SEMINÁRIO INTERNACIONAL
CACHUELA ESPERANZA EM LA
CUENCA INTERNACIONAL DEL RIO
MADERA
Cochabamba (Bolívia)
14 e 15 de junho de 2011.
BNDES
NACIONAL? DE DESENVOLVIMENTO? SOCIAL?
• 1952-90: Âncora do modelo de substituição de
importações → Banco estratégico de uma
burguesia que se pretendia associada, com
primazia regional;
• 1990-2003: Pivô do desmonte, organizador do
saque privado, a privatização;
• 2003-...: Estratégico para a constituição de
oligopólios e à internacionalização de empresas
brasileiras → Fonte de financiamento aos grandes
grupos econômicos.
BNDES: UM BID OU EXIMBANK
BRASILEIRO?
• Reforma estatutária: linha de financiamento da
internacionalização de empresas de capital nacional,
ou de empresas-casulo do capital internacional;
• Consolidar bases no exterior para promover gestão de
estoques , controle de mercados locais, utilização de
insumos locais e incremento de exportações;
• Departamento da América do Sul: oportunidades
comerciais para o IED brasileiro na região:
• Os grandes projetos de infraestrutura consolidam a
atuação internacional de empresas brasileiras;
• Transformar as empresas em multinacionais.
• Atração das transnacionais a fim de para tornar o Brasil na
sua plataforma de atuação na AméricaLatina.
O PODER DO BNDES
• O BNDES desembolsou no ano passado cerca de R$ 162
bilhões → Bv 648 bilhões → mais que BID, Banco Mundial e
CAF juntos.
• Setores privilegiados:
–
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–
–
–
Automobilístico;
Celulose;
Agrocombustíveis;
Hidrelétricas;
Mineração;
Agronegócio;
Fusão de empresas;
Aquisição de empresas no exterior por parte do setor privado
brasileiro.
PROBLEMAS EM RELAÇÃO AO BNDES
• Falta de transparência;
• Ausência de mecanismos que possam ser acessados por
movimentos sociais/ongs para questionar os financiamentos dos
bancos e os impactos dos empreendimentos apoiados pela
instituição;
• Não promove a construção de salvaguardas que orientem a política
de financiamento do banco;
• Não possui instrumentos de monitoramento e de controle das
atividades das empresas financiadas pelo banco:
– Respeito às legislações trabalhista e ambiental, ao Estatuto da Criança
e do Adolescente, por exemplo.
• Empréstimos em condições vantajosas aos grandes grupos
econômicos:
– Aumento da dívida pública.
ELEMENTOS PARA ENTENDER A ESTRATÉGIA
INTEGRACIONISTA
PAC - PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO
CRESCIMENTO 2007 - 2010
• Objetivo:
– “Estimular a eficiência produtiva dos principais
setores da economia, impulsionar a modernização
tecnológica, acelerar áreas em expansão e ativar
áreas deprimidas, aumentar a competitividade e
integrar o Brasil com o Brasil, com seus vizinhos e
com o mundo”
PRINCIPAIS MEDIDAS DO PAC
Estímulo ao Crédito e ao Financiamento de
investimentos privados em infraestrutura;
 Investimentos em infraestrutura;
 Melhoria do ambiente para os investimentos;
 Remoção de obstáculos
jurídicos ao crescimento.
normativos
e
OS PROJETOS BUSCAM GARANTIR O
ACESSO, USO E CONTROLE DOS RECURSOS
NATURAIS DA REGIÃO AO GRANDE
CAPITAL NACIONAL E ESTRANGEIRO.
ESTAMOS DIANTE DE UM PROCESSO
RADICAL DE CESSÃO TERRITORIAL
ESSE PROJETOS PROVOCAM PROFUNDO
REORDENAMENTO DOS TERRITÓRIOS
ONDE SÃO INSTALADOS
OS GRANDES PROJETOS PROMOVEM A
DISSEMINAÇÃO DOS CONFLITOS NA PANAMAZÔNIA
É UMA ESTRATÉGIA FRAGMENTADORA
DO PONTO DE VISTA SÓCIO-TERRITORIAL
NÃO SE TRATA DE INTEGRAÇÃO SULAMERICANA, MAS DE CONEXÃO DE
PARTES DOS TERRITÓRIOS À
GLOBALIZAÇÃO CAPITALISTA
IIRSA E PAC SÃO AS DUAS FACES DE UMA
MESMA MOEDA: ATENDIMENTO PRIORITÁRIO
DAS DEMANDAS DO MERCADO
INTERNACIONAL.
AINTEGRAÇÃO DA INFRAESTRUTURA NÃO
É SUFICIENTE PARA A INTEGRAÇÃO
ECONÔMICA SUL-AMERICANA. AS
REFORMAS ESTRUTURAIS REPRESENTAM
O OUTRO LADO DA ESTRATÉGIA
IIRSA E PAC SÃO ALGUNS DOS MEIOS
PRIORIZADOS PELO BRASIL PARA
GARANTIR SUA SUPREMACIA NA REGIÃO
– POTÊNCIA REGIONAL
NÃO LUTAMOS CONTRA UMA EMPRESA
OU OUTRA E SIM CONTRA UM BLOCO DE
PODER
Bancos Multilaterais: Banco Mundial (BIRD), Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), Corporação Andina de Fomento (CAF);
Estado brasileiro: governos e seus órgãos públicos (IBAMA, INCRA, FUNAI e
outros), empresas estatais (FURNAS, ELETRONORTE, ELETROBRÁS...),
parlamento e Judiciário;
Bancos públicos (BNDES, Caixa, BASA e Banco do Brasil) e privados (Bradesco,
Itau, Santander e outros);
Empreiteiras: Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Associação
Brasileira de Máquinas e Equipamentos;
Fundos de pensão (Caixa, Petrobrás, Banco do Brasil, da Previdência, da Vale e
outros);
Governo estrangeiros;
Empresas transnacionais;
(Con)Federações empresariais;
Organizações da sociedade civil, partidos, sindicatos, parcela da academia e de
movimentos sociais urbanos, ONGs e outros;
Meios de comunicação.
UM BLOCO DE PODER COM CAPACIDADE
DE ATUAR EM DIFERENTES ESCALAS:
DESDE O PLANO LOCAL ATÉ O
INTERNACIONAL.
Guilherme Carvalho
FASE Amazônia
[email protected]
(91) 4005-3761
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