se destacar também os aspectos internacionais da macroeconomia, já que no atual
estágio de globalização, há um forte entrelaçamento das economias nacionais nos mercados
de bens, serviços e capitais e na medida em que a formulação de políticas macroeconômicas
de caráter fiscal, monetária e cambial, especialmente pelos países centrais, tende a afetar
outras economias, particularmente as mais periféricas. Também serão abordadas as principais
teorias de comércio internacional, com destaque para os modelos clássico (Adam Smith,
Ricardo, Stuart Mill), neoclassico (Hecksher-Ohlin-Samuelson), as Novas Teorias de
Comércio Internacional e a Teoria Estruturalista da Cepal.
18. Economia Política Internacional I
A disciplina tem por objetivo discutir os padrões de desenvolvimento capitalista a
partir de uma perspectiva histórica e crítica e da discussão das diferentes experiências e
estratégias nacionais de desenvolvimento. Também discutirá os principais referenciais
teóricos que embasam essa discussão.
19. Economia Política Internacional II
Evolução do sistema financeiro internacional desde o Século XIX. O Padrão Ouro. A
crise financeira de 1929. O sistema de Bretton Woods e as tentativas de controle dos fluxos
de capital internacional. O Fundo Monetário Internacional: estrutura e funções originais. O
rompimento da convertibilidade do dólar e o realinhamento das políticas cambiais nos anos
70. O mercado de eurodólares. A formação e a crise da dívida dos países do Terceiro
Mundo.
O balanço de pagamentos.
Políticas e taxas cambiais. As taxas de juros
internacionais. O mercado internacional de capitais: atores, processos e estruturas.
Volatilidade de capitais e governabilidade econômica. Crises financeiras e impactos para as
economias em desenvolvimento.
20. Economia Brasileira
A disciplina visa à compreensão do processo de desenvolvimento capitalista
do Brasil no período posterior a crise de 1930. A abordagem proposta do tema é
eminentemente histórica, buscando dar conta das transformações estruturais da
economia, das políticas econômicas, de seus condicionantes políticos e sociais e
das variadas formas articulação com a economia mundial.
21. Economia Industrial
Crítica à teoria da concorrência perfeita e imperfeita. Concentração industrial e formas
de mercado. Preços e margens de lucro em condições de oligopólio. Paradigma ECD
(Estrutura-Conduta-Resultado).
Estrutura
de
mercado
oligopolística
e
padrões
de
concorrência. Concentração e centralização do capital. Estratégia e dinamismo da grande
empresa oligopolística. Internacionalização do capital e firma multinacional.
22.Comércio Internacional e Internacionalização de Empresas.
As políticas comerciais e industriais adotadas pelos países nos seus diferentes estágios
de desenvolvimento, assim como as transformações no regime global de comércio e na forma
de atuação internacional das empresas, decorrentes das transformações do capitalismo
mundial, são elementos determinantes das relações entre os Estados e os diferentes atores que
atuam no âmbito internacional. A disciplina contempla a análise teórica, histórica,
institucional e prática do regime global de comércio e do processo de internacionalização de
empresas. São consideradas as políticas comerciais em perspectiva histórica, a evolução do
regime global de comércio, desde o estabelecimento do Gatt até a criação da Organização
Mundial do Comércio, bem como a inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho
por meio do comércio internacional. São também consideradas as diversas abordagens
teóricas da internacionalização de empresas, o processo de internacionalização de empresas
brasileiras e os principais elementos práticos relacionados à entrada das empresas no mercado
internacional, seja por meio do comércio exterior, seja por meio do investimento diretor
estrangeiro.
23. Cenários e Gestão Estratégica
Ser capaz de definir estratégias em ambientes turbulentos e incertos é um desafio cada
vez mais presente na vida dos gestores de organizações complexas, seja no setor público, seja
no setor privado. O domínio das principais técnicas de formulação de cenários e gestão
estratégica, como ferramenta auxiliar do processo decisório, é de grande utilidade na atuação
do Internacionalista. A disciplina contempla as diversas técnicas e ferramentas de inteligência
competitiva, de formulação de cenários prospectivos e técnicas de gestão e planejamento
estratégico.
24. Introdução à História
A disciplina analisará a formação histórica do capitalismo na longa duração, com seus
múltiplos sujeitos e espaços, privilegiando o panorama dos séculos XIX e XX das sociedades
da Ásia e da África no contexto da dualidade colonização/descolonização. Dessa forma, o
escopo principal será: analisar criticamente o processo histórico da expansão capitalista e de
ocidentalização do mundo; caracterizar África e Ásia sob o binômio: dominação e resistência;
e relacionar o processo de expansão capitalista e a realidade contemporânea dos países
dominados.
25. Formação histórica do Brasil
Compreender a Formação Histórica do Brasil a partir da construção do Estado
nacional no século XIX, e suas relações com a política externa brasileira. Análise do
desenvolvimento econômico e político interno, dos movimentos sociais, projetos de
transformação da sociedade, e que marcaram a formação do Brasil nos últimos 200 anos.
Objetiva-se que o aluno apreenda a especificidade da formação histórica do Brasil,
concebendo-a na complexidade de elementos culturais, políticos, econômicos, sociais,
demográficos e na sua relação com o cenário internacional.
26. Formação histórica da América Latina
A partir do processo de formação e consolidação dos Estados Nacionais Latinoamericanos, séc. XIX-XX observar as distintas identidades nacionais em suas especificidades
bem como a presença de movimentos de ruptura ou de permanência, privilegiando a reflexão
sobre temáticas contemporâneas que contemplem a revisão historiográfica de modo a
enfatizar as “novas” relações entre a esfera da política, com a cultura. A disciplina incorpora
a atividade didático-pedagógica síntese das “missões diplomáticas”, integrando o ensino e a
pesquisa.
27. História das Relações Internacionais
A disciplina tem por finalidade a análise dos temas clássicos nas RI: a formação da
sociedade ocidental e do sistema mundo; o estado moderno; o equilíbrio de poder e
realpolitik; as novas potências e a competição sistêmica; as guerras; a grande depressão; a
ascensão dos fascismos; a guerra fria; o nascimento do terceiro mundo; a crise do capitalismo
e o fim da bipolaridade.
28. Geografia do Mundo Contemporâneo
Mapeamento dos grandes quadros que caracterizam a organização do espaço
geográfico mundial, identificando suas determinações sociais, econômicas, culturais e
ambientais. As perspectivas teóricas e práticas das especialidades nas relações sociedadenatureza. Os condicionantes ecológicos das relações entre os Estados e suas interações com o
meio ambiente.
29. Introdução ao Estudo do Direito
A disciplina tem por objetivo o estudo do objeto e a finalidade do Direito e do Estado
no mundo globalizado. Neste sentido, visa introduzir o aluno de Relações Internacionais nos
diversos sistemas jurídicos de uma forma adaptada às necessidades do seu curso. Em primeiro
lugar, estuda-se a natureza do direito, relacionando-o com os conceitos afins, como a moral, a
ética e a justiça. Em segundo lugar, procede-se ao estudo de seu método, das suas fontes e da
sua forma de interpretação. Em terceiro lugar, é necessário esclarecer sobre as diversas
classificações: os ramos e os sistemas em que se divide, bem como as diversas disciplinas
jurídicas existentes. Finalmente, relacionar o direito com o mundo da ciência política,
fornecendo algumas noções de Teoria Geral do Estado.
30. Direito Constitucional Comparado
A disciplina tem por objetivo o estudo do Estado como realidade sócio-políticajurídica, sendo a Constituição o principal instrumento utilizado para a sua organização,
legitimação e controle no exercício do poder. Traçar uma análise de direito constitucional
comparado, observando as constituições dos países mais significativos nos cinco continentes,
em função dos diversos sistemas jurídicos em vigor. Conhecer os fundamentos e princípios
reitores que o Brasil adota na condução das Relações Exteriores. Entender o conceito de
nacionalidade nos sistemas jurídicos vigentes e verificar os critérios utilizados na Constituição
Brasileira para a sua aquisição e perda, bem como conhecer o tratamento dispensado aos
estrangeiros.
31. Direito Internacional Público
A disciplina tem por objetivo o estudo das origens, evolução e fundamentos do direito
internacional público. Fontes formais e materiais. Tratados internacionais. Relações entre
normas internacionais e o ordenamento jurídico interno. Os diferentes sujeitos de direito
internacional público e sua natureza: Estados, Organizações Internacionais e a pessoa
humana. Território do Estado, sistema de representação e responsabilidade internacional.
Espaços comuns internacionais e patrimônio comum da humanidade. Meios de solução
pacífica dos conflitos internacionais.
32. Direitos Humanos e Temas Sócio-ambientais.
O objetivo da disciplina consiste em estudar a evolução histórica e a fundamentação
teórica dos direitos humanos. A análise do seu conteúdo através dos principais tratados e
declarações internacionais. O sistema de proteção internacional estabelecido no âmbito
universal pela ONU e pelos diversos tribunais regionais internacionais, e a sua influência nos
Estados. A necessidade do respeito ao meio ambiente e o seu impacto no desenvolvimento
dos países, em suas diferentes estruturas sociais, étnicas e culturais. A crescente atuação da
sociedade civil no plano internacional, mediante o trabalho das organizações não
governamentais e dos movimentos populares.
