JORNAL DA CIDADE
Fechamento
desta edição
12h00
www.jornaldacidade.net
“sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero”. beaumarchais
domingo
tb
A perda de água de 52% é o maior
desafio enfrentado pela Deso. Veja na
entrevista com o presidente Sérgio Ferrari.
Página 3

Mercado
Sergipe R$ 1,50 - Outros Estados R$ 2,00

Aracaju-SE, 9 e 10 de fevereiro de 2014 - Ano XLII - Nº 12.480
fórum empresarial defende a carnalita
unicred quer superar resultado de 2013
Pág. 1
Insônia tem tratamento
Hoje nas colunas
A TAM vai
exibir nos
voos um
vídeo sobre
os encantos
de Sergipe.
Em destaque,
a bela Júlia
Sobral
Vilanova de
Carvalho.
Pág. 6
Eugênio Nascimento
Nesta fase de ‘Tensão Pré-Eleitoral’ (TPE), partidos
que estão se sentindo fora da chapa majoritária se
mobilizam para conseguir uma das vagas e propagam
força e tradição política. A5
Ivan Valença
O prefeito Ezequiel Leite sabe que o subsolo brasileiro, pela
Constituição, pertence à União e não ao município. Sabe
também que a decisão de localizar a usina é técnica e econômica.
O resto é proselitismo político que só faz prejudicar o Estado. A5
Briga pela carnalita deve
parar na mesa de Dilma
Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, José Sobral, o governador vai pedir audiência à presidente.
Entrevista
“
Capela não perde nada, quem perde é o governo
”
A3
Ezequiel Leite
A3
Jadilson Simões
Bugio
Preso jovem de 18 anos
acusado de liderar quadrilha
que aterroriza o município
de Pedrinhas.
“
Índice UV
13
muito Alto
B9
Instável - Nebulosidade variável com chuva a qualquer hora do dia.
Probabilidade de chuva - 70%
Umidade relativa 90 % - Mín. 24º - Máx. 31º
Jadilson Simões
Sergipe entra no clima da
Copa. O Hotel Radisson,
na Orla da Atalaia, já tem
68 quartos reservados pela
Fifa para abrigar a seleção
grega de futebol. B2 e C4
MARÉS
alta:
12h30: 1.7
bAIXA:
06h24: 0.8
18h54: 0.7
Edição de hoje 60 páginas
COMERCIAL: 3226.4820 FAX: 3215.5009
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
FALE COM O JC: 3226.4800
Coronel Iunes B1
Amadense encara o Tricolor
Serrano para garantir título.
Fonte: INPE
CLIMATEMPO
12480
Bancos e empresas de ônibus
descumprem normas de segurança.
Esportes
previsão do tempo
ISSN 1981-8971
9 771981 897101
Entrevista
Turismo
municípios
“
Um bairro com jeito de interior
São 17.773 habitantes que, apesar da insegurança apontada por alguns moradores, gostam de sentar
nas praças e à frente das residências para jogar dominó ou conversar. É no Assis Chateaubriand, nome
de registro da localidade, que está o santuário de Nossa Senhora Aparecida. B6
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oPINIÃO a
Jornal da Cidade
Superintendente
Evando Ferreira
Diretor Comercial
Diretora de Redação
andréa moura (INTERINA)
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Pereira de Souza LTDA
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arnildo ricardo
Aracaju  domingo 9 e segunda 10.2.2014
Periscópio
[email protected]
Da Editoria Política
Posse
Os advogados Benedito Figueiredo e Francisco Dantas e o economista Valter Lima
Pereira serão nomeados e imediatamente empossados na tarde desta segunda-feira
nas Secretarias de Governo, Agricultura e Justiça, respectivamente. O ato será
presidido pelo governador Jackson Barreto (PMDB).
Insegurança
Os estudantes que frequentam cursos
noturnos da UFS em Laranjeiras andam
nervosos com a ação dos marginais, que
roubam celulares, notebooks, relógios e
até tênis no meio da rua. Mas também
lhes causa irritação a falta de ônus para
o retorno para suas casas, na maioria
dos casos, em Aracaju. O reitor e o vice-reitor da Universidade, respectivamente
Angelo Antoniolli e André Maurício,
já buscaram soluções junto aos órgãos
competentes e nada tem sido resolvido.
São muitos os atos de violência contra a
comunidade universitária.
O
Carnalita
Esperteza demais atrapalha. Veja
o caso da exploração da carnalita. Os
governistas garantem que o senador Eduardo Amorim e o deputado federal André
Moura atuaram no sentido de levar a
usina de beneficiamento para Japaratuba,
onde Lara Moura, mulher de André, era
prefeita. Isso atingiria Sukita, que era
prefeito de Capela e opositor dos Amorim
e Moura. Lara não elegeu o sucessor. Aí,
agora, eles querem a usina em Capela,
onde Sukita também não fez o sucessor e
o amorinista Ezequiel se elegeu. E agora
está aí instalada a confusão.
Aparências
governador Jackson Barreto
(PMDB) elogia o senador
Antônio Carlos Valadares
(PSB), que sempre retribui. Mas há
um abalo grave no relacionamento.
O PSB deseja indicar o vicegovernador na chapa encabeçada por
Jackson, que anda conversando com
o DEM e deseja abrir o espaço para
o deputado federal Mendonça Prado.
Há também problemas com o PT, que
deseja indicar o candidato a senador
e agora apareceram mais políticos
desejando a vaga. Esta é a fase das
pressões para ocupação de espaços
políticos para a eleições.
Sem problema
O prefeito de Japaratuba, Hélio
Sobral, acompanha toda essa crise da
exploração da carnalita com certa tranquilidade. É claro que ele gostaria de
ter todos os impostos para o seu povo.
Mas, mostra-se solidário aos capelenses
quando se dispõe a dividir os recursos
de forma a Capela e Japaratuba ficarem
bem e em paz.
Destino dos mensaleiros
A
s voltas que o mundo dá... Não
muito tempo atrás, o Brasil deu
asilo a um declarado terrorista
italiano, Cesare Battisti, que,
embora acusado de integrar
agremiação terrorista, de ter
cometido pelo menos quatro crimes de
morte e de ser condenado pela Justiça
do seu país, conseguiu garantir-se da
não extradição.
Contrariando boa parte da sociedade brasileira, o presidente Lula, então,
abraçou a causa de Battisti e até hoje
ele vive no País livre, leve e solto. A Itália não se conformou com esse destino
final dado a Battisti. Pois agora o Brasil
poderá ter o troco devido...
Esta semana foi preso em Maranello, a 320 km de Roma, na Itália, e
está detido na prisão de Modena, um
foragido da Justiça brasileira, o Sr.
Henrique Pizzolato, condenado a 12
anos e sete meses pelo STF (Supremo
Tribunal Federal) – mais uma multa de
R$ 1 milhão e 300 mil - no processo do
mensalão.
Foi detido por policiais italianos
portando documentação falsa. O passaporte que usava é de seu irmão, Celso
Pizzolato, falecido há 35 anos, em acidente de trânsito. Henrique Pizzolato
estava quase irreconhecível porque retirara o bigode que lhe dava a aparência
conhecida de todos os brasileiros.
Pizzolato, quando da fuga, há quase três meses, disse que esperava ter na
Itália o “julgamento limpo” que o Brasil
lhe negara. Mas, na Itália não se apresentou à Justiça, preferindo integrar-se
a uma reclusão própria sob a proteção
de parentes longínquos.
O Brasil vai atrás agora da extradição do ex-diretor do Banco do Brasil
para que ele cumpra, aqui, a pena a que
foi condenado. A pergunta que fica no
ar é: concederá a Itália a extradição a
ser pedida? O caso Battisti influenciará
 Pizzolato preso na
Itália. João Paulo
Cunha, na Papuda.
e Pepe Vargas
desafiando a Justiça
na decisão de agora? Como Pizzolato
tem dupla cidadania, é bem possível
que a Justiça italiana não conceda o
aval para que ele saia da Itália direto
para uma cadeia brasileira.
O cerco a Pizzolato teve a participação efetiva da Polícia Federal que conseguiu rastrear os momentos da fuga
dele do Brasil até chegar finalmente a
Itália, passando antes pela Argentina.
Agora só resta desejar a Pizzolato: seja
bem-vindo a sua nova casa, a prisão da
Papuda em Brasília.
Enquanto isso, o deputado federal
João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, teve cumprido seu
mandado de prisão de ordem do STF.
Ele já está detido na Papuda, onde vai
cumprir pena de nove anos e quatro meses, por peculato, lavagem de dinheiro
e corrupção passiva. Como tem recurso
pendente em relação à pena de lavagem
(três anos)ele cumprirá inicialmente a
pena de seis anos e quatro meses no
semiaberto.
Na sexta-feira, Joao Paulo Cunha
não manteve a sua própria palavra e
renunciou ao mandato de deputado
federal. Não causou mais constrangimento à Casa que já está às voltas
com um parlamentar, Natan Donaldon,
cumprindo pena em regime fechado.
Por fim, destaque-se o tom desafiador do deputado federal Pepe Vargas,
no início desta semana. Ao lado do
presidente do STF, Joaquim Barbosa,
em solenidade no Congresso Nacional,
ele fez gestos para a plateia com o braço
erguido e os punhos cerrados, a lembrar
dos gestos de José Dirceu e José Genoino ao chegarem à prisão da Papuda.
Foi um gesto de puro desafio ao
STF, ali representado pelo seu presidente. Os petistas não se cansam de
vociferar contra o STF. O gesto de Pepe
Vargas, porém, foi antes de tudo má
educação – política, inclusive.
Capela
Na próxima quarta-feira, dia
12/02/2014, o governador Jackson Barreto
irá inaugurar uma fábrica cerâmica no município de Capela-SE, de propriedade do presidente da Associação das Empresas do Setor
Cerâmico Senhor Abílio, o empreendimento vai empregar mais de 100 pessoas. A
escolha do município foi do empresário por
questões técnicas da teoria de localização.
Dores
Na sequência a comitiva irá visitar a Usina Campo Lindo, que fica no limite de
Nossa Senhora das Dores e Capela, mas está localizada em Nossa Senhora das
Dores, por escolha do empresário e com critérios técnicos. Lá serão discutidos,
com os novos empreendedores que adquiriram o empreendimento, outros
projetos que eles pretendem desenvolver no Estado de Sergipe, inclusive em
outros municípios sergipanos, projetos do setor rural (criação de cogumelos,
avicultura, etc.) e o plano de expansão e utilização da agroindústria.
É bom rezar
Como não há outra alternativa, é bom que todos rezem para que as chuvas
atinjam o Rio São Francisco e seus afluentes e não venham a surgir problemas
no abastecimento de água. O Sistema Poxim ainda tem água suficiente. Mas
no Rio São Francisco houve uma queda significativa nos lagos das usinas e
um maior represamento foi inevitável. Isso pode complicar a captação para o
abastecimento de Sergipe.
Ditadura
O Grupo de Pesquisa Poder, Cultura e Relações Sociais em História (PROHIS)
da Universidade Federal de Sergipe (UFS) promove no período de 22 a 24 de
abril o seminário “1964, Golpe e Ditadura: 50 anos de lutas por democracia”.
O evento acontecerá no auditório da Adufs.
Disputa 1
O vereador Adriano Taxista (PSDB) é pré-candidato a deputado estadual nas
eleições deste ano. Segundo o secretário-geral do partido e vice-prefeito de
Aracaju, José Carlos Machado, Adriano tem feito um trabalho diferenciado na
Câmara Municipal de Aracaju e tem contribuído muito com a sigla. O PSDB
sergipano, segundo Machado, tem quadros importantes e com densidade.
Disputa 2
Quem também deve tentar um novo
mandato parlamentar é o ex-governador Albano Franco (PSDB). Aliás, a
executiva nacional tem cobrado que
os diretórios estaduais montem chapas
competitivas, com candidatos com destacado potencial eleitoral. Albano, no
entanto, como sempre só deve anunciar
no último momento.
Inflacionada
A campanha de
deputado estadual e
federal este ano está
muito mais inflacionada.
Alguns figurões estão
pagando caro por apoios
de líderes políticos e
prefeitos, principalmente
do interior do Estado.
Com isso, conquistar
um mandato com voto
livre está cada vez mais
difícil. O problema
vai ser reaver o
investimento feito numa
campanha dessas.
comissões
Disputa 3
Quem também anuncia o desejo
de disputar uma das 24 cadeiras da
Assembleia Legislativa é o empresário Waldemar Silva Carvalho Neto,
filho do ex-deputado estadual Walker
Carvalho. Filiado ao Democratas,
segundo Walker, o rapaz está pronto
para o desafio de participar da disputa política este ano.
Sondando
Ex-primeira-dama de Sergipe, Eliane Aquino tem
consultado alguns parlamentares sobre a possibilidade
de apoio a uma possível candidatura sua ao Senado
Federal. Entre os que ela sondou está um deputado
federal e um estadual. Eliane espera resolver o imbróglio sobre a sua filiação para anunciar o seu projeto. Se
decidir ser candidata, tem espaço garantido na chapa
encabeçada pelo governador Jackson Barreto.
Vergonha
A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) considera
que o país precisa avançar muito para melhorar a sua posição no ranking de serviços essenciais, como educação.
Ela citou como exemplo para a sua preocupação os números de um levantamento mostrando que o país ocupa
a oitava posição no ranking de analfabetos adultos.
No próximo dia 19, representantes de comissões do Senado Federal se reúnem em
Aracaju para discutir com representantes da empresa Vale sobre o projeto Carnalita.
Os senadores querem conhecer detalhes do projeto, investimentos e benefícios para
Sergipe, especialmente para os municípios de Capela e Japaratuba.
ROLF KUNTZ
O Estado de S.Paulo
Em 2014, muito risco e
pouca escolha para Dilma
Inflação oficial em queda foi a novidade boa, mas nem tanto, da primeira
semana de fevereiro, marcada por mais
um apagão, pelo miserável balanço da
produção industrial em 2013 e pela
notícia de um déficit comercial recorde
em janeiro. A boa nova foi divulgada
na sexta-feira. Ficou em 0,55%, no mês
passado, a alta do IPCA, o Índice de
Preços ao Consumidor Amplo, referência para a política de metas de inflação.
Em dezembro o aumento havia chegado a 0,92% e a alta acumulada no ano,
a 5,91%. Para janeiro as consultorias
e instituições do mercado financeiro
haviam projetado uma variação de
0,76%. O resultado efetivo foi bem
melhor e o resultado de 12 meses caiu
para 5,59%, ainda muito longe da
meta, 4,5%, mas bem menos feio que o
alcançado em dezembro.
Mas o governo deveria ser moderado na comemoração. Ainda há um
longo caminho até se alcançar uma
taxa mensal compatível com a meta de
inflação anual. Nem para 2015 os técnicos do Banco Central (BC) projetam
esse resultado. Além disso, o contágio
inflacionário foi maior em janeiro que
no mês anterior. O índice de difusão
passou de 69,3% em dezembro para
72,1% no mês passado, segundo cálculo da Votorantim Corretora, divulgado
logo depois de conhecidos os dados
gerais do IPCA. Em resumo, quase três
quartos dos itens cobertos pela pesquisa ficaram mais caros. Obviamente,
os aumentos e repasses ocorrem com
muita facilidade e isso torna mais complicado o combate à inflação.
A presidente Dilma Rousseff inicia
seu quarto ano de governo com uma
assustadora coleção de desafios - indústria emperrada, baixo nível de investimento público e privado, contas
externas em deterioração, contas públicas novamente em perigo e intensa
vigilância das agências de classificação
de risco. A agenda é extensa e complicada e, para evitar um desastre maior,
o governo terá de levar em conta, em
todas as suas decisões, a persistente
alta de preços.
Precisará resolver, em primeiro
lugar, se o Executivo participará do
combate à inflação ou se apenas
continuará tentando maquiar os indicadores e deixando o trabalho sério
para o BC. Não pode haver dúvida,
neste momento, quanto a um novo
aumento de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária
(Copom), prevista para os dias 25 e
26. Mas a presidente e sua equipe
cometerão dois erros se escolherem o
caminho mais cômodo e mais compatível, à primeira vista, com as conveniências eleitorais.
Para continuar maquiando os indicadores de inflação o governo terá
de aumentar o subsídio ao consumo
de eletricidade e a ajuda às empresas
do setor. O custo fiscal dessa política
poderá subir de R$ 9,7 bilhões em
2013 para algo entre R$ 16 bilhões
e R$ 18 bilhões neste ano. As contas
públicas serão prejudicadas, o espaço
de manobra orçamentária será menor,
as pressões inflacionárias persistirão
e os consumidores de energia elétrica
receberão um sinal errado.
Nenhum investidor ou financiador
estrangeiro será enganado pela repetição de manobras desse tipo. A confiança na política econômica, já reduzida,
continuará diminuindo. Se a piora da
imagem externa comprometer o ingresso de capitais, uma das saídas será
ajustar a política de juros para atenuar
também esse problema.
No ano passado o investimento
estrangeiro direto, US$ 64,04 bilhões,
foi insuficiente para cobrir o déficit
externo em transações correntes, US$
81,37 bilhões. Para este ano o BC projeta um déficit de US$ 78 bilhões e investimento direto de US$ 63 bilhões. O
superávit comercial, US$ 2,56 bilhões
nos cálculos oficiais de 2013, deve
subir para US$ 10 bilhões, segundo a
mesma projeção.
Um superávit comercial de US$
10 bilhões já ficará muito abaixo das
necessidades brasileiras, por causa do
enorme déficit nas contas de serviços
e de rendas, mas até esse resultado
medíocre parece duvidoso, neste
momento. O déficit comercial de janeiro, US$ 4,06 bilhões, foi recorde,
mas muito parecido com o de um ano
antes, US$ 4,04 bilhões. Os saldos
mensais poderão ser menos ruins
no resto do ano, mas nada permite
prever resultado final muito melhor
que o de 2013. O pequeno superávit
oficial do ano passado foi garantido
pelo agronegócio (saldo de US$ 82,91
bilhões) e pelas exportações fictícias
de plataformas de petróleo, no valor
de US$ 7,74 bilhões. Nada justifica,
neste momento, uma aposta num desempenho muito melhor da indústria
no comércio exterior.
Partidos que acatarem
diretrizes do PSB serão
bem-vindos, diz Campos
Política
Jornal da Cidade
Secom/Gov/PE
ELEIÇÕES/alianças
Política/Nacional A4
Aracaju
 domingo
ENTREVISTA Zezinho Sobral
ENTREVISTA Ezequiel Leite
“JB vai expor dificuldades
para Projeto Carnalita
a presidente Dilma”
O governador Jackson
Barreto (PMDB) vai solicitar
audiência com a presidente
Dilma Rousseff para tratar
de uma agenda de interesse
de Sergipe e nesse encontro
lhe comunicará como
está o encaminhamento
das discussões sobre a
implantação do Projeto
Carnalita nos municípios
de Capela e Japaratuba. A
informação é do secretário
de Estado da Casa Civil,
José Macedo Sobral.
Segundo ele, Jackson está
praticamente encerrando a
reforma de sua equipe e a
partir de agora vai cobrar
trabalho de todos cada vez
mais. Zezinho Sobral, como
é mais conhecido, afirma
que o governo está dando
atenção especial à saúde e
fala ainda sobre a adoção
de reajuste salarial dos
servidores.
A seguir, os principais trechos da entrevista:
Eugênio Nascimento
Da equipe JC
w JORNAL DA CIDADE - Com as nomeações
e posses desta segunda-feira, termina a
reforma que o governador Jackson Barreto
prometeu fazer no Governo? O que mudou?
Atende às reais necessidades de operacionalização da máquina?
ZEZINHO SOBRAL - Acredito que está praticamente no fim a reforma proposta, falta somente algumas questões relativas ao PCdoB,
poderá haver ajustes administrativos menores e preenchimento de alguns espaços vagos
e ou acumulados, porém sem repercussão na
linha mestra o governo.
w JC - O que esperar da equipe que está
posta? Há condições plenas de trabalho? Há
recursos para a viabilização dos projetos?
Quais são as prioridades?
ZS - A equipe deve dar cabimento às propostas de celeridade do Governador que trabalha 16h por dia, Jackson tem um ritmo muito
forte, é detalhista e vai a fundo nas questões.
O Governo tem prioridade de colocar em
andamento todas e obras do proinveste
e dos demais programas de investimento
como PAC, Sergipe Cidades, Sergipe infraestrutura e outros, além disso os programas de
educação e reestruturação da saúde e apoio
a agricultura familiar, atração de novos investimentos e outros. Uma agenda extensa e
muito positiva pra Sergipe. JB está com foco
na administração. Os recursos existentes garantem as ações e a liberação de mais é uma
luta diária em BSB.
w JC - Sergipe disporá dos recursos previstos
no Orçamento de 2014? Qual o valor? Haverá contingenciamento? De quanto? Por quê?
ZS - O orçamento de Sergipe para 2014 é de
R$ 8 bilhões, incluídos convênios e contratos. Cinco por cento do custeio dos órgãos
estão contingenciados, com exceção da Educação Saúde e Segurança.
w JC - As pastas mais criticadas do governo
são as da Saúde e da Segurança? O que
fazer para superar os problemas e melhorar
as imagens?
ZS - Criatividade, trabalho e financiamento
são as ordens do dia para as pastas. Primeiro
mostrar as conquistas, na saúde uma central
de medicamentos de primeiro mundo foi
implantada a 15 dias com controle e estoque para 60 dias, inauguramos 75 leitos de
UTI no Huse, onde no início do governo
eram apenas 19, ordem para construção do
hospital do câncer e outras ações que não
param, respondendo a críticas com trabalho.
Na segurança temos o melhor índice nacional de elucidação de crimes, ou seja, não se
admite impunidade, além disso, o concurso
da PM está em andamento, um plano de
Sergipe mais seguro sendo elaborado e
criando mecanismos de controle e eficiência,
equipamentos e muitos investimentos na
área, mais uma vez responder as críticas com
resultados, trabalho e investimentos.
w JC - O que o governo fará para viabilizar o
Projeto Carnalita?
ZS - O carnalita está repetindo a história
do Proinveste. Existe um grupo político que
[email protected]
Editoria de política
9 e segunda 10.2.2014
Arquivo JC
“Capela não perde nada,
quem perde é o governo”
O prefeito de Capela, Ezequiel
Leite, não tem pressa em assinar
a autorização para que a Vale explore o seu subsolo e dele extraia a
carnalita, produto que, submetido
ao processamento em usina, gerará o potássio usado na produção
de adubos. Ele alega desconhecer
os dados técnicos do projeto e
ainda que se não assinar, Capela
nada perde, pois a riqueza mineral
ficará no mesmo local, intocável.
Em entrevista ao JORNAL DA CIDADE, Leite diz
ainda que Capela tem sido injustiçada, pois tem
80% da carnalita e ficará sem a industrialização.
Ele deseja ir à direção da Vale, junto ao governador
Eugênio Nascimento
Da equipe JC
w JORNAL DA CIDADE – A decisão
de não assinar a autorização para a
exploração da carnalita é definitiva?
EZEQUIEL LEITE – Não, mas precisamos de dados técnicos consistentes para que o projeto seja melhor avaliado. O que não podemos
é prejudicar o povo capelense.
w JC - Capela perde o quê?
EL - Se não assinarmos nesse momento, Capela não perde porque
o nosso minério está lá, onde sempre esteve. Quem perde é o governo em postergar essa implantação.
tenta impedir a implantação do projeto com
argumentos e campanhas inverídicas. A decisão do local foi tomada em 2009 sobre o
local por 18 doutores e 6 técnicos no assunto
com base num estudo contratado pela vale.
O governo já apresentou solução técnica e
jurídica para o ICMS que garante a proporcionalidade para Capela e Japaratuba (« A
Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de
Deus). Argumentar que 10 metros resolveria
o problema num projeto que tem 46 km de
tubos é hilário e absurdo. A história cobrará
um preço alto a estes que iludem, mentem
e negam a juventude de Capela o direito de
serem algo mais que cortadores de cana. são
4 mil empregos diretos.
w JC - O que o governo vai pedir ajuda ao
Palácio do Planalto? Quando?
ZS - O governador Jackson Barreto (PMDB)
vai pedir audiência à presidente Dilma Rousseff para tratar de alguns pontos agendáveis
de interesse de Sergipe e lhe comunicar
como está o encaminhamento das discussões
sobre a implantação do projeto carnalita
nos municípios de Capela e Japaratuba. O
governo já está convencido de que o prefeito Ezequiel Leite (Capela) não autorizou a
exploração do subsolo por recomendação de
políticos de seu grupo. Isso está visível.
w JC - Há algum componente político nessa
rejeição ao projeto carnalita?
ZS – Acho que sim. O grupo que nos faz
oposição aposta no quanto pior melhor. Eles
rejeitam quatro mil empregos e R$ 4 bilhões
em investimentos, tão somente para prejudicar Sergipe, não permitir que o governador
Jackson Barreto tenha em sua gestão uma
obra de grande porte. Estão querendo prejudicar o povo de Sergipe, estão virando as
costas para o povo de Capela e Japaratuba.
w JC - Houve algum componente político
na escolha de Japaratuba? Quem indicou?
Quem escolheu?
ZS – A escolha foi meramente técnica, embora se fale muito que teria havido ingerência
do grupo político que comandava Japaratuba e seus aliados. A Vale é uma empresa
de grande porte, com atuação reconhecida
mundialmente e que jamais se deixaria ser
influenciada pelo governo na definição de
locais para suas instalações. Em momento
algum, o ex-governador Marcelo Déda (PT)
ou o governador Jackson Barreto fizeram pedidos nesse sentido. Agora, todos sabemos, o
grupo dos Amorim pediu para que o empreendimento para a exploração da carnalita
se estabelecesse em Japaratuba, quando a
mulher do deputado federal André Moura,
Lara, era prefeita. Agora o grupo renega
Japaratuba e quer Capela, porque o prefeito
é ligado a eles. Mas a Vale é uma empresa
privada e define seus investimentos, prioridades e localizações.
w JC - Os servidores públicos estaduais terão
reajuste salarial neste ano de 2014? Quando
isso será definido? Quais as dificuldades
existentes?
ZS – O governo tem desejo de dar aumento
e está trabalhando neste sentido e se houver
espaço fiscal e legal o fará não tenha dúvida,
porém estamos condicionados ao dispositivo
legal da LRF.
w JC - Japaratuba ganha o quê?
EL - Japaratuba é o município que
mais recebe royalties no Estado
de Sergipe. Já é muito rico. Não
perde nada!
w JC - Capela é injustiçada em
que e por quê?
EL - Capela é injustiçada sim. Temos 80% da carnalita e querem
colocar a fábrica a 10 metros de
distância do limite entre os dois
municípios. Com essa medida, praticamente, todos os impostos vão
Arquivo JC
Jackson Barreto, pedir para que a
empresa defina sua base de processamento em Capela. A disputa
pelos impostos que a carnalita vai
gerar é intensa desde o meio do ano
passado. Japaratuba foi escolhida
para base da usina e Capela não
aceita isso por ter a maior reserva do
mineral. Japaratuba está disposta
a negociar uma melhor divisão dos
impostos e o Governo do Estado
e o ministro das Minas e Energio,
Edison Lobão, entraram nas conversações. Mas as
negociações não avançam de forma a atender o que
quer o prefeito Ezequiel Leite.
A seguir, os principais trechos da entrevista:
para o local da instalação da usina
e nós que temos a riqueza mineral
ficamos com as compensações.
projeto e, que pela dimensão da
área a ser explorada, pode muito
bem ser deslocado.
w JC - O governo diz que a posição
do senhor é política e segue orientação do seu grupo.
EL - A questão é meramente técnica.
Não há explicação lógica da Vale e
nem do Governo do Estado para que
a indústria não se instale em Capela.
w JC - Qual seria a proposta
ideal para viabilizar o Projeto
Carnalita?
EL - Que o Governo, junto a esta
Prefeitura, fosse solicitar a presidência da Vale a implantação da
usina no local onde tem a maior
quantidade de minério. Também
que (a Vale e o Governo do Estado) nos apresentassem de forma
consistente os motivos que os
levam a não querer executar o
projeto no nosso município.
w JC - Não é ruim para o seu
município, seu povo, a rejeição
dos quatro mil empregos e R$ 4
bilhões em investimentos?
EL - Essa rejeição, como você coloca, será temporária. A Vale tem
muita vontade de implementar
esse projeto. Para a empresa tanto
faz pagar o imposto em Capela
ou em Japaratuba. Porém, já que
temos 80% do minério é mais que
justo que a decisão seja pelo nosso
município.
w JC - O que Capela e o senhor
querem?
EL - Queremos o deslocamento
da usina, uma vez que não existe
terreno comprado e nenhum pilar
erguido. O que existe é apenas um
w JC - E se a Vale resolver iniciar a
exploração sem sua autorização, seguindo apenas as leis federais que
permitem isso. O que o senhor faria?
EL - Segundo o presidente da Vale,
Dr. Murilo Ferreira, ele só implantará com minha autorização, para
evitar problemas jurídicos. Essa
situação ocorreu na Argentina,
onde a empresa teve um prejuízo
de R$ 1 bilhão. Ele informou que
a empresa não está disposta a
enfrentar liminares que possam
atrasar a implantação da usina.
A-4
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
DORA kRAMER
da Agência Estado
Tranco no barranco
S
ão Paulo, (AE) - O problema do PMDB com o governo
já não é o ministério A, B ou C. A revolta da bancada da
Câmara, que culminou com a decisão na semana passada
de não indicar nomes para substituir os dois deputados que
sairão das pastas do Turismo e da Agricultura para disputar
eleições, tem a ver com a percepção de que o partido se
tornou um estorvo a ser removido.
Não uma eliminação abrupta e radical. Afinal, tem ainda
serventia: votos no Congresso e, em decorrência de uma
representação parlamentar robusta, cobiçados minutos no
horário eleitoral de televisão.
O movimento do governo seria o da desidratação
lenta e gradual, com reflexos a cada nova eleição de
modo a que o PMDB vá paulatinamente perdendo seu
poder de fogo na cena nacional, até que não tenha mais a
importância de hoje.
“Há uma tentativa deliberada de reduzir a bancada na
Câmara”, diz o líder do partido, deputado Eduardo Cunha.
Ele não atribui a ação exclusivamente à presidente Dilma
Rousseff; considera o conjunto da obra: o projeto do PT de
assumir a hegemonia política no País de modo a esticar ao
máximo seu período de permanência no poder.
Por esse raciocínio, o PMDB seria a próxima vítima do
processo de estrangulamento que enfraqueceu os partidos
de oposição e quase fez desaparecer legendas outrora
poderosas como o DEM.
A cada dia é mais firme essa convicção entre os
peemedebistas, principalmente os deputados, os alvos
preferenciais. Explicando melhor: a força do PMDB
tem origem na eleição do maior número possível de
deputados federais.
Por lei, a bancada na Câmara serve de parâmetro para
estabelecer a divisão do tempo no horário eleitoral e a
distribuição do dinheiro do Fundo Partidário. Duas moedas
muito fortes no jogo do poder.
Com recursos e tempo, o PMDB se torna um aliado
cobiçado para qualquer governo dos quais recebe a
contrapartida em ocupação de espaços na máquina
administrativa. Espaços estes de fundamental importância para
eleger deputados, senadores, prefeitos e governadores.
Uma vez obstruídos esses caminhos, o partido tem
reduzido seu fornecimento de oxigênio. Tende a eleger
menos deputados o que, no ano seguinte, vai se refletir
em parcela mais reduzida do fundo partidário e na eleição
subsequente, em menor tempo de televisão.
Ao longo de duas, três eleições, um partido cai da
classificação de legenda grande para agremiação de médio
porte. Fica em segundo plano, não se credencia a postos
de comando no Congresso e, quando dá por si, está em
irremediável trajetória descendente
Esse é o resumo da ópera da revolta do PMDB com o PT,
o governo e a presidente Dilma.
O partido não irá ao ataque. Não tem condições
objetivas para romper. Mas, na trincheira da defesa, pode
perfilar durante a campanha um desconfortável exército de
dissidentes nos palanques estaduais.
Atrás da orelha. Permeia o ambiente no PMDB
a desconfiança de que não está de todo afastada a
possibilidade de o ex-presidente Lula da Silva vir a se
candidatar a presidente, se o acúmulo de más notícias que
rondam o governo não for só uma fase ruim.
Há também a suspeita de que Lula incentivou a filiação
do empresário Josué Gomes da Silva - filho do falecido vicepresidente José de Alencar - como reserva técnica para a
composição de uma chapa.
No caso, para deixar Michel Temer de fora. Se for isso
mesmo, os pemedebistas já avisam que não há a menor
hipótese e lembraram que Lula tentou o mesmo, sem
sucesso, com Henrique Meirelles, hoje no PSD. No PMDB,
reiteram os caciques, são precisos anos de serviços prestados
para conseguir acesso à área VIP.
Adicional. Como se não fossem suficientes os problemas
entre os dois partidos, a relação do PMDB com o PT do Rio de
Janeiro está, na definição de um dirigente local, “cada vez pior”.
Política/Nacional
Jornal da Cidade
PSB não vetará alianças
Partidos que acatarem diretrizes serão bem-vindos, diz Eduardo Campos
R
ECIFE, (O Estado de S. Paulo) - Provável candidato à
Presidência da República,
o governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), afirmou
na setxa-feira, que não fará veto
a alianças por ideologia. Ele afirmou, após encontro com a neoaliada Marina Silva em Recife, que
poderá se aliar a qualquer partido
que concorde com o programa da
dobradinha PSB-Rede. “Aqueles
que quiserem se somar a essas
diretrizes, a esse conteúdo, serão
bem-vindos”, disse.
A prévia do plano de governo foi lançada nesta semana em
Brasília. O documento traz orientações genéricas sobre grandes
temas do País e procura abarcar
o discurso de sustentabilidade da
ex-ministra do Meio Ambiente.
Na parte política, porém, a parceria PSB-Rede vive um momento
de tensão. Os aliados de Marina
resistem à aproximação do partido
do governador pernambucano em
dois Estados: São Paulo, onde o PSB
é muito próximo do governador
Geraldo Alckmin (PSDB), e Minas
Gerais, terra do também presidenciável Aécio Neves (PSDB) e onde
os correligionários de Campos costumam se aliar aos tucanos.
Campos falou à imprensa na
porta de sua casa, no bairro de
Dois Irmãos, ao lado de Marina,
que fez uma visita à primeira-dama do Estado, Renata, e à família
depois da chegada do quinto filho
do governador, Miguel.
Marina afirmou que “nenhuma aliança está consolidada”. “Os
contatos que estão sendo feitos
são os que vinham sendo feitos
pelo PSB e o esforço que estamos
fazendo é que este programa
tenha uma base de sustentação
coerente com este programa”, observou. “Este é o esforço do governador, é o esforço da Rede e, como
disse o governador, não vamos
fazer nada que se sobreponha a
este conteúdo, a este processo de
inovação na política brasileira”.
A Rede de Marina teve o re-
gistro rejeitado no ano passado
porque não conseguiu o número de
assinaturas necessárias para a sua
criação. Para poder disputar a eleição, Marina e seu grupo se filiaram
ao PSB de Campos.
Velha política
I
ndagado se a abertura para
alianças partidárias não é característica da “velha política”, indo
de encontro à “nova política” que
prega, Campos afirmou que hoje
os partidos se unem “em torno dos
seus interesses, só para ter as coisas”, enquanto suas alianças serão
feitas “em torno de uma pauta do
povo”. “A nova política estamos
fazendo”, disse o presidenciável.
“Fizemos a primeira união
de partidos políticos em torno de
um programa e apresentamos as
diretrizes deste programa para
a sociedade”, afirmou. “Fizemos
um governo de mudança, reconhecido por 86% da população
porque fizemos aliança em torno
de programa de mudança efeti-
va, de respeito à cidadania, com
participação da população nas
decisões no controle social, que
aposta na transparência”, afirmou
o governador pernambucano.
Ainda segundo Campos, seu
candidato a vice será anunciado
“quando chegar a hora, no tempo
certo”. “Sabemos, eu e Marina,
dos passos seguintes às diretrizes
programáticas que foram lançadas há poucos dias”, afirmou. A
ex-ministra do Meio Ambiente é
cotada para assumir o posto. “Os
Estados já começam a discutir as
diretrizes do programa para preparar um debate consistente em
cada um deles e nós vamos dar
o passo seguinte de forma combinada, no tempo certo”, disse o
governador. No dia 22 de fevereiro haverá o primeiro encontro
regional, no Rio Grande do Sul.
Marina fez palestra sobre desenvolvimento sustentável à noite
num seminário da Igreja Anglicana, no município metropolitano
de Jaboatão dos Guararapes.
Esportes
FUTEBOL/LUTO
Maicon morre de acidente de carro
DONETSK, Ucrânia, (Por GloboEsporte.com) - O futebol está
de luto. Morreu neste sábado o
brasileiro Maicon Oliveira, do
Shakhtar Donetsk, vítima de um
acidente de carro na cidade ucraniana. O atacante tinha 25 anos e
atuava no país desde 2009 - atualmente estava emprestado ao
Illichivets Mariupol. No Brasil, ele
passou pela base de Fluminense
(2005-2006) e Flamengo (20072008) até se profissionalizar pelo
Atlético Mogi.
Maicon viveu sua melhor fase
na temporada 2011/2012, quando
marcou 16 gols pelo Volyn no Campeonato Ucraniano e mais dez na
Copa da Ucrânia. Ele se sagrou campeão do principal torneio do país no
ano seguinte, em 2012/2013, quando já vestia a camisa do Shakhtar.
Alguns torcedores confundiram a vítima com outro joga-
Reprodução/Site Oficial
Maicon Oliveira passou pelo Fla-Flu e atualmente jogava na Ucrânia
dor do mesmo nome: Maicon
Marques Bittencourt, apelidado de Maicon Bolt após suas
atuações pelo Fluminense, em
2009, quando fez dupla de ataque com Fred. Atualmente ele
Ilimar Franco
panorama político (com cristiane jungblut) - agência o globo
Caça aos sonegadores
A
defende o Lokomotiv Moscou,
da Rússia.
Comunicado
O
site oficial do Shakhtar se
manifestou em um comuni-
cado. Confira abaixo, na íntegra:
“O FC Shakhtar Donetsk informa com pesar que a vida do
futebolista Maicon Pereira de
Oliveira foi tragicamente ceifada
no dia 8 de fevereiro de 2014. Ele
morreu em um acidente de carro
em Donetsk.
Maicon era um jogador talentoso, uma pessoa aberta e amigável que amava a vida e sabia
como trazer para ela positivismo
e alegria. Esta morte trágica, prematura e sem sentido arrancou
de nosso convívio uma pessoa
maravilhosa. Maicon tinha apenas 25 anos.
Esta é uma perda terrível e
pesada para cada um de nós. O
FC Shakhtar Donetsk manifesta
as suas mais sinceras e sentidas
condolências à família e amigos
de Maicon. Que seja para sempre
lembrado com carinho...”
“
“É um casamento maluco. O fracasso de um
pode ser o fracasso do outro” - Roberto Amaral ,Vicepresidente do PSB, sobre o pacto de convivência entre os candidatos
à Presidência Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB)
Receita Federal criou uma força-tarefa para investigar as
empresas Google e Facebook. A devassa é feita por ordem
da presidente Dilma. Essas empresas estão no topo da lista dos
maiores sonegadores de impostos do país. O Google é o segundo
faturamento em publicidade no Brasil. Essas firmas vendem aqui
e recebem em paraísos fiscais. E lucram ao atuar fora da lei que
rege os concorrentes.
Ailton de Freitas/11.10.2011
O exemplo que vem da Europa
A presidente Dilma tratou do assunto com os ministros Guido
Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Comunicações). A dura
atuação dos países europeus contra essas corporações, sobretudo
na França e na Alemanha, chamou a atenção da presidente.
Informes produzidos pela área econômica estimam que a Google
recebeu mais de R$ 3 bilhões em publicidade, no Brasil, em
2013. A maior parte dos serviços prestados por essas empresas é
paga com cartões internacionais e não aparecem no balanço das
subsidiárias brasileiras. A única receita é o IOF dos clientes. Dilma
quer também a adoção de legislação que as obrigue a pagar
direitos autorais.
Na barganha
No PSB não há nenhum dúvida que Marina Silva (Rede) será
a vice de Eduardo Campos. Avaliam que ela só não anuncia
agora, porque se reduziria o seu poder de pressão em torno de
candidaturas próprias aos governos de São Paulo, Rio e Minas.
Dando um gelo
Os dirigentes do PMDB que se reúnem com o presidente do
PT, Rui Falcão, para tratar de palanques estaduais não querem
mais conversa. Dizem que, depois de cada encontro, os petistas
arranjam confusão em algum lugar.
Plataforma eleitoral
A oposição acusa o governo Dilma de descontrole fiscal e
teme pelos desdobramentos da crise mundial. Mas, de olho
no empresariado, a visão da presidente Dilma se volta para o
outro lado. Até junho, o governo lançará, com toda pompa, a
terceira etapa do PAC e o Minha Casa Minha Vida III, cuja meta é
contratar três milhões de casas.
Alô?
Presidente?
O deputado Renan Filho (PMDB-AL) foi surpreendido por
ligação do Planalto. “Renan? Vou passar a presidenta,
ela está retornando sua ligação”. O deputado não sabia
o que fazer. “Alô? Oi Renan, como vai?” “Presidente, acho
que a senhora está falando com o Renan errado, aqui é o
deputado”. Dilma riu, se desculpou, e ligou para Renan
Calheiros.
Pós-graduação
O deputado Ronaldo Caiado (DEM) esteve em Miami durante o
recesso, onde conversou com a comunidade cubana sobre formas
e instrumentos para estimular os médicos que estão no Brasil a
pedir refúgio para não retornarem ao seu país.
Sabe com quem está falando?
Em viagem aos EUA, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir
Bendine, enfrentou uma saia-justa. O hotel fez débitos
irregulares, e o BB bloqueou o cartão. O gerente suspeitou de
golpe, mas recuou quando soube com quem falava.
O presidente do SDD, Paulo Pereira da Silva, vai à
Europa em abril para encontro com o ex-premiê da Polônia, o
sindicalista Lech Walesa.
Especial
Jornal da Cidade
Eugênio Nascimento
[email protected]
TPE deixa os partidos
extasiados por cargos
majoritários em SE
N
esta fase de Tensão Pré-Eleitoral (TPE), quando os
prováveis candidatos começam a demonstrar as suas
pretensões eleitorais, é comum eles propagarem que seus
partidos são fortes, tem nomes capazes de captar milhares
de votos, unem todos os membros do grupo, podem ser um
bom elo para a captação de recursos, têm tradição política
e o reconhecimento popular. E, por isso, precisam compor a
chapa majoritária ou o apoio de todos os membros do grupo
para se eleger e, talvez, junto com ele, um grande bom amigo.
É isso o que está acontecendo em Sergipe agora. Os partidos
que estão se sentindo fora da chapa majoritária se mobilizam
para conseguir uma das vagas. No bloco governista, Jackson
Barreto (PMDB) é candidato à reeleição e, portanto, uma
vaga já está preenchida. Restam a definição do vice, que o
PSB quer indicar (poderia ser o deputado federal Valadares
Filho ou o atual secretário de Educação, Belivaldo Chagas), do
senador, que o PT (conta com os nomes do deputado federal
Rogério Carvalho e da ex-primeira-dama Eliane Aquino) e o
PCdoB (apresentou o nome do ex-prefeito Edvaldo Nogueira)
desejam para si, e dos suplentes, figuras aparentemente
sem importância, mas que são os substitutos dos titulares
do cargo no Senado e que podem assumir o cargo em casos
de cassação, morte ou doença do titular. Ainda sobre a fase
da TPE, observa-se que as agremiações oposionistas exibem
escancaradamente os defeitos dos governistas, dizem ser
a salvação e tentam cooptar quadros do poder para seus
grupos, coisa que os que se encontram no poder fazem
também e com maior facilidade. O poder encanta e atrai.
Disputa por cargos majoritários
é grande e abala os governistas
O governador Jackson Barreto (PMDB) elogia o senador,
que sempre retribui. Mas há um abalo no relacionamento. O
PSB deseja indicar o vice-governador na chapa encabeçada por
Jackson, que anda conversando com o DEM e deseja abrir o
espaço para o deputado federal Mendonça Prado. Há também
problemas com o PT, que deseja indicar o candidato a senador e
agora apareceram mais políticos desejando a vaga. Esta é a fase
das pressões para ocupação de espaços políticos para as eleições.
Valadares quer indicar o vice, o PT quer indicar o senador e outras
forças também estão de olho nos mesmos cargos, inclusive o
DEM, que poderá indicar o deputado federal Mendonça Prado
para vice-governador de JB. Os dois querem andar juntos, avaliam
que somam, isso quer dizer, atraem mais votos.
Quem são os mais cotados para a
as 8 vagas da Câmara Federal por SE
Um levantamento feito em bate-papo com experientes
políticos – dois deles são, inclusive, pré-candidatos -, mostra os
nomes mais cotados na disputa das oito cadeiras junto à Câmara
Federal. Os nomes por todos citados foram: Valadares Filho
(PSB); Rogério Carvalho (PT); Fábio Reis (PMDB); Mendonça
Prado (DEM); Iran Barbosa (PT); José Carlos Machado (PSDB);
André Moura (PSC); Laércio Oliveira (SOL); Antônio Neto (PP);
Fábio Mitidieri (PSD); Ivan Leite (PRB); Adelson Barreto (PTB);
Márcio Macedo (PT); Pastor Jony (PRB); e Bosco Costa (PROS).
Há uma avaliação dando conta de que dois ou três dos atuais
parlamentares não se reelegerão. É bom que fique claro que não
se trata de pesquisa ou enquete, mas sim – e apenas – de uma
avaliação aleatória, mas que me parece bastante realista.
Aracaju - Câmara homenageia
atingidos pela ditadura militar
A Câmara Municipal de Aracaju, numa forma de reparar um
equívoco praticado pelo Parlamento na década de 60, vai fazer
a entrega póstuma de títulos de cidadania ao ex-presidente João
Goulart e ao ex-deputado federal, Leonel Brizola. O anúncio foi
feito pelo presidente da Casa, vereador Vinicius Porto, que revelou
que pretende devolver simbolicamente o mandato de vereador
de Manuel Vicente do Nascimento, eleito pelo povo, e que foi
cassado através de Resolução. “A verdade deve sempre ser
reparada. Em nome da Câmara de Vereadores peço desculpas
pela injustiça praticada contra esses ilustres brasileiros cuja
história, por eles construída, hoje se coloca acima dos partidos
políticos”. É o que afirma Vinícius Porto que ainda vai definir
uma data para a realização da sessão solene.
Revogação – Conforme informações divulgadas pela própria
Casa, em maio de 1964, a Câmara de Vereadores de Aracaju
revogou, por meio de Resoluções, o Decreto Legislativo n° 2, de
19 de outubro de 1961, que concedeu o Título de Cidadão de
Aracaju a Leonel Brizola, “em vista haver o ex-deputado federal
concorrido para a comunização do Brasil” e também “tendo em
vista a recente cassação dos seus direitos políticos e a perda de seu
mandato, decretadas pelos órgãos competentes”, aqui, no caso, a
Ditadura Militar que acabara de se instalar no poder. No mesmo
mês e ano, mais um ato equivocado é adotado pela Câmara de
Vereadores, supõe-se, sob pressão ou por conta do medo que
assolava o país. Na época, foi aprovada Resolução nº 11, de 26
de maio de 1964, revogando o Decreto-Legislativo n° 5, de 24 de
outubro de 1960, que concedeu o Título de Cidadão de Aracaju
ao ex-presidente da República, João Belchior Goulart, “tendo em
vista a recente cassação dos seus direitos políticos e a perda de
seu mandato, decretadas pelos órgãos competentes”. A mesma
ditadura a que nos referimos anteriormente. Já em abril de 1964,
também por meio de Resolução, os vereadores declararam a
perda do mandato do vereador Manuel Vicente do Nascimento,
eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro. Manuel Vicente era de
fato um quadro comunista e passou um bom tempo.
Equipe de JB é cheia de advogados
Se insistir na tese de colocar, ainda que inconscientemente,
muitos advogados em sua equipe, o governador Jackson
Barreto (PMDB) vai terminar transformando essa sua gestão
numa nova OAB. Ele próprio é advogado, Zezinho Sobral
(Casa Civil), Francisco Dantas (Agricultura), Benedito
Figueiredo (Governo), Márcio Leite Resende (PGE), Eduardo
Oliva (Direitos Humanos), Belivaldo Chagas (Educação), Lauro
Seixas (Sergipe Previdência) e ainda há quem diga que há
vários outros ocupando cargos no segundo e terceiro escalões,
além dos quadros efetivos da Defensoria. Agora, uma correção,
quem vai assumir a Secretaria de Estado da Justiça é Valter
Lima Pereira, um economista da Receita Federal, que estava na
Secretaria de Planejamento de Sergipe (Seplag), indicado para
o cargo pelo PSD, e não o advogado Wellington Mangueira,
como se propagou muito na sexta-feira.
