Produção de conhecimento e transformação: o papel da extensão universitária CONTRIBUIÇÃO DO PROJETO DE EXTENSÃO ATIVA IDADE PARA AMPLIAÇÃO DAS AÇÕES VOLTADAS PARA O ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL Stephanie Grayce Aguiar Sara Alexandra Garro Tatiana Teixeira Barral de Lacerda Aline Cristina de Souza Betim 2011 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................4 2. METODOLOGIA ..............................................................................................................5 2.1. Participantes ................................................................................................................5 2.2. Procedimentos.............................................................................................................6 3. RESULTADOS..................................................................................................................6 4. DISCUSSÃO.......................................................................................................................7 5. CONCLUSÃO.....................................................................................................................8 6. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................8 INTRODUÇÃO Em consonância com o Plano Nacional de Extensão (2001), a Política de Extensão Universitária da PUC Minas (2006) prevê o nivelamento das atividades de graduação, extensão e pesquisa, entrelaçadas em uma só dinâmica. Esse nivelamento elimina a compartimentalização tradicionalmente existente entre essas atividades, a qual subordinava a extensão e a pesquisa à graduação, em função de um modelo epistemológico cristalizado em tendências pedagógicas de cunho conteudista (NASCIMENTO, 2006). Essa mudança de paradigmas implicou na exigência de reformulação dos conceitos e das práticas a elas concernentes: a reflexão é a tônica dessas atividades. Essa tônica aponta para a importância de criarmos espaços diferenciados de aprendizagem para que possamos abrir caminho para o novo, sem medo do rompimento dos paradigmas já arraigados pela experiência profissional pedagógica. Ressalta-se, nesta lógica, a necessidade da contemplação efetiva do que se manifesta não só como exigência legal, mas também como desejo dos cursos universitários que almejam uma formação emancipatória, uma educação que autonomize o sujeito, para que ele se aproprie de seu percurso acadêmico e construa conhecimento com mão própria (MORAIS, 2004). Esses espaços para a espontaneidade, a novidade, a criação são naturalmente ocupados, no percurso acadêmico, por ações extensionistas. A natureza dessas ações exige a construção de competências para lidar com o inesperado, agir na urgência, agir proativamente. Essas competências são apoiadas por uma aplicação do instrumental teórico em uma prática eivada de saber popular. Essa dicotomia proporciona ao ator da extensão universitária uma elaboração epistemológica que efetivamente proporciona que professores e alunos se apropriem do conhecimento. Isso faz parte do cotidiano de quem atua na extensão universitária. Nesse contexto, se caracterizou o Projeto Ativa Idade, implantado durante o ano de 2011, por envolver a realização de eventos de caráter extensionista; viabilizando a possibilidade de realização de práticas extensionista alinhadas à temática do envelhecimento. O envelhecimento não é apenas uma passagem pelo tempo. Trata-se de um fenômeno contínuo, altamente variável e complexo. Pode ser definido como um processo multidimensional, durante o qual ocorre declínio progressivo de todos os processos fisiológicos, e multidirecional, o que significa que a direção das mudanças (ganhos e perdas) também é bastante variável (MAZZEO et al, 1998). Do ponto de vista fisiológico, é um processo de regressão, representado pela perda de capacidade de desempenhar um grande número de funções devido à influência de diferentes variáveis (PIRES, 2004) . A redução na capacidade funcional pode ser atribuída a uma série de alterações, dentre elas, adaptações musculares, articulares, neurológicas, metabólicas e diminuição da função do sistema cardiorrespiratório (LAMBERT & EWANS, 2005) O aumento da idade determina mudanças significativas nas características e no número de fibras musculares, mudanças essas responsáveis pela diminuição da massa muscular e, conseqüentemente, diminuição da habilidade da produção de força. A perda de massa muscular dos idosos é um dos mais sérios problemas do envelhecimento, tanto em homens quanto em mulheres. Inicia-se entre os 25 e os 50 anos, com uma perda de, em média, 10% da massa muscular e atinge um limiar crítico por volta dos 50 anos quando a atrofia dos músculos torna-se mais evidente, sendo que dos 50 aos 80 anos a porcentagem de perda chega a atingir 30%. Isto diminui a taxa metabólica do organismo, o que favorece o surgimento de várias doenças e diminui a proteção das articulações e a capacidade de trabalho (CRAIG, 2003). As mudanças que o sistema cardiorespiratório sofre com o envelhecimento respondem por parte do descondicionamento físico característico dos idosos (ARAUJO, 2006). O consumo máximo de oxigênio decresce em média 1% a cada ano adicional de vida a partir dos 25 anos em indivíduos sedentários (CAROMANO & KERBAUY, 2001). Esse decréscimo pode ser causado pela diminuição da freqüência cardíaca, da massa muscular, da capacidade de redirecionamento do fluxo sanguíneo, da capacidade oxidativa dos músculos, diminuição da densidade capilar, redução no número de fibras musculares e redução do tamanho das unidades motoras (RESNICK, 2000). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, estima-se que em 2025 existam 780 milhões de pessoas acima de 65 anos no mundo. Em muitos países em desenvolvimento, especialmente na América Latina e Ásia é esperado um aumento de 300% na população idosa chegando-se 2 bilhões de pessoas acima de 60 anos até 2025. No Brasil, estima-se que em 2020 o número de pessoas acima de 60 anos de idade terá crescido 16 vezes em relação a 1950. O aumento da população idosa gera necessidades de mudanças na estrutura social para que estas pessoas, ao terem suas vidas prolongadas, não fiquem distantes de um espaço social, em relativa alienação, inatividade, incapacidade física, dependência e, conseqüentemente, com pobre qualidade de vida (KLIGMAN & PEPIN, 1992). Alguns centros especializados já oferecem espaços para idosos praticarem atividades físicas, com acompanhamento de especialistas e programas personalizados. Apesar disso, ainda são escassas as intervenções, serviços, espaços e equipes que estimulem um estilo de vida ativo, fundamental na preservação da saúde e manutenção da capacidade funcional e independência do idoso. Torna-se, portanto, fundamental e urgente uma maior atenção dos setores de atendimento em saúde, dos programas de educação em saúde e da própria sociedade quanto ao assunto (KLIGMAN & PEPIN, 1992). METODOLOGIA O projeto envolveu 08 acadêmicos do curso de fisioterapia e três professores do curso, bem como indivíduos de meia-idade e idosos da comunidade. Foram incluídas no grupo, pessoas com idade acima de 50 anos. Todos os participantes deveriam apresentar relatório médico, liberando a prática de exercícios físicos. Aqueles com história de doenças cardíacas graves, pressão arterial não controlada, desequilíbrio grave ou dor durante a marcha, não puderam participar do projeto, devido a um possível risco ou desconforto imposto pela atividade física. Todos os participantes foram avaliados antes do início do programa de exercícios e a cada 3 meses, para documentação dos resultados do programa. As ações incluíam a prática de atividade física supervisionada durante 01 hora, 2 ou 3 vezes por semana, no Centro Clínico de Fisioterapia, no horário da tarde (13:30h às 17:30h), e foram registrada por fotos e a freqüência dos participantes em listas próprias. Os dados obtidos após as avaliações foram informatizados pelos acadêmicos e a análise descritiva dos dados foi feita pela professora coordenadora em conjunto com os alunos. Inicialmente foram realizadas oficinas para a capacitação dos alunos por meio da leitura e discussão de textos sobre temas como o Processo de Envelhecimento, Atividade Física para Populações Especiais, Dança Sênior, Promoção e Educação em Saúde e Trabalho em Grupo. RESULTADOS Ao longo do primeiro semestre de 2011, as atividades do projeto aconteceram na Clínica de Fisioterapia de PUC Minas em Betim, três vezes por semana, nos meses de março à junho, totalizando 45 encontros. Os participantes eram indivíduos que apresentavam sequelas de desordens neurológicas e do aparelho respiratório, sendo que 60,5% dos participantes tinham doença de base neurológica e 39,5%, respiratórias. Os participantes tinham idade entre 50 e 81 anos (58,2±15,7) e a maioria era do sexo feminino (66%). Dentre as patologias associadas mais comuns entre eles, destacam-se a hipertensão arterial (39,5%), a diabetes (13,2%) e as cardiopatias (5,3%). Com relação aos hábitos de vida, 26,3% eram fumantes e apenas 2,6% eram etilistas. Durante o segundo semestre, o projeto realizou intervenção mais focada em indivíduos portadores de lombalgia e indivíduos com diagnóstico de osteoartrose de joelho. As práticas foram realizadas 02 vezes por semana, totalizando 26 encontros, também no Centro Clínico de Fisioterapia, no horário da tarde, com um total de 19 participantes. A abordagem se deu por meio de técnicas como: pilates no solo, fortalecimentos, alongamentos musculares, condicionamento cardiorrespiratório dentre outras. Também foi incluída a Dança Sênior que promove interação e condicionamento para os participantes dos grupos. DISCUSSÃO O ensino, a pesquisa e a extensão, como os pilares da Universidade, devem ser ações que a levem a cumprir o seu objetivo maior de produzir o conhecimento científico e social tornando-o acessível e integrado à sociedade. Segundo o Plano Nacional de Extensão Universitária (2001), a produção do conhecimento junto à comunidade se faz pela participação efetiva da comunidade na Universidade, produzindo um confronto direto com a realidade, permitindo a troca de saberes, acadêmico e populares, de modo sistematizado e finalmente democratizando o conhecimento. Simultaneamente, esse contato realimenta o ensino e a pesquisa possibilitando o desenvolvimento de novos conhecimentos científicos. Sob essa nova perspectiva, a extensão deve constituir-se a partir dos interesses múltiplos entre a universidade e a comunidade em um processo mútuo de