33. Introdução à Sociologia
A disciplina tem como objetivo primordial inserir o aluno no pensamento clássico da
sociologia, sobretudo K. Marx, E. Durkheim e M. Weber, no sentido de compreender as
transformações das sociedades ocidentais, as implicações sociais do capitalismo e da
democracia, o problema da secularização e da racionalização, bem como os dilemas e
problemas que permearam o pensamento sociológico da modernidade. A reflexão da
sociologia clássica, neste sentido, visa dar ao aluno condições para estabelecer conexões de
sentido dentro do quadro histórico-social da modernidade nascente e suas implicações teóricas
para as Ciências Humanas.
34. Sociologia Contemporânea
A disciplina pretende apresentar as diferentes matrizes teóricas do pensamento
sociológico contemporâneo e suas implicações para a compreensão das principais questões
que pautam o debate teórico da sociologia no interior da modernidade ocidental, no período
posterior à segunda guerra mundial. A disciplina, ainda, pretende abordar as principais
características da sociedade global atual e, de forma mais direta, analisar as mudanças no
mundo do trabalho, da cultura e da política, em termos da emergência de novos atores sociais
e de novos desafios à sociedade internacional.
35. Sociologia da Cultura
A disciplina tem como objetivo introduzir o aluno de RI nas discussões atuais sobre o
impacto da cultura no mundo globalizado. Essa discussão parte das principais reflexões e
teorias dos autores contemporâneos sobre a cultura tanto em termos de mercado cultural como
em termos de processos criativos que interferem nas construções sociais. Também a disciplina
pretende estabelecer a relação entre cultura e as diferentes perspectivas nacionais e
internacionais diante dos fundamentalismos e do cosmopolitismo culturais.
36. Introdução à Antropologia
A disciplina apresenta a história da antropologia e os problemas do etnocentrismo e a
importância da diversidade cultural. Apresenta ainda as questões étnicas, culturais e nacionais
no mundo contemporâneo. A disciplina procura resgatar o debate antropológico sobre a
unidade e diversidade na cultura moderna, bem como aborda os desafios culturais presentes
no atual processo de uniformização cultural gerado pela globalização.
37. Antropologia das identidades e das nacionalidades na América Latina
A disciplina aborda a história da antropologia pela via dos problemas da diversidade
cultural e do etnocentrismo, para colocar o aluno diante do debate contemporâneo sobre as
questões étnica e nacional na América Latina. Nessa direção, a disciplina explora o impacto
da emergência de novos atores sociais, de novas agendas e de novos saberes, no cenário da
diversidade étnica e cultural do subcontinente, bem como apresenta os desafios que emergem
no cenário da integração regional atual no período pós-colonial.
38. Iniciação à Metodologia aplicada às Relações Internacionais
A disciplina introduz os principais conceitos de ciência, ciências humanas, pesquisa e
pesquisa científica, dando ênfase aos modelos de pesquisa, às formas de observação e às
técnicas de coleta, levantamento, tratamento e análise de dados. Ao mesmo tempo, procura
abordar os problemas da metodologia de pesquisa, dando ênfase aos métodos qualitativos e
quantitativos, à pesquisa de campo, às pesquisas comparadas no contexto das Relações
Internacionais, bem como aos indicadores e relatórios que permitem compreender a dimensão
internacional do conhecimento científico.
39. Organizações e Movimentos Sociais Internacionais. (OPTATIVA)
Abordagem analítica de organizações e movimentos sócio-políticos não-estatais
centrados no trabalho, nas classes subalternas e nos movimentos de sociabilidades específicas,
ambientalistas, feministas, etnoculturais e religiosos.
V.
40. Tópicos Especiais de História. (OPTATIVA)
Aprofundar temas contemporâneos pertinentes às Relações Internacionais a
partir de análises do processo histórico e da historiografia específica. A disciplina também
terá
como
preocupação
as
inovações
dessa
área
do
conhecimento
tais como: novas categorias analíticas e diferentes abordagens metodológicas.
41. Direito Internacional Privado. (OPTATIVA)
Ministrar conhecimentos básicos sobre as normas e instituições jurídicas da sociedade
internacional, assim como sobre os princípios e leis que solucionam os conflitos de normas no
espaço. Fornecer diretrizes sobre a utilização das fontes de Direito Internacional e de Direito
Interno em relação a problemas de transcendem o interesse exclusivo de uma única ordem
jurídica estatal, nas áreas dos Direitos Civil, Comercial e do Trabalho. Contratos
internacionais, a legislação aplicável e as clausulas mais importantes. Sociedades Comerciais,
princípios e tipologia. Órgãos de Solução de Controvérsias no âmbito do comercio
internacional: Câmaras de Arbitragem e Organização Mundial do Comercio.
42. Sociologia do Trabalho no Mundo Contemporâneo (OPTATIVA)
A disciplina pretende apresentar as diferentes matrizes teóricas do pensamento
sociológico contemporâneo. A partir dessas matrizes, a disciplina pretende abordar as
principais características da sociedade global em termo das mudanças no mundo do trabalho,
bem como seus desdobramentos em termos da divisão internacional do trabalho, das
instituições internacionais voltadas para o problema, as políticas públicas, a organização do
trabalho no capitalismo avançado, a precarização e terceirização do trabalho, o emprego e
renda no sistema internacional, bem como as respostas dos movimentos sociais às mudanças
percebidas.
6.4 COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM OS OBJETIVOS DO CURSO
A estrutura curricular apresenta coerência entre o currículo e os objetivos do curso.
Nos dois primeiros anos há uma ênfase na formação teórica ao oferecer ao graduando o corpo
conceitual fundamental das Ciências Humanas. O terceiro e quarto anos consolidam aquela
formação e oferecem com maior ênfase a formação específica na área de RI.
6.5 COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM O PERFIL DESEJADO DO EGRESSO
Ao se ter em vista a formação de profissionais capacitados para a atividade acadêmica
ou para a atuação em entidades públicas e organizações não-governamentais, ou inclusive, em
empresas privadas, pode-se verificar plena coerência entre o currículo e o perfil desejado do
egresso. O curso está estruturado em sete núcleos mais as atividades do Laboratório de
Relações Internacionais, conforme segue:
O primeiro núcleo, que compreende as Relações Internacionais, é bastante híbrido
quanto aos conteúdos. Há uma preponderância de disciplinas da área de política.
O segundo núcleo é o de Teoria Política.
O terceiro núcleo é formado pelas disciplinas de História.
O quarto núcleo é formado de disciplinas da área Economia.
O quinto núcleo é formado pelas disciplinas da área de Direito.
O sexto núcleo é constituído pelas disciplinas de Sociologia.
O sétimo núcleo é de Formação Complementar, com disciplinas de Metodologia,
Antropologia e Geografia.
O LARI – Laboratório de Relações Internacionais é o espaço privilegiado para que
os graduandos tomem contato com as fronteiras do debate nas Relações Internacionais e
também com experiências didático- pedagógicas e práticas de atuação profissional. Dentre
os temas que poderão ser discutidos no âmbito do LARI estão: direitos humanos,
globalização, projeção de cenários internacionais, diplomacia econômica, agronegócios,
marketing internacional, logística e transporte, ciência e tecnologia, cultura e gênero, meio
ambiente e desenvolvimento sustentável, gestão de projetos internacionais, consultoria
internacional, Sociologia da Cultura Contemporânea, entre outros.
6.6 COERÊNCIA DO CURRÍCULO EM FACE DAS DIRETRIZES CURRICULARES
NACIONAIS
Não há um documento específico que defina as diretrizes curriculares dos cursos de
Relações Internacionais, tal como existem em cursos tradicionais de graduação. Por conta
disso, a elaboração deste projeto político-pedagógico pautou-se, do ponto de vista legal, nos
pareceres CNE/CES 776/97, que prevê a autonomia das IES em definir a estrutura curricular
dos cursos de graduação, e CNE/CES 583/2001, que define a estrutura dos projetos políticopedagógicos dos cursos de graduação. Especificamente no que tange à área de Relações
Internacionais, também nos “Padrões de Qualidade para os Cursos de Relações
Internacionais” e no “Roteiro para Avaliação dos Cursos de Relações Internacionais”
produzidos pela Secretaria de Educação Superior do MEC (SESu).