Carnalita em audiência - No próximo dia 19,
representantes de comissões do Senado Federal se reúnem
em Aracaju para discutir com representantes da empresa Vale
sobre o Projeto Carnalita. Os senadores querem conhecer
detalhes do projeto, investimentos e benefícios para Sergipe,
especialmente para os municípios de Capela e Japaratuba.
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
A-5
colunão Ivan Valença
E-mail: [email protected]
Demora caracteriza
exploração dos minérios
Tem sido demorada, e às vezes penosa, a exploração dos
minérios sergipanos. No momento, depois de mais de
uma década de exaustivos estudos econômicos, ensaios
tecnológicos, gestões políticas e, portanto, tempo e vultosos
recursos despendidos, a população sergipana assiste
estupefata o “quero porque quero” do prefeito Ezequiel
Leite, de Capela, que a usina de beneficiamento do cloreto
de potássio seja localizada nesse município.
É bom recordar a firme e decisiva luta de dois governos para que
a Companhia Vale do Rio Doce resolvesse explorar os depósitos de
carnalita de Sergipe, porque, ressalte-se, a Vale tem outras opções de
extração de potássio com viabilidade econômica em outros Estados.
Atento a este fato e informado de que as reservas de silvinita (minério
do qual atualmente se extrai o potássio) estavam prestes a se esgotar
e na perspectiva de acelerar as decisões sobre o aproveitamento da
carnalita, o então governador Albano Franco, sem perda de tempo,
em agosto de 2002, promoveu importante reunião na sede da Vale, no
Rio, com as presenças do ministro Ronaldo Sardenberg, da Ciência e
Tecnologia, do embaixador Jório Dauster, presidente
da mineradora e de mais
Chamamento
“Todos unidos pela viabilização do Projeto Carnalita!”. É com esse chamamento
que o Fórum Empresarial divulgou nota, na
sexta-feira, em apoio ao Projeto Carnalita:
“(...) Temos absoluta convicção que o Projeto Carnalita trará grande impacto positivo
para a economia sergipana, gerando desenvolvimento, renda e empregos, além de
perpetuar o diferencial competitivo do Polo
de Fertilizantes de Sergipe. Não bastassem
todas essas razões, o Projeto Carnalita vem
ao encontro do interesse estratégico do
Brasil, reduzindo sua dependência externa
nesse importantíssimo insumo para a agricultura nacional”. Na nota, o Fórum pede
ainda que seja garantida à Vale o direito de
instalar o seu empreendimento, de caráter
totalmente privado, na localidade onde os
estudos indicaram como mais viável, inclusive já tendo sido aprovados pelos órgãos
competentes”. Pelo menos 30 órgãos estão
representados no Fórum, entre estes, o
Sebrae, a Federação das Indústrias, a Ases
(Associação Sergipana de Supermercados),
a Fecomércio, o Setransp, o Sinduscon
(Indústrias de Construção Civil) e o CRA
(Conselho Regional de Administração).
***
Já o residente da Acese (Associação
Comercial e Empresarial de Sergipe), Sr.
Alexandre Porto, lamentou que “ainda
não tenham chegado a nenhum entendimento com o prefeito Ezequiel e deste
com a Vale. O projeto é grandioso e
beneficia Capela, Japaratuba e Sergipe”.
E completa: “Parabenizo o governo e a
oposição pela postura e espero que ainda
haja solução para que o Estado de Sergipe
não perca esse grandioso investimento”.
Negociações
As negociações para que o governador Jackson Barreto obtenha o apoio do
prefeito João Alves Filho nas eleições de
outubro próximo estão bem avançadas.
Estas negociações são a prova de que
João Alves não é candidato, vai continuar
à frente da Prefeitura. Dizem que neste
acordo de Jackson com João Alves passa
pelo financiamento, pelo Estado, de várias obras em Aracaju. O Estado recebe
o projeto e, na medida de uma por vez,
concretiza-o. Uma vez pronta, a obra volta aos domínios da Prefeitura.
Unimed x Hospitais
Está tudo parado, tudo como era antes.
Na semana passada a gente expôs para
todos os sergipanos a crise entre os dois
maiores hospitais e a Unimed. Houve uma
tentativa de querer desmentir o escriba, mas
o Ministério Público Estadual pôs os pingos
nos ‘is’. Existem dois procedimentos dos
hospitais contra a Unimed. Numa delas, os
hospitais comunicam ao Ministério Público
que dentro de 60 dias, eles estarão pedindo
o descredenciamento. Naturalmente, a opinião pública espantou-se com a perspectiva
de ficar sem atendimento nos Hospitais São
Lucas e Primavera. Entre segunda e terça-feira houve uma reunião atrás da outra para
encontrar saída para o impasse. Depois,
parou tudo. Não se falou mais nada. Um
médico comentou que “não há preocupação
da Unimed em resolver o problema”. E foi
claro: “Nada saiu do lugar. Estão querendo
brincar de fazer saúde complementar”.
Numa roda de médicos, que conversavam
sobre a crise da Unimed com os hospitais,
um profissional dizia que “a Unimed precisa
descer do pedestal e calçar as sandálias da
humildade, para resolver o problema”. Tá
difícil, né?
A Copa e os gregos
Mais um legado de grande significado
para Sergipe foi deixado pelo saudoso governador Marcelo Déda. Desde meados do
seu primeiro mandato, Déda vislumbrou
a oportunidade de Sergipe receber uma
das seleções da Copa do Mundo de 2014
e orientou sua equipe, designando o então
presidente da Emsetur e atual secretário adjunto de Turismo, José Roberto Lima, para
diretores, oportunidade em que se firmou um acordo cm que a
Vale providenciaria os estudos de viabilidade econômica e da
tecnologia adequada, nos quais investiu US$ 80 milhões.
Acordo cumprido, precisava, então, a Vale dar cessão das
áreas para o início dos trabalhos, cujos direitos de lavra,
pertencentes à Petrobras, levaram um enorme tempo para
serem concedidas pela petroleira. Convém relembrar que
este imbróglio só foi resolvido depois que o governador Marcelo Déda levou o caso à presidente Dilma que determinou
à Petrobras a cessão das áreas. Resolvido o impasse, no dia
23 de abril de 2012, os atos foram assinados entre a Vale e a
Petrobras na presença da presidente Dilma que veio a Sergipe para esta solenidade.
O prefeito Ezequiel Leite certamente está informado de que o
subsolo brasileiro, pela Constituição, pertence à União e não ao
município e que a decisão de localizar a usina é eminentemente
técnica e econômica e não política. O resto é proselitismo político que só faz prejudicar o Estado. Oxalá a diretoria da Vale,
que é uma empresa privada, não perca a paciência e vá explorar
potássio em outras plagas. E ficamos a ver navios!
Enquanto isso, no território
livre da Internet
lução do Banco Central. Para o sr. Edson
Moreira, um dos diretores do Sindicato
dos Bancários de Sergipe, “na hipótese de
um saldo de R$ 5, o banco retirar R$ 4 de
tarifa é algo absurdo. Até se for cobrado
R$ 1,50 (30%) é exorbitante”. O que se
constata no Brasil é o beneficiamento de
instituições bancárias que lucram bilhões
com as tarifas e, ainda assim, lucram em
cima do pouco dinheiro que o brasileiro
deixa numa poupança.
Gastos na Saúde
cuidar da candidatura junto ao Comitê Organizador
da Copa 2014. A primeira tentativa teria como local
para o Centro de Treinamento de Seleções (CTS) o
Hotel Dioro, que depois veio a desistir. Mas a persistência de Zé Roberto, seguindo as orientações de
Déda, fez com que Sergipe fosse um dos 32 locais
escolhidos, dentre 400 inscritos, para ter um CTS.
Um dado importante: o CTS será o próprio Batistão, que já iria passar por uma reforma, ou seja,
praticamente não há custo adicional exclusivo para
atender à Copa. As vantagens de sediar um CTS são
muitas, como o natural aumento do fluxo turístico
internacional e a exposição na mídia (são esperados
150 jornalistas somente para cobrir a seleção grega,
que ficará instalada em nosso Estado). Por sua vez,
o governador Jackson Barreto vem dando a necessária importância à iniciativa e já assumiu o compromisso de entregar o Batistão reformado no prazo
determinado pela Fifa. Resta o desafio posto ao setor
do turismo do Estado, que precisa se preparar para
receber bem os ilustres visitantes.
Sem praia
O jornal “Folha de São Paulo”, em seu caderno
de turismo, edição da última quarta-feira, publicou
uma importante matéria sobre o turismo no Nordeste, tendo, inclusive, selecionado 16 praias da
região como as mais atrativas do ponto de vista de
turismo. Praias de todos os Estados foram ressaltadas com comentários e vistosas fotografias. Menos
Sergipe. Será verdade que não temos bonitas e turísticas praias ou elas não estão sendo divulgadas?
O vice
Fernando Henrique Cardoso tem toda a razão em
mostrar as fraquezas políticas de Joaquim Barbosa,
a quem até mesmo comparou a Collor. O que torna
curioso que ele aponte, como destinos políticos possíveis do magistrado, o Senado ou... a vice-presidência
da República. Não são as mesmas coisas. Um senador
não pode fazer grande mal. Mas um vice-presidente é
um possível quase-presidente. Dos quatro presidentes
eleitos na democracia de 1946 e dos cinco após a
ditadura militar, três cederam lugar ao vice – Getúlio
(Café Filho), Tancredo (Sarney) e Collor (Itamar).
Três em nove! É muita coisa. O vice geralmente soma
votos ou, sobretudo, financiamento e apoios. Por definição, é diferente e eventualmente até contrastante
ou oposto ao titular do cargo. Precisamos de cuidado
na sua escolha. Como os partidos escolherão os vices
em troca de dinheiro e de minutos de TV, cabe a nós,
eleitores, protestar e tornar difícil a escolha de vices
ruins (Abrahão Crispim Filho – abrahaojornalista.
blogspot.com.br).
Duas de Estância
1 – O DNIT retirou o acostamento que existia
nas proximidades dos Bairros Bomfim, Camaçari
e Piauitinga. Os moradores, para ir ao centro da
cidade, têm que cruzar a rodovia federal. Ocorrem, então, muitos acidentes. Esta semana, a
jovem Fabiana Sacramento, que estava na carona
de uma moto, foi mais uma das vítimas.
2 – Operação conjunta da Polícia Militar,
SMTT e Guarda Municipal realizou blitz para
apreensão de várias motos que circulavam irregularmente em Estância. Outras blitzen serão
realizadas nos pontos críticos da cidade.
Os bancos
Os bancos podem cobrar uma tarifa mensal
de R$ 4 ou 30% do saldo de conta de poupança
inativa, sem saques ou depósitos por seis meses e
com saldo inferior a R$ 20, de acordo com reso-
O Governo do Estado tem feito
um baita investimento no Centro de
Atenção à Saúde (Case). Nos meses de
setembro e outubro, a soma do custeio
do Case ficou em R$ 4.507.632,13,
sendo que o Estado recebeu apenas R$
554.774,61 e R$ 356.890,38 por mês do
Ministério da Saúde. O Estado entrou
com R$ 3.595.967,14, o equivalente a
80% do custo do Case. Em dezembro,
foram investidos R$ 2.316.162,87, na
aquisição de medicamentos e insumos
do Case. Naquele mês, enquanto a
União arcou com 12% dos custos totais,
o Estado custeou 88% do serviço. Outro
fator que chama a atenção é o custo
com itens que não constam da relação
de medicamentos obrigatórios. Mais de
R$ 3 milhões foram para medicamentos
padronizados, aqueles que o Estado tem
a obrigação de fornecer, enquanto R$
1.441.579,10 foram para produtos fora
da padronização, ou seja, de caráter
judicial, incluindo ostomia, fraldas, fórmulas e até insulinas.
O Case encerrou o ano de 2013 com
21.277 usuários ativos.
PONTO FINAL
*** Os professores do município de
Lagarto são um poço de reclamação
contra a banca de advogados que serve
ao Sintese. Na briga com a Prefeitura
local eles não contam com o Sindicato.
*** Comenta-se pelos quatro cantos da
Secretaria de Saúde que a titular da
pasta, dra. Joélia Silva Santos, deve
retornar ao Rio de Janeiro, e, portanto,
deixará o cargo. Já se fala até num
substituto: o Sr. Gilberto dos Santos,
o atual homem forte do Hospital de
Cirurgia.
*** O Reitor da UFS recebeu em
audiência, uma comitiva de Estância,
reivindicando um campus de
Engenharia naquele município. Além
de vereadores, a comitiva tinha três
deputados federais.
*** Senac abriu vários cursos em
Estância, em parceria com a Prefeitura
local. Foram disponibilizados os cursos
de organizador de eventos, agentes
de informações e recepcionistas de
hospedagem. As aulas começam dia 18
de março.
*** A Executiva Municipal do PT
reuniu-se na quarta-feira para fazer um
mapa da atual conjuntura do legislativo
municipal e da situação política na
capital. Mas, o aterro da Praia 13 de
Julho também entrou no debate.
*** O programa de governo do
presidenciável Eduardo Campos ficará
pronto em junho próximo. As diretrizes
deste programa obedecerão a cinco
enfoques: Estado e democracia de alta
intensidade; desenvolvimento sustentável;
educação, cultura e inovação; políticas
sociais e qualidade de vida; novo
urbanismo e pacto pela vida.
*** Parece brincadeira, mas o prefeito
de Capela, Sr. Ezequiel Leite, para
sensibilizar a empresa Vale a instalar
sua planta industrial no seu município,
está oferecendo o terreno para a
construção da usina. Uma empresa que
pretende investir R$ 4 bilhões não teria
“dez mil réis” para comprar um terreno
para sua sede? Não é brincadeira?
A-6
Economia
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
A economia sergipana
na década de noventa
MÍRIAM LEITÃO
agência GLOBO - COM Álvaro GABRIel e valéria Mineiro (interino)
[email protected]
Retalhos da verdade
T
em sido um longo caminho até a verdade, que
talvez nunca se conheça inteiramente. Agora,
é um general aposentado que admite o que todos
sabiam, mas é fundamental que ele confesse: que o
Exército montou uma farsa para culpar grupos de
esquerda pelo desaparecimento do deputado Rubens
Paiva. No ano passado, registros do coronel Molinas
Dias tinham revelado outro pedaço.
E tudo o que se tinha antes, para se contrapor a
tão longo silêncio sobre a vida e morte do deputado,
era uma carta-depoimento e um recibo burocrático.
Na carta, a testemunha Cecília Viveiros de Castro relata que ouviu seu padecimento no Doi-Codi. “A noite
toda eu ouvi perguntarem o nome do preso ao meu
lado, e o ouvi responder: Rubens Paiva, Rubens Paiva.” Havia também uma prova física, guardada por
40 anos com a família, o recibo da retirada do carro
do deputado do quartel da Polícia do Exército, onde
funcionava o Doi-Codi.
Quando Molinas Dias foi assassinado em Porto
Alegre, foi encontrado com ele documentos que detalhavam como Rubens Paiva chegou ao Exército, entregues pelo serviço de informação da Aeronáutica.
Mas tudo já se sabia. Que ele foi preso em sua
casa no dia 20 de Janeiro de 1971, na frente da
família. Que foi no seu carro, mas prisioneiro, para
a Aeronáutica. Que de lá foi para a PE. Que se montou uma farsa para dizer que ele havia sido tomado
dos militares, por grupos de esquerda, no Alto da
Boa Vista. Mas o depoimento para a Comissão da
Verdade do general Raimundo Ronaldo Campos,
que, na época, capitão, dirigia o automóvel, é mais
um retalho precioso da verdade que os militares não
reconhecem.
Convivemos com essas certezas não confirmadas
por um tempo longo demais. A Comissão da Verdade,
agora, está juntando pedaços do que foi negado ao
país por todas essas décadas. É espantosa a incapacidade de o Brasil olhar para trás, reconhecer sua história, procurar sua verdade.
Ainda convivemos com avenidas 31 de Março no
Brasil todo. Ou ruas, praças e colégios com nomes
dos ditadores. Ainda aceitamos que as Forças Armadas nada façam para tirar, um pouco que seja,
Os pontos-chave
o véu que encobre os
Trauma do golpe militar
fatos vividos na história
completa 50 anos, e o
do país, mesmo aqueles
Brasil ainda desconhece o
militares das gerações
paradeiro de vários mortos.
que vieram depois. Eles
seguem ainda as ordens
Poderosos da época
de silêncio enviadas por
não mandam mais,
seus ex-comandantes
democracia é sólida, mas a
aposentados. Aceitamos
verdade continua escondida.
que a versão frauduGerações de brasileiros
lenta seja repassada de
nasceram sob o
geração a geração de
manto da mentira e do
militares, numa renovasilêncio das instituições
ção macabra do pacto
responsáveis.
do silêncio, da mentira,
da cumplicidade.
País estranho esse
que aceita que não se saiba como morreu Vladimir
Herzog, o que foi feito do filho de Zuzu Angel, como
foram as últimas horas e que fim teve o corpo do
deputado Rubens Paiva. Tanto não se sabe de tantos.
O tempo já se esgotou de saber sobre esses e outros
mortos e desaparecidos. Foi há 50 anos que o pesadelo começou e ele se prolongou por 21 anos. Sobrevive no silêncio das instituições responsáveis.
Gerações de brasileiros nasceram sob esse manto
da mentira e do silêncio eloquente das Forças Armadas brasileiras. Quando fiz a reportagem sobre
Rubens Paiva, em 2012, no início dos trabalhos da
Comissão da Verdade, o IBGE fez uma conta para
mim do percentual de brasileiros que haviam nascido
depois da morte de Rubens Paiva: eram 68%.
Os jornalistas têm conseguido encontrar nos escaninhos da burocracia, nos depoimentos de torturadores ainda vivos, nos documentos que ficam em
subsolos de ministérios ou em arquivos particulares,
retalhos da história. A maioria dos jornalistas, dedicados ao resgate, estão nos dois terços de brasileiros que
nasceram depois da morte de Rubens Paiva. São os
filhos dos jovens daquela época; logo, logo, serão os
netos. E ainda não saberemos o que devíamos saber.
A busca coletiva por respostas permanece porque
é necessária. O passado só pode passar depois de
esclarecido. E um país que sofre um trauma político
como esse, que em 2014 completa meio século, só
se vacina contra a sua repetição procurando os fatos
sonegados. Os poderosos da época já não mandam
mais, a ordem democrática foi restabelecida, a faixa
presidencial foi passada por ombros de eleitos pelo
voto direto. E, ainda assim, chaves trancam os fatos.
De vez em quando, arranca-se de um arquivo, ou em
um depoimento, um retalho. E nos contentamos.
1
2
3
LOTERIAS
Concurso - 1571 - 05/02/2014
Concurso - 3411 - 07/02/2014
MEGA-SENA 03 29 32 46 55 60
QUINA
Concurso - 1253 - 07/02/2014
Concurso - 1016 - 07/02/2014
05 07 09 15 70
DUPLA SENA 02 13 21 23 34 39
LOTOFÁCIL 01 02 03 05 06
09 16 34 38 42 45
11 12 14 15 16
19 20 21 23 25
Concurso - 1424 - 05/02/2014
LOTOMANIA
09 15 16 17 21 28 49 61 64 67 76 80 86 87 88 91 92 93 94 96
Jornal da Cidade
Ricardo Lacerda
Professor do Departamento
de Economia da UFS e Assessor
Econômico do Governo de Sergipe
D
esde os anos oitenta, a economia agrícola de Sergipe
já havia assumido as características básicas que apresenta
atualmente, com a liderança da
laranja no sul e em parcela do
centro-sul do estado, cana-de-açúcar e coco na zona litorânea
ao sul e ao norte de Aracaju, e a
rizicultura no Baixo São Francisco. Nas áreas menos úmidas, predominam a mandioca, no agreste,
e milho e feijão no sertão. A pecuária se estendia por quase todo
o território, com presença mais
acentuada no sertão e no agreste,
tendo a microrregião de Nossa
Senhora da Glória polarizando a
produção pecuária leiteira.
Na verdade, com exceção da
laranja, que iniciou sua expansão
nos anos sessenta, a configuração
das culturas no território é muito
mais antiga. Ainda assim, algumas modificações dignas de nota
ocorreram nos anos noventa. E é
exatamente a laranja que diferencia
Sergipe da maioria dos estados da
região Nordeste, em que as culturas
temporárias ocupam áreas muito
mais vastas do que as permanentes.
É importante registrar que o
território da citricultura, cujo epicentro é ainda hoje Boquim, já havia se estendido para um grande
número de municípios de Sergipe
e transbordado para a região do
nordeste baiano.
Em termos da distribuição do
uso do solo, o censo agropecuário
de 1995-96 apresenta os seguintes dados para Sergipe: cerca de
2/3 (68%) das terras agricultáveis
eram ocupadas com pastagens,
enquanto as lavouras respondiam
Indicadores
DÓLAR
Comercial
CompraV e n d a
R$ 2,378..........................R$ 2,379
Paralelo
Compra
Ve n d a
R$ 2,44 ..............................R $ 2 , 5 4
Turismo
Compra................................ V e n d a
R$ 2,343........................R$ 2,507
Imposto de renda na fonte
Fonte
Alíquota Dedução
Até R$1.710,78........................isento...........0.......
De R$1.710,79 a R$ 2.563,91...7,5%.....R$ 128,31.
De R$ 2.563,92 a R$ 3.418,59...15% ......R$ 320,60.
De R$3.418,60 a R$4.271,59..22,5%...R$577,00.
A partir de R$4.271,59 ...........27,5%...R$790,58.
Dedução por dependentes..........................R$171,97
tr
Janeiro
Dia23.............................0,0913%
Dia24............................0,0621%
Dia25............................0,0485%
Dia26............................0,0765%
Dia27............................0,1393%
Dia28............................0,1314%
Dia29............................0,1228%
Dia30............................0,0850%
Dia31............................0,0759%
Fevereiro
Dia01............................0,0537%
Dia02............................0,0537%
Dia03............................0,0586%
Dia04............................0,0240%
Dia05............................0,5027%
Dia06.............................0,5000%
tbf
Principais culturas
S
egundo a Pesquisa Agrícola
Municipal (PAM), do IBGE, em
1990 quatro culturas temporárias,
milho, feijão, mandioca e cana-de-açúcar, e duas culturas permanentes, laranja e coco, ocupavam
88% das áreas plantadas em
Sergipe. Em 2000, essas mesmas
culturas respondiam por 90% da
área plantada..
Entre as culturas temporárias,
a principal mudança na composição ao longo dos anos noventa se
deveu ao recuo da cana-de-açúcar,
prejudicada pela crise de desabastecimento do etanol nos primeiros
anos da década, que levou à perda
da confiança da população em relação aos veículos movidos a álcool. Somente com o desenvolvimento dos motores bicombustíveis, na
década seguinte, a produção de
etanol voltou a se recuperar.
Entre os anos extremos do
período 1990 e 2000, a área de
plantio da cultura em Sergipe
recuou de 38 mil hectares para
22 mil hectares. As colunas mais
à direita mostram a mudança na
composição das áreas pelas culturas calculando as médias anuais
de 1990-1995 e de 1996-2000,
para amortecer os efeitos de um
ano ruim atípico.
Nessa comparação, os plantios do milho e mandioca foram
ampliados, enquanto os da cana-de-açúcar e de feijão recuaram.
A redução da área de plantio do
algodão confirmou a sua trajetória de desaparecimento.
Em relação ao cultivo do arroz, marca da região do Baixo
São Francisco, a trajetória é de
forte retração na área plantada
nos anos de 1995 e 1996, seguida
de intensa expansão a partir de
1997, fazendo com que em 2000 a
produção estadual se posicionasse
bem acima dos resultados do início da década (ver Tabela 2).
Permanentes
E
ntre as principais culturas permanentes, a laranja continuou
se expandindo nos anos noventa,
espalhando-se no entorno do
município de Boquim, cuja área
plantada, já inteiramente tomada,
pouco cresceu entre 1990 e 2000.
A cultura ocupou rapidamente novas terras mais ao sul, em Itabaianinha, Cristinápolis, Tomar do
Geru, Indiaroba e Santa Luzia do
Itanhy, além de conquistar áreas a
leste, em Estância e a Umbaúba, e
a noroeste, em Lagarto e Riachão
do Dantas .
Entre 1990 e 2000, a área
plantada de laranja se ampliou
de 34 mil hectares para 52 mil
hectares, agregando novos 18 mil
hectares, incremento de 51%. A
expansão da cultura no nordeste
baiano foi ainda mais intensa,
agregando 22 mil novos hectares,
expansão notável de 139%.
Diferente foi o desempenho
da cultura do coco, cuja área de
cultivo estagnou no período, somente voltando a se ampliar em
meados da década seguinte.
Um aspecto significativo é
que a cultura do coco recuaria
nas áreas litorâneas mais adensadas por residências ou de maior
presença de empreendimentos
econômicos nos municípios de
Itaporanga, Barra dos Coqueiros
e Santo Amaro, enquanto apresentaria uma expansão moderada nos municípios de Estância e
Santa Luzia do Itanhy, além de
intenso crescimento em Japoatã
e Neópolis, no Baixo São Francisco, certamente por conta dos
projetos públicos de irrigação ou
de assentamentos. No próximo
artigo, será examinada a evolução da pecuária no período.
por 19%, as matas por 9%, e as
terras produtivas não utilizadas
representavam 3% (ver Tabela 1).
Janeiro
Dia22..............................0,8569%
Dia23.............................0,8520%
Dia24.............................0,8126%
Dia25............................0,7989%
Dia26............................0,8371%
Dia27............................0,8603%
Dia28............................0,8523%
Dia29............................0,8136%
Dia30............................0,8456%
Dia31............................0,7764%
Fevereiro
Dia01............................0,0537%
Dia02............................0,0537%
Dia03............................0,0586%
Dia04............................0,0240%
Dia05............................0,0027%
Dia06..............................0,0000%
SALÁRIO MÍNIMO
MÍNIMO
SALÁRIO
Janeiro - R$ 724,00
Janeiro - R$ 724,00
incc
Ano 2013
Janeiro............................................0,38.
Fevereiro..........................................0,80.
Março.............................................0,28
Abril...............................................0,84
Maio..............................................1,24
Junho.............................................1,96
Julho..............................................0,73
Agosto...........................................0,31
Índice acumulado nos
últimos 12 meses.........................7,7682
INSS - assalariados,
domésticos e
trabalhadores avulsos
Contribuição - Aliquota
Até 1.247,70............................................8.00%
De 1.247,71 até 2.079,50.........................9,00%
De 2.079,51 até 4.159,00......................11,00%
Salário Família
Até R$646,55...................R$33,16............01-Filho
De R$646,56 a R$971,78 ..........R$23,36....01-Filho
POUPANÇA
Janeiro
Dia07........0,5082%
Dia08........0,5346%
Dia09........0,5756%
Dia10........0,5670%
Dia11........0,5721%
Dia12........0,5380%
Dia13........0,5013%
Dia14........0,5191%
Dia15........0,5443%
Dia16........0,5593%
Dia17........0,5505%
Dia18........0,5738%
Dia19........0,5081%
Dia20........0,5000%
Dia21........0,5088%
Dia22........0,5337%
Dia23........0,5728%
Dia24........0,5486%
Dia25........0,5625%
Dia26........0,5764%
Dia27........0,5482%
Dia28........0,5377%
Dia29........________
Dia30........________
Dia31........________
Dia06.........0,6155%
Dia07.........0,6131%
Dia08.........0,6137%
Dia09.........0,5936%
Dia10.........0,5846%
Dia11.........0,5785%
Dia12.........0,6056%
Dia13.........0,6088%
Dia14.........0,6100%
Dia15.........0,6425%
Dia16.........0,5933%
Dia17.........0,5809%
Dia18.........0,5963%
Dia19.........0,6144%
Dia20.........0,6092%
Dia21.........0,5789%
Dia22 ........0,6366%
Dia23.. ......0,5918%
Dia24. .......0,5624%
Dia25 ........0,5487%
Dia26 ........0,5769%
Dia27.........0,6400%
Dia28.........0,6321%
Dia29........________
Dia30........________
Março
Fevereiro
Dia01....... 0,5540%
Dia01........0,6132% Dia02....... 0,5540%
Dia02.......0,6104%Dia03....... 0,5589%
Dia03........ 0,5792% Dia04........0,5241%
Dia04.........0,5760% Dia05........0,5027%
Dia05.........0,6030% Dia06........0,5000%
Fontes: FGV/IBGE/BANCO CENTRAL/FIPE/SEFAZ/SE
Fontes: FGV/IBGE/BANCO CENTRAL/FIPE/SEFAZ/SE
Jornal da Cidade
Esplanada
Por leandro mazzini
Marinha vai comprar dois
porta-aviões para os caças
C
om a confirmação da compra dos 36 caças Gripen,
chegou a vez de a Marinha cobrar do governo a realização do Programa de Obtenção de Navios-Aeródromos,
engavetado no Planalto, pelo qual encomendará dois
porta-aviões a estaleiros estrangeiros, com construção em
parceria com a Força. Os caças Gripen serão adaptados
para pousar nos porta-aviões, conta fonte da FAB. Os porta-aviões, segundo a própria Marinha, serão fundamentais para proteger a costa brasileira na ‘faixa que vai de
Santos a Vitória, onde se localizam os principais campos
produtores de petróleo’, e a foz do rio Amazonas.
Charge de Aliedo
Relíquia ao mar - Atualmente, o Brasil conta apenas com
o porta-aviões São Paulo, ancorado na base naval do Rio,
comprado da França em 2000, com mais de 50 anos de
uso. Uma relíquia.
Quase-naufrágio - A ‘idade’ está pesando. Há dias houve
dois incidentes com o porta-aviões. Derramou óleo na Baía
da Guanabara e provocou vazamento de vapor que atingiu
três oficiais.
Recado dado - A Marinha ratifica para o governo a
importância da armada: ‘Em caso de crise ou de conflito
armado, é dever da MB impedir a aproximação de uma
força naval adversária’.
Conexão - A Embraer já vendeu mais de 80 aviões
modelo KC 90, ainda protótipo, a vários países. Trata-se do
substituto do Hércules, agora a jato, que vai abastecer os
Gripen em voo.
Black Blocs x Governos
A
presidente Dilma e os governadores Cabral (Rio)
e Alckmin (SP) já sabiam da volta dos protestos
e dos Black blocs às ruas. Como antecipou a coluna,
tiveram acesso a uma pesquisa encomendada por
emissora sobre predisposição do povo de voltar às ruas
este ano. O desafio não é barrá-los: É como a PM vai
controlar a situação. E não sabe.
MP cerca GDF - Avançaram as investigações da
Promotoria de Defesa da Saúde sobre a denúncia da
Coluna da tentativa do superfaturamento de aparelho de
fisioterapia importado. O MP já tem provas suficientes
para enquadrar o secretário de Saúde do DF, Rafael
Barbosa, e seus subordinados. A nota de empenho foi
cancelada, mas o contrato não.
Memória - Em dezembro a Coluna denunciou que o GDF
iria pagar R$ 4,58 milhões pelo Lokomat Pro, da Suíça, que
custa R$ 1,2 milhão instalado no Brasil. O aparelho é um
exoesqueleto robótico de última geração para reabilitação de
acidentados.
Cerco - Vem operação grande da PF em Brasília. Qualquer
mandado de busca e apreensão no circuito da Esplanada não
será mero acaso.
Vaivém - A população mira o governador Agnelo Queiroz
(PT), do DF, médico que prometeu revolucionar a saúde.
O jornalista Chico Lago sofreu vaivém burocrático de
uma semana entre hospitais, apenas para ter uma guia
carimbada. No fim, faltou remédio.
Rico sofre - Passageiro rico também sofre no Aeroporto do
Galeão, no Rio. Um empresário americano aterrissou no fim
de 2013 em seu Falcon (uns US$ 40 milhões) com a família.
Teve de esperar uma hora e meia para ser liberado até
aparecer um agente.
Caiena 50º - Em Caiena, capital da Guiana Francesa, os
habitantes acordam suados de madrugada, sem energia
elétrica, devido a roubos seguidos de fiação condutora e
outros materiais em cobre. São vendidos por R$ 12 o quilo
no mercado paralelo. Lá e no Amapá.
Número triste - A ONG Repórteres Sem Fronteiras divulgou
dados estarrecedores sobre 2013: foram assassinados em
todo o mundo 75 jornalistas por causa de seu trabalho; 177
foram detidos. Em tempos modernos, ainda soa o alarme
para a liberdade de expressão.
Ponto comum - Do senador Wellington Dias (PT-PI): ‘Fico
feliz em ver o PSDB mudar de posição, em apoio ao Mais
Médico’, sobre a simpatia de Aécio Neves com o programa.
Pós-Lago - O irmão caçula do falecido ex-goverandor
Jackson Lago, Zé Luis Lago, também médico, será candidato
ao governo do Maranhão pelo PPL.
Ponto Final -Lugar de Black bloc é na cadeia!!
Com Maurício Nogueira, Luana Lopes e Equipe DF e SP
www.colunaesplanada.com.br
LM Comunicação
Coluna Esplanada
[email protected]
Caixa Postal 1980 – CEP 70254-970 – Brasília-DF
(61) 30342192 / (61) 99993339 / (61) 78137537
Brasil/Opinião
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
A-7
MAGNO FRANCISCO DE JESUS SANTOS
Editor da Revista do IHGSE, professor da Faculdade Pio Décimo e doutorando em História
na Universidade Federal Fluminense. E-mail: [email protected]
Memórias de família e a história
privada do mundo rural sergipano
Alguns historiadores
marcaram sua produção
pela força de suas convicções, mantendo uma coerência na linha interpretativa do passado. Outros, por
sua vez, demarcam o espaço
no âmbito historiográfico
pela incrível capacidade
de se reinventar e dialogar
com os novos pressupostos
teóricos e metodológicos da
História. Ibarê Dantas, principal historiador de Sergipe
contemporâneo, consegue
aglutinar essas duas qualidades do ofício de intérprete dos tempos pretéritos.
Essa constatação foi reafirmada no livro “Memórias de família”, em que ele
busca “adquirir uma noção
de conjunto do percurso de
vida de familiares”, traçando “um esboço sumário de
cada uma das trajetórias dos
quatro ancestrais” (DANTAS, 2013, p. 16). A proposta do autor, em princípio,
pode até iludir, levando o
leitor desatento a pensar
que se trata de um texto
essencialmente memorialístico, restrito as memórias de
uma das mais tradicionais
famílias do centro-sul sergipano, fato que por si só já
tornava o texto digno de ser
apreciado.
Todavia, ao ler as primeiras páginas percebe-se que
Dantas vai além do campo
mnemônico. Trata-se de um
texto muito mais complexo e
enriquecedor, em que o autor provoca uma excelente
discussão acerca do passado
local, problematizando a
história de Riachão do Dantas e de Sergipe entre os séculos XIX e XX, levando-nos
a repensar algumas questões silenciadas na história
de Sergipe.
Com maestria, o livro
perpassa os meandros da
vida social sergipana no
Arquivo JC
século XIX, contrapondo
questões do mundo privado,
com as querelas da política
local, provincial e até nacional. Intercala o cotidiano
das fazendas da Cotinguiba
e principalmente do centro-sul de Sergipe com a vida
pública das pequenas cidades em processo de modernização. A pequena província de Sergipe é pintada
pelo professor Ibarê como
um quadro complexo, plural
e muitas vezes destoante do
que conhecíamos até então
pelas análises acerca das
regiões da Cotinguiba e do
Vaza-barris.
O livro paulatinamente
nos apresenta a história das
famílias da zona rural que
até então eram negligenciadas pela historiografia
sergipana. Os “homens do
gado” e dos engenhos do
além-Cotinguiba e Vaza-barris são apresentados ao
leitor de forma instigante,
principalmente quando são
analisadas em suas redes de
sociabilidades, com diálogo
constante com as lideranças
políticas da capital sergipana e até mesmo do Império.
Evidencia o processo de ascensão social dos fazendeiros que oscilam em suas atividades econômicas, atentos
às mudanças que ocorriam
tanto no plano local, como
também no nacional e internacional.
Assim, torna-se possível
conhecer os bastidores e
as angústias de homens
que buscavam se reinventar diante da emergência
de crises e de instabilidade
políticas. Homens que sucumbiam, assim como crianças que se faziam homens
para zelar pela família e
preservação do patrimônio.
Do Império à República,
dos tempos democráticos
à ditadura, o livro evidencia as diferentes estratégias de acúmulo de capital
por homens de mando nas
regiões mais distantes da
capital. A redefinição dos
limites das propriedades e
do poderio econômico das
famílias davam-se por meio
de casamentos, inventários
e compra. O professor Ibarê
Dantas nos leva uma história econômica de Sergipe
em movimento, com o complexo mundo dos negócios e
de partilha de bens, evidenciando as preocupações com
a aquisição e administração
das terras.
Esses homens do gado
também eram viajantes.
A rede de sociabilidades
dos proprietários rurais de
Sergipe, especialmente no
período imperial chega a impressionar, com uma vasta
circulação pela Cotinguiba
e pelos sertões da Bahia.
Nessa circularidade de famílias, esposas e riquezas,
destacam-se as alianças políticas e a articulação com
familiares influentes. Também pode ser vista como
elemento relevante na permanência dos laços afetivos entre familiares que viviam em Sergipe e no norte
da Bahia, mostrando uma
vertente alternativa para a
questão sentimental dos limites entre os dois estados.
Essas viagens perpassam o
tempo e com o avanço dos
“tempos de modernidade”
e aquisição de veículos a
motor esses deslocamentos
ficam mais constantes e ainda mais distantes.
Contudo, a obra tem
como fio condutor a preocupação com a descendência.
Delegar um futuro tranquilo
aos filhos parece que foi
uma preocupação presente
em diferentes gerações dos
ancestrais do autor. Fosse
com a distribuição de terras,
fosse com o financiamento dos estudos, a trajetória dos quatro fazendeiros
biografados expressam as
experiências da elite sergipana em seu dilema entre
a morte e a continuação
da vida por meio de seus
descendentes. Mais do que
isso, reflete também como
a educação paulatinamente
foi se consolidando ao longo
do século XX como estratégia de garantia de um futuro
promissor para os jovens
sergipanos. Em “Memórias
de família”, Ibarê Dantas
consolida uma forma de
escrita iniciada com o livro
“História da Casa de Sergipe” e nos brinda com uma
instigante reflexão acerca da
escrita da história de si.
Paulo F. T. Morais
Jornalista e escritor
Pequenas reflexões sobre um grande livro
Pa s s a d o s q u a s e d u zentos anos, por volta de
182.., tem-se a impressão
de que ainda reboam o
“grande estrondo e alarido
de alegria” provocados por
“mais de quarenta soldados e dois oficiais de justiça” fazendo roda de fogo
com seus bacamartes, pistolas e espingardas em torno da casa-grande do Engenho Senhor do Bomfim,
município de Lagarto, cujo
proprietário, Francisco
Xavier de Góes, há pouco
havia chegado de viagem.
Mais adiante o intimorato
senhor registraria para
seus pósteros, na queixa
que apresentou contra o
ex-ouvidor interino da comarca, Antônio Rodrigues
Montes, a arbitrariedade
praticada num cenário de
fanfarrice intimidadora
por subordinados daquela
autoridade, que se apossaram de gado, cavalos e
escravos.
O arrastão inaugural de
MEMÓRIAS DE FAMÍLIA
– O percurso de quatro
fazendeiros -, se desdo-
bra nesse livro singular,
o mais recente do historiador Ibarê Dantas, que
homenageia o centenário
de nascimento de David
Dantas de Brito Fontes,
seu pai, e relembra como
alguns de seus parentes
participaram da História
de Riachão do Dantas.
Num texto que não pega
atalho para livrar-se das
quinas existenciais, filosófico pelas perguntas que
suscita sobre a condição
humana, o autor reescreve
a luta de um punhado de
homens intrépidos determinados a desbravar e
levar o progresso ao meio
ambiente em que viviam.
A leitura incita a curiosidade do leitor até a última
página. A linguagem, como
vem ocorrendo nas últimas
produções literárias do
historiador, reafirma com
mais solidez seus pendores
de romancista.
Acostumados que estamos de ler panegíricos no
lugar de memórias, o livro
surpreende pela habilidade
com que Ibarê Dantas lida
com os apelos do sangue,
e constrói um painel de
família – a sua família sem manipular a realidade,
escorado em documentos
particulares e oficiais, orais
ou escritos.
Uma aventura humana
na qual os envolvidos conhecem perdas e ganhos,
mas no fluxo dela é normal
irromperem cintilações de
heroísmo.
Como um filme dividido
em quatro partes interligadas, cada uma dirigida por
homens dotados de uma
visão de mundo em que o
pragmatismo e a solidariedade não se excluem,
porque ligadíssimos à terra
por tradição e como escolha de meio de vida, e
não obstante integrassem
a classe patronal possuíam
a virtude de serem conduzidos por um senso moral
que os excluía do comportamento comum, muitas
vezes injusto, de senhores
da mesma estirpe.
Desconcertante, também, a inclinação dos Dantas para as letras num meio
natural hostil à fluidez das
ideias.
O labor com diários,
cartas, relatórios, caderno
de anotações, documentos
demonstra o cuidado que
tiveram os biografados
de preservá-los da batida
dos anos para chegarem
incólumes até as gerações
vindouras ramificadas do
mesmo tronco familiar.
Quer tenham tido intenção ou não, eles próprios
escreveram as primeiras
linhas de suas memórias.
A consolidação dessa
tendência vê-se hoje nos
parentes e afins, escritores
nacionalmente conhecidos e
admirados, como o autor da
obra, Beatriz Góis Dantas,
Francisco J.C.Dantas, Maria Lúcia Dal Farra, e, para
ocupar plano idêntico, vem
chegando Sílvia Góis Dantas, que escreveu o prefácio
para o livro do pai.
MEMÓRIAS DE FAMÍLIA – O percurso de quatro
fazendeiros - é um livro belo
e eletrizante, que dá mais
brilho e substância à memorialística sergipana.
A-8
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
Informe Publicitário
Jornal da Cidade
Cidades B
Jornal da Cidade
Saúde
C ADE R N O
Pesquisas mostram
que quiabo pode ajudar
na redução da glicemia
Cidades B7
Aracaju  domingo 9 e segunda 10.2.2014
[email protected]
Editora: Andréa Moura (interina)
ENTREVISTA coronel iunes
“Esse ciclo, prender e soltar, é ruim”
André Moreira
O comandante da Polícia Militar de
comandante
da Polícia
Militar,
Maurício
Iunes, lamenta
que algumas
pessoas sejam
presas dez
vezes e soltas
em seguida
Sergipe, coronel Maurício Iunes, sugere
que bancos e empresas de ônibus
cumpram as regras de segurança para
evitar assaltos. Isso porque, na quintafeira, dois postos foram assaltados e,
por não serem agências, não cumprem o
que a legislação federal determina. No
caso dos ônibus, Iunes disse que não há
assaltos durante a madrugada e que as
empresas deveriam instalar equipamentos
que já foram sugeridos por ele próprio,
há dois anos, quando era comandante
mudanças na legislação e lamenta
que pessoas tenham sido presas
em flagrante com arma de fogo,
mas dois dias depois estão soltas
e voltam a praticar delitos. Ele diz
que é importante o cumprimento de
um ciclo de segurança: “O ciclo tem
que ser completo: desde prevenção,
repressão, encarceramento e
cumprimento de pena. Se, em algum
momento, esse elo não funcionar,
nós teremos problemas de segurança
de policiamento da capital
pública”, assegurou.
Antônio Carlos Garcia
Da equipe jc
w JORNAL DA CIDADE – Na quinta-feira
aconteceram dois assaltos a postos do Banese,
numa diferença de pouco tempo entre um e
outro. Como o senhor analisa essa situação?
CORONEL IUNES - A gente observa que não
deveriam ocorrer esses assaltos, se a legislação
federal fosse cumprida na sua íntegra. O posto
de atendimento deveria atender os itens de
segurança que tem numa agência bancária. Entretanto, como não são agências, não cumprem
a legislação. E passaram a ser locais onde tem
valores monetários. Transformaram pequenos
pontos em agências bancárias, mas não se provê
a segurança necessária. Infelizmente, vamos ter
esse tipo de ação contra estes pontos, enquanto
não houver o cumprimento da legislação.
w JC – Isso se estende também para as casas
lotéricas e agências dos Correios que funcionam
como se fossem bancos?
CI – Todos os assaltos que possam ocorrer a esses
pontos, na realidade, se nós tivéssemos focados
para as agências bancárias, dentro dos padrões
de segurança, com pânico silencioso, com porta giratória, vigilância, alarme. Se tivéssemos
todos os padrões necessários, evidentemente,
não teríamos esse tipo de incidência. Agora, é
muito mais fácil dizer que a responsabilidade é
da segurança pública, no que dizer que a responsabilidade é pelo não cumprimento da legislação
vigência.
w JC – Além dos assaltos a postos bancários,
há também outro problema: os motoristas de
ônibus estão desde o dia 20 de janeiro sem
circular o corujão, alegando falta de segurança.
CI – Primeiro, o problema não é de segurança. É
um ledo engano. A imprensa e quem divulga isso
O comandante defende, também,
o faz de forma equivocada. Por que equivocada?
Porque nós pegamos os registros e vimos que tivemos um assalto a corujão. Então, o problema não
é assalto a corujão. Quem está dizendo isso tenta
ludibriar a boa fé de alguém. Só não vai ludibriar
a minha boa fé, porque pego os dados estatísticos
e sei que de meia-noite às quatro da manhã não
tivemos esse tipo de problema. Estão divulgando de
forma equivocada, para que eu não tenha que usar
uma palavra mais dura.
w JC - Essa semana, tivemos três ocorrências de
roubo a ônibus durante o dia. E o combate a esses
assaltos durante o dia?
CI – Se não for feito o que eu solicitei há dois anos,
quando fui comandante do policiamento da capital,
os ônibus continuarão sendo um alvo potencial.
Pedimos que retirassem o busdoor (publicidade no
para-brisa traseiro), colocassem catracas eletrônicas, cofres embaixo dos bancos, como foi feito no
Rio de Janeiro, as câmaras em todos os ônibus.
Se adotarmos um padrão de segurança, evidentemente, nós vamos ter segurança. Se pensarmos
em brincar de segurança, não a teremos de forma
eficaz. Compete aquele que tem o seu patrimônio,
que tenha os padrões mínimos de segurança. Sem o
busdoor facilita a observação da polícia e da comunidade e vai poder ligar. Se colocar catraca eletrônica, os valores serão reduzidos significadamente. E
se colocar cofre, os valores estarão ali guardados. As
pessoas falam de segurança sem ter conhecimento.
Precisamos falar de segurança tendo um pouco de
conhecimento técnico. Mesmo que tenhamos 10
mil homens e se não houver um padrão mínimo de
segurança, não a teremos.
w JC – Numa reunião na Superintendência
Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) se
chegou a cogitar a colocação de dois policiais em
cada corujão.
CI – Vamos uma conta significativa: por que não se
tirou o busdoor, não se colocou o cofre, as catracas
eletrônicas e sistema de TV?
w JC – Para não fazer investimentos?
CI – Certo. E os valores subtraídos? Quais são esses
valores?
w JC – Valores irrisórios, de R$ 20 a R$ 30 ou talvez
menos.
CI – As grandes perguntas que fizemos? Quem tem
um negócio que gera lucro, tem que investir em segurança. Isso é um princípio básico. A PM vai fazer
o seu trabalho, lógico. Mas ninguém está colocando
na conta que mais de 50 menores estão nas ruas.
Eles estão fazendo o quê?
w JC – O senhor acha que existem falhas na
legislação, pois muitas pessoas que deveriam estar
presas já foram liberadas?
CI – Claro que há. Não tenho dúvida. A dificuldade é que nós, sociedade, não temos coragem de
enfrentar esse problema. Precisamos de mudança
legislativa urgente. Não vai resolver mais polícia
e mais equipamento. Sabemos que as pessoas são
presas cinco, oito, dez vezes. Temos aquelas incoerências, com aquelas pessoas presas em flagrantes
e logo são liberadas. Então, a gente se surpreende
com determinadas ações. Se está certo ou errado
a legislação, mude-se a legislação. Não adianta,
porque vai aumentar as questões de violência, não
vai se resolver simplesmente com polícia. O ciclo de
segurança tem que ser completo: desde prevenção,
repressão, encarceramento e cumprimento de pena.
