QUARTA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2015
policia
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CRUELDADE
PM torturado é enterrado no Rio
Soldado da UPP Formiga, na Tijuca, Zona Norte do Rio, foi reconhecido por
traficantes ao entrar em comunidade de Nova Iguaçu para encontrar irmão
Antonio Carlos
[email protected]
O
soldado Bruno
Rodrigues, de
30 anos, torturado e cruelmente
executado por traficantes na comunidade Lagoinha, em Nova
Iguaçu, na madrugada da última segunda-feira, foi sepultado
ontem, no Cemitério
de Irajá, Zona Norte do
Rio. Muitos policiais militares foram ao local
se despedir do colega.
Muita abalada, a avó
da vítima desabafou
dizendo que “se ele
não fosse policial militar, hoje estaria vivo”.
Dona Edith disse que
não queria que Bruno
escolhesse a profissão
de PM, mas contou
que era o sonho dele.
A viúva Michele Pereira relatou que o
marido havia ligado
para ela minutos antes de ser capturado.
Ele contou que estava
perdido e que havia
colocado o endereço no GPS do carro.
“Ele disse que achava que ali era uma
SEVERINO PEREIRA / REPRODUÇÃO
comunidade. Eu falei
para ele voltar. Logo
depois recebi uma ligação do irmão dele
perguntando onde ele
estava. Eu avisei que
ele havia voltado pois
não estava encontrando o lugar. Depois não
tivemos mais notícias”.
Bruno deixa um filho
de 11 anos, fruto de
seu casamento com
Michele.
Intertítulo - Arrastado
amarrado a um cavalo
Segundo
informações da Polícia Militar,
Bruno, que era lotado
na UPP Forminga, na
Tijuca, na Zona Norte,
estava com a farda no
carro, pois ia trabalhar
no dia seguinte. Ele estava voltando do Rock
in Rio, depois de fazer o
policiamento no local.
Na ocasião, pretendia
encontrar o irmão, que
tem um centro espírita
em Cabuçu, em Nova
Iguaçu.
O irmão chegou a
pedir para que ele fosse buscá-lo, pois não
tinha dinheiro para
O caixão levando o corpo de Bruno Rodrigues percorre o trecho do cemitério sob a homenagem de policiais
voltar para casa. A
morte de Bruno teve
requintes de crueldade. Após levar um tiro
nas costas, o agente
foi amarrado e arrastado a um cavalo por
cerca de um quilôme-
tro até a comunidade
da Lagoinha. Ele ainda
estaria vivo.
Horas depois do crime, a polícia prendeu
sete suspeitos e apreendeu seis menores.
Um dos cavalos usa-
dos na tortura do PM
pertence a um dos
menores
apreendidos, de 17 anos. Ele e
um dos adultos teriam
participação direta na
morte de Bruno.
Bruno foi o 53º poli-
cial morto no Rio este
ano. Outros 113 agentes ficaram feridos em
ataques ou em confrontos de janeiro a
setembro. Ele estava
na corporação desde
2012.
Trio vai em cana com farta droga Mulher de deficiente é morta em casa
Três jovens foram presos
na noite da última segunda-feira por agentes do
Batalhão de Polícia Militar
de Duque de Caxias (15º
BPM) após a guarnição
receber informação sobre um veículo da marca Parati, de cor preta,
placa LUX-2089. O veículo
foi avistado na Avenida
Washington Luiz, na pista
sentido Petrópolis.
Os policiais tentaram
realizar a abordagem,
mas motorista acelerou.
Houve perseguição, e
nas imediações do Jardi
Primavera uma outra viatura conseguiu abordar
os ocupantes. Os suspeitos foram presos em flagrante com 404 pinos de
cocaína e 01 tablete de
maconha. Somente um
dos marginais foi identificado. Paulo Henrique
Uma deficiente física
foi assassinada na manhã de ontem, dentro
de casa, na Avenida
Severino Pereira da Silva, no bairro Cabuçu.
em Nova Iguaçu. Identificada como Margarida Ferreira Muniz
Medeiros, de 50 anos,
a vítima apresentava
ferimentos provavelmente
provocados
LESÃO CORPORAL
Condenado por lesão
que após o assassinato, ele teria fugido de
bicicleta em direção
à Queimados. Policiais
do 20º BPM (Mesquita) foram acionados e
estiveram no local. Em
seguida, informaram
sobre o crime à DHBF
(Divisão de Homicídios
da Baixada Fluminense) que investiga o
caso.