2. Relatório contendo outras atividades relevantes
•
PÓS-GRADUAÇÃO
A Faculdade de Filosofia e Ciências oferece cursos de Mestrado Acadêmico e
Doutorado em Educação e Ciência da Informação, e Mestrado Acadêmico em Ciências
Sociais, Filosofia e Relações Internacionais, sendo que neste último, existe uma linha de
pesquisa chamada Relações Internacionais e Desenvolvimento, que abre espaço para
estudantes do curso de RI. A Pós-Graduação da Unesp tem por objetivo a formação de
docentes, de pesquisadores e de recursos humanos especializados nos diferentes ramos do
saber, bem como o desenvolvimento científico e tecnológico. (Informações obtidas
http://www.marilia.unesp.br/ensino/pos-grad/index.htm)
•
PROGRAMA DA UNIVERSIDADE ABERTA À 3ª IDADE -
UNATI
Funciona na FFC o Programa da Universidade Aberta à 3ª Idade – UNATI –
UNESP – Marilia. Este programa está
inserido na problemática que o idoso enfrenta
atualmente, e tem como objetivo proporcionar condições para a integração social do
participante, mediante o convívio no meio universitário. A UNATI conta atualmente com 210
alunos regularmente matriculados, de ambos os gêneros, com a idade variando de 55 à 83
anos. Quanto ao nível de escolaridade, 72% dos alunos possuem nível superior completo. Os
requisitos para a matricula na UNATI são: idade mínima de 55 anos e independência em
locomoção até os locais das atividades. Não é exigido nível de escolaridade. A UNATI
oferece as seguintes atividades: palestras às quartas-feiras, no horário das 14h00 às 16h00, no
Anfiteatro II da UNESP, localizado à Av. Vicente Ferreira 1278; cursos de: língua inglesa,
língua espanhola, língua italiana, língua francesa, fisioterapia para a 3ª Idade e Oficina de
Teatro. Essas atividades são realizadas no período da manhã e da tarde; freqüência às
disciplinas dos Cursos de Graduação da F.F.C. – UNESP – Marília. A UNATI iniciou suas
atividades no ano de 1995, oferecendo 40 vagas anuais. As matriculas são realizadas no início
de cada ano letivo. A coordenação da UNATI está sob a responsabilidade da Profª. Maria
Candida
Soares
Del-Masso
(informações
obtidas
http://www.marilia.unesp.br/atividades/extensao/principal_unati.htm)
•
ESCRITÓRIO DE PESQUISA
A FFC conta com um escritório de pesquisa que foi implantado em agosto de
1996, no Câmpus de Marília, vinculado à Diretoria Técnica Acadêmica e à Comissão de
Pesquisa, tem como missão: ser um espaço permanente de atendimento as necessidades
informacionais da comunidade de pesquisadores da UNESP/Câmpus de Marília referente à
captação de recursos (auxílios e bolsas) junto às agências de fomento e financiamento à
pesquisa, colaborando com a Comissão Permanente de Pesquisa, promovendo ações de
incentivo às atividades de pesquisa na Unidade. O escritório de pesquisa tem como objetivos:
Coleta, gerenciamento e disponibilização de fontes de informação para a dinamização da
pesquisa no Câmpus de Marília; Centralização e coordenação de informações de forma a criar
um banco de dados dos principais órgãos de fomento e financiamento da pesquisa no Brasil e
no exterior, publicando catálogo dessas entidades, direcionado para a área de atuação dos
pesquisadores da Unidade; Contato permanente com as agências financiadoras; Mediação dos
auxílios junto às agências financiadoras; Orientação da clientela sobre a concessão de Bolsas
de Estudos e Auxílios à Pesquisa das agências financiadoras; Cadastro dos Grupos de
Pesquisa, Linhas de Pesquisas e Pesquisas em Andamento da Unidade, visando a sua
divulgação em nível nacional para servir de subsídio aos pesquisadores interessados no
desenvolvimento de projetos e/ou formação de outros núcleos de pesquisa no país; Cadastro
de informações das fontes referenciais da produção científica do Corpo Docente e Discente da
Unidade, com a finalidade de divulgação e otimização do acesso; Divulgação periódica de
boletim com informações de caráter técnico-científico enfocando as áreas de interesse da
Unidade. O escritório de pesquisa está sob responsabilidade de Sylvia Helena Morales
Horiguela
de
Moraes.
(informações
disponíveis
http://www.marilia.unesp.br/atividades/pesquisas/principal_esc.htm)
•
COMISSÃO PERMANENTE DE PUBLICAÇÃO
A FF dispõe de uma Comissão Permanente de Publicações da Faculdade de
Filosofia e Ciências da UNESP/Campus de Marília que é uma comissão assessora da Direção
desta Faculdade, à qual se encontra administrativamente subordinada.
A Comissão
Permanente de Publicações da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP/ Campus de
Marília tem como objetivos: promover publicações de caráter acadêmico-científico; definir,
implantar e implementar a política editorial desta Faculdade; e divulgar, junto à comunidade
científica nacional e internacional, a produção acadêmico-científica desta Faculdade ou a de
pesquisadores vinculados a outras instituições de ensino e pesquisa. A comissão realiza as
seguintes modalidades de publicações: 1)Revistas Acadêmicas: nessa modalidade serão
publicadas 2 (duas) revistas, sendo 1 (uma) delas destinada à publicação de trabalhos de
docentes e de pós-graduandos e 1 (uma) destinada à publicação de trabalhos de estudantes de
graduação; 2) Livros: nessa modalidade serão publicados trabalhos completos ou coletâneas
temáticas, em ambos os casos resultantes de pesquisas e estudos de caráter acadêmicocientífico; 3)Traduções: nessa modalidade serão publicadas traduções de livros, de coletâneas
ou
de
artigos
acadêmico-científicos
(informações
disponíveis
http://www.marilia.unesp.br/docencia/publicacoes/principal.htm).
•
CENTRO
DE
DOCUMENTAÇÃO
HISTÓRICA
E
UNIVERSITÁRIA DE MARÍLIA
O Centro de Documentação Histórica e Universitária de Marília, criado em
1999, é órgão da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP - Câmpus de Marília,
vinculado administrativamente ao Departamento de Ciência da Informação e técnica e
cientificamente aos Grupos de Pesquisa "Formação e Atuação Profissional na Área de
Informação" e "Análise Documentária", tendo por finalidade, no âmbito de suas áreas de
atuação:
• apoiar a
formação acadêmica em nível teórico e prático;
• desenvolver
conhecimentos,
metodologias,
produtos
e serviços
informativos, bem como motivar as atividades formais de pesquisa (grupos de
pesquisa, iniciação científica, etc);
• atender
às demandas institucionais de arquivos, bibliotecas, centros de
documentação e museus, de pesquisadores e da comunidade em geral;
• oferecer
acesso às informações relativas à história administrativa de
Marília e à história acadêmico-administrativa da FFC-UNESP;
• promover
eventos de divulgação de resultados de pesquisas relativas ao
seu acervo, bem como de discussão e aperfeiçoamento de questões relativas à área de
Documentação.
O CEDHUM oferece os seguintes serviços:
• Consulta a documentos;
• Levantamentos
• Orientação
e pesquisas bibliográficas;
e acompanhamento em pesquisas documentais;
• Treinamento
de pessoal em aspectos técnicos e de conservação
arquivística;
• Oferecimento
de cursos em diferentes níveis, relacionados às áreas de
arquivo, patrimônio e atuação cultural;
• Oferecimento
• Organização
• Realização
de estágios nas áreas de Arquivologia e Biblioteconomia;
de exposições em temáticas documentais;
e acompanhamento de visitas guiadas para escolas de ensino
fundamental e médio.
Equipe Técnica
Coordenação Geral:
Dr. Eduardo Ismael Murguia
Vice-Coordenador:
Prof. Dr. José Augusto Chaves Guimarães
Coordenador Técnico-científico:
Profª Maura Duarte Moreira Guarido
Coordenador de Atividades Acadêmicas :
Profª Ana Célia Rodrigues
Apoio Técnico-administrativo:
Margareth de Fátima Colombo Pigozzi
**dados obtidos em http://www.marilia.unesp.br/cedhum/index.htm
• COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
A FFC tem constituído o comitê de ética que tem por finalidade avaliar as
pesquisas desenvolvidas em seres humanos, realizadas por alunos, docentes e
funcionários, sob os seguintes aspectos: I - ético; II- dentro do enquadramento na
legislação vigente, especialmente a Resolução no 196, de 10 de outubro de 1996, do
Conselho Nacional de Saúde.
• CURSINHO ALTERNATIVO DA UNESP DE MARÍLIA - CAUM
Sabe-se que há uma grande parcela de jovens brasileiros que não possuem
condições de ingressar em uma Universidade, quer seja pela preparação insatisfatória dos
cursos regulares freqüentados, quer seja pela falta de condições financeiras para pagar um
cursinho pré-vestibular. Essa proposta nasceu do interesse de um grupo de alunos que, em
situação semelhante e tendo o apoio de cursinhos alternativos, puderam ter acesso ao ensino
superior. Assim, a proposta consiste em oferecer aulas ministradas em nível de ensino médio
por alunos dos Cursos de Graduação com vistas à preparação daquela clientela para prestar o
Concurso Vestibular em melhores condições de concorrência. Os professores-alunos são
orientados por Coordenadores de Área com formação específica em cada área de
conhecimento.
