Comércio e Serviços:
economize energia
para lucrar mais
DICAS DO SEBRAE-SP E DA ABESCO
PARA O SEU COMÉRCIO OU SERVIÇO
Créditos
Sebrae-SP
ABESCO
Conselho Deliberativo
Presidente
Paulo Skaf (FIESP)
Presidente
Rodrigo Aguiar
ACSP - Associação Comercial de São Paulo
ANPEI – Associação Nacional de PD&E das Empresas Inovadoras
CEF – Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal
DISAP – Banco do Brasil – Diretoria de Distribuição São Paulo
Desenvolve - SP – Agência de Fomento do Estado de São Paulo S.A
FAESP – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo
FECOMERCIO – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Parqtec – Fundação Parque Tecnológico de São Carlos
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
SINDIBANCOS – Sindicato dos Bancos do Estado de São Paulo
Diretor-superintendente
Bruno Caetano
Diretor Técnico
Ivan Hussni
Diretor Administrativo Financeiro
Pedro Rubez Jehá
Unidade Acesso a Inovação e Tecnologia
Gerente: Renato Fonseca de Andrade
Maria Augusta Pimentel Miglino
Rodrigo Hisgail de Almeida Nogueira
Unidade Inteligência de Mercado
Gerente: Eduardo Pugnali Marcos
Daniel Augusto de Resende Neves
Erika Vadala
Marcelo Costa Barros
Patrícia de Mattos Marcelino
Diretor Técnico
Alexandre S. Moana
Diretor Financeiro
José Marcelo Sigoli
Conselho Consultivo
Presidente
Aldemir Spohr
Conselheiros
Henrique Wasserstein
Enio Akira Kato
Cyro Boccuzzi
Suplentes
Juliana Kawasaki
Nelson Simas
Conselho Fiscal
Presidente
Claudio Latorre
Conselheiros
Flavio Fernandes
Mario Javaroni
Suplentes
Clívia Espinosa
João Bosco
Oscar de Lima e Silva
Assessor Executivo
Bruno Leite
Palavra do Presidente do Sebrae-SP
O Estado de São Paulo abriga mais de 2 milhões de pequenos negócios,
sendo que 86% estão no comércio e serviços. Diariamente seus dirigentes
fazem malabarismos para torná-los eficientes sob o ponto de vista econômico e financeiro.
O que a maioria ainda não se atenta é que o processo de sustentabilidade
vai além do controle do fluxo de caixa e do estoque. É preciso muito mais
para garantir a operação da empresa a longo prazo.
Em tempos de escassez de recursos hídricos, principal vetor da matriz
energética brasileira, um desses pontos cruciais diz respeito à eficiência
energética, com adoção de práticas do uso racional de insumos e matéria
prima, redução do desperdício de energia, reciclagem e controle.
Quase sempre falar é bem mais fácil que fazer. Por isso, o Sebrae-SP e a
Abesco decidiram produzir esta cartilha que apresenta, de forma didática
e ilustrada, ações que vão permitir às empresas do comércio e de serviços
fazer um diagnóstico da realidade energética de sua empresa e traçar um
plano de gerenciamento da gestão de consumo de energia, além de conhecer as linhas de financiamento que concedem crédito aos que decidem
tornar suas empresas energeticamente eficientes.
Mais que redução de custos, a gestão eficiente dos recursos vai ajudá-lo
a agregar a chancela de sustentabilidade à marca da empresa. Nos dias
de hoje, conquistar novos consumidores e fidelizar os mais antigos pela
demonstração de responsabilidade social e ambiental é marca de inteligência estratégica e gerencial.
Boa leitura!
Paulo Skaf
Presidente do
Sebrae-SP
3
Palavra da Diretoria do Sebrae-SP
Reduzir custos é palavra de ordem em qualquer empresa, mas frequentemente empreendedores pecam nesse quesito e gastam além do necessário, seja por falta de informação ou por descuido com algum aspecto do
negócio. Nesta publicação mostramos que os desembolsos com energia
elétrica entram no conjunto de despesas que podem ser reduzidas desde
que bem conduzidas.
Muitas vezes, bastam providências simples para diminuir o consumo e a conta. Em outras, é preciso um choque na administração da questão para colocar
a casa em ordem. Em todos os casos, a proposta aqui é iluminar a gestão nesse sentido, tornando-a mais eficiente. Eliminar desperdícios, fazer ajustes de
comportamento, adequar instalações, procedimentos operacionais e equipamentos são ações bem-vindas e detalhadas nas próximas páginas.
Ao utilizar de forma mais racional a eletricidade, a empresa poupa recursos,
que ficam disponíveis para outras finalidades. Ao mesmo tempo, minimiza
a pressão desse item sobre os preços cobrados do cliente, resultando em
condições melhores para enfrentar a concorrência e disputar o mercado.
O uso consciente da energia representa ainda responsabilidade social.
Vivemos um momento em que empresas, organizações, poder público e
cidadãos têm a obrigação de pensar em um futuro sustentável. É agir hoje
com o olhar no amanhã.
Com este trabalho, voltado aos negócios dos setores de comércio e serviços, o empresário encontra um roteiro completo para otimizar o consumo
de energia, evitando, sem dúvida, curtos-circuitos no seu orçamento.
Boa leitura!
Bruno Caetano
Diretor-superintendente
do Sebrae-SP
5
Palavra do Presidente da ABESCO
O setor de comércio e serviços vem crescendo muito no Brasil nos anos
recentes e, cada vez mais, este setor representa uma parcela significativa
do consumo de energia elétrica do país.
Em paralelo, os gastos com energia para as empresas destes setores têm
um grande impacto em suas despesas e a tendência é de aumento da
pressão sobre estes custos.
O repasse destes custos aos preços finais de produtos e serviços torna os
mesmos menos competitivos junto à concorrência, ao passo que o não
repasse se traduz em perda de lucratividade.
Sebrae-SP e ABESCO, nesta cartilha informam aos empresários sobre
este problema de gastos com energia e indicam uma forma de reduzi-los e
eliminá-los, por meio da ferramenta da eficiência energética.
São ações apresentadas que só dependem de você, empresário, colocá-las
em prática e acabar com o desperdício de energia em sua empresa e receber
muitos benefícios (econômicos, produtivos e ambientais) com a implantação.
A energia economizada por você reduz seu custo, fica disponibilizada
para outro consumidor e não exige que o Brasil tenha que aumentar a
geração de energia.
É um processo de “ganha ganha” para todos: o Brasil, a sociedade, as
empresas e a população de um modo geral. Participe e faça sua lição
de casa não desperdiçando energia e aumentando sua produtividade e
competitividade!
Rodrigo Aguiar
Presidente da
ABESCO
7
A eficiência energética no setor comercial e de serviços
Saiba o que fazer para acabar com o desperdício de energia no seu negócio.
Fazer mais com menos energia
pg. 9
Definir prioridades e estabelecer planos de ação
pg. 12
Conhecendo a unidade consumidora
pg. 13
Gerenciamento de energia e gestão energética
pg. 19
Atuando nos usos finais de energia
pg. 21
Programa de Qualificação QUALIESCO
pg. 30
Linhas de financiamento
pg. 31
Fazer mais com menos energia
Você já ouviu falar em
eficiência energética?
