Fundamentos de Atividade de Água Tânia M. M. Shibata Decagon Devices LatAm. Algumas perguntas antes de iniciarmos a apresentação Alimentos, Fármacos e Cosméticos Por que… o leite em pó empedra? o pão embolora? o comprimido quebra? o cabelo enrola e arma? a maquiagem mofa? Fatores que influenciam na velocidade do equilíbrio Área superficial – tamanho das partículas Velocidade do ar Temperatura Pressão atmosférica Alimentos frescos para todos durante o ano inteiro Primavera Verão Outono Inverno Preservação do alimentos: redução ou imobilização da água salga congelamento cristalização desidratação conservantes Atividade de água ≠ Umidade Atividade de água Medida do estado da energia da água em um sistema. (Qualitativa). Uma qualidade interna que não depende da quantidade de amostra. Umidade Quantidade de água presente em uma amostra sobre base seca ou úmida. Uma propriedade extensiva que depende da quantidade de amostra. Atividade de água = Estado de energia da água Qual a diferença entre a água na esponja e a água no béquer? Entre tantas respostas uma delas é a energia da água. O estado da energia da água na esponja é menor do que o estado da energia da água no béquer. Definindo Atividade de água - aw Definições de aw Potencial químico Constante Gases Temperatura µ = µo + RT ln (f/fo) Potencial químico de uma substância pura Fugacidade Definição de atividade Lewis e Randall (1961) : conceito de atividade. A fugacidade é igual a pressão vapor (f = p) aw = f/fo = p/po Pressão de vapor da água na amostra a ºC aw = —————————————————— Pressão de vapor da água pura ºC aw = URE (%) /100 Atividade de água Água pura Experimento clássico do Dr. Ted Labuza Sistema Biscoito Cream Cracker x Queijo Experimento 1 - Biscoito é colocado em recipiente selado contendo solução saturada NaCl = 75% UR até atingir o equilíbrio Bell, L. & Labuza T. “Moisture Sorption – Practical aspects of isotherm measurement and use” 2000; 2 ed. 122p Resultado do Biscoito após atingir o equilíbrio Inicial Final Umidade 4% 20% Atividade de água 0,30 0,75 Sistema Biscoito Cream Cracker x Queijo Experimento 2 – Queijo é colocado em recipiente selado contendo solução saturada NaCl = 75% UR até atingir o equilíbrio Resultado do Queijo após atingir o equilíbrio Inicial Final Umidade 60% 30% Atividade de Água 0,90 0,75 Pergunta Experimento 3 – Biscoito e o Queijo são colocados juntos em um recipiente selado 20% Umidade 30% Umidade Para qual lado a água se move? Por que medir atividade de água? Prever o desenvolvimento microbiano Avaliar as reações químicas e vida de prateleira Estabilidade física Embalagem – proteção contra umidade ambiente. Transferência de umidade entre ingredientes Intercâmbio de umidade com o meio ambiente Predição da curva de isoterma – umidade vs aw aw e Microbiologia Fatores que influenciam o desenvolvimento de micro-organismos Atividade de água Temperatura pH Oxigênio Nutrientes Inibidores naturais/preservantes Etc. aw e micro-organismos : 55 anos !! Scott, WJ (pesquisador australiano) 1957 “Water Relations of Food Spoilage Microorganisms” Advances Food Research, 7:83-127 Proliferação microbiana Efeito de vários níveis de aw na curva de crescimento e fase estacionária de Staphylococcus aureus. Proliferação microbiana Efeito de aw na redução do crescimento da bactéria Fase estacionária Fase de proliferação exponencial Fase de latência Adaptado de Troller, J. A. (1987). Adaptation and growth of microorganisms in environments with reduced water activity. In: Water activity: Theory and applications to food Rockland, L. B. and Beuchat, L. R. eds. Marcel Dekker, Inc.New York p.101-117. Interação aw -pH aw Limite para desenvolvimento e toxicidade Micro-organismos aw mínima para Desenvolvimento Produção Toxina Clostridium botulinum (E) 0,95-0,97 0,97 Clostridium