O projeto procura atingir a comunidade de baixa renda proveniente do ensino
médio da rede pública do ensino e serão abertas 60 (sessenta) vagas em 2006. Cumpre
registrar que há interesse em ampliar o número de vagas para 100 assim que se viabilizarem
condições mais adequadas de infra-estrutura (principalmente sala de aula). Alunos da UNESP
são beneficiados diretamente seja pela perspectiva de estágio curricular, seja pela articulação
entre ensino, pesquisa e extensão.
Dificuldades encontradas: falta de espaço físico para ampliação do número de
vagas e para conseqüente melhoria da relação candidato/vaga bem como de infra-estrutura
adequada para melhor implementação do processo pedagógico. De 309 candidatos inscritos,
apenas 63 alunos foram matriculados. - Evasão em torno de 25% dos alunos em função de
dificuldades para conciliação entre trabalho e estudo. - Formação excessivamente heterogênea
dos alunos do ensino médio, os quais apresentam profundas defasagens de conhecimento, o
que dificulta sobremaneira o trabalho docente. - Há necessidade de cobrança de taxa de
material mensal (R$ 30,00) e muitos alunos têm dificuldade para pagar embora os valores
sejam irrisórios.
AVALIAÇÃO DOS ALUNOS DO CAUM ACERCA DO CURSO: “O CAUM
é a única possibilidade que tenho de estudar para entrar em uma faculdade”, “As vezes acho
que a gente tem muita aula, mas as vezes eu acho que sou eu que chego cansada”, “Eu gosto
muito do CAUM porque eu acho os professores muito gente fina”, “Eu acho que tem aluno
que não devia de estar no cursinho, eles não tão nem aí” “Se não fosse o CAUM eu não tinha
o que fazer em relação a estudar”, “Eu acho que o CAUM é dez eu que preciso estudar mais.”
ACERCA DE VIAGENS CULTURAIS: “A viagem cultural pôde nos
proporcionar um pouco mais de conhecimento, tanto quanto a cidade histórica, troca de idéias
de jornalistas com cantores e poetas entre outros e além de tudo foi importante o CAUM ter
proporcionado este dia de cultura, sendo que muitos não têm esse privilégio”, “É importante
que a cultura seja acessível a todos e essa viagem nos proporcionou um banho de cultura,
além de conhecer uma cidade histórica, ainda assistimos a palestras e vimos várias culturas e
povos diferentes num mesmo lugar”, “Ir à Paraty foi uma oportunidade única que o CAUM
me proporcionou, foi maravilhoso conhecer uma cidade histórica e tão diferente da nossa
realidade”, “A viagem foi bem legal, conheci coisas novas e eu nunca tinha ido a uma cidade
histórica, é muito interessante”, “Espero que estas viagens culturais continuem, para que
outros alunos do CAUM possam ter a mesma experiência que tive e que os próximos alunos
aproveitem muito desta viagem ótima”.
**Informações fornecidas pelo Professor Luiz Roberto Vasconcellos Boselli
coordenador do projeto
•
PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA AO ALUNO – PROA
A estruturação desse trabalho aconteceu em razão de observarmos que não é
incomum que alunos de graduação sejam submetidos a inúmeras situações de estresse durante
o período de atividades de seus cursos na Universidade. Situações essas que afetam o universo
emocional podendo provocar alterações no desempenho acadêmico. As vivências geradoras
de ansiedades e de angústias podem estar associadas ao processo de adaptação dos estudantes
a uma nova realidade, tanto no início, como no final de seus cursos.
O projeto procura atingir o maior número possível de alunos que apresentem
algum tipo de problema e/ou desconforto psicológico e/ou fonoaudiológico que possa
interferir no seu desempenho acadêmico.
O Programa de Assistência ao Aluno - PROA (anteriormente chamado de
Programa de Assistência Psicológica a alunos - PAPA), tem como objetivo oferecer
assistência psicológica e fonoaudiológica para alunos dos cursos da FFC. A mudança do
nome aconteceu após recebermos uma bolsa (pleiteamos duas) para um aluno do curso de
fonoaudiologia. As intervenções psicológicas têm o propósito de minimizar ou extinguir os
quadros emocionais, ansiógenos ou angustiantes, advindos de situações do cotidiano
vivenciadas pelo aluno. As intervenções fonoaudiológicas visam à avaliação e conduta acerca
de demandas relacionadas à disfluência (gagueira), a problemas da voz e outras temáticas da
área. Desde que o programa foi implantado notamos que a demanda por assistência
psicológica e fonoaudiológica apresenta uma curva crescente. Entendemos que, se por um
lado temos, fora da Universidade, um roto tecido social, por outro lado, temos as demandas
internas relacionadas aos diversos cursos. Assim, o aluno, que muitas vezes pouco pode
contar com o grupo familiar, sente-se solitário, e quem possui recursos emocionais
estruturados, vai em frente, quem não tem esta felicidade encontra algum apoio no PROA.
Este programa tem-se consolidado devido à percepção generalizada na FFC, de que a maioria
dos alunos, atualmente, não consegue, muitas vezes, lidar de maneira saudável com as
adversidades da vida pessoal e acadêmica.
AVALIAÇÃO DO BOLSISTA - A oportunidade de atuar no PROA tem se
mostrado muito gratificante. Percebo que o número de alunos que procura a assistência
fonoaudiológica se mostra bastante receptivo ás orientações que passo quando dos
atendimentos. É visível o crescimento da procura por este tipo de assistência. Acredito que
mais um bolsista seria muito importante para me ajudar a dar conta da demanda. Além, é
lógico, de vivenciar esta oportunidade de desenvolvimento profissional e crescimento pessoal.
AVALIAÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS - Achamos que é muito importante para o
aluno da Unesp ter um lugar que lhe oferece assistência psicológica e fonoaudiológica
gratuitamente. Percebemos que todos os alunos que atendemos realmente precisam de ajuda
psicológica para dar conta de suas demandas acadêmicas e pessoais. Para nós que atuamos
como voluntários é um boa oportunidade para o crescimento profissional.
**Informações fornecidas pelo Professor Luiz Roberto Vasconcellos Boselli
coordenador do projeto
CCI - Centro de Convivência Infantil “Prof. Helton Alves
Faleiros”
O Centro de Convivência Infantil da FFC – UNESP – Marília atende atualmente
de 30 (trinta) crianças na faixa etária de 0 a 06 anos e 11 meses de idade, filhos ou legalmente
adotados, sob a guarda, tutela, de servidores técnico-administrativos ou docentes que estejam
no exercício de suas atividades na UNESP.
O trabalho educacional desenvolvido é voltado aos interesses e as necessidades
que as crianças possuem nessa fase do desenvolvimento humano tendo como eixo de ação as
habilidades cognitivas. Outro objetivo nas propostas de ação do CCI é o de contribuir,
juntamente com as famílias, para a formação da personalidade, o desenvolvimento da
identidade pessoal e da auto-estima das crianças, para a formação de cidadãos autônomos,
participativos e criativos.
O CCI, além de ser um valioso espaço a serviço da ação educativa junto a essas
crianças, constitui-se num promissor campo de atuação para o estágio curricular dos alunos
dos diferentes cursos de graduação de nossa unidade acadêmica, para a pesquisa científica e
para o desenvolvimento da extensão universitária.
Com base no Projeto Pedagógico do CCI são realizadas atividades visando
integrar os conhecimentos que se apóiam em Projetos de Ação para o desenvolvimento da
educação infantil. Para auxiliar nesse processo, o CCI conta com a efetiva participação da
CPAPP – Comissão Permanente de Apoio Psicopedagógico, com o CAC - Conselho Assessor
da Coordenação do CCI e com a colaboração dos docentes dos Departamentos de Educação
Especial e de Didática da FFC.
Também como parte das atividades do CCI, são realizadas reuniões bimestrais
com os pais dos alunos com o intuito de discutir assuntos pertinentes a vida escolar de seus
filhos, colaborando para o desenvolvimento global das crianças.
No CCI é realizado o trabalho em equipe, de forma coletiva, com o
envolvimento e participação dos profissionais envolvidos garantindo espaço para o estudo, a
reflexão e a avaliação da prática educativa com o intuito de aperfeiçoar a qualidade dos
serviços prestados.
Para o desenvolvimento de atividades de reciclagem profissional entre os
profissionais e os estagiários do CCI é realizada mensalmente reunião de caráter pedagógico
coordenada pelos docentes da FFC com o objetivo de orientar a equipe profissional no
desenvolvimento das atividades educacionais.
Outro
aspecto
importante
está
relacionado
à
capacitação
funcional.
Semanalmente, em sistema de revezamento, pelo período de uma hora, as funcionárias
realizam aprimoramento profissional junto a profissionais de diferentes áreas do
conhecimento. Somado a isso, a equipe do CCI participa, desde 2001, do Grupo de Estudos e
Debates entre Profissionais de CCIs da UNESP, evento esse que é realizado anualmente nas
diferentes unidades universitárias da UNESP.