Se, em algum momento, esse elo não funcionar,
nós teremos problemas de segurança pública. Se
falta iluminação, temos problemas de segurança.
Nós temos um grande defeito que é trabalhar nas
consequências. Por que tantas pessoas estão retornando para as ruas. Na quinta-feira, foram presas
várias pessoas envolvidas em roubos que saíram da
prisão em outubro ou novembro. Para nós não é
surpresa isso.
w JC – Então, o senhor defende mudanças
urgentes na legislação?
CI – Sim. As pessoas falam que querem mais segurança, mais segurança, acho que usam a frase
errada. Precisamos de legislação mais eficiente
e eficaz. Por que em determinados países delitos
não ocorrem? Por que temos a máxima de que
todo mundo nos Estados Unidos é preso? O que
nós precisamos muito é essa mudança, que acho
que vai demorar bastante. Enquanto procurarmos paz social, imaginando que colocando mais
homens armados, mais carros nas ruas, não é essa
dinâmica que é utilizada. Em países civilizados,
você tem um policial dentro do carro. Mas lá a lei
protege o policial. Qualquer um que cometa um
ato contra o policial está cometendo um ato contra o Estado. Aqui não. A gente acha que o policial
tem obrigação de tomar tiro. Quando ocorre um
fato com esse policial, nós, sociedade, encaramos
de forma natural. Mas se ocorrer com alguém que
não está nesse contexto, precisa-se tomar as providências. Precisamos ter a mentalidade de que o
homem que lhe defende, com sacrifício da própria
vida, tem que possuir legislação que o ampare
para fazer isso. As pessoas que entendem o que a
Constituição fala que segurança é responsabilidade de todos. Isso foi em 1988.
w JC – A Polícia Militar está recebendo mais
armas vindas de São Paulo?
CI – Nós estamos recebendo da PM paulista mil
pistolas. Nós tivemos, há um mês e meio, uma
equipe encaminhada a São Paulo para selecionar
essas armas. A PM de São Paulo padronizou as suas
armas. Então, essa padronização em São Paulo nos
permitiu receber mil pistolas. Então, vamos atender
a todos os policiais militares. Todos eles irão portar
uma pistola. Os revólveres não serão mais utilizados pela PM. Vai virar museu, com certeza.
B-2
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
Cidades
Jornal da Cidade
Rotina de Aracaju deve ser
alterada pela Copa do Mundo
Correios, agências bancárias e taxistas, por exemplo, já se preparam
A
seleção da Grécia vai aterrissar em Aracaju durante
a Copa do Mundo de 2014.
A equipe integra o grupo C e
disputará a primeira fase com as
seleções da Colômbia, Costa do
Marfim e Japão. O primeiro jogo
acontecerá em Belo Horizonte
no dia 14 de junho. Mas, será em
Sergipe que o time irá ajustar os
lances, alinhar as últimas jogadas
e concluir todo esquema tático.
Antes mesmo da bola rolar em
campo, a Grécia teve que disputar
por Aracaju. O campeonato teve
como adversários a Coreia do
Sul, Honduras e Colômbia. “Há
dois anos estávamos sendo disputados, mas a elaboração teve
que ser mantida em segredo,
conforme exigência da Federação
Internacional de Futebol (Fifa).
Uma grande felicidade ser concorrida por quatro seleções que
queriam vir pra cá”, explicou o
secretário de Turismo do Estado,
Elber Batalha Filho.
Com a certeza da vinda da
Grécia, algumas questões tiveram
que ser definidas referentes ao
futebol como, por exemplo, o
centro de treinamento da seleção.
Atentos a isso, a Secretaria de
Turismo do Estado garantiu que o
Estádio Estadual Lourival Baptista
(o Batistão, como conhecido)
estará pronto para atender esse
fim. “Alteramos a ordem da construção. Isso quer dizer que vamos
garantir a parte interna, como
gramado e vestiário, para depois
preparar os demais. Queremos
que fique adequado para receber
os jogadores, equipe técnica e
possíveis jornalistas”, garantiu o
secretário afirmando que as obras
seguem aceleradas.
Com a notícia de que Sergipe
também está inserido na Copa,
os turistas e, principalmente, os
sergipanos se preparam para receber uma nova cultura, povo e
nação diferentes. Segundo Elber
Batalha, a informação deve ser
vista como oportunidade de divulgação das belezas e pontos fortes
de Sergipe. “A cidade foi escolhida de forma inversa. Enquanto
os outros municípios usavam
investimentos altos, fizemos apenas o dever de casa. Ou seja, os
investimentos foram os normais,
como por exemplo, a ampliação
dos voos diários que totalizam
44. Atualmente, contamos com
16 destinos diretos, sendo três
em que a Grécia vai jogar. Isso foi
Jorge Henrique
André Moreira
Itabaiana registra o
6º homicídio do ano
uatro pessoas foram assassinadas a tiros, na sexta-feira, em diversos
Q
pontos do Estado. A polícia registrou um homicídio em Itabaiana,
o sexto de janeiro até agora; uma morte em Ribeirópolis, o terceiro
crime em apenas uma semana; além de outros dois em Laranjeiras e
São Cristóvão.
Em Itabaiana, Dany Alisson Passos de Almeida, 24 anos, que já tinha
passagens pela polícia, foi morto a tiros, na Rua José Filadelfo de Araújo,
no Bairro Eucalipto. De acordo com testemunhas, dois homens em uma
motocicleta CG abordaram o rapaz, dispararam os tiros e fugiram em seguida. Ontem, na Delegacia Regional de Itabaiana, os policiais de plantão
disseram que desconheciam o assunto.
No município de Ribeirópolis, Cledinaldo Santos Andrade, conhecido como Cledinaldo Borracheiro, foi assassinado a tiros. Ele estava
trabalhando, quando um homem entrou no estabelecimento e o atingiu.
O crime aconteceu na rua das Tabocas.
No Conjunto Roza Elze, em São Cristóvão, o jovem Bruno Feitosa
dos Santos, 18 anos, foi morto a tiros. A polícia ainda investiga as causa
do crime. Em Laranjeiras, a polícia investiga as circunstâncias da morte
de José dos Santos, 60 anos, assassinado a tiros.
Lagarto
a tarde da sexta-feira, populares encontraram o corpo de uma
N
mulher, em avançado estado de decomposição, em um terreno
baldio que fica nos fundos de uma loja de veículos, na Avenida Contorno, em Lagarto.
A polícia acredita que o corpo é da idosa Josefa Dias da Hora, 64
anos, conhecida como Finha, que estava desaparecida há 15 dias.
Aracaju poderá mostrar aos estrangeiros o que tem de melhor. Elber disse que investimentos foram os necessários
fator determinante para a opção
da seleção”, explicou.
Gregos e pessoas de toda parte
do mundo terão Aracaju como
casa num curto espaço de tempo.
Com relação à hospedagem, os
hotéis vão definindo como serão
os dias durante o período. Sobre
o tema, o empresário de uma
pousada na Orla, Manoel Lisboa,
opina que a situação não vai
mudar o cenário hoteleiro. “Até
porque a delegação da Grécia e
equipe de jornalistas já estão com
hotéis fechados. Não consigo ver
esse fluxo da Copa. Mas, o estabelecimento vai ter a movimentação
comum desse período: mês das
férias e o São João”.
Com o fluxo significativo de
estrangeiros, a cidade deve estar
pronta para ratificar o perfil de
lugar hospitaleiro. “Já estamos
planejando uma campanha de
mobilização onde vamos convocar todo o Estado para ficar
atento com a importância desse
acontecimento. Seremos reconhecidos pelo mundo e não podemos
perder essa oportunidade que
será o caminho da visibilidade
que precisamos. Todos devem ver
como uma forma de investimento”, destacou Elber.
Com o clima de ‘estamos em
casa e vamos mandar notícias’
feito, certamente o número de
correspondências que serão en-
viadas para o exterior também
será modificado. Para atender
essa demanda, os Correios receberam a notícia oficial somente
essa semana. “Então, vamos
montar o planejamento de preparação na capital, pois ainda
não tinha nada definido. Temos
ciência que será feito um plano
de capacitação para os funcionários, principalmente dos serviços internacionais”, informou
a Assessoria de Comunicação da
empresa em Sergipe.
Sair de um ponto da cidade
para outro também será o desafio
dos gregos, turistas. A história
de que ‘em Aracaju tudo é perto’
não desanima os profissionais
que trabalham no ramo de táxi.
“Temos o dever de tratar bem
para o que o cliente volte. Atualmente, sentimos a necessidade
de organização, de saber mais
como será esse público. Alguns
taxistas que trabalham de forma
autônoma já começaram a fazer a
parte de forma individual. Inclusive, já estamos acompanhando
a mudança de frota para carros
melhores e novos”, detalhou o
vice-presidente do Sindicato dos
Taxistas de Sergipe (Sintaxe),
Gerson Ferreira. O idioma é outra
preocupação da categoria. “Sobre
isso estamos recebendo o apoio
do poder público. A secretaria
de Estado do Turismo já vem dis-
ponibilizando cursos de inglês e
espanhol”, conta.
Idioma de grego
O
grego é um idioma difícil, do
ramo independente da família
linguística indo-europeia. Mas, não
precisa ser a única língua de comunicação, pois até a Fifa já estabelece
como idiomas oficiais o inglês,
espanhol, francês, alemão, árabe
e o português. “Pensando assim,
desde 2013 estamos capacitando
1.500 pessoas em inglês e espanhol
para facilitar a comunicação dos
estrangeiros que virão para cá nesse
período”, expõe Elber Batalha.
Moeda
A
moeda oficial da Grécia é
o euro. Segundo a superintendente do Banco do Brasil em
Sergipe, Lucia Helena Cuevas, a
estrutura está preparada para receber a delegação grega, todos os
profissionais que virão a Sergipe
em função do evento e turistas.
“A necessidade que estas pessoas
terão será a de fazer operações de
câmbio e já estamos com profissionais especializados para atendê-los. Estamos com um programa de
cursos de inglês para funcionários
que trabalham em agências definidas como ponto de atendimento
das delegações, ou que terão um
grande fluxo de clientes em decorrência da Copa”, apontou.
Comunicação terá que ser melhorada
Independentemente da vinda
de uma equipe estrangeira para
a capital, a Copa do Mundo será
um momento para fomentar a
geração de empregos. “Mantenho
120 funcionários, pois me preparo
antes. Em março já mudo a decoração do restaurante para o clima
da copa, organizo os quatros
projetores para os jogos e planejo
as atrações musicais no ritmo do
forró”, diz o empresário de um
restaurante na Orla da cidade,
José Hamilton de Santana.
Sobre a gastronomia, José
Hamilton vai destacar a culinária
Violência
da região. “Esse é o forte do meu
estabelecimento, onde ofereço 86
tipos de pratos. No período de
grande fluxo de turistas destaco
os frutos do mar, como camarão,
lagosta e, principalmente, nosso
caranguejo. E para facilitar a
comunicação nos pedidos, temos
um cardápio em português e
inglês, em breve teremos um na
língua hebraica”, conta frisando
que ninguém da equipe de trabalho fala outro idioma, pois sente
dificuldade em encontrar mão de
obra qualificada.
A falta de conhecimento do
idioma é a principal preocupação
dos trabalhadores que atuam
com nesse ramo. “Eu ainda não
fui orientado sobre como vou
servir em outra língua. A sorte é
que aqui o produto principal é o
coco, não precisa saber falar, basta
apontar. O problema vai ser na
hora de pagar e passar o troco”,
desabafa o funcionário do quiosque de coco, Luis Carlos Pereira.
“E como vou explicar os sabores
da tapioca e detalhar que é prato
típico da cidade? Ainda não sei
como vai ser esses estrangeiros
pedindo e eu precisando enten-
der”, compartilha Jéssica Maria
de Souza.
Imprensa
V
ão ser as mídias impressa, televisiva, radiofônica e online que
levará o nome do Estado para as
terras distantes. Por isso, além do
estádio Batistão, o governo estadual prepara o ginásio Constâncio
Vieira. “O ginásio será o centro da
imprensa mundial. Os jornalistas
cadastrados pela Confederação
Brasileira de Futebol terão o local
como casa durante o período”,
informou o secretário de Turismo.
Cidades
Jornal da Cidade
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
B-3
Estresse 'persegue' profissionais de saúde
Problemas no ambiente de trabalho, como falta de leitos e materiais, afetam especialmente enfermeiros
s voltas com falta de leitos, medicamentos,
estrutura física e morosidade de atendimento, entre outras problemáticas, a saúde
também enfrenta a enfermidade dos seus próprios
profissionais, cuja função é o combate, prevenção
e tratamento de pessoas também doentes. Nada
imunes às moléstias que tratam e absorvendo a
sobrecarga da complexa ausência de materiais e,
consequentemente, a grande demanda de pacientes, trabalhadores da saúde enfrentam o estresse,
a depressão e outras doenças ocupacionais, sendo estas as principais causas de afastamento da
atividade laboral em Sergipe. Uma realidade que
preocupa órgãos fiscalizadores, trabalhadores e a
sociedade, uma vez usuária dos serviços prestados nas redes pública e privada de atendimento.
Categoria que registra a crescente incidência de
enfermidades entre os seus, os enfermeiros apontam dados que demonstram a expansão de males
naqueles que têm a responsabilidade de cuidar da
saúde do próximo.
Segundo dados do Sindicato dos Enfermeiros
do Estado de Sergipe (Seese), dos cinco leitos
psiquiátricos disponíveis no Hospital Universitário, três são ocupados por profissionais de
saúde. “É alto o número de afastamentos, recentemente tivemos três condutores do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu), dois
surtaram e não conseguiram reverter o quadro,
dando entrada na aposentadoria, e um sofreu
infarto, e está afastado. O número de acidentes
com perfurocortante é bastante reduzido, ainda
que sejam constantes outros acidentes de trabalho causados pela falta de equipamentos de proteção individual. Mas hoje a grande doença que
atinge os profissionais da saúde está relacionada
ao psicológico”, afirmou a presidente do Seese,
Flávia Brasileiro.
Sobrecarga, péssimas condições de trabalho, pressão do tempo de atendimento e
o assédio moral são alguns dos fatores motivadores da grande ocorrência doentia entres
os profissionais. “Infelizmente essa é a nossa
realidade no estado. Seja no setor privado ou
público, as condições não são adequadas para
o exercício da profissão. No setor público, com
a recorrente fiscalização, atuação do Ministério Público, ainda conseguimos denunciar e
mostrar a realidade, mas no setor privado é
complicado porque os profissionais sofrem a
pressão, o assédio e tudo isso acaba resultando
no comprometimento do profissional. É necessário que medidas preventivas sejam adotadas,
porque está cada dia mais complicado. Muitas
vezes nos preocupamos em oferecer e cobrar
melhorias para os usuários da rede de saúde,
ficando os trabalhadores esquecidos”, declarou.
Jorge Henrique
Jadilson Simões
Gilmara Costa
Da equipe jc
À
André Moreira
flávia brasileiro alerta para o grande número de profissionais de saúde que se afastam por estresse
junta comercial
Setor de serviços se expande
D
raymundo ribeiro e Celuta Krauss: trabalhadores sofrem com ambientes de trabalho inadequados e inseguros
Setor público é alvo de fiscalização
Acompanhando a problemática da saúde nas
suas respectivas competências, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego em Sergipe
(SRTE/SE) também destacam a grande incidência de problemas que acarretam o desgaste físico
e psicológico dos profissionais de saúde. “A área
da saúde é uma das mais estressantes realmente
porque você lida com vidas humanas e carência
de serviço. Infelizmente, no setor público existem muitos problemas. A Fundação Hospitalar
de Segipe, por exemplo, não consegue prestar o
serviço adequado, ora imagino por uma grande
desorganização administrativa, ora a sobrecarga
de serviço, uma vez que os hospitais do estado
respondem por uma demanda do interior e
estados vizinhos muitos grande”, afirmou o
procurador-chefe do MPT, Raymundo Ribeiro.
Com 31 investigações que versam sobre as
condições de trabalho na Fundação Hospitalar de
Saúde (FHS), Raymundo aponta algumas deficiências encontradas e fala sobre a conclusão dos
inquéritos. “Já encerramos algumas investigações
relacionadas ao meio ambiente do trabalho, cuja
relação tem a ver com irregularidades na saúde
e segurança que vão desde a ineficiência no fornecimento de EPI que são fornecidos, mas não
regularmente substituídos, às irregularidades de
ar-condicionado. Imagine a pessoas sob estresse
trabalhando, durante o verão, num ambiente
quente. A área da saúde realmente tem que tomar
um choque de atuação, o MPF e MPE tem tomado
medidas importantes e agora chegou a vez do
MPT tomar medidas mais duras porque o estado
da coisa não está bem na FHS. Na rede privada,
a gente sabe que também não está bem, mas o
número de denúncias é bem menor”, declarou.
Rede privada
A
o ressaltar que na rede privada a ausência de
estrutura para o desenvolvimento dos trabalhos dos profissionais de saúde também é recorrente, a presidente do Sindicato dos Enfermeiros
de Sergipe, Flávia Brasileiro, lamenta a ausência
de ações na tentativa de reversão do quadro. “No
ano passado fizemos uma inspeção num hospital
particular e verificamos a falta de materiais básicos para o nosso trabalho, o que prejudica não
somente o paciente, mas também o profissional.
Nos reunimos com o Ministério Público e também com a SRTE para discutir a situação, a falta
de fiscalização dos órgãos do trabalho. E fomos
informados do baixo número de auditores para
atender todo o estado. Então, modificar algo na
rede privada é ainda mais complicado, até porque
os trabalhadores também sofrem assédio moral,
enfim, não há a mesma denúncia que acontece no
setor público, por exemplo”, destacou.
Reconhecendo o número reduzido de auditores fiscais no estado, a superintendente da SRTE/
SE, Celuta Cruz Moraes Krauss, ressalta a adoção
de medidas com o objetivo de atender o número
cada vez maior de trabalhadores. “A SRTE possui 38 auditores fiscais do trabalho, número de
fato reduzido para atender a todo o Estado de
Sergipe, que se encontra em constante desenvolvimento e com um crescimento significativo da
economia. Visando potencializar as nossas ações,
estamos sempre buscando meios de alcançar um
número cada vez maior de trabalhadores, com
ações diferenciadas, como fiscalizações indiretas,
notificações coletivas, seminários, reuniões, onde
são convidados os sindicatos dos empregadores,
os sindicatos dos trabalhadores e as empresas do
setor econômico”, explicou.
e 2007 até 2013, a abertura de empresas prestadoras
de serviço cresceu mais que
as comerciais. Enquanto em
2007, as comerciais contabilizavam 46,58%, as de serviço
subiram para 47,49. Em 2013,
foram 37,05% de empresas comerciais, e 57,93% de serviços.
Segundo o presidente da Junta
Comercial de Sergipe (Jucese),
George da Trindade Góis, esse
acréscimo ocorre porque hoje
há muita terceirização de serviços, daí as pessoas procuram
formalizar as empresas.
“Nós temos esse raio X
aqui do que está acontecendo,
mas não há uma análise mais
profunda sobre isso. Mas a
terceirização vem fomentando, a cada dia, a prestação de
serviços e isso, no meu ponto
de vista, é crescente”, comentou George Góis. Quanto ao
número geral de abertura de
empresas, George disse que
há um equilíbrio entre 2012
e 2013, com o um pequeno
decréscimo entre um ano e
outro. Em 2012, foram abertas 4.518 empresas, enquanto
no ano passado esse número
foi de 4.514, o que dá um
percentual de 0,2%.
No entanto, Góis observa
que de 2006 até agora houve
um desenvolvimento em abertura de novas empresas. “Foram 3.138 em 2006 e no ano
passado 4.514. “Não há dúvida que houve um crescimento
significativo ao longo destes
anos”, ressaltou o presidente
da Jucese. Em 2013, foram fechadas 1.373 empresas. “Ainda temos muitas pessoas que
não vem à Jucese dar baixa na
empresa”, acrescentou.
Rede Sim
H
oje, o cidadão pode abrir
uma empresa em até três
dias, mas ainda tem que amargar a burocracia, com por
exemplo, buscar juntos a órgãos especializados algumas
licenças, a exemplo do Corpo
de Bombeiros, Administração
Estadual do Meio Ambiente
(Adema), entre outras.
Essa situação, no entanto,
deve mudar a partir de abril,
quando a Jucese implantar a
Rede Sim (Rede de Simplificação de Registros) que vai
facilitar tudo para o empresário. “Hoje, ele abre a empresa
e já leva o CNPJ e o Contrato
Social, mas teria que ir atrás
do alvará de funcionamento na prefeitura. Com esse
serviço, ele faz tudo de uma
vez só”, avisou. O tempo de
abertura pode aumentar mais
um dia, mas o empresário não
vai precisar ir a prefeitura, por
exemplo”, disse George.
A inauguração da Rede
Sim, em abril, depende da
agenda do governador Jackson Barreto e de Guilherme
Afif Domingos, ministro da
Secretaria da Micro e Pequena
Empresa.
A Rede Sim será ampliada
para outros órgãos, com Adema, Corpo de Bombeiros e
demais prefeituras do interior,
mas ocorrerá de forma fragmentada. Hoje, a Jucese possui oito escritórios regionais:
Estância, Boquim, Lagarto,
Itabaiana, Nossa Senhora das
Dores, Nossa Senhora da Glória, Propriá e Carmópolis.
André Moreira
Sindicato faz levantamento
Ainda com a falta de números exatos
quanto ao número de denúncias que versam
sobre saúde, o MPT aponta o setor como um
dos líderes. “Em termos absolutos, o comércio
em modo geral e a prestação de serviços são
os recordes de denúncias trabalhistas. E na
área de prestação de serviços, a saúde entra
porque existem empresas que prestam serviços médicos, então é muito complexo apontar
o número relativo ao setor de saúde. Na área
rural, especialmente nas usinas também temos
registros de ilegalidades em Sergipe, não como
em estados como Bahia e Mato Grosso, em
que é forte o agronegócio, mas frequentemente recebemos denúncias em usinas. Na área
urbana, a saúde é um dos que mais recebem
denúncias, pois os sindicatos do trabalhadores
da saúde são sindicatos atuantes, fazem muita
provocação, embora eu acredite que falta um
maior provocação judicial”, disse.
Na busca por mapear o número de
profissionais acometidos por alguma enfermidade e quais as principais ocorrências, Flávia Brasileiro diz que o sindicato
está realizando um cadastro com todos os
seus associados com objetivo de promover ações preventivas. “Vamos entregar
questionários aos profissionais e a partir
dele fazer o mapeamento quantitativo
de trabalhadores doentes, como também
identificar as doenças mais presentes. Com
isso, acreditamos que podemos fazer alguma ação de prevenção para que os números
de profissionais doentes possam diminuir.
Infelizmente, hoje acontece muito do profissional estar em depressão ou algum outro
distúrbio, se afastar da atividade, e retornar
sem ter passado por uma avaliação médica.
Isso somente piora a situação, daí a realização desse mapeamento”, explicou.
george góis
destaca
crescimento
de empresas
prestadoras
de serviços:
na Jucese
elas lideram
no número
de pedido de
aberturas
B-4
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
Sociedade no Divã
Rosa Cristina Ettinger*
A monopolização
da violência
A
o retornar ao meu país, depois de passar 45
dias fora, encontrei as mais cruéis manchetes
em relação aos Direitos Humanos – um direito
inerente ao ser humano.
Enquanto ainda vivemos o impacto da perda
de Mandela, que a nível mundial, defendia a paz
entre as nações com seu “sonho com o dia em que
todos levantar-se-ão e compreenderão que foram
feitos para vivermos como irmãos” sentimos,
como estamos distantes de construirmos esse país
justo, humano e igualitário...
A primeira manchete que li foi a barbárie que
aconteceu no Maranhão no complexo Penitenciário
de Pedrinhas. Em 2013 houve 62 assassinatos
inclusive com decapitações e estrangulamentos de
detentos. Para meu espanto, a governadora Roseana
Sarney justificou, a nível nacional, esse lamentável
acontecimento contra os direitos humanos como o
enriquecimento do Estado e aumento da população...
É revoltante ouvir uma justificativa tão
incoerente principalmente de uma chefe de Estado
como se o enriquecimento em vez de oferecer mais
empregos para a população e melhores condições
de vida para os habitantes, nos levasse para o
mundo da criminalidade.
É revoltante ouvir uma autoridade eleita pelo
povo narrar uma atrocidade como foi o acontecido no
Complexo Penitenciário de Pedrinhas sem demonstrar
um mínimo de compaixão. É como se a vida desses
detentos nada valesse e suas famílias não sofressem
com a perda de seus entes queridos.
Como podemos pensar em paz, em acabar com
a violência, em combater o tráfico de drogas, em
diminuir a insegurança em que vivemos diante de
tudo isso? No mesmo estado leio outras manchetes:
“Governo Roseana gastará R$ 1,4 milhões em caviar
e uísque (JC 10/01/14), Direitos Humanos/MA
“Senador: priorizar presos é equivoco (JC 14/01/04).
Sinto-me como se vivesse em dois Brasis: um
formado pela elite burguesa (os governantes e a classe
dominante) e outro formado pelo povo que não tem
direito aos serviços públicos, que não tem escolaridade,
que não tem emprego, que é sempre o “suspeito” e
que vai para a cadeia sem direito de defesa. Quantos
equívocos são cometidos em nome da lei, mas mesmo
assim o discurso dos legisladores e dos representantes
da Segurança Pública do país é sempre o mesmo:
aumentar contingente policial, prender cada vez mais,
comprar mais viaturas, criar leis penais mais severas,
aprovar como solução para o combate à violência, à
redução da maioridade penal etc.
Mas em nosso Estado há também uma manchete
que eu gostaria de comentar: “23 mil presos em quatro
anos e meio” (JC 12/01/14). Para o Secretário de
Segurança Pública essa medida é um saldo positivo
do governo do Estado de Sergipe. Acredito que não
podemos medir a eficiência de um governo pela
quantidade de prisões efetuadas pela polícia. Acredito
que esse número – 23 mil presos - poderia ser reduzido
se houvesse vontade política do governo em construir
mais escolas públicas, oferecer à juventude cursos
profissionalizantes nos bairros periféricos, promover
uma política mais eficiente para os dependentes de
drogas, implantar as medidas socioeducativas no
CENAM e USIP de acordo com o Estatuto da Criança e
do Adolescente – ECA e Sistema Nacional de Medidas
Socioeducativas – SINASE. Além disso, oferecer
acompanhamento com possibilidade de trabalho para
os egressos do CENAM e USIP e oficinas de curto prazo
para jovens em situação de risco etc.
Sabemos que o sistema prisional no Brasil é
caótico e não tem como objetivo a ressocialização dos
detentos e sim a punição, os maus tratos e a tortura,
levando-os a reincidência.
Será que todos os 23 mil presos nesses quatro
anos e meio eram todos traficantes, estupradores,
homicidas, sequestradores, enfim, todos praticaram
crimes hediondos?
Claro que não, mesmo aquele jovem réu primário
vai ter o mesmo tratamento desumano, vai ficar na
cela superlotada dividindo o espaço com um veterano
que lhe ensinará, com competência, o que é ser um
bandido de “alta periculosidade”.
Será que se houvesse mais humanização nos
nossos presídios, sem superlotação, sem ociosidade,
sem castigos físicos e psicológicos não haveria
redução desse número? Será que se houvesse
trabalho, oficinas profissionalizantes, esporte,
alimentação de qualidade, assistência médica e
odontológica e perspectiva de um futuro digno não
haveria diminuição desse número assustador de 23
mil prisões em quatro anos e meio?
Diante da manchete “Reincidência chega em SE
a 70%, denuncia especialista” (JC 26/06/2013),
reafirmamos que prender para mostrar eficiência
da polícia é um equívoco. Se quisermos diminuir
a violência, além dos muros das penitenciárias,
temos primeiramente que acabar com a maior
violência cometida dentro dos presídios – que é a
violação dos direitos humanos.
Essas manchetes mostram quanto o nosso país não
prioriza solucionar os problemas do sistema prisional
brasileiro. Somos coerentes em citar as palavras do pai
da psicanálise Sigmund Freud: “O Estado proíbe ao
indivíduo a prática de atos infratores não porque deseja
aboli-los, mas sim porque quer monopolizá-los”.
*Pedagoga
Opinião
Jornal da Cidade
Dom Henrique Soares da Costa
Bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju
O que os cristãos creem sobre a família
V
ivemos em tempos de politicamente correto, de uma ditadura
das minorias que, por vezes, de
modo virulento, vão destruindo as
convicções e os valores que plasmaram a nossa cultura. Neste contexto,
a família é constantemente atacada,
ridicularizada, apresentada como
algo hipócrita e ultrapassado A moda
é nos querer impor famílias alternativas que, na verdade, pouco têm de
família. Basta dar uma olhada nas
novelas... Pois bem, a seguir, resumo o
que os cristãos creem sobre essa misteriosa instituição chamada “família”.
Não se trata de ser contra ninguém,
mas de defender com toda convicção
a verdade revelada pelo Senhor Deus
e por Ele inscrita no coração de cada
ser humano e no esculpida na própria
dimensão corpórea do homem e da
mulher. Eis a nossa fé, que nos foi
revelada, ensinada e transmitida
pelas gerações cristãs; eis o plano do
Senhor Deus para a família:
Cremos que a família foi instituída
pelo Senhor Deus desde a origem da
humanidade e é constitutiva do homem
e da sociedade humana.
Cremos que a família cristã, fundada no sacramento do matrimônio entre
um homem e uma mulher, é sagrada
e está acima das leis, dos caprichos e
arbítrios humanos.
Cremos que o matrimônio entre um
homem e uma mulher, santificado por
Cristo Jesus com um sacramento, sinal
do amor entre Cristo-Esposo e a IgrejaEsposa, é indissolúvel.
Cremos que cada família foi misteriosamente reunida pelo Senhor Deus para
ser espaço de humanização, escola de
amor e solidariedade e sinal da comunhão que vigora o seio da Trindade Santa.
Cremos que os pais receberam do
próprio Deus a sua missão de gerar e
educar sua prole e dela prestarão contas um dia ao Senhor.
Divulgação
Cremos que os pais têm uma autoridade sagrada sobre os filhos e devem
exercê-la com amor, firmeza, doçura,
espírito de serviço e responsabilidade.
Cremos que nenhuma autoridade
humana – muito menos a do estado –
pode se sobrepor ao direito dos pais
de educar seus filhos livremente de
acordo com a lei natural e a lei de
Deus.
Cremos que os filhos devem piedoso
respeito e veneração pelos pais durante toda a vida e devem honrar sua
memória, mesmo após a morte.
Cremos que pais e filhos formam a
Igreja doméstica, sinal vivo da única e
santa Igreja de Cristo, comunidade de
amor e de vida.
Cremos que os membros da família
devem ser instrumentos de santificação
uns para os outros.
Cremos que as dificuldades e crises
da vida familiar, quando enfrentadas
em união com Cristo, tornam-se cruz
redentora, que leva sempre à ressurreição.
Cremos que o desígnio de Deus para
a família é o fundamento de uma sociedade sadia e humana e que tal desígnio
está acima de quaisquer diferenças culturais ou direitos reais ou presumidos de
minorias, sejam elas quais forem.
Cremos firmemente e abertamente
proclamamos que, no plano de Deus,
família é tão somente um homem e
uma mulher numa união estável e total,
num amor aberto à vida efetivada nos
filhos que Deus lhes confia por geração
biológica ou afetiva.
Cremos que todo aquele que vive,
respeita e defende este sonho de Deus
para a família receberá a recompensa
do Senhor, hoje e por toda a eternidade. Amém.
Jácome Góes
da equipe de articulistas
O tempo é uma bênção
Silencie a ansiedade, ative a serenidade, e a paz será, em sua vida, uma
lídima verdade!
Elimine o veneno do ódio com o antídoto do perdão, promovendo, assim,
autoproteção!
Dissipe as sombras da indiferença,
facilitando acontecer a feliz oportunidade para gerar a brilhante luz da
consciência!
Reconheça a família como sala de
aula na escola do mundo, e assim agindo, será crível doar o melhor de si em
termos de fraternidade e solidariedade,
investindo na difícil experiência do adeus, podendo chorar, não de remorso,
mas, sim, de saudade.
Aprenda a aplicar a empatia respeitando as diferenças individuais, e será
essencialmente bem mais fácil manter
uma boa convivência interpessoal!
Com a difícil experiência da ofensa,
aplique a humildade para pedir perdão
reconhecendo-se ofensor, assim como a
generosidade para perdoar sentindo-se
ofendido, pois agindo de forma racional
estará, por justiça, credenciando-se a
receber, de retorno, o apoio da luminosa atenção espiritual!
Invista no patrimônio material,
sem jamais infringir os princípios
éticos e morais codificados pela dignidade, pois extremamente importante
é sabiamente reconhecer que tudo é
tangível e temporal, e só o patrimônio
da alma é realmente válido em todas
as dimensões!
Aplique o eficiente recurso da autovigilância, e assim agindo, será viável
ativar o método da presciência e antevisão das consequências, antes de assumir qualquer atitude!
Acredite que expressões verbais - as
palavras -, quando ensinam, confortam
e abençoam, traduzem a pura essência
do amor em ampla dimensão!
Valorize o tempo como bênção de
inestimável importância e feliz oportunidade para redimir, no presente, os
erros do passado, projetando luz nos
caminhos do futuro!
Tudo é possível em termos de autorredenção, para quem realmente
acredita que o legítimo sentido da vida
é, sim, sem dúvida, iluminar a consciência, enobrecer a alma e dignificar
a própria existência!
Cada dia é uma maravilhosa oportunidade para promover a dinâmica
da autorredenção, tudo em nome do
amor: seiva que nutre a vida!
Pense nisso, por favor.
Meu abraço, de coração a coração!
Kleber Santos
Da Equipe JC
Salmista Davi X Facebook
Muita gente deixa a sua Bíblia aberta
em algum salmo em cima da televisão
ou numa cômoda. Geralmente, no
Salmo 23: “O Senhor é o meu pastor...”
ou no Salmo 91: “Aquele que habita
no esconderijo do Altíssimo...” como
se fosse um amuleto. Um objeto que
em deixando aberto pudesse expulsar
qualquer mal. Talvez, choque você, mas
não vejo vantagem nisso. Porque não é a
Bíblia aberta que faz a diferença na vida
de alguém, mas a Palavra nela contida. E
esta Palavra tem que estar guardada no
coração. Salmo 119 registra: “Escondi a
tua palavra no meu coração”. Logo há
algo a ser guardado em nós: a Palavra.
Mas existe o outro lado da moeda.
Acredito que existem sentimentos
que não podem ser escondidos, mas
expostos. E mesmo Deus sabendo de
tudo o que acontece conosco, algumas
palavras precisam ser ditos a Ele. Davi
sabia disso.
Pouca gente faz uma ligação ao fato
de Davi ser "um homem segundo o coração de Deus" e também ser o cara que
mais expressou o seu coração a Deus
nos Salmos.
Sim, Davi não temia expor quem ele
era a Deus e o que sentia. Salmo fala
de momento, de instante, de alma, de
sentimento, ainda que muitas vezes
contraditórios.
Ora, por isso, vemos que no Salmo
16.8 Davi escreveu: "Sempre tenho
o Senhor diante de mim...", mas no
Salmo 13.1, o mesmo Davi desabafa:
"Até quando, Senhor? Para sempre te
esquecerás de mim?".
Para entender esse impasse, o
próprio Davi pode nos responder no
Salmo 51.6: "Deus deseja a verdade
no íntimo".
Sim, independente de qual seja a
nossa verdade, o que está dentro de
nós, Deus quer ouvir.
O inusitado é que Davi começa o
Salmo 13 falando "até quando, Senhor?", mas termina o mesmo salmo
afirmando "eu, porém, confio no teu
amor".
Davi era extremamente relativista, assim como nós, e Deus sabe da
nossa relatividade, até porque absoluto só Ele.
É por isso que não precisamos es-
conder nada de Deus: Ele nos ama. E,
por tabela, não nos rejeita. E o fato de
expormos as nossas vísceras, trazer
à luz o que está latente, o que dói, o
que nos machuca, não anula a nossa
confiança nEle.
Na medicina, sempre ouvi que o
primeiro passo para curar uma doença
é saber qual é a doença. Talvez, seja isso
que nos falta: a sinceridade de expor a
Deus o que nos incomoda?
Acredite nesse princípio: guarde a
Palavra contigo e exponha a sua alma
a Deus. Sabe, conversar com Ele como
você pudesse se abrir a um amigo
pode ser mais terapêutico do que você
imagina.
Em tempos de Facebook, infelizmente, muita gente esquece que
o melhor lugar para expor a alma,
salmodiar, abrir o coração não é nenhuma rede social, mas no divã de
Deus. Como bem diz o escritor cristão, Caio Fábio: "insensato é o que
faz conhecer o que está dentro de si
para todos". É isso!
[email protected]
Opinião
Jornal da Cidade
Rua São Cristóvão (III)
O edifício Santana, localizado no nº 270, da Rua São
Cristóvão e construído pelo empresário Augusto Santana, foi o primeiro prédio de apartamentos do logradouro,
exclusivamente residenciais. No início dos anos de 1960,
um dos seus ilustres moradores foi o jornalista e acadêmico da Academia Sergipana de Letras, Orlando Vieira
Dantas, diretor do combativo jornal Gazeta de Sergipe e
da Usina Vassouras de Capela. No térreo desse prédio foram dispostas salas para atividades comerciais de diversos segmentos, tipo relojoaria, sapataria, barbearia, entre
outros. Atualmente funcionam a Ótica Nacional, bem na
esquina com a Rua Itabaianinha, além de diversas lojas,
entre elas o Paraíso Infantil, loja de brinquedos e óticas.
Seguindo-se ainda pelo lado direito da Rua São Cristóvão em direção da Rua Santo Amaro, encontrávamos,
no número 302, a residência do dentista, artista plástico
e intelectual de projeção, Celso Oliva, que integrou sociedades culturais de Sergipe, em funcionamento nos anos
de 1950. Nesse imóvel funcionou, depois, a empresa
Habitacional, dirigida pela advogada e atual Senadora
Maria do Carmo Nascimento Alves e pelo seu marido, o
engenheiro, político, ex-Governador do Estado de Sergipe e ocupante da Cadeira nº 22, da Academia Sergipana
de Letras, João Alves Filho, atual Prefeito de Aracaju.
Anos após, nesse lugar, foi fundado o Jornal da Manhã,
pertencente a esse mesmo grupo empresarial.
O Jornal da Manhã mudou-se para a Rua Cláudio
Batista, nº 334, no Bairro Santo Antônio, e foi sucedido
pelo Correio de Aracaju, atualmente dirigido pelo empresário João Alves Neto. No imóvel, funcionaram nos últimos
anos empreendimentos variados. Mais adiante, residiram
familiares do professor Alcebíades Melo Vilas-Boas, diretor-proprietário do Colégio Tobias Barreto e, no número 358,
residiu Wilson Wynne da Mota, pai de Wellington Paixão,
Prefeito de Aracaju na gestão (1989-1992). Na esquina com
a Rua Santo Amaro, no número 368, funcionava o armazém pertencente a José Sizino Calumby Barreto.
Esse logradouro, a esse tempo, já era pavimentado
até a Rua Santo Amaro, a paralelepípedos-retangulares
procedentes de jazidas de granito de Itaporanga d?Ajuda.
No lado esquerdo dessa mesma rua, ainda no trecho
entre as Ruas Itabaianinha e Santo Amaro, havia a residência do empresário Augusto Barreto de Moura, proprietário do Café Império (o Imperador dos Cafés), cuja
torrefação era localizada na Rua José do Prado Franco.
Augusto Barreto, como era conhecido, era um empresário que tinha um bom trânsito nas classes produtoras
e culturais do estado. Pertencia à Associação Comercial
do Estado e ao Lions Clube Aracaju-Centro, do qual foi
presidente. Dedicou-se, também, à produção artística,
patrocinando artistas locais, nacionais e concursos de
miss Sergipe, além de participar da organização da Associação Atlética de Sergipe e do Iate Clube de Aracaju.
Quando Terezinha Morango foi entronizada como Miss
Brasil, Augusto Barreto realizou uma festa para recebê-la
em Aracaju. Essa linda mulher foi hóspede do empresário
e da sua família e, enquanto esteve na cidade, foi alvo de
tietagem dos seus ardorosos fãs, que ficavam no sereno,
na vigilância do oitão do casarão, para disputarem autógrafos da miss, fotos e lances coloquiais, quando ela abria
um dos janelões para a Rua São Cristóvão, quando era
ovacionada pela moçada. Nessa antiga casa, funcionou
o Banco América do Sul e na atualidade sedia uma das
agências do Banco Santander.
Caminhando-se com destino à Rua Santo Amaro, havia um galpão com uma oficina mecânica, transformado
em estacionamento, atualmente. Ao longo desse trecho,
seguem-se lojas de produtos infantis, tipo Magazin do
Bebê, O herdeiro. Antigamente, nesse mesmo trecho,
havia a residência do Deputado Estadual Antônio Torres
Júnior, advogado e brilhante orador, um dos líderes políticos da União Democrática Nacional, em Sergipe, partido
político de extrema direita, cujos filiados defendiam o
conservadorismo político e as relações mais próximas com
a política externa norte-americana. Acompanhando essa
linha política o Deputado Torres Júnior, como era mais
conhecido, alcançou representações estaduais como Secretário da Justiça, na gestão governamental de Leandro
Maciel (1955-1959), Presidente da Assembleia Legislativa, na gestão do governador Luiz Garcia (1959-1962)
e líder do governo na Assembleia Legislativa, durante a
administração do governador Lourival Baptista, ocasião
em que defendia os interesses políticos da ARENA ?
Aliança Renovadora Nacional. Foi um dos mais ferrenhos
opositores da política do governador João de Seixas Dória
(1963-1964) e autor da Resolução nº 4, de 4 de abril
de 1964, que alavancou o processo de impeachment de
Seixas Dória, deposto por representantes da Ditadura
Militar de 1964, sob a acusação de subversivo, ante ao
seu discurso democrático, que propugnava por reformas
políticas capazes de dignificar a sociedade brasileira.
Torres Junior, no exercício do mandato de deputado
estadual, foi assassinado, com cinco tiros de arma de
fogo, no dia 21 de dezembro de 1967, na Rua São Cristóvão, esquina com a Avenida Rio Branco, por questões de
vingança, motivadas pelo comando político de Canhoba,
em Sergipe, a sua cidade natal. Era casado com a advogada e depois Juíza de Direito Gicélia de Araújo Torres,
magistrada que valorizou o Judiciário sergipano.
No mesmo lado esquerdo, erguia-se a residência de
Joel da Jurema, empresário rural muito conhecido na Região do Cotinguiba. O seu filho, Juce Faro, era proprietário
de um carro conversível americano, que sempre o emprestava ao governador para passar em revista as tropas militares, no desfile de 7 de setembro, sob o aplauso do povo.
Já na esquina com a Rua Santo Amaro, havia a residência do empresário Edson da Cunha Lima, proprietário da
loja A Soberana, no segmento de móveis, localizada na Rua
Itabaianinha. Edson da Cunha Lima, além de comerciante
era proprietário rural no município de Frei Paulo. Na sua
antiga residência, cuja fachada lateral era bastante comprida e voltada para a Rua São Cristóvão, tempos depois funcionou um pensionato exclusivo do sexo feminino, frequentado por comerciárias, funcionárias públicas, estudantes e
autônomas. Na atualidade, o imóvel foi dividido em várias
lojinhas, que atendem a um variado comércio.
A Rua São Cristóvão, nessa intersecção com a Rua
Itabaianinha, mantém um grande movimento de populares que se destinam a outros espaços públicos das
imediações, especialmente, a Praça João XXIII, centro
do fluxo de transporte alternativo para os municípios
da Grande Aracaju.
B-5
Wanderley Ribeiro
José Anderson Nascimento
Presidente da Academia Sergipana de Letras, jornalista e memorialista
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
Advogado/UCSal. Pedagogo/FEBa.Mestre em Educação/UFBa. Professor na Graduação e na Pós-Graduação.
Ex-Avaliador do INEP e do CEE-Ba.Consultor. Autor nas áreas de Educação e Direito.
Vem chegando o Carnaval. E a Educação?
E
stá se aproximando o Carnaval. Aqui
em Salvador já houve promessa de
dois carnavais: um agora, em fevereiro e outro em junho, com a Copa do
Mundo de Futebol de Campo da FIFA. Sem
polemizar sobre a (s) referida (s) festa (s),
que, como se sabe, é a festa mais popular
no Brasil, geralmente dura três dias e,
como se diz popularmente, “o ano só começa depois do Carnaval”. Em Salvador,
como se sabe, a referida Festa se inicia na
quinta-feira à noite e termina na Quarta-Feira de Cinzas, inclusive com os famosos
“arrastões”, prolongando a mesma.
Pessoalmente, nada tenho contra a festa da carne, e creio, inclusive, que a indústria do Carnaval, sendo bem organizada,
pode ser um fato gerador de emprego e
renda para movimentar o ano todo a economia do município que a promove, realizando, por exemplo e não apenas, ações de
incremento ao turismo.
Entretanto, cabe ressaltar que, muitas
vezes, a indústria do Carnaval não beneficia todos, mas muito poucos e vemos,
ainda, a falta de respeito com o direito dos
que não gostam ou não querem participar
do reinado de Momo.
Em Salvador, por exemplo, abadás de
blocos tidos como preferidos pelos foliões,
chegam a custar R$3.000,00 (três mil reais) ou 4,14 salários-mínimos! Tais valores
são bastante significativos frente à realidade do Brasil e, consequentemente, da crise
econômico-social e da miséria que grassam
entre nós, brasileiros.
Quisera eu que a ansiedade que muitos têm pela chegada do Carnaval fosse
semelhante à nossa necessidade em outras situações, e que parece que nem nos
deixa indignados, tais como: o descaso
dos governos para políticas públicas
como Educação, Saúde, Moradia, Transporte, Segurança, Seguridade Social...
Quisera eu que tal a ansiedade pelo
Carnaval se transformasse e ficasse bastante retratada na indignação quando nossos
pequeninos, mas cidadãos, não têm acesso
à educação formal, apesar das garantias
constitucionais, ex vi art. 205 e seguintes
da Constituição Federal, isso para nem entrar no mérito da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB) vigente, a
Lei nº 9.394/96 e outras tantas legislações
infraconstitucionais.
Quisera eu que a população brasileira
se indignasse e demonstrasse tal indignação quando esperamos horas e horas para
marcarmos um atendimento médico e conseguimos...para um mês após, ou mais. Ou
ainda, que tivéssemos a possibilidade de
escolher não fazermos um seguro saúde,
sem medo de não deixar de sermos atendidos quando sentirmos a dor, a necessidade
e não um mês depois. Afinal, como se diz
popularmente, “Se for de morrer, morre”.
Quisera eu que esta mesma indignação
fosse retratada por não termos moradia
digna para todos, água encanada, esgotamento sanitário, iluminação elétrica...
Quisera eu que tal indignação fosse
taxativa quanto ao sistema de transporte público que nos humilha diariamente: ônibus mal conservados, em
quantidade insuficiente, sujos, inclusive
com baratas e demais insetos, além da
qualidade duvidosa na prestação desse
importante serviço.
Quisera eu que essa mesma indignação fosse demonstrada quando estamos “presos em nossos próprios lares”,
quando somos obrigados a andarmos
aos sobressaltos, com medo de tudo e de
todos, desconfiando do próximo que está
ao nosso lado.
Quisera eu que tal indignação fosse
exposta quando, após trabalharmos e
contribuirmos por longos anos — que,
em regra, são 35 (trinta e cinco) anos
para homens e 30 (trinta) para mulheres —, pudéssemos gozar do que
os gregos denominavam “diagogos”
(“ócio digno”). Ledo engano, em regra,
a aposentadoria, no Brasil, é o início de
uma nova jornada trabalho, ainda que
na informalidade, sob pena de não se
conseguir sobreviver com um mínimo de
decência, sem sequer conseguir adquirir
os remédios necessários à manutenção
da saúde, que o tempo e a qualidade de
vida levaram embora.
Mas aí já seria uma outra sociedade.
Não esta que aí está, onde a quantia de
R$3.000,00 (três mil reais) para se adquirir um abadá para “curtir” três dias de
festa é considerada “pouca”, ou, ainda que
“muita”, todo esforço é feito para se chegar
ao fim pretendido. Agora lanço a pergunta
ao (à) leitor (a): e se os mesmos valores
correspondessem à aquisição de um livro
ou de um curso?
As mudanças culturais acontecem, mas
são lentas. Não podemos, como diria Émile
Durkheim, mudar a sociedade, ou melhor,
os valores arraigados nela, muito rapidamente, sob pena dela, sociedade, vingar-se em nós ou em nossos descendentes.
