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Tecnologia ambiental
Apesar de sua força no mercado de dessalinização,
a Perenne também atua nos mercados de grande porte,
fornecendo sistemas para desmineralização, de ultrafiltração ou MBR, e se utilizando de contratos com grandes
produtores de membranas, como Toray, CSM e Hyflux. A
empresa é dividida em quatro unidades de negócio: grandes
contratos (setores de petróleo, siderurgia, papel e celulose);
segmentos industriais (alimentos, bebidas, cosméticos);
equipamentos padronizados, como skids de osmose reversa; e assistência técnica. Segundo José Roberto Ramos,
um fato todas as unidades de negócio têm em comum:
o foco na tecnologia de membranas. Recentemente, a
empresa lançou um MBR compacto específico para uso
em condomínios.MRF
n DEGRÉMONT
NA REMOÇÃO DE S U L FAT O
Foi assinado pela Degrémont Brasil em 5 de abril um
contrato de fornecimento de unidades para remoção de
sulfato em duas plataformas replicantes em construção
pelo Estaleiro Angra dos Reis, da BrasFELS. A conquista
tem valor especial para a filial do tradicional grupo francês por ser o primeiro ganho pela empresa nessa área no
Brasil, depois de se qualificar para o fornecimento (foi
homologada na Petrobras no final de 2011), nacionalizar
a expertise da matriz e fazer acordo com a japonesa
Hydranautics, que há cerca de dois anos também entrou no
vendor-list da petroleira como fornecedora de membranas
de nanofiltração, o coração do processo, pois são elas que
removem seletivamente o sulfato da água de injeção em
poços de petróleo off-shore.
Os fornecimentos serão para as plataformas FPSOs
replicantes (assim chamadas por terem dados de processo
e operacionais iguais) P66 e P69, que serão alugadas pelo
afretador de navios à Petrobras para exploração no pré-sal.
Ambas contarão com 1.250 membranas de nanofiltração
cada e, da mesma forma, incluirão ainda unidades de
osmose reversa para produção de água para diluição de
óleo (fresh water maker for oil dilution), cujas membranas
serão também da Hydranautics.
O acordo marca uma nova era nos contratos de unidades de remoção de sulfato no Brasil – processo que
aumenta a produção de poços profundos ao remover os
íons sulfatos da água, o que evita a formação de depósitos
inorgânicos nos poços, aumentando a pressão para a extração e prolongando a vida útil da produção (ver QD-524,
agosto de 2012). Isso porque até o momento tratava-se
de um mercado dominado pela criadora da patente das
membranas de nanofiltração seletivas, a Dow Química,
que possuía contrato de exclusividade com as OEMs Aker
Solutions, Veolia, Siemens e Cameron. Com a caducidade
da patente em 2007, a Hydranautics se preparou para
participar do novo mercado até se qualificar na Petrobras
(e em outras petroleiras pelo mundo) e se associou à integradora de sistemas Degrémont para completar o pacote
de fornecimento das unidades turn-key. MRF
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n
PAQUES RECUPERA BIOGÁS DE CERVEJARIA
A holandesa Paques, especializada em tratamento de
efluentes anaeróbicos e tecnologias de reaproveitamento,
com fábrica em Piracicaba-SP, está em processo de fornecimento de sistema de remoção de H2S (gás sulfídrico) do
biogás gerado pelo tratamento anaeróbico de efluentes da
Cervejaria Petrópolis. Trata-se da tecnologia biológica de
lavagem de gases Thiopaq, que remove o H2S, prejudicial
não só ao meio ambiente, mas também por ser um agente
corrosivo de equipamentos e tubulações, para que o biogás
possa ser utilizado em queima como combustível nas caldeiras da cervejaria em Boituva-SP, onde a empresa possui
três reatores anaeróbicos com a tecnologia da Paques.
Com mais de 150 referências no mundo do sistema que
remove também o gás sulfídrico do gás natural (a empresa
tem joint-venture com a Shell, a Paquell, apenas para
aplicação em óleo e gás), o Thiopaq transforma o H2S em
uma pasta de enxofre que pode ser comercializada como
fertilizante, dependendo do volume, o que não é o caso da
cervejaria, que vai gerar apenas 10 kg por dia de enxofre.
Segundo explicou o engenheiro Nivaldo Dias, da
Paques, o lavador é um purificador alcalino no qual a
solução cáustica consumida é continuamente regenerada
por meio de biorreator, o que economiza, em comparação
com uma lavagem alcalina convencional, cerca de 90% da
soda utilizada para a lavagem. No lavador da Paques, o gás
contendo o H2S entra em contato com a água de lavagem
em contracorrente. A absorção do gás sulfídrico ocorre sob
condições alcalinas, permitindo uma reação com os íons
de hidróxido. A água da lavagem, com sulfeto, entra no
biorreator onde é oxidada a enxofre elementar pela ação
de bactérias autotróficas incolores de enxofre.
O hidróxido usado no lavador de gás é regenerado no
reator biológico. A água reciclada para a parte superior do
lavador, sem o sulfeto, resulta em diferença de concentração entre a fase líquida e a gasosa, o que permite uma
alta eficiência de remoção de H2S, superior a 99,5%. Uma
pequena corrente de purga – sais de sódio e de enxofre – sem
sulfetos pode ser descartada.
A cervejaria Petrópolis está comprando dois sistemas
para sua fábrica, o que significa o primeiro fornecimento
da tecnologia Thiopaq no Brasil pela Paques, que abriu
sua filial brasileira no ano passado. É bom lembrar que há
mais de 170 ETEs industriais e domésticas com tecnologia
anaeróbica da Paques, já que antes de abrir a subsidiária ela
era representada no Brasil pela Dedini desde 1986. MRF
n RECICL AGEM
ENERGÉTICA EM BARUERI
O grupo norte-americano especializado em reciclagem
energética de lixo, a Foxx URE-BA Ambiental, conseguiu
autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) para implantar e operar a usina termelétrica (UTE)
Barueri, com capacidade de geração de 17,5 MW. Além
disso, a agência declarou como legal a parceria público
Química e Derivados - abril - 2013
03/05/2013 16:59:44
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