A participação em eventos científicos também faz parte do elenco de atividades
realizadas pelos profissionais do CCI, podendo citar a participação e apresentação de
trabalhos no III COPEDI, realizado em Águas de Lindóia e na 7ª Jornada de Educação
Especial.
** Texto extraído do Relatório Parcial do Projeto de Avaliação Institucional
Institucional – FFC – UNESP – Marília, 2004.
VI.
Relatório contendo outras atividades relevantes.
VII.
Aulas
As salas de aula vêm sendo modernizadas, com o incremento de diversos
equipamentos multimídia, além dos equipamentos disponíveis também nas secretarias de
departamento. Com isso, torna-se possível oferecer aulas mais dinâmicas, na medida da
necessidade.
No contexto das aulas, existem também apresentações de simulação de missões
diplomáticas. Tais apresentações contam com infraestrutura específica, possibilitando ganhos
expressivos de experiência por parte dos alunos.
VIII.
Semana de Relações Internacionais
Atividade organizada nesta unidade alternadamente com o Câmpus de Franca,
encontrando-se atualmente em sua sétima edição, a ser realizada em Marília. As Semanas de
Relações Internacionais vêm se consolidando, atingindo relevo e trazendo resultados bastante
positivos no seio da comunidade acadêmica, especialmente posicionando a Unesp na
vanguarda em relação a novos temas no que concerne à política, economia e cultura no
cenário atual. As publicações resultantes das discussões apresentadas no evento trazem
contribuições relevantes, contando com autores de peso no contexto das Relações
Internacionais.
Empresa Jr.
A Empresa Jr Sage realiza diversas atividades, desenvolvendo trabalhos junto à
comunidade empresarial local, tendo inclusive contratos e convênios assinados com a
prefeitura local e parcerias com a ACIM (Associação de comércio e Indústria de Marília),
ADIMA (Associação das Indústrias de Alimento de Marília).
Centro Acadêmico de Relações Internacionais Sérgio Vieira de Mello
Mantêm programas de recepção aos calouros, realiza viagens a eventos acadêmicos da
área, promove eventos que contribuem para a sociabilidade dos alunos da faculdade de
maneira geral, realiza assembléias periódicas a fim de discutir questões relativas ao curso,
bem como elege e indica representantes para as entidades representativas da unidade.
IX.
GEO
O Grupo de Estudo de Organizações Internacionais vem desenvolvendo atividades que
visam aumentar a densidade do conhecimento teórico dos alunos na área de organizações
internacionais, além de contar com atividades práticas de simulação de Reuniões gerais da
Organização dos Estados Americanos, e divulgação junto à comunidade local, notadamente
em escolas públicas e privadas.
Outros Grupos de Estudo
Diversos outros grupos de estudos realizam atividades de cunho acadêmico, como
reuniões e organização de eventos em áreas de interesse para o curso de Relações
Internacionais, mesmo que não tenham ligação direta com as disciplinas da graduação:
Relações internacionais e Política Exterior do Brasil; Brics; Questões de Gênero e Relações
Internacionais, são alguns deles.
Programa de PósPós-Graduação em Ciências Sociais
O programa desenvolve a linha de pesquisa nº4 “Relações Internacionais e
Desenvolvimento”, oferecendo vagas em nível de mestrado e doutorado. Além da oferta de
disciplinas, apóia a organização de eventos, inclusive a Semana de Relações Internacionais.
Publicações
A partir das atividades realizadas pelo curso foram organizados diversos livros com as
conferências e contribuições dos participantes:
1. Idéias e Cultura nas Relações Internacionais. Organizado pelas professoras Célia
Tolentino e Lidia Possas com as contribuições da III Semana de Relações Internacionais.
Editora Oficina Universitária. Marília, 2007.
2. Economia, Sociedade e Relações Internacionais. Organizado pelos professores
Francisco Luiz Corsi, José Marangoni Camargo e Marcos Cordeiro Pires com as
contribuições do VI Fórum de análise de conjuntura. Editora Práxis. Londrina, 2006.
3. Diversidade étnica, conflitos regionais e direitos Humanos. Organizado pelos
professores Tullo Vigevani e Marcelo Fernandes com os estudos realizados em projeto de
pesquisa. Editora UNESP. São Paulo, 2008.
Intercâmbios
Doze alunos da graduação já realizaram intercâmbios com duração de 1 semestre a 1
ano, mediante o auxilio da AREX e da Coordenação do Curso de RI, com as seguintes
universidades: Universidad Santiago de Compostela (Espanha); Universidade do Minho
(Portugal); Universidade de Coimbra (Portugal) e Universidade de Lisboa (Portugal). Durante
o ano de 2008 e 2009 a Coordenação do curso manteve contato com a Universidad Autônoma
de Barcelona (Espanha) a fim de realizar Convenio de Intercâmbio de professores e alunos de
graduação e pós-graduação, o qual foi firmado em caráter definitivo em maio do corrente ano
e deve iniciar suas atividades a partir de janeiro do próximo ano.
1. Principais atividades durante o ano 2009.
I Colóquio Internacional - Realidades e perspectivas da globalização na América Latina Programação
28 de Abril de 2009 (Terça-Feira)
08h00 - 12h00
Credenciamento
14h00
Reunião conjunta: discussões sobre intercâmbio; projetos conjuntos e
realização bianual do Colóquio Internacional
Participantes
Dr. Edemir de Carvalho; Dr. Francisco Luis Corsi; Dra. Céli Regina Pinto; Mst.
Carmen Silvia Bueno de Freitas Carvalho; Dr. Giovanni Alves Pinto; Dr. José
Marangoni Camargo; Dr. Luis Antonio Paulino; Dr. Luiz Eduardo Simões de Souza;
Dr. Marcos Cordeiro Pires; Dr. Marcelo de Oliveria Fernandes; Dra. Marina Gusmão
de Mendonça; Dra. Mirian Claudia Lourenção Simonetti; . Dr. José Blanes Sala –
Unesp; Dr. Federico Veiravé; Dr. Juan Carlos Miranda; Dr. Roque Juan Carrasco
Aquino; Dr. William Ortiz Jiménez; Dr. Julio Gomes Silva Neto; Dr. Fernando
Maureira Estrada; Dr. Paulo Décio; Dr. Silvestre Eustáquio Rossi Pacheco, Dra. Celia
Aparecida Ferreira Tolentino
20h00
Abertura
Expositores
Herman Jacobus Cornelis Voorwald (Reitor da Unesp)
Mariângela Spotti Fujita (Diretora – Unesp-Marília)
Francisco Luiz Corsi (Coordenador da Pós-Graduação em Ciências Sociais da FFC)
Luis Antonio Francisco de Souza (Chefe do Depto de Sociologia e Antropologia)
Edemir de Carvalho (Coordenador do I Colóquio Internacional)
20h30
Conferência
Globalização e realidade política na Colômbia: guerrilha, paramilitares e
Estado
Expositor
Dr. William Ortiz Jiménez
Coordenação
Edemir de Carvalho (Unesp-Marília)
29 de Abril de 2009 (Quarta-Feira)
09h00
Mesa-redonda
Globalização na América Latina
Conferência
A união sul-americana de nações: democracia, oportunidades para o
desenvolvimento econômico e entraves políticos
Expositor
Marcelo de Oliveira Fernandes (Unesp-Marilia)
Conferência
Globalização vis-a-vis o nacionalismo na América Latina
Expositora
Céli Regina Pinto (UFRGS)
10h30
Coffee break
11h00
Conferência
Entre la globalización y la integración regional: la construcción de la comunidad
latinoamericana de naciones con el fundamento en la identidad de América Latina
Expositores
Silvestre Eustáquio Rossi Pacheco (PUC-MG)
Bruno Wanderley Júnior (PUC-MG)
Carla Ribeiro Volpini Silva (PUC-MG)
Conferência
O Foro Consultivo de Municípios, Estados Federados, Províncias e Departamentos do
MERCOSUL: a participação das entidades subnacionais no processo de integração
regional
Expositor
José Blanes Sala (Unesp-Marília)
Conferência
Globalización y regionalismo transnacional. La Provincia del Chaco y los esquemas
de integración subregional en el Nordeste Argentino
Expositores
Federico Veiravé (UNNE – Argentina)
Alicia Carlino (UNNE – Argentina)
Coordenação
Francisco Luis Corsi (Unesp-Marília)
14h00
Reunião conjunta: discussões de acordos de colaboração; convênios;
intercâmbio de docentes e discentes e de projetos (participação de todos
os conferencistas convidados)
19h30
Mesa-redonda
Globalização e Políticas neoliberais na América Latina