A eficiência energética é um conceito
abrangente adotado para caracterizar as
ações que tenham como objetivo a melhoria na eficiência da utilização da energia.
A diversidade de formas de energia utilizadas numa unidade consumidora, a complexidade das diferentes transformações
que podem intervir na sua utilização e o
potencial para redução de custos associados ao ciclo de sua produção/utilização
justificam a necessidade da implantação
de projetos de troca de equipamentos,
programas de gerenciamento para eficiência e economia dos processos.
Saiba como está distribuído o consumo final de
energia do país
De acordo com os dados do Anuário Estatístico de
Energia Elétrica – 2014, publicado pela Empresa
de Pesquisa Energética – EPE, em 2013 o setor industrial foi o maior consumidor de energia do país,
respondendo por 39,8% de todo o consumo final,
seguido pelo segmento residencial com 27,0%.
Em terceiro lugar ficou o segmento comercial que
responde por 18,1%. Isto vem mudando ano após
ano, já que a participação do setor comercial e
serviços vem aumentando gradativamente.
3,2%
0,7%
3,2%
2,9%
5,1%
18,1
A correta utilização da energia elétrica,
tratando-a com responsabilidade e sem
desperdícios, além de constituir um parâmetro importante a ser considerado no
exercício da cidadania, também representa reduções significativas para os custos de
qualquer empresa. As ferramentas a serem
utilizadas com esse propósito devem estar
baseadas em dois aspectos: o tecnológico,
a partir de uso de equipamentos mais eficientes; e o comportamental, com a mudança dos hábitos das próprias empresas.
39,8%
27%
9
O que isto significa para as empresas
A energia elétrica representa custos elevados para as
empresas em geral e sobretudo para as empresas de
comércio e serviços.
Nestes setores, o potencial de economia de energia elétrica é grande e concentra-se em sistemas
de iluminação com 44%, em processos de refrigeração com 20%, em sistema de ar condicionado
com 17% e em outros usos finais de energia com
19% do potencial técnico.
Hospitais
21%
30%
37%
12%
Bancos
17%
41%
29%
13%
Hotéis
Potencial Técnico corresponde às medidas de
eficiência energética relacionadas às tecnologias mais eficientes disponíveis no mercado e,
como tais, necessitam ser induzidas para que
possam gradativamente ser alcançadas.
20%
48%
Shoppings Center
24%
Quando analisamos o consumo de energia elétrica
por uso final ou sistema consumidor, o grande destaque se dá para o uso de sistemas de ar condicionado
e climatização com uma participação entre 40% e
60%, seguido pelos sistemas de iluminação. Os demais usos finais estão relacionados ao uso de diversos equipamentos e de motores nos elevadores e nas
bombas de recalque para bombeamento de água.
Conheça os equipamentos que mais consomem
energia no setor comercial e de serviços
A figura a seguir indica a participação média de
alguns dos principais equipamentos utilizados no
consumo de energia elétrica de alguns dos segmentos dos setores do comércio e serviços.
10
12% 6% 14%
54%
6% 3% 13%
Supermercados
19%
32%
3%
39%
7%
O perfil de consumo de energia desses segmentos apresenta característica bastante peculiar. De
modo geral, não se acompanha sistematicamente o
consumo de energia, apenas se paga pela conta que
mensalmente é recebida. Além disso, os empresários geralmente não têm informações comparativas
sobre o consumo específico dentro do segmento
em que atuam, ou não conhecem as possíveis perdas de energia que ocorrem e os diversos impactos
decorrentes, inclusive prejuízos financeiros.
Do ponto de vista dos recursos humanos, o segmento de micro, pequenas e médias empresas possui quadro reduzido de funcionários e dificuldades
para pensar no uso da energia de forma estratégica,
sendo muito difícil que essas empresas reconheçam
oportunidades de ações de eficiência energética.
Todos estes aspectos remetem a um quadro de
grande desinformação, o que leva à identificação de
potenciais médios de 30% de economia de energia.
Esta situação demonstra a necessidade de particularizar as ações a serem desenvolvidas, de modo a se
vencer as barreiras de convencimento e adequação
por parte dos empresários, para que efetivamente
ocorram os resultados de eficiência energética.
Com a simples verificação das informações e
acompanhamento dos parâmetros contidos nas
faturas de energia é possível identificar o perfil
de utilização de eletricidade da unidade consumidora e tomar algumas ações visando à redução do custo com energia. Trata-se de um procedimento muito importante quando se deseja
implantar, por exemplo, um sistema de gestão
de energia.
No link a seguir é possível verificar os modelos de
contas da AES Eletropaulo por níveis de tensão e
entender cada campo de sua conta de energia:
https://www.aeseletropaulo.com.br/para-seu-negocio/informacoes/conteudo/entenda-sua-conta
Nota-se ainda que desperdícios de energia elétrica ocorrem devido ao mau dimensionamento das
instalações, operação e manutenção inadequadas
dos circuitos elétricos, o que pode, inclusive, colocar em risco a segurança dos usuários.
11
Como combater desperdícios de energia
Com medidas simples, é possível identificar as
causas dos desperdícios de energia elétrica e eliminá-las.
A criação de um programa de ações para eficiência energética tem por objetivo a redução do consumo de energia e de custo. Suas ações podem ser
classificadas em três grupos, de acordo com níveis
de abrangência e/ou dificuldade:
a) Ações Administrativas de Conscientização e
Comportamento são iniciativas que demandam
mudanças de hábitos. Sua elaboração tem que estar inserida na política administrativa da empresa
e na participação de todos os colaboradores;
b) Ações de Manutenção Preventivas e Corretivas
são intervenções sistemáticas de controle e monitoramento com o objetivo de reduzir ou impedir falhas
no desempenho de equipamentos, bem como para
mantê-los em condições operacionais adequadas;
c) Ações de Intervenção nos Equipamentos Instalados são iniciativas que buscam a modernização tecnológica, por meio da instalação de novos equipamentos e/ou adoção de processos mais eficientes.
Definir prioridades e estabelecer planos de ação
Para cada ação deve ser identificada sua viabilidade com a apuração dos custos, os benefícios,
os impactos ambientais e o potencial econômico
e tecnológico. As ações priorizadas serão aquelas
que possibilitem produzir o máximo em benefícios, seguindo o critério que melhor se aplique a
cada unidade consumidora, dependendo do perfil
de utilização de energia elétrica.
Algumas opções são mais fáceis de classificar no
que se refere ao grau de prioridade. Uma forma
de facilitar a definição da escala de prioridade é
atribuir notas de 1 a 5 para cada ação da lista de
opções. Assim, se produz um método numérico de
identificação de prioridades.
A partir da definição das ações prioritárias, é possível desenvolver um “Plano de Ação”, com metas
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realistas e também essenciais, além de se concentrar em projetos capazes de produzir os maiores
impactos, como sendo a melhor opção.
Periodicamente, devem ser avaliados e atualizados os objetivos do plano, comparando-se os objetivos das ações priorizadas com os resultados
obtidos. Isso significa identificar e documentar os
processos e os resultados.