Entretanto, trilhar o caminho da mudança
depende de nós. Há de ser dado o primeiro
passo, pois é assim que se começa a caminhada. Vamos tentar?
*****
Terminou Prazo de Inscrição para o
Sisu — Terminou no último dia 07/02p.p.,
sexta-feira, o prazo para a inscrição na
lista de espera do Sistema de Seleção
Unificada (Sisu). NO próximo dia 11/02,
terça-feira, as Instituições de Educação
Superior (IES) convocarão os candidatos
da lista de espera.
*****
Parabéns à UFS — Nossos parabéns
à comunidade universitária da nossa
Universidade Federal de Sergipe (UFS,
www.ufs.br) que teve 19 (dezenove)
docentes contemplados pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq), sendo 15 (quinze)
com bolsas PQ, isto é, Produtividade em
Pesquisa e 4 (quatro) com bolsas DT, isto
é Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora.
*****
Concurso no IFBa — O Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
(IFBA, www.ifba.edu.br)) está com inscrições abertas de 24/01 a 24/02 próximo,
para o Concurso 2014 dos Cargos Técnico-Administrativos. São oferecidas 378 (trezentas e setenta e oito) vagas distribuídas
em 59 (cinquenta e nove) cargos para 20
(vinte) cidades da Bahia. Os vencimentos
variam de R$1.640,34 a R$3.392,42 e as
taxas de inscrição de R$50,00 a R$70,00. A
carga horária semanal é de 40 (quarenta)
horas. Maiores informações no sítio do IFBa
ou www.funrio.org.br.
*****
Ateliê Art Cult: espaço de bem-estar
— O Ateliê Art Cult surgiu como o resultado de uma busca pela integração,
integridade e coerência dos seus participantes, e é assim que sua missão e visão
se encontram. Dentre os cursos que são
oferecidos estão: dança terapêutica, meditação yoga, dança do ventre, teatro,
acordeon, canto, piano, teclado e violão.
O referido Ateliê tem a direção vibrante dos professores Beth Soares e Pedro
Soares. Maiores informações: www.atelieartcult.com ou Rua Luiz de Camões,
98 – Vila Laura – Salvador – Ba – Tels.:
(71)-3484-1411/3488-8889.
*****
Contatos com esta Coluna: [email protected] ou para Travessa da Ajuda,
02/601 — Centro — 40.020.030 – Salvador – Ba. Telefax.: (71)-3243-6832.
JOSÉ LIMA SANTANA
ADVOGADO, PROFESSOR DA UFS, MEMBRO DA ASL E DO IHGSE
O choro da viúva de Agripino Maçaranduba
Maçaranduba (Manilkara huberi) é
uma árvore com cerca de 40 a 50 metros
de altura, da família das Saponáceas, que
se esparrama, sobretudo, pela região amazônica. Essa é a maçaranduba verdadeira.
Sim, porque há outras variações, que vicejam em várias regiões do Brasil: maçaranduba-amarela, maçaranduba-de-leite,
maçaranduba-mansa, maçaranduba-preta.
A maçaranduba verdadeira é a mais valorizada, cuja madeira é mais pesada, mais
dura e resistente, sendo muito apreciada na
construção civil. É madeira para demorar
anos e anos em bom estado de conservação.
A palavra maçaranduba é de origem
tupi e passou por variações gráficas ao
longo dos tempos. Desde 1943, por força
das normas ortográficas da língua portuguesa daquele ano, passou a ser escrita
com “ç”, em substituição aos dois “s”, antes empregados. Todavia, nomes próprios
conservaram a grafia anterior, ou seja, com
os dois “s”. Assim é que, por exemplo, Massaranduba é nome de municípios em Santa
Catarina e na Paraíba. É nome de praia no
estado de São Paulo e de bairro em Salvador. E há muitos outros. Em Nossa Senhora
das Dores (SE) há um povoado e um lugarejo com esse nome. Mas é também nome
adotado (sobrenome ou patronímico) por
algumas famílias, como foi tão comum no
passado a adoção de nomes de árvores
brasileiras por várias pessoas, como judeus
e holandeses que por aqui fincaram raízes,
e como, ademais, já era comum em Portugal, no caso de mouros e judeus que se
cristianizaram forçosamente: os chamados
cristãos-novos, estes muito mais judeus
(os marranos) do que mouros. Carlos Maçaranduba, por exemplo, é nome de um
personagem do Casseta & Planeta.
Conheci, na minha infância, o velho
Agripino Maçaranduba (escrevo com “ç”,
embora saiba que o nome dele era grafado com dois “s”), que, outrora, fora dono
de apreciada tropa de burros que fazia o
transporte de cargas de cereais, cachaça e
cabaú para várias cidades da Cotinguiba,
do agreste e do sertão sergipano. O velho
tropeiro era casado com Sá Maria de Tertina do finado Zé de Fulô, doze anos mais
nova que ele. Tertina era mãe, e Zé de Fulô
era avô de Sá Maria. Agripino, por conta
da profissão, andava pelo mundo, transportando mercadorias e juntando cobres.
E diziam as más línguas, que, na verdade,
tinha e tem demais nesse mundo de meu
Deus, que Sá Maria botava uns enfeites
galhosos na testa larga do marido. Disso,
porém, eu não dou fé. Prefiro, nesse caso,
dobrar a língua, embora não posso deixar
de fazer o registro do que diziam.
Além da tropa de burros apaideguados,
Agripino Maçaranduba tinha boa casa de
morar, fincada em extenso e formoso sítio,
uma solta de gado bovino de dar gosto ver,
três casas no aluguel e uns trocados emprestados a juros em mãos de confiança. Em
ordem de pobre, ele estava bem situado na
vida. “Deus ajuda a quem trabalha”, vivia
a repetir, na sua simplicidade por todos
apreciada e comentada. Homem de bem.
Prestativo como ele só. Era pena que fosse
corneado pela mulher, se verdade fosse tamanho desfrute. Verdade era que Sá Maria
era uma mulher desfrutável. Desbocada e
briguenta. Brigava até com as muriçocas nas
noites de empesteação dessas miniaturas de
vampiro dos trópicos. Mulher sem religião,
tão diferente de duas de suas irmãs, que
eram do Apostolado da Oração, e da outra
irmã, que tinha se bandeado para os crentes
da lei batista, como era corrente dizer-se.
A vida, alguém já disse, é como uma
escada, por onde ora se sobe e ora se desce.
Na sua condição de trabalhador incansável,
Agripino Maçaranduba continuava subindo, se ajeitando, prosperando, quando,
de repente, abateu-se sobre ele terrível
enfermidade. O pobre homem correu daqui
para ali, bateu pernas em busca de médico
e valimento que lhe curasse. Os melhores
médicos de Aracaju foram consultados.
Exames, que, na época, não eram tantos
assim, foram realizados. Remédios foram
aviados e consumidos. Durante dois anos,
Agripino gastou o que tinha. Desfez-se de
tudo quanto possuía, exceto a casa de morar. Não teve jeito. O velho tropeiro bateu
as botas, deixando Sá Maria viúva com duas
filhas em idade de casar, mas sem conseguir
pretendentes. Naquele tempo, muitos rapazes no interior tinham uma cisma danada
em namorar e desposar filha de mulher
“gaieira”, como se diz no vulgo. As pobres
moças haveriam de amargar o caritó. E,
deveras, amargaram. Aliás, dizia-se à larga
que o velho tropeiro contraíra a terrível e
temível doença chamada cornite inflamatória. Santo Deus! Segundo Sivirino rezador é
um inchaço, isto é, um tumor das seiscentas
mil pestes, que dá no meio da testa. No
lugar não visível do chifre levado, que se
enraíza de cérebro adentro e mata o corno
em pouco tempo. Sivirino sabe das coisas.
Reduzido a quase nada o patrimônio de
Agripino, Sá Maria o enterrou em cova rasa,
mal colocando uma cruz de madeira pintada
com tinta preta e adornada com letrinhas
miúdas, onde se lia, na vertical: “Agripino
Maçaranduba”. E na horizontal: “Faleceu em
20/10/62”. Tempos depois, Sá Maria vendeu a boa morada no aprazível sítio e comprou uma casa mais modesta, onde abriu
um negócio de miudezas. Deu certo. Não
enriqueceria, mas também jamais passaria
necessidade com as duas filhas solteironas,
que se tornariam professoras do Município.
Uns oito anos depois, quando eu estava findando o curso ginasial, morreu uma
vizinha de Sá Maria, amiga da minha avó
Lourdes. Eu fui com vovó ao enterro. E
lá estavam Sá Maria e as duas filhas. No
cemitério, vovó fez a costumeira romaria,
indo de sepultura em sepultura dos parentes ali enterrados. Eram umas cinco ou seis
carneiras simplórias, espalhadas pelo velho
cemitério, que, ao longo do tempo, aumentaria de tamanho por duas vezes. Na quina
esquerda dos fundos do cemitério ficava um
dos descascados jazigos dos Soares Santana,
sobrenome da família da minha avó, e que
era vizinho da cova de Agripino, que rasa
continuava, mas bem cuidada, limpinha,
sem matos em cima ou ao redor, pois Vardo,
o coveiro, cuidava do cemitério como se
fosse o terreiro de sua casa. Ali, afastada da
aglomeração de pessoas que foram à última
morada da mais recente moradora daquele
campo santo, minha avó deparou-se com Sá
Maria. Dona Lourdes tomou um susto com o
que viu: estava Sá Maria de cócoras, fazendo
xixi sobre a cova do seu marido defunto. “Sá
Maria, o que é que você tá fazendo aí, filha de
Deus?”. E ela: “Tou chorando por essa lástima
que quase me deixou na miséria, Lourdes”.
Minha avó: “E isso é choro, Sá Maria?”. A
resposta veio rápida como o raio da silibrina:
“Cada um chora por onde quer”. Danou-se.
B-6
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
Cidades
Jornal da Cidade
Fotos: Jadilson Simões
Aumenta a
incidência de
escorpiões
morar no
bugio
agrada a gente
como José
Aragão, líder
comunitário,
que espera por
melhorias na
comunidade
onde mora
O
Bugio é bairro com jeito de cidade
Moradores reclamam da insegurança e do atendimento precário no posto de saúde
Grecy Andrade
Da equipe JC
O
fim de tarde no bairro
Bugio, zona norte de
Aracaju, é bem agitado. O nome do bairro, na verdade, é Assis Chateaubriand,
porém parte da população
aracajuana sequer o conhece
por esse nome. O local parece
mais uma cidade do interior.
São 17.773 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Mas, mesmo com a
insegurança apontada pelos
moradores, lá, as pessoas costumam sentar-se nas praças
e em frente às residências e
observar quem passa pelas
ruas. Os moradores também
aproveitam a tranquilidade do
dia para conversar, jogar dominó, bater uma bola e tomar um
sorvete. É no Bugio onde está
instalado o santuário de Nossa
Senhora Aparecida.
Questionados sobre os pontos negativos e positivos do
Bugio, a primeira coisa que
vem na mente deles é a falta
de medicamentos no posto de
saúde. É o que afirma o aposentado Adebaldo da Cruz, 78
anos, que desde menino vive
no Bugio. “Eu, sinceramente,
gosto muito daqui, o comércio
é bom, tem praça para a gente
ficar conversando, as ruas são
boas; mas tem uma coisa ruim:
tem dias que a gente vai ao posto de saúde e não tem remédio,
e pior, às vezes nem médico
tem”, reclamou Seu Bal, como
é conhecido na região.
Para José Tadeu, 67, o que
mais preocupa no bairro é a
questão da segurança. “Não
tenho do que reclamar, pois
o bairro mudou muito, aqui
era cheio de mato, de lama, e
hoje as ruas estão todas asfaltadas. Além disso, aqui pode
cair um dilúvio que as ruas
não ficam alagadas. Agora,
reforço, o problema aqui é a
falta de segurança, quase todos os dias ouvimos histórias
de assaltos e de mortes aqui
no bairro”, alerta.
Já no ponto de vista de
José Aragão Barros, presi-
bairro Bugio se parece com uma cidade do interior: local possui comércio forte e falta de segurança
moradores do Bugio pedem mais atenção com as áreas de lazer e de prática de esporte
no verão
dente da Associação de Moradores do Bugio, hoje o
local enfrenta três principais
problemas na área da Educação, Segurança e Saúde.
Segundo Aragão, há 25 dias
faltam remédios básicos nos
postos de saúde Lauro Dantas
e Onésimo Pinto. “Fiz até uma
lista com os itens, lá está faltando luva de procedimento,
captopril, insulina, seringa de
insulina, paracetamol, gases,
esparadrapo, lozartana, entre outros. A lista completa
tem 15 itens. Enquanto isso,
a população está sofrendo,
tanto os idosos quanto os
jovens que vão ser atendidos
não conseguem atendimento
eficiente nem de qualidade”,
destaca.
Sobre a falta de segurança, Aragão pontua que a violência está contida nos quatro
cantos do bairro. “Costumo
dizer que a polícia nem sequer passa por aqui, é comum
ver adolescentes usando droga e assaltando. Senhoras que
costumam ir à igreja a noite já
estão até desistindo por causa
da violência, o comércio todo
dia tem roubo. Então, essa é
uma das questões mais preocupantes de lá”, afirma. Já
a educação, na percepção do
presidente da Associação, é
‘capenga’. “Há falta de professores, as escolas estão sem
estrutura física para dar uma
educação melhor à própria
comunidade, e sempre aquele
sofrimento da gente não ter
professor”.
Ainda segundo Aragão,
outro problema no local é
que 30% do Bugio não são
contemplados com saneamento básico. Já o transporte, de acordo com Aragão,
é satisfatório. Além dos
ônibus, o bairro é contemplado com o táxi lotação
que existe há 18 anos. “As
praças públicas precisam
de uma melhorada, porque
com uma praça arrumada,
os jovens poderão usufruir.
Deveríamos ter ainda programas esportivos, cam peonatos, lá não tem nada
disso”, concluiu.
calor e as chuvas típicas
do verão são fatores determinantes para aumentar o
número de aparecimento de
escorpiões, principalmente
nas áreas urbanas. Segundo
a coordenadora do Centro de
Zoonose, Roseane Nunes, no
ano 2013, em Aracaju, o bairro mais crítico foi o Olaria,
com o registro de sete casos.
Além do clima de verão,
entulho de construção civil
e o lixo contribuem para o
aparecimento de escorpiões.
“Com a presença desse lixo
urbano é certa a presença de
insetos como baratas, aranhas.
Ou seja, que fazem parte da
cadeia alimentar do escorpião.
Se possui com abundância, vai
aparecer o escorpião”, explica
Roseane, alertando que a melhor forma de prevenção é a
limpeza.
Ainda para a coordenadora,
o uso de inseticidas para os
escorpiões não funciona. “Pelo
Ministério da Saúde não é para
usar o escorpenicida, pois o esqueleto do inseto não absorve
o veneno. Com a aplicação,
a única coisa que acontece é
o afastamento temporário”,
expõe. Portanto, o escorpião
pode voltar.
Para suprimir a presença
do escorpião de forma equilibrada, deve ser eliminado
a principal fonte na cadeia
alimentar. Isso quer dizer
que o principal predador da
barata é o escorpião. Logo,
para coibir o aparecimento,
deve tirar o lixo. “A relação
é bem simples, didática e
eficaz. Inclusive, é esse tipo
de orientação que damos no
trabalho preventivo. Manter
os locais limpos, como a casa,
a rua e os terrenos baldios.
E caso tenha a presença de
baratas, vale o inseticida para
eliminá-las”, detalha.
Além do bairro Olaria, outros locais críticos constatados
pelo Centro de Zoonose no ano
de 2013 foram o Santos Dumont e São Conrado, com seis
casos registrados seguidos do
Santa Maria, América e Novo
Paraíso com cinco casos. “Quando uma pessoa é picada pelo
escorpião deve ser encaminhada
para a unidade de saúde imediatamente. É nesse momento que
tomamos conhecimento do caso,
pois somos notificados sinalizando a constatação de uma vítima”,
relata. Assim, com o conhecimento do local, a Zoonose com
um agente de endemia realiza o
trabalho educativo.
Ao constatar a presença
do escorpião, a pessoa deve
ligar para a Zoonose e informar a localidade através do
3179-3565 ou 3179-3528.
“Todos os escorpiões são
venenosos, por isso cautela.
O mais comum é o Tityus
stigmurs, conhecido popularmente como escorpião amarelo, e tem como característica uma faixa preta dorsal e
no final do corpo possui uma
mancha triangular”, informa.
Cidades
Jornal da Cidade
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
André Moreira
B-7
alerta médico
Quiabo não substitui
uso de medicamento
M
rogério dias utiliza a prática de anotar numa caderneta suas compras: usuários e comerciantes mantêm relação de confiança com essa prática
Muitos comerciantes ainda
mantêm a velha 'caderneta'
Na era dos cartões, muita gente ainda usa o caderno para anotar débitos
Gabriele Frades
Da equipe jc
E
m um mundo conectado e
onEm um mundo conectado e onde as facilidades
para obtenção de cartões de
crédito estão cada dia maiores,
a procura por pagamentos informais continua alta. Em vários
pontos comerciais da capital e
do interior de Sergipe, desde
pequenos mercados em bairros,
até o comércio de móveis em
lojas de grande e médio porte, é
possível encontrar contas penduradas em caderninhos. Segundo
pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a
principal causa da manutenção
da pendura no comércio de todo
o País são os juros altos cobrados
pelos cartões de crédito.
A pesquisa, realizada pela
Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste)
em parceria com o professor
da Escola de Economia de São
Paulo (FGV/EESP) Samy Dana,
mostra que os juros do cartão
de crédito no Brasil são mais
altos que os cobrados em países
como Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México. O estudo
aponta ainda que o Brasil tem
juros do rotativo (modalidade
de crédito em que não se paga o
valor completo da fatura) até 70
vezes superior à taxa básica – o
que equivale a uma média de
juros de 280,82% ao ano.
Os números chamam ainda
mais atenção quando comparados aos de outros países. A
taxa praticada no Brasil é 525%
maior do que a do Peru, que
cobra 44,8% ao ano. O menor
percentual é da Colômbia, com
28,31% anuais. Para fugir dessa
estatística, o militar reformado
Rogério Dias da Silva apostou
na confiança com o proprietário
de um pequeno mercado do seu
bairro e, há sete anos, realiza
cerca de 70% de suas compras
no local, usando a confiança e as
anotações dos produtos comprados em um pequeno caderninho.
“Há muitos anos que eu
moro aqui e sempre mantivemos
um vínculo de confiança. Comecei a comprar assim quando
me apertei financeiramente e
ele me ajudou. Hoje acho até
mais fácil para mim, porque é
uma compra que eu faço sem
muito protocolo. Ainda realizo
muitas compras no cartão, mas
como ele já me deu essa credibilidade eu gosto de comprar
nele, até para gerar lucro para
o comércio do meu bairro. Fora
que no cartão a gente paga juros
muito altos se atrasar por algum
motivo e aqui não, se eu atrasar
a gente conversa e se entende.
Além disso, o preço aqui muitas
vezes está melhor que nos mercados grandes”, afirma Rogério.
A proprietária do mercadinho, Cristiane dos Santos,
agradece a confiança e alega
que o sistema tem dado certo,
mas que a confiança não é dada
para qualquer um. Pra comprar
no caderninho tem que merecer.
“Trabalhamos com a maquineta
de cartão também, mas temos
clientes que chamamos de “fidelizados”, aqueles que confiamos em colocar as contas no
caderninho. Hoje usamos muito
mais o pagamento por cartão,
mas continuamos com aqueles
que conhecemos porque é uma
forma de ajudar os que não têm
condições de comprovar renda
para ter um cartão de crédito.
Não fazemos isso com todos, é
claro, só com quem temos uma
confiança grande da índole, da
honestidade”, explica.
Quando foi morar com o
marido, há sete anos, o mercadinho já existia e, de lá para cá,
várias mudanças foram feitas
para adequar o sistema. “Meu
marido foi quem teve a ideia do
mercadinho, e quando começamos tivemos muito prejuízo,
porque ainda não conhecíamos
a todos e a venda fiado era mais
comum. Ao longo de sete anos
já sabemos quem são as pessoas
que pagam certinho e, para
fugir dos prejuízos, fugimos dos
maus pagadores. Quem tem comércio, por maior que seja, não
deixa de usar os caderninhos
não”, alega Cristiane.
Para a doméstica Sarah
Rejane de Oliveira, comprar
na caderneta ainda é a melhor
maneira de conseguir controlar as contas no final do mês.
“No mercadinho aqui perto
de casa eu compro tudo que
preciso e ainda tenho um controle que o dono faz a cada 15
dias. Quando vejo que estou
exagerando dou uma parada.
Não deixei de usar o cartão de
crédito, mas só uso para comprar coisas mais caras, como
móveis, eletrodomésticos, material escolar, roupa, essas coisas que é bom de parcelar. Mas
feira, alimentação para casa,
itens de higiene, eu compro
no caderninho mesmo, porque
são coisas que temos que estar
comprando sempre em casa e
se formos ao mercadinho direto perdemos o controle e pagar por uma coisa que você já
consumiu desanima”, brinca.
Mas até mesmo móveis ain-
da são vendidos na base da
confiança. A empresária Margarete Gois é a prova disso.
Vendendo móveis há 19 anos
no Conjunto Eduardo Gomes,
em São Cristóvão, ela garante
que não abandonou a cadernetinha, mas que como os demais
parceiros de profissão também
teve que enxugar a lista de confiabilidade. “Hoje eu tenho cerca
de 200 clientes fiéis, até porque
morando há quase 20 anos no
mesmo local e vendendo a gente
já conseguiu cativar a clientela.
Pode parecer muito, mas já tive
bem mais clientes comprando
no caderninho. Precisei reduzir
porque tive problemas de pagamento, mas hoje está tudo certo.
Acredito que assim eu também
estou ajudando as pessoas a realizarem o sonho de ter um sofá
melhor, uma cama mais confortável e gosto disso”, garante.
Ainda de acordo com a
pesquisa da FGV, 29% da população brasileira não têm acesso a contas bancarias e 17%
compram fiado porque não
têm conta ou para tentar fugir
dos juros, de mais de 250% no
cheque especial e em média
de 280% no cartão de crédito
ao ano. Alternativa criticada
pelo economista paulista José
Matias Pereira. “Está tudo errado, por um motivo ou outro.
O ideal, quando uma economia
é bem organizada, é que as
pessoas todas tenham acesso a
contas bancárias e que paguem
juros normais, juros civilizados. E nós ainda não chegamos
nesse ponto. Enquanto isso, a
sociedade vai buscando esses
mecanismos pra poder encontrar soluções para os seus problemas”, explica.
André Moreira
dois barracos abrigam sem-teto na Orla da Atalaia: moradores têm deixado dejetos na área onde existem muitos bares e restaurantes
barracos na praia
Sem-teto se instala na Orla da Atalaia
Moradores e turistas que visitam a Orla da Atalaia, na altura
da passarela do Caranguejo, tem
se deparado com uma decoração
estranha nas areias da praia. A
presença de duas pequenas barracas e seus moradores no local
têm chamado a atenção, tanto
pelo local inusitado em que resolveram morar, quanto pela grande
quantidade de sujeira e dejetos
que têm deixado no local. Debaixo das passarelas de madeira,
que dão acesso ao mar através da
areia, garrafas de água, cerveja e
refrigerante, assim como embalagens de comida e higiene pessoal
se amontoam, causando na paisagem um aspecto de desleixo.
A equipe do JORNAL DA
CIDADE esteve no local, mas
nenhum morador das inusitadas
moradias foi encontrado para falar sobre o assunto. O que chama
a atenção é que uma delas está
montada com tanta estrutura
de conforto que até mesmo um
banheiro foi improvisado na área
externa da barraca, mostrando
que a presença dos invasores é
frequente no local. A assessora
de comunicação da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Gabriela Barbosa, afirma
que a notícia foi tomada como
surpresa pelo órgão e que providências foram tomadas ainda na
tarde da última terça-feira, 4.
“Só soubemos dessa invasão
através do jornal, mas vamos
averiguar a fundo o que está realmente acontecendo. Visitamos
o local à tarde e constatamos
realmente a presença de muito
lixo e sujeira no local, mas a limpeza foi realizada e tudo retirado. As barracas ainda não foram
derrubadas ou retiradas, porque
precisamos fazer um contato
prévio com os ocupantes, para
saber a real intenção deles, se é
a de morar no local, ou se estavam de passagem. Seja qual for
a situação, eles precisarão sair e,
para isso, serão o quanto antes
notificados”, explica Gabriela.
A Secretaria de Estado da
Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seids) também foi notificada e alegou que
já realizou um levantamento
no local. “Identificamos que as
pessoas que ali estão se encontram em situação de rua e como
moradores nessa condição são
transitórios, assim como aqueles
que invadiram a Hermes Fontes
ou as proximidades do Detran.
Muitos estão nessa situação, mas
têm casa, pois de acordo com a
pesquisa de Caracterização da
população em situação de rua
de Aracaju, realizada em 2007,
60% deles já receberam moradia. Vamos voltar ao local, mas
se eles não quiserem sair não
podemos forçá-los, enquanto
Centro Pop”, explica o coordenador do Centro Pop, Cesar Gomes
Gama Junior.
uita gente já ouviu falar nos benefícios do quiabo, e recentemente ele virou o mocinho na luta contra o diabetes,
depois que estudantes de Minas Gerais descobriram as propriedades terapêuticas do alimento. Segundo os jovens, alunos do
ensino médio mineiro, o quiabo auxilia na queda das taxas de
glicemia, e para tanto, basta colocá-lo em um copo com água
e beber o líquido depois de algumas horas. A descoberta dá
conta de que na mucilagem (conhecida como baba) liberada
pelo quiabo existe alta concentração de fibras, e é justamente
isso que ajuda a baixar os níveis glicêmicos.
No entanto, a nutricionista Flávia Rocha alerta que ele não
substitui o uso de medicamento, como também não substitui o
uso de insulina. Mas esse alimento acaba sendo um ingrediente indispensável na comida do brasileiro, sendo mais consumido pelo nordestino ou pelo mineiro. No Mercado Municipal
Albano Franco e na Central de Abastecimento de Sergipe
(Ceasa), a hortaliça é encontrada facilmente e o preço é bem
acessível, cem unidades são vendidas a R$ 5.
Manoel dos Santos comercializa frutas e verduras há mais de
30 anos. Ele, como bom conhecedor do que vende, confirma a
informação de que o quiabo é realmente bom para os diabéticos.
“É bom para os ossos, para diabetes, para o intestino e para um
monte de coisas, o quiabo é bom para tudo”, disse o comerciante.
Na banca de José Augusto o quiabo é um dos produtos mais
vendidos. Ele revela que o alimento vem principalmente de Itabaiana, e está sendo vendido a R$ 5 o cento, pois no período de chuva o
produto tem queda de preço.
“Quando estia muito o preço

sobe, mas está chovendo
muito agora, aí está bem
baratinho”, falou.
A nutricionista Flávia
Rocha explica que a hortaliça é fonte de potássio,
magnésio, ferro, vitamina
A, cálcio, vitamina C e ainda
tem alto teor de fibras que
auxilia no controle da saciedade e controle glicêmico.
Devido a essa última propriedade do quiabo, ele andou caindo
na mídia dizendo que ele podia até ´´curar´´ diabetes. “Tem que
ter muito cuidado com o que se lê e com o que se ouve por aí. Ele
não substitui o uso de medicamento como também não substitui
o uso de insulina. Ainda não foi descoberta a cura para Diabetes
e essa fama não vai ser do quiabo”, frisou.
Ele é essencial na alimentação tanto por seu valor nutricional
como pelo teor de fibras nele encontrado, propriedade também
encontrada em outros alimentos ricos em fibras que nos auxiliam a
retardar o esvaziamento gástrico e retardarem a absorção de glicose por tornar as refeições com baixa carga glicêmica, mas tudo isso
depende da quantidade e da combinação que será feita com o quiabo. Não vai ser unicamente o quiabo que fará isso tudo por você,
é a combinação dele com os outros alimentos da sua alimentação
diária que controla a glicemia e saciedade. “Ele acaba sendo uma
hortaliça coringa para diversos pratos, porém, infelizmente, não é
tão palatável para muitos. Talvez aquele que não gosta de quiabo
ainda não tenha acertado na combinação”, diz.
“Atenção para os diabéticos. Podem usar o quiabo na alimentação, porém não deve ser visto como milagroso. O milagre vai
estar na sua educação perante as escolhas alimentares, regularidade no exercício físico, controle do peso e obediência no tratamento medicamentoso. Muita gente ouve alguma informação
na televisão e toma aquilo como verdade absoluta. É preciso ser
crítico no que se ouve, principalmente quando qualquer prática
pode prejudicar seu tratamento. Já ouvi gente falando que ia
substitui o medicamento por água com quiabo. O Quiabo deve
ser visto como um coadjuvante no tratamento, como mais um
alimento rico em fibras que te auxiliará no controle glicêmico”,
reforçou a nutricionista Flávia Rocha.
apesar da fama
de suas propriedades no
tratamento da diabetes,
quiabo não dispensa o
uso de medicamentos
B-8
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
Esportes
Jornal da Cidade
José Cruz
Articulista do UOL
Pizzolato esporte & marketing
dinheiro vai todo para o esporte ou parte dele
fica pelo caminho para, digamos, “acertos” ou
“agrados”, como ocorreu no “caso Pizzolato”?
Como se sabe, Pizzolato foi condenado
a 12 anos e sete meses de prisão por crimes
de peculato, corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, no processo do mensalão Agora, viajava com o passaporte falso!
Segundo o processo no Supremo Tribunal Federal, Pizzolato repassava dinheiro de
marketing do Banco do Brasil para a empresa
de Marcos Valério, operador do mensalão, e
recebia um “agrado” em sua conta corrente…
Ele era o homem forte do marketing do banco;
dava a palavra final sobre valores dos contra-
tos, inclusive os negociados por Ary Graça, então presidente da Confederação Brasileira de
Vôlei. Estaria o esporte também sendo objeto
dessa corrupção? ainda não se sabe.
Enfim, no país do futebol onde algumas
gestões já se revelaram corruptas, parcerias de
marketing olímpico podem esconder, muitas
vezes, maracutaias que avançam sem-cerimônia, aproveitando a emoção que o esporte
oferece para desviar a discussão.
E num país em que a corrupção está institucionalizada, isso deve exigir atenção em
dobro da CGU e do TCU em todas as estatais
que financiam o esporte: Caixa, Petrobras, Infraero, Eletrobras, Correios e o próprio Banco
ENTREVISTA Cafu
"O Brasil é o time a ser batido"
A cerimônia do título da Copa do
Mundo da FIFA 2002, o experiente Cafu
não hesitou: quebrou o protocolo e
subiu no púlpito para erguer a taça
ainda mais alto. Ele era senhor da
situação naquele momento. Para
quem viu a cena, custaria crer que
aquele mesmo jogador, capitão do
penta, teve um início de carreira tão
complicado, sendo recusado em
diversos testes quando adolescente.
“Foram mais ou menos uns nove
‘nãos’ que ouvi”, conta ao FIFA.com.
Em entrevista exclusiva, o
legendário lateral direito fala
sobre essa dura provação para
iniciar sua carreira e a decolada
repentina que teve para, hoje, se
tornar uma autoridade em termos
de Seleção e Copa. Então qual a
expectativa dele sobre seus jovens
compatriotas no Mundial deste
ano, em casa? Ele não titubeia
novamente: “O Brasil é o time a ser
batido”. Confira:
w Esporte - Sua história é bastante
intrigante. Você demorou para
emplacar como jogador. Passou
por vários testes, mas, uma vez
aprovado no São Paulo e estreando
no profissional, imaginava que em
tão pouco tempo teria tanto sucesso?
Que estaria numa final de Copa em
94? Dava para imaginar de ir tão
longe?
Cafu - Não, não dava para imaginar
que poderia chegar aonde cheguei,
tão rapidamente como foi. Imaginava, sim, ser um atleta profissional,
um jogador, naquela época do São
Paulo, o clube aonde estava. Mas
depois as coisas aconteceram muito
rápido. O início de carreira é uma coisa muito árdua para muitos atletas,
muitos acabam desistindo na metade
do caminho, até pelas próprias dificuldades que o dia-a-dia do futebol e
da vida acaba te proporcionando. E o
fato de ter recebido muitos ‘nãos’ no
começo da carreira – foram mais ou
menos uns nove –, achei que não seria realmente um atleta profissional,
principalmente de Seleção Brasileira.
Mas, de uma hora para a outra,
num belo amistoso contra o São Paulo, o próprio clube que já havia me
mandado embora várias vezes, acabei
superando essa peneira e fiquei. Foram uns 15 dias para fazer teste, que
duraram uma eternidade. Só faltava
aquilo para mim, uma oportunidade.
Quando o São Paulo deu, agarrei de
uma maneira que não pudesse soltar
nunca mais. De 1991, quando me
firmei no profissional, em diante, foi
uma sequência de seleção paulista,
de seleção novos, Seleção Brasileira,
até ser campeão mundial.
w Esporte - Você se lembra de um
ponto, de um dia em que enfim sabia
que as coisas haviam virado? Que
você havia conseguido?
Cafu - Quando assinei meu primeiro
contrato com o São Paulo, não tinha
certeza ainda se daria segmento na
minha carreira ou não. Mesmo se
transformando em um atleta profissional, a competitividade é muito
grande, e, por ter já uma certa idade,
achei que seria difícil. Mas, quando
me firmei como titular absoluto,
quando conquistei o primeiro título,
aí vi, sim, que poderia ser um pouco
mais ambicioso. Comecei a trabalhar
para que pudesse ir para a Seleção.
Quando tive isso, aí comecei a tra-
Getty Images
Capitão da Seleção Brasileira no título de 2002, Caju fala sobre carreira mundial
balhar pela oportunidade de ir para
uma Copa do Mundo. Depois que
você está lá, você só quer ganhar uma
Copa. Então foi uma sequência de
vitórias e coisas boas, que me proporcionou ser recordista de jogos com a
Seleção, capitão e campeão mundial
duas vezes
técnico nisso. Mas é uma sucessão
para que se possa ganhar uma Copa
do Mundo, e, não, um episódio único, ou um detalhe que vai fazer você
ganhar. Um detalhe pode pesar numa
final, uma falta de atenção. Mas,
para chegar lá, você teve toda uma
preparação.
w Esporte - Na final de 1994, você
começa no banco, mas quando soube
que teria de jogar? Como veio a
notícia?
Cafu - O Jorginho estava bem, fazendo uma boa Copa, e eu vinha entrando gradativamente durante os jogos.
Era coisa de 10, 20 minutos. Na final,
com 15 de jogo no primeiro tempo, o
Jorginho colocou a mão na coxa. O
Parreira viu e falou: ‘Cafu, aquece’.
‘Nossa, eu aquecer?’, perguntei. E ele
disse que o Jorginho tinha sentido,
que ficaria de pré-aviso. Quando veio
a notícia, ele perguntou se eu estava
pronto, respondi que estava preparado há muito tempo e nem precisava
aquecer. Entrei na final, e graças a
Deus o Brasil foi campeão em cima
da Itália.
w Esporte - Na véspera do início
da Copa das Confederações da FIFA,
você estava em Brasília e teve acesso
ao treino. Como foi o contato com jogadores? Já sentia um grupo com um
astral diferente nesse sentido?
Cafu - Tive a oportunidade de conversar com eles no meio do campo.
Até falaram que eu teria dado uma
palestra, mas não foi isso. Foram
apenas umas palavras que acabaram
mexendo com o brio deles e da comissão técnica. Por tudo aquilo que vivi,
acho que valia passar algo para aquela garotada. Acho que assimilaram
bem. Ajudou a tocar os jogadores, e o
Brasil ganhou a Copa das Confederações de uma maneira fantástica.
w Esporte - Pensando nos grupos de 1994 e 2002, campeões,
sempre ouvimos que as coisas não
acontecem só dentro de campo,
que o ambiente pode ser tão
essencial quanto. Isso é um clichê ou
realmente fundamental?
Cafu - Para uma equipe, principalmente em Copa do Mundo – uma
competição curta –, se não estiver
unida, não vence. Sozinho ninguém
vence Copa. Não vem falar para mim
que o Pelé, o Maradona ou o Matthaus tenham ganhado algo sozinho.
É mentira. Sempre tem um time que
deu suporte para que se destacassem.
Se todo mundo não estiver focado,
não adianta, que não ganha. Tanto
em 1994 como em 2002 nosso foco
era único: a taça. Você precisa ter
talento, isso é óbvio. Nós tínhamos
o suficiente. Mas, se esses talentos
jogassem individualmente, o Brasil
não teria sido campeão.
w Esporte - Sobre esse tipo de química entre um elenco: como funciona? Vem muito do técnico ou é uma
sucessão de fatos que pode empurrar
o time nessa direção?
Cafu - É uma sucessão de fatos,
mesmo. Claro que também entra o
w Esporte - A Seleção não vinha com
bons resultados. Houve uma troca de
treinador até por isso. De repente,
contra o Japão, o Neymar acerta um
chutaço, as coisas dão certo, e cria-se
uma sinergia com a torcida. De alguma forma, tudo isso te surpreendeu?
Cafu - Para mim não. Sei do que um
atleta é capaz, do que uma Seleção
pode fazer. Principalmente jogando
em seu país, com o apoio da torcida.
Foi um dia em que tudo deu certo. O
Neymar fez um gol de perna esquerda, e o gol saiu no momento certo.
Tudo se encaixou. Na final, o Fred fez
um gol deitado. Mas isso só acontece
para quem acredita. A Seleção acreditou e ganhou daquela maneira. Então
para mim não foi surpresa nenhuma.
É a Seleção, e tem de ser respeitada,
principalmente em casa.
w Esporte - Entre a final e a estreia
na Copa, temos um ano de intervalo.
É possível que esse cenário possa ser
alterado, ou imagina que, quando o
Brasil entrar em campo, será o clima
da Copa das Confederações?
Cafu - Vamos entrar com o clima que
vimos na final. Clima de uma Seleção campeã, vencedora, que bateu a
Espanha por 3 a 0. Claro, é uma competição diferente, mais difícil. Mas o
Brasil é a seleção a ser batida.
do Brasil, que tem no vôlei de quadra e de
praia um belo caso de marketing vitorioso e
em Pizzolato um triste exemplo de corrupção
institucional.
Bomba
N
a semana passada publiquei sobre o tempo
quente na Confederação de Vôlei, com
muita gente questionando sobre a gestão do
ex-presidente, Ary Graça, hoje na Federação
Internacional da modalidade. Ainda coleciono
informações. Ontem ocorreu mais uma reunião na Confederação para discutir sobre os
rumos desse assunto, que domina o interesse
da comunidade do vôlei brasileiro.
panorama f.c
Por kleber santos e Dilson Ramos
Lampions League
A
primeira fase acabou da Copa do Nordeste
ou ‘Lampions League’, como foi apelidada
carinhosamente, fazendo uma referência a UEFA
Champions League. Participaram 16 equipes de sete
estados. Desse total, classificaram-se para as quartas de
final times de cinco federações. Apenas os estados de
Sergipe e Paraíba, que contaram com dois representantes
cada, não conseguiram a vaga. Para os paraibanos,
ameniza a situação o fato de o Botafogo-PB ter conseguido
o título Brasileiro da Série D no ano passado. E como
justificar os dois times sergipanos: Sergipe e Confiança?
Difícil de responder.
Quando comparamos com os outros estados a raiva ou
tristeza é maior. Senão, veja: começaram a competição com
dois clubes: Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Ceará e
Sergipe. Por sua vez, Bahia e Pernambuco entraram com três
representantes. Destaque para os alagoanos, nossos vizinhos
aqui do lado, que colocou tanto o CSA como o CRB na
segunda fase.
Com isso, a partir do próximo sábado (15), a torcida
contará com os duelos entre: CRB-AL x América-RN,
Vitória-BA x Ceará-CE, Sport x CSA-AL e Santa Cruz-PE x
Guarany-CE.
Enquanto nós, pobres mortais, teremos que nos
contentar com o início da segunda fase do Campeonato
Sergipano de Futebol. A pergunta que não quer calar é:
até quando?
***
Mais bem paga do mundo
Esta é a Maria Sharapova que você conhece: em quadra, jogando tênis. Mas sabia que a russa, segundo a Forbes, é a atleta
mais bem paga do mundo? Ela é a primeira colocada entre as
mulheres na lista anual da revista, com rendimentos de cerca
de R$ 29 milhões anuais. No ranking geral, ela está na 22ª
posição. E sabe como ela faz isso? Explorando sua imagem! Da
sua renda anual, nada menos que R$ 23 milhões provêm de
patrocínios e licenciamentos de sua marca.
***
ÁLBUM ATRASADO
A Panini, empresa que detém os direitos exclusivos para
produção e distribuição do álbum oficial da Copa do Mundo
da FIFA e do Campeonato Brasileiro - lança terça-feira (11),
o primeiro álbum de figurinhas oficial da Copa do Nordeste.
Inclusive, jogadores do Confiança e Sergipe estão presentes.
O detalhe é que o álbum chega quando os dois já estão fora.
Vá entender!
***
FRASE
“Ele vem do rival, mas é um jogador de futebol. Estamos fazendo o melhor pelo São
Paulo. Tentamos não contratar de monte,
isso não resolve nada. Foi uma surpresa para
todos nós, porque um jogador desse nível é
difícil achar que alguém possa fazer negócio.
Estávamos procurando um segundo atacante
ou um atacante, mas não esperávamos”
(Muricy Ramalho, técnico do clube do Morumbi, sobre Pato).
NÚMERO
3
anos, três meses e 61 jogos seguidos: há exatamente esse
tempo o Manchester City não deixava de fazer gols em casa
pelo Campeonato Inglês, até enfrentar o Chelsea na última
segunda-feira.
REUTERS/Jason Reed
A prisão do ex-diretor de marketing do
Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, ontem,
na Itália, sugere mais um capítulo sobre as
relações do Estado com o esporte.
Como se sabe, o Banco do Brasil é parceiro
histórico da Confederação Brasileira de Vôlei.
Assim como os Correios sustentam a natação,
a Caixa o atletismo e por aí vai.
Porém, os valores e compromissos dessas
parcerias nem sempre têm divulgação aberta
por questão de “mercado”, para dificultar a reação dos concorrentes. Também ficam escondidos os compromissos das partes que assinam
os contratos. E sem clareza no uso da grana
pública sobram dúvidas e suspeitas. Afinal, o
eSPORTES B
08h00 – Campeonato Espanhol (ESPN)
08h30 – Italiano: Torino x Bologna (Fox Sports)
10h20 – Campeonato Inglês (ESPN Brasil)
15h00 – Português: Benfica x Sporting (Sportv 2)
16h45 – Italiano: Inter de Milão x Sassuolo (Fox Sports)
17h00 – Francês: Mônaco x PSG (Sportv 2)
18h30 – Paulistão: Mogi Mirim x Corinthians (Sportv)
19h15 – Argentino: Newell's x Boca Juniors (Fox Sports)
Aracaju  domingo 9 e segunda-feira 10.2.2014
da
Cidade
CADERNO
Jornal
programação da tv
[email protected]
Editor: Kleber Santos
Filippe Araújo/FSF
THIAGO SILVA
Dana White demite
brasileiro do UFC
A
s últimas 24 horas na vida de Thiago Silva provavelmente foram as piores da vida do lutador. Após ameaçar sua
esposa e o treinador dela de jiu-jítsu de morte, ser preso
pela SWAT e condenado a permanecer encarcerado até ser
julgado pela Justiça Americana, o lutador foi banido pelo
UFC, seu atual empregador. “Esse cara nunca mais voltará
a lutar no UFC”, disse Dana White aos sites TMZ Sports e
Yahoo na sexta-feira.
Horas mais tarde, o UFC divulgou um comunicado oficial confirmando as palavras do seu presidente. “O Ultimate
Fighting Championship cancelou o contrato de Thiago Silva.
A decisão tem caráter imediato”, disse o comunicado.
Julgado em primeira instância pela Justiça do estado da
Flórida, o brasileiro recebeu oficialmente duas acusações de
agressão com arma de fogo, com agravante de porte ilegal,
e também de resistência à prisão sem uso de violência. Sem
direito a fiança, o brasileiro ficará encarcerado até a data do
julgamento, que ainda não foi definida pela Justiça.
Problemático
D
Na primeira partida da final da Copa Governo do Estado, o Amadense venceu por 1 a 0, em Itabaiana
Amadense encara o Tricolor
Serrano para garantir título
Time de Tobias Barreto pode até perder por um gol que é campeão
Paulo Roberto
Da equipe jc
O
primeiro objetivo do
Amadense, visando à
conquista da Copa Governo do Estado, foi alcançado,
na noite da última quinta-feira,
em pleno Estádio Presidente
Médici. O Leão da Zona Sul
derrotou o Itabaiana, por 1 a 0,
e, a partir das 16h, deste domingo, no jogo de volta, em seus
domínios, o Estádio Brejeirão,
em Tobias Barreto, até com uma
derrota, por igual placar, garante o cetro máximo da competição, promovida pela Federação
Sergipana de Futebol.
O técnico Índio, após a vitória, declarou que gostou da
atuação da equipe. Segundo
ele, os jogadores, em todos os
momentos da partida, procuraram seguir à risca as suas
orientações, mas, apesar disso,
tem condições de render mais.
Neste domingo, quando espera
ver a torcida do Leão dar o grito de “é campeão!”, o coman-
dante quer o Amadense mais
aplicado, em todos os aspectos.
Índio demonstra muito otimismo para o jogo decisivo. E
não esquece que quando foi
contratado entre as prioridades
da diretoria estavam a volta à
Seria A-2 e a conquista da Copa
Governo do Estado.
“Estamos nos preparando
para um desses grandes momentos. Quando cheguei ao
Amadense sabia da responsabilidade que teria pela frente.
Mas, graças a Deus, tudo está
dando certo”, emendou o
treinador.
Visitantes
P
elo lado do Itabaiana, o
técnico Ferreira não gostou
nem um pouco da atuação
do Itabaiana, na derrota para
o Amadense. Na opinião do
treinador, a equipe apresentou
deficiências, nos três setores,
principalmente no meio-campo
que, conforme revelou, não
marcou bem e facilitou as
ações do adversário.
“Não foi o mínimo do que
esperávamos do Itabaiana. O
time não fez um bom jogo, pois
falhou em todos os setores. O
Amadense, embora, com dificuldade aproveitou e chegou
à vitória, que aumentou a sua
vantagem para conquistar a
Copa”, disse Ferreira.
O técnico garantiu que vai
partir para cima do adversário
com ânimo total de vitória.
“Sexta-feira, no treino leve
com bola que a equipe realizou
conversei, demoradamente,
com os jogadores sobre o jogo.
Disse que eles tem de se doar,
ao máximo, e jogar o futebol
envolvente e voluntarioso do
que são capazes”, declarou.
Formação
O
técnico Índio, do Amadense, não poderá escalar
Rhuan. O volante foi púnico
com o terceiro cartão amarelo
quinta-feira e, por isso, vai
ficar fora da decisão. Para
vaga do titular da posição,
o treinador tobiense revelou
que tem como opções Jânio e
Tiquinho.
Na sexta-feira à tarde, menos de 24 horas da importante
vitória, os jogadores que enfrentaram o Itabaiana participaram
de um trabalho regenerativo,
na piscina da AABB da cidade.
Os que não foram para o jogo
treinaram com os juniores. O
time que vai a campo, hoje à
tarde, de acordo com Índio, será
o seguinte: Júnior; Edicarlos,
Renan, Breno e Alisson; Rafinha,
Michel, Carlinhos Jânio ou Tiquinho; Luan e Diego.
Para a segunda partida, o
Itabaiana tem dois importantes
desfalques. Ícaro e Nílson Sergipano foram advertidos com
o terceiro cartão amarelo, na
derrota passada. Para o lugar do
primeiro, Ferreira informou que
conta com Marquinhos, e para
o do segundo, Iuri. Caso isso
se confirme, o Itabaiana deverá
ser escalado com: Fábio; Carlos
Henrique, Alexandre, Iago e
Nilton; Lismar, Marquinhos,
Igor e Iuri; Jajá e Da Silva.
NOVA IGUAÇU
Vasco testa boa fase no Carioca
VOLTA REDONDA - Após um
início de Campeonato Carioca
com dois empates, o Vasco emplacou quatro vitórias seguidas
e começou a rodada na vice-liderança da competição. Neste domingo, às 16h (de Aracaju), os
cruzmaltinos terão pela frente o
Nova Iguaçu, no estádio Raulino
de Oliveira, em Volta Redonda.