Conferência
Os efeitos das políticas neoliberais na América latina
Expositor
Francisco Luis Corsi (Unesp-Marilia)
Conferência
A Economia Política do Brasil de FHC a LULA
Expositor
Luis Antonio Paulino (Unesp-Marília)
Conferência
Neoliberalismo e as transformações na agricultura da América Latina: a questão do
emprego
Expositor
José Marangoni Camargo (Unesp-Marília)
Conferência
Globalización y trabajo infantil en Chile: los mercados de trabajo para niños
trabajadores
Expositor
Fernando Maureira Estrada (UACH – CL)
Conferência
Estado Neoliberal e as mudanças no mundo do trabalho na América Latina
Expositor
Giovanni Antonio Pinto Alves (Unesp-Marília)
Coordenação
Mirian Claudia Lourenção Simonetti (Unesp-Marília)
30 de Abril de 2009 (Quinta-Feira)
09h00
Mesa-redonda
Globalização, perspectivas e consequências no rural e no urbano na
América Latina
Conferência
Movimentos sociais e cinema na América Latina
Expositora
Célia Aparecida Ferreira Tolentino (Unesp-Marília))
Conferência
Geografia dos movimentos sociais na América Latina
Expositora
Mirian Claudia Lourenção Simonetti (Unesp-Marília)
Conferência
Algumas notas sobre as estratégias portuguesas e espanholas na ocupação da
América do Sul
Expositor
Antonio Carlos Cabral Carpintero (UnB)
Coordenação
Giovanni Antonio Pinto Alves (Unesp-Marília)
10h30
Coffee break
11h00
Conferência
Participación ciudadana en época de crisis: caso de la Región de los Ríos (Chile)
Expositores
Juan Carlos Miranda (UACH – CL)
Claudia Bustamante (UACH – CL)
Conferência
Metropolização do Brasil e da América Latina, as máscaras atuais da desigualdade
social
Expositor
Edemir de Carvalho (Unesp-Marília)
Conferência
Segregação socio-espacial no Brasil e na América Latina em pleno século XXI
Expositora
Carmen Silvia Bueno de Freitas Carvalho
Conferência
Fome e exclusão social: a atualidade do pensamento de Josué de Castro
Expositora
Marina Gusmão de Mendonça
Coordenação
Giovanni Antonio Pinto Alves (Unesp-Marília)
19h30
Mesa-redonda
Globalização e trajetórias recentes das sociedades latino-americanas
Conferência
A Arquitetura de uma Crise: História e Política Econômica na Argentina-1989/99
Expositor
Luiz Eduardo Simões de Souza (UFRGS)
Conferência
Crise e Recuperação: Notas Sobre a Recente Trajetória Cíclica da Argentina
Expositor
Julio Gomes Silva Neto (UFAL)
Conferência
Os desafios da concorrência chinesa para a indústria brasileira
Expositor
Marcos Cordeiro Pires (Unesp-Marília)
Conferência
El desarrollo y el problema ambiental en el contexto de la globalización
Expositor
Roque Juan Carrasco Aquino (IPN/CIIEMAD – México)
Conferência
Los Paraestados en Colombia: fundamentación teórica y salidas políticas
Expositor
William Ortiz Jiménez (Unameld–Colômbia)
Coordenação
Luis Antonio Paulino (Unesp-Marília)
18h00
Encerramento
Apresentação das propostas e resultados do I Colóquio Internacional Realidades e
perspectivas da globalização e das suas contradições na América Latina
2. Principais atividades durante o ano 2008.
26 de Junho de 2008 (Quinta-Feira)
09h30
Seminário:
Intercâmbio internacional entre universidades
Expositores:
Patricia Gasparini Spadaro (AREX-Reitoria Unesp)
Daniela Barbosa (AREX-Reitoria Unesp)
Sylvia Helena Morales Horiguela de Moraes (Escritório de Pesquisa-Unesp/Marília)
Edemir de Carvalho (Departamento de Sociologia e Antropologia)
Melina Baptistella (Discentes do curso de RI)
Kael Lourenço (Discentes do curso de RI)
Mateus Scotini Monteiro (Discentes do curso de RI)
5 de Junho de 2008 (Quinta-Feira)
17h00
Palestra
O Brasil no contexto das Independências Ibero-Americanas (1808-1831)
Expositor
Josep Maria Buades Juan (USP-SP)
Coordenador
José Blanes Sala (Unesp-Marília)
Local:
Anfiteatro I
26 de Novembro de 2008 (Quarta-feira)
14h30
Sessão de Comunicações Científicas
19h30
Coquetel de lançamento do livro: ‘Diversidade Étnica, Conflitos Regionais
e Direitos Humanos’, de Tullo Vigevani, Marcelo Fernandes de Oliveira e
Thiago Lima
Local:
Livraria HGR (Prédio de Atividades Didáticas)
20h00
Mesa-redonda:
60 anos da Declaração, um debate sobre o seu legado
Expositores:
Clodoaldo Menegello (Unesp - Bauru)
Raquel Kritsch (UEL - Londrina)
Debatedor:
Tullo Vigevani (Unesp - Marília)
Coordenador:
Luiz Antônio Francisco de Souza (Unesp - Marília)
27 de Novembro de 2008 (Quinta-feira)
14h30
Sessão de Comunicações Científicas
20h00
Conferência:
Concepção e legado da Declaração Universal
Conferencista:
Pedro Bohomoletz de Abreu Dallari (USP - São Paulo)
Coordenador:
José Blanes Sala (Unesp - Marília)
Encerramento
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
VI Semana de Relações Internacionais
3 a 7 de novembro de 2008
“Política Externa da América Latina: Dimensão Histórica e Conjuntura
Atual”
Programação:
Dia 3 de novembro de 2008 – 2ª feira
19 horas: Atividade Cultural: Coral da UNESP -Franca
Cerimônia de Abertura: Ivan Manuel - Diretor da FHDSS; Célia Maria David – Chefe do
DECSPI; Paula Pavarina – Coordenadora Curso Relações Internacionais; Rita de Cássia
Biason – Coordenadora da VI Semana de Relações Internacionais.
20 horas: Palestra de abertura da VI Semana de Relações Internacionais
Palestrantes: Alfredo Bruno Bologna – Director CERIR: Centro de Estudios en Relaciones
Internacionales / Universidade Nacional de Rosário / Argentina.
Teoría de la Autonomía de Juan Carlos Puig: análisis comparativo entre las Administraciones
Menem y Kirchner
Dia 4 de novembro de 2008 – 3ª feira
9 – 12 horas: Mini- Cursos
1. Gênero e Direitos Humanos: Novas categorias e novos paradigmas nas Relações
Internacionais. Professores: Lidia Maria Vianna Possas; José Blanes Sala e Luís Antônio
Francisco de Souza. (UNESP-Marília)
2. Teorías Contemporáneas sobre la Guerra y la Paz. Professor: Carlos Gutiérrez.
(Director del Centro de Estudios Estratégicos -Chile)
3. A Política de Segurança dos Estados Unidos e a América Latina: um balanço do pósGuerra Fria . Professor: Flávio Rocha de Oliveira. (Fundação Escola de Sociologia e Política
de São Paulo)
4. Análise de Política Externa: atores, agendas e processos no Brasil. Professor: Cláudio
Oliveira Ribeiro. (UNESP- Franca)
5. A Política Externa Brasileira e os processos de integração na América do Sul.
Professor: Marcelo Passini Mariano. (CEDEC)
14 – 17 horas: Comunicações Coordenadas
Sessões temáticas/ responsável:
O debate ecológico na América Latina - Analúcia Giometti (UNESP- Franca)
Teoria das Relações Internacionais: a América Latina como fonte e questão- Samuel Soares
(UNESP- Franca).
Cultura, Identidade e Pós-Modernidade na América Latina - Elizabeth Sanches
(UNESPFranca).
Política Externa, Relações civil-militares e conflitos internos – Héctor Luis Saint-Pierre e
Paulo Kuhlmann (UNESP- Franca).
19 horas - Atividade Cultural: Grupo de Choro –Instituto de Artes- UNESP
20 horas – Mesa Redonda “Política Externa da América Latina: temas e agendas”
Debatedores: Carlos Gutierrez (CEE-Chile), Rut Diamint (Universidad Torcuato Di TellaArgentina), Alejo Vargas (Universidade Nacional de Colômbia ), Héctor Luis Saint- Pierre
(UNESP- Franca).
Dia 5 de novembro de 2008 – 4ª feira
9 – 12 horas: Mini- Cursos
14 – 17 horas: Comunicações Coordenadas
Sessões temáticas/ responsável:
Defesa, Segurança e Estratégia na América Latina – Héctor Luis Saint-Pierre e Paulo
Kuhlmann (UNESP- Franca).
Educação e Cultura de Paz: desenvolvimento e impactos na América Latina – Célia Maria
David (UNESP- Franca).
Migrações Internacionais: a América
(UNESPFranca).
Latina como recorte –
Adriana Capuano
América Latina e as Raízes Indígenas: ontem e hoje – Lídia Maria Vianna Possas (UNESPMarília).
19 horas – Atividade Cultural: Duo de Violão - Instituto de Artes da UNESP
19:30 horas - Lançamento do Livro da V Semana de Relações Internacionais –
UNESP/Marília
20 horas – Mesa-Redonda: Novas lideranças, políticas e alternativas de governos na
América do Sul.