A avaliação deve focalizar especificamente resultados mensuráveis, como energia despendida
para iluminação, para o sistema de climatização,
entre outras. Acompanhar a execução do plano é
uma atividade fundamental, que serve como mecanismo para relatar os benefícios e, ainda, para
fazer os ajustes finos que se fizerem necessários.
Conhecendo a unidade consumidora
Antes de realizar qualquer atividade é preciso conhecer e diagnosticar a realidade energética, para
então estabelecer as prioridades, implantar os
projetos de melhoria, redução de perdas e acompanhar os resultados em um processo contínuo.
O diagnóstico energético da unidade consumidora
costuma identificar os seguintes aspectos:
1) Conhecer as informações relacionadas com os
fluxos de energia, as ações que influenciam estes
fluxos, os processos e atividades que utilizam a
energia e relacionam com um produto ou serviço;
2) Acompanhar os índices de controle como, por
exemplo, consumo de energia, custos específicos,
fator de utilização e os valores médios de energia
(contratados, faturados e registrados);
3) Atuar nos índices com vistas a reduzir o consumo
energético por meio da implementação de ações
que busquem a utilização racional de energia.
a) Ponto de entrega de energia elétrica
O ponto de entrega é a conexão do sistema elétrico da concessionária de energia elétrica com a
unidade consumidora (cliente) e situa-se no limite
da via pública com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora.
13
c) O custo da energia
O custo da energia elétrica para o consumidor
depende de uma série de fatores. Além dos
equipamentos e de suas condições operacionais,
a forma de contratação da energia pode causar
diferenças de valores entre unidades consumidoras semelhantes.
Os consumidores cativos são regulados por legislação específica, estabelecida pela Agência Nacional
de Energia Elétrica — ANEEL, os quais estão sujeitos às tarifas de energia vigente.
b) Medição de energia
Todos os equipamentos elétricos possuem uma
potência elétrica, que pode ser identificada em
watts (W), em horsepower (hp) ou em cavalo vapor (cv). O consumo de energia elétrica é igual
à potência em watts (W) vezes o tempo em horas (h), expressa em watthora (Wh), portanto, o
consumo de energia depende das potências (em
watts) dos equipamentos e do tempo de funcionamento deles (em horas).
A conta de energia é uma síntese dos parâmetros de consumo, refletindo a forma como a
mesma é utilizada. Uma análise histórica, com
no mínimo doze meses, apresenta um quadro
rico de informações e torna-se a base de comparação para futuras mudanças, visando mensurar
potenciais de economia.
O estudo e o acompanhamento das contas de energia elétrica tornam-se ferramentas importantes
para execução de um gerenciamento energético
em instalações comerciais e de serviços.
14
O valor da tarifa a que esses consumidores estão
sujeitos dependerá do nível de tensão a que estiverem ligados: se baixa, média ou alta tensão.
É considerado consumidor de baixa tensão (BT)
aquele que está ligado em tensão inferior a 2.300
V; e de média e alta tensão aquele ligado em tensão igual ou superior a 2.300 V.
d) Tarifas de energia
As unidades consumidoras atendidas em média e
alta tensão devem ser enquadradas nas seguintes
modalidades tarifarias:
Tarifa convencional: modalidade caracterizada
pela aplicação de tarifas de consumo de energia
elétrica e demanda de potência, independentemente das horas de utilização do dia;
Tarifa horária: modalidade caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de acordo
com os as horas de utilização do dia, observando-se
as disposições descritas na legislação vigente.
e) Bandeiras tarifárias
A sistemática de bandeiras (verde, amarela e vermelha) foi adotada pelo setor elétrico com o objetivo de capturar os reais custos da energia elétrica em função das condições de geração, além de
possibilitar que o consumidor ajuste seu consumo,
uma vez que cada cor sinaliza o presente custo da
energia. De forma sintética, o sistema de bandeiras tarifárias é representado da seguinte maneira:
BANDEIRA TARIFÁRIA
VERDE
A bandeira verde significa custos baixos para gerar a
energia. A amarela indica um sinal de atenção, pois
os custos de geração estão aumentando. Por sua vez,
a bandeira vermelha indica que a situação anterior
está se agravando e a oferta de energia para atender
a demanda dos consumidores ocorre com maiores
custos de geração, como por exemplo, o acionamento de grande quantidade de termelétricas, que é
uma fonte mais cara do que as usinas hidrelétricas.
BANDEIRA TARIFÁRIA
AMARELA
BANDEIRA TARIFÁRIA
VERMELHA
CONDIÇÕES
mais favoráveis de
geração de energia
CONDIÇÕES
menos favoráveis de
geração de energia
CONDIÇÕES
desfavoráveis de
geração de energia
TARIFA
não sofre acréscimo
TARIFA
sofre um acrécimo
para cada 100 kWh
TARIFA
sofre um acréscimo ainda
maior para cada 100 kWh
NOTA: O valor da tarifa para cada bandeira tarifária é determinado
periodicamente pela ANEEL, em função das condições de geração.
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f) Diagrama Unifilar ou Esquema de Blocos
Para entender o fluxo da energia elétrica e seu
uso, recomenda-se a elaboração de um diagrama
unifilar simplificado ou de um esquema de blocos.
Nele devem constar, no mínimo, a entrada de
energia da concessionária com a respectiva indicação do valor de tensão, os transformadores com
potências e tensão de saída, a localização da medição, dos bancos de capacitores e de suas potências
(kVAr) e as cargas conectadas (kVA ou kW).
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O diagrama nada mais é do que um descritivo dos
equipamentos elétricos utilizados na empresa e
serve para verificar os equipamentos instalados
e identificar possíveis perdas no processo. Assim,
ele auxilia no levantamento do carregamento de
circuitos e dos transformadores, na adequação da
distribuição das cargas dos capacitores e no dimensionamento e localização de pontos de controle.
g) Transformadores
O transformador é um equipamento que se destina a transportar energia elétrica em corrente
alternada, de um circuito elétrico para outro, sem
alterar o valor da frequência. Quase sempre, essa
transferência ocorre com mudança dos valores de
tensão e de corrente.
Como todo equipamento, o transformador apresenta perdas, que são pequenas em relação à sua
potência nominal. As principais perdas ocorrem
no cobre e no ferro.
As perdas no cobre correspondem à dissipação
de energia por efeito Joule (aquecimento), determinada pelas correntes que circulam nos enrolamentos primário e secundário, que variam com a
carga elétrica alimentada pelo transformador. Já
as perdas no ferro são determinadas pelo fluxo estabelecido no circuito magnético e são constantes
para cada transformador.
Os transformadores são aparelhos que funcionam,
normalmente, com rendimentos muito elevados,
assim, não se pode esperar grandes economias de
energia. Entretanto, é necessário observar algumas regras simples de modo a evitar um grande
desperdício de energia, tais como:
• Utilizar os transformadores com
carregamento de até no máximo
70% de sua capacidade nominal.
• Desligar os transformadores que
não estão sendo utilizados.
• Eliminar progressivamente os
aparelhos muito antigos, substituindoos, por outros mais modernos.
• Comprar equipamentos de boa qualidade,
observando sempre as normas brasileiras.
• Não adquirir transformadores usados sem
antes conhecer suas perdas reais.
• Instalar os transformadores próximos aos
principais centros de consumo.
• Evitar sobrecarregar circuitos de distribuição.