A equipe da Baixada Fluminense
faz boa campanha e sonha com
uma vaga no grupo de classificação para as semifinais.
No Vasco, o técnico Adílson
Batista está tendo que trabalhar com o desgaste do elenco
com a sequência de jogos.
Na rodada passada, o lateral
esquerdo Marlon e o atacante
Edmílson foram poupados. Por
conta disso, o treinador não
tem divulgado a possível escalação da equipe. O colombiano
Montoya treinou e pode voltar,
mas o argentino Guiñazu, suspenso, é desfalque certo.
A boa notícia fica por conta
do bom momento e Bernardo
e Thalles. Na teoria, ambos
são opções, mas vem ganhando destaque no elenco neste
início de temporada. Com isso,
Adílson Batista tem algumas
alternativas para o domingo.
Mesmo em boa fase, o treinador pregou respeito ao Nova
Iguaçu, que começou a rodada
na quinta posição, com 11 pontos. Adílson Batista espera por
ono de um histórico de problemas em sua vida profissional, o paulista Thiago Silva, de 31 anos, já foi suspenso
duas vezes por doping durante sua permanência no UFC,
após as vitórias sobre Brandon Vera no UFC 125 - adulterou
a urina que seria usada para o exame antidoping, ficando
impedido de lutar por um ano - e sobre Stanislav Nedkov no
UFC Franklin x Le, quando foi suspenso por três meses por
uso de maconha. Seu estilo irreverente e polêmico ficou evidenciado quando enfrentou o brasileiro Rafael Feijão. Após
ironizar o adversário na coletiva e na pesagem, Thiago Silva
venceu a luta por nocaute, sendo ovacionado pelo público
presente ao Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza.
Atualmente membro da equipe Blackzilians, Thiago
Silva teve problemas com o peso-pesado Antônio Pezão,
a quem disse surrar durante os treinos, e a quem desafiou
para lutar fora do octógono. Pezão recusou o confronto.
UFC/Divulgação
Thiago Silva é preso, armado, após fazer ameaças em academia
PAULISTÃO
Timão visita Mogi
M
OGI MIRIM - Derrotado
em suas últimas quatro
partidas, o Corinthians faz
uma nova tentativa de reação na noite de domingo,
no interior de São Paulo. Em
crise em campo e na relação
com a torcida, a pressionada
equipe alvinegra visitará
o Mogi Mirim a partir das
18h30 (de Aracaju).
Apesar de mais uma derrota na última quarta-feira
- 2 a 0 para o Bragantino, no
Vasco/Divulgação
Pacaembu -, Mano Menezes
viu evolução. Ele aprovou o
trabalho dos meias Cachito
Ramírez e Zé Paulo, que
deverão ser novamente os
responsáveis pela armação.
A ideia é que o Corinthians volte a pontuar após
quatro rodadas e melhore
a sua situação no Campeonato Paulista. Ninguém tem
menos pontos (6) do que
a formação do Parque São
Jorge no Grupo B.
JOGOS DE HOJE
CAMPEONATO CARIOCA
Nova Iguaçu
x
Vasco
Bangu
xMacaé
Audax
x
Volta Redonda
Boavista
x
Duque de Caxias
Bonsucesso xResende
CAMPEONATO PAULISTA
Palmeiras
xAudax
Ponte Preta
x
São Paulo
Mogi Mirim
x
Corinthians
Portuguesa xLinense
CAMPEONATO MINEIRO
Tombense
xCaldense
Minas Boca
x
Boa
Cruzeiro
xAmérica
Nacional
xGuarani
CAMPEONATO BAIANO
Catuense
x
Vitória da Conquista
Juazeirense xJacuipense
Serrano
xVitória
Bahia
xGalícia
CAMPEONATO PERNAMBUCANO
Santa Cruz
x
Central
Salgueiro
xPorto
Thales, atacante do Vasco, não será titular, mas poderá ser uma boa opção de reserva
dificuldade contra a equipe da
Baixada Fluminense.
“O Nova Iguaçu está bem
colocado na tabela de classificação e briga por vaga nas semifinais. Com certeza vamos encontrar muitas dificuldades neste
confronto, pois o time deles está
bem armado. O Campeonato
Carioca tem partidas muito difíceis e tenho percebido isso nos
jogos que tenho acompanhado,
mesmo sem ser os do Vasco.
Portanto, estou esperando um
duelo muito complicado”, disse.
Pelo lado do Nova Iguaçu, a
equipe espera poder surpreender o Vasco para seguir na briga
por uma vaga nas semifinais.
Depois de um bom início, o time
da BAixada Fluminense sofreu
com derrota para o Fluminense
e uma igualdade com o REsende
no meio de semana.
Santa Rita
CAMPEONATO ALAGOANO
x
Coruripe
CAMPEONATO SERGIPANO
Amadense
xItabaiana
CAMPEONATO ESPANHOL
Valladolid
xElche
Osasuna
xGetafe
Real Sociedad
x
Levante
Sevilla
xBarcelona
B-10
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
Informe Publicitário
Jornal da Cidade
vARIEDADES C
CADERNO
Jornal da Cidade
Editora: Andréa Moura (interina)
Aracaju  domingo 9 e segunda-feira 10.2.2014
[email protected]
José Arinaldo de Oliveira
Osmário Santos
Da equipe JC
J
osé Arinaldo de Oliveira nasceu no dia 4 de
maio de 1936. Seus pais: Augusto Pereira de
Oliveira e Alice de Oliveira.
O pai foi empresário e pecuarista, e dele o filho
aplica em vida a honestidade, a maneira como
educou seus filhos. Nasceram 15 e morreram três.
Foram criados 12, sendo oito homens e quatro mulheres. “Meu pai foi um exemplo de dignidade e
amor à família, exemplo na condição de agricultor
e de pecuarista e de empresário digno”.
“Quando ele casou com a minha mãe, partiu
para trabalhar na cidade de Rancharia emSão
Paulo e foi fazer uma roça de algodão no ano de
1940. Tinha de 50 a 60 homens trabalhando com
ele na Fazenda Pocinhos”.
“Depois de dois anos, minha mãe perdeu a saúde
por não se adaptar ao intenso frio que fazia em São
Paulo. Nesse momento, meu avô João Antônio de
Santana, conhecido como Janjão de Tertino, mandou chamar meu pai e pediu para que ele voltasse
com a família para Sergipe”.
“Quando meu pai chegou, meu avô doou ao meu
pai 50 vacas e um reprodutor, um carro de boi com
seis animais, além de ovelhas e cabras, além da Fazenda Mocambo, que hoje é de minha prioridade.
Essa fazenda tinha 2.500 tarefas. Meu avô João de
Tertino disse para o meu pai: Augusto, tire a metade
dessa propriedade, vá trabalhar, criar sua família
e seus animais. Meu pai era muito tolo, tirou uma
área que só deu 740 tarefas de terra”.
“Meu pai começou a trabalhar e a morar na
Barroca do Lázaro, no município de Ribeirópolis.
Lá tinha um sítio enorme e a nossa convivência
passou a ser da Barroca do Lázaro para a Fazenda Mocambo”.
Da sua mãe Alice Oliveira, José Arinaldo conta
que ela sempre se preocupou em evangelizar as
pessoas na igreja Católica Apostólica Romana.
“Quando ela sabia que tinha um casal que não
convivia na fé católica, tinha uma missão de conscientizar o casal para fazer o casamento na igreja
que processava sua fé”.
Conta que o sue pai Augusto Pereira Oliveira, além
do trabalho de sustento a família, atuava como enfermeiro. “Era quem aplicava injeção na comunidade da
Barroca do Lázaro. Naquele tempo tudo era difícil”.
Considera Alice Oliveira como a melhor mãe do
mundo. Além de ajudar na igreja, atuava como
exímia costureira a ponto de ter ajudado a pagar
a casa onde residia em Ribeirópolis. Ela morreu
com 40 anos incompletos, deixando 15 filhos.
Agnaldo Oliveira – o mais velho; Aliete Oliveira;
Advaldo Oliveira (falecido); Alisdete Oliveira
(falecida) ; José Arinaldo de Oliveira; Alenice
Oliveira (falecida); Aderbaldo Oliveira; Aguinaldo Oliveira; Alércio Oliveira; Cosme Oliveira;
Damião Oliveira; Alenide Oliveira; Aildo Oliveira;
e Pedro Eribaldo Oliveira.
Revela que seu pai fez de tudo para salvar a sua
querida esposa, a ponto de levá-la para se submeter
a um tratamento de um mês na cidade de Salvador.
“Passou com ela internada num hospital em Salvador pelo período de um mês. “Ela depois veio para
Aracaju e ficou hospedada na casa da minha tia e
madrinha Maria de Lourdes Santos, na Vila João
Costa. Quando minha mãe partiu desse mundo
para o outro, em 1953, minha madrinha Maria de
Lourdes ficou dando apoio aos sobrinhos, como se
fôssemos sobrinhos dela. Era uma pessoa que eu
queria muito bem”.
Os primeiros estudos do então menino José
Arinaldo aconteceu em Ribeirópolis, na Escola de
Dona Valdice, casada com Adolfo Ceará. “Depois
tive como segunda professora, Dona Beatriz e tive
o Sr. Horácio de Dona Djlema, como professor no
Colégio Abdias Bezerra”. Revela que nos estudos fez
o primeiro grau completo e o segundo incompleto.
Com a morte da esposa em 1954, seu pai deixa
Ribeirópolis e fixa residência na cidade de Frei Paulo com os filhos, na Avenida José da Cunha, após
comprar uma usina de beneficiamento de algodão.
“Hoje é de nossa propriedade”.
Diz que aos 16 anos já tinha roça e criava carneiro. “Eu era muito econômico. Nessa época eu tentei
comprar uma bicicleta e o meu pai não deixou. Com
sete anos, meu primo carnal, filho de Zezé do Mato
Grosso, comprou uma bicicleta a Antônio Pimentel,
casado com a filha de Nelson Pereira, e eu fui num
dia de sábado buscar a bicicleta na cidade de Itabaiana com pouco tempo de rodada. Voltei rodando
coma bicicleta e quando cheguei na cidade de Ribeirópolis, meu pai me disse: agora você vai ter que
me dar a bicicleta, pois quero ir em Frei Paulo. Ele
rodava mais que eu e não deixou que eu comprasse
a bicicleta com o meu dinheiro”.
A vida do pecuarista, ex-deputado estadual por
duas legislaturas e ex-prefeito de Frei Paulo
Fotos Divulgação
“Após um período de muito trabalho onde lutei
muito, fui morar em Frei Paulo e comecei a negociar
com algodão”.
Registra que no ano de 1940 foi morar em Racharia em São Paulo, onde passou quatro anos e
retornou em 1942, com seis anos, para Ribeirópolis.
Numa nova etapa de trabalho em Ribeirópolis,
trabalhou com toda disposição e garra. “Criando
ração para os animais, carreando e tirando leite e
outras atividades. Meu irmão Agnaldo Oliveira casou com 18 anos e assumi o comando de tudo. Às 3h
da madrugada meu pai me chamava para trabalhar.
Dizia: ‘Levanta que o dia está amanhecendo’. Saía
para traz da serra, aquela terra esquisita, e começava a tirar o leite. Meu pai comprou essa propriedade
do bisavô de José Arinaldo. José Rosendo de Souza,
conhecido como Senhorzinho da Batinga, nosso bisavô, foi quem fundou a cidade de Ribeirópolis. Na
época, Sergipe era governado por Maynard Gomes
e o primeiro prefeito da cidade foi Felino Bonfim,
filho de Senhorzinho da Batinga. Ele estudou para
padre e perto de se ordenar desistiu e foi trabalhar
com o pai. Foi elequem redigiu uma carta para Maynard Gomes, solicitando que o Saco do Ribeira passasse a cidade. Aí Maynard Gomes respondeu que
um povoado para passar para ser uma cidade, tem
que ter uma renda de Quarenta Contos de Réis e
ele disse: ‘Governador, no mês que falhar, completo
com o dinheiro do meu bolso’. Com mais três dias,
foi publicado o decreto no Diário Oficial do Estado.
Ele tinha usina de fazer açúcar e o deleera o açúcar
moreno, açúcar de pedra”.
Conta que quando foi morar na cidade de Frei
Paulo, passou a ser o mecânico da usina de algodão.
“O meu cunhado, José Alfredo Rodrigues Lima –
conhecido por Juca, me convidou para ser sócio e
comecei a trabalhar. Foi no tempo que comprei uma
motocicletae vinha a Aracaju pela estrada de chão.
Deixava a motocicleta na casa de minha tia e madrinha, Maria de Lourdes Santos, casada com José
dos Santos, do Magazine dos Móveis, na Rua São
Cristóvão. Quando chegava às 17h, pegava a moto
e voltava para Frei Paulo. Já vendia caroço, vendia
algodão a FrancoRodrigues Lima.
Em 1964, compra uma caminhonete seminova
da Williams, na concessionária do Sr. Moraes. Também compra uma nova casa em Frei Paulo. “Sob o
comando da minha irmã, Aliete Oliveira, a coisa
passou a ser diferente”.
“Em 1958, meu pai resolveu casar com Dona Josefa Barreto e a coisa mudou. Ela fez uma reunião
com a família e disse: ‘De agora e por diante, só eu
é quem manda’”.
“Como já tinha a minha casa,resolvi fazer uma
boa reforma. Naquela época eu era apaixonado por
uma garota chamada Cecinha, do Povoado Mocambo, mas não tinha condições de casar. Aí passei a
fazer uma prece a Deus e à Virgem Mãe para que,
se não tivesse condições de casar com ela, que mostrasse um meio para o término do namoro. Deus
mostrou e eu terminei”.
“Comecei um novo namoro com a Maria Rita Modesto de Oliveira, o amor de minha vida. A mulher
que me deu quatro filhos: José Arinaldo de Oliveira
Filho, Adenilza Maria de Oliveira, Dr. Jairo Anderson
de Oliveira (psicólogo) e João Augusto de Oliveira.
Com ela convivi 14 anos, cinco meses e cinco dias.
Ela fez uma cirurgia de vesícula e chegou a falecer”.
Revela que conseguiu, com muito esforço, comprar a usina de beneficiamento de algodão de seu
pai. “Meu pai comprou a usina do meutio Josias em
Ribeirópolis e eu comprei a dele em Frei Paulo, com
o apoio do meu tio Josias”.
“Eu fiquei com os meus quatro filhos e depois de
alguns meses, o meu compadre, o cônego João Lima
Feitosa, foi procurar o meu pai na cidade de Ribeirópolis e questionou: ‘E Seu Augusto, se Zé Arinaldo
casar-se com Durcelina?’. Ele respondeu: ‘Teria o
maior prazer de minha vida, pois iria tomar contar
dos meus quatro sobrinhos’. Daí meu pai partiu
para a cidade de Itabaiana, conversou com o meu
sogro, João Modesto Sobrinho, e a minha sogra, a
professora Dulce Pinho Modesto. Eles disseram a
mesma coisa e eu disse: ‘Meu compadre, se Deus
traçou, seja feita a vontade de Deus’. Ela era irmã da
finada Maria Rita e era noiva de um rapaz da cidade
de Lagarto. Ela fez uma carta pra o rapaz, colocou
a aliança dentro da carta e mandou devolver ao
noivo de Lagarto. Ela casou comigo em janeiro de
1984. Hoje são 40 anos de convivência e me deu
essa filha que é a doutora Ana Rita Modesto de
Oliveira. Ela é dentista e trabalha em Frei Paulo.
Em Aracaju abriu uma loja na Av. Francisco Porto
ARM (Ana Rita Modesto)”.
No momento tem asfazendas: a Mocambo, no
município de Ribeirópolis, São Pedro, no município
de Pedro Alexandre, São Antônio, São Domingos e
Queimada do Exu no município de Carira e Lagoa
do Mato em Carira.
Por influência do ex-prefeito de Frei Paulo, João
Teles da Costa,ingressa na política e sai eleito prefeito de Frei Paulo com mandato de seis anos nas
eleições de 1967. De 83 a 88. Naquele tempo, o
mandato era de seis anos.
Pelo amor à sua terra natal, resolve montar na
Praça da Matriz a Rádio Educadora de Frei Paulo.
Certa vez encontrei com o amigo e jornalista Raimundo Luís e perguntei comopoderia implantar
uma emissora de rádio em Frei Paulo. De imediato
me perguntou se estava louco, pois a rádio seria instalada numa pequena cidade. Ainda me deu todas
as pinceladas e neste ano de 2014 a emissora irá
completar 24 anos com uma intensa programação”.
Como deputado estadual pelo PFL, José Arinaldo
Oliveira atuou com destaque nas legislaturas de
1990 e de1994.
C-2
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
TV aberta
05:00h - Jogos Olímpicos de Inverno
07:15h - Jogos Olímpicos de Inverno
08:15 - Globo Rural
09:10h - Auto Esporte
09:45h - Esporte Espetacular
12:45h - Temperatura Máxima
"Rango"
14:45h - Sai do Chão
15:42h - Divertics
16:60h - Futebol
19:00h - Domingão do Faustão
21:00h - Fantástico
23:22h - Big Brother Brasil 14
00:08h -Domingo Maior
"Os Reis da Rua"
01:48h - Flash do Big Brother Brasil 14
01:54h - Boletim Sochi 2014
01:54h - Sessão de Gala
"Educação"
TV Atalaia/Record
TV Canção Nova
Canal 4
Fone: (79) 3045-4400
Canal 8
Fone: (79) 3226-2600
08:00h - Caju Cap - HD
09:00h - Formandos e Noivas - HD
09:30h - Paulo Lavigne - HD
10:00h - Viva Mais - HD
10:30h - Caderno de Domingo - HD
11:00h - Record Kids - Pica-Pau
12:00h - Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014 - HD
14:55h - O Melhor do Brasil
18:20h - Domingo Espetacular - HD
22:15h - Série Spartacus - HD
23:15h - 50 Por 1 - HD
Aperipê TV/TV Brasil
Canal 2
Fone: (79) 3179-1315
06:30h - Pense e Repense
07:00h - Santa Missa (Programação Local)
08:00h - Hora do Empreendedor
(Programação Local)
09:00h - Forró no Asfalto
(Programação Local)
10:00h - Castelo Rá Tim Bum
Canal 13
Fone: (79) 249-5505
05:00h – Deus Abençoe/Terço
05:30h – Mensagem do Cardeal
06:00h – Igreja pelo Mundo
06:30h – Preservação Ambiental
07:00h – Transmissão
08:00h – Transmissão
09:30h – Tele Davi
10:00h – Transmissão
11:00h – Transmissão
11:30h – Angelus/Palavra de Deus
12:30h – Nossa Gente, nossa terra
13:20h – Transmissão – Missa
15:30h – Darc
16:30h – Programa de Roma
17:00h – Deus abençoe Terço
17:30h – Som e Vida
18:30h – Igreja no Novo Milênio
20:50h – CN Repórter
21:30h – Resgate Já
22:00h – O Amor Vencerá
24:00h – Gente de Fé
00:00h – Som e Vida
Photo Rio News
Jornal da Cidade
TELEVISÃO
A programação é de total responsabilidade das emissoras
10:30h - Janela Janelinha
11:00h - ABZ do Ziraldo
11:45h - Curta Criança
12:00h - Um Menimo Muito Maluquinho
12:30h - Catalendas
13:00h - Dango Balango
13:30h - TV Piá
14:00h - Stadium
15:00h - A’UWE
16:00h - Ver TV
17:00h - De Lá pra Cá
17:30h - Cara e Coroa
18:00h - Papo de Mãe
19:00h -Conexão Roberto Dávila
20:00h - Esportvisão
21:30h - Nova África
22:00h - Cine Ibermédia Solas
23:45h - A Grande Música
00:45h - Rumos
TV Sergipe/Globo Variedades
“Ela é primeira-dama de quadrilha”, diz
Andréia Horta, sobre papel em série
Divulgação/TV Globo
Carla Neves
Do UOL, no rio
D
epois de interpretar a sofrida Simone, em "Sangue
Bom", Andréia Horta está
no ar novamente como a destemida Celeste da "A Teia". Na série
policial escrita por Bráulio Mantovani e Carolina Kotscho e dirigida
por Rogério Gomes, a personagem
passa a viver em meio à adrenalina dos criminosos ao se relacionar
com Baroni, bandido interpretado
por Paulo Vilhena.
"A Celeste é a primeira-dama
da quadrilha", contou Horta,
revelando que as cenas de ação,
cheia de tiros e perseguições, a
deixaram com medo e a fizeram
dormir com a luz acesa por uma
semana. "Fiquei sensível e ouriçada. Esse trabalho evoca uma
energia muito negativa", contou,
referindo-se às gravações das cenas em que os atores usaram revólveres e deram tiros de festim.
Na história, Celeste é uma ex-prostituta que tem uma filha para
criar e se apaixona pelo chefe da
quadrilha que, com seus homens,
invade a pista do aeroporto internacional de Brasília com duas caminhonetes e uma minivan e ataca um
voo comercial em que estão sendo
carregados 61 quilos de ouro.
Andréia Horta é Celeste na minissérie "A Teia", da Globo
Guilherme Leicam
"Ela tem um filho de um
bandidinho e se vê numa situação complicada. Depois que ele
é preso, ela precisa se prostituir
para criar a filha. Até que ela
conhece o Baroni e se apaixona
por ele. É um amor honesto, recíproco, ela tem orgulho de ser a
primeira-dama. Tem muita coisa
que ela não sabe, mas eles são
cúmplices", explicou.
Horta elogiou o texto de Bráulio Mantovani e Carolina Kotscho
e revelou que a série não retrata
apenas a violência física, nas
cenas de tiro e perseguições. “A
violência da série é sobretudo a
psicológica. O texto do Bráulio e
da Carol é um delírio”, disse.
A princípio escalada para
viver a lésbica Marina na novela
“Em Família”, a atriz teve de
abandonar a personagem – que
fará par romântico com Giovanna Antonelli – por causa da
série “A Teia”. Horta contou que
se sentiu muito honrada com o
convite de Manoel Carlos e Jayme Monjardim, autor e diretor
da novela, respectivamente, mas
não pôde aceitar porque não
poderia estar no ar em duas produções ao mesmo tempo. “A série
estreia em janeiro e coincide com
a novela [que estreou no dia 3 de
fevereiro]”, explicou.
Ator jura que não está à procura de um
amor: “É muito difícil conhecer alguém”
convidado
Gilberto Gil tocará em
São Paulo neste mês
O grupo de Salvador Letieres
Leite & Orkestra Rumpilezz terá
a presença de Gilberto Gil em
série de shows no Sesc Pompeia,
em São Paulo, em fevereiro.
Com projeto musical que
valoriza as raízes afro da música
baiana com foco em seu aspecto
percussivo, as apresentações
contarão com quatro composições do maestro Letieres Leite e
seis de Gilberto Gil.
"A Rumpilezz, desde sua
criação, tem entre seus objetivos artísticos a visita a
compositores que em sua obra
contemplem a conexão com
o universo da música afro-brasileira. Gilberto Gil sempre
foi uma das nossas primeiras
escolhas neste sentido, não só
pelo fato de sua obra reverenciar de forma direta diversos
toques do universo da música
ancestral afro-baiana, mas
também pela maneira apurada
e meticulosa que ele se utiliza
de harmonias e construções
melódicas complexas", explicou Letieres, por meio de
comunicado.
Os ingressos começam a ser
vendidos pelo site do Sesc no
dia 10 de fevereiro, a partir das
17h30 e na bilheteria no dia
12, também a partir das 17h30.
Serão 774 entradas disponíveis
para cada dia de apresentação.
Os valores vão de R4 10 a R$ 50.
A Orkestra foi criada por
Letieres em 2006 e, além das
relações sonoras com Ilê Aiyê,
Olodum e os Sambas do Recôncavo, tem forte influência
de jazz. Em formato de Big
Band, ela tem em sua estrutura
musical quatro músicos de percussão (surdos, timbaus, caixa,
agogô, pandeiro e caxixi),
14 músicos de sopro (quatro
trompetes, quatro trombones,
quatro flautas, dois saxes alto,
dois saxes tenor, dois sax soprano, um sax barítono e uma
tuba) e um alabê (atabaques).
Letieres Leite & Orquestra Rumpilezz convidam Gilberto Gil
Onde: Teatro do Sesc Pompeia /
Rua Clélia, 93
Quando: 20, 21 e 22 de fevereiro, quinta, sexta e sábado,
às 21h, e 23 de fevereiro, e no
domingo, às 19h.
Quanto: R$ 10 (trabalhador no
comércio e serviços matriculado
no Sesc e dependentes), R$ 25
(usuário matriculado no Sesc
e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede
pública de ensino) e R$ 50
(inteira). Informações: www.
sescsp.org.br
internado
O cantor e compositor Gilberto Gil foi internado na última
segunda-feira (3) no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para
uma série de exames de rotina.
A assessoria de imprensa do
cantor disse que se tratam apenas de exames de rotina que Gil
realiza todos os anos antes do
Carnaval. O hospital não divulgou boletim médico a respeito.
“Está tudo bem com ele,
as pessoas não precisam ficar
preocupadas”, disse a assessoria
de imprensa. “Ele realiza esse
check-up anualmente. É um
cuidado que ele tem com sua
própria saúde.”
Como de costume, em 2014
Gil deve marcar presença no
camarote do Expresso 2222, em
Salvador. Informações sobre a
programação devem ser divulgadas ainda neste mês.
Guilherme Leicam, 23 anos,
chega ao hotel Sheraton do Rio,
no Leblon, e logo direciona sua
atenção para os equipamentos
de fotografia. "É um rebatedor
três em um? Qual lente você está
usando?", pergunta interessado
antes de posar para a sessão de fotos. O ator, que volta ao ar com o
personagem Laerte, par de Bruna
Marquezine, 18, na segunda fase
da novela Em Família (Globo),
conta que sua curiosidade é um
indício do desejo de trabalhar
também com direção. "Quero
fazer tudo e gosto de estar envolvido em muitas coisas ao mesmo
tempo. Tenho cabeça de direção.
Eu gosto de ver como é feita a luz,
de atuar, cantar, escrever... Comigo não tem essa de uma coisa só.
Sempre fui de me envolver", afirma Guilherme, que ri de si próprio
ao se definir como um "hiperativo
não dignosticado".
Tanta hiperatividade o deixou solteiro há um ano e meio.
E Guilherme jura que não está à
procura de um amor. "Estou gostando da solteirice. Namorei por
três anos. Agora, se eu conhecer
alguém que me interesse, vou
Miguel Sá/Divulgação
Guilherme Leicam é Laerte
na novela "Em Família"
ficar e deixar desenvolver. Mas o
trabalho consome muito a gente.
Gravações de segunda a sábado,
e domingo tem presença VIP em
algum lugar. É difícil conhecer
alguém", choraminga o rapaz,
que, quando está com alguém,
assume-se romântico. "Costumo
me doar inteiro. Era muito romântico no meu namoro anterior.
Comemorava todo dia 23 de
cada mês. Era uma data especial.
Gosto de mandar flores, de convidar para jantar em um lugar
legal com boa vista, de pegar um
cineminha. Tento surpreender
minhas namoradas", entrega ele,
afirmando que nunca beijou uma
fã. "Acho muito fanfarrão um ator
que faz isso. É um cara que não
sabe aproveitar bem a fama. É
canastrão demais", opina.
Quando sobra tempo, Guilherme mantém a boa forma
malhando. "Gosto também de correr. Quando está chovendo, pulo
corda no play do condomínio por
meia hora. São 2 mil pulos!", jura.
Guilherme nasceu em Porto
Alegre, no Rio Grande do Sul, e
foi criado na Praia do Cassino,
balneário gaúcho. Há dez anos,
convenceu a família a se mudar
para o Rio de Janeiro para perseguir o sonho de ser ator. “Aos
13 já gostava de teatro e era
apaixonado por cinema. Fiz um
curso pouco antes de me mudar
para o Rio e me amarrei na hora”,
lembra. “Morei com a minha mãe
até os 18, quando fui viver com
amigos atores. A gente ficava o
dia inteiro falando de arte. Agora
estou morando sozinho na Barra da Tijuca”, conta. E ele não
se arrepende de ter trocado as
brincadeiras da adolescência para
investir na carreira artística.
Variedades
Jornal da Cidade
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
Astral
ancelmo gois
• Email: [email protected]
• Fotos: [email protected]
COM ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, DANIEL BRUNET, JORGE ANTÔNIO BARROS E MÁRCIA VIEIRA
TV Globo/João Miguel Jr.
Repórter por um dia
O nosso Bruno Mazzeo, repórter por um
dia da coluna, constatou na Praia do Leblon os preços abusivos do verão carioca:
eskibonzinho custa R$ 18, e o picolé de
brigadeiro, R$ 10.
Após pagar os gelados para o filho e o
amiguinho dele, o ator e humorista ponderou que os valores estavam bons para
tapear turista. Ao que o vendedor negou
veementemente: “Pro turista, esse de R$
18 sai por R$ 25”. Ah, bom!
agência o globo
Conquista da China
O livro infanto-juvenil “Raul
da ferrugem azul”, de Ana
Maria Machado, ganhou versão em chinês pela editora
Kaixin, veja a foto.
Este é o sétimo livro da escritora na língua de Confúcio.
Aliás...
O carioca adora o verão, certo? Não é
bem assim. Uma pesquisa do Ibope mostra que apenas 42% da população do Rio
têm uma percepção positiva da estação.
O restante tem imagem negativa do verão
ou é indiferente.
Ainda: o pior do verão, segundo 40% dos
800 cariocas ouvidos pelo Ibope, é o preço das coisas e dos produtos.
A Paramount Pictures descontinuou os lançamentos em película apenas nos Estados Unidos. No Brasil, onde o processo
de digitalização dos cinemas
ainda está em andamento, a
empresa continuará lançando
filmes com cópias em 35mm
(película), ainda sem previsão
de parar. Aqui, os lançamentos da Paramount utilizam
mais de 60% das cópias em
35mm, o que inviabiliza a interrupção da distribuição em
película a curto prazo.
Distribuiu bônus
No acordo com credores internacionais,
Eike Batista concordou, como se sabe, em
reduzir sua participação na antiga OGX
para cerca de 5%. Ato seguinte, ele reduziu sua parte para 4% e transferiu 1% das
ações para o pessoal que trabalhou com
ele nesta empreitada.
Calma, santa
O Ministério da Justiça, por meio do seu
departamento de Classificação Indicativa,
rejeitou e mandou arquivar denúncia do
deputado e pastor Marco Feliciano, da
Comissão de Direitos Humanos, contra o
programa “Encontro”, de Fátima Bernardes, que exibiu reportagem sobre como as
crianças lidam com pais homossexuais.
Segue...
Além disso, o Ministério da Justiça registrou que o programa tratou do tema com
correção.
O Domingo é de...
...Angélica, de 40 anos. Mãe de Joaquim, Benício e Eva,
a bela mulher de Luciano Huck, depois de gravar temporada do seu “Estrelas” em Las Vegas, volta a se encontrar
com as celebridades pelo Rio. Nesta foto, ela posa antes
de gravar com o ator Humberto Martins, que tentava praticar kayaksurf, na Praia da Reserva. Que seja feliz!
Canção do exílio
Tipo mãe
O Beba Água, aplicativo brasileiro pago que está entre os
mais baixados por usuários
de iPhone, vai ganhar versão
para Android este mês.
O programa, que teve 120
mil downloads em quase cinco meses, incentiva que os
usuários tomem água.
O verão da bermuda
Caetano Veloso vai homenagear o compositor Paulo Diniz nos
shows que fará, dias 14 e 15 agora, no Circo Voador, no Rio.
Decidiu incluir no repertório a música “Quero voltar para a
Bahia” (“I want to go back to Bahia”).
A canção foi composta em 1970, em homenagem a Caetano,
que se encontrava exilado em Londres. Por isso, o nome é
em inglês.
Oscar Quiroga
Internet: www.quiroga.net E-mail: [email protected]
Os livros
Data Estelar: Lua cresce em Gêmeos. Já que é para pensar e tua mente não cede
espaço ao silêncio, então por que não te dedicas a pensar pensamentos que te
elevem? Hoje é propício pegar aquele livro que deixaste para ler em algum momento
incerto do futuro. Esse futuro é aqui e agora e, vencendo a indolência e te dedicando
à leitura, constatarás a importância dos livros. Não importa se esses livros ocupam
espaço físico ou virtual, se são de papel ou de bytes e pixels, o que importa é que tua
mente se envolva com as palavras e navegue pelo conteúdo. Há tanto conhecimento
disponível e é tão fácil ter acesso a esse que seria motivo de vergonha não aproveitares
a oportunidade. Conhecer é perceber, perceber é participar da realidade e seres mais
uma entidade capaz de intervir nos acontecimentos e, quem sabe?
Talvez mudar o mundo também!
Áries (21/03 a 20/04)
 Agora não se pode
pretender segurança a
respeito de nada. Por
isso, o melhor a fazer é
cumprir todas as tarefas
e continuar a vida como
se nada demais estivesse
acontecendo. Tudo dentro
da mais pura normalidade.
Touro (21/04 a 20/05)
 Quando suas sugestões
sejam rejeitadas, em
vez de se ressentir por
isso, procure estimular
a criatividade, tirando
da manga algum
trunfo que sob outras
circunstâncias pareceria
extravagante demais
para manifestar.


Cópias em 35mm
‘Cavalinhos de Platiplanto’

Leão (22/07 a 22/08)
 A dependência não é
inimiga da liberdade. É
num delicado equilíbrio
entre a tolerância
mutua e o amor próprio
que se desenvolvem
os melhores
relacionamentos. Nem
muito para lá, nem tanto
para cá, relacionamento
é equilíbrio.
Virgem (23/08 a 22/09)
 Quando não se
ganha, é difícil celebrar
o sucesso alheio A
recíproca também é
verdadeira, seria muito
difícil alguém celebrar
sinceramente seu
sucesso sem estar dentro
desse barco também,
não lhe parece?



Libra (23/09 a 22/10)
 Conheça seus
verdadeiros propósitos
e tente se alinhar
constantemente com
esses. Se por ventura
você não tiver pleno
conhecimento de
quais seriam seus
propósitos, então
dedique todo o tempo
a isso.
Escorpião (23/10 a 21/11)
 Uma pequena bênção
restaura a visão positiva
dos acontecimentos.
Porém, você deve
reconhecer que as
bênçãos sempre ocorrem
em momentos opostos
a essa, quando sua alma
pensa estar perdida e
desamparada.
Sagitário (22/11 a 21/12)
 A vida é aventura, os
contratempos de hoje
podem se transformar
nas soluções de amanhã.
A vida é íntegra, sempre
vem completa, sem
etapas, sem preliminares,
sem jogos ocultos. Tente
se parecer com a vida.



Capricórnio (22/12 a 20/01)
 A boa vontade é a
maneira mais prática de
amar, é colocar todos os
recursos em movimento
para privilegiar o que
for espaço e tempo em
comum com outras
pessoas. Pensar menos
em si e mais em outrem,
essa é a boa vontade.
Aquário (21/01 a 19/02)
 O livre arbítrio é
a regra do jogo da
evolução humana.
Você pode sofrer
pressões das pessoas
envolvidas, você pode
até sofrer a pressão
que sua própria vida
interior exerce, mas
você continuará livre
para decidir.
Peixes (20/02 a 20/03)
 A obediência às regras
é tão importante quanto
a eventual transgressão
dessas. Sua alma precisa
estar sempre lúcida para
que nem a obediência
nem a transgressão
seja a nota dominante.
Tudo está em constante
mutação.
Cinema
ESTREIAS
Trapaça (American Hustle). EUA, 2013. Direção
de David O. Russel. Com Christian Bale, Robert de
Niro, Bradley Cooper. 138m, 14 anos. Trapaceiros
são forçados a colaborar com um agente do FBI.
Riomar, versão com legendas, sessões às 13h,
15h50, 18h50 e 21h50.
Uma Aventura Lego (The Lego Movie). EUA,
2013. Direção de Phil Lord e Chris Miller. 104m,
livre. Um lego comum recorre a super heróis para
evitar um complô contra o mundo de brinquedos. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão em
3D, dublado, sessões às 14h30, 16h30, 18h30,
20h30. Riomar, versão dublada, 3D, sessões às
12h, 16h40, 19h. Versão plana, dublada, sessão
às 14h20. Jardins, versão dublada, sessões às 15h
e 19h40. Versão 3D, dublado, sessões às 11h30,
14h10, 16h30, 19h e 21h30.
Caetano, que fez um arranjo para a música, demonstra carinho
com a obra:
— Ela me comovia na época e, relembrada agora, comove
ainda mais.
Um trecho: “De repente ficou frio/Eu não vim aqui para ser
feliz/Cadê o meu sol dourado?/Cadê as coisas do meu país?”
Gêmeos (21/05 a 20/06)
 Você não perderá a
cabeça por abrir seu
coração. É um equívoco
pensar que coração e
cabeça sejam conflitantes.
É melhor abrir o coração
e perder a cabeça do que
perder o coração por
manter a cabeça no lugar.
É assim.
Câncer (21/06 a 21/07)
 Assim como você
se ama e aceita seus
defeitos e qualidades
de forma natural, o
mesmo precisa ser
feito com as pessoas
próximas, aquelas que
fazem parte de seu
círculo de influência.
Facilite tudo, aceite-as
sem restrições.
Jack Ryan: Operação Sombra (Jack Ryan:
Shadow Recruit). EUA, 2013. Direção de Kenneth
Branagh. Com Cbris Pine, Kevin Costner, Keira
Knightley. 105m, 14 anos. Oficial da Marinha
descobe um plano russo para desvlorizar a moeda
norte-americana. Jardins, versão dublada, sessões
às 12h, 14h20, 16h40, 19h10, 21h40.
Democracia é melhor...
C-3
90m, 12 anos. Cine Sercla (Shopping Prêmio), sessões às 14h40, 16h40, 18h40 e 20h40. Jardins,
sessões às 11h50, 14h, 16h10, 18h35, 20h45.
Tarzan 3D (Idem). EUA, 2013. Direção de Rainhard Kloos. Bebê é criado por um gorila e ao
crescer se transormar em Tarzan, o Rei da Selva.
Livre, 94m. Jardins, versão 3D, dublado, sessões
às 11h, 13h, 15h30.
Frozen, Uma Aventura Congelante (Frozen). EUA, 2013. Direção de Chris Buck e Jennifer
Lee. 108m, livre. Acompanhada por um alpinista,
Anne poarte numa jornada por perigosas montanhas de gelo, para encontrar a Rainha das Neves.
Jardins, versão plana, dublado, sessões às 11h10,
12h20, 17h35.
Até que a Sorte nos Separe 2. Brasil, 2013.
Direção de Roberto Santucci. Com Leandro
Hassum, Camila Morgado, Jerry Lewis. 10 anos,
102m. Casal quebrado aproveita viagem aos
Estados Unidos para ir fazer uma fezinha em Las
Vegas. Jardins, sessões às 12h40, 17h20 e 22h.
CINE VITÓRIA
Em exibição hoje:
A partir de 2015, a Companhia das Letras começa a publicar
as obras completas de José J. Veiga (1915-1999), cujos direitos
estavam em poder da editora Bertrand Brasil.
O autor de “Cavalinhos de Platiplanto” é um dos principais
nomes do realismo fantástico brasileiro.
Hércules, a Origem da Lenda (The Legend
of Hercules). EUA, 2013. Direção de Renny
Harlin. Com Kellan Luz, Gaia Weiss, Scott
Adkins. Traído por seu padrasto, Hercules batalha para voltar para casa. Jardins, versão 3D,
com legendas, sessões às 11h15, 13h30, 16h,
18h50, 21h15.
O ex de Luana
Ajuste de Contas (Grudge Match). EUA, 2013.
Direção de Peter Berg. Com Sylvester Stallone, Robert de Niro, Kim Basinger. 12 anos, 100m. Dois
Férias (Ferien). Alemanha, 2007. Direção de
veteranos boxeadores voltam a se encontrar num
Thomas Arsla. 91m, livre. Uma temporada de
ring. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão duverão numa casa de campo remota no meio de
blada, sessões às 14h45, 16h45, 18h45 e 20h45.
uma floresta. Sessão às 19h.
CONINUAÇÕES
A 5ª Turma do STJ negou o Habeas Corpus pedido pelo
playboy baiano Christiano Rangel que agrediu a socos a exnamorada, Aida Nunes, em 2013.
Rangel, que está foragido, namorou Luana Piovani e outras
famosas.
Não furou fila
Semana passada, Dom Orani João Tempesta aguardou
pacientemente sua vez para tirar passaporte no posto da Polícia
Federal do Galeão. Não é fofo?
A culpa é do Mickey
Os pais de uma menina de 14 anos entraram com processo
contra uma agência de viagem da Barra, que levou a filha à
Disney. É que ela voltou de lá... grávida.
Zeca, 55 anos
Zeca Pagodinho ganhou um samba de Arlindo Cruz e Hamilton
de Holanda. É pelos seus 55 anos. Um trecho: “E a vida vai
prosseguir/Vai mais além/Com muito amor/para mais de cem/
anos de felicidade/Sempre com muita amizade.”
Veja o vídeo no blog da coluna.
Deve ser terrível
A Associação Americana de Escolas de Medicina estima que até
o fim da década o déficit de médicos no país chegue, por baixo,
a 90 mil profissionais.
No mais...
Numa ilha bem pertinho de Miami tem aos montes.
Multiplicação de peixes
Do Ministro da Pesca, Marcelo Crivella durante assinatura do
convênio que vai construir ainda este ano o maior Terminal
Pesqueiro Público TPP do país em Cabo Frio.
- Deus multiplicou os peixes, não a galinha e nem o boi. Por
isso incentivamos a indústria da pesca - disse após aprovar
o projeto numa área de 17 mil às margens da Lagoa de
Araruama. É. Pode ser.
O
calor insuportável que vem esquentando a cabeça do carioca
levantou uma questão antiga. Afinal, devemos ter uma
moda tropical ou não? A irreverência tomou forma na atitude
do ilustrador André Amaral Silva, de 41 anos, que decidiu ir
trabalhar de saia, já que era proibido o uso de bermuda em
seu trabalho, terça passada. Dois dias depois, a italiana Sandra
Biondo, responsável pela tradução de autores imortais como
Rachel de Queiroz para a língua de Dante, foi barrada em sua
tão sonhada visita à Academia Brasileira de Letras porque usava
a peça. Há quem defenda o uso de roupas mais formais, como
a consultora de moda ítalo-brasileira Costanza Pascolato: “Sair
arrumado é uma questão de deferência para com o outro.”
Mas há também o outro lado da questão. E é sobre essa moda
adaptada que a estilista carioquíssima Isabela Capeto responde a
quatro perguntas.
Dá para manter a pose e o estilo com esse calor todo?
Dá, mas é muito difícil. A dica é usar coque, rabo de cavalo,
maquiagem que não derreta.
Usar bermuda é feio?
Não, existem bermudas lindas! Acho um charme a pessoa que faz
uma linha mais safári. Um modelo cáqui com uma camisa branca
amarrada com um nó. Acho que o truque é usar uma roupa com
cara de tropical. Apostar em bolsinha e sandálias de palha.
Em que ocasião não se pode usar bermuda?
Não existe isso. Ela pode usar bermuda tanto de manhã quanto
de noite. Pode usar uma bordada, com um tecido mais nobre,
colocar um salto e fica linda.
Não seria o caso de as mulheres usarem menos calças e
mais vestidos?
Este calor é bom para as mulheres porque elas ficam mais
femininas ao usar mais vestidos, mais arrumadas. No inverno,
as mulheres acabam se vestindo muito com um jeito masculino.
Vamos combinar que no fundo os homens morrem de inveja das
mulheres que podem usar vestidos (risos).
Ana Cláudia Guimarães
47 Ronins (47 Ronin) EUA, 2013. Direção de
Carl Erik Rinsch. Com Keanu Reeves, Min Tanaka,
Rinko Kikuchi. 120m, 14 anos. Um grupo de
samurais banidos deseja reaver sua honra a partir
de uma vingança contra o traiçoeiro Lorde Kira,
responsável pela morte do mestre deles. Riomar,
versão com legendas, sessões ás 12h30, 15h10,
17h50, 20h30. Jardins, versão 3D, dublado, sessões às 13h15, 16h20 e 22h30. Versão 3D, com
legendas, sessão às 19h25.
A Menina Que Roubava Livros (The Books
Thief). EUA, Alemanha, 2013. Direção de Brian
Percival. Com Geoffrey Rush, Emily Watson e
Sophie Nélisse. 132m, 12 anos. Durante a II
Guerra Mundial, garota sobrevive fora de Munique através dos livros que ela rouba. Riomar,
versão com legendas, sessões às 13h40, 16h30,
19h20, 22h10. Jardins, versão dublada, sessões
às 14h05, 17h05, 20h15.
O Lobo de Wal Street (The Wolf of Wall
Street). EUA, 2013.Direção de Martin Scorsese.
Com Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Matthew
McConaughey. O corretor Jordan Belfot, através
de sua empresa, fez fortuna avaliada em um
bilhão fraudando pequenos investidores. 180m,
16 anos. Riomar, versão com legendas, sessões às
14h, 17h30 e 21h.
Frankenstein, Entre Anjos e Demônios
((I, Frankenstein). EUA, Austrália, 2014. Direção
de Stuart Beattie. Com Aaron Eckhart, Bill Nighy,
Miranda Otto. Nessa nova história, Frankenstein
está no meio de uma guerra que já leva séculos,
entre clãs rivais. 93m, 12 anos. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão dublada, sessão às 14h50,
16h50, 18h50, 20h50. Riomar, versão com
legendas, 3D, sessão às 21h20. Jardins, versão
3D, dublado, sessões às 18h20, 20h25, 22h25.
O Herdeiro do Diabo (Devil´s Due). EUA,
2013. Direção de Matt Bettinelli-Olpin, Tyler
Gillett. Com Allison Miller, Zach Gilford, Vanessa
Ray. 90m, 14 anos.Mulher grávida passa a ter
comportamento estranho, de origem sinistra.
Jardins, sessões às 15h10, 20h, 22h20.
Muita Calma Nessa Hora 2. Brasil, 2012.
Direão de Felipe Joffily. Com Andrea Horta, Daniel Filho e Bruno Mazzeo. Três anos após suas
aventuras em Búzios, Tita, Mari, Aninha e Estrela
voltam a se encontrar, agora no Rio de Janeiro.
O Menino e o Mundo. Brasil, 2013. Direção
de Alê Abreu. 80 anos, livre. Garoto foge de
casa para encontrar o pai na cidade grande.
Sessão às 15h.
Minhas Mentiras, Meu Amor (Lila, Lila). Alemanha, 2009. Direção de Alain Gsponer. Garçom
se faz passar por autor de um livro, para poder
conquistar uma universitária. 2008, 14 anos.
Sessão às 17h.
Turismo C
Jornal da Cidade
CADERNO
Coluna do Trade
Andréa Moura
Editora: Andréa Moura (interina)
Dias melhores I
Aracaju

domingo
9 e segunda-feira 10.2.2014
P
Fotos: Jadilson Simões
arece que as coisas este ano, na Prefeitura de
Aracaju, vão ganhar novo e melhor ritmo no
quesito realização de eventos que atraem turistas.
Esta semana o secretário municipal da Cultura,
Josenito Vitale, o Nitinho, divulgou a programação
do Projeto Verão 2014, que não fora realizado
em 2013 e interrompeu o calendário já esperado
por todos, sergipanos e visitantes. A linha de
dar mais espaço aos artistas locais segue firme.
Das 16 atrações contratadas apenas quatro não
são de Sergipe, e, mesmo assim, algumas delas
não chegam a ser de reconhecimento nacional,
tendendo mais para o regional. As quatro atrações
são Batifun (BA); Onze:20 e Tihuana, ambas de
São Paulo; e Patusco (PE).
Dias melhores II - O bom é que alguma coisa
já começou a mudar depois do fatídico réveillon
da cidade, realizado apenas com artistas
sergipanos e que deixou não só grande parte
da população, mas também os setores ligados
ao turismo, descontentes e preocupados com o
futuro. Em recente entrevista ao JORNAL DA
CIDADE, Manoel Lisboa, da Abih, disse que o
setor pode ter os índices reduzidos no período
da virada 2014/2015, como reflexo deste ano.
É esperar pra ver! O Projeto Verão acontece nos
dias 21 e 22 de fevereiro, às 21h, e a partir das
17h no dia 23.
Mais conhecimento I
Radisson Aracaju, que tem como bandeira a Atlantica Hotels International, já está credenciado junto à Fifa como hotel
oficial para a hospedagem do time da Grécia durante temporada em Sergipe
Hotéis de Aracaju preparados
para chegada da seleção grega
Estão abertas as inscrições para o programa de
intercâmbio Internship China, que vai permitir
ao participante vivenciar o mercado de trabalho chinês através de estágio na área de estudo
ou atuação, que pode ser remunerado ou não.