Debatedores: Luis Fernando Ayerbe (UNESP- Araraquara) , Haroldo Ramanzini Júnior
(CEDEC), Marcelo Fernandes de Oliveira(UNESP- Marília), Alexandre Hage (FAAP).
Dia 6 de novembro de 2008 – 5ª feira
9 – 12 horas: Mini-Cursos
14 – 17 horas: Comunicações Coordenadas
Sessões temáticas/ responsável:
Inserção econômica e integração produtiva da América Latina – Paula Pavarina
(UNESPFranca).
Dimensões da democracia na América Latina - Regina Laisner (UNESP- Franca)
Novos atores nas Relações Internacionais - Marcelo Fernandes (UNESP- Marília)
19 horas - Atividade Cultural: Recital com Daniel Oliveira – Instituto de Artes da UNESP
20 horas: Mesa- redonda “A contribuição intelectual de Ana Stuart”
Debatedores: Fernando Fernandes (Vice-Diretor da FHDSS); Oliveiros da Silva Ferreira
(PUC-SP); Flávia de Campos Mello (PUC-SP); Sebastião Carlos Velasco e Cruz
(UNICAMP), Héctor Luis Saint-Pierre (UNESP- Franca).
Dia 7 de novembro de 2008- 6ª feira
9 horas: VI Fórum das Relações Internacionais
Debatedores: Lídia Maria Vianna Possas(UNESP- Marília), Alfredo Bologna (Universidade
de Rosário), Samuel Soares (UNESP- Franca), Luis Antônio Francisco de Souza (UNESPMarília).
Comissão Organizadora:
Docentes: Adriana Capuano de Oliveira, Paula Regina J. P. Pavarina, Regina Laisner, Samuel
Alves Soares, Rita de Cássia Biason (Coordenadora Geral).
Discentes: Anderson de Carvalho (mestre de cerimônia); Beatriz Pereira; Caio Felipe
Brandão; Camila Spricigo; Catarina Mariotto; Juliana Estrela Aoyagui; Larissa Pino; Nadja
Bento; Nayara Cabreira; Marcos Gabriel Bassoli; Mariana Marques; Mariana Montebugnoli;
Monique Tavares; Muriel Brenna; Octávio Forti Neto; Rafael Anversa Reis; Samantha Salve.
Comissão Científica:
Tullo Vigevani; Héctor Luis Saint-Pierre; Suzeley Kalil; Marcelo Fernandes; Samuel Alves
Soares, Rita de Cássia Biason.
Realização:
Curso de Relações Internacionais –UNESP/ Campus de Franca
Apoio:
DECSPI - Departamento de Educação, Ciências Sociais, Política Internacional
FUNDUNESP – Fundação para o Desenvolvimento da UNESP
FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Curso de Relações Internacionais –UNESP/ Campus de Marília
Patrocínio:
Yázigi – Internexus
Sapataria da Pizza
3. Principais atividades do ano de 2007.
2007 - VII Fórum de Análise de Conjuntura :::
Programação
08/10/2007 - Segunda-feira
19h30
Abertura
20h00
Conferência:
Reflexões sobre a Conjuntura Brasileira
Conferencistas:
Ciro Gomes (Deputado Federal - PSB/CE)
Aldo Rebelo (Deputado Federal – PC do B/SP)
Giovanni Antônio Pinto Alves (FFC-Unesp)
09/10/2007 - Terça-feira
08h00
Mesa-redonda:
A Inserção do Brasil no Cenário Internacional - Enfoques Multidisciplinares
Expositores:
Francisco Luiz Corsi (FFC-Unesp)
José Marangoni Camargo (FFC-Unesp)
Marcelo Fernandes de Oliveira (FFC-Unesp)
Giovanni Antônio Pinto Alves (FFC-Unesp)
Roberto Goulart Menezes (Univ. Anhembi/Morumbi)
Coordenação:
Mirian Cláudia Lourenção Simonetti (FFC-Unesp)
19h30
Mesa-redonda:
Estruturas e Conjunturas - Perspectivas de Análise do Quadro
Internacional
Expositores:
Marcos Cordeiro Pires (FFC-Unesp)
Tullo Vigevani (FFC-Unesp)
Luis Antonio Paulino (FFC-Unesp)
Rosângela de Lima Vieira (FFC-Unesp)
Coordenação:
Edemir de Carvalho (FFC-Unesp)
2007 - V Semana de Relações Internacionais :::
Programação
24/09/2007 - Segunda-feira
19h00
Lançamento de
Idéias e Cultura nas Relações Internacionais
Abertura:
Evento cultural
21h00
Conferência:
Os novos atores e a redefinição da política na inter-relação local-global
Expositores:
Durval Noronha Goyos Junior (Noronha Advogados)
Anatoli Stepanovitch Kapko (Cônsul da Rússia no Brasil)
Local:
Anfiteatro I da Unesp
25/09/2007 - Terça-feira
09h00
Seminário I:
Dançando com os Gigantes: O Brasil e o BRICs
Expositores:
Marina de Gusmão Mendonça (FAAP)
Durval de Noronha Goyos Jr. (Noronha Advogados)
Coordenador:
Luiz Antônio Paulino (Unesp/Marília)
16h00 as 18h00
Comunicações Coordenadas
19h00
Mesa-redonda:
Fluxos Migratórios e Individualidades: novos atores e relações
internacionais
Mesa-redonda:
Fluxos Migratórios e Individualidades: novos atores e relações
internacionais
Expositores:
Odair Cruz Paiva (Unesp-Marília)
Elson Menegazzo (Unesp-Marília)
Adriana Capuano de Oliveira (Unesp-Franca)
Debatedora:
Rossana Rocha Reis (USP)
Coordenador:
José Blanes Sala (Unesp/Marília)
26/09/2007 - Quarta-feira
10h00
Mesa-redonda:
EUA e América Latina
Expositor:
Harry Vanden
Coordenador:
Tullo Vigevani
19h00
Mesa-redonda:
Atores Subnacionais
Expositores:
Tullo Vigevani (Unesp/Marília)
José Blanes Sala (Unesp-Marilia)
Coordenador:
Marcelo Fernandes de Oliveira (Unesp/Marília)
16h00 as 18h00
Comunicação Coordenadas
27/09/2007 - Quinta-feira
09h00
Seminário II:
Democracia na AMÉRICA LATINA e populismo(s)
Expositores:
Ângela de Castro Gomes (UFF)
Maria Helena Capelato (USP)
Rafael Villa (USP)
Coordenadora:
Lídia M. Vianna Possas (Unesp/Marília)
16h00 as 18h00
Comunicação Coordenadas
19h00
Fórum:
Expositores:
Relações Internacionais como área de conhecimento
Arno Dal Ri Júnior (UFSC)
Janina Onuki (Unesp-Franca)
Shiguenoli Myiamoto (Unicamp)
Shiguenoli Myiamoto (Unicamp)
Samuel Alves Soares (Unesp/Franca)
Coordenador:
Luís Antônio Francisco de Souza (Unesp/Marília)
Oficina I:
Cinema e Relações Internacionais
Expositora:
Célia Aparecida Ferreira Tolentino (Unesp/Marília)
Dias:
25, 26 e 27/09
Horário:
14h00 às 16h00
Local:
Sala 2B
Vagas:
40 vagas
Oficina II:
Corrupção e Crimes Transnacionais
Expositora:
Rita de Cássia Biason (Unesp/Franca)
Dias:
25, 26 e 27/09
Horário:
14h00 às 16h00
Local:
Sala 2A
Vagas:
40 vagas
Oficina III:
Globalização, ambiente e agricultura
Expositora:
Mirian Claudia Lourenção Simonetti (Unesp/Marília)
Dias:
25, 26 e 27/09
Horário:
14h00 às 16h00
Local:
Sala Multiuso
Vagas:
40 vagas
Oficina IV:
Política comercial norte-americana no pós-Guerra Fria: formulação e
impactos internacionais
Expositor:
Thiago Lima (Santiago Dantas)
Dias:
25, 26 e 27/09
Horário:
14h00 às 16h00
Local:
Sala 47
Vagas:
40 vagas
4. Principais atividades do ano de 2006.
2006 - Conferência: África: civilização, história, cultura e literatura - Programação :::
Programação:
Conferência: África: civilização, história, cultura e literatura
29/06/2006 - quinta-feira
14h30
Conferência:
África: civilização, história, cultura e literatura
Conferencista:
Prof. Dr. José Luis Pires Laranjeira (Universidade de Coimbra/Portugal)
Coordenador:
Dr. Andreas Hofbauer (Unesp/Marília)
Local:
Anfiteatro I
2006 - Curso de Extensão Universitaria :::
Programação
Módulo I
As concepções teóricas e avaliações políticas que orientam a atual política externa dos Estados Unidos: a
influência do pensamento neoconservador.
Módulo II
A sustentabilidade da hegemonia norte-americana: contornos principais do debate recente.