• Manter bem balanceadas as redes trifásicas.
17
h) Corrigindo o baixo fator de potência
i) Análise econômico-financeira
Motores superdimensionados para as respectivas
máquinas, motores trabalhando em vazio durante
grande parte do tempo, grandes transformadores
alimentando pequenas cargas por muito tempo,
lâmpadas de descarga (vapor de mercúrio, fluorescentes etc.) e grande quantidade de motores
de pequena potência são causas de um baixo fator
de potência na unidade consumidora.
As decisões de investimento em projetos de eficiência energética passam, necessariamente, por
análises de viabilidade econômica. O processo de
tomada de decisão constitui-se numa das questões de maior relevância e deve consistir na avaliação de caminhos alternativos, tendo em vista a
escolha de opções mais interessantes do ponto de
vista econômico-financeiro.
O baixo fator de potência mostra que a energia
está sendo mal aproveitada, o que, como consequência, provoca problemas de ordem técnica nas
instalações, como variação de tensão, que pode
ocasionar a queima de motores; maior perda de
energia dentro da instalação; redução do aproveitamento da capacidade dos transformadores e dos
circuitos elétricos; aquecimento dos condutores e
redução do aproveitamento do sistema elétrico
(geração, transmissão e distribuição).
Sendo assim, a ferramenta fundamental para se
decidir por uma alternativa de investimento é a
análise econômico-financeira, uma vez que é a
única ferramenta que permite comparar soluções
tecnicamente diferentes.
O correto dimensionamento dos equipamentos
pode ser também uma maneira de se elevar o fator de potência de uma instalação. Os motores,
por exemplo, apresentam um fator de potência
mais elevado quando operam próximo à sua capacidade nominal. Quanto mais próximo de 1,0
for o fator de potência, menor a energia reativa
utilizada e, por consequência, mais eficiente será
o consumo de energia da unidade consumidora.
Uma forma de se corrigir o baixo fator de potência
é a partir da instalação de bancos de capacitores.
18
As análises de viabilidade, em geral, utilizam-se
de indicadores econômico-financeiros que permitem traduzir as atratividades de um investimento.
Dentre esses índices pode-se destacar o valor presente líquido, o valor anual uniforme, a taxa interna de retorno e o tempo de retorno de capital.
Para execução de tais análises procura-se moldar
o problema real em forma padrão, o fluxo de caixa, o que permite utilizar-se de certas equações
previamente concebidas e, assim, avaliar economicamente o projeto.
Gerenciamento de energia e gestão energética
De modo geral, as unidades consumidoras comerciais e de serviços apresentam oportunidades significativas de redução de custos e de economia de
energia por meio de um melhor gerenciamento da
instalação, adoção de equipamentos tecnologicamente mais avançados e eficientes, alterações de
algumas características arquitetônicas e utilização
de técnicas modernas de projeto e construção,
bem como mudanças dos hábitos dos usuários e
de rotinas de trabalho.
O gerenciamento energético de qualquer instalação
requer a adoção de estratégias adequadas que devem
ser estruturadas com base no conhecimento dos sistemas energéticos existentes, do regime de operação
do edifício e da opinião dos usuários e técnicos da edificação sobre a qualidade dos sistemas instalados.
A implementação de medidas de eficiência energética não coordenadas e não integradas a uma visão global de toda a instalação ou carente de uma
avaliação de custo/benefício pode não produzir os
resultados esperados, dificultando ainda a continuidade do processo.
Considerando uma abordagem genérica, a sequência apresentada na figura a seguir, pode ser adotada para o desenvolvimento de um diagnóstico
energético e para um modelo de gestão energética.
Os estudos energéticos (diagramas, características, estudos de perdas etc.), se dividem, basicamente, em 02 (dois) sistemas:
Levantamento de
dados gerais da
unidade consumidora
Estudos dos fluxos de
materiais e produtos
Caracterização do
consumo energético
Elaboração das
recomendações e
conclusões
Desenvolvimento
de estudos técnicos
e econômicos das
alternativas de redução
das perdas e de consumo
Avaliação das perdas de
energia e potenciais de
redução de consumo
19
1) Sistemas elétricos
O que pode ser feito
a) Levantamento das cargas elétricas instaladas.
• Tenha controle sobre o quanto a unidade consumidora gasta (em reais – R$ e em kWh) dos principais energéticos e quais os sistemas que gastam
energia (principalmente saiba quanto gasta os
principais sistemas consumidores).
b) Análise das condições de suprimento (qualidade do suprimento, harmônicos, fator de potência,
sistemas de transformação).
c) Estudo do sistema de distribuição de energia
elétrica (desequilíbrios de corrente, variações de
tensão, estado das conexões elétricas).
d) Estudo do sistema de iluminação (iluminância,
análise de sistemas de iluminação, condições de
manutenção).
e) Estudo de motores elétricos e outros usos finais
(estudo dos níveis de carregamento e desempenho, condições de manutenção).
2) Sistemas térmicos e mecânicos
a) Estudo do sistema de ar condicionado e exaustão (sistema frigorífico, níveis de temperatura medidos e de projeto, distribuição de ar).
b) Estudo do sistema de geração e distribuição de
água quente (desempenho da caldeira, perdas térmicas, condições de manutenção e isolamento).
c) Estudo do sistema de bombeamento e tratamento de água.
20
• Instale controlador de demanda que irá também
medir, armazenar dados e informar o consumo
dos energéticos, para garantir que você possa gerenciar cada um dos energéticos medidos.
• Sempre que possível, implante a Norma ISO
50.001 – Sistema de Gestão de Energia.
Já o diagnóstico energético é uma ferramenta utilizada para levantar e estimar como e em que quantidades as diversas formas de energia estão sendo
gastas numa edificação, em seus sistemas (ar condicionado, iluminação, motorização, bombeamento,
refrigeração etc.) ou em aplicações comerciais ou
de serviços, nos seus processos (ar comprimido, vapor, bombeamento etc.).
Após o levantamento, são feitos estudos que permitem avaliar perdas (traduzidas em consumo de
kWh, em demanda de kW, etc.), seus custos e indicar medidas corretivas, avaliar custos de investimentos propostos (projetos, aquisição de equipamentos novos) e calcular tempo de retorno dos
investimentos, visando subsidiar os empresários na
tomada de decisões.
Atuando nos usos finais de energia
Ar Condicionado
Os sistemas de condicionamento de ar representam um item importante nos custos de uma
edificação, tanto pelos investimentos iniciais
necessários, quanto pelo dispêndio que provocam ao longo do tempo com consumo de
energia e com manutenção das instalações. O
ar condicionado é necessário, principalmente,
pelas seguintes razões:
Os sistemas de ar condicionado variam de simples
aparelhos de janela até grandes centrais. Os aparelhos de janela são unidades indicadas para ambientes de pequenas dimensões, que funcionam
com condensação a ar e estão aptos a refrigerar o
ambiente no verão e a aquecê-lo no inverno pela
simples reversão do ciclo de refrigeração.
• Compensa o ganho de
calor em ambientes, proveniente do calor solar; e
• Compensa o ganho de
calor em ambientes, proveniente da luz elétrica,
em particular, ou outras
fontes de calor interno.