botulinum (A) 0,93-0,95 0,94-0,95 Clostridium botulinum (B) 0,94 0,93-0,94 Staphylococcus aureus 0,86 0,87-0,90 enterotoxina A 0,97 enterotoxina B Escherichia coli 0,95 Salmonella 0,93 Listeria monocytogenes 0,93 Bacillus cereus 0,93 Espécie Micotoxina aw mínima Desenvolvimento aw mínima Produção micotoxina Aspergillus flavus Aflatoxina 0,78-0,80 0,83-0,87 Aspergillus parasiticus Aflatoxina 0,82 0,87 Citrinina 0,80 - Aspergillus ochraceus Ocratoxina 0,77-0,83 0,83-0,87 Penicillium cyclopium Ocratoxina 0,81-0,85 0,87-0,90 Penicillium martensii Ácido penicílico 0,79-0,83 0,99 Penicillium cyclopium Ácido penicílico 0,82-0,87 0,97 Penicillium patulum Patulina 0,81-0,85 0,85-0,95 Penicillium expansum Patulina 0,83-0,85 0,99 Aspergillus clavatus Patulina 0,85 0,99 Tricotecina 0,90 - Penicillium citrinum Trichothecium roseum aw e Reações químicas Oxidação lipídica Degradação de nutrientes Degradação de nutrientes Labuza, T. P. 1974. Storage stability and improvement of intermediate moisture foods. NAS Contract 9125-60, Phase II, Final Report:10-81. Degradação de nutrientes Kirk, J. R. (1981). Influence of water activity on stability of vitamins in dehydrated foods. In: Water Activity: Influences on Food Quality Rockland, L. B. and Stewart, G. F. eds. Academic Press, New York p.631. Reação de escurecimento não enzimático e Reação de Maillard Atividade da enzima Atividade da enzima Hidrólise de lecitina (days) Acker, L. & Kaiser, H. (1959). Zeitschrift Fuer LebensmittelUntersuchung Und -Forschung. 110:349-356. Atividade da enzima Drapron, R. (1985) Enzyme activity a a function of water activity. In Properties of Water in Foods. Simato, D. and Multon, J.L. (ed.), Martinus Nijhoff Publishers, Dordrecht, The Netherlands. Textura do alimento em função da região de sorção na isoterma Região 1 (baixa umidade) Seco Duro Quebradiço Encolhido Região 2 (umidade intermediária) Seco Firme Flexível Região 3 (alta umidade) Úmido Macio Inchado Pegajoso Perda de crocância de salgadinhos Fluidez do pó e empedramento Para se manter as propriedades de fluidez e prevenir o empedramento de pós Estabelecer o valor de aw crítico Tratamento dos pós para valores abaixo do aw crítico. Utilizar embalagem de alta barreira a umidade Armazenar a baixas temperaturas Saches dessecantes Adição de agentes antiumectantes Algodão doce em diferentes UR Lactose amorfa Lactose a 25°C após 4 horas em diferentes UR: A: 0%UR* B: 50%UR C: 60%UR D: 90%UR Micro cápsulas de aromas 90% UR t=0h 1000mm 90% UR t=10h Agentes modificadores de aw Sais: NaCl; KCl. Açúcares: Sacarose; Glucose; Umectantes: Gliceróis; Sorbitol. Antiumectantes: Alumínio Silicato de Sódio; Carbonato de Cálcio; Carbonato de Magnésio. Plastificantes: Monoglicerídeos acetilados; Citratos de alquila (embalagens); Óleos vegetais. PRINCÍPIO DE MEDIÇÃO AQUALAB SERIES 4 Ponto de Orvalho Ponto de Orvalho O espelho se resfria até que se forme o orvalho. Célula fotoelétrica detecta o ponto exato da primeira condensação no espelho. Um termopar grava a temperatura na qual ocorreu a condensação. AquaLab então emite um sinal sonoro e apresenta os valores de atividade de água final e temperatura. Constante dielétrica Sensores dielétricos A umidade altera as propriedades elétricas de um material higroscópico em equilíbrio com o ar que está sobre a amostra. Constante dielétrica ou Capacitância Eletrodo Poroso Cabos Elétricos Polímero Higroscópico Eletrodo Poroso Cuidados com o seu instrumento Sensores sempre limpos Equilíbrio da temperatura Calibração periódica Exatidão Local sem oscilação térmica 7,5 ml de amostra representativ a Instrumentos Decagon Agradecemos a sua participação Decagon Devices LatAm R. José Alves dos Santos, 281 Sala 102 Floradas de S. José 12.230-081 S.J dos Campos – SP Fone: (12) 3307-1016 [email protected]