UM ESTUDO HISTÓRICO DO CURSO DE MATEMÁTICA DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ: OS
ENFRENTAMENTOS INICIAIS DE UMA PESQUISA
DOCUMENTAL
Autor: Antonio Peixoto de Araujo Neto
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Email: [email protected]
Autor: Lucieli M. Trivizoli
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Email: [email protected]
Resumo:
O presente trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado iniciada em março de 2014 e que se
encontra em fase inicial. Nesta pesquisa temos por objetivo investigar, historicamente, a
criação e o desenvolvimento do curso de Matemática da Universidade Estadual de Maringá. As
dificuldades de uma pesquisa documental são inúmeras. Dentre elas, destacamos a carência de
cuidado com os documentos e o fato de não termos a informação organizada dificulta o
desenvolvimento do nosso trabalho. Desta forma, iniciamos a nossa pesquisa de mestrado
organizando estes documentos e dando a eles os devidos cuidados. Este trabalho de
organização dos documentos justifica-se pelo fato de termos detectado que não há um centro
arquivístico na Instituição e que os documentos encontram-se espalhados em centros diversos,
não catalogados, dificultando o acesso para quem deles quiser fazer uso. Este projeto vinculase a um projeto de amplo espectro que vem sendo desenvolvido por pesquisadores em
Educação Matemática, mais especificamente na área de História da Matemática do Brasil. Este
trabalho de organização dos documentos contribuirá para o estudo da história da Matemática
na UEM e, por conseguinte, contribuirá para uma compreensão da história da Matemática no
Brasil, mais especificamente da história da Matemática no Paraná.
Palavras-chave: Fontes Documentais. História Institucional. História da Matemática no Brasil.
Curso de Matemática da UEM.
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Introdução
O presente trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado iniciada em março de 2014 e
que se encontra em fase inicial. Na pesquisa temos por objetivo investigar, historicamente, a
criação e o desenvolvimento do curso de Matemática da Universidade Estadual de
Maringá, organizando a narrativa por meio de documentos originais. As observações
que apresentaremos neste trabalho foram realizadas no desenvolvimento de duas
Iniciações Científicas realizadas pelo mestrando, cujo objeto de estudo foi, também, o
curso de Matemática da UEM. Tivemos inúmeras dificuldades para iniciar a pesquisa
documental. Dentre elas, destacamos a falta de cuidado com os documentos. O fato de
não termos a informação organizada, dificulta o desenvolvimento do qualquer trabalho
que pretende se atentar à análise documental. Desta forma, iniciamos a nossa pesquisa
de mestrado organizando estes documentos e dando a eles uma possível descrição. É
sobre esta experiência que apresentaremos algumas considerações neste relato.
Para iniciar e contextualizar nossos objetivos, faremos uma apresentação
concisa da criação do curso de Matemática da UEM, por meio das informações que já
encontramos nos documentos e destacando o momento histórico em que os fatos
ocorreram.
Planejada por uma empresa privada, Maringá foi criada em 1947 e rapidamente
tornou-se uma cidade polo. Devido ao vasto crescimento populacional, viu-se necessária
a implantação de maior volume de serviços básicos de uma cidade em ascensão, como a
educação superior. O fato de um município contar com uma unidade de ensino superior
significava elevar-se ao status de município desenvolvido e, este fato, atendia ao
interesse político da época. Havia um desejo por parte da população de Maringá de criar
uma escola de ensino superior, porém, não estava certo qual era o tipo de curso a ser
criado.
Atendendo a diversos interesses sociais, econômicos e políticos, no dia 31 de
agosto de 1959, foi publicada a Lei n. 4.070, que estabelece no seu artigo 1º: “Fica
criada na cidade de Maringá, uma Faculdade de Ciências Econômicas”. Devido ao
crescimento contínuo da cidade, notou-se a necessidade da criação de mais uma
instituição de ensino superior, e no dia 21 de dezembro de 1965, foi assinada a lei n.
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5.218, criando a Faculdade Estadual de Direito de Maringá (FEDM). No município
havia diversos estabelecimentos de ensino primário e secundário, porém os profissionais
que atuavam não possuíam formação adequada. Houve, assim, a necessidade de se
implantar uma instituição de ensino superior que fosse capaz de suprir essa necessidade.
No dia 24 de dezembro de 1966, foi promulgada a lei n. 5.546, criando em caráter de
Fundação Estadual, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Maringá.