O condicionamento do ar
é utilizado para controle
da temperatura, da umidade, da movimentação
e da pureza do ar em recintos fechados. Em geral,
o ar condicionado serve
para proporcionar uma
sensação de conforto às
pessoas, mas pode também ser necessário para
climatizar ambientes.
21
Como melhorar o rendimento do sistema de ar
• Desligar o sistema sempre que o ambiente esti-
condicionado?
ver desocupado (deve-se estudar a possibilidade
Entre as ações que podem ser implementadas
para melhorar o rendimento energético do sistema de ar condicionado, destacam-se:
• O controle das fontes externas de calor (ou de
frio), como insolação e ventilação natural, aprovei-
de desligar o ar condicionado uma hora antes do
encerramento do expediente);
• Operar apenas um equipamento com carga elevada em vez de dois ou mais equipamentos semelhantes com cargas muito abaixo da capacidade normal;
tando-as para aumentar ou diminuir a tempera-
• Redução do fluxo de ar ao mínimo aceitável em
tura do ambiente, conforme a época do ano ou os
cada área;
objetivos desejados;
• Proceder à manutenção periódica de todo o sis• Regular as fontes internas de calor (ou de frio), oti-
tema, eliminando vazamentos e limpando apare-
mizando o funcionamento de equipamentos e insta-
lhos de janela, torres de refrigeração etc.;
lações como motores elétricos, fornos, iluminação e
procedendo ao isolamento térmico de tubulações e
• Instalação de recuperadores de calor, res-
depósitos de substâncias aquecidas (ou geladas);
friando o ar externo através do ar de exaustão
quando o processo exigir a troca de todo o ar
• A conscientização dos usuários sobre a necessi-
interno por ar externo;
dade de se manter fechadas portas e janelas dos
ambientes climatizados (deve-se colocar avisos
• Instalação de um sistema de aeração natural
nesse sentido nas portas e janelas);
para desligar o sistema de ar condicionado sempre
que as condições permitirem;
• Regular o sistema para que opere em torno da
maior temperatura da zona de conforto indicada
• Utilização de sistemas de termoacumulação, com
pelo projetista ou instalador ou dos índices indica-
água gelada ou com gelo para diminuir o consumo
dos pela ABNT;
de energia com condicionamento de ar nos horários
de ponta e reduzir a demanda do equipamento;
• A substituição do ar ambiente pelo ar frio da madrugada para diminuir a carga térmica da edificação;
• Instalação de equipamentos de controle de rotação dos motores das bombas de sistemas que
• Operar somente as torres de refrigeração, bom-
usam água gelada para adaptar a vazão às neces-
bas e outros equipamentos que forem essenciais à
sidades momentâneas do sistema reduzindo assim
operação do sistema;
o consumo de energia de bombeamento.
22
Sistemas de Iluminação
Numa edificação existente, seja pública ou privada, o sistema de iluminação geralmente se encontra fora dos padrões técnicos adequados. Os tipos
mais comuns dessas ocorrências são:
• Iluminação fora dos níveis normalizados.
• Falta de aproveitamento da
iluminação natural.
• Uso de equipamentos com baixa
eficiência luminosa.
• Falta de comandos (interruptores)
das luminárias.
• Ausência de manutenção,
depreciando o sistema.
• Hábitos de uso inadequados.
A utilização de sistemas de iluminação exige que
seja realizada uma análise pormenorizada quanto
às necessidades da tarefa visual podendo significar
maior consumo energético. Por exemplo, lâmpadas fluorescentes produzem mais luz sob determinadas condições de temperatura e posicionamento; ambientes com ar condicionado permitem que
se faça uma adequação entre luz e climatização.
O importante é saber que cada tipo de ambiente e/
ou aplicação requer um sistema de iluminação artificial especifico. Por exemplo: A máxima produtividade é foco em pavilhões de produção e, nesse
sentido, a luz dá uma contribuição importante. A
distribuição correta de luz e sua cor evitam ofuscamento e sinais de cansaço como também reduzem o risco de acidentes, tornam as tarefas visuais
mais fáceis e melhoram a eficiência dos processos.
O que pode ser feito?
• Utilize lâmpadas mais eficientes e adequadas para cada tipo de ambiente. A lâmpada
de vapor de sódio, por exemplo, é mais eficiente do que as lâmpadas de vapor de mercúrio ou as mistas.
• Utilize reatores eletrônicos de boa qualidade.
• Utilize luminárias com refletores (espelhadas) para lâmpadas fluorescentes.
• Abuse de recursos que aumentem o aproveitamento da iluminação natural: telhas
translúcidas, janelas amplas, tetos e paredes
em cores claras.
• Divida os circuitos de iluminação, de
forma que seja possível utilizá-los parcialmente sem prejudicar o conforto e facilitar
a manutenção.
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A eficiência dos sistemas de iluminação artificial
está associada, basicamente, às características
técnicas e ao rendimento de um conjunto de elementos, dentre os quais destacam-se:
No âmbito da iluminação de interiores, os proje-
• Lâmpadas
• Boas condições de visibilidade
• Luminárias
• Boa reprodução de cores
• Reatores
tos luminotécnicos eficientes devem sempre buscar os seguintes pontos:
• Economia de energia elétrica
• Circuitos de distribuição e controle
• Facilidade e menores custos de manutenção
• Utilização de luz natural
• Cores das superfícies internas
• Preço inicial compatível
• Mobiliário
• Utilizar iluminação local de reforço
• Necessidades de iluminação do ambiente
• Combinação de iluminação natural com artificial
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Motores Elétricos e Sistemas de Bombeamento
O motor elétrico de indução trifásico com rotor do
tipo gaiola de esquilo é o mais importante uso final
de energia elétrica no país. No Brasil, a quantidade de energia por ele processada é superior a 30%
da energia elétrica total gerada. Na realidade, o
motor elétrico não consome toda essa energia. O
motor funciona basicamente como um “transdutor de energia”, pois tem a função de converter a
energia elétrica de entrada em energia mecânica
no seu eixo. O consumo real de um motor é relativo apenas às suas perdas internas. O percentual
realmente consumido pelo motor varia de 5% a
20% da energia solicitada à rede elétrica. O restante é transformado em energia mecânica. Esse
percentual de perdas pode ser aumentado significativamente se o motor não estiver operando em
condições favoráveis. Nesses casos, o percentual
de perdas pode chegar a 40%.
Para determinar o potencial de economia que
pode ser obtido com esse tipo de ação, adote o
seguinte roteiro:
• Percorra as instalações e observe a forma como
são utilizadas as diversas máquinas e equipamentos que possuem motor, identificando aqueles que
apresentam interrupções frequentes na operação.
• Verifique se é possível desligar esses equipamentos nos períodos ociosos sem provocar problemas
ao próprio equipamento ou à instalação elétrica
de uma maneira geral.
• Verifique a tensão de operação e meça a corrente de cada motor quando estiver operando desnecessariamente.
• A partir da corrente medida, consulte a curva
característica do motor e verifique o valor do fator
de potência para essa condição de operação.