aprendizagem. O aprendizado nessa relação possibilita a troca de conhecimentos e experiências, onde alunos e professores da Universidade, bem como a comunidade, são educadores e educandos, estabelecendo relações inter, multi e transdisciplinares. Nesse sentido, o projeto Ativa Idade visa aproximar ainda mais a comunidade acadêmica e as questões relativas ao envelhecimento e saúde, tendo como base a reflexão de que a atividade extensionista é componente indispensável na identidade da instituição universitária, especialmente no que se refere ao compromisso com as necessidades mais urgentes da sociedade contemporânea. É importante salientar que todas essas considerações sobre o envelhecimento ganham especial relevância considerando-se o crescente aumento da população idosa no mundo. O foco da discussão sobre o tema do envelhecimento consiste em definir se as alterações observadas se devem apenas ao processo de envelhecimento ou aos menores níveis de atividade física que os indivíduos dessa faixa etária costumam apresentar (STEELE, 1996). Entretanto, estudos têm demonstrado que a intensidade e a progressão das repercussões do envelhecimento diminuem de forma significativa quando os idosos são submetidos a programas de fortalecimento muscular e treinamento aeróbio, repercutindo de forma importante na melhora da qualidade de vida (ASTRAND & RODHAL, 1981). Estudos mais recentes tem mostrado que o sistema musculoesquelético de um indivíduo idoso é capaz de se readaptar após um curto período de treinamento, determinando hipertrofia das fibras e aumento da força, além da melhora da capacidade funcional. Essas adaptações positivas são proporcionais às adaptações pelas quais passa a musculatura jovem quando submetida a exercícios de resistência (SOUZA, MAGALHÃES & TEIXEIRA-SALMELA, 2006). Os ganhos na habilidade em gerar força podem ser resultado de um sensível aumento de hormônios, tais como, testosterona e hormônio do crescimento, responsáveis pelo aumento dos níveis dos fatores de circulação e do crescimento muscular resistência (SOUZA, MAGALHÃES & TEIXEIRA-SALMELA, 2006). A participação de idosos em programas de condicionamento aeróbio resulta em um aumento de, pelo menos, 20% na capacidade aeróbica (ARAUJO et al., 2006). Crescentes evidências indicam que o exercício físico aeróbio pode melhorar, além da capacidade aeróbia, a resistência muscular e eficiência dos músculos esqueléticos em utilizar oxigênio e contribuir para um melhor desempenho funcional (TEIXEIRA-SALMELA et al., 2004). Aos ganhos em força e condicionamento aeróbio, somam-se a melhora da composição corporal, diminuição de dores articulares, aumento da densidade mineral óssea, melhora da utilização de glicose, melhora do perfil lipídico, melhora da flexibilidade e diminuição da resistência vascular (BORG, 1992). Adicionalmente, benefícios psicossociais podem ser observados efeitos positivos na depressão, aumento da auto-confiança e melhora da autoestima (FIARATONE et al., 2000). Idosos que praticam esportes se sentem mais bonitos, capazes e independentes. Do ponto de vista psicológico, a atividade física pode atuar como um catalisador de relacionamento interpessoal, produzindo agradável sensação de bem estar, estimulando a auto-estima pela superação de pequenos desafios e consequentemente diminuindo a depressão (SAUVAGE, 1992). Além dos benefícios supracitados, a participação em um programa de atividade física, especialmente quando em grupo, favorece a participação social, freqüentemente restrita com o avançar dos anos e aumenta significativamente a motivação para superar as próprias limitações. Compartilhar atividades grupais com pessoas da própria geração favorece o bemestar do idoso porque facilita a emergência de significados comuns e a maior aproximação interpessoal (GUNNARSSON & JUDGE, 1997). CONCLUSÃO As práticas extensionistas favorecem a ampliação dos horizontes da formação acadêmica acrescentando-lhe, mais que competência técnico-científica, sensibilidade para as questões sociais. Portanto, alunos, professores e a comunidade tornam-se sujeitos no ato de aprender, de produzir conhecimentos e novas tecnologias, de formar recursos humanos comprometidos com a transformação da realidade. Pode ser visto, na prática, uma troca de saberes entre Universidade e Comunidade à medida que os participantes se beneficiam das atividades oferecidas e, ao mesmo tempo, contribuem para a formação acadêmica e humana dos discentes e docentes envolvidos. Além dos benefícios apontados na relação dialógica entre Universidade-Comunidade, o projeto vem contribuindo também para melhora da qualidade de vida dos participantes e promoção de um estilo de vida mais saudável. BIBLIOGRAFIA 1. BRASIL. Plano Nacional de Extensão Universitária – PNEU. Fórum de PróReitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras e SESu / MEC. 2000/2001. 2. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Políticas e Diretrizes da Extensão Universitária na PUC Minas. PROEX. 2006 3. NASCIMENTO, L. C. Modelo de competências x pedagogia das competências: reflexões sobre a formação do administrador. In: XXX Encontro Nacional de PósGraduação e Pesquisa em Administração- ANPAD. Salvador, 2006. 4. MORAIS, M. M. 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