Percepções sobre a América Latina e o Caribe: os casos de Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba,
Equador e Venezuela
Expositores:
Luis Fernando Ayerbe
Alessandro Shimabukuro
Ana Paula Bentes
Ariel Finguerut
Fabio Borges
Marcos Alan
Fagner dos Santos Ferreira
Neusa Bojikian
Paulo Pereira
2006 - VI Fórum de Análise de Conjuntura - Programação :::
Programação:
VI Fórum de Análise de Conjuntura
José Marangoni Camargo (Unesp/Marília)
Entre o global e o local: o MST, a Via Campesina e a agricultura brasileira
Mirian C. Lourenção Simonetti (Unesp/Marília)
Direitos Humanos e luta pela igualdade
José Geraldo Poker (Unesp/Marília)
Coordenador:
Marcos Cordeiro Pires (Unesp/Marília)
14h30
Mesa-redonda:
A inserção das "minorias" na sociedade contemporânea: feminismos e
diferenças de gênero
Lídia Maria Vianna Possas (Unesp/Marília)
Questão Indígena no Brasil
Sérgio Augusto Domingues (Unesp/Marília)
Racismo e anti-racismo no Brasil
Andréas Hofbauer (Unesp/Marília)
Coordenador:
Francisco Luiz Corsi (Unesp/Marília)
19h30
Mesa-redonda:
Espaço urbano e trabalho
Do rural ao urbano: migrações internas no Brasil no século XX
Odair da Cruz Paiva (Unesp/Marília)
As migrações internas em uma perspectiva histórica: o caso de Campinas nos
séculos XIX e XX
Paulo Eduardo Teixeira (Unesp/Marília)
Políticas públicas e processo de exclusão social no Brasil
Edemir de Carvalho (Unesp/Marília)
Movimentos Sociais e Cidade Mundial
Jair Pinheiro (Unesp/Marília)
Coordenadora:
Rosângela de Lima Vieira (Unesp/Marília)
27/09/2006 - Quarta-feira - Conjuntura Internacional
08h30
Mesa-redonda:
Conjuntura latino americana
A inserção política do Brasil na América Latina no Governo Lula
Tullo Vigevani (Unesp/Marília)
Perspectivas da economia chilena no século XX
Juan Carlos Miranda Castilho (Instituto de Estadística - Universidad de Valdivia Chile)
Coordenador:
José Marangoni Camargo (Unesp/Marília)
19h30
Mesa-redonda:
A velha-nova ordem mundial
A globalização econômica: uma leitura estrutural e conjuntural
Rosângela de Lima Vieira (Unesp/Marília)
Os desafios impostos pela presença chinesa no comércio internacional da
América Latina 2000-2005
Marcos Cordeiro Pires (Unesp/Marília)
Migrações na Europa
José Blanes Sala (Unesp/Marília)
Coordenador:
Francisco Luiz Corsi (Unesp/Marília)
2006 - 1ª Sessão de Análise de Papers Sobre Integração Econômica - Programação :::
Programação:
1ª Sessão de Análise de Papers Sobre Integração Econômica
11/10/2006 - quarta-feira
14h00
Atividade:
1ª sessão de análise de Papers sobre Integração Econômica
Banca:
Tullo Vigevani (Unesp/Marília / CEDEC/SP)
Ana Maria Stuart (Unesp/Franca / CEDEC/SP)
José Blanes Sala (Unesp/Marília / CEDEC/SP)
Local:
Sala da Congregação
19h00
Atividade:
Lançamento dos livros
A Dimensão Subnacional e as Relações Internacionais
Expositores:
T. Vigevani, E. Wanderley, M. I. Barreto e M. P. Mariano (org)
Governos Subnacionais e Sociedade Civil - Integração Regional e Mercosul
Expositores:
T. Vigevani, L. E. Wanderley (org)
Local:
Sala da Congregação
2006 - O centenário da imigração japonesa no Brasil - Programação :::
Programação:
O centenário da imigração japonesa no Brasil
18/10/2006 - Quarta-feira
19h30
Exibição de filme, seguida de debate
19/10/2006 - Quinta-feira
08h30
Comunicações coordenadas
14h00
Sessão:
Trabalhadores, famílias e gerações
A segunda geração de brasileiros nos Estados Unidos
Expositora:
Profa. Dra. Gláucia de Oliveira Assis (Universidade do Estado de Santa Catarina)
Famílias e gerações: japoneses e judeus na cidade de São Paulo
Expositora:
Profa. Dra. Ethel Volfzon Kosminsky (FFC-UNESP e pesquisadora do CNPq)
Trabalhadores estrangeiros na Europa: uma abordagem jurídica
Expositor:
Prof. Dr. José Blanes Sala (FFC-UNESP)
19h30
Exibição de filme, seguida de debate
20/10/2006 - Sexta-feira
08h30
Novos imigrantes em São Paulo
Expositor:
Prof. Dr. Sidney Antonio da Silva (Universidade Federal do Amazonas)
14h00
Testemunhos da Imigração Japonesa (membros das comunidades de Bastos-SP e
de Marília-SP)
O centenário da imigração japonesa: questões e perspectivas
Expositora:
Profa. Dra. Célia Sakurai (Museu da Imigração Japonesa de São Paulo)
Encerramento
IV Semana de Relações Internacionais 2006
“Cosmopolitismo ético: conflitos político-culturais”
Programação
18/09 – Segunda-Feira
10:00h às 18:00h - Inscrições
20:30h – Abertura
21:00h Conferência de abertura
"O ardil da construção da Nação: o Haiti pós-Aristide”
Johanna Mendelson Forman
ONU-Escritório Central
19/09 – Terça Feira
9:00h às 12:00h Mesa-Redonda
Crise do Cosmopolitismo ético? A ONU em face do terrorismo e da guerra ao terror
Lídia Possas (UNESP/Marília) - moderadora
João Pontes Nogueira (PUC-RJ) - palestrante
Nizar Messari (PUC-RJ) - palestrante
Marcelo Fernandes ou Cristina Pecequilo (UNESP/Marília) - debatedores.
14:00h às 15:30h Comunicações Coordenadas e Painéis
14:00h às 19:30h Mostra Cultural
15:00h às 18:00h Mini-Cursos
Proposta de mini-curso:
Negociações Internacionais - José Blanes Sala, Marcelo Fernandes e Cristina Pecequilo
(UNESP/Marília)
19:30h Mesa Redonda
“Financiamento de Partidos e Eleições na América Latina: conflitos éticos e políticos”
Profa. Dra. Rita de Cássia Biason (Unesp- Franca) - moderadora
Prof. Dr. Bruno Wilhelm Speck (IFCH- Unicamp) - palestrante
Prof. Dr. David Fleischer (DCP-UNB) - palestrante
Profa. Dra. Rachel Meneguello (IFCH- Unicamp) - debatedora
20/09 – Quarta Feira
9:00h às 12:00h Mesa Redonda
“As Migrações Internacionais no debate contemporâneo das Relações Internacionais”
Profa. Dra. Adriana Capuano de Oliveira (UNESP-Franca) - Moderadora
Profa. Dra. Ana Cristina Braga Martes (EAESP/ FGVSP) - Palestrante
Profa. Dra. Rossana Rocha Reis (FFLCH/ USP) - Palestrante
Prof. Dr. José Renato de Campos Araújo (EACH/ USP) - Debatedor
14:00h às 15:30h Comunicações Coordenadas/Painéis
14:00h às 19:30h Mostra Cultural
15:00h às 18:00h Mini-Cursos
19:30h Mesa-Redonda
"A atuação da Força de Paz da ONU no Haiti”
Prof.Dr. Hector Saint-Pierre (Unesp-Franca) - Debatedor
Ernesto López (Embaixador da Argentina no Haiti) – Palestrante
Profa. Dra. Suzeley Kalil Mathias (Unesp-Franca) – Palestrante
Prof. Dr. Antonio Jorge Ramalho da Rocha (Unb) - Palestrante
21/09 – Quinta-Feira
9:00h às 12:00h Mesa Redonda
Fórum do Curso de Relações Internacionais: os desafios da formação do internacionalista.
Paulo Roberto de Almeida (MRE/DF)
Mônica Herz (PUC-RJ)
Janina Onuki (PUC-SP)
Samuel Alves Soares (UNESP/Franca)
Luís Antônio F. Souza (UNESP/Marília)
14:00h às 15:30h Comunicações Coordenadas/Painéis
15:00h às 18:00h Mini-Cursos
20:30h Encerramento
Apresentação da Orquestra de Câmara da Unesp
27/08 – Sexta Feira
9:00h às 12:00h Entrega de Certificados
Comissão Organizadora:
Samuel Alves Soares (Coordenador), Adriana Capuano de Oliveira; Albério Neves Filho, Alexandre
Rochmann Rattner, Annalucia Giometti, Augusto Zanetti, Elisabete Sanches Rocha, Héctor Luis
Saint-Pierre, Lídia Possas (Unesp/Marília), Luis Antonio F. Souza (Unesp/Marília), José Blanes Sala
(UNESP/Marília), Paula Regina J. P. Pavarina, Rita de Cássia Biason, Suzeley Kalil Mathias.
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