(Wanderley, 2001).
O crescimento da cidade de Maringá foi grande, e como já havia três faculdades,
faltava agora a fundação da Universidade.
Com o início do governo de Paulo Pimentel, em 1966, o ensino superior no
estado do Paraná tomou novas diretrizes. Em 1968, com a promulgação da lei da
reforma universitária, o governo deste estado tomou a iniciativa de criar universidades
interioranas com a intenção de expandir o ensino superior, até então concentrado na
capital, Curitiba.
Destacamos o início da década de 1970, período denominado anos do „milagre‟,
paradoxo do grande desenvolvimento econômico e da conquista repetida da Copa
Mundial de Futebol, em 1972. Em 1968, alguns órgãos governamentais começavam a
fornecer recursos para projetos de desenvolvimento científico e tecnológico. Em 1970,
ao lado da sua face autoritária, o regime militar estava abrindo novos espaços para a
ciência, a tecnologia e a educação superior. Percebemos que o período de ascensão que
o país estava, acarretou no desenvolvimento da sua economia e, consequentemente,
avanços científicos e tecnológicos ganharam força (SCHWARTZMAN, 2001).
No dia 6 de novembro de 1969, foi sancionada a lei n. 6.034, que autorizou o
poder executivo a criar as universidades de Ponta Grossa, Londrina e Maringá.
As três universidades estaduais do Paraná foram criadas por Pimentel
como “fundações de direito público” e, depois de instaladas,
instituíram o ensino pago, até 1987, quando o Governo Álvaro Dias,
através da Lei n. 8.675, de 21 de dezembro daquele ano, decretou a
gratuidade do ensino nas universidades e faculdades estaduais do
Paraná. (SHEEN, 2001, p. 41)
Segundo Wanderley (2001), os objetivos da Universidade Estadual de Maringá
no contexto da sua criação foram demasiadamente parecidos com os objetivos da
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Universidade de São Paulo (USP), fugindo, assim, das condições pertinentes ao meio
em que estava inserida.
A Fundação do Ensino Superior de Maringá, sem objetivos de lucro,
terá por finalidade: ministrar o ensino superior em todas as suas
modalidades; desenvolver a pesquisa científica; divulgar o
conhecimento tecnológico, cultural e artístico; prestar serviços à
comunidade em que está radicada; e colaborar com entidades públicas
e particulares na solução dos problemas regionais e do país, na medida
de suas possibilidades. (WANDERLEY, 2001, p.83)
De acordo com a resolução nº 01/70, os primeiros cursos aprovados nesta
instituição foram os cursos de Matemática e Química1. Destacamos o nome de Flávio
Pasquinelli, então diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, que formulou o
pedido para criação dos mesmos.
Justificativas
Ao recorrermos aos primeiros relatos da vida humana, é evidenciada a
importância dos arquivos para conhecimento posterior. Notamos que retratar o contexto
ou situação de uma determinada época, é de extrema valia para que possamos entender
o processo de transformação e construção da sociedade em que vivemos. O trabalho de
um historiador tem relevância fundamental para este processo.
Segundo Trivizoli (2008) a pesquisa histórica pode ser justificada por fazer
entender a realidade e suas possibilidades por intermédio do passado, por meio da
própria História, por permitir a criação de um vínculo entre passado e presente,
envolvendo e entendendo as relações entre o homem e as condições do mundo à sua
volta.
Atualmente, trabalhos que tem como objeto de investigação a constituição e
caracterização da história do desenvolvimento da Matemática no Brasil têm sido feitos.
Diversos trabalhos voltados para a História Institucional foram realizados, como por
exemplo, destacamos os estudos realizados sobre os cursos de Matemática da PUC1
O parecer 227/70 do processo nº 326/70, em 13 de novembro de 1970, devolve o pedido de autorização
para funcionamento dos cursos de Matemática e Química, a fim de que seja encaminhado por quem de
direito.
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Campinas2e USP3 como, também, o mapeamento realizado dos cursos de Matemática
no estado de São Paulo na década de 19604. Além dos trabalhos citados, há outros
estudos realizados nesta vertente que não mencionamos. Neste sentido, notamos que há
uma corrente preocupada com a História Institucional e a presente proposta de pesquisa
irá contribuir para esta corrente.