‘Serial’ confessa morte de seis pessoas
WILL SOARES/ G1
SÃO PAULO
Os suspeitos estavam em um carro onde foi achado o material
Alves Pina e os outros
comparsas foram enca-
minhado para a 61ª DP
(Xerém).
Civil de Caxias cumpre mandados de prisão
Agentes da Delegacia
de Polícia de Imbariê (62ª
DP) cumpriram dois mandados de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal
da Capital e de Duque
de Caxias para acusados
por vários crimes na manhã de ontem.
Na primeira ação foi
preso Luiz Fernando Pereira de Morais, de 39 anos.
Ele é acusado de extorsão e de ser integrante de organização criminosa. De acordo com o
titular da unidade, delegado Marcos Santana, o
acusado fazia parte de
uma quadrilha de agiotas
atuante no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio, no
ano de 2012 Atualmente
ele residia na Rua Batista
Oliveira, em Imbariê.
por faca. Testemunhas
relataram que o corpo
da mulher foi encontrado caído no chão sobre
uma possa de sangue.
O casal possui dois filhos
adolescentes.
De acordo com informações, o principal suspeito de cometer o crime é o marido da vítima,
Isaías Santiago Medeiros,
45. Testemunhas afirmam
Luiz Fernando e Sérgio foram presos pela 62ª DP
corporal de natureza grave, crime praticado no
ano de 2006, em Imbariê,
em Duque de Caxias, o
garçon Sérgio Policarpo
Teodoro, 64, também foi
preso pelos agentes. O
mandado de prisão foi
expedido em fevereiro
de 2011 pelo juiz da 1ª
Vara criminal de Duque
de Caxias.
Suspeito de assassinatos em série e de esconder corpos dentro
de casa no Jabaquara, Zona Sul da capital
paulista, o pintor de parede Jorge Luiz Morais
de Oliveira, de 41 anos,
confessou em à polícia
que matou seis pessoas
desde o começo deste
ano. Entre as vítimas estão cinco mulheres, segundo o delegado seccional Jorge Carrasco.
A Polícia Civil informou que o suspeito vai
responder por sete homicídios, que é o total
de corpos e ossadas
encontrados no imóvel
até a tarde de ontem. O
homem foi preso depois
de a polícia encontrar
o corpo de Carlos Neto
Alves Júnior, de 21 anos,
na casa dele, na última
sexta-feira. Durante a
perícia, foram achados
mais três cadáveres e
uma ossada. Novas buscas foram feitas no imóvel e mais corpos foram
encontrados, totalizando sete vítimas. A polícia também encontrou
fotos de seis pessoas na
Pintor chega para depor em Distrito Policial
casa e vai investigar se
elas estão desaparecidas.
Em depoimento no 16º
Distrito Policial, na Vila
Clementino, Jorge Luiz
confessou ter executado cinco mulheres e um
homem, que é o vizinho
Carlos Júnior. O assassino
confessou que as mortes
aconteceram dentro do
imóvel e as vítimas eram
mulheres que compartilhavam drogas com ele.
No entanto, ele nega ter
mantido relação sexual
com as vítimas. O pintor
também afirmou que a
motivação para os crimes
é que ele “fazia oposição
à facção que está nos
presídios e temia que as
vítimas revelassem isso
na região e, por isso, as
estrangulou.”
O homem diz que
matou Carlos Júnior em
legítima defesa. O suspeito disse que Júnior
entrou em sua casa
com uma faca na mão
na companhia de outro rapaz. Segundo ele,
após uma discussão, a
vítima o esfaqueou no
braço, ele conseguiu
tomar a faca de Júnior
e começou a golpeá-lo. O rapaz que estava
com o jovem teria fugido durante a briga. A
polícia diz que as buscas na casa não têm
prazo para terminar.
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