A regionalização do território
brasileiro
 A regionalização tem vários objetivos:

Conhecer com detalhes as partes de um todo (o mundo, um país, um
estado, um município).


Perceber as semelhanças e diferenças entre as regiões.

Auxiliar no planejamento das políticas de governo (nacional, estadual
ou municipal) ou de órgãos internacionais, como a ONU, para
solucionar problemas existentes.
Facilitar o levantamento de dados sobre aspectos populacionais,
econômicos, sociais etc.
As macrorregiões
do Brasil
Brasil: divisão políticoadministrativa e grandes regiões
(1940)
Brasil: divisão políticoadministrativa e grandes regiões
(1970)
As macrorregiões
do Brasil
Brasil: divisão
político-administrativa
e grandes regiões (2000)
Região Norte

Composta de: Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins.
Maior macrorregião do Brasil – correspondendo
a 45,2% do total territorial do país.

Apresenta população absoluta
pequena e baixa densidade
demográfica.
Amazônia (AM)
2 Regionalizações do Brasil
RICARDO AZOURY/CID

Os complexos regionais

Em 1967, o geógrafo
Pedro Pinchas Geiger
regionalizou o
território brasileiro em
três complexos ou
macrorregiões
geoeconômicas: a
Amazônia, o Nordeste
e o Centro-Sul.
Brasil: macrorregiões geoeconômicas
Os complexos regionais
 Centro-Sul: região de maior importância econômica e política.
Concentra a maioria da população, da riqueza
e da produção industrial e agropecuária. Apesar disso,
há desigualdades sociais, mais evidentes nas grandes cidades.
 Nordeste: a maioria da população vive em condições precárias,
mesmo com melhorias econômicas apresentadas nos últimos
anos.
 Amazônia: distingue-se pela presença da floresta amazônica e
pela ocupação recente do território, que possui baixíssima
densidade populacional. O avanço da agropecuária é o principal
responsável pelo desmatamento na região.
2 Regionalizações do Brasil
MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL
 Em 2001, o geógrafo Milton Santos propôs uma nova regionalização para o país.
O critério utilizado foi a infraestrutura que sustenta redes de informação,
mercadorias, capitais e pessoas;
 Isso porque, para ele, o ingresso do Brasil na Terceira Revolução Industrial
exige considerar esses fatores, responsáveis por inserir as realidades locais no
contexto global;
 Ele considerou quatro regiões:
• uma região formada pelo Sudeste e pelo Sul (região concentrada), caracterizada
pela densidade de fluxos de mercadorias, capitais e pessoas. Seu núcleo é São
Paulo.
• o Nordeste, que possui infraestruturas e redes de informações descontínuas,
um espaço com grandes problemas sociais.
• o Centro-Oeste, cuja agropecuária moderna impulsionou economicamente a
ocupação e integração do espaço geográfico. É uma região com grande
dependência do Sul e Sudeste.
• a Amazônia, pouco habitada, que passa por transformações econômicas em
decorrência de investimentos em pólos agropecuários e minerais.
Amazônia:quadro humano e econômico
• A Região Norte corresponde a 3,8 milhões de Km², 42% do
•
•
•
•
•
território brasileiro, tendo 14,6 milhões de habitantes
(2008), 6,7% da população total do país, escassamente
povoada a densidade demográfica é de 3,8 hab/km²;
Povoamento e ocupação do solo:
A ocupação efetiva pelos portugueses teve início em (1616),
com a fundação do forte militar de Belém (Forte do
Presépio);
Missionários encarregados de catequizar os índios;
Ciclo da borracha no século XIX;
No século XX: a construção da Estrada de Ferro MadeiraMamóre(1912): os seringais (1928 A 1934); manganês; juta; a
chegada dos japoneses no Pará(1929) entre outros fatores.
A construção de espaços geográficos na região Norte
Por volta de 1870 a região amazônica recebeu grande fluxo de migrantes em busca
de trabalho no extrativismo.
Látex
Castanha-do-pará
Um dos “motores” da
produção e organização do
espaço
Madeira
O período áureo da extração do látex e da
borracha natural ocorreu entre 1900 e 1912.
A partir de 1940, o extrativismo mineral provocou novos surtos migratórios para a
região Norte.
A construção de espaços geográficos na
região Norte
OPÇÃO BRASIL IMAGENS
migrantes depois que algumas medidas de expansão foram
adotadas pelos governos militares.
Cultivo de juta no Amazonas
Estrada de Ferro Carajás
DARIO ZALIS/VALE
• A região Norte passou a receber um fluxo maior de
•A Amazônia não possui diferentes graus de
hierarquização, o que leva a apresentar uma rede
urbana com falhas;
•Belém é a metrópole regional, pois polariza a área
devido aos serviços que oferece e também por ser a
cidade mais populosa;
•Manaus é o centro regional, polarizando o interior da
Amazônia;
•Recentemente, o meio urbano superou o número de
habitantes da área rural, isso se deve ao papel
polarizador da cidade de Belém
•A economia da Amazônia ainda se baseia nas
atividades
primárias:
extrativas
e
na
agropecuária, que representam no conjunto as
maiores fontes de renda da região;
• A pesca, a criação de gado, a soja, a castanhado-pará, o látex entre outros inúmeros produtos
de valor comercial.
YANN ARTHUS-BERTRAND/
CORBIS/LATINSTOCK
Hidrografia
 A região Norte é dominada
pela região hidrográfica do
Amazonas. Formada pelo rio
Amazonas e por seus
afluentes,
essa
região
hidrográfica é a mais vasta e a
de maior volume de água do
mundo, com uma área de
mais de 7 milhões km2, dos
quais 3,8 milhões km2 estão
no território brasileiro.
Rio Amazonas
Hidrografia
Região hidrográfica amazônica
Clima e vegetação
Clima e vegetação
 O clima da região Norte é equatorial úmido,
caracterizado por elevada precipitação e altas
temperaturas praticamente o ano inteiro.
 Como resultado da intervenção humana, grandes áreas
cobertas por vegetação original têm sido devastadas,
comprometendo a biodiversidade da região.