O programa é regulamentado pelo governo da
China, tem duração entre três e seis meses, e
ajuda o candidato a desenvolver competências
e atitudes como flexibilidade, jogo de cintura,
visão de mundo e capacidade de negociação e
adaptação, que fazem a diferença para iniciar
uma carreira de sucesso.
Mais conhecimento II - Para participar, os
interessados devem ter entre 18 e 30 anos,
nível de inglês avançado, ser estudante de
graduação, pós-graduação ou recém-formado,
preferencialmente. Há vagas nas áreas de
Administração, Arquitetura, Contabilidade,
Engenharia, Entretenimento, Finanças, Health
Care, Hospitalidade, Importação e Exportação,
Mídia, Moda, Negócios Internacionais,
Publicidade, Recursos Humanos, Tecnologia da
Informação e Turismo em duas grandes cidades
chinesas: a capital, Pequim e Xangai. Mais
informações no site www.stb.com.br
Pé na estrada I - Aracaju recebeu o primeiro
Road Show Nordeste da Turise Operadora. O
evento foi realizado na última terça-feira, dia
4 de fevereiro, no Radisson Hotel. Parceiros da
operadora no Brasil e no exterior participaram
da ação promocional expondo produtos e
apresentando novidades. Na oportunidade, foi
lançado o troféu Top Turise, que homenageou as
10 maiores agências locais de 2013, personalidades
e instituições que engrandecem o turismo do
estado.O Road Show Nordeste Turise reuniu 21
parceiros fornecedores nacionais e internacionais,
entre operadores de circuitos europeus, agências
de receptivos, companhias aéreas, hotéis, resorts,
seguradoras e outros segmentos.
Pé na estrada II - A bordo de um luxuoso
ônibus, a Turise e expositores participantes estão
visitando os principais estados do Nordeste e
apresentando os produtos em eventos organizados
pela operadora.Durante a programação do Road
Show foram homenageados o Sebrae Sergipe e
a primeira funcionária da operadora no estado,
Clícia Rodomar. Houve ainda homenagens especiais
(póstumas) dedicadas ao governador Marcelo
Déda e à jornalista Silvia de Oliveira, que era
carinhosamente chamada de Silvinha.
Nordeste é o queridinho - Dados do
Ministério do Turismo informam que a região
Nordeste - que abriga quatro cidades-sede da Copa
do Mundo - deve receber o maior fluxo de turismo
doméstico do país até julho, período que inclui
o de realização do mundial de futebol. Pesquisa
realizada pelo MTur em parceria com a Fundação
Getúlio Vargas, “A sondagem do consumidor
– intenção de viagem”, mostra que 53,8% dos
potenciais viajantes elegeram algum destino da
região como roteiro de viagem.O Sudeste é a
segunda região mais requisitada, com 24,1% das
indicações e três sedes da Copa. Já o Sul, que vai
receber torcedores da Copa em duas capitais, é
alvo de 11,9% dos pretensos viajantes.
Radisson Aracaju e Quality já possuem apartamentos com bloqueio
Andrea Moura
O
Da Equipe JC
s hotéis Radisson Aracaju e Quality, ambos sob
a mesma bandeira, a da
Atlantica Hotels International,
serão os dois locais de hospedagem para a seleção da Grécia
e para todas as pessoas que vão
trabalhar na cobertura das atividades da equipe durante a Copa
do Mundo (respectivamente),
a exemplo dos jornalistas. Até o
momento, o Radisson, hotel oficial credenciado junto à Fifa, já
possui bloqueio de 68 quartos
para a seleção grega, enquanto
no Quality, há bloqueio de 50
leitos. O hotel que vai abrigar
o time grego deve realizar contratação temporária e aumentar
o quadro de funcionários em
aproximadamente 8%, mas esses
números só serão confirmados
após uma reunião com a equipe
técnica do time, encontro previsto para acontecer no final deste
mês, aqui em Aracaju, de acordo
com as informações passadas por
Carlos Henrique Dutra, gerente
geral do Radisson.
“Certamente vamos ter que
modificar a rotina do empreendimento, como por exemplo, na
preparação de um restaurante somente para eles. Não vai ser necessário fazer isolamentos físicos
no prédio ou nos prováveis dois
andares onde vão ficar alojados,
porque eles mesmos não quiseram essa separação. Não quiseram, por exemplo, usar uma entrada alternativa para os quartos,
e vão entrar e sair normalmente
pelo lobby do hotel. Foram e estão sendo muito simples e simpáticos”, frisou Carlos Henrique.
A reunião no final deste mês vai
servir, também, para que a comissão técnica inspecione o Batistão
e confirme o bom estado do espaço para os treinamentos.
A chegada dos gregos está
prevista para o início do mês de
junho, mas a intenção inicial era
de que passassem a pré-temporada em Sergipe, o que foi inviabilizado pelo atraso nas obras do
estádio Batistão. Por causa disso,
essa fase será cumprida nas terras do “Tio Sam”, ou seja, Estados
Unidos. Antes dos gregos, representantes dos times da Coreia do
Sul, Honduras, Colômbia e Chile
avaliaram a possibilidade de Sergipe ser o Centro de Treinamento
deles, e nesse interim, visitaram o
Radisson para uma possível hospedagem.
Os cerca de 20 dias juninos
que os gregos passarão em Aracaju devem movimentar a econo-
Informações foram passadas para os jornalistas sergipanos durante almoço
mia da cidade, e já começa pela
ocupação de leitos do outro Hotel
da rede Atlantica, o Quality, como
afirmou Michel Guidoni, gerente
geral da instituição. Apesar do
alto número de quartos já bloqueados em virtude direta da Copa
do Mundo, - 50 dos 111 existentes no prédio – não será necessária a contratação de mão de obra
temporária, já que não haverá a
necessidade de atendimento diferenciado para esses hóspedes. “A
equipe que temos hoje já é preparada para atender a uma taxa de
ocupação de 100%, por isso não
haverá a necessidade de mais. E
também serão hóspedes comuns,
digamos assim, não vão exigir
um tratamento mais direcionado,
como no caso de uma seleção de
futebol”, comentou Michel.
Amplos benefícios
Além do setor hoteleiro, outros também devem ser beneficiados pela presença grega na
cidade. O que não se sabe, ou
pelo menos não pode ser afirmado, ainda, é se os sergipanos vão
seguir a tendência dos cariocas,
que fizeram com que os preços
de alguns serviços passassem de
ideais para extremamente ab-
surdos. Exemplos: um picolé de
frutas chega a custar R$ 5 e, um
coco, R$ 6. “A gente sabe que
em todo canto sempre vai ter
gente querendo tirar vantagem
de alguma situação. Espero que
em Sergipe seja diferente. O que
posso dizer é que as nossas tarifas não serão inflacionadas por
causa do evento”, garantiu o gerente geral do Radisson, Carlos
Henrique Dutra. Ele fez questão
ainda de frisar que a estadia do
time da Grécia em Sergipe é a
oportunidade que os sergipanos têm de poder mostrar toda
a beleza do estado para outros
países, e, assim, atrair novos turistas estrangeiros, afinal de contas, os jornalistas que virão para
cobrir a equipe de futebol não se
aterão, apenas, a eles.
Essas informações foram passadas nesta última semana, durante almoço promovido pelos hotéis
da rede Atlantica com jornalistas
sergipanos no Radisson Hotel. Na
oportunidade, Carlos Henrique e
Michel Guidoni falaram sobre os
números alcançados em 2013 em
cada uma das instituições que coordenam; sobre como o Estado e
em especial, Aracaju, está despontando como uma cidade para o tu-
Michel Guidoni, do Quality (à esquerda), e Carlos Henrique, do Radisson
rismo de lazer; o que falta para a
consolidação da capital sergipana
como opção mais presente no roteiro das famílias brasileiras, e como
a falta de uma estruturada Vila do
Forró, na Orla da Atalaia, durante o Forró Caju 2013 e, de uma
atração nacional na virada de ano
(2013/2014), também na Orla, podem ter arranhado o trabalho que
há muito vinha sendo realizado junto aos turistas de outros estados.
No ano passado, o Radisson
alcançou uma média de ocupação/ano de 68%, enquanto
o Quality chegou a alcançar os
75%. De acordo com Carlos Henrique Dutra, a crise que assolou
o Brasil, e que só não foi vista
pela presidente Dilma Roussef e
pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve largo alcance.
“Eles classificaram a crise como
uma marolinha, mas foi algo que
mexeu com todos os setores da
economia. O turismo sergipano
ainda está dependente do turismo de negócios e neste caso, o reflexo é muito rápido. A economia
precisa estar bem para que haja
um turismo melhor, em todas as
suas espécies”, pontuou.
Dutra ressaltou ainda os picos de ocupação que aconteceram já este ano. “Em janeiro registramos em vários dias 100%
de ocupação, e acredito que ainda neste primeiro semestre bons
números sejam alcançados, pois
teremos otimos feriados, o que
não vai ocorrer no segundo semestre”, comentou.
Michel Guidoni aproveitou a
ocasião para anunciar a reforma e
ampliação do Quality, que passará
a ter 78 novos leitos, todos serão
erguidos no terreno ao lado das
duas atuais torres, fazendo com
que o hotel deixe de ter formato
em “V”, para tê-lo em “Y”. Essa
ampliação é motivada pela boa
média anual de ocupação, de
75%, que tem tem sido mantida
ao longo de vários anos.
Mesmo o perfil principal dos
hóspedes do hotel que coordena
ser de empresários, Michel percebe que o turismo de lazer já
está dando passos crescentes na
cidade, e que a capital sergipana
está sendo melhor percebida pelo
público de outros estados, que
antes enxergava como atrativos
roteiros como Fortaleza e Salvador. “Aracaju é um ótimo destino
e isso está sendo descoberto. Sentimos que está passando de um
destino de negócios para o cenário de uma viagem em família, de
quem busca beleza e tranquilidade, e isso reflete nos números de
ocupação”, finalizou.
JORNAL DA CIDADE
na barra
Municípios
Fechamento
desta edição
12h00
www.jornaldacidade.net
“sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero”. beaumarchais
Domingo
Aracaju-SE, domingo 09 e 10 de fevereiro de 2014 - Ano XLII - Nº 12.480
Sergipe R$ 1,50 - Outros Estados R$ 2,00
Prefeitura e servidores iniciam discussões
sobre negociação salarial da categoria. Pág. 2
população vive refém
do medo em pedrinhas
itabaiana
shopping vai
gerar 3 mil
empregos
Pequena, ainda mantém hábitos cotidianos da vida no interior. Mas, há alguns anos, a rotina de tranquilidade de
Pedrinhas vem sendo ameaçada. Isso porque assaltos, homicídios e até mesmo estupros, segundo os moradores, têm
sido práticas cada vez mais comuns ali. Diante disso, a população vive assustada. PÁGINA 3
André Moreira
O empreendimento
será construído em
uma localização
privilegiada, tendo 17
cidades circunvizinhas,
com uma área de 50
mil metros quadrados,
150 lojas, e com
perspectivas de gerar
mais de três mil
empregos diretos. O
investimento já está
orçado em R$ 50
milhões. Segundo o
idealizador do projeto,
o empresário Messias
Peixoto, o shopping
surgiu de um projeto
pessoal de ampliação
do próprio comércio
dele, que há 35 anos
vem dominando o ramo
supermercadista no
município.
socorro
festa da
padroeira foi
um sucesso
A festa em
comemoração alusiva
a Santa Padroeira teve
uma programação
social com os shows de
Léo Santana e a banda
Parangolé, Antônio o
Clone e o cantor Galã
do Brega, ritmos para
agradar a todos os
públicos. A segurança
foi um dos pontos
altos da festa. Uma
estratégia montada
pela Guarda Municipal
contou com o apoio
de 115 homens
divididos entre 50
guardas municipais,
50 policiais militares
e 15 policiais civis
que garantiram a
segurança de cerca de
15 mil pessoas.
PÁGINA 2
PÁGINA 3
André Moreira
lagarto
penhora
Justiça realiza
leilão de bens.
No evento,
serão leiloados
imóveis urbanos e
comerciais, além
de veículos
Trt/se decidiu pela
penhora dos bens
imóveis do Grupo
VCA, formado
pelas empresas VCA,
Cidade Histórica e
Fazenda Boa Luz
PÁGINA 4
PÁGINA 4
alto sertão
cordeiros
concluída
implantação
de perímetro
uso do soro
de leite
baixa custos
A Codevasf assinou
contrato para a
instalação dos últimos
14 lotes, uma área
de 100 hectares que
será destinada ao
desenvolvimento
da pecuária e da
agricultura irrigada
e deve beneficiar,
aproximadamente, 60
pessoas que sobrevivem
da produção familiar.
Na área de 14 hectares
destinada à prática da
pecuária, suficiente
para abastecer o
rebanho dos produtores
familiares assentados
no perímetro irrigado,
será instalado um
sistema de irrigação
por aspersão
convencional.
Trabalho inédito de
pesquisadores da
Embrapa Caprinos e
Ovinos confirma que
o uso do soro de leite
bovino, incluso em
ração concentrada, para
alimentação de cordeiros
em terminação sob
confinamento, diminui
custos de produção.
Cordeiros alimentados
com ração contendo soro
de leite apresentaram
conversão alimentar
maior do que aqueles
que ingeriram ração com
grande percentual de
milho e farelo de soja.
A conversão alimentar
mede o quanto o
animal aproveitou da
alimentação recebida,
convertendo-a em ganho
de peso.
mais mortes na se-270 este ano
Hoje nas Colunas
Uma das cidades mais importantes de Sergipe, Lagarto tem se destacado, também, em número de acidentes
automobilísticos. Segundo a CPRv, o município está em segunda colocação, ficando atrás apenas da capital. PÁG. 4
PÁGINA 5
agropecuário
Em reunião no Ministério de Minas e Energia, o governador Jackson
Barreto reafirmou sua proposta de dividir proporcionalmente, entre Capela
e Japaratuba, as riquezas geradas pelo Projeto Carnalita. PÁG. 2
O presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (Fames),
Antônio Rodrigues, disse que os municípios são incapazes de cumprir com o
pagamento integral do reajuste de 8,32% do piso do magistério. PÁG. 5
A semana
social
As inscrições para o concurso público da Câmara de Monte Alegre tiveram
inicio na última quinta-feira, 6. O concurso destina vagas para os
níveis fundamental completo e incompleto e médio/técnico. PÁG. 4
COMERCIAL: 3226.4820 FAX: 3215.5009

[email protected]

REDAÇÃO: 3226.4824 / 3226.4826
A Prefeitura de Ribeirópolis divulgou na última quarta-feira, 5, a
programação da Festa de Reis do município, que acontece nos dias
21, 22 e 23 de fevereiro na Praça de Eventos. PÁG. 6
PÁGINA 5


FALE COM O JC: 3226.4800
Política
[email protected]
2
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
Panorama Político
da redação de municípios
IMPASSE I
Em reunião no Ministério
de Minas e Energia (MMD)
última terça, 4, em Brasília,
o governador Jackson Barreto
reafirmou sua proposta de
dividir proporcionalmente,
entre os municípios de Capela
e Japaratuba, as riquezas geradas pelo Projeto Carnalita.
A iniciativa, não foi aceita
pelo prefeito de Capela, Ezequiel Leite, foi encampada
pelo ministro Edison Lobão,
o qual apelou ao mandatário
municipal para que acolhesse
a proposta do governador. A
decisão da implantação do
projeto em Japaratuba foi
da Vale do Rio Doce, responsável pela exploração e
beneficiamento da Carnalita,
a partir da qual é produzido o potássio, essencial na
composição de fertilizantes.
De acordo com Lobão, a proposta apresentada pela Vale
é definitiva. O prefeito Ezequiel pleiteia que o complexo
fique em Capela.
IMPASSE II
O Projeto Carnalita, de U$
1,8 bilhão, é de interesse nacional, por isto teve a mobilização
do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e da presidenta Dilma
Rousseff, além do ex-governador
Marcelo Déda, já que o Brasil é
dependente da importação de
fertilizantes. Com ele, estima-se
que serão gerados 4.000 empregos diretos e 10.000 indiretos na
fase de construção, e 1.000 empregos diretos e 2.750 indiretos
na fase de operação. O secretário
da Casa Civil, José Sobral, e o
subsecretário de Desenvolvimento Energético Sustentável, José
Oliveira Júnior, expuseram os
argumentos técnicos. De acordo
com Sobral, com a criação de
centros de distribuição em cada
município, os tributos (ICMS,
ISS, CFEM) serão repartidos na
proporção das riquezas contidas
nos subsolos. A Secretaria da
Fazenda estima que, ao longo da
vida útil do projeto (cerca de 30
anos), somente Capela receberá
mais de R$ 900 milhões.
‘FEIRA LIMPA’
Dentro de aproximadamente um mês, a população pacatubense contará com uma nova ação da Prefeitura. É o projeto “Feira Limpa”, que
consiste no recolhimento de todo o resíduo orgânico, produzido no
centro de comercialização, deixando o ambiente limpo e organizado.
A medida está sendo adotada através da Secretaria de Meio Ambiente
e Recursos Hídricos da cidade, em parceria com a Petrobras e a Associação de Produtores Orgânicos do Povoado Ponta de Areia (APOP).
De acordo com o secretário responsável pela pasta do Meio Ambiente
de Pacatuba, Pablo Figueiredo Brayner, todo o resíduo coletado será
colocado em tonéis seletivos e direcionado para a associação. “Lá,
os produtores utilizarão o lixo na compostagem, o transformando
em húmus, ou seja, adubo orgânico, o que ajudará na aceleração
do plantio e regeneramento do solo”, explica o secretário.
REPASSE DO FPM
Será creditado nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, nas contas
das prefeituras brasileiras, o repasse do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM) referente
ao 1.º decêndio do mês de fevereiro de 2014. O valor será de R$
4.996.928.821,00, já descontada
a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação
(FUNDEB). Em valores brutos,
isto é, incluindo a retenção do
FUNDEB, o montante é de R$
6.246.161.026,25. Em comparação com o primeiro decêndio de
fevereiro de 2013, este teve um
crescimento pífio de 0,9% em
termos nominais, sem considerar a
inflação. Em termos reais, o decêndio apresenta uma queda de 3,9%.
UFS EM ESTÂNCIA 1
O deputado federal Márcio Macêdo (PT) discursou
no plenário da Câmara, nesta
quarta-feira, 5, em defesa da
instalação de um campus, no
município de Estância, da Universidade Federal de Sergipe
(UFS). “Estância tem vocação
empresarial e produtiva. A
Universidade de Engenharia
vai servir não só para Sergipe,
como também para as cidades
da Bahia que fazem divisa com
o nosso Estado, já que há próximo dali o Polo Petroquímico de
Camaçari”, destacou. O parlamentar participa, nesta quinta-feira, 6, de audiência com o
reitor Ângelo Antoniolli, políticos e associação de estudantes
na sede da UFS para discutir a
implantação da nova unidade.
UFS EM ESTÂNCIA 2
“Quero dizer que defendo a instalação da UFS em Estância, pois
sei o quanto é necessário para a população daquela região. O município pleiteia o Campus de Engenharia Civil, com o objetivo de
beneficiar não só a região sul e centro-sul de Sergipe, como também todo o território do Estado”, ressaltou. Para Márcio, com a
intenção de se instalar na cidade, “a universidade reafirma sua responsabilidade em participar efetivamente na resolução de problemas e no atendimento às demandas sociais do Estado de Sergipe”.
CONDENADO
A juíza de Direito, Maria Diorlanda Castro Nóbrega, condenou o ex-prefeito de Itabaiana, Luciano
Bispo de Lima, por ato de
improbidade administrativa. A decisão atendeu aos
pedidos do Ministério Público de Sergipe, por intermédio dos promotores de
Justiça, Kelfrenn Teixeira
de Menezes e Virgílio do
Vale Viana.
DESCUMPRIU
O ex-gestor foi condenado por
descumprir a obrigação de enviar
informações referentes ao Convênio
nº 804412/2004, que tem por objeto
a implementação de ações educativas
que promovam a redução da exposição de crianças e adolescentes a situações de risco, bem como combater a
evasão escolar na rede pública. Além
disso, Luciano, de acordo com a Ação,
descumpriu a Constituição Federal no
que diz respeito ao percentual exigido
para os gastos com a Saúde Pública.
INVESTIMENTOS
O prefeito de Maruim, Jeferson Santana, anunciou uma série de investimentos na última terça-feira, 4, na primeira sessão do ano na Câmara
de Vereadores. O gestor aproveitou o espaço para fazer um balanço da
gestão em 2013 e anunciou uma série de investimentos para o ano de
2014. De acordo com o prefeito, cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS)
serão construídas (Lachez, Arapiraca, Conjunto Albano Franco, povoados
Oiteiros e Caititu). Ainda segundo o gestor, alguns projetos estão sendo
finalizados para a captação de recursos para a recuperação das estradas
vicinais; a reforma da praça do tamarineiro; pavimentação granilítica nos
povoados Mata do São José, Pedra Branca e Pau Ferro; e urbanização da
entrada da cidade pela Rodovia SE-240.
‘AGILIZA!’
O governador Jackson Barreto solicitou ao novo ministro da Educação (MEC), Henrique Paim, que agilize a implantação do Campus do Alto Sertão, da UFS (Universidade Federal de Sergipe).
Na audiência, nesta terça, 4, em Brasília, o ministro fez questão
de destacar que o sergipano era o primeiro governador recebido
pelo novo titular do MEC.
APROVADO
Durante o encontro, Henrique Paim recebeu a informação do reitor da Universidade Federal de Sergipe, Angelo Antoniolli, de que
o projeto do Campus do Sertão já está pronto e aprovado pelo
CNE (Conselho Nacional de Educação). Resta, assim, a escolha
do local e do número de vagas pelo MEC. A expansão da UFS
atenderá antiga reivindicação daquela região. Inicialmente, estão
previstos os cursos de veterinária, agronomia e zootecnia. O novo
campus foi confirmado pelo ex-ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, em 28 de agosto de 2013, durante audiência com o
então governador em exercício, Jackson Barreto.
Municípios
Jornal da Cidade
Shopping em Itabaiana vai
gerar 3 mil empregos diretos
Empreendimento terá 150 lojas e deve custar cerca de R$ 50 milhões
C
onhecido pelo rápido desenvolvimento econômico,
o município de Itabaiana,
no agreste de Sergipe, distante
58 km de Aracaju, será o primeiro
do interior sergipano a ganhar
um shopping. O empreendimento será construído em uma
localização privilegiada, tendo 17
cidades circunvizinhas, com uma
área de 50 mil metros quadrados,
150 lojas, e, com perspectivas de
gerar mais de três mil empregos
diretos. O investimento já está
orçado em R$ 50 milhões.
Segundo o idealizador do
projeto, o empresário Messias
Peixoto, 55 anos, o shopping
surgiu de um projeto pessoal
de ampliação do próprio comércio dele, que há 35 anos
vêm dominando o ramo supermercadista no município. “A
ideia inicial era construir uma
grande loja de variedades de
produtos e serviços, mas após
estudos de viabilidade, os técnicos avaliaram que seria mais
vantajosa a construção de um
grande centro de compras, o
shopping”, conta.
Acontece que o projeto foi
ganhando fôlego e depois da
grade loja ser transformada em
um shopping, o projeto passou
por mais uma alteração. “O
projeto previa apenas 50 lojas,
mas o sucesso e a aceitação da
população e dos comerciantes
locais e da região foi tão grande que tivemos que aumentar
a oferta para 150 lojas, sendo
que atualmente quase todas já
estão reservadas”, comemora.
O empresário conta que a
construção ainda não foi iniciada, mas que já tem previsão
para começar no final do mês de
março. “São quatro grandes empresas disputando a construção
do shopping, entre elas a Norcon e a Habitacional. Estamos
finalizando as análises sobre
orçamento, e esperamos que
em breve as obras se iniciem.
Estou particularmente ansioso
por isso”, revela Peixoto.
Estrutura
O
Shopping Peixoto, do grupo
Peixoto, prevê a geração de
mais de três mil empregos diretos no novo empreendimento.
“O Shopping Peixoto terá 150
lojas, distribuídas em uma área
de 34 mil m², sendo uma loja
âncora, que sozinha ocupará 3
Fotos: André Moreira
SHOPPING será construído com localização privilegiada, com uma área de 50 mil metros quadrados
PEIXOTO: "O comerciante já nasce comerciante. Os filhos dos empresários já começam a trabalhar com os pais"
mil m², e outras 19 mega lojas,
além de praça de alimentação,
três salas de cinema, uma área
de saúde com 14 consultórios
clínicos e estacionamento com
mais de mil vagas”, detalha o
empresário Messias Peixoto.
Ainda de acordo com Messias, o Shopping Peixoto será
construído na Avenida José
Amâncio Bispo, nº 5419, no
Bairro Miguel Teles de Men-
donça, em Itabaiana. A partir
do momento em que começar a
obra, o novo centro de compras
deve demorar entre 18 e 20
meses para ficar pronto.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes
Lojistas Jamisson Ferreira, os
moradores do município estão
otimistas quanto à criação de
mais um centro de compras.
Isso porque, para ele, o de-
senvolvimento do comércio
itabaianense deve-se a uma
tradição passada de pai para
filho. “O comerciante já nasce
comerciante. Os filhos dos
empresários já começam a trabalhar com os pais e entender
como funciona o comércio, e os
frutos do atendimento diferenciado que nós, itabaianenses,
proporcionamos aos nossos
clientes”, disse.
barra
Servidores iniciam negociação salarial
Esta semana, o secretário de
Planejamento do município da
Barra dos Coqueiros, Adelmo
Apóstolo de Araújo, recebeu
representantes dos sindicatos
dos trabalhadores do município, servidores públicos e do
magistério, marcando o início
das negociações salariais. Essa
foi a segunda reunião entre
gestores e entidades de classe,
a primeira aconteceu no dia
30 de janeiro após protesto em
frente à prefeitura.
De acordo com Adelmo Araújo, após a presidente do Sindicato
dos Servidores Municipais (Sindibarra), Verônica Silva, apresentar
as tabelas com as propostas de
reajuste e serem ouvidas as reivindicações dos professores, foi
marcada a terceira reunião para a
próxima terça-feira, 11. “A expectativa é que já na terça-feira seja
instalada a mesa de negociação,
a partir do decreto do prefeito,
que nomeia os representantes da
administração e das entidades de
classe”, disse.
Para a presidente do Sindibarra, Verônica Silva, o início
da negociação representa um
avanço, já que, segundo ela,
desde julho do ano passado o
sindicato envia ofícios para a
prefeitura solicitando uma reunião com o prefeito Airton Martins (PMDB), e até então não
tinha sido atendido. “Propomos
a adoção do modelo do regimento interno concedido pela
Divulgação
feito Airton Martins (PMDB)
está pagando os servidores
em dia, e, somente neste mês
de janeiro, foram pagos os
salários relativos ao mês de
dezembro de 2012, em atraso
ocasionado pela administração anterior. Sobre o retroativo do magistério, Adelmo
disse que a Secretaria de
Planejamento fará um levantamento do retroativo do para
negociar o parcelamento.
Reajuste
SERVIDORES estão na bronca com o prefeito Airton Martins
Central Única dos Trabalhadores para a implantação da mesa
de negociação. Agora é adequar
a nossa realidade e esperar que
seja atendido”, afirma.
Apesar de reconhecer a
importância do início do diálogo com a administração
municipal, Verônica lamenta a
demora. Segunda ela, a data-base do servidor da Barra dos
Coqueiros é em janeiro, e por
tanto, as negociações já estão
bastante atrasadas. “Temos
direito à mesa permanente de
negociação, esta legislação é
uma conquista dos trabalhadores e trabalhadoras que não é
cumprida”, reivindica.
Reivindicação
A
s discussões a serem realizadas entre sindicatos e
gestores com a formação da
mesa de negociação dizem respeito a questões salariais, direitos previdenciário, além do
cumprimento da Lei 728/2012.
“A Lei é um complemento da
Lei orgânica que foi revisada
em 2012, através da emenda
nº 04, que defende que o nosso
salário mínimo deve ser fixado
em Lei Nacional. No entanto,
temos o básico de R$ 678, que
era o antigo salário mínimo.
Queremos, portanto, o reajuste
que nos é garantido por direito
e para iniciar o processo de
negociação, a formação da
mesa”, declara a presidente do
Sindibarra.
Já os professores buscam o
pagamento do retroativo. Segundo o secretário de planejamento, Adelmo Araújo, o pre-
D
e acordo com o secretário
Adelmo, em março de
2013 foi feita uma reunião
com representantes desse e
de outros sindicatos, quando
a categoria exigiu reajuste
salarial de 14% em cima
do salário base. Na ocasião
a prefeitura concedeu 9%,
acompanhando o reajuste
nacional do salário mínimo
estabelecido pelo Governo
Federal.
Adelmo explicou ainda que
a administração tem interesse
em atender às solicitações da
categoria, mesmo tendo encontrado a máquina pública
com uma dívida milionária
deixada pelo governo anterior. “A administração atual
se comprometeu a lutar pela
atualização dos vencimentos
salariais do servidor público
municipal, das gratificações e
aposentadoria”, garante.
Municípios
Jornal da Cidade
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
3
Violência aterroriza cidade de Pedrinhas
Quadrilha comandada pelo jovem Neguinho tem cometido inúmeros assaltos. População está temerosa
Fotos: André Moreira
Laudicéia Fernandes
Da equipe JC
Q
uem chega a Pedrinhas, a 89 quilômetros de
Aracaju, encontra um município aparentemente pacato. Pequena, a cidade cuja população estimada em 2013 é de 9.298 habitantes, de
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), ainda mantém hábitos cotidianos
da vida no Interior, como conversas com os vizinhos
nas portas de casa e a curiosidade natural quando
algum forasteiro aparece. Porém, há alguns anos,
a rotina de tranquilidade de Pedrinhas vem sendo
ameaçada. Isso porque assaltos, homicídios e até
mesmo estupros, segundo os moradores, têm sido
práticas cada vez mais comuns ali.
Diante disso, a população vive assustada. E
responsabiliza uma pessoa por muitos desses
crimes: José Lucas de Jesus Santos. Apelidado de
Neguinho, o bandido de apenas 18 anos e nascido
em Pedrinhas, é bastante conhecido da Polícia, pois,
ainda menor, cometeu diversos delitos. Ele é apontado como o chefe de uma quadrilha que, supostamente, possui dezenas de integrantes e que vinha
aterrorizando não apenas os pedrinhenses, mas,
também, os moradores de cidades circunvizinhas.
A população temia, aliás, que o bandido se
transformasse em um novo Pipita, o adolescente
C.S.R. que cometeu inúmeras atrocidades no Sul
sergipano, como roubos, estupros e assassinatos,
e que foi morto pela polícia no dia 22 de março de
2008. Felizmente, Neguinho foi preso na tarde da
última quinta-feira, dia 6, no Bairro Matadouro,
em Pedrinhas, numa ação-surpresa realizada pela
equipe de Cleones Silva, 42 anos, que assumiu recentemente a Delegacia do município, em parceria
com o Complexo de Operações Especiais (Cope) e
a Polícia Militar.
segundo Cleones, 'Neguinho' estava foragido, mas as investigações continuaram até culminar na prisão dele
Assaltos
A última ação que Neguinho teria cometido em
Pedrinhas é recente. Trata-se do assalto realizado no
dia 30 de janeiro deste ano a um Ponto Banese. Três
bandidos armados – um deles seria Neguinho – invadiram o estabelecimento, levaram dinheiro e a arma
do vigilante. Além disso, uma mulher foi feita refém,
sendo liberada algum tempo depois no Povoado Guin.
O microempresário Cleones Nascimento
Alves, 24 anos, dono de uma panificação, afirma
que, praticamente, todos os pontos de comércio
da Praça São José, no centro da cidade, já foram
roubados. “Graças a Deus, nunca fui assaltado,
mas a grande maioria foi. Neguinho estava intimidando a população com um grupo que, a
gente acredita, tem mais de 30 bandidos. Dizem,
inclusive, que ele até estuprou uma mulher”, comenta o microempresário.
Outro comerciante, que prefere não se identificar, conta que a loja dele foi assaltada há alguns
meses. Os bandidos levaram tudo o que tinha no
caixa naquele dia. “Ameaçaram a gente com armas
de fogo. Ficou todo mundo apavorado. Nunca se
viu nada assim em Pedrinhas. Aqui está virando
uma cidade sem lei. Ele [Neguinho] parece até
Drogas
DELEGACIA do município de Pedrinhas recebe inúmeros registros de ocorrência de assaltos
aquele tal de Pipita, que deixou Sergipe em estado
de terror”, compara o comerciante.
Segundo Cleones Alves, na última segundafeira, dia 3, uma nova ação dos bandidos aconteceu. Quatro deles estiveram no município, atirando
para todos os lados. O objetivo? Roubar a arma de
um homem, provavelmente para cometerem mais
assaltos. “Mas o cara era bom de tiro, e eles não
conseguiram [pegar a arma]”, afirma.
Investigação
De acordo com Cleones Silva, que assumiu
as delegacias de Pedrinhas e de Arauá na última
segunda-feira, dia 3, Neguinho estava foragido e,
claro, as investigações continuaram, até culminar
na prisão dele. “Neguinho já é bastante conhecido
no rol da criminalidade pela truculência de seus
atos. Quando menor, ele praticou muitos delitos. E,
mesmo maior de idade, temos notícias de muitas
Festa da padroeira Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro
foi um sucesso com muita
alegria e tranquilidade
No último final de semana
a cidade de Nossa Senhora do
Socorro celebrou sua padroeira. Para isso, a prefeitura, por
meio de suas secretarias, em
parceria com entidades religiosas
organizaram os eventos para
atender todos os públicos. A segurança foi um dos pontos altos
da festa. Uma estratégia montada
pela Guarda Municipal contou
com o apoio de 115 homens divididos entre 50 guardas municipais, 50 policiais militares e 15
policiais civis garantiram a segurança de cerca de 15 mil pessoas.
Todo esse efetivo, somado ao
clima de paz criado pelo cidadão
socorrense fez com que a festa
fosse segura e sem nenhuma ocorrência. Trabalharam efetivamente
ainda os servidores das secretarias
municipais de Cultura, Comunicação, Saúde, Transporte, SMTT,
Conselho Tutelar e Defesa Civil.
Programação
Social
A festa em comemoração
alusiva a Santa Padroeira teve
uma programação social com os
shows de Léo Santana e a banda
Parangolé, Antônio o Clone e
o cantor Galã do Brega, ritmos
para agradar a todos os públicos.
O tecnólogo em segurança do
trabalho, João Otávio Carvalho,
morador da Sede do município,
práticas, especialmente roubos. Vamos procurar
atuar e tirá-lo de circulação, usando os meios legais”, assegurou o delegado, em entrevista à equipe
do JORNAL DA CIDADE, na última terça-feira, 6,
dois dias antes de prender o infrator.
Cleones Silva não confirma a informação de que
o grupamento seja tão grande quanto a população
acredita. Para ele, na verdade, é uma quadrilha
bem menor e que não está tão bem armada quanto
se alardeia na cidade. “Não temos dúvida de que é
um grupo perigoso, que é capaz de agir com truculência. A população está, de certa forma, em risco,
e a gente precisa tomar providências, pois sabemos
que eles atuam não somente em Pedrinhas, mas,
também, nos municípios circunvizinhos”, declara.
Quanto a homicídios, Cleones Silva explica que
a maioria deles é fruto de desentendimentos entre
as pessoas, a exemplo de brigas de bar. Na verdade,
ainda não se tem notícia de latrocínios. “O maior
crime na região é realmente o assalto. E não é
praticado apenas pela quadrilha de Neguinho, mas,
também, por outras pessoas, que já estão sendo
observadas pela Polícia”, garante.
O delegado admite que o efetivo policial de Pedrinhas é muito restrito. E, por uma questão de sigilo profissional, ele não revela quantos policiais civis atuam na
cidade. Salienta, porém, o fato de que há apenas dois
militares a fazer a segurança em Pedrinhas cotidianamente “[Esse contingente] é insuficiente para executar qualquer ação policial. Por isso, estou tentando
agremiar efetivo, ainda que seja de modo provisório,
emprestado, para trabalhar conosco”, revela. Cleones
Silva quer reunir, já na próxima semana, pelo menos,
dez homens em Pedrinhas, durante um tempo, a fim
de reforçar a fiscalização e as investigações e, assim,
dizimar, como ele mesmo diz, a criminalidade local,
especialmente em áreas consideradas mais violentas, a
exemplo dos bairros Matadouro e Queen.
destacou a tranquilidade e organização da festa. “Achei a festa
muito tranquila e animada. O
povo foi para brincar e se divertir.
Além disso, mais uma vez, a prefeitura soube organizar dividindo
os dias do evento, um para a festa
social e outro com atrações católicas agradando assim a todos”.
O cantor Léo Santana, revelou
que estava muito feliz em poder
retornar a Socorro. “É a terceira
vez que venho a Nossa Senhora do
Socorro, sou sempre muito bem
recebido. O povo daqui tem uma
vibração especial. Ficamos muito
felizes quando fomos convidados
para fazer esse show aqui. Ainda
mais numa data tão especial como
essa”, afirmou Léo, lembrando das
comemorações alusivas a Santa
padroeira do município.
O cantor sergipano Antônio
o Clone, animou o público na
abertura da festa. Com 17 anos
de carreira, muito romantismo e
arrocha ele cantou várias músicas
conhecidas do público como ‘Me
Liga Amor’, ‘Minha Paixão Proibida’, ‘O Que Combina Comigo É
Você’. Já o Galã do Brega, não fez
diferente, animou seu fãs como
uma das suas principais músicas
‘Não Devo Nada a Ninguém’.
Programação
religiosa
Esse ano teve uma novidade
com o I Louva Socorro Católico,
organizado pelo padre Marcos
dos Santos. A festa foi um sucesso, começou com um arrastão
saindo do Centro Administrativo
até a Praça Getúlio Vargas, animados pela banda Ministério de
Música Nossa Senhora do Carmo.
Logo depois do Arrastão do Louva Socorro, os socorrenses acompanharam os shows das bandas
Maranatha e Comunidade Que
Canta, no placo. Tudo isso, no
sábado, dia 1º.
Para a dona de casa, Josefa Ferreira da Silva Souza, a igreja chegou
até as residências. “Nem precisei
sair de casa, uma chuva de bênçãos
veio até minha porta”, conta agradecendo o trajeto do Louva.
Já para Greicele Farias, o
Louva foi oportuno para garantir
a diversão da família. “Além das
minhas filhas brincarem, pudemos orar com tranquilidade. Esse
evento é da família, aproveitei
para trazer minha mãe, filha e
sobrinha”, fala.
Já no domingo, dia 2, finalizando as festividades de Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro, teve
a missa solene seguida de procissão
em homenagem a padroeira Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro. A
missa, na igreja matriz da cidade,
foi celebrada pelo Bispo Auxiliar
de Aracaju, Dom Henrique, e pelo
padre Marcos dos Santos.
Para os católicos um ato importante é a peregrinação, que
percorreu diversas ruas da cidade.
Um momento de fé e devoção para
muitos. A moradora do município
e devota da Santa, Maria José da
Silva, diz que todo ano participa
da procissão. “Sempre venho a
procissão e esse ano estou pagando
uma promessa por ter recebido as
graças de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”, enfatiza.
Lavagem das
escadarias
Os participantes de vários
terreiros de Candomblé e Umbanda do Estado se reuniram em
Nossa Senhora do Socorro para
celebrar o dia de Iemanjá. Eles
seguiram em cortejo do Povoado
Porto Grande até a Igreja Matriz,
onde lavaram as escadarias com
cânticos e louvores. O dia 2 de
fevereiro é comemorado o dia
de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro para os Católicos e o dia
de Iemanjá pelas religiões Afro
como Candomblé e Umbanda.
O pai de santo Raimundo,
ou babalorixá Raimundo, como
gosta de ser chamado, disse
que a atitude da prefeitura e
da primeira dama em realizar o
evento. É muito importante para
quem participa das religiões afro
e que o evento já está virando
tradição no município.
Cleones destaca, inclusive, a preocupação dele
com a questão das drogas, principalmente o crack. “É
algo que extrapola os muros da segurança pública,
atingindo os da família, os da saúde e os da própria
vida social. Esse problema, além de ser tráfico de
drogas, causa desagregação familiar e desestruturação econômica”, resume. Apesar de não ter tido
tempo ainda de fazer um levantamento mais minucioso do crack em Pedrinhas, ele salienta que se trata
de um tráfico relevante e que precisa ser combatido.
Aliás, o novo delegado de Pedrinhas ainda não
possui dados concretos. Segundo ele, as informações
precisam ser apuradas e as devidas medidas, tomadas. Detalhe: nem mesmo a Secretaria de Segurança
Pública de Sergipe (SSP/SE) forneceu ao JC dados
estatísticos sobre os crimes registrados no município.
Mesmo ainda se ambientando ao novo cargo,
com a prisão de Neguinho, Cleones já mostrou
a que veio. “Gosto de colocar a cidade [em que
trabalha] em ordem e creio que, daqui a 90 dias,
a gente já tenha uma Pedrinhas diferente se conseguirmos colocar em prática todo o planejamento que costumamos fazer”, diz. É o que povo de
Pedrinhas tanto espera.
são cristóvão
Polêmica pode adiar
Campeonato de Futsal
O
1º Campeonato Oficial da Liga de Futebol de Salão de São
Cristóvão, previsto para começar na próxima terça-feira, dia
11 de fevereiro, pode não acontecer. É que está havendo um imbróglio entre Olegário dos Santos e Israel Sarmento, respectivamente, presidente da Liga de Futebol de Salão e diretor geral de
Esporte e Lazer daquele município, localizado a 25 quilômetros
de Aracaju. “Por questões políticas, o diretor geral está barrando
a realização do evento, à medida que, até agora, não liberou a
ginásio de esportes. Ele disse que libera para outros, mas não
libera para mim”, afirma Olegário.
Entenda: no passado, Olegário e Sarmento eram aliados.
Mas houve um rompimento dessa aliança e, agora, ele se tornaram desafetos políticos. Segundo o presidente da Liga, isso
dá à questão uma denotação político-pessoal que somente
prejudica a população e o esporte no município. “Não podemos
deixar que isso aconteça, pois se trata de um campeonato que
vai envolver dez equipes de São Cristóvão”, salienta. O evento,
se acontecer, terá duração de três meses, devendo ser concluído
no dia 5 de maio.
Para tentar dirimir a polêmica, Olegário pediu aos vereadores da situação para que intercedessem junto à prefeita
Rivanda Batalha (PSB). Ele acredita que ela, como a principal
força política da cidade, poderá liberar o ginásio para que o
Campeonato seja realizado. “Espero que a prefeita entenda a
importância desse evento esportivo e nos conceda essa liberação”, almeja.
Esclarecimentos
I
srael Sarmento destaca que, muito antes de esse evento da
Liga ser anunciado, já havia comunicado ao próprio Olegário
sobre a realização de outro campeonato no município, que deverá acontecer em março. “Mesmo sabendo disso, ele [Olegário]
mandou um ofício solicitando o ginásio para o campeonato
dele. Nem sabemos se essa Liga é oficial. Na verdade, ele está
medindo forças no momento errado. Está querendo passar por
cima. Isso é um capricho dele. Mas não podemos abrir mão do
que é da nossa competência”, opina Sarmento.
O evento esportivo que está sendo organizado pela Prefeitura também é o primeiro de futsal a ser realizado no município.
Segundo o diretor geral de Esporte e Lazer, diferentemente do
Campeonato da Liga, esse irá reunir times da sede e também
do Bairro Rosa Elze e do Conjunto Eduardo Gomes. “Vamos
começar depois do Carnaval, no início de março. E, na próxima
sexta-feira [dia 14], vamos definir, com os times, quantos vão
participar, qual será a duração do campeonato e qual a data para
começar”, explica.
4
Municípios
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
A semana
Da redação de Municípios
LEILÃO
A Justiça Estadual de Lagarto, em conjunto com o leiloeiro
oficial Adilson Bento de Araújo, realizam leilão nos dias 7
e 21 de fevereiro de 2014, às 9h, no Fórum da cidade. No
evento, serão leiloados imóveis urbanos e comerciais em
Lagarto, além de veículos. Os interessados podem obter
informações mais detalhadas através do site www.leiloesjudiciais.com.br ou então pelo 0800-707-9272.
CONCURSO PÚBLICO
As inscrições para o concurso público da Câmara Municipal
de Monte Alegre tiveram início na última quinta-feira, 6. O
concurso destina vagas para os níveis fundamental completo e incompleto e médio/técnico com taxas de inscrição de
R$ 20 e R$ 30, respectivamente. Inscrições são até o dia 6
de março. São duas vagas para Agente Administrativo, duas
para Agente Legislativo, uma para Agente de Controle Interno e uma para Serviços Gerais. As provas objetivas serão
realizadas no dia 30 de março. O edital do concurso pode
ser encontrado no site da Seprod.
PRESOS
O delegado Marcelo Cardoso, delegado do Departamento
de Narcóticos (Denarc), detalhou na última segunda-feira,
3, a operação que resultou na prisão de quatro homens,
duas mulheres e apreensão de um adolescente de 17 anos.
Todos são suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas,
esquema comandando por um detento do presídio de Tobias Barreto, em Sergipe. Com o grupo, foram encontrados
12 quilos de cocaína, uma pistola Ponto 40 e 34 munições,
uma pistola 380, um revólver calibre 38, uma espingarda
calibre 28, seis cápsulas plásticas com a droga, duas balanças de precisão, uma prensa, moldes para a prensa, dois
veículos e mais de R$ 47 mil em dinheiro. Segundo O delegado, foram três meses de investigação até a desarticulação
da organização criminosa.
PENHORA DE BENS
O juiz do Tribunal Regional do Trabalho em Sergipe (20ª Região), Antônio
Francisco de Andrade, decidiu pela penhora dos bens
imóveis do Grupo VCA, formado pelas empresas VCA,
Cidade Histórica e Fazenda
Boa Luz. A decisão visa solucionar as questões trabalhistas
enfrentadas por centenas de
funcionários. As assessorias
jurídicas das empresas devem
cumprir prazos para oferecer
os recursos e pagar a dívida
avaliada em cerca de R$ 30
milhões, podendo ser maior.
Caso não cumpram os prazos,
os bens podem ser leiloados.
De acordo com o juiz, como as
empresas decretaram falência
e existem processos também
de funcionários que foram
demitidos antes, decidiu pela
penhora dos bens. “Nós decidimos penhorar Fazenda
Boa Luz, avaliada em R$ 35
milhões e a garagem do grupo
localizada na Av. Tancredo Neves, que possui 100 mil metros
quadrados”, ressalta.
SOLIDARIEDADE
Diante do crime bárbaro do jovem Thyago Sobral
Valença, 15 anos, assassinado a facadas na madrugada do último sábado,
dia 1º de janeiro, na casa
da mãe em Nossa Senhora
do Socorro, familiares revelaram que a cantora Rihanna, de quem o menino
era fã, se mostrou solidária
e ofereceu ajuda financeira
aos parentes para pagar o
funeral do filho, mas eles
recusaram, pedindo apenas
que ela fizesse uma homenagem ao garoto, e assim
foi feito pela pop star, que
colocou a foto de Thyago
em seu perfil no Twitter,
na última segunda-feira, 3.
O acusado de ter matado
Thyago, a mãe dele, Vanessa Almeida Sobral, 31, e o
irmão, Osvaldo Pereira dos
Santos Junior, 9 anos, foi
preso na manhã da última
quarta-feira, 5. Marcos
André Andrade dos Santos,
32 anos, foi encaminhado
para o presídio.
GREVE
Os professores do município de Lagarto deflagraram greve
na última quinta-feira, 6. A deliberação foi resultado da assembléia geral da categoria, realizada na manhã da última
segunda-feira, 3. Segundo os magistrados, a greve foi motivada pela falta de propostas da administração municipal em
saldar as dívidas com os professores. Os professores denunciam que o salário e a segunda parcela do décimo terceiro
do ano de 2012 ainda não foram pagos. Além disso, a prefeitura ainda não teria se manifestado sobre o cumprimento
da atualização anual do reajuste do piso que em 2014 passou para R$ 1.697,37. Lagarto é um dos municípios que a
deputada estadual Ana Lúcia (PT) solicitou intervenção do
Ministério Público com o objetivo de garantir o pagamento.