As quatro principais causas do uso ineficiente de um motor elétrico são:
• Superdimensionamento
• Reparo inadequado do motor
• Uso de motores de baixo rendimento
• Acoplamento motor-carga
de baixa eficiência
O motor de alto rendimento possui rendimento
superior ao motor padrão e, consequentemente,
perdas reduzidas. Isto é possível devido a mudanças no projeto, materiais e processos de fabricação de melhor qualidade. Esses motores apresentam em média um rendimento 10% superior ao
rendimento de motores convencionais de baixa
potência (na faixa 1 a 5 CV) e 3% superior ao rendimento de motores convencionais de potência
elevada (200 CV).
Quanto ao fator de potência, os motores de alto
rendimento não são necessariamente mais eficientes do que os convencionais, entretanto, a
correção do fator de potência é simples e não
muito dispendiosa, e não deve ser um impedimento na avaliação da possibilidade de substituição de motores.
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Em relação aos sistemas de bombeamento, o potencial de economia de energia pode atingir níveis
elevados, principalmente onde existe a necessidade de controle preciso de vazão ou pressão, e esse
controle é realizado através de técnicas ultrapassadas, como, por exemplo, o uso de válvulas de
estrangulamento na tubulação. Atualmente, com
o avanço da eletrônica e dos microprocessadores,
existem equipamentos capazes de realizar a tarefa de controle de um sistema de bombeamento,
possibilitando, na maioria dos casos, grandes economias de energia.
O que fazer com os sistemas de bombeamento?
• Verifique se há válvula semifechada na sucção
das bombas radiais e no recalque, e obstrução
parcial na válvula de pé com crivo ou no próprio
crivo.
• Opere as bombas em pontos de melhor eficiência.
• Evite tubulação incrustada ou com sólidos decantados, pois aumentam substancialmente a perda de carga e, por consequência, a altura manométrica e a potência requerida.
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• Evite a associação, em paralelo, de bombas com
a parábola das curvas de sistemas muito inclinadas e de bombas de polpa, com o sistema de transmissão por polias e correias.
• Verifique a existência de folgas entre rotores e
anéis, pois reduzem o rendimento volumétrico.
• Utilize tubulações com diâmetros de sucção e
recalque adequados.
• Verifique a presença de cavitação no sistema de
bombeamento, pois reduz o rendimento volumétrico.
• Verifique periodicamente itens de manutenção
como as condições de desgaste de componentes
rotativos, balanceamento de rotor e lubrificação
das partes móveis entre outros.
• Tubulações muito antigas construídas em aço
são susceptíveis à corrosão e à formação de depósitos de material. Isso contribui para o aumento da
rugosidade da parede interna e a perda de carga.
• Limpe periodicamente tanques e reservatórios e
instale filtros para reduzir a quantidade de sólidos
em suspensão, que causam desgastes excessivos
dos componentes internos das bombas.
Transporte Vertical
A potência de um elevador médio de 10 HP equivale a 75 lâmpadas de 100 W. Considerando este
valor médio e uma estimativa de 200 mil elevadores em atividade no país, o consumo relativo a esses equipamentos pode representar uma parcela
significativa da energia consumida no país inteiro.
Como ilustração, num edifício típico, os gastos
com a energia elétrica consumida pelos elevadores podem chegar a 6% do custo do prédio. O cálculo exato do consumo de um elevador não é uma
tarefa simples, pois existe uma diversidade de variáveis envolvidas, tais como:
A modernização do elevador tem se mostrado
como uma boa opção para prédios mais antigos
visando melhorar as condições de funcionamento
do equipamento existente sem a necessidade de
altos investimentos em um novo equipamento. A
vida média de um elevador é de 20 anos. A modernização consiste em uma reforma total do aparelho na qual podem ser trocados itens mais importantes como o quadro de comando e a máquina
de tração. Esse tipo de intervenção pode gerar
economias de energia na ordem de 40%.
• Modelo e características técnicas
• Tipo de utilização
• Carga transportada
• Quantidade de viagens por dia
Porém, o consumo se deve principalmente à energia utilizada na máquina de tração com uma menor participação da luz da cabina, do ventilador,
do operador da porta e do quadro de comando. O
sistema de elevadores em um prédio, sobretudo
nos casos em que este possui uma idade avançada,
pode apresentar um bom potencial de economia
de energia, principalmente, por meio de investimentos na sua modernização.
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Como proceder para obter
economia com elevadores?
• Respeite a capacidade máxima de transporte
do elevador. A sobrecarga do sistema causa fadiga
no motor elétrico, podendo reduzir a sua vida útil
além de provocar aumento no consumo de energia.
• Existem sistemas que registram as chamadas
apenas para o elevador mais próximo do andar solicitante evitando a duplicidade de chamadas.
• Se um usuário prender o elevador em um andar com a porta aberta, um dispositivo sinalizador
toca após 15 ou 30 segundos. Pode ser inconveniente em casos mais esporádicos como mudanças, mas no dia-a-dia ajuda a agilizar o trabalho do
aparelho, diminuindo a duplicidade de chamadas
(um usuário chamar dois elevadores).
• Se uma criança acionou vários botões o sistema identifica automaticamente se existe lógica no
procedimento. Se não houver lógica, o elevador
cancela as paradas.
• Verifique a possibilidade de deixar um dos elevadores completamente desligado entre 22 e 6 horas.
Mesmo parado no térreo o equipamento gasta energia com sua iluminação. Essa medida ainda evita que
o usuário chame dois elevadores neste período.
• Quando existirem dois elevadores estude a possibilidade de atender andares pares com um e andares ímpares com o outro.
• Afixe avisos aos usuários sugerindo que utilizem
as escadas para subir um andar ou descer dois.
• Estude a possibilidade de desligar diariamente e de maneira alternada um dos elevadores no
horário de menor movimento e menor utilização.
Para tanto, recomenda-se esclarecer aos usuários
sobre os benefícios e objetivos a serem atingidos.
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• Em caso de botoeiras com dois botões acione
apenas o botão do sentido desejado evitando paradas desnecessárias.
• Utilize o menor número possível de elevadores
fora do horário de maior movimento.
• Situe as áreas de atendimento ao público no andar térreo evitando o uso de elevadores.
• Identifique com clareza as diversas seções explicitando suas atividades para evitar transportes
desnecessários.
• Implante medidas de conscientização dos usuários mediante cartazes explicativos inclusive sugerindo que é mais prático utilizar a escada para
chegar a andares próximos.
• Analise a possibilidade de instalar controladores
de tráfego para evitar que uma mesma chamada
desloque mais de um elevador.
• Analise a possibilidade da instalação de sistemas
mais eficientes para o acionamento dos elevadores consultando os fabricantes ou firmas especializadas.
• Existem comandos eletrônicos que ligam a iluminação e a ventilação da cabina apenas quando os
elevadores estiverem sendo utilizados promovendo uma economia de energia.
• Elevadores mais modernos podem ser programados para retornar ao térreo quando ficam parados
por mais de 60 segundos. Essa função pode ser desabilitada no sentido de economizar energia.
• O uso de quadro de comandos computadorizados em substituição aos antigos quadros eletromecânicos reduz o consumo de energia, facilita a
manutenção e elimina paralisações constantes.
Sistemas de Refrigeração, Ventilação e Exaustão
A refrigeração, a exemplo do ar condicionado,
tem como objetivo o controle de temperatura de
alguma substância ou meio. Os componentes básicos de ambos os processos não diferem: compressores, trocadores de calor, ventiladores, bombas,
dutos e controles.