Calcula-se que a região possua aproximadamente 20% de todas as espécies
vivas do planeta.

Há anos, cientistas brasileiros e estrangeiros, além da imprensa, denunciam o
desmatamento na Amazônia.

Calcula-se que desde os anos 1960 foram
desmatados cerca de 700 mil km², 17% da
cobertura
florestal
da região.

Entre as principais causas do desmatamento
destacam-se
a
expansão
urbana,
a
exploração madeireira e a expansão da
fronteira agropecuária.
Filhote de sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), primata nativo do
Amazonas que corre risco de extinção.
FABIO COLOMBINI
Biodiversidade e desmatamento na Amazônia
FABIO COLOMBINI
O mundo dos animais
A sucuri, ou anaconda, é a mais pesada cobra do mundo e chega a medir 10 metros de comprimento. Quando adulta, pesa
em média 200 kg.
1 Os grandes biomas brasileiros e a Amazônia
•A área geográfica do Nordeste abrange 1,55 milhão de
km², 18% da superfície do Brasil e a divisão política
compreende 9 estados: PI – CE – RN – PB – PE – AL –
SE – MA e BA, além do Atol das Rocas, Penedos de São
Pedro e São Paulo, e o Arquipélago de Fernando de
Noronha;
•Região de contrastes – apontado como áreas das secas,
dos canaviais, estágio atrasado de evolução econômica,
possuindo graves problemas sociais. Região que sempre
solicita apoio do Governo Federal.
Região Nordeste
As sub-regiões
do Nordeste
 A região Nordeste possui variedade de climas, tipos de solo
CÁSSIO VASCONCELOS/SAMBA PHOTO
IVANIA SANT’ANNA/KINO
e vegetação, podendo ser dividida em quatro zonas ou subregiões naturais:
Sertão
2 Região Nordeste
WERNER RUDHART/KINO
Zona da Mata
HAROLDO PALO JR./KINO
Agreste
Meio-Norte
•Abrange 7% da área total do Nordeste;
•Concentra aproximadamente 23% da população do
Nordeste;
•Características naturais – clima tropical quente e
úmido, solos férteis, presença de rios perenes;
•Características econômicas – destaca-se a cana-de-
açúcar, cacau, coco e seringueira além da grande
atividade turística
•O Agreste é uma faixa de transição entre a Mata e o
Sertão;
•Sertão nas faixas mais secas e úmida nos trechos de
mata;
•No sertão predominam os minifúndios e a plantação
de policulturas de milho, feijão, mandioca entre outros;
•A presença de fazendas de gado é outra atividade
econômica importante para a região;
•Nas áreas mais chuvosas a formação de brejos onde se
produzem gêneros alimentícios, fumo, frutas e
principalmente o sisal(fibra retirada de folhas).
Sertão
 É a sub-região mais extensa do
Nordeste.

O clima predominante é o
tropical
semiárido,
com
variações locais ou pontuais
quanto ao número de meses
secos.
2 Região Nordeste
A questão social e política da seca

Na época de seca, os governos federal e estaduais fornecem verbas aos
municípios afetados pela falta de chuva, com o objetivo de socorrer a
população sertaneja e possibilitar a construção de açudes. Muitas vezes,
porém, as verbas são desviadas, impulsionando o processo chamado
“indústria da seca”.
Meio-Norte

Possui
terras
predominantemente
em
altitudes baixas; na porção
mais ao sul há áreas mais
elevadas.

É uma zona de transição entre
o Sertão semiárido e a
Amazônia úmida.

As médias térmicas anuais
situam-se entre 24 ºC e 26 ºC, e
a precipitação total anual
varia,
conforme
a
área
considerada, de mil a 1.500
mm.
Principais cidades e economia

As principais cidades do Meio-Norte são São Luís, Teresina, Imperatriz, Codó,
Caxias, São José de Ribamar e Alcântara.

Até os anos 1960, sua economia assentava-se na criação de gado, na cultura do
algodão, na extração do babaçu, na produção de açúcar, na cultura e
beneficiamento de arroz e na extração da cera de carnaúba.

Entre as décadas de 1960 e 1970, ocorre a modernização econômica do
Meio-Norte.
Plantação de soja em Uruçuí, no Piauí
Clima
Vegetação natural
e áreas devastadas
São Francisco, o rio
que “corta” o Sertão
Trajeto do rio São Francisco
•A Região Nordeste – apresenta 51,5 milhões de habitantes,
28,5% da população total do Brasil , densidade demográfica de
33 hab/km² (2008);
•A população nordestina se apresenta de forma irregular, no
litoral a densidade demográfica é maior que 100 hab/km² no
sertão é menor que 10 hab/km²;
•As regiões metropolitanas que se destacam no Nordeste:
•Fortaleza – 2.138.234 habitantes, 613,9 hab/km² e área de 3.483
km² (2002);
•Recife – 1.421.993 habitantes, 646 hab/km² e área de 2.021 km²
(2002);
•Salvador – 2.440.828 habitantes, 1.118 hab/km² e área 2.183 km²
(2002).
Indústria
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