Metodologia
A partir do entendimento de que a História da Matemática no Brasil está
envolvida em processos dinâmicos e não é uma área completamente delimitada como
História, pois ainda está em andamento, entendemos que a metodologia se define aos
poucos e ao longo da construção da pesquisa, já que nem todas as instituições seguem à
risca as regras básicas para preservação documental ou nem mesmo tratam de seus
acervos.
Na pesquisa de mestrado, estamos nos valendo da vertente da História da
Educação Matemática e no subtema da História Institucional, no qual estamos fazendo
uso de fontes bibliográficas. As dificuldades em proceder a uma pesquisa deste gênero
são inúmeras, pois as interpretações historiográficas se sucedem no tempo. O rigor da
pesquisa é essencial. Observamos que pesquisar em arquivos é uma maneira dos
pesquisadores buscarem referências em análise de documentos.
2
BORTOLI, Adriana de. História da criação do curso de Matemática. 96 f. Dissertação (Mestrado em
Educação Matemática) - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, Sp, 2003. Trata-se de uma pesquisa
histórica sobre o curso de Matemática da Pontifícia Universidade Católica de Campinas – SP. Para tanto,
a autora utilizou fontes documentais e orais nas suas análises.
3
SILVA, Circe Mary Silva da. A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP e a formação de
professores de Matemática. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPEd, 23. Anais... Caxambu: ANPEd,
2000. Trata-se de um estudo histórico do curso de Matemática da Universidade de São Paulo por meio de
um retrato da evolução da Matemática no Brasil.
4
MARTINS-SALANDIM, M. E. A interiorização dos cursos de Matemática no Estado de São Paulo:
um exame da década de 1960. 387. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de
Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012. Trata-se de um
mapeamento dos cursos de Matemática do estado de São Paulo por meio de fontes orais.
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Em relação à consulta e coleta de material, atentemo-nos a algumas
recomendações:
A consulta aos acervos documentais é sempre uma ideia bastante
atraente aos que se iniciam na aventura da pesquisa histórica. A
surpresa de solicitar uma caixa e depois descobrir que o conteúdo não
condiz com a identificação do rótulo e do instrumento de pesquisa não
costuma ser incomum. A paciência é a arma básica do pesquisador em
arquivos. (BACELLAR, 2010, p. 52 e 53)
De acordo com Schumacher e Zotti (2006), a preservação das fontes históricas
é de extremo interesse da sociedade, uma vez que constrói meios de democratizar o
acesso a estas, permitindo a sistematização do conhecimento histórico. Os documentos
ajudam a reestruturar a história ao longo do tempo. Em relação aos cuidados com os
documentos e à atenção aos centros arquivísticos, destacamos:
Frente a essa realidade, faz-se necessário a criação de políticas
públicas no intuito de organizar os arquivos escolares, preservando os
documentos no seu local de origem, bem como buscar meios para
disponibilizar um banco de dados com as informações essenciais do
mesmo. (SCHUMACHER E ZOTTI, 2006, p. 254)
As precauções em pesquisar arquivos históricos devem ser atentadas, pois de
acordo com Bacellar (2010), o manuseio dos papéis de arquivo requer boa dose de
cuidado. São frágeis. Devemos ter conhecimento das regras básicas da preservação de
documentos, a saber: acondicionamento, armazenamento, conservação e restauração.
No aspecto da leitura destes documentos, em muitas ocasiões podemos encontrar
dificuldades na interpretação, grafia e estado de conservação. Assim, a leitura deve ser
minuciosa e precisa.
O início das tarefas
Os primeiros contatos da pesquisa foram feitos com pessoas ligadas ao
Departamento de Matemática, Centro de Ciências Exatas, Biblioteca Central, Divisão
de Apoio aos Colegiados, Protocolo Geral, Apoio ao Colegiado Superior,
Reconhecimento de Cursos de Graduação, dos quais obtivemos valiosas informações.
Um dos impasses encontrados foi o fato de não haver um centro arquivístico
específico com todas as documentações dos cursos da UEM. Este fato não é isolado na
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nossa Instituição. O Poder Público, em um contexto mais amplo, pouco faz para manter
a organização dos documentos, conforme cita Bacellar (2010):
Os arquivos públicos tiveram, ao longo do século XX, grandes
dificuldades em manter a continuidade do processo de recolhimento
documental. Falta, a bem da verdade, vontade política para se
resolver a questão. Os arquivos enfrentam, de forma geral, os sérios
problemas comuns aos serviços públicos: falta de pessoal, de
instalações adequadas e de recursos. Aventurar-se pelos arquivos,
portanto, é sempre um desafio de trabalhar em instalações precárias,
com documentos mal acondicionados e preservados, e mal
organizados. (BACELLAR, 2010, p. 48 e 49)
Conseguimos junto ao Apoio ao Colegiado Superior, a Resolução e a Ata que
aprovou o curso de Matemática. Até o presente momento, não encontramos nos locais
visitados na Universidade o pedido solicitando a criação do curso, mencionado
anteriormente. De acordo com a Ata da reunião do dia 26 de novembro de 1970, o
pedido feito estava formulado com documentos que comprovavam a existência de
laboratórios, das disciplinas curriculares, da relação da biblioteca e do corpo docente
com títulos que permitiram a sua aceitação. Encontrá-lo será imprescindível para o êxito
do trabalho posterior.
Com os documentos que adquirimos nos locais anteriormente citados, iniciamos
o trabalho de organização. Para tanto, estamos dispondo os documentos em ordem
cronológica e agrupamos os que dizem respeito ao um assunto em comum. Estamos
realizando, também, o fichamento dos arquivos. Cada ficha é dividida em três tópicos:
assunto, documentos e adquiridos com. Para alocá-los, utilizamos pastas organizadoras.
Apresentamos abaixo a imagem de uma ficha de um documento catalogado.
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Figura 1 – documento catalogado
Fonte: Acervo pessoal
Atualmente, estamos organizando os documentos alocados no Departamento de
Matemática. Encontramos diversos documentos armazenados em um armário na „sala
das máquinas‟ – antigo almoxarifado do DMA – e outros alocados em caixas nesta
mesma sala. O desafio de lidar com esses documentos é grande. Encontramos
documentos organizados em pastas e outros dispersos, soltos. A primeira decisão foi
organizar o material encontrado de acordo com os anos em que foram registrados.
Assim, o trabalho é intenso, pois, para mantermos a ordenação cronológica dos
documentos, precisamos ler cada um para ver qual o seu ano de origem, o que em certos
documentos é um obstáculo, pois alguns não apresentam datas, por estarem dispersos,
outros as datas estão apagadas devido ao tempo.
Em uma primeira análise dos documentos encontrados, vemos que tratam de
assuntos variados, como por exemplo, atas de reuniões, programa de disciplinas,
eventos realizados, notas de alunos, vestibular etc. Uma etapa posterior, será a
organização do material de acordo com determinados assuntos.
Abaixo, seguem imagens da organização dos documentos na sala.
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Figura 2 – organização dos arquivos
Fonte: Acervo pessoal
Figura 4 – organização dos arquivos
Fonte: Acervo pessoal
Figura 6 – organização dos arquivos
Fonte: Acervo pessoal
Figura 3 – organização dos arquivos
Fonte: Acervo pessoal
Figura 5 – organização dos arquivos
Fonte: Acervo pessoal
Figura 7 – organização dos arquivos
Fonte: Acervo pessoal
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Figura 7 – organização dos arquivos
Fonte: Acervo pessoal
Durante as atividades na nossa pesquisa, percebemos que é de grande
importância o registro de dados para análise posterior, e, principalmente, a maneira
como eles serão arquivados. Atentemo-nos na crítica ferrenha que Bacellar (2010) faz
em relação aos cuidados que o Poder Público têm tido para arquivar os documentos,
sendo estes essenciais para a descrição posterior da história política e social do nosso
país. Mostra-nos ainda os enfrentamentos difíceis que os pesquisadores encontram para
acessar o material arquivado. Esclarece que a busca por documentos não é uma tarefa
fácil. Diversos obstáculos são encontrados, dentre eles os burocráticos e a falta de
informação organizada, mas, que, ainda assim resulta em efeitos positivos. Neste
sentido, o fragmento do título do nosso trabalho: “uma proposta de re-união dos
documentos” embute as dificuldades que nós, pesquisadores iniciantes, temos tido e
pela relevância de ter-se a história organizada e exposta, para acima de tudo, não perderse no tempo.
A narrativa da história da Matemática na UEM é uma possibilidade de
contribuição para uma melhor compreensão da história da Matemática no Brasil. Essa
narrativa pode contribuir, ainda, para uma futura análise histórica comparativa dos
diferentes padrões de institucionalização das atividades matemáticas em diversos
períodos históricos e diversas regiões no Brasil.
Referências Bibliográficas
BACELLAR, Carlos. Uso e mau uso dos arquivos. In: PINSKY, Carla
Bassanezi. Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2010.
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SCHUMACHER, Maria da Graça Sais Borges; ZOTTI, Solange Aparecida.
Levantamento e catalogação de fontes primárias e secundárias da história da
educação no município de concórdia. 2006. Disponível em:
<http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/27/art20_27.pdf>. Acesso em: 14
abr. 2014.
SCHWARTZMAN, Simon. Um espaço para a Ciência: a formação da comunidade
científica no Brasil: Introdução: Um espaço para a Ciência. Cidade: Editora, 2001.
SHEEN, Maria Rosemary Coimbra. Estado e educação no Brasil: análise histórica do
contexto de criação das universidades estaduais do Paraná na década de 60.
In:__________. Recortes da história de uma universidade pública: o caso da
Universidade Estadual de Maringá. Maringá: Eduem, 2001.
SILVA, Circe Mary Silva da. A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP e a
formação de professores de Matemática. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPEd, 23.
Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
TRIVIZOLI, Lucieli M.. Sociedade de Matemática de São Paulo: Um estudo
histórico-institucional. 2008. 200 f. Dissertação de Mestrado (Mestre em Educação
Matemática) - Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática, UNESP, Rio
Claro, 2007.
WANDERLEY, Terezinha Dantas. Um estudo sobre objetivos na Universidade
Estadual de Maringá. In: SHEEN, Maria Rosemary Coimbra. Recortes da história de
uma universidade pública: o caso da Universidade Estadual de Maringá. Maringá:
Eduem, 2001.
Referências Documentais
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Londrina, Maringá de Ponta Grossa e a Federação das Escolas Superiores de Curitiba.
Atos Constitutivos da Universidade, Curitiba
BRASIL. Decreto nº 18.109, de 28 de janeiro de 1970. Cria sob forma de Fundação a
Universidade Estadual de Maringá e dá outras providências, Curitiba
BRASIL. Decreto nº 77.583, de 11 de maio de 1976. Concede reconhecimento à
Universidade Estadual de Maringá, como sede na cidade de Maringá, estado do Paraná,
Brasília
BRASIL. Resolução nº 01/70, de 26 de novembro de 1970, Maringá
BRASIL. 5ª Ata da reunião referente à Resolução do Conselho Universitário nº 01/70,
de 26 de novembro de 1970, Maringá
BRASIL. Resolução nº 64/79-CEP, de 18 de maio de 1979. Aprova novo currículo para
o curso de Matemática. Processo nº 0562/79, p. 19-24
BRASIL. Parecer 227/70, de 13 de novembro de 1970. Processo nº 326/70, fls. 1-5
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BRASIL. Decreto nº 18.613, de 24 de março de 1970. Atos do Poder Executivo.
Artigos 18 e 19, p. 5
BRASIL. Resolução nº 02/72, de 15 de março de 1972. Conselho Universitário.
Protocolo 21.3.72, nº 000020, Maringá
BRASIL. Portaria 08/72, de 16 de março de 1972. Protocolo 21.3.72, nº 000021,
Maringá
BRASIL. Portaria 12/72, de 04 de maio de 1972. Nº 001710, Maringá
BRASIL. Portaria 13/72, de 04 de maio de 1972. Protocolo 001714, Maringá
BRASIL. Ofício nº 005/82-MAT., de 21 de setembro de 1982. Processo nº 0562/79, fl.
38
BRASIL. Parecer nº 006/82-MAT., de 21 de setembro de 1982. Processo nº 0562/79,
fls. 39-42
BRASIL. Comunicação Interna, de 30 de agosto de 1982. Processo nº 0562/79, fl. 43
BRASIL. Comunicação Interna, de 07 de janeiro de 1982. Processo nº 0562/79, fl. 44
BRASIL. Ofício nº 01/82, de 14 de julho de 1982. Processo nº 0562/79, fl. 45
BRASIL. Relatório Final da comissão instituída pela Resolução nº 004/82-DME.
Processo nº 0562/79, fls. 46-52
BRASIL. Anexo 1: Correspondências enviadas. Processo nº 0562/79, fls. 53-66
BRASIL. Anexo 2: Correspondências recebidas. Processo nº 0562/79, fls. 67-80
BRASIL. Anexo 3. Processo nº 0562/79, fls. 81-109
BRASIL. Comunicação Interna, de 02 de setembro de 1982. Processo nº 0562/79, fls.
110-111
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