• Verifique o consumo específico dos compressores. Muitas vezes apesar de estarem em bom
funcionamento são equipamentos que consomem
muita energia e devem ser substituídos por equipamentos modernos que trarão grande economia
e se pagam em pouco tempo.
• Utilize cortinas de ar (borracha) quando não
houver antecâmara.
• Regule sempre o termostato, mantendo constante a temperatura de armazenamento.
• Limpe periodicamente os filtros, dutos de ventilação e exaustão. Filtros sujos ou obstruídos
aumentam a perda de carga contribuindo para
o aumento do consumo de energia do sistema e
comprometendo a sua eficiência.
• Para a conservação dos produtos, armazene na
mesma câmara os que necessitam de mesma temperatura, percentual de umidade e período de armazenamento.
• Utilize mais de um ventilador para atender as
necessidades da instalação colocando-os em operação individualmente na medida em que a demanda por ar aumente.
• Sistemas que possuem mais de um compressor merecem verificar a viabilidade de automação entre eles, visando trabalhos paralelos com
cargas parciais.
• Utilize ventiladores com rotores fechados e pás
curvadas para trás que apresentam melhores rendimentos aerodinâmicos que os de rotores abertos ou pás retas, reduzindo o consumo de energia.
Orientações Gerais
• O correto dimensionamento de circuitos elétricos
evita sobrecargas e aquecimento dos condutores.
• Condutores não devem ter emendas mal feitas, fios
ou cabos desencapados ou com isolamento comprometido. Evite fuga de corrente e queda de tensão.
• Ao adquirir equipamentos elétricos verifique se
a fiação suporta a nova carga.
• Verifique as variações de tensão acima da nominal
e o balanceamento das tensões dos motores, cujo
desequilíbrio contribui para o aumento das perdas.
• Verifique a presença de harmônicos nos sistemas elétricos, pois além de provocar aquecimento
nos motores, reduzindo seus conjugados disponíveis para as cargas, podem causar torques oscilatórios, ressonâncias elétricas e flutuações de tensão gerando perdas por aquecimento.
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• Ajuste e mantenha o ponto operacional dos sistemas motrizes por meio de válvulas redutoras de
pressão ou de estrangulamento, dampers ou inversores de frequência, sendo estes últimos mais
eficientes sob o ponto de vista energético.
• Adote boas práticas de manutenção como as
rotinas de limpeza, alinhamento e lubrificação,
que auxiliam na melhoria da eficiência do motor
e do sistema acionado.
• Estabeleça planos de manutenção preventiva
e preditiva que contemplem ações periódicas
para os diversos itens que compõem cada sistema motriz seguindo as recomendações dos fabricantes dos equipamentos.
Programa de Qualificação
O QualiESCO é um programa desenvolvido pela
ABESCO que visa conhecer, quantificar e indicar
as especialidades das empresas de prestação de
serviços de eficiência energética e que tem como
objetivo especifico analisar a capacidade técnica
das ESCOs nas áreas de energia elétrica, energia
térmica, água, edificações e gestão energética.
A qualificação se dará no respectivo âmbito de
trabalho de cada ESCO, avaliando-se sua experiência, capacidade e os registros da empresa e tem
abrangência nacional. Portanto, quando for estudar e/ou desenvolver ações de racionalização do
uso da energia no seu processo, consulte antes um
profissional habilitado.
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No site da Associação Brasileira das Empresas de
Serviços de Conservação de Energia – ABESCO,
www.abesco.com.br você encontra diversas empresas especializadas, dentre as quais as empresas qualificadas no Programa QualiESCO.
Contudo, o mais importante é saber que a implementação de projetos de eficiência energética, bem como a adoção de modelos de gestão
energética requerem, não só conhecimentos
técnicos específicos, como principalmente uma
visão global do processo.
Linhas de financiamento
A implementação de projetos de eficiência energética requer, além da contratação de empresas
especializadas na prestação de serviço, a utilização de equipamentos e sistemas de controle e gerenciamento. Para atender a essa demanda, um
aspecto importante é o financeiro que ampara a
realização de todas as etapas de um projeto.
Os bancos privados possuem linhas de crédito comuns no mercado financeiro como capital de giro,
conta garantida, dentre outras, mas esses produtos são considerados empréstimos ainda que em
alguns casos, tenham uma finalidade socioambiental. Para projetos de eficiência energética o ideal é
utilizarmos linhas de financiamento, pois possuem
finalidades específicas, com prazos mais longos,
taxas e condições mais atrativas.
Atualmente, o mercado financeiro (bancos privados, agências de fomento, bancos de desenvolvimento, etc.), disponibiliza diversas linhas de
financiamento para diversos objetivos, como por
exemplo: promover a inovação tecnológica, reduzir as perdas na produção e transmissão de energia
elétrica. Com elas também são realizados o isolamento de tubulações, sistemas de recuperação de
calor, instalação de equipamentos que reduzam o
consumo energético, melhoria de sistema de iluminação e refrigeração, bem como o financiamento da elaboração de diagnósticos energéticos para
micro, pequenas e médias empresas. Veja a seguir
informações sobre algumas dessas linhas.
Desenvolve SP
A Agência de Desenvolvimento Paulista – Desenvolve SP é uma instituição financeira do governo
do Estado de São Paulo focada no desenvolvimento sustentável da economia paulista. Trabalha
com juros mais baixos e prazos mais longos do que
os oferecidos pelo mercado tradicional de crédito
para poder atender pequenas e médias empresas
em busca de financiamentos a fim de ampliar ou
modernizar o seu negócio de forma planejada.
Além de linhas de crédito que atendem os setores da indústria, comércio, serviços e agronegócios, a instituição também oferece a possibilidade
de contratação de Fundos Garantidores aos pequenos empresários que encontram dificuldades
em apresentar garantias reais na hora de obter
o financiamento, como o Fundo de Aval – FDA,
do Governo do Estado de São Paulo; o Fundo de
Aval às Micro e Pequenas Empresas – FAMPE, do
SEBRAE, e o Fundo Garantidor para Investimentos – FGI, do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
Dentre as linhas de financiamento, a Desenvolve
SP financia projetos sustentáveis, que promovam
significativa redução de emissões de gases do efeito estufa e que minimizem o impacto no meio ambiente nas áreas de energia renováveis, eficiência
energética e processos industriais, entre outras.
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Cartão BNDES
Voltado para micro, pequenas e médias empresas
de controle nacional, o cartão BNDES consiste em
um crédito pré-aprovado para aquisição de produtos credenciados no Portal de Operações do cartão BNDES. Com o objetivo de ampliar a oferta de
serviços especializados em eficiência energética e,
consequentemente, aumentar a demanda por financiamentos para implantação de projetos desta
natureza no país, o Cartão BNDES também pode
financiar Diagnósticos de Eficiência Energética limitados ao valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
Para ter acesso ao financiamento, os empresários interessados devem buscar os serviços das empresas especializadas em conservação de energia que possuem
o selo do Programa de Qualificação – QUALIESCO,
bem como estejam credenciadas pelo BNDES.