TREINAMENTO
O Instituto Socioeducacional Solidariedade (ISES), em parceria com a Prefeitura de Tobias Barreto, realizou na quinta (6)
e sexta-feira (7) uma série de cursos de treinamento para os
trabalhadores locais. Entre os temas abordados, a direção
defensiva para os motoristas do transporte escolar; importância do uso dos equipamentos de proteção individual (EPI),
motivação e satisfação do trabalhador e proatividade x reatividade. Cerca de 200 pessoas participaram da capacitação.
A intenção do instituto, com a realização dos cursos de capacitação, é mostrar o valor do colaborador para a ISES, além
de prestar um serviço com mais qualidade. Como também,
um trabalhador satisfeito e motivado produz mais e leva um
diferencial para a comunidade na qual ele está inserido. Por
isso, estamos fazendo estes treinamentos em todas as cidades
onde atuamos. Vamos seguir um cronograma anual, detalhou
a capacitadora Patrícia Goldhar.
‘CAMPO VELHO’
Esta semana, uma
operação, denominada
Campo Velho, realizada
pela Polícia Civil em conjunto com os policiais
do Pelotão Especial de
Policiamento em Área
de Caatinga (Pepac), coordenados pelo delegado
Antônio Wellington e pelo
tenente do Pepac Fabrício Almeida, resultou na
prisão de Franciel Costa
Santos, conhecido como
“Fran”, e Thiago dos Santos
Pereira em Nossa Senhora
das Dores, interior de Sergipe, acusados de tráfico
de drogas na região. Um
jovem de 17 anos também
foi apreendido.
CAMPANAS
Segundo o delegado, após
investigação, foram realizadas
campanas para a filmagem da
ação dos traficantes. A Polícia
ainda apreendeu um revólver
calibre 38 municiado e uma motocicleta que, segundo a investigação, teria sido empenhada por
um usuário de drogas como garantia pelo pagamento da dívida
relacionada ao tráfico de drogas.
“Ainda estamos investigando a
participação do grupo na prática
de assaltos recentemente praticados aqui na região, bem como
pela prática de um homicídio
ocorrido no mês passado, na
cidade de Dores, em desfavor
de um usuário de entorpecentes
que era cliente do agrupamento
criminoso”, finalizou o delegado.
Jornal da Cidade
Lagarto é vice-campeão
de acidentes em Sergipe
Em 2013, foram registrados 78 com 12 mortes na rodovia SE-270
U
ma das cidades mais
importantes e economicamente promissoras de
Sergipe, Lagarto tem se destacado, também, em número de
acidentes automobilísticos. Pelas estatísticas da Companhia
de Polícia Rodoviária Estadual
(CPRv), o município que fica a
75 quilômetros de Aracaju está
em segunda colocação, ficando
atrás apenas da própria Capital. O título de vice-campeão
em acidentes é algo que não
agrada em nada e que vem preocupando os lagartenses.
Segundo Renilson dos Santos, 44 anos, primeiro sargento
da Polícia Militar e relações-públicas da CPRv, em Sergipe,
foram registrados 629 acidentes em 2013. Desses, 78 aconteceram em Lagarto, na rodovia estadual SE-270, conhecida
popularmente como Rodovia
Lourival Batista, que interliga
quatro municípios: Itaporanga
D’Ajuda, Salgado, Lagarto e
Simão Dias. Assim, dos 147
mortos em acidentes no Estado
no ano passado, 12 perderam a
vida naquela rodovia, enquanto 50 vítimas tiveram lesões.
Em todo o Estado, foram 575
feridos em acidentes de carro
e moto.
E o ano de 2014 já começou mal para aquelas bandas.
Dos 41 acidentes de trânsito
registrados no mês de janeiro
nas rodovias estaduais, quatro
foram em Lagarto, provocando três mortes no local e uma
vítima lesionada. No primeiro
dia do ano, inclusive, um carro, um caminhão e uma moto
colidiram, provocando a morte
do motociclista. Duas semanas depois, em 17 de janeiro,
outro grave acidente acabou
tirando a vida de duas pessoas. Dois homens morreram
carbonizados após uma colisão
envolvendo uma motocicleta
e um carro. Dessa vez, foi na
Rodovia SE-104, na altura do
Povoado Itaperinha, em Lagarto. Uma pessoa também ficou
ferida.
Fotos: André Moreira
imprudência continua sendo o maior motivador de acidentes na rodovia que passa por Lagarto
É comum ver nas ruas da cidade de Lagarto, motociclistas se arriscando e pilotando sem capacete
Imprudência
O relações-públicas da
CPRv ressalta que a Rodovia
SE-270 passou por uma reestruturação total nos últimos
anos, sendo, hoje, uma das
melhores do Estado, tanto na
parte de pavimentação como
sinalização. Porém, segundo
ele, por ser uma via com longas retas, alguns condutores
fazem da imprudência uma
praxe. “Eles excedem a velocidade, realizam ultrapassagens
indevidas e, em trechos como
entradas de povoados, não têm
a atenção devida para entrar
na via”, diz.
Para o policial rodoviário,
toda essa imprudência, somada à imperícia de alguns motoqueiros, vem contribuindo
para as ocorrências de acidentes naquela rodovia. Por isso,
os condutores de veículos de
passeio e os motociclistas são
os que mais se envolvem em
acidentes na SE-270.
Renilson dos Santos comenta, inclusive, que o número de
acidentes vem crescendo ano
a ano. De acordo com ele, um
dos fatores determinante é o
aumento da frota de veículos
no Estado – carros de passeio
e motocicletas, especialmente.
No entanto, a ampliação e a segurança das vias não ocorrem
na mesma proporção. “Desde
fevereiro de 2013, a CPRv
passou a registrar somente
acidente com vitimas, com
pessoas embriagadas ou outros
que se caracterizem crimes.
Devido a esse critério, houve
uma diminuição no número de
sem se preocupar com os riscos, condutores pilotam com número de passageiros acima do permitido
registros oficiais. Isso não quer
dizer que o número de acidentes diminuiu em relação ao ano
de 2012”, esclarece.
Motos
O taxista Oberdran Correia
de Souza, 37 anos, comenta que
as facilidades para adquirir um
veículo explica a grande quantidade de carros e motos transitando por Lagarto nos últimos
anos. Ele destaca, inclusive, que
as motonetas Shineray, de 50
cilindradas, viraram uma febre
na cidade. “Aqui, em Lagarto,
está parecendo uma selva. Os
motoqueiros não têm carteira,
andam na contramão, sem capacete, com menores de idade
e levando, às vezes, mais de três
pessoas de uma só vez. E isso
a gente vê dentro da cidade e
também na rodovia”, relata.
Oberdran descreve, por
exemplo, um acidente recente,
envolvendo uma moto, em que
o condutor teve a cabeça decepada. Em outro, ele perdeu
um amigo, que também estava
de moto e foi atingido por um
carro. Até mesmo uma sobrinha
dele, de 17 anos, sofreu um acidente numa Shineray e, por pouco, não morreu, apesar de bater
a cabeça fortemente e diversas
vezes. “Virou rotina [ter acidente]. Quando tem uma morte
aqui em Lagarto, a gente nem se
surpreende mais”, afirma.
A dona de casa Riclécia
Santana, 23 anos, por sua vez,
se assusta com a quantidade
cada vez maior de acidentes
registrados no município. Ela
também destaca a imprudência dos condutores, pincipalmente os motoqueiros e
aqueles que misturam álcool
e direção. “As pessoas também
não colaboram para que não
haja acidentes, porque elas
bebem e são imprudentes.
Meu cunhado, por exemplo,
sofre acidente de moto toda
semana, porque bebe e pilota.
Ele ainda vai se machucar gravemente desse jeito ou pode
até machucar alguém”, prevê
Riclécia.
Orientação
Na opinião de Oberdran,
seria necessário intensificar a
fiscalização na SE-270. Mas,
antes, é importante educar os
motoristas quanto aos perigos
do trânsito. Segundo Renilson
dos Santos, a CPRv já está presente naquela região com dois
postos de fiscalização – um
no Povoado Colônia Treze e
outro no município de Simão
Dias. “Ambos contam com um
efetivo de 24 policiais e viaturas, sendo responsáveis pelo
policiamento e fiscalização
das rodovias localizadas na
região Centro-Sul do Estado”,
destaca.
Além disso, rotineiramente, são realizadas blitze ao
longo de toda a rodovia. O
objetivo é coibir infrações de
trânsito, principalmente as ultrapassagens indevidas, o não
uso do cinto de segurança e do
capacete. “Porém, para evitar
o excesso de velocidade em
determinados pontos da via,
seria necessário a instalação
de radares fixos ou até mesmo
a utilização de radares móveis
por parte dos policiais, e disso
a CPRv não dispõe”, sugere
Renilson.
Municípios
Jornal da Cidade
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
5
José Luiz Oliveira
Panorama Agropecuário
Da redação de Municípios
EM 2014
Feira de Agricultura
Familiar faz um ano
A
pós 11 edições realizadas no ano passado, a Feira
da Agricultura Familiar comemora um ano neste
mês. A primeira edição de 2014, aliás, aconteceu na
última sexta-feira, dia 7 de fevereiro. A feira, que é
uma iniciativa da Secretaria de Estado da Inclusão,
Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), em
parceria com a Secretaria da Educação (Seed), é realizada nas dependências da Seed uma vez por mês, com
a venda de produtos sem agrotóxicos para estimular
hábitos saudáveis junto aos servidores.
O calendário da Feira da Agricultura Familiar deste
ano já está pronto, e a feira acontecerá também nas dependências da Seides. Nela, os feirantes expõem os produtos em 15 barracas, onde os servidores e moradores do
entorno da Secretaria poderão comprar frutas, verduras,
legumes, raízes, doces e diversos outros produtos de qualidade e sem agrotóxico.
De acordo com Silvio Oliveira, coordenador da Rede
Qualivida, a novidade é que, neste ano, os feirantes
estão diversificando mais a produção, objetivando oferecer mais produtos à comunidade. “A feira faz parte
da política de valorização da agricultura familiar, com o
intuito de fazer escoar a produção agrícola dos pequenos
agricultores. Além disso, incentiva, também, o consumo
de alimentos saudáveis”, diz. Detalhe: todos os feirantes
são cadastrados no Ministério da Agricultura. E anote na
agenda: a próxima edição da feira será realizada dia 20
de fevereiro, na Seides.
“DOM TÁVORA”
Missão do Fida em SE
D
ando continuidade às
ações para implementação do Projeto “Dom
Távora”, o Governo do Estado, através da Secretaria
de Estado da Agricultura e
do Desenvolvimento Rural
(Seagri), representada
pela Unidade Estadual de
Gestão do Projeto (UEGP),
recepcionou a III Missão
de Acompanhamento e
Apoio ao Projeto do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola
(Fida). Estiveram em Sergipe Ivan Cossio Cortez,
gerente de Programas do
Fida para o Brasil, e Hordi
Wolf, oficial Nacional do
Programa da Divisão da
América Latina e Caribe.
No encontro, a equipe
visitou José Macedo So-
bral, secretário da Casa
Civil e secretário de Estado da Agricultura e do
Desenvolvimento Rural,
que, na oportunidade, reafirmou a importância do
Projeto para a remissão da
pobreza nas regiões mais
carentes de Sergipe, notadamente para o Baixo São
Francisco.
A Missão do Fida também visitou o Jeferson
Passos, secretário de Estado da Fazenda, que
destacou a importância
do Projeto “Dom Távora”
para o Estado de Sergipe. Ele adiantou que a
Secretaria terá atenção
especial para a aplicação
dos recursos, ressaltando
o papel do Fida no panorama mundial.
SEMENTES ORGÂNICAS
Normas serão revistas
O
Ministério da Agricultura vai rever a
instrução normativa que
regulamenta a produção
de alimentos orgânicos
no Brasil. A decisão foi
motivada pela dificuldade
de encontrar sementes
certificadas.
O problema é que,
desde dezembro do ano
passado, os agricultores
orgânicos estão proibidos
de usar sementes convencionais. A lei entrou em
vigor, mas os produtores
não estão sendo cobrados.
O Ministério da Agricultura, então, decidiu rever a
norma, porque o País não
tem sementes orgânicas
em quantidade suficiente
para atender toda a produção nacional.
Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do
Ministério, diz que a data e
a forma de cobrar o uso de
sementes orgânicas serão
alteradas através de uma
nova instrução normativa. A partir de 2016,
cada Estado vai fazer
uma lista com as espécies vegetais que deverão
usar obrigatoriamente
sementes orgânicas no
processo de produção.
Curtas
Banana
Ana da Silva Lédo, pesquisadora da Embrapa Tabuleiros
Costeiros (Aracaju/SE), destaca que o uso de cultivares
inadequadas e os problemas fitossanitários têm sido
entraves para o maior desenvolvimento da cultura da
banana no País. “A bananicultura em Sergipe e outras
regiões do Nordeste está alicerçada em cultivares do tipo
Prata, principalmente Prata Anã e Pacovan, suscetíveis a
diversas doenças, como a Sigatoka Amarela e o Mal-doPanamá”, comenta.
Livro
O livro “Difusão de Tecnologias Apropriadas para o
Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Brasileiro”,
lançado na última quinta-feira, dia 6, na Embrapa
Algodão (Campina Grande, PB), tem como objetivo
difundir tecnologias para melhorar a qualidade de vida
do homem do campo. A publicação faz parte de um
projeto de mesmo nome, financiado pelo CNPq, que
busca resgatar e disseminar tecnologias multidisciplinares
sustentáveis, de baixo custo e que possam ser facilmente
adotadas para melhorar a qualidade de vida dos
trabalhadores rurais da região semiárida do Brasil.
Nos 86 hectares para o desenvolvimento da agricultura irrigada, será utilizado um sistema de irrigação localizada para o cultivo de frutas
Implantação de perímetro
irrigado em SE é concluída
Área de 100 hectares também será destinada ao desenvolvimento da pecuária
O
perímetro irrigado Jacaré-Curituba, localizado
entre os municípios de
Canindé de São Francisco e
Poço Redondo, no Alto Sertão
de Sergipe, terá a implantação
finalizada. A Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do
São Francisco e do Parnaíba
(Codevasf) assinou contrato
para a instalação dos últimos
14 lotes, uma área de 100
hectares que será destinada ao
desenvolvimento da pecuária e
da agricultura irrigada e deve
beneficiar, aproximadamente,
60 pessoas que sobrevivem da
produção familiar.
Na área de 14 hectares destinada à prática da pecuária,
suficiente para abastecer o
rebanho dos produtores familiares assentados no perímetro
irrigado e em áreas adjacentes,
será instalado um sistema de
irrigação por aspersão convencional. Nos 86 hectares para
o desenvolvimento da agricultura irrigada, será utilizado
um sistema de irrigação localizada para o cultivo de frutas e
hortaliças.
Silvano Leite, diretor da Cooperativa Regional dos Assentados de Reforma Agrária do
Sertão de Sergipe (Cooprase),
comenta que os produtores
aguardam com ansiedade
pela implantação dos lotes.
“Essa é uma das obras mais
importantes não apenas para
os produtores do perímetro,
mas para todo o Alto Sertão.
É uma conquista para pessoas
que passaram vários anos em
acampamentos. Esperamos
que seja concluído o quanto
antes e a gente possa avançar
na diversificação do cultivo”,
diz Silvano.
O valor do contrato para
implantação dos lotes é de
R$ 948 mil. A empresa contratada terá um prazo de
90 dias a partir da emissão
da ordem de serviço para
finalizar as obras. Com a conclusão do serviço, a Codevasf
terá finalizado a instalação
de toda a infraestrutura de
uso comum do perímetro
irrigado Jacaré-Curituba,
que já beneficia mais de
700 famílias assentadas de
reforma agrária.
Paulo Viana, superintendente regional da Codevasf,
destacou que o fornecimento
de água e manutenção da infraestrutura do perímetro vem
sendo realizado por meio do
contrato de pré-operação, assinado em 2013. “São centenas
de famílias beneficiadas em
uma região que sofre com a
falta de água para a agricultura. A conclusão do perímetro
Jacaré-Curituba assegura uma
fonte de renda importantíssima
para os sertanejos”, ressalta o
superintendente.
Quiabo, macaxeira, milho,
frutas e hortaliças são os principais produtos cultivados no
perímetro Jacaré-Curituba,
que, desde o início de sua
implantação, em 1997, já recebeu cerca de R$ 220 milhões
em investimentos. O projeto
é um dos contemplados com
recursos do programa federal
“Mais Irrigação”, coordenado
pelo Ministério da Integração
Nacional e executado pela
Codevasf em sua área de irrigação. Os recursos estão sendo
direcionados para a realização
de obras complementares e
instalação de equipamentos de
irrigação.
em cordeiros
Uso do soro de leite diminui custos
Trabalho inédito de pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos confirma que
o uso do soro de leite bovino,
incluso em ração concentrada, para alimentação de
cordeiros em terminação sob
confinamento, diminui custos de produção. Cordeiros
alimentados com ração contendo soro de leite apresentaram conversão alimentar
maior do que aqueles que
ingeriram ração com grande
percentual de milho e farelo
de soja. A conversão alimentar mede o quanto o animal
aproveitou da alimentação
recebida, convertendo-a em
ganho efetivo de peso.
A pesquisa foi feita com cordeiros da raça Morada Nova,
durante o Teste de Desempenho realizado de outubro
de 2013 a janeiro de 2014.
Trinta e um animais com idade
entre quatro e seis meses, de
12 criatórios, participaram do
teste que se iniciou com um
período de adaptação de 15
dias. Depois disso, os cordeiros
passaram por uma pesagem
inicial e, nos 84 dias seguintes,
eles receberam ração composta por soro de leite bovino,
feno de capim elefante, farelo
de soja, milho, calcário e sal
mineralizado. A cada 14 dias,
os animais foram pesados, e
a pesagem final aconteceu no
99º dia.
No teste anterior, realizado
em 2012 e 2013, os animais receberam ração formulada com
feno de Tifton 85, milho, farelo
de soja, óleo vegetal, ureia, fosfato bicálcico, bicarbonato de
sódio, flor de enxofre, calcário
e sal mineralizado.
O resultado da pesquisa
comprovou que, com uma
dieta composta por menos
ingredientes, mais baratos e
fáceis de encontrar, os animais
Divulgação
Cordeiros alimentados com de soro de leite têm melhor desempenho
comeram menos e ganharam
o mesmo percentual de peso.
Constatou-se, ainda, uma diminuição nas sobras de ração, o
que demonstra que o alimento
ficou mais palatável (mais saboroso) para os ovinos.
De acordo com o pesquisador Marcos Cláudio Pinheiro, o
gasto com alimentação animal
é o que mais impacta no custo
de produção na pecuária, entre
60% e 70%. Assim, os resultados obtidos com essa pesquisa
são importantes, porque oferecem ao produtor uma alternativa mais barata e adequada à
realidade do Semiárido brasileiro. “O uso do soro permite
diminuir as quantidades de
milho e farelo de soja, produtos
caros na nossa região”, explica
Pinheiro.
Segundo o pesquisador, o
soro do leite bovino, geralmente, é um resíduo desperdiçado
pelas queijarias e laticínios,
utilizado apenas por quem
produz bebida láctea e ricota.
O soro reúne valores nutricionais adequados à formulação
de dietas para ruminantes por
possuir adequados teores de
proteínas, carboidratos e lipídios que constituem a fração
energética da alimentação.
Também supre as necessidades
de minerais, particularmente
cálcio e fósforo, de extrema importância para o crescimento, e
de vitaminas A e E.
O pesquisador alerta que
o programa nutricional não é
uma receita de bolo, mas deve
ser feita sob medida, considerando as exigências de nutrientes dos animais, a disponibilidade e os custos dos alimentos
ao longo do ano.
Ineditismo
A
pesquisa realizada pela
Embrapa Caprinos e Ovinos com a utilização do soro de
leite de vaca, incluso na ração
concentrada, na alimentação
de cordeiros em terminação é
inédita. Os pesquisadores estão
elaborando uma publicação
com os resultados detalhados
do trabalho, que será divulgada posteriormente.
A pesquisa sobre a utilização do soro de leite foi realizada durante o 7º Teste de
Desempenho de ovinos Mo-
rada Nova, coordenado pela
pesquisadora Luciana Shiotsuki, cujos objetivos são selecionar animais referência para
produção de carne e fornecer
aos produtores subsídios para
comparar os animais deles com
os de outros criadores.
Durante o teste, os cordeiros foram avaliados quanto ao
ganho de peso médio diário,
perímetro escrotal, área de
olho de lombo e espessura de
gordura. Nas avaliações visuais – feitas em conjunto com
os criadores participantes –,
observou-se a conformação,
musculosidade, tipo racial e
aprumos. Ao final do processo,
os animais foram classificados
em inferiores, regulares, superiores e elite. Nessa edição, três
cordeiros foram considerados
elite e 12, superiores.
O teste faz parte do projeto
“Estratégias para a conservação
e o melhoramento genético de
ovinos da raça Morada Nova”,
que nasceu de uma demanda
dos próprios criadores, preocupados com a conservação
da raça que chegou a correr
perigo de extinção. Na avaliação da pesquisadora Luciana
Shiotsuki, as ações do projeto
têm tido bons resultados como
a revitalização da Associação
Brasileira de Criadores de Ovinos Morada Nova (Abmova),
aprovação da Lei Municipal nº
1.597, que considera os ovinos Morada Nova patrimônio
genético, histórico-cultural
do município e outras, que
têm impactado diretamente
no aumento no número de
registro da Associação de Brasileira de Criadores de Ovinos
(Arco), reduzindo os riscos de
desaparecimento da raça e aumentando a conscientização
dos criadores da importância
desse recurso genético no Semiárido brasileiro.
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
mUNICÍPIOS
Jornal da Cidade
Arquivo Pessoal
A SOCORRENSE
Greicele Farias fez
questãode levar sua
mãe e suas filhas
para prestigiar a
festa em homenagem a Nossa
Senhora do Perpétuo
Socorro, em Nossa
Senhora do Socorro
Arquivo Pessoal
A fofinha
Karolyne Reis apaga
as velinhas neste
sábado, 8. Ela é
natural de Salgado,
mas atualmente
mora em Poço Verde, onde nutre boas
amizades. Parabéns
e muitas felicidades!!!
Feliz da vida,
Luciene Fernandes
é a mais nova
integrante da
equipe da Secretaria de Saúde
do município de
Rosário do Catete.
Sucesso, querida!!!
acontecendo
O queridíssimo
Silvio Sotero, do
setor comercial do
JORNAL DA CIDADE,
encontra o amigo e
o prefeito de Siriri,
Gervásio de Moura,
na festa de reis
de Siriri 2014. Só
alegria!
a
l
Interior
Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal
soci
6
Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal
O queridíssimo
amigo e secretário
de Comunicação
da prefeitura
de Carmópolis,
Cristiano
Mendonça, vai
festejar seus 28
anos na próxima
terça-feira, 11.
A comemoração
promete abalar
a cidade. Feliz
aniversário e
sucesso. Você
merece!
Ascom/Seed
Toda elegante, Vânia Assis posa feliz
ao lado do filho, Vannilton Styvenson,
durante casamento de um casal de
amigos, em Siriri. Felicidades!!!
Arquivo Pessoal
O jovem Jorge Leonardo
Fontes Santos foi aprovado
em primeiro lugar no curso
de engenharia ambiental
da Universidade Federal de
Sergipe (UFS) e no curso
Técnico em Segurança
do Trabalho do Instituto
Federal de Sergipe (IFS). Ele
concluiu o ensino médio no
Colégio Estadual Leandro
Maciel e cursou o PréUniversitário da Secretaria
de Estado da Educação.
Um exemplo para todos.
A mãezona Denise Santos
está toda orgulhosa do
filho. Parabéns!!!
Arquivo Pessoal
A Prefeitura de Ribeirópolis divulgou na
última quarta-feira, 5, a
programação da Festa de
Reis do município, que
acontece nos dias 21, 22
e 23 de fevereiro na Praça de Eventos.
Confira a rogramação
completa:
Sexta 21/02
21h Junior Ventura
23h Polentinha do Arrocha
01h Antonio o Clone
A gatinha Pamela Fernandes, de Nossa Senhora da Glória, comemorou mais
uma primavera na última quinta-feira, 6.
Parabéns e sucesso!!
Sábado 22/02
22h Fabio Ribeiro
01h Forro da Curtição
03h Alma Gêmea
Edla Maria, natural de Estância, mas atualmente residindo em Salvador/
BA, apaga as velinhas nesta segunda-feira, 10, em comemoração aos seus
de 69 anos de vida. Na foto, ao lado do filho Waldeck Júnior e dos irmãos
José Silveira e Marina Sobral. Felicidades à aniversariante!
Domingo 23/02
8h Cortejo dos Caretas
11h Arrastao com Seeway
01h Banda Ribas City
Jadilson Simões
entrevista
Sérgio Ferrari fala
sobre a situação
financeira da Deso
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Aracaju

domingo
Mercado
Jornal da Cidade
Editor: Marcos Cardoso
9 e segunda-feira 10.2.2014
Economia & Negócios
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Unicred planeja superar 2013
Divulgação
Ativos cresceram 31,73% no ano passado, superando a casa dos R$ 100 milhões
Adiberto de Souza
A
CAderno Mercado
Unicred Aracaju pretende
ampliar agora em 2014 os
bons resultados alcançados
no ano de 2013, quando os ativos
cresceram 31,73% superando a
casa dos R$ 100 milhões, os empréstimos cresceram 30,20% e o
número de cooperados (correntistas) ficou 15,33% maior do que o
cadastro 2012. “Uma grande conquista de 2013, quando festejamos
nossos 15 anos de fundação, foi a
autorização do Banco Central para
que a Unicred Aracaju se transformasse em cooperativa de livre
admissão, podendo assim captar
correntistas em todos os segmentos da economia, exatamente
como fazem os bancos”, afirma o
diretor presidente da Unicred Aracaju, Jorge Viana da Silva.
De acordo com ele, os números apurados em 2013 são um
grande incentivo para os que fazem a cooperativa. Bom exemplo
são os depósitos a prazo feitos no
ano passado, que cresceram mais
de 50% em relação a 2012,demonstrando a confiança dos
correntistas na instituição. “Nosso
resultado foi 28,05% maior do
que o apurado no período anterior, enquanto o dos bancos ficou
entre 12% e 13%. O diferencial
é que nas instituições bancárias
o lucro é todo dos banqueiros,
enquanto nas cooperativas as
chamadas ‘sobras’ são distribuídas
com os cooperados, pois eles são
os donos da instituição. É o caso
das tarifas pagas no decorrer do
ano, que são devolvidas aos cooperados”, explica Jorge Viana.
Por falar em cooperados, o
diretor presidente da Unicred
Aracaju tem uma ótima notícia:
“Na próxima Assembleia Geral
Ordinária vão estar disponível
para eles cerca de R$ 5,2 milhões
relativos as “sobras” líquido apurado em 2013”, informa. Segundo
Jorge Viana, o resultado bruto
alcançado pela instituição no ano
passado foi de R$ 8,284 milhões
com uma rentabilidade sobre o
Capital de 35,65% . Parte desses
recursos é usada para remunerar
o capital da Unicred. Outros 10%
vão para o Fundo de Assistência
Técnica Educacional, que garante a
capacitação dos funcionários, cooperados e dirigentes, e 10% alimentam o Fundo de Reserva, utilizado
como segurança da cooperativa.
Os Memoráveis
O diretor presidente da Unicred
Aracaju confirmou a continuidade
do bem sucedido Projeto “Memoráveis: sergipanos de ontem, hoje e
sempre”. O objetivo é homenagear
grandes personalidades de Sergipe,
contribuindo para a valorização da
história do estado, através de sergipanos que deixam a sua marca de
realizações e conhecimento. Sobre
o projeto, o saudoso intelectual
Luiz Antônio Barreto escreveu que
“a iniciativa aproxima do grande
público nomes ilustres, além de
estabelecer um vínculo, como
instrumento de coesão da identidade sergipana, valorizada pelos
informes, leves, diretos e objetivos,
que qualificam os Memoráveis e
justificam a homenagem”.
Jorge Viana lembra que, para
colocar em pé de igualdade bancos e cooperativas, o Banco Central criou ano passado o Fundo
Garantidor do Cooperativismo
de Crédito (FGCoop). O objetivo
é garantir os depósitos em cooperativas de crédito, a exemplo
do que o Fundo Garantidor de
Crédito (FGC) faz com os recursos depositados nas instituições
bancárias. O percentual e a base
de cálculo das contribuições ao
FGCoop também devem ser os
mesmos dos bancos ao FGC:
0,0125% ao mês sobre as modalidades garantidas, a exemplo dos
depósitos à vista e a prazo.
Muita gente não sabe, mas a
Unicred opera como qualquer banco, podendo oferecer aos associados cheque especial, financiamentos de maneira geral, empréstimos
pessoais, inclusive consignados,
capital de giro com taxas competitivas, cartão de crédito bandeira
Visa, domicílio bancário para micros e pequenas empresas. Estas
operações são disponibilizadas aos
cooperados com juros mais baixos
em empréstimos; remuneração
mais altas nas aplicações; taxas
de serviços a preço de custo; melhor atendimento, personalizado;
rapidez, pouca burocracia na concessão de créditos e prestação de
serviços; distribuição das sobras; e
baixa inadimplência.
Micro e pequenos
A autorização do Banco Central para que as cooperativas possam aceitar correntistas de quaisquer segmentos tem estimulado a
captação de novos parceiros pela
Unicred Aracaju. “Estamos trabalhando para que este ano seja
muito melhor do que foi 2013,
quando fomos a mais eficiente
do Norte e Nordeste, sendo a
cooperativa que deu maior retorno em termos de rentabilidade”,
afirma. Na última quinta-feira,
Jorge Viana se reuniu com o superintendente do Sebrae Sergipe,
Lauro Vasconcelos, para discutir a
criação de uma Sociedade Garantidora de Crédito (SGC) visando
beneficiar os micros e pequenos
empresários sergipanos. “Ele
prometeu levar nosso pleito ao Sebrae Nacional”, informa o diretor
presidente da Unicred.
Nestes mais de 15 anos de atuação, a Unicred Aracaju alcançou
o patamar de R$ 100 milhões de
ativos. “A nossa carteira de crédito
tem cerca de R$ 75 milhões emprestados e o capital social chega
a R$ 23 milhões”, festeja. Nos últimos 10 anos, a cooperativa já dis-
tribuiu mais R$ 18 milhões com
seus cooperados. Viana revela
que de 2002 a 2013 o patrimônio
líquido dos bancos cresceu 1,2%,
enquanto o das cooperativas de
crédito cresceu 19%. E os depósitos bancários cresceram 3,5%,
os das cooperativas subiram 15%.
Outra diferença é que as cooperativas são obrigadas a aplicar os
recursos captados onde atuam.
jorge viana: BC autorizou
cooperativa de livre admissão
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Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
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mARCOS cARDOSO
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65 assassinados
em janeiro
D
izem que a dor mais difícil de superar é a da
mãe quando perde o filho. E quando o filho é
assassinado na presença da mãe? Essa é a dor que neste
momento sente a professora Maria José Santos de Melo,
46 anos, moradora do bairro Japãozinho, que teve o
filho morto a tiros, quase na porta de casa e sem que
pudesse fazer nada, na noite da última quarta-feira.
O ajudante de pedreiro Victor Lisânio Santos de
Melo, 21, foi morto quando tentavam roubar sua moto.
“Ele gritava: ‘Mainha, me ajude, eles querem levar
minha moto’. Eu ainda pedi para eles não atirarem,
mas eles atiraram e ainda apontaram a arma contra
mim”, contou ela à reportagem do Portal Infonet.
“Mataram meu filho na minha frente. Eu quero sair
daqui”, desabafou a professora, que há pouco mais de
dois meses viu o filho mais novo ser vítima de assalto,
quando também teve roubada uma moto.
No último mês de janeiro, Sergipe registrou
impressionantes 65 assassinatos — média superior a
dois por dia. O número não é oficial, foi pinçado dos
registros jornalísticos do próprio Portal Infonet, e revela
que 55 dos homicídios ocorridos no primeiro mês de
2014 foram perpetrados com armas de fogo. Revólveres
ou pistolas, comumente. Quatro foram por armas
brancas e dois por linchamentos. Outros quatro não
tiveram causa determinada.
Naquele mês, houve registro de crimes nos quatro
cantos do estado, mais precisamente em 28 municípios,
sendo que a maior incidência de mortes «matadas»
aconteceu na capital, nos municípios da Grande Aracaju
e nas maiores cidades do interior. Somente em Aracaju
foram 15 assassinatos, considerável média de uma
morte a cada dois dias. Em Nossa Senhora do Socorro,
segundo município mais populoso, foram 7 mortes,
em Itabaiana foram 5, e houve 3 assassinatos em São
Cristóvão, Lagarto e Laranjeiras.
HÁ MUITO SERGIPE DEIXOU DE SER UM LUGAR
CONSIDERADO PACATO. Mesmo que estejamos aquém
do índice de violência registrado nos estados vizinhos,
hoje integramos a lista dos dez mais violentos. Sergipe
aparecia em 2011 com 739 mortes e uma taxa de 35,4
homicídios por 100 mil habitantes, crescimento de
20,8% em relação a 2001. Taxa alta, equivalente à da
Colômbia. mas se for mantida a média de assassinatos
de janeiro deste ano vamos fechar 2014 com 780
mortes, elevando a taxa de homicídios para 39/100 mil.
De 2001 a 2011, o crime na Bahia cresceu 223,6%
(taxa de 38,7 mortes por 100 mil) e Alagoas manteve-se
em 2011 com a maior taxa nacional de homicídios, 72,2
por 100 mil habitantes (crescimento de 146,5%). O Brasil
fechou 2011 com taxa de 27,1 homicídios por 100 mil,
redução de 2,4% em relação a 2001. Mas o suficiente
para nos colocar entre os países mais violentos. Os dados
são confiáveis, do Mapa da Violência 2013.
Dois terços dessas mortes estão relacionadas ao uso
de armas de fogo, o que transforma a questão numa
situação de guerra. Para exemplificar, em Sergipe, no
ano de 2010, houve 690 homicídios, sendo que 476
foram por disparos de armas de fogo — 55% a mais do
que dez anos antes. Em 2011 houve 52.198 homicídios
no considerado pacífico Brasil. Em comparação, no
conflito atual mais sangrento, da Síria, registrou-se 73
mil mortos em 2013.
MAS POR QUE A VIDA DAS PESSOAS MELHORA
E A VIOLÊNCIA NÃO DIMINUI? Pelo contrário, na
primeira década deste século, quando estados das
regiões Norte e Nordeste registraram aumento na
renda per capita acima da média nacional, ocorreu
o indesejado efeito do crescimento das mortes
violentas. A causa dessa aparente contradição é que
as mudanças sociais e econômicas atraíram o crime,
principalmente o relacionado ao tráfico de drogas,
e não foram acompanhadas pela estruturação e
qualificação da segurança pública.
No período de 2001 a 2011, os oito estados que
mais registraram aumento na taxa de mortes violentas
são do Norte e do Nordeste — Bahia, Alagoas,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão,
Pará e Amazonas —, e, com exceção do último, todos
tiveram crescimento da renda per capita acima da
média nacional. Na outra ponta, só oito unidades da
Federação viram suas taxas de violência diminuir:
Pernambuco, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Desse
grupo, somente metade teve crescimento da renda
acima da média nacional.
Especialistas em segurança pública consideram
inusitado que a renda melhor não tenha sido
acompanhada de menos mortes violentas, principalmente
na análise do Nordeste, a região que mais se beneficiou
da redução da pobreza. É que os estados que foram
beneficiados por mais investimentos econômicos e por
programas de renda, como Bolsa Família, se descuidaram
de uma criminalidade que hoje é crônica — hoje a
cocaína é uma droga fácil até nos rincões do Nordeste
— e não estruturaram o sistema de segurança. Colhe-se
agora os resultados negativos dessa desestruturação.
No Rio de Janeiro, o ex-patinho feio da segurança
pública, a situação melhorou e os índices de mortes
por homicídio tem caído ano a ano, quando se analisa
a série histórica desde 2001. O estado já ocupava a 17ª
posição em 2011 no índice de mortes por homicídio,
atrás da maioria dos estados do Norte e do Nordeste,
inclusive Sergipe, além de Paraná e Goiás.
O segredo do sucesso: o Rio vem melhorando
desde 2002, pois foram feitos investimentos nas
polícias. Os resultados têm relação direta com a
expansão das Unidades de Polícia Pacificadora
(UPPs), que mudaram o perfil das favelas. São Paulo
também melhorou e hoje é, proporcionalmente, um
dos estados menos violentos do país.
O Nordeste vai ter que começar a fazer agora o dever
de casa que tem dado certo naqueles estados. O que, em
resumo, nada mais é do que investir tempo e dinheiro
para ter uma gestão melhor da segurança.
transrio, revendedora Volkswagen e MAN em Sergipe: 380 unidades foram comercializadas no Estado em 2013
Caminhões Volkswagen
e MAN lideram vendas
Marcas também foram as mais vendidas em Sergipe nos últimos cinco anos
Adiberto de Souza
Caderno Mercado
A
MAN Latin America está
comemorando a liderança conquistada em
2013 nas vendas de caminhões
no Brasil pelo 11º ano consecutivo. Os caminhões Volkswagen e MAN também foram os
mais vendidos em Sergipe nos
últimos cinco anos. “Estes resultados refletem o nosso compromisso em oferecer produtos
cada vez mais competitivos e
um atendimento diferenciado.
Este é um trabalho contínuo.
Por isso, vamos em busca de
mais um ano de liderança”,
festeja Hamilton Nascimento,
diretor geral da Transrio Sergipe, revendedora no Estado dos
caminhões Volkswagen e MAN.
De acordo com ele, a liderança nas vendas em Sergipe
tem muito significado, pois o
mercado local é muito competitivo e possui concorrentes
agressivos. “Fechar mais um
ano na liderança em um Estado de forte disputa comercial
é um mérito para toda nossa
equipe e mostra que os sergipanos sabem escolher um produto de qualidade”, afirma
Hamilton.
No ano passado, foram
vendidos em Sergipe 380
caminhões Volkswagen e
MAN, número que, segundo
o diretor geral da Transrio,
deve ser superado agora em
2014: “A preferência pela
marca está solidificada entre
os frotistas e caminhoneiros
sergipanos”, afirma.
A unidade da Transrio em
Sergipe está localizada no
quilômetro 92 da BR 101 em
Nossa Senhora do Socorro.
Além dos caminhões e ônibus Volkswagen e MAN zero
quilômetro, a concessionária
revende seminovos e atua com
corretora de seguros, aluguel
de caminhões, dispõe de um
completo estoque de peças e
atende a todos os programas
de garantia e de qualidade
da fábrica, assistência técnica
treinada, contratos de manutenção e serviço de socorro
ChameVolks.
Para assegurar uma cobertura nacional de seu atendimento pós-vendas, a MAN
Latin America conta com 157
concessionárias em 26 estados.
Desse total, 43 pontos são exclusivos para assistência técnica e comercialização de peças
e acessórios. Os resultados do
Registro Nacional de Veículos
Automotores atestam a liderança da empresa no mercado
brasileiro de caminhões, com
participação superior a 26% no
segmento de 3,5 toneladas e
2013
Produção industrial cresceu em
11 das 13 cidades pesquisadas
A produção industrial
cresceu em 11 dos 14 locais
pesquisados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013.
Destacaram-se o Rio Grande
do Sul (com alta de 6,8%), o
Paraná (5,6%), Goiás (5%) e
Bahia (3,8%).
Também tiveram altas acima da média nacional de 1,2%
os estados do Ceará (3,3%) e
Santa Catarina (1,5%). Outros
locais com crescimento em
2013 foram a Região Nordeste
(0,8%) e os estados de São
Paulo (0,7%), Pernambuco
(0,7%), Amazonas (0,7%) e
Rio de Janeiro (0,1%).
Três estados tiveram queda
na produção industrial: Espírito
Agroindústria cai 0,2% em 2013
A agroindústria brasileira
teve uma queda de 0,2% em
2013, um desempenho pior do
que o observado pela indústria
geral, que teve uma alta de
1,2% no período. Essa também
foi a terceira queda consecutiva da agroindústria, que já
havia recuado 0,6% em 2012
e 2,2% em 2011.
Segundo dados divulgados
hoje (7) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE),
os setores vinculados à agricultura,
que têm o maior peso na agroindústria, tiveram um recuo de 1,3%.
Os demais setores tiveram
desempenho positivo: pecuária (0,7%), inseticidades,
herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário
(3,9%) e desdobramento da
madeira (10,8%).
Entre os setores vinculados
acima. No mercado competitivo, descontados os nichos nos
quais a montadora não atua,
a participação sobe para 27%.
O Grupo Transrio pertence
à Companhia JSL, que atua em
todas as regiões brasileiras,
com mais de 166 filiais operacionais distribuídas em 16
estados, inclusive quatro no
Nordeste, mais de 30 revendas
de veículos novos e seminovos
em sete estados, além de quatro países da América Latina.
Com 56 anos de atividades,
a sede social está localizada
na capital paulista e a sede
administrativa em Mogi das
Cruzes (SP). Um braço do
grupo, que atua em seis ramos
diferentes de atividades, é a
JSL Concessionárias de Veículos, detentora de cinco redes
de revendas de veículos leves
e pesados, entre os quais a
Transrio Sergipe.
Santo (-6,7%), Pará (-4,9%) e
Minas Gerais (-1,3%). Comparando apenas os meses de dezembro e novembro, houve queda em 11 locais. A maior alta foi
observada em Goiás (8,2%) e a
maior queda, em Minas Gerais
(com queda de 8,6%).
Na comparação de dezembro de 2013 com o mesmo período de 2012, houve queda em
oito locais. O destaque positivo
foi o Rio Grande do Sul, com
aumento de 11% e o destaque
negativo, Minas Gerais, com
recuo de 7,2% na produção.
à agricultura responsáveis pela
queda da agroindústria estão
os derivados da soja (-8,5%),
celulose (-2,5%), laranja
(-16,1%) e fumo (-7,4%). A
produção dos derivados de
soja foi prejudicada pela queda nas exportações.
BNB disponibiliza linhas de crédito “verdes”
Empreendedores que pretendem aliar crescimento econômico
à mitigação de impactos, preservação ou mesmo recuperação
do meio ambiente podem contar
com linhas de crédito diferenciadas no Banco do Nordeste. São
cinco diferentes tipos de financiamento que podem ser contratados com recursos do Fundo
Constitucional de Financiamento
do Nordeste (FNE) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN):
FNE Verde e Pronaf ECO, Agroecologia, Floresta e Semiárido,
esses últimos como modalidades
especiais do Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf).
As linhas preveem financiamento de projetos de uso sustentável de recursos florestais, recuperação ambiental e convivência com o
semiárido, produção de base agroecológica, controle e prevenção da
poluição e da degradação ambiental, energias renováveis e eficiência
energética, tecnologias ambientais,
armazenamento hídrico, sistemas
agroflorestais, entre outros.
O FNE Verde financia até 100%
do projeto, com taxas de juros
a partir de 5,3% ao ano, bônus
de adimplência de 15% sobre as
parcelas pagas em dia, e prazo de
pagamento em até 12 anos. As linhas do Pronaf também financiam
até 100% do projeto, com taxas
de juros ainda menores: a partir
de 1% ao ano, com reembolso
de acordo com a capacidade de
pagamento do cliente, limitado
ao prazo total de 20 anos.
“Trata-se de uma excelente
oportunidade para o Banco, e
também para o cliente, de valorizar uma alternativa de crescimento econômico mais sustentável
em um momento em que todo o
planeta discute essa questão”,
afirmou a gerente da Célula
de Meio Ambiente, Inovação
e Responsabilidade Social do
BNB, Cássia Regina Xavier
de Andrade. Nos últimos três
anos, o Banco do Nordeste
já realizou mais 8,8 mil operações pelas linhas “verdes”,
totalizando mais de R$ 1 bilhão
investidos.
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Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
ENTREVISTA Sérgio Ferrari
“A Deso trabalha para reduzir as perdas”
Arquivo JC
A Deso é uma empresa
que busca sua viabilidade
financeira investindo em
tecnologia para agilizar o
atendimento ao consumidor
e combatendo a redução das
perdas, que chegam a 52%,
provocadas pelo sistema
envelhecido e pelos furtos
de água. Em resumo é o que
informa o presidente da
Companhia de Saneamento de
Sergipe, Sérgio Ferrari. “A Deso
tem dado passos no sentido
de conseguir sobreviver, de
conseguir melhorar, e ela
mais cedo ou mais tarde vai
conseguir também fazer
w mercado - A Deso é uma empresa saneada?
Como está a situação financeira da Deso hoje?
SÉRGIO FERRARI - A Deso é uma empresa que
consegue trabalhar sem depender do governo do
Estado para fazer o dia a dia, o custeio. A Deso
ainda não tem capacidade de investimento, ela
depende do governo estadual e federal para fazer
investimento. Isso ainda vai demorar um tempo.
Hoje a empresa é capaz de se manter, mas não é
capaz de ampliar o negócio. E não é um problema
só da Deso, é um problema do setor de saneamento do país, que passou mais de 20 anos sem
investimento. Quando o BNH (Banco Nacional
de Habitação) foi extinto, o setor de saneamento
passou por uma fase muito ruim. Agora, o PAC
foi concebido para retomar investimentos na
área de saneamento. Com o PAC, mais do que
quintuplicou o investimento em saneamento no
país. Quem mais aproveitou esses investimentos
em saneamento foram os estados do Sul, onde as
empresas já estavam mais ou menos organizadas.
O Nordeste não tinha projetos para captar esses
recursos e começa a receber agora. Do PAC 1 os
estados do Nordeste não receberam tanto, porque
não tinha estoque de projetos. O PAC 2 já foi uma
mudança, os estados do Nordeste estão recebendo
mais e o governo concebeu uma mudança, um
novo sistema, que se chama PAC Seca, que foi
específico para os estados da região atenderem
essa demanda. Então a Deso tem dado passos no
sentido de conseguir sobreviver, de conseguir melhorar, e ela mais cedo ou mais tarde vai conseguir
também fazer investimentos.
w M – E mesmo na dificuldade tem que fazer o
trabalho social...
SF – Tem um senão a ser discutido. Existe uma
determinação, uma lógica da política, que tanto
governo federal como governo estadual busquem
universalizar o serviço de água e esgoto, isso em
decorrência inclusive do Rio+10, das Metas do
Milênio. Mas, quando você coloca a universalização da água como política, para a empresa não
é um enfoque econômico. Porque universalizar
significa abastecer comunidades pequenas com
serviços de água que muitas vezes não vão pagar o investimento. É uma política de governo
necessária, importante, social, mas talvez não
seja prioridade para a Deso você ter que atender
o governo, porque economicamente não é uma
estratégia importante para a empresa. A empresa
tem que primeiro conseguir atender bem os locais
onde já atua. Nossa meta atualmente é focar nas
perdas, porque a Deso é uma empresa que ainda
tem muita perda de água. Na hora que você conseguir resolver essa situação, conseguir ser eficiente
onde você está operando, aí sim você pode pensar
nessa visão social.
w M – Mas como única empresa a operar no
sistema de distribuição de água e tratamento de
esgoto, a Deso deve ter uma receita importante .
De quanto é essa receita e ela é investida em que?
SF – A Deso tem uma receita da ordem de R$ 30
milhões por mês, cerca de R$ 360 milhões ao ano.
A receita nossa é basicamente para o pagamento
do pessoal da empresa e manutenção e ampliação
da rede. Como temos uma rede muito antiga,
há muito problema ainda de manutenção dessa
rede. Há vazamentos de água e tem furtos. Então
se gasta muito nessa manutenção. Hoje em dia o
nosso recurso é aplicado na ampliação do sistema
nos locais onde já existe, porque para isso eu não
dependo de recursos externos, eu posso ampliar
com a receita própria.
w M – Quanto se perde e o que exatamente está
sendo feito no combate a essa perda?
SF – Perdemos 52% de água. Nós temos um projeto muito intenso para evitar perda. Primeiro
nós tentamos captar recursos do Banco Mundial.
Acabou que não chegamos a bom termo, então decidimos fazer investimento próprio, com a própria
investimentos”, afirma. Ele
observa que a empresa que tem
1.185 funcionários efetivos,
quase 10 mil quilômetros de
rede de abastecimento, possui
520 mil clientes e fatura R$
360 milhões ao ano ainda não
dispõe de recursos próprios
para investir nos grandes
projetos. Mas tem boas
notícias para dar: a ampliação
das redes de esgotamento
sanitário e a segurança de
que, ao contrário de outras
capitais, não faltará água na
Grande Aracaju, muito por
causa da nova barragem do
rio Poxim.
sérgio ferrari, presidente da Deso: situação privilegiada quanto ao abastaecimento
equipe da empresa. Criamos uma área para cuidar
de perdas, estamos treinando pessoal, fizemos
contato com uma empresa de Portugal que tem
tido um sucesso muito grande nessa área. É uma
empresa que reduziu de 34% para 21% as perdas
em oito anos, com um investimento bem razoável.
Temos intenção de aumentar esse contato, fazer
intercâmbio com eles. Começamos por Aracaju
e, depois que der resultado, vamos replicar esse
investimento no interior.
w M – As perdas têm relação com a antiguidade
do sistema?
SF – Você tem três fatores que influem na perda. O
primeiro fator é que o sistema é antigo. O segundo
fator é algum movimento, alguma obra que você
não pode prever, como por exemplo uma obra que
estraga uma rede. E o terceiro fator que influencia
significativamente na perda é o furto. No Centro
da cidade ainda temos redes de cimento amianto,
com mais de 40 anos de uso, implantadas nos anos
60 e 70, que vamos trocando aos poucos. Esse
envelhecimento da rede e o furto, o popular gato,
são importantes para a gente.
w M – Onde acontecem mais os furtos, na zona
rural ou nas cidades?
SF – O furto é democrático, ocorre em todo lugar.
Ocorre nos bairros de periferia e ocorre na zona
rural, principalmente o furto de adutoras em
épocas de seca. Temos muitos problemas de furtos
nas fazendas. Mas temos feito um trabalho permanente de detecção de furtos, denunciamos ao
Ministério Público, mas não somos delegacia, não
podemos nos comportar como polícia.
w M – Quantos clientes a Deso tem hoje e existe
meta de ampliação?
SF – Nós temos hoje 520 mil economias, como
nós chamamos as ligações. Cada medidor é uma
economia. A maioria dos clientes está na faixa
de consumo de até 10 metros cúbicos por mês.
Podemos dizer que 80% dos clientes da Deso consomem até 20 metros cúbicos por mês. Esses são
quase todos clientes residenciais. Apesar de que
o cliente público, industrial e comercial têm uma
importância no faturamento proporcionalmente
maior. Os 80% que consomem até 20 metros cúbicos representam 60% do faturamento.
w M – E com relação à inadimplência, ela
acontece mais por parte do poder público ou do
consumidor privado?
SF – Independe. Nós temos uma inadimplência
da ordem de 7% a 8%. Temos trabalhado muito
para fazer com o poder público negociações de
dívidas antigas e, com relação ao setor comercial e
industrial, nós temos negociado a demanda. Com
a mudança estrutural na Deso, a empresa criou
uma diretoria comercial que não existia, foi criada
no ano passado, e temos tentado dar tratamento
diferenciado para clientes diferenciados. Estamos
conversando muito com o setor hoteleiro para tentar fazer propostas. Há uma fuga muito grande do
setor hoteleiro, que perfurou poços para ter água
independente, e estamos buscando o diálogo com
esse setor para fazer uma reaproximação.
w M – Sempre houve crítica de que a Deso é
uma empresa lenta. Isso procede, está sendo
solucionado?
SF – O setor público é diferente do setor privado,
há uma lentidão maior por conta de atender a legislação. Nós não podemos, como no setor privado, decidir fazer uma obra e contratar diretamente. Temos que seguir toda uma série de trâmite
legal e isso, naturalmente, causa um pouco de
lentidão. Mas em alguns fatores que podem causar lentidão, como na área tecnológica, a Deso
tem investido muito. Temos feito investimentos
em tecnologia, em automação, para termos
respostas maiores. Nesse momento, mudamos
o programa de gerenciamento de informática, o
setor de contabilidade, financeiro da empresa foi
mudado. Compramos um software gerencial, que
envolve um grande treinamento, no momento
causa algum transtorno, mas que vai representar
no futuro uma melhora na resolutividade da
empresa. No passado nós compramos o sistema
comercial, que hoje está em pleno funcionamento e permite que você evolua. Temos que partir
das soluções de totens de atendimento, temos
que mudar a lógica que existia, temos que ter
uma sala de atendimento em cada cidade, temos
que saber trabalhar com o mundo virtual. Não
podemos ficar parados, na lógica do atendimento
como era antigamente. Temos que evoluir como
a energia e a telefonia evoluíram. Reconhecemos
que ainda temos um atraso tecnológico, na área
de informática, na área de atendimento ao cliente,
mas estamos investindo para avançar. Por exemplo: na Energisa você pode refaturar uma conta
com mais velocidade do que na Deso. Nós queremos chegar a isso e permitir que o cliente faça
uma série de operações via internet. Já mudamos
o nosso site, compramos mais servidores, exatamente para permitir que a Deso possa atender
qualquer cliente via internet.
w M – Por que o BNDES contratou a Fundação Getúlio Vargas para estudar o modelo organizacional
da Deso?
SF – Esse é um contrato da Secretaria de Desenvolvimento Urbano com o BNDES, que tem um
valor a fundo perdido para investir no setor de saneamento. Ele escolheu Sergipe porque talvez seja
o estado mais barato para fazer um investimento
piloto para saneamento. Na realidade, a lógica
do BNDES é fazer um estudo para o governo do
estado buscar a universalização do saneamento.
Esse estudo permite discutir modelo de negócios.
Assim você pode estudar empresas, sistemas municipais ou terceirização. Como em Sergipe nós
estamos presentes em 71 dos 74 municípios, o
estudo do BNDES tem uma interação com a Deso
muito forte, porque somos o maior operador do
saneamento no estado, praticamente 95% operado pela Deso. Na semana passada tiveram conosco, fizeram uma visita às instalações de produção
da Deso e temos fornecido informações gerenciais.
Esse estudo vai prosseguir ao longo deste ano. Vai
haver várias rodadas de discussão do modelo de
operação da Deso.
w M – Quando estará pronto o sistema de
esgotamento sanitário da Grande Aracaju?
SF – Nós separamos a cidade de Aracaju da região metropolitana. Quando começou o governo
Marcelo Déda, em 2007, Aracaju tinha 30% de
atendimento de rede de esgoto. Ele captou recursos do PAC, essas obras estão em andamento,
contratadas ou em fase final, elevando para 55%.
Além dessas obras, foi contratada recentemente
a segunda etapa do PAC 1, que é a obra da Aruana. Então esse percentual sobe para 68%. Nós já
apresentamos o projeto para a Caixa Econômica,
já temos contrato assinado e recurso garantido
de mais R$ 150 milhões, para fazer a zona norte
de Aracaju, que vai pegar o Bugio, Santos Dumont, Siqueira Campos e alguma parte do Santa
Lúcia e Sol Nascente. Devemos começar essas
obras ainda este ano e, quando ficarem prontas,
deveremos chegar a 85% de cobertura de rede
de esgoto. E Aracaju já foi pré-selecionada com
mais R$ 70 milhões para chegarmos a 95% de
atendimento. Assim, vai ficar faltando apenas
a zona de expansão, que ainda não temos um
projeto porque é muito pouco povoada, o custo
para implantar o sistema ali é muito grande.
Além disso, temos em andamento hoje investimentos em Nossa Senhora do Socorro, no
Parque dos Faróis, obra de R$ 40 milhões já
iniciada. Temos um contrato para a sede de Socorro e mais algumas regiões do Marcos Freire.
Então Socorro deve ficar com alguma coisa da
ordem de 60% de cobertura de rede de esgoto.
Temos muito pouco em São Cristóvão, apesar
de termos feito obras no centro histórico, e
temos a Barra dos Coqueiros com 80% da área.
Então, provavelmente, a região metropolitana
vai ter uma cobertura da ordem de 70%. Isso é
um diferencial. Poucas capitais do país têm essa
cobertura de rede de esgotos.
w M – Essa é a solução para a questão da poluição do rio Sergipe, por exemplo?
SF – Isso vai melhorar muito a poluição do rio
Sergipe. Estamos iniciando a operação do São
Conrado. No Coqueiral e Santa Maria já estamos
fazendo operação de rede de esgotos. Essas regiões têm um índice de endemia muito grande
e não tenho dúvidas de que, daqui a cinco, seis
anos, a quantidade de doenças veiculadas por
meio líquido vai reduzir significativamente. Estamos em contato com a Universidade Federal
de Sergipe para fazer pesquisas, financiadas via
Fapitec, para estudar a quantidade de doenças
que eram transmitidas por via hídrica e comparar depois. O resultado será a redução com
despesas médicas. Esse investimento, quando
analisado no futuro, o que se vai conseguir com
resultado na saúde é fenomenal.
w M – Com essa estiagem forte no Nordeste,
Aracaju corre risco de racionamento de água,
como pode ocorrer em outras capitais?
SF – Essa semana eu li na Folha de São Paulo sobre
o risco da capital paulista, de Campinas, Piracicaba, Sorocaba ficarem sem água. É um risco real.
Os mananciais que abastecem São Paulo estão
com 30%, 40% da capacidade. No ano passado,
Maceió teve racionamento, Recife, Natal, João
Pessoa tiveram racionamento, e Fortaleza é uma
cidade que tem dificuldades. Nós, em Aracaju, do
ponto de vista do abastecimento de água, estamos
muito acima do Nordeste como um todo e do
Brasil. Se acontecer essa situação em São Paulo
vou dizer que estamos numa situação privilegiada.
Essa barragem do Poxim tem um marco histórico,
vai garantir uma segurança no abastecimento
para a região metropolitana de Aracaju como em
poucas cidades do Brasil. Dentro da perspectiva
de crescimento das cidades, temos garantido o
abastecimento de água pelos próximos 20 anos.
Eu tenho muita preocupação porque a Chesf tem
reduzido a vazão do rio São Francisco. Ainda
não tivemos problema com o abastecimento, mas
já tivemos que mudar a posição das bombas de
captação da Adutora do Sertão. Temos procurado
conversar com a Agência Nacional das Águas e
com a Codevasf para manter a vazão do rio para
não ter problema de abastecimento, mas não
acredito que vamos ter falta de água. E a barragem do Poxim vai ter um papel fundamental na
regularidade ao longo deste ano.
CADERNO MERCADO - ECONOMIA & NEGÓCIOS
Comercialização: Gabinete de Mídia & Comunicação Ltda.
Rua Moacir Rabelo Leite, 34, Sala 1, Bairro 13 de Julho, Aracaju/SE
Contato: Pedro Amarante
[email protected] - (79) 3246-4139 / 9978-8962
3
4
Mercado
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
O $ nosso de cada dia
André Tavares*
[email protected]
Qual o melhor
investimento???
A
tuando já há algum tempo na área financeira de
empresas e com significativa dedicação à área
de investimentos financeiros, sou constantemente
abordado por conhecidos, amigos, parentes e colegas
de trabalho com a seguinte pergunta: “Qual é o
melhor investimento no momento?”. A resposta a este
questionamento tão comum – e que pode também ser
seu – é o que pretendo oferecer na nossa conversa de
fim de semana de hoje neste breve espaço de página.
Contudo, para tentar responder de forma mais
facilmente compreensível a esta pergunta, preciso
primeiramente tratar do segundo questionamento
mais frequente, que é: “Tenho uma enorme vontade
de poupar, mas não consigo guardar $ (dinheiro). O
que devo fazer?”. Esse, sem dúvida, é um dilema que
muitos convivem no seu cotidiano de administração
financeira de sua vida.
Primeiro de tudo, é importantíssimo ressaltar
que a poupança não pode ser um fim em si mesma.
Ninguém deve acumular $ pelo simples prazer
de acumular. Na verdade, nós devemos buscar a
poupança como uma forma de atingirmos alguns
objetivos que para nós são prioritários. Podemos citar
como exemplos a formação de uma reserva para
aposentadoria, a realização de uma poupança para
comprar um imóvel, a constituição de um montante
para fazer uma viagem ou ainda a formação de
uma carteira de investimentos que lhe deem uma
renda independente da remuneração obtida com sua
atividade profissional.
Definidos esses objetivos – e elencados em ordem
de importância – para você e sua família, você deve
estimar quanto de $ é necessário para alcançar
aquela meta e definir qual o percentual de sua renda
que você conseguirá direcionar para a poupança.
Acredito que o razoável para poupança é pelo menos
10% de seus rendimentos. O ideal seria conseguir
poupar 30% de sua renda. É preciso afirmar que
esta capacidade de poupança depende muito do
momento de vida em que se está. Um jovem solteiro
e sem filhos tem, em princípio, condições de poupar
um percentual bem maior de sua renda do que um
profissional que tem família e filhos em idade escolar.
Se você está começando a constituir uma
poupança, sugiro que comece sempre com
investimentos mais simples, como a caderneta de
poupança ou um fundo de investimento em títulos
públicos, disponíveis em qualquer grande banco.
São opções que apresentam baixas remunerações
mas que são praticamente livres de risco. À
medida que você for desenvolvendo o hábito da
poupança, comece a ler sobre os diferentes tipos
de investimento, como fundos de investimento
mais sofisticados, ações, imóveis e outros. Somente
depois de ter conhecido mais sobre os diferentes
tipos de investimentos, é que você deve se
“aventurar” em alternativas mais complexas.
Depois dessas observações, estamos prontos
para responder a pergunta do início do texto sobre
qual é o melhor investimento. Sem dúvida, após ter
lido sobre as diversas opções do mercado, o melhor
investimento para você é aquele que você mais gostar,
estiver entendendo melhor, se sentir mais à vontade.
Porque para investir bem, é necessário conhecer
bem onde se está investindo. Uma pessoa que não
gosta de acompanhar os salões de lançamentos de
novos prédios; de ler semanalmente os classificados
de jornais com ofertas de imóveis ou de estar em
constante contato com corretores não deve aplicar
seu $ em imóveis. Do mesmo modo, só deve aplicar
em ações quem gosta e tem tempo para acompanhar
as notícias sobre as empresas e sobre os movimentos
de bolsas de valores. Ou seja: não existe um bom
investimento para todos. Essa pergunta tem uma
resposta diferente para cada um de nós considerando
nosso nível de envolvimento com nossos
investimentos e nosso perfil e apetite para correr
riscos, que pode ser alto ou até mesmo nenhum.
Para finalizar nossa conversa de hoje, lembro
que para poupar é necessária uma boa dose de
disciplina. Uma dica que pode ajudar bastante
é a de nunca deixar a poupança por último na
sua programação financeira. Pelo contrário. A
poupança deve ser sempre a primeira coisa a
ser feita antes do pagamento de qualquer outra
despesa. Esta iniciativa lhe forçará sempre a
trabalhar com um orçamento de gastos menor do
que suas receitas e – caso seja necessário – lhe
incentivará a botar sua criatividade para funcionar
na busca de soluções que reduzam suas despesas.
Lembre-se sempre que os objetivos da poupança
traçados inicialmente são poderosos incentivadores
da poupança e dão mais significado aos pequenos
sacrifícios que temos que fazer para conseguir
poupar. Uma coisa posso lhe garantir: se você
deixar para fazer a poupança apenas depois
de pagas todas as despesas, não será nenhuma
surpresa se – mês após mês – não sobrar nenhum $
para a poupança.
Dessa forma, espero que essas dicas lhes ajudem
na formação de uma poupança que lhe permita viver
com mais tranquilidade e fazendo o $ trabalhar para
você a partir dos rendimentos obtidos com suas
aplicações financeiras. Bons investimentos!
n Ajude-nos a fazer esta coluna. Envie seus comentários,
críticas, dúvidas e sugestões para o endereço eletrônico
[email protected].
* O autor é analista financeiro e professor de finanças da Universidade Tiradentes.
Jornal da Cidade
DILSON M. BARRETO
ECONOMISTA
Bolsa Família e desigualdade social
O
Brasil tem se caracterizado
como um País de extrema concentração de renda dentro do
ranking mundial. Enquanto cerca de
10% da população se apropria de 50%
da renda gerada na economia, metade do seu contingente populacional
(50%) é detentora de tão somente
10% da renda. Parcela dessa situação
é originária de uma herança atávica de
injustiças sociais que ao longo dos anos
tem excluído parcela significativa da
população brasileira do acesso a condições mínimas de dignidade e de cidadania. Concorrem também para essa
situação, a própria estrutura tributária
centrada num modelo perverso de intensiva regressividade, aliado à forma
como a propriedade é distribuída entre
os diversos segmentos sociais. Tais situações bastante visíveis a qualquer analista social interferem profundamente
para a manutenção das distorções na
distribuição da renda e da riqueza. A
persistência da desigualdade tem também como agravante, o distanciamento
entre o discurso político e a efetiva
ação quanto à resolução dos problemas
que afetam os grupos mais desprotegidos e vulneráveis.
As ações do Governo em seus
programas de transferência de renda, como é o caso do Bolsa Família,
centrado em três diretrizes, alívio
imediato da pobreza, ruptura do ciclo
intergeracional da pobreza (condicionalidades) e desenvolvimento das
famílias (ações complementares), se
de um lado ajuda a reduzir a velocidade do processo de concentração, por
outro não impede sua continuidade,
bem como a modificação do estágio
de pobreza da população alvo, não
obstante seja patente a redução da
chamada “pobreza extrema”. Mesmo
reconhecendo-se ser o programa Bolsa
Família portador de efeitos positivos
para a melhoria da vida das famílias
mais pobres é, contudo, insuficiente
para alterar o quadro de desigualdade
social no País.
Abrigando um total de 14,1 milhões
de famílias, ou seja, cerca de 50,0 milhões de pessoas (um quarto da população brasileira) e um gasto financeiro
da ordem de R$ 20,6 bilhões (dados
de 2013), esse exército de pobres ao
conseguirem superar o seu estágio de
extrema pobreza (cerca de 28% segun-
do dados do IPEA), nunca deixam de
ser pobres, isto porque, por maiores
que sejam as intenções do Governo, o
perfil de pobreza dessas famílias não
está sendo alterado.
Não obstante a expansão anual do
Programa Bolsa Família, ele não tem
sido capaz de eliminar as carências
primárias da população, instituindo
um padrão mínimo de vida condizente com os ideais de uma sociedade
civilizada e socialmente justa. Mesmo
caracterizando-se como um programa
relativamente barato para o Tesouro
Nacional (menos de 1% do PIB), e
não sendo capaz, pela sua própria
dinâmica, de reverter o estágio de
pobreza tem, entretanto, a capacidade
de manter cada vez mais dependente
essa parcela da população atrelada ao
Programa, num foco muitas vezes distorcido politicamente e orientado para
o processo eleitoreiro.
Pelas suas potencialidades e disponibilidade de recursos naturais, pode-se afirmar não ser o Brasil um país
pobre. Todavia, o seu retrato social
deixa transparecer um país que abriga
ainda grande contingente de famílias
pobres e não será o Bolsa Família que
vai resolver essa questão. Esta situação ainda persistente de pobreza é
uma decorrência também do próprio
processo de distribuição de renda e
da propriedade, o que agrava ainda
mais a desigualdade entre as classes
sociais. As resistências conservadoras
existentes com destaque para o viés
político concorrem tanto para uma
distribuição menos equitativa dos
recursos nacionais, bem assim para dificultar mudanças radicais no panorama redistributivo, tudo isso deixando
transparecer que o problema maior do
Brasil não está limitado à pobreza em
si, porém na desigualdade.
Um ponto que merece destaque
está relacionado ao aumento real do
salário mínimo que vem sendo posto
em prática pelo governo nos últimos
anos, sinalizando maior efetividade
quanto ao impacto produzido na redução da velocidade de crescimento
da desigualdade social e de renda,
com consistência muito maior que o
Bolsa Família, desde quando sinaliza
alternativas de ascensão social para
o trabalhador na busca da melhoria
efetiva do seu padrão de vida.
É essa desigualdade atrelada na elevada concentração de renda, a maior
determinante da pobreza, induzindo as
políticas de transferências financeiras
às famílias a tornarem-se insuficientes
para reverter a perversa situação a que
as mesmas estão submetidas. Considerando a possibilidade de ser adicionado
às políticas sociais o esforço governamental de crescimento econômico, tais
procedimentos, segundo observações
de estudiosos no assunto, não seriam
suficientes para alterar o grau de desigualdade, mesmo que fosse possível
obter-se um crescimento continuado
por longo tempo entre 7 e 8% ao ano e
dobrar-se o valor da renda “per capita”.
Além dos aspectos acima analisados, o defeito do programa Bolsa
Família está também relacionado ao
fato de que o mesmo ao oferecer uma
porta de entrada, inserindo as famílias
no atendimento econômico e social
de curto prazo, não apresenta opções
de saída dessas mesmas famílias para
alternativas mais dignificantes junto ao mercado de trabalho. Mesmo
sendo considerado importante como
um instrumento de enfrentamento da
pobreza extrema, servindo inclusive
para aumentar o poder de compra das
famílias e movimentar a economia dos
pequenos municípios, todavia, a perenização dos contemplados no programa por longo tempo o descaracteriza
como instrumento de promoção social,
transformando-o num programa meramente assistencialista, levando inclusive muitas famílias a se acomodarem,
optando pela permanência no “status
quo” em que vivem e desinteressando-se pela busca de situações mais valorativas voltadas para a conquista de novas perspectivas de vida e seu próprio
futuro como cidadãos.
Além do mais, como fator concorrente
para a persistência dessa situação, o mercado de trabalho vem exigindo trabalhadores com maior nível de escolaridade e
qualificação, reduzindo drasticamente o
número de ocupados de menor adestramento profissional que passam então a
integrar o chamado “exército industrial
de reserva”, aumentando desta maneira
o contingente de pobres e excluídos social e economicamente e, em consequência, o grau de pobreza e desigualdade. Romper esse ciclo vicioso é o desafio
a ser enfrentado pelos futuros governos.
José Roberto de Lima Andrade
Secretário Adjunto de Turismo de Sergipe. Professor do Departamento de Economia da UFS
Sergipe e a Copa 2014
No último dia 31 de janeiro recebemos a confirmação do Comitê
Organizador da Copa da presença da
Seleção da Grécia em Sergipe. Essa
notícia, que já aguardávamos desde
outubro do ano passado, quando foram mantidos os primeiros contatos
com algumas seleções que visitaram
nosso estado, a exemplo da Coréia do
Sul, Honduras, Colômbia e a própria
Grécia, deve ser comemorada por
todos os sergipanos pelas razões que
exporemos a seguir.
Em primeiro lugar é preciso lembrar que a escolha de Sergipe como
Centro de Treinamento de Seleções
– CTS, foi um processo que começou
no final de 2011. O então Governador
Marcelo Déda apostava na estratégia
de trazermos para nosso estado uma
seleção para treinar antes e durante a
copa. Acreditava que com a conclusão
da Ponte Gilberto Amado (que liga o
litoral sul de Sergipe a divisa com a
Bahia), Sergipe estaria em condição
privilegiada do ponto de vista locacional em relação as sedes de Recife,
e principalmente, de Salvador. Além
do mais, Aracaju oferecia as condições ideais para a presença de uma
seleção, como tranquilidade, locais de
treinamento próximos a rede hoteleira,
dentre outras vantagens. Infelizmente
o Governador Marcelo Déda não está
vivo para ver o êxito da sua estratégia.
De 2011 até agora foram várias
as exigências que tiveram que ser
atendidas. Com a desistência do então Hotel Dioro (proposta inicial de
CTS), o Governo do Estado cadastrou
o Estádio Lourival Batista, que iniciava sua reforma, e que teve que fazer
as alterações necessárias para se enquadrar no padrão exigido pela FIFA
para ser um Centro de Treinamento de
Seleções. É importante destacar aqui o
empenho do governo, principalmente
da SEINFRA e CEHOP, nas alterações
no gramado (principal exigência da
FIFA), e na agilização do cronograma
das obras para que sejam entregues
no prazo(abril de 2014). Destacando
que o ESTÁDIO Lourival Batista estará
pronto em setembro de 2014, enquanto as instalações para o CTS, fundamentalmente gramado, vestiários e
sistema de iluminação, estarão prontas em abril. O compromisso formal
do Governador Jackson Barreto com
a FIFA, garantindo a entrega do CTS
de Sergipe, foi a garantia que faltava
para finalizar essa “odisseia grega”.
Enfim, após três anos competindo com
403 projetos de CTS, Sergipe foi escolhido. E por uma seleção importante,
primeira europeia a se classificar para
a copa 2014.
A vinda da seleção grega para
Sergipe traz para o nosso estado a
possibilidade de uma participação
muito mais ativa neste evento tão importante que é uma copa do mundo.
Duas consequências importantes precisam ser destacadas: A primeira diz
respeito ao ganho de visibilidade do
nosso estado na imprensa nacional e
internacional(principalmente) durante
os meses de junho e julho. São esperados cerca de 150 jornalistas da Grécia
e dos países do grupo em que ele participa, como Japão, Colômbia , Costa do
Marfim, além dos “olheiros” de outras
seleções que provavelmente enfrentarão a Grécia nas oitavas de final. É uma
oportunidade que nunca tivemos, e que
nunca teríamos condições de pagar, de
divulgar a imagem de Sergipe, suas
belezas, cultura, hospitalidade do seu
povo, para a Europa , Ásia e América
do Sul. Não esqueçamos que a presença
da seleção grega coincidirá com os festejos juninos, manifestação cultural das
mais importantes para nós sergipanos,
e que com certeza, será apresentada
pela primeira vez ao mundo.
Outra importante consequência
da vinda da seleção grega será o salto
quantitativo e qualitativo para o turismo
sergipano. Quantitativo porque teremos dois meses de alta estação(junho
e julho) em uma época do ano onde
tradicionalmente as taxas de ocupação
dos hotéis situam-se na faixa de 60%
a 70%. São cerca de 60.000 novos
turistas, com elevado poder aquisitivo,
e que durante os intervalos dos jogos
aproveitarão nossos atrativos turísticos, desconcentrando o impacto econômico para outras partes do estado
além da capital. E o aspecto qualitativo,
porque pela primeira vez lidaremos
com um fluxo expressivo de turistas
internacionais, não só de gregos é bom
que se frise, mas de alemães, italianos,
espanhóis, portugueses e americanos,
países que jogarão em Salvador e cujos
torcedores já começaram a procurar
nosso estado atraído pela facilidade
de locomoção, dos preços mais competitivos, da qualidade do nosso parque
hoteleiro e dos atrativos turísticos, e
agora, também curiosos pela presença
da seleção Grega.
Para finalizar, é importante deixar
claro que a oportunidade de Sergipe ter
uma presença mais importante na copa
do mundo requer também um esforço
maior, principalmente dos governos
(estadual e municipais) e dos empresários do turismo, para que questões
como qualidade no atendimento ao
turista, segurança, sejam um diferencial de Sergipe na Copa 2014. Agora é
torcer também pela Grécia. Quem sabe
uma final com o Brasil?
Mercado
Jornal da Cidade
MíDIA & CIA
[email protected]
As 50 maiores agências do
Brasil, segundo o Ibope
A
Young & Rubicam continua a liderar o ranking das maiores
agências de publicidade brasileiras, diz estudo do Ibope
Monitor. A lista reporta o investimento publicitário dos
anunciantes atendidos pelas respectivas empresas em 2013. A
Y&R ultrapassou o investimento de R$ 7 bilhões em compra de
mídia ao longo do ano passado. Como sempre, a conta da Casas
Bahia foi a grande responsável por isso, representando mais de
R$ 3 bilhões dos investimentos da agência. Em seguida aparece
a Borghi Lowe, com uma verba de R$ 3,78 bilhões. As próximas
colocadas são a Ogilvy e Mather Brasil e a Almap BBDO. Veja a
lista das 50 maiores agências, por investimento dos anunciantes.
Uma delas, a Link, tem atuação em Sergipe. Posição
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47
48
48
50
Agência
Young & Rubicam
Borghi/Lowe
Ogilvy & Mather Brasil
AlmapBBDO
WMcCann
Publicis Brasil
Africa
JWT
Havas Worldwide
F/Nazca
Giovanni+Draftfcb
DM9DDB
Leo Burnett
NBS
Neogama
Lew Lara\TBWA
My Propaganda
Talent
Z Mais
Loducca
Artplan
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Giacometti Propaganda
AgênciaClick
Wieden+Kennedy
Moma Propaganda
Agnelo Pacheco Comunic.
Pem Publi. e Marketing
Link Propaganda
Wunderman
F.biz
Unlike
Lov
Investimento
em R$
7.397.091.000
3.708.665.000
3.567.548.000
3.384.046.000
3.199.117.000
2.562.652.000
2.308.283.000
2.251.883.000
2.243.472.000
2.161.473.000
2.102.832.000
2.094.216.000
2.088.822.000
2.065.816.000
1.749.400.000
1.683.930.000
1.292.178.000
1.257.344.000
1.148.244.000
1.140.805.000
1.140.805.000
1.064.726.000
1.036.828.000
974.685
946.721
870.914
865.243
863.982
816.289
752.247
694.197
645.574
598.114
590.650
567.907
558.981
541.278
533.055
482.416
422.359
412.572
405.379
339.106
330.728
325.298
315.330
302.560
299.648
281.856
278.129
Americanas em itabaiana - O comércio de Itabaiana
já conta com uma filial das Lojas Americanas, a primeira da
empresa instalada no interior sergipano. Localizada na avenida
Doutor Luiz Magalhães, próximo ao Hospital Regional, a nova
loja tem 1.100 m² e gerou 15 empregos diretos. Os itabaianenses
estão adorando principalmente a grande variedade de CD›s,
DVD›s e livros expostos nas Lojas Americanas.
Sem hormônio - O Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento autorizou que empresas produtoras de
carne de aves com registro do Serviço de Inspeção Federal
(SIF) poderão inserir no rótulo informação sobre a não
utilização de hormônios durante a criação dos animais. O
objetivo é desmistificar esta informação, já que, segundo
pesquisa recente, 72% dos consumidores acreditam que
essas substâncias sejam utilizadas na produção avícola. As
empresas podem estampar nas embalagens a frase «sem uso de
hormônio, como estabelece a legislação brasileira».
Mais caro - O consumidor gastou 0,45% a mais para
construir em janeiro passado, segundo informações do Sinapi
(Índice Nacional da Construção Civil) do IBGE. Apesar da
alta, a variação é 0,43 ponto percentual menor do que a
registrada em dezembro de 2013, quando o índice ficou
em 0,88%. Nos últimos 12 meses, o Sinapi ficou em 0,79%,
acima dos 0,52% registrados no ano anterior. Já o custo
por metro quadrado fechou janeiro em R$ 864,01, contra
R$ 860,10 em dezembro. Do total, R$ 477 relativos aos
materiais e R$ 387,01 à mão de obra.
Parceria de peso - Quatro meses após anunciar sua parceria
com Harvard Business Publishing para cursos de pós-graduação
no Rio de Janeiro, a Estácio amplia o projeto para suas unidades
em 20 estados e no Distrito Federal. Oito cursos de MBAs da
Estácio terão estudos de caso da instituição americana, sendo
quatro nas modalidades presencial e a distância e quatro apenas
na modalidade a distância. «Este novo modelo de pós-graduação
que estamos adotando reflete a mudança de conceito: cada vez
mais o aluno está no centro da aprendizagem, e não como mero
receptor da informação passada pelo professor», explica Rogério
Melzi, presidente da Estácio.
Um jeito novo - Desenvolvido a partir de um processo
inteligente, que reduz materiais para gerar menos lixo, menos
desperdício e menos impacto ambiental, SOU convida a
consumir de um jeito novo, conciliando o prazer individual com
a vida do planeta. SOU completa agora a linha de cabelos de
uso diário com produtos para os fios lisos e cacheados. Com
embalagens de design inteligente, que aproveita até a última
gota, os novos produtos da linha SOU Liso Longa Duração e SOU Cachos Modelados complementam a rotina de cuidados
específicos para os cabelos e atendem a s principais demandas
da mulher. SOU é Natura.
Copos Campeões - Em todos os restaurantes McDonald›s
os consumidores poderão adquirir exclusivos Copos
Campeões McDonald?s. São seis diferentes opções
desenvolvidas em parceria com a Coca-Cola. Cinco inspiradas
em bolas oficiais de mundiais e uma em comemoração à
Copa do Mundo realizada em 2014 no Brasil. Para ganhar
uma das novidades, basta pedir uma McOferta (sanduíche,
acompanhamento e bebida) e um McFlurry no mesmo cupom
fiscal. Caso o cliente prefira, poderá também adquiri-los
separadamente por R$ 6,50 cada.
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
5
Trabalhador da construção
civil quer 15% de reajuste
Se acordo não sair até 1º de março, categoria pode entrar em greve
Divulgação
Adiberto de Souza
E
CAderno Mercado
mpresários e trabalhadores da construção
civil de Sergipe já iniciaram as negociações em
torno do acordo salarial da
categoria, que tem o próximo
1º de março como data base.
Segundo Raimundo Reis,
presidente do Sindicato dos
Trabalhadores, caso não se
chegue a um acordo até lá,
os operários estão mobilizados para entrar em greve, a
exemplo do que aconteceu
no ano passado. Com 35
cláusulas, a proposta trabalhista defende reajuste
salarial de 15%, adicional
de insalubridade, 6% de
triênio, auxílio alimentação,
cesta básica, vale transporte, seguro de vida, entre
outros benefícios.
Tanto o Sindicato da Indústria da Construção Civil
(Sinduscon/SE), quanto a
Associação Sergipana dos
Empresários de Obras Públicas e Privadas (Aseopp) já se
reuniram para tratar sobre
o assunto. Na assembleia
geral realizada quarta-feira
passada, o sindicato patronal informou aos associados
sobre a pauta e ficou de realizar um novo encontro para
colher sugestões. Embora
não represente oficialmente
as empresas, a Aseopp reuniu seus integrantes para
avaliar a proposta salarial.
No ano passado, a greve dos
trabalhadores durou 14 dias
operários da construção: adicional de insalubridade e outras reivindicações estão na pauta
e só foi encerrada graças à intermediação do presidente da
Associação, Luciano Barreto.
O sindicalista Raimundo
Reis reclama da dificuldade
que ele e os demais diretores
do Sintracon/SE têm para ter
acesso aos canteiros de obras
de Aracaju e do interior sergipano: “Mesmo assim, estamos
mobilizando os cerca de 20
mil trabalhadores da construção civil espalhados por todo
o Estado”, afirma. Ele revela
que por parte da categoria há
muita disposição para negociar
as reivindicações apresentadas,
“mas caso haja radicalização
do lado das empresas, estamos
preparados para repetir a greve
vitoriosa de 2013”.
A média salarial dos trabalhadores na constrição civil é
de R$ 1.030,00. Caso a proposta do Sindicato seja aceita pelos
empregadores, o piso médio da
categoria ficará acima dos R$
1. 180,00, porém profissionais
como técnicos em segurança e
medicina do trabalho, e de edificações terão salário base entre R$ 1.850,00 a R$ 2.050,00.
De acordo com Raimundo Reis,
o principal problema hoje dos
canteiros de obra é a falta de
segurança para os trabalhadores: “Infelizmente, muitas
empresas descuidam deste
item tão importante, resultando na morte de profissionais
em acidentes que poderiam ser
evitados”, se queixa.
Dieese: salário mínimo deveria ser R$ 2.748,22
Para que um trabalhador
conseguisse suprir as despesas
básicas durante janeiro de 2014,
ele deveria receber um salário
mínimo no valor de R$ 2.748,22,
segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (06) pelo
Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos).
O valor necessário é 3,80 vezes o salário mínimo vigente no
período, de R$ 724. Em janeiro de
2013, o valor apurado para atender às despesas de uma família era
de R$ 2.674,88, ou 3,95 vezes o
mínimo da época (R$ 678).
Ainda de acordo com o Dieese, a
jornada de trabalho necessária para
a compra dos alimentos essenciais
por um trabalhador remunerado
pelo salário mínimo diminuiu. Enquanto em janeiro do ano passado,
a jornada exigida era de 92 horas
e 17 minutos, no mesmo mês de
2014 foi de 88 horas e 51 minutos.
Quando se compara o custo da
cesta e o salário mínimo líquido, ou
seja, após o desconto referente à
Previdência Social, verifica-se que
o trabalhador remunerado pelo
piso nacional comprometeu, em
janeiro deste ano, 43,9% de seus
vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em dezembro
de 2013, demandavam 46,83%.
Em janeiro de 2013, o comprometimento do salário mínimo líquido
com a compra da cesta equivalia a
45,59%. (Agência Brasil)
Percepção de brasileiro sobre mercado de trabalho piora
A percepção do brasileiro
sobre o atual momento do
mercado de trabalho apresentou uma leve queda de
0,3% entre dezembro de
2013 e janeiro deste ano,
segundo o Índice Coincidente de Desemprego (ICD)
da Fundação Getulio Vargas
(FGV). Para a FGV, a piora
pode ser considerada como
estabilidade do indicador.
Das quatro classes de renda
familiar, os consumidores que
ganham entre R$ 2,1 mil e R$
4,8 mil foram os que avaliaram
de forma mais negativa o mercado de trabalho, com uma
piora de 1,5% entre dezembro
de 2013 e janeiro deste ano.
Já o Indicador Antecedente
de Emprego (IAEmp), também
calculado pela Fundação Getulio
Vargas, recuou 0,9% em janeiro
de 2014 na comparação com o
mês anterior. O índice tenta antecipar as tendências do mercado
de trabalho com base nas opiniões
de consumidores e de empresários
dos setores de serviços e indústria.
A piora foi provocada principalmente pela queda no grau
de otimismo dos empresários
da indústria em relação à tendência dos negócios nos seis
meses seguintes (-4,5%) e no
índice que mede o ímpeto de
contratações pelo empresariado da indústria (-3,2%).
(Agência Brasil)
Universidade de Coimbra
Uma campanha
contra a xenofobia
Denúncias de discriminação
contra brasileiros na Universidade de Coimbra, em Portugal,
vêm ganhando visibilidade na
internet, depois que vários estudantes começaram a publicar
fotos com cartazes nos quais relatam situações constrangimento
e preconceito. A mobilização
faz parte de uma série de ações
lideradas pelo grupo de estudantes “Lista R - Reset à AAC”, que
também combate outras formas
de discriminação vivenciadas no
ambiente universitário, como
racismo, homofobia e machismo.
As imagens, que começaram a circular no final do ano
passado, mostram cartazes com
frases como “os brasileiros e
os pretos deviam todos morrer”, encontrada originalmente
numa carteira da Faculdade de
Letras, e “as alunas brasileiras
precisam cuidar o comportamento, caso contrário, reforçarão o estereótipo de prostitutas,
putas e fáceis”, que teria sido
dita por uma professora.
O grupo Lista R é uma espécie
de chapa candidata ao comando da Associação Acadêmica de
Coimbra, entidade equivalente aos
diretórios centrais de estudantes
no Brasil. Eles perderam a eleição,
no fim do ano passado, mas as
ideias difundidas por eles, de combate ao preconceito, continuaram
a se propagar pelas redes sociais.
No site do grupo, é possível
conferir o programa deles no que
diz respeito à discriminação. O
texto questiona: “Orgulhamo-nos
da nossa internacionalização, mas
saberemos realmente receber
e incluir? A discriminação por
origem étnica é um problema
real dentro da universidade, que
parece estar dissimulado nas
malhas da boa aparência. Pouco
é feito no que toca à integração
das multi-culturalidades, o que
leva a uma alienação e a um
acréscimo do preconceito”.
GOVERNO DE SERGIPE
SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
HÍDRICOS - SEMARH-SE
CONVITE À MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE Nº 06/2014
PROJETO ÁGUAS DE SERGIPE (PAS)
ELABORAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO PARA REFORMA E
AMPLIAÇÃO DA SEDE DA SEMARH
Os serviços compreendem a elaboração, por pessoa jurídica contratada, de
projeto executivo para reforma e ampliação da sede da SEMARH. O contrato
terá prazo de 60 (sessenta) dias. A Unidade de Gerenciamento do Projeto Águas
de Sergipe (UAPAS) convida os consultores interessados a expressar seu
interesse em prestar os serviços acima solicitados, mediante apresentação de
portfólios, folhetos, descrição de trabalhos e experiência em desenvolvimento
de projetos sustentáveis, bem como disponibilidade de profissionais detentores
do referido conhecimento técnico, aptos a desenvolver o objeto. A referida
documentação deverá ser entregue, até 28 de fevereiro de 2014, na sala
da Comissão Especial de Licitação (CEL), da UAPAS; At.: Zenóbia; sito à
Avenida Gonçalo Rollemberg, nº 53, bairro São José, 3º andar, Aracaju - SE;
CEP 49010-410. Informações mais detalhadas pelo Correio eletrônico: cel.
[email protected]; pelos telefones (79) 8843-3511 e (79)
3179-7334, de segunda a sexta-feira, no horário das 7h30 às 13h e, ainda, pelo
Portal: www.semarh.se.gov.br.
Aracaju, 31 de janeiro de 2014
Zenóbia de Fátima Bruno da Silva
Presidente da Comissão Especial de Licitação (CEL)
6
Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014
O negócio é o seguinte
[email protected]
Fórum Empresarial
defende Carnalita
O
Fórum Empresarial de Sergipe manifestou seu apoio
à implantação do Projeto Carnalita da empresa Vale.
“Entendemos que a discussão que vem sendo travada
acerca da localização da planta industrial é legítima, porém,
queremos ressaltar que a decisão sobre a localização de um
empreendimento de caráter privado deve, como o foi, ser
pautada por estudos técnicos de viabilidade econômica,
ambiental e social, não devendo estes serem objeto de
questionamentos de caráter político-partidário”, diz a nota
subscrita pelas 30 entidades empresariais que compõem o
Fórum. “Neste momento devemos relembrar que no passado
ilustres sergipanos, independentemente de vinculação
partidária, lutaram para a viabilização da exploração de
potássio em Sergipe, concretizada na mina Taquari-Vassouras
que representou um marco para nosso desenvolvimento
econômico”, prossegue a nota.
“Assim, após ouvir todos os argumentos técnicos da Vale,
órgãos do governo de Sergipe e a Prefeitura de Capela vimos
nos posicionar de forma clara em defesa da livre iniciativa e
clamar para que, com a maior brevidade que o fato requer, seja
garantido à Vale o direito de instalar o seu empreendimento,
de caráter totalmente privado, na localidade onde os estudos
indicaram como mais viável, inclusive já tendo sido aprovados
pelos órgãos competentes”.
A nota do Fórum Empresarial prossegue defendendo a
importância do projeto para a economia local e nacional: “O
Projeto Carnalita, temos absoluta convicção, trará grande
impacto positivo para a economia sergipana, gerando
desenvolvimento, renda e empregos, além de perpetuar o
diferencial competitivo do Polo de Fertilizantes de Sergipe.
Não bastassem todas essas razões, o Projeto Carnalita vem
ao encontro do interesse estratégico do Brasil, reduzindo sua
dependência externa nesse importantíssimo insumo para a
agricultura nacional”.
E conclui apelando para o bom senso: “O desenvolvimento
de Sergipe não pode ser subjugado a interesses políticos
menores e imediatistas”.
ARRECADAÇÃO FEDERAL SUPERA R$ 3,5 BILHÕES - A
arrecadação federal em Sergipe foi de R$ 3,59 bilhões
em 2013, o que, em termos reais (descontada a inflação),
apresentou crescimento de 80,8% sobre o ano anterior. Os
dados incorporam as Receitas Previdenciárias, que elevaram
consideravelmente o montante arrecadado pela União.
A principal fonte da arrecadação foi justamente a receita
previdenciária, que somou R$ 1,5 bilhão, correspondendo a
44,2% do total arrecadado no estado. Em seguida, se destacou o
recolhimento do Imposto de Renda (IR) que alcançou R$ 719,8
milhões no ano passado. A arrecadação da Contribuição Social
para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) ficou em
R$ 556,3 milhões, enquanto que a Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL) somou R$ 174,9 milhões e o IPI totalizou
R$ 114,5 milhões recolhidos aos cofres da União em 2013. A
informação é do Boletim Sergipe Econômico.
Divulgação
PRODETUR - Em dezembro ultimo,
o estado, através da Secretaria do
Turismo, assinou o contrato de
empréstimo de US$ 60 milhões com
o BID para o Prodetur Nacional. O
Prodetur é um projeto de US$ 100
milhões, com duração de cinco anos. O
coordenador em Sergipe, o secretário
adjunto do Turismo, José Roberto
Lima, informa que serão realizadas
diversas obras estruturantes nos Polos
Costa dos Coqueirais (abrangendo
todo litoral) e Velho Chico (de
Brejo Grande a Canindé). “A ideia
do Prodetur é dotar esses polos de infraestrutura turística,
desconcentrando a atividade de Aracaju”, informa, acrescentando
que também estão previstos investimentos significativos em
Promoção (US$ 5 milhões) e Capacitação Profissional (US$ 3
milhões). Sergipe foi o quarto estado do país a assinar o contrato
com essa linha de financiamento.
CENTRO DE IMPRENSA DA SELEÇÃO GREGA - Representantes
da Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis),
da Secretaria do Turismo e da Emsetur reuniram-se para
organizar o Centro de Imprensa que será montado quando o
estado abrigar o treinamento da seleção da Grécia. Funcionará
no Ginásio de Esportes Constâncio Vieira e poderá atender 150
jornalistas credenciados. Na reunião, foi apresentado o layout
do Centro de Imprensa, que foi elaborado pelos arquitetos
Rafael Corona, da Setur, e Rodrigo Campos, da Cehop. VOCÊ SABE O QUE É?
ATAQUE ESPECUALTIVO - Venda ostensiva de moedas feita por
investidores que pretendem forçar o governo a promover uma
desvalorização. Foi o que aconteceu no Brasil no início de 1999,
quando o governo adotou o câmbio livre. É a aposta dos investidores
contra a moeda de um país, no sentido de que a mesma se
desvalorize. A premissa é de que haja chance razoável de ganhar
a aposta. Como não há disponibilidade automática de toda a
quantidade de moeda solicitada, o governo é obrigado a desvalorizála ou elevar a taxa de juros, ou ainda a adotar ambas as medidas
para tentar segurar os investidores no país. Se a moeda estiver
sobrevalorizada ou o país estiver muito dependente de moeda
estrangeira, as possibilidades de sucesso dos apostadores são boas.
QUEM DISSE
Domenico de Masi, sociólogo
“O Brasil tem um PIB que o coloca na sexta posição no mundo
(segundo dados de 2012 do Banco Mundial, o Brasil tem o
sétimo PIB mundial), e, com seus US$ 12,6 mil de PIB per
capita, pode se orgulhar de ter preciosos recursos econômicos,
cada vez mais escassos no resto do mundo e cada vez menos
desprezíveis na construção do novo modo de vida. Penso na
copiosa mistura de raças aliada ao baixo índice de racismo, no
sincretismo cultural, no amor pelo corpo, na sensualidade, na
cordialidade, na musicalidade, na propensão do brasileiro a
assimilar as contribuições dos estrangeiros, na hospitalidade,
na alegria, na espontaneidade, na abertura ao novo e
ao diferente, na tendência a encarar a realidade com um
pensamento positivo, na capacidade de considerar fluidas as
fronteiras entre o sagrado e o profano, o formal e o informal,
o público e o privado, o emocional e o racional. A todos esses
elementos positivos já presentes, hoje devemos acrescentar dois:
o aumento da consciência dos grandes desafios a ser enfrentados
e superados dentro do país – corrupção, violência, desigualdade,
déficits educacionais –, e a percepção, agora clara, de ser um
país de ponta, diferente e positivo, capaz de propor, mesmo no
exterior, com orgulho, sua própria maneira de ser”.
Mercado
Jornal da Cidade
Gastos com as compras
públicas federais caem
Redução foi de 5,78% no ano passado em relação a 2012
O
s gastos com compras
públicas federais ficaram
em R$ 68,4 bilhões em
2013, 5,78% inferiores aos gastos
de R$ 72,6 bilhões registrados
em 2012. As informações foram
divulgadas quinta-eira, 6, pelo
Ministério do Planejamento. O
uso do pregão eletrônico como
modalidade de aquisição deu um
salto no período. Os gastos com a
modalidade foram R$ 41 bilhões,
ou 60% do total. Em 2012, a representatividade havia sido 46% do
total de compras e, em 2011, 48%.
Além disso, segundo o Planejamento, a utilização do pregão
cresceu 22% levando-se em conta
volume financeiro, e 6% levando-se
em conta a quantidade de licitações.
Enquanto o uso do pregão aumentou, as modalidades dispensa e
inexigibilidade de licitação tiveram
queda de participação nas aquisições de bens e serviços. Em 2013,
responderam por R$ 21,2 bilhões de
gastos, ou 31% do total. Em 2012, a
proporção foi 34% e em 2011, 37%.
Houve uma divisão equilibrada
entre as compras de bens, para as
quais foram destinados R$ 35,6
bilhões, ou 52% do total, e de
serviços, que responderam por R$
32,8 bilhões ou 48% dos gastos.
De acordo com o Planejamento,
a maior parte das aquisições de
bens foi para produtos para uso
médico, dentário ou veterinário.
Os serviços mais adquiridos foram
os de engenharia.
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Um bairro com jeito de interior