VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal 30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013 Florianópolis - Santa Catarina - Brasil PARTO DOMICILIAR PLANEJADO NO BRASIL Nayara Pascoal dos Santos Tiago 1 Carolina Chapina Fernandes Chiarini 2 Sônia Regina Godinho de Lara 3 Mônica Bimbatti Nogueira Cesar 4 Introdução: Desde o início dos tempos, as mulheres davam à luz em suas residências, e o parto era considerado um evento fisiológico e social. No início do século XX, o parto foi institucionalizado e com isso as intervenções e cesarianas ficaram cada vez mais frequentes. Em resposta à excessiva medicalização do parto, desde os anos 80, mulheres e instituições vêm lutando pela humanização do parto e nascimento, para isso, as enfermeiras obstetras surgem no cenário do parto em nosso país. Mesmo em grandes metrópoles, mulheres optam por terem seus filhos em casa, acompanhadas de seus familiares e equipe especializada, para poderem exercer sua autonomia, e proporcionar um parto mais humanizado a elas e seus filhos. Objetivo Conhecer a realidade dos partos domiciliares planejados no Brasil e identificar os fatores que levam as mulheres a optar por esse modelo de assistência. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática, onde 19 artigos preenchiam os critérios de inclusão, os mesmos foram analisados e interpretados para compor esta pesquisa Resultados: Foram incluídos neste estudo 19 artigos, dos quais 8 foram utilizados para compor os resultados, por responderem ao objetivo proposto. Observou-se que a opção do parto domiciliar acontece na maioria das vezes pela busca ao resgate da humanização e do protagonismo feminino, pela presença livre de acompanhantes, por experiências familiares e pessoais e pelo fortalecimento do vínculo mãe- bebê. No Brasil, as taxas de cesariana após tentativa de partos domiciliares variaram de 5,7% a 9%, índices estes, abaixo do estabelecido pelo Ministério da Saúde (15%). As transferências para hospitais após tentativa de partos domiciliares variaram de 5,7 % á 11%. A maioria das mulheres (63,6%) optou por posições verticais para dar a luz e 57,5 % não tiveram traumas perineais ou tiveram traumas leves. Os índices de apgar maior que 7 no 5º minuto de vida variaram de 81,8% à 100%. Os bons resultados maternos e neonatais demonstrados nas pesquisas reforçam a segurança do parto domiciliar planejado. Conclusão: Os dados encontrados demonstram que quando a mulher está segura, cercada por quem desejar e pode exercer sua autonomia no parto, os resultados dos mesmos são muito bons e confirmam a segurança do parto domiciliar planejado. Cabe ressaltar que o parto domiciliar só deve acontecer em gestações de baixo risco, devendo esta avaliação ser realizada durante todo o pré- natal e trabalho de parto pelo profissional de saúde.Porém, ainda há uma escassez de estudos sobre o tema, devendo o mesmo ser estudado, para subsidiar futuras publicações no país. Descritores: parto domiciliar, parto em casa, enfermeira obstetra. ¹. Discente da Pós–Graduação Enfermagem obstétrica e ginecológica da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein- São Paulo, Brasil.Email:[email protected] 2 . Discente da Pós–Graduação Enfermagem obstétrica e ginecológica da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein- São Paulo, Brasil.Email:[email protected] 3 . Docente Mestre, Enfermeira Obstetra, Coordenadora da Pós Graduação em Enfermagem Obstétrica e Ginecológica da Faculdade do Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo, Brasil. Email: [email protected] 4 . Docente Mestre; Enfermeira Obstetra, Orientadora da Pós Graduação em Enfermagem Obstétrica e Ginecológica da Faculdade do Hospital Israelita Albert Einstein- São Paulo, Brasil.Email:[email protected]