A taxa de juros é definida mensalmente e está disponível e atualizada no Portal de Operações do
Cartão BNDES. A amortização pode ser em prestações mensais, fixas e iguais sendo que alguns
bancos emissores podem oferecer prazos diferenciados. As garantias são negociadas entre o banco emissor e o cliente, na análise de crédito para
concessão do cartão.
BNDES - MPME Inovadora
Dentro do programa MPME Inovadora, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES permite investimentos em eficiência energética.
O programa tem como objetivo aumentar a competitividade das micro, pequenas e médias empresas, financiando os investimentos necessários para
a introdução de inovações no mercado de forma
articulada com os demais atores do Sistema Nacional de Inovação, contemplando ações contínuas
de melhorias incrementais em seus produtos e/ou
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processos, além do aprimoramento de suas competências, estrutura e conhecimentos técnicos.
Pode ser solicitada por empresas sediadas no País
e empresários individuais inscritos no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e no Registro
Público de Empresas Mercantil (RPEM), que sejam
classificados por porte como MPMEs.
BNDES - EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Esta linha é uma atualização da antiga linha BNDES
PROESCO. É uma linha criada para apoiar projetos
de eficiência energética disponível para Empresas
de Serviços de Conservação de Energia (ESCO);
usuários finais de energia e empresas de geração,
transmissão e distribuição de energia. Através dela
podem ser financiadas intervenções que comprovadamente contribuam para a economia de energia,
aumentem a eficiência global do sistema energético ou promovam a substituição de combustíveis de
origem fóssil por fontes renováveis.
Dentre os focos de ação possíveis, destacam-se os
seguintes: iluminação; motores; otimização de processos; ar comprimido; bombeamento; ar condicionado e ventilação; refrigeração e resfriamento;
produção e distribuição de vapor; aquecimento;
automação e controle; geração, transmissão e distribuição de energia; gerenciamento energético;
melhoria da qualidade da energia, inclusive correção do fator de potência; e redução da demanda no
horário de ponta do consumo do sistema elétrico.
E com relação aos itens financiáveis, temos: Estudos e projetos; obras e instalações; máquinas
e equipamentos novos, fabricados no país e credenciados no BNDES; máquinas e equipamentos
importados, sem similar nacional e já internalizados no mercado nacional; serviços técnicos
especializados; e sistemas de informação, monitoramento, controle e fiscalização.
O BNDES pode apoiar o capital de giro associado
a itens de projetos financiados nesta linha.
As operações no âmbito do BNDES EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA poderão ser realizadas tanto diretamente pelo BNDES como por intermédio de
instituições financeiras credenciadas, mediante
repasse ou mandato específico, independentemente do valor do pedido do financiamento.
INOVACRED - FINEP
Esta linha tem como objetivo oferecer financiamento no desenvolvimento de novos produtos,
processos e serviços, no aprimoramento dos já
existentes, ou ainda em inovação em marketing
ou inovação organizacional visando ampliar a
competitividade das empresas no âmbito regional
ou nacional. Esse apoio será concedido de forma
descentralizada, por meio de agentes financeiros,
que atuarão em seus respectivos estados ou regiões, assumindo o risco das operações.
São algumas atividades que contribuem para a
geração de conhecimento: demonstração de conceito e simulação, quando associados à inovação;
desenvolvimento de novos produtos, processos e
serviços; protótipo e prototipagem; engenharia
básica (concepção e definição dos parâmetros desconhecidos para detalhamento de projetos-engenharia não rotineiro); absorção de tecnologia.
Algumas atividades que utilizam e/ou aprimoram
o conhecimento: compra e adaptação de tecnologia (inclusive assistência técnica); aprimoramento
de tecnologias, produtos, processos e serviços;
Infraestrutura de P&D; desenho industrial; planta piloto (scale-up); comercialização pioneira e
algumas atividades que dão suporte à utilização
do conhecimento: implantação de sistemas de
controle de qualidade; metrologia, normalização,
regulamentação técnica e validação de conformidade (inspeção, ensaios, certificação e demais
processos de autorização); pré-investimento (estudos de viabilidade, estudos de mercado, planos
de negócios, planos de marketing, e prospecção
tecnológica); modelos de negócios inovadores.
BNDES Finame
Financiamento, por intermédio de instituições financeiras credenciadas, para produção e aquisição de máquinas, equipamentos e bens de informática e automação novos, de fabricação nacional
e credenciados no BNDES.
O apoio financeiro poderá ser concedido nas seguintes modalidades: Financiamento à compradora para a aquisição; Financiamento ao fabricante
para a produção; Financiamento ao fabricante
para a comercialização.
BNDES Automático
Financiamento, por intermédio de instituições financeiras credenciadas, a projetos de investimento, cujos valores de financiamento sejam inferiores
ou iguais a R$ 20 milhões. Esse valor também representa o máximo que cada cliente pode financiar
a cada período de 12 meses, contados a partir da
data de homologação da operação pelo BNDES.
O produto BNDES Automático divide-se em linhas de financiamento, com condições financeiras específicas para melhor atender ao cliente, de
acordo com o porte ou a atividade econômica.
Podem ser financiados investimentos para implantação, ampliação, recuperação e modernização de
ativos fixos, bem como projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, nos setores de indústria, infraestrutura, comércio, prestação de serviços, agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.
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Cada linha de financiamento do BNDES Automático tem condições financeiras específicas,
como a taxa de juros.
BNDES Soluções Tecnológicas
O BNDES Soluções Tecnológicas é um produto financeiro que tem como objetivo apoiar o mercado de comercialização de soluções tecnológicas no
país, concedendo financiamento à aquisição de soluções e auxiliando na consolidação de um canal de
comunicação entre compradores e fornecedores.
De uma forma geral, soluções tecnológicas podem
ser definidas como o serviço de aplicação de uma
tecnologia orientada a satisfazer as necessidades
de criação/modificação/melhoria de produto ou
processo das empresas e demais instituições.
As soluções que podem ser financiadas pelo BNDES Soluções Tecnológicas são oferecidas por
universidades, empresas de base tecnológica e
outras instituições fornecedoras de tecnologia
credenciadas ao BNDES.
Empresas e instituições de todos os portes e
setores da economia interessadas em adquirir
soluções tecnológicas poderão solicitar o financiamento para contratar as soluções de seu interesse e incorporar, assim, novas tecnologias aos
seus produtos e processos.
Por enquanto, o BNDES Soluções Tecnológicas
está apenas em fase de captação de fornecedores,
ou seja, não está aceitando ainda pedidos de financiamento. Os fornecedores interessados poderão
credenciar e cadastrar suas soluções, dando maior
visibilidade às suas tecnologias e aumentando as
chances de futuros negócios.
Em breve, o portal do BNDES Soluções Tecnológicas disponibilizará uma vitrine virtual, contendo todas as soluções tecnológicas credenciadas
no BNDES, nas mais diversas áreas do conhecimento e disponíveis para aplicação nos mais
diversos setores da economia.
Fontes
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia - ABESCO
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Empresa de Pesquisa Energética - EPE
Ministério de Minas e Energia - MME
Plano Nacional de Eficiência Energética - PNEf
Consulte também
http://sebr.ae/sp/sustentabilidade
34
Anotações
35
(11) 3549-4525
www.abesco.com.br
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twitter.com/ABESCOenergia
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Comércio e Serviços: