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NESTA EDIÇÃO
Confira a opinião dos nossos colunistas e as
novidades do mercado atual
Pedro Silvano Gunther
Diretor da Hotsoft
“Ação Política em Defesa dos Laboratórios no CBAC?”, pág. 40
Dr. Paulo Cesar Naoum
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto-SP
“Biopolítica da Saúde no Brasil”, pág. 12
Jerolino Lopes Aquino
Professor Titular de Parasitologia Médica da
Faculdade de Ciências Médicas da UFMT (Aposentado); Presidente da Sociedade Brasileira de
Análises Clínicas (SBAC) 2015/2016; Presidente
do Grupo LCA- Laboratórios Clínicos Associados
(SP); Diretor Presidente do Laboratório Carlos
Chagas – Cuiabá/MT.
“Um Congresso para fazer História”, pág. 14
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM-1º Região
Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP
“A Biomedicina no 42º Congresso da
SBAC” , pág. 40
Ligia Maria Mussolino Camargo
Sócia da empresa Décio Camargo Ltda, professora de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da Academia
Santarritense de Letras.
“Quando a dor fala mais alto”, pág. 32
Dr.Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais,Clínicas e Laboratórios do Estado de São
Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão.
“Nada Mudou””, pág. 42
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16 3629-2119 | 99793-9304
Inclusão de Testes
SBPC/ML propõe incluir 33 exames no
Rol da ANS de 2016
T
Versão definitiva do Rol será divulgada no segundo semestre deste ano
estes rápidos para dengue e chikungunya
e mais 31 exames compõem a relação
entregue por representantes da SBPC/
ML à Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) para serem incluídos na versão 2016 do Rol
de Procedimentos e Eventos em Saúde (conheça a
relação de testes solicitados).
“Inicialmente,
havíamos
selecionado
116 testes, mas reduzimos para 33, que são
considerados prioritários”, explica o diretor de
Defesa Profissional da SBPC/ML, Vitor Pariz,
que coordenou esse trabalho. Segundo ele, o
formulário online que a ANS disponibilizou para
solicitar inclusões no Rol possuía campos de
preenchimento obrigatório que não se aplicavam
a testes laboratoriais e, por isso, inviabilizavam
seu preenchimento completo.
Para o diretor da SBPC/ML, o formulário deveria
ser modificado para aceitar todos os tipos de
procedimentos. Ele explica que, no caso dos testes
laboratoriais, existem informações mais importantes
para avaliar seu uso na prática clínica, como
valor preditivo positivo e negativo, sensibilidade
e especificidade diagnóstica, acompanhamento
terapêutico, entre outras.
Somente no segundo semestre deste ano será
divulgada a versão do Rol que entra em vigor em
janeiro de 2016. Segundo a ANS, serão analisadas as
sugestões recebidas na Consulta Pública 59, aberta
de 19 de junho a 19 de julho. Porém, em seu site
(www.ans.gov.br) a Agência antecipa que propõe
incluir apenas 11 procedimentos médicos
— entre terapias e exames —, além do uso
de um medicamento antineoplásico oral
para o tratamento do câncer de próstata,
ampliar as indicações para diagnóstico
e tratamento de 16 síndromes genéticas
e incluir a diretriz clínica para avaliação
geriátrica ampla.
A ANS informa, ainda, que propõe
aumentar o número de sessões/consultas
com profissionais de saúde e incluir a
indicação de consultas com nutricionista
para gestantes.
Em 2013, após um trabalho de equipe
que mobilizou vários profissionais do
setor, a SBPC/ML solicitou a inclusão de
131 exames para o Rol 2014 — versão
que está em vigor. Apesar dos esforços,
a Agência incluiu apenas sete testes.
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Segundo o diretor da SBPC/ML, isso
provocou um grande sentimento de
frustação porque foram cumpridas todas
as exigências da ANS, dentro do prazo
estabelecido pela Agência, que era de
apenas 20 dias.
O Rol da ANS apresenta a cobertura
mínima obrigatória de procedimentos,
exames e tratamentos que têm cobertura
obrigatória pelos planos de saúde
contratados a partir de 1º de janeiro de
1999. É revisto e atualizado geralmente
a cada dois anos, quando pode haver
inclusões e exclusões. Um dos critérios
para incluir um teste no Rol é que ele
já esteja na Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Médicos
(CBHPM), da Associação Médica Brasileira
(AMB).
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F
Congresso SBAC, no Rio de Janeiro, registra êxito
oram quase quatro mil participantes, cuja presença
consolidou a parceria Brasil e Portugal em questões
de suma importância para o setor. O Congresso,
em sua 42ª edição, levou a todos uma vasta programação
científica, abordando pesquisas, doenças e assuntos ligados
à gestão, temas alinhados à realidade do mundo. Cerca de
90 estandes fomentaram a possibilidade positiva para a
concretização de negócios entre expositores e profissionais
da área. Confira em nossas páginas mais informações sobre
o evento.
Hotsoft
Conselho Regional de Biomedicina - 1ª Região
GTGroup
SBAC
Greiner Bio-One
Equipe da Shift
Análise
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Cont. na pág. 22
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Evento/RJ
Laboratório Alvaro e Sergio Franco
oferecem tour virtual e visitação técnica
durante o 42º CBAC 2015
Por meio de óculos 3D, interessados visitaram dois Núcleos Técnicos Operacionais das marcas
O
Laboratório Alvaro e o Sergio Franco, grupos
especializados em serviços auxiliares de apoio
diagnóstico e referência no mercado de saúde
brasileiro e internacional, participaram da 42ª edição do
Congresso Brasileiro de Análises Clínicas (CBAC 2015), que
foi realizado entre os dias 21 e 24 de junho, no Pavilhão 5
do Rio Centro – Rio de Janeiro (RJ).
Esse ano, o estande das duas marcas trouxe novidades.
A primeira delas foi um tour virtual nos Núcleos Técnicos
Operacionais (NTO) de Duque de Caixas (RJ) e de São Paulo,
locais onde são processados parte dos exames laboratoriais
das marcas, por meio de um par de óculos 3D. A experiência
permitiu as pessoas a sensação de estar dentro dos NTOs,
em meio aos equipamentos de última geração oferecidos
pelo Laboratório Álvaro e Sergio Franco.
Realizado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
(SBAC), o evento é conhecido por ser o maior encontro
da especialidade na América Latina, trazendo assuntos
que envolvem as relações entre a prática clínica e os
laboratórios, os desafios nas análises de diagnósticos e a
qualidade e acreditação dos laboratórios brasileiros.
Os principais temas abordados no Congresso
foram relacionados a especialidades como Bioquímica,
Biologia Molecular, Citologia, Hematologia, Imunologia,
Microbiologia e Gestão Laboratorial. Haverá também
encontros com especialistas de cada uma das áreas e
palestras para tratar dos temas mais atuais e recorrentes
em análises clínicas.
Sobre o Laboratório Alvaro
Com 47 anos de atuação o Laboratório Alvaro é
referência no segmento de exames laboratoriais na região
Oeste do Paraná, garantindo ampla cobertura em Cascavel
e Foz do Iguaçu, com 17 unidades de atendimento. O Alvaro
também é referência nacional em apoio diagnóstico para
mais de quatro mil laboratórios em todo o país. Possui mais
de 600 colaboradores e oferece mais de 1,7 mil tipos de
exames de análises clínicas. Mais informações no site www.
laboratorioalvaro.com.br.
Sobre o Sérgio Franco
Em 1940, no Rio de Janeiro, nascia uma das marcas
mais tradicionais do mercado, referência em qualidade
e confiança em medicina diagnóstica. Inicialmente com
uma unidade em Botafogo, o laboratório Sérgio Franco,
rapidamente expandiu-se por todo o estado. Hoje, a marca
também atua em apoio diagnóstico, sendo reconhecida
principalmente pela tecnologia de última geração e pela
agilidade com que presta serviços aos seus parceiros. Os
serviços altamente qualificados e a entrega de diagnósticos
precisos renderam ao laboratório importantes certificações
que atestam sua confiabilidade, como a ISO 9001 – o
Sérgio Franco foi o primeiro laboratório do Rio de Janeiro
a recebê-lo. Também é o laboratório brasileiro que mais
publicou trabalhos no AACC, congresso na área de medicina
diagnóstica laboratorial mais importante do mundo.
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Novo laboratório
Bom e barato ao
alcance de todos
Clínicas populares atendem
moradores de comunidades pobres
e de condomínios sofisticados
D
emocratização da saúde. Esta é a
proposta do laboratório Sangue Bom,
recém-inaugurado no Itanhangá, Barra
da Tijuca. Funcionando em área carente cercada
de condomínios de alto padrão, o espaço atrai o
público que busca qualidade, atendimento rápido
e preço popular.
O paciente pode marcar seu exame por um
aplicativo (que também mostra o resultado), e
os preços ficam em até um terço do praticado no
mercado. Verificar taxa de colesterol, por exemplo,
custa R$5.
Marco Collovati, médico italiano e sócio
do laboratório, destaca que a novidade atrai
moradores do Morro do Banco, da comunidade
Tijuquinha e de condomínios de luxo do
Itanhangá.
“O barato atende o paciente que não tem alto
poder aquisitivo, e o bom atende o de alto padrão,
analisa Collovati”.
O objetivo até o fim do ano é abrir mais três
unidades e outras 5 mil pelo país.
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Opinião
A
Parceria e Confiança
Biopolítica da Saúde no Brasil
preocupação com a qualidade da saúde que nos oferecem, notadamente no setor público, deve ser de toda
a população, pois em algum momento dela se necessitará. É muito comum na mídia brasileira que a falta de assuntos
espalhafatosos estimula a busca de notícias em postos públicos de
atendimento de saúde, pois lá sempre haverá reclamações, brigas e
condutas que podem ser contestadas. Esse novo aliado do pacote
diário de más notícias era raro há mais de dez anos. O que poderia
ter acontecido para que a saúde fizesse parte diária das nossas preocupações e indignações?
Em uma análise resumida para comentar este assunto num espaço curto de um artigo, é possível, entretanto, explica-lo por meio
de duas causas principais que promovem o caos na saúde, principalmente dos grandes centros urbanos. A primeira causa, com certeza,
se deve à incapacidade política dos nossos administradores públicos, desde os gerentes institucionais até a presidência desta república combalida por atos de corrupção e contravenção. A segunda
causa, embora não exima os políticos dessas importantes responsabilidades, foi criada por aqueles que também participam da sua
solução, qual seja, os profissionais de saúde.
A explicação à primeira causa é a somatória de incapacidades
políticas de nossos administradores que não souberam orientar
o intenso êxodo rural que ocorreu nos últimos quarenta anos no
Brasil. Pessoas pobres, sem qualificações e conhecimentos para
viverem em ambiente competitivo, se abrigaram em amontoados
de barracos e cortiços conhecidos por favelas, todas com múltiplas
carências incluindo a água tratada e o esgoto saneado e que induzem a maioria das patologias que causam diversos tipos de doenças.
Barracos e cortiços, em geral, são construídos com madeiras ou tijolos sem rebocos e pinturas. Os benefícios do reboco e da pintura
são, respectivamente, a eliminação de fendas e buracos por onde se
infestam insetos, fungos e bactérias, entre outros microrganismos,
bem como a identificação visual de insetos e de mofo, situações que
permitem a transmissão crônica de agentes biológicos também causadores de doenças.
Só para lembrar aos nossos administradores, que certamente
tiveram péssimo aproveitamento escolar, a pintura por caiação, por
exemplo, usada há mais de quatro mil anos na Grécia e Egito, tinha
por fundamento evitar catástrofes causadas por pestes contagiosas.
Quatro mil anos depois, o Brasil se vê ameaçado por pestes que haviam sido eliminadas por Oswaldo Cruz no início do século passado.
A explicação à segunda causa tem principalmente a participação dos
profissionais da saúde, com destaque para aqueles que participam
das administrações públicas de atendimento em postos e centros
de saúde, bem como dos que conduzem a política da saúde no
Brasil. Os que participam da administração direta de atendimento
Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum
Professor Titular pela UNESP
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia
Acadêmico da ARLC
[email protected]
à saúde foram aceitando ao longo do tempo as mazelas das administrações municipais, estaduais e federal. Entende-se por mazelas
as indicações espúrias por cargos de chefias, os desvios de verbas
para compra de equipamentos, medicamentos, etc. e a aceitação
cotidiana dos aglomerados de pessoas em salas de espera quentes
e mal ventiladas, situações consideradas “normais” por esses administradores e para a maioria do pobre e passivo povo brasileiro .
Assim, muitas pessoas que não estavam doentes, podem se tornar
doentes por contaminações ambientais.
Por outro lado, os que conduzem a política de saúde no Brasil aceitaram com incrível indiferença artifícios regulamentares de
delimitações das atividades médicas. Por mais justas que foram as
legitimações de certas atividades, suas demarcações políticas provocaram desequilíbrios sociais no curto e médio prazo, como está
refletido, de fato, nos atendimentos públicos que nos oferecem os
centros e postos de saúde, principalmente. Por que uma ação política na área de saúde foi capaz de gerar tantos alvoroços diários
nesses postos e centros de atendimentos?
Penso que, em parte, essas ações restringiram demasiadamente comportamentos arraigados nos costumes da nossa população,
por exemplo, o atendimento em farmácias para situações simples,
como medir pressão arterial, fazer inalação, remediar febre, realizar
pequenos curativos, entre outros. Embora não disponho de uma
confiável pesquisa nacional de atendimentos de urgências em postos e centros de saúde, suponho que esses são os casos que contribuem para que pessoas se aglomeram em postos de saúde e que
espalham doenças sem fim.
Por essas razões, os acertos em ações públicas são obrigações
dos administradores públicos, os erros, por sua vez, devem ser reconhecidos, discutidos e corrigidos, enquanto que as decisões políticas equivocadas, devem ser revogadas. Simples assim, mas difíceis
de serem aceitas pelas vaidades daqueles que estão no comando
das decisões.
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O que um profissional da
área de saúde deve saber
antes de abrir uma clínica
ou consultório?
A
pós pesquisar o mercado, planejar as finanças,
analisar as possibilidades, é hora de abrir o próprio
consultório ou então uma clínica. Mas diante de
todos os planos, o profissional depara-se com uma série
de siglas, planilhas, alvarás, livros, taxas e muitos outros
documentos, até então desconhecidos.
Para aqueles que não têm experiência em administração
de negócios ou contabilidade, esse primeiro momento da
abertura de um negócio pode parecer um bicho de sete
cabeças.
Para esclarecer as dúvidas frequentes ao abrir uma nova
empresa, o especialista em contabilidade Telmon Oliveira, da
Prolink Contábil (www.prolinkcontabil.com.br), afirma que a
parceria com um profissional especializado facilita e afasta as
dúvidas fiscais e contábeis de uma nova empresa.
Confira as dicas de Oliveira:
Não basta gostar do negócio a ser aberto, o empreendedor
deve ter conhecimento e saber se ele é viável para o bolso.
Assim, deve pensar se o empreendimento será lucrativo;
Avalie a concorrência e crie um diferencial, além de
manter um padrão excelente de atendimento;
Conheça todas as etapas financeiras, para que controle
receitas e despesas. Assim, o médico ou dentista consegue
saber quanto investir e em quais setores gastar ou não, além
de avaliar periodicamente o capital de giro, para não precisar
fazer empréstimos;
Treine seus funcionários para que eles entendam muito
sobre o consultório ou clínica;
Busque um especialista em contabilidade. Uma assessoria
competente irá cuidar dessa parte, que envolve impostos,
tributos e taxas. Além disso, uma boa parceria dará uma visão
maior e detalhada sobre o negócio, antevendo problemas
permitindo assim que o empreendedor possa se concentrar
em crescer e aumentar as receitas.
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Opinião
Um Congresso para fazer história
Desde o planejamento do 42º Congresso Brasileiro
de Análises Clínicas, nos propusemos a criar um marco
histórico, oferecendo conteúdo científico relevante,
incluindo temáticas relacionadas à gestão e abrindo portas
para a troca de ideias e possíveis soluções para equalizar os
problemas das Análises Clínicas no Brasil.
Esperávamos que o Congresso fosse um sucesso, mas
superou todas as nossas expectativas! Podemos contabilizar,
preliminarmente, a participação de quase 4.000 pessoas
envolvidas ao longo de todo o evento.
Somente na cerimônia de abertura foram mais de mil
ouvintes atentos aos discursos dos membros da mesa de
autoridades onde esses pontuaram, dentre as muitas
temáticas, a importante parceria entre Brasil e Portugal,
através do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
(INSA) com as principais instituições científicas brasileiras,
além da própria Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
(SBAC).
A programação científica conseguiu manter as salas
cheias e mostrou, por meio da grande integração dos
palestrantes internacionais, o quanto estamos alinhados
com os temas de doenças, pesquisas e gestão emergentes
no mundo. Foi abrilhantada com a Conferência Magna, no
último dia de congresso, proferida pelo Dr. Gonzalo Vecina
Neto, um grande pensador de larga experiência profissional
na área de administração em saúde.
A Exposição contou com 90 estandes, sendo uma
excelente oportunidade de negócios para expositores e
proprietários de laboratórios que participaram desta edição.
O evento também permitiu ótimos momentos de
networking e confraternização com intensa programação
social, iniciada com o Show Banda de Samba do Carlinhos
de Jesus na solenidade de abertura, a festa Flashback na
2ª feira e o happy hour animado pela apresentação de
ritmistas, passistas, Mestre Sala e Porta Bandeira da Escola
de Samba Acadêmicos do Salgueiro na 3ª feira.
Acreditamos que o 42º CBAC tenha sido um marco
com a apresentação deste novo momento da SBAC:
movimentando a classe para que esta cresça e possa
lutar de forma objetiva pelos seus direitos e constante
evolução, tanto do conhecimento e tecnologia, quanto
no atendimento à população, cada vez mais humanizado,
com foco na segurança e bem estar do paciente. O
Fórum “Sustentabilidade e Recuperação Econômica
dos Laboratórios de Análises Clínicas” não alcançou os
objetivos almejados deixando os 400 proprietários de
laboratórios presentes frustrados, já que, em parte do que
foi apresentado pelos palestrantes, não foi diferente do
que sabemos da realidade do país. No entanto, podemos
ressalta-lo como mais uma importante ação preocupada
com a sobrevivência da categoria, onde foi possível provar
o quanto a classe está unida com as atenções voltadas para
as problemáticas do ambiente econômico e político, e está
sedenta em busca de soluções.
Jerolino Lopes Aquino
Professor Titular de Parasitologia Médica da Faculdade de Ciências Médicas
da UFMT (Aposentado); Presidente da
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
(SBAC) 2015/2016; Presidente do Grupo
LCA-Laboratórios Clínicos Associados
(SP); Diretor Presidente do Laboratório
Carlos Chagas – Cuiabá/MT.
[email protected]
E nesse espírito de união, tivemos o privilégio de
lançar a proposta da Frente Parlamentar em Defesa dos
Laboratórios de Análises Clínicas, no dia 22/06, junto ao
Deputado Federal Ronaldo Nogueira, sendo bem recebida
pelos colegas e trazendo esperanças de que possamos ser
ouvidos pelo governo e seus órgãos regulatórios.
Agradecemos a presença de todos, o empenho dos
envolvidos e convidamos os colegas de Análises Clínicas
a continuar acompanhando e conhecendo nossas causas,
lutas e posições através do portal SBAC, que está sendo
reformulado para melhor navegabilidade e funcionamento
em plataformas móveis (smartphones e tablets), pelas
redes sociais e também pelo aplicativo, que já tem mais de
mil usuários ativos (downloads).
História
Biomédicos 40 anos - Barão de Mauá - Ribeirão Preto
U
ma carreira não se constrói num momento somente.
A nossa retrata boa parte de nossas vidas. Uma turma
de jovens entre 20 e 22 anos que em 1972 iniciava
uma carreira cuja profissão nem existia.
Acreditamos em nós, nas nossas famílias, na faculdade que
nos proporcionaria o substrato do qual fabricaríamos nossos
sonhos. E assim foi. Mesmo sendo a terceira turma de um curso
novo. Existiam somente quatro cursos de Biomedicina ou pouco
mais que isso no Brasil todo. Não deixamos que isso interferisse.
O vestibular era o mais concorrido do país. Chamava-se CESCEM
e dava acesso à USP, UNIFESP, Barão de Mauá e poucas outras
escolas.
Estudamos muito, tivemos sempre que possível o apoio
da faculdade, aprendemos muito, trabalhamos sempre com
perseverança. Vários professores liderados pelo diretor do curso,
o Dr Isac Jorge Filho, da Santa Casa de Ribeirão Preto na época,
compraram aquela causa conosco. Dedicavam-se e tinham em
nós o reflexo que os impulsionava. Alimentados pelo desejo de
realização, nos graduamos Biomédicos.
Foi uma trajetória árdua, disputas profissionais com
bioquímicos em busca de um lugar ao Sol. Conseguimos com
muito trabalho a regulamentação da profissão de biomédico.
Nossa atividade tem crescido e como um leque, se
expandido. Nossa turma completa neste ano 40 anos de
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graduação. Fizemos em 13 de junho um encontro cheio de
saudades e emoção. Reunimos 28 biomédicos, uma grande
festa. Muitos de nós nem nos reconhecíamos no semblante.
Trocamos muitas palavras que rememoravam nosso passado
e presente gloriosos. O professor Isac Jorge Filho e o professor
Luis Fernando Guimarães nos presentearam com suas vindas
para São Carlos, onde comemoramos essa jornada triunfante.
É com grande satisfação e uma grande honra marcarmos
nossa história e sabermos que com isso colocamos mais um
tijolinho na história da nossa profissão e dedicação à saúde das
pessoas.
Estamos felizes com o caminho que deixamos atrás de nós.
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Pesquisas
R
São promissoras as pesquisas com PCA3, marcador
específico de câncer de próstata
ealizada nos Estados Unidos e Brasil, pesquisa comandada pelos brasileiros Wadih Arap e Renata
Pasqualini, da Universidade do Novo México (EUA),
e Emmanuel Dias-Neto, do A.C.Camargo Cancer Center, desvendam como um marcador diagnóstico do câncer de próstata
pode apontar se um tumor é letal ou não, indicando terapias
mais eficazes no tratamento da doença.
Um estudo iniciado há mais de cinco anos no M.D.Anderson Cancer Center, em Houston, EUA, por um grupo de pesquisadores de diversos países, entre eles três brasileiros, acaba de ter suas conclusões publicadas em uma das principais
revistas científicas internacionais, o PNAS (Proceedings of the
National Academy of Science), mostrando o caminho para um
salto de grandes proporções no diagnóstico e tratamento do
câncer de próstata, o de maior incidência entre homens no
mundo todo, inclusive no Brasil.
Wadih Arap e Renata Pasqualini, hoje da Universidade do
Novo México, e a equipe de Emmanuel Dias-Neto, do A.C.Camargo Cancer Center, associados a pesquisadores do Instituto
Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer, de San Diego, Califórnia,
entre outros, mostraram in vitro e depois em camundongos,
que o PCA3 – um marcador específico de câncer de próstata
que acaba de ser aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) e em breve substituirá o já conhecido e inespecífico
PSA – interage com o gene PRUNE2 e proteínas presentes no
tumor tornando possível identificar seu grau de agressividade
e ajudaria a definir com precisão a melhor terapêutica para o
tratamento: cirurgia, quimio e/ou radioterapia, e em que dosagem.
Nos ensaios trazidos
no paper, os autores demonstram em modelos
animais o êxito em reduzir
o tamanho dos tumores
de próstata. “Vimos que
se aumentarmos a ação
da PRUNE2 os animais desenvolvem tumores menores. Desde que o PCA3 foi
aprovado pelo FDA é a primeira vez que uma função
como biomarcador clínico
foi descoberta”, destaca
Wadih Arap. O cientista
Webster Cavenee, diretor
do Instituto Ludwig de
Pesquisa sobre o Câncer
de San Diego (Califórnia) e co-autor do estudo, reforça que “a
descoberta representa a primeira compreensão dos mecanismos moleculares relacionados ao eixo PCA3/PRUNE2 no desenvolvimento do câncer de próstata humano”.
“A definição do papel de PCA3 no câncer de próstata agre-
ga valor à sua importância como marcador diagnóstico e, ainda mais importante, abre novos caminhos terapêuticos”, observa Dias-Neto. Segundo o
cientista, outras duas proteínas fazem parte do mesmo
complexo – P54 e ADAR1 – e
também podem ser valiosas
para a concepção de novas
estratégias terapêuticas. “Ao
desvendarmos um complexo
envolvendo três proteínas e
um RNA aumentamos tremendamente o nosso arsenal
de possíveis alvos terapêuticos para este câncer. O PCA3
é uma molécula específica e
muito relevante na gênese
do câncer de próstata, quando ela se associa a este novo
gene que suprime tumores
(PRUNE2) ocorrem alterações nos RNAs promovidas pelas proteínas associadas, o que
leva ao descontrole da multiplicação celular e ao câncer. Mostramos que se formos capazes de impedir a formação deste
complexo conseguimos combater o tumor de modo muito eficiente”, explica Dias-Neto.
Estudo brasileiro
Nova droga possibilita maior sobrevida à crianças com câncer incurável no cérebro
De acordo com pesquisa de médicos membros da
Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE),
pacientes pediátricos com glioma difuso intrínseco de ponte
- tumor raro no sistema nervoso central fatal, agressivo e
sem cura – tratados com a droga nimotuzumabe tiveram
bons resultados e alguns com sobrevida superior a dois
anos, desde o término do estudo. A maioria só resiste
por aproximadamente nove meses e menos de 10% dos
pacientes com a doença sobrevivem dois anos ou mais.
O estudo avaliou se o medicamento nimotuzumabe
(anticorpo monoclonal que age no receptor da célula
cancerígena, impedindo sua multiplicação), associado à
radioterapia traria benefícios às crianças brasileiras recém-
diagnosticadas com a doença. “É um grande avanço para o
tratamento da doença, que não tinha muitas perspectivas de
tratamento além da tradicional radioterapia, que tinha efeitos
em curto prazo. Além disso, o novo medicamento não causa
efeitos colaterais significativos, permitindo que o paciente tenha
melhor qualidade de vida”, explica Sidnei Epelman, investigador
principal do estudo brasileiro e membro da SOBOPE.
A pesquisa foi apresentada em Chicago, EUA, no dia 31
de maio durante o ASCO, congresso americano de oncologia
clínica - o mais importante congresso mundial de oncologia.
Para a presidente da SOBOPE, Teresa Fonseca, presente no
ASCO, iniciativas como essa devem ser estimuladas, pois no
Brasil há falta de investimento da indústria farmacêutica na
16
pesquisa sobre o câncer infantojuvenil. “Um dos motivos
pode ser pelo fato do grande investimento realizado em
medicamentos para adultos, já que a incidência de câncer
em crianças quando comparado ao número de adultos é
menor. Além disso, o Comitê Nacional de Ética em Pesquisa
(CONEP) é mais rigoroso quando se trata de crianças em
pesquisa”, declara.
A realização do estudo foi feita pelos oncologistas
pediátricos membros da SOBOPE Sidnei Epelman, Vicente
Odone Filho e Ethel Fernandes Gorender, além do patologista
Raphael Salles Medeiros e da pesquisadora Ludmila Martins.
Pesquisas similares foram conduzidas na Alemanha e no
Canadá.
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o mercado atual
A anemia é caracterizada como a redução
patológica da concentração de hemoglobina
circulante, causada por diferentes mecanismos
fisiopatológicos, uma das disfunções hematológicas mais comuns em idosos. As causas são
variadas, podendo ser deficiências nutricionais
(ferro, folato, vitamina B12), doenças crônicas e
inflamatórias, dentre outras.
CORONA L.P. et al (2014), analisando a ocorrência de anemia e fatores associados, na cidade
de São Paulo, encontraram uma prevalência de
7,7% dos idosos, estando associada à idade mais
avançada e com a ocorrência de doenças crônicas, percentagem que aumenta em idosos mais
longevos.
De acordo com o estudo, a maior prevalência de anemia em idosos deve-se a diferentes
mecanismos. Um deles é o aumento da de-
Prevalência de anemia em idosos
manda de eritropoietina, hormônio regulador
da eritropoiese. Em idosos saudáveis, há um
aumento dos níveis desse hormônio como mecanismo de compensação. Já naqueles com
algum comprometimento renal, a capacidade
de produção do hormônio diminui causando
anemia. A insuficiência renal crônica é uma das
principais complicações dos idosos diabéticos,
condição que leva à diminuição da produção
de eritropoietina com consequente desenvolvimento de anemia.
Também contribuem para a ocorrência de
anemia os casos de câncer no aparelho digestivo.
Essa patologia provoca sangramento frequente,
em muitos casos de modo imperceptível, levando ao desenvolvimento de anemia. Além disso,
durante o tratamento quimioterápico, há uma
menor resposta à eritropoietina.
A depressão também figura com uma das
causas de anemia na população idosa. A pessoa
deprimida perde o interesse na realização das
atividades diárias, com isso sua alimentação fica
prejudicada, facilitando o desenvolvimento de
anemia.
Com o envelhecimento populacional,
muito tem se trabalhado no cuidado com
essa faixa etária da população. A detecção
da anemia é fundamental, principalmente
quando associada a outras condições de saúde, para que seja realizado o tratamento com
consequente melhoria na qualidade de vida
dos idosos.
A Biotécnica, em sua linha de produtos, possui kits para determinação de Ferro, Ferritina,
Transferrina e Capacidade de Fixação de Ferro,
utilizados no monitoramento clínico das anemias
Eletroforese de Hemoglobinas - automação completa
em gel de agarose
O sistema de eletroforese
Interlab G26 apresenta mais
uma revolução na eletroforese em gel de agarose. Compacto, “walk-away” e flexível
já são as palavras que descrevem este sistema inovador,
mas agora esta descrição é
complementada por: Totalmente automatizado, desde a
hemólise até a leitura das eletroforeses de hemoglobinas.
Todos sabemos que o
processo de hemólise para
a execução da eletroforese
de hemoglobinas requer tempo, pipetas
calibradas e consistência na pipetagem, aumentando o custo laboratorial e as chances
de trocas de amostras, que representam um
sério risco.
O Interlab G26 traz a solução.
Graças ao seu sistema de pipetagem ex-
clusivo, as amostras devem ser apenas lavadas com solução fisiológica diretamente no
tubo primário e inseridas no sistema através
da rack de amostras.
Com um simples “START” o sistema executará todo o processamento a partir do tubo
primário, com leitura dos códigos de barras,
hemólise feita pelo próprio equipamento de
maneira completamente automatizada, aplicação nos géis, migração, coloração, descoloração, secagem e leitura. Tudo isso com a
menor intervenção do operador disponível
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gel de agarose, sem acessórios acoplados e,
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diagnóstico quantitativo e qualitativo.
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20
ferroprivas. Também, para o diagnóstico e acompanhamento de diabetes, fazem parte os kits de
Glicose, Frutosamina e HbA1c.
Referência bibliográfica:
CORONA, L.P, DUARTE, Y.A.O; LEBRÃO, M.L.
Prevalência de anemia e fatores associados em idosos: evidências do Estudo SABE. Rev. Saúde Pública,
2014; 48 (5): 723-731.
Baby Ferreira
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Comparação do primeiro
sistema totalmente
automatizado de eletroforese
em gel de agarose com
o método de eletroforese
capilar para identificação de
imunoglobulinas monoclonais
Valeria Sargentini · Mariadomenica D’Alessandro
· Antonio Angeloni · Alessandra Bachetoni
Ricevuto: 5 de novembro de 2014 / Accettato: 27 de
novembro de 2014 © Springer-Verlag Italia 2014
Resumo: A eletroforese de proteína sérica
(SPE), usada para identificar gamopatias monoclonais, é geralmente realizada usando-se o gel
de agarose de “padrão ouro” como suporte para
migração (AGE). No entanto, independente de ser
semiautomática, essa técnica de eletroforese permanece intensa em termos de trabalho, o que significa que o desempenho analítico e o rendimento
são limitados. Assim, a eletroforese capilar (CE)
totalmente automatizada, que possibilita a separação rápida, foi adaptada para uso em laboratórios clínicos na última década [1–5]. Quaisquer
anormalidades qualitativas que sugiram a detecção de imunoglobulina monoclonal por AGE ou CE
são posteriormente analisadas por eletroforese de
imunofixação (IFE), para confirmar a presença de
ligações monoclonais e identificar o tipo de componente monoclonal (MC) [6].
A fim de aumentar o rendimento, uma técnica de AGE inovadora totalmente automatizada
- Eletroforese em Gel de Agarose no sistema Interlab G26 com Easy fix (Interlab, Roma, Itália) foi
lançada recentemente, para ser usada com kits
de IFE projetados com finalidade.
V. Sargentini A. Bachetoni
Patologia Clínica, Departamento de Medicina
Experimental, Universidade Sapienza de Roma,
Viale del Policlinico 155, 00161 Rome, Itália
e-mail: [email protected]
M. D’Alessandro
Patologia Clínica, Departamento de Cirurgia,
Universidade Sapienza de Roma, Itália
A. Angeloni
Patologia Clínica, Departamento de Medicina
Molecular, Universidade Sapienza de Roma, Itália
O Interlab G26 com Easyfix é o único sistema
de eletroforese em gel de agarose do mercado que
permite a execução da imunofixação de maneira
completamente automatizada. Executando a leitura dos códigos de barras do tubo primário, diluição
e pipetagem das amostras, aplicação de amostras,
pipetagem de antissoros e tratamento final do gel
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21
Cont. da pág. 06
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22
23
24
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o mercado atual
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Molecular.
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real (Sondas FAM/VIC), e os seus reagentes
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A importância do BNP na Insuficiência Cardíaca
O peptídeo natriurético do tipo B (BNP) é
hormônio liberado pelos ventrículos sempre
que o coração sofre agressão, seja ela crônica ou
aguda, na tentativa de compensar os sistemas
vasoconstrutores que são ativados nessas situações.
O BNP apresenta um importante valor preditivo negativo para excluir diagnóstico de insuficiência cardíaca (IC) em pacientes com dispneia
aguda e tem grande valor prognóstico não só no
contexto da IC, mas em uma gama de situações
cardiovasculares, inclusive na população em geral, em indivíduos assintomáticos.
O BNP tem meia-vida curta, sendo portanto,
uma molécula mais dinâmica, sofrendo menos
influência da função renal e com valores de cortes independente da idade, o que facilita sua interpretação quando comparada com a molécula
NT-proBNP.
Desde 2012, a Sociedade Brasileira de Car-
diologia enfatiza a importância da dosagem de
BNP para o diagnóstico da Insuficiência Cardíaca,
prognóstico da mesma e recomenda seu ponto
de corte / interpretação. Além disto, inúmeras
são as publicações que demonstram o benefício
do custo efetividade deste biomarcador, reduzindo o custo do tempo de internação e custo
terapêutico.
Ruptura do pro-BNP e liberação na circulação das moléculas
o BNP (forma ativa) e NT-pro-BNP (forma
inativa).
< 100pg/ml
Descarta Insulficiência Cardíaca (IC)
100 - 400pg/ml
Valores nesta faixa devem ser avaliados com
cautela juntamente com achados clínicos. Ou-
tras doenças elevam os níveis de BNP, como a
Isquemia Miocárdica, Fibrilação Atrial, Embolia
Pulmonar, Hipertrofia Ventricular Esquerda, Insulficiência Renal, Idosos Normais.
> 400pg/ml
Provável Insuficiência Cardíaca
Esta interpretação é válida quando o Clearence de Creatinina fod >60ml/min.
REFERÊNCIAS:
ATUALIZAÇÃO DA DIRETRIZ BRASILEIRA DE
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA. Volume
98, nº 1, Supl. 1, Janeiro 2012. Villacorta Junior
et. al.BNP em Pacientes com Insuficiência Cardíaca: não usar mais nem menos. Rev SOCERJ.
2008; 21 (5); 335-337. Villacorta Junior et. al.
Aplicações clínicas do Peptídeo Natriurético
tipo B. Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 86, nº 4, Abr. 06.
Os equipamentos e reagentes comercializados no Brasil estão devidamente registrados.
Para obter a relação completa, contate-nos:
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punção, possibilitando a detecção de válvulas e
bifurcações, bem como a visualização do fluxo
sanguíneo, a liberação de fluídos intravenosos
e hematomas. Algumas das suas características:
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Prevenir é sempre melhor do que remediar
A mais nova combate a Herpes zoster, infecção viral
que provoca feridas na pele, geralmente, acompanhada
de dor intensa. Alguns conhecem a doença como
cobreiro. Pode atingir qualquer parte do corpo, mas é
mais frequente no tronco e no rosto. Causada pelo vírus
varicela-zoster, o mesmo da catapora, acomete pessoas
que tiveram a doença em algum momento da vida e
ficaram com o vírus adormecido no corpo. Anos mais
tarde, esse vírus pode reativar na forma dessa doença
dolorosa e de longo tratamento. A vacina diminui as
chances de ter o problema.
Essa vacina é aplicada na gordura do braço, o famoso
‘tchauzinho’, dói pouco e, no mês seguinte à aplicação,
não se pode tomar outras vacinas e nem ter contato com
grávidas e pessoas com a imunidade comprometida.
Não está disponível no sistema público de saúde e, nas
clínicas particulares, em média, custa R$ 400, o que não
é barato, mas frente às dores e à eventual necessidade
de internação, vale a pena.
Outra vacina recomendada para senhores e senhoras
é a pneumocócica, aliada no combate de algumas
doenças, como pneumonia e meningite. Está disponível
no sistema público de saúde para idosos e, nas clínicas
particulares, custa em torno de R$ 200. É intramuscular e,
por uma semana, o local fica bem dolorido.
A mais conhecida é da gripe, que já se comprovou
sua eficiência. Oferecida nos postos de saúde combate o
vírus do ano e, nas clínicas particulares, em geral, ‘mata’
mais vírus e custa em torno de R$ 80. A vacina da gripe
vale a pena, principalmente, porque idosos ou pessoas
com doenças crônicas podem ter complicações e chegar à
pneumonia.
Existem outras vacinas que podem ser úteis para
pessoas com mais de 50, como a da Febre Amarela, se
morar ou viajar para um local onde a doença é prevalente,
mas, assim como outras, é importante conversar com o
médico para avaliar benefícios e riscos.
As vacinas pneumocócicas e Herpes zoster só são
aplicadas com indicação médica. Portanto, é preciso uma
avaliação e, se indicadas, obter receita. Existem vacinas que
deveriam ter sido tomadas na infância e que, se não foram,
podem ser aplicadas na vida adulta, mas, de novo, cabe ao
médico avaliar benefícios e indicações. Pessoas alérgicas
aos componentes de qualquer vacina não deve tomá-la e,
26
mais uma vez, só o médico pode avaliar.
Algumas vacinas não oferecem proteção total, com
isso, a pessoa, mesmo vacinada, pode desenvolver a
doença. Muitas têm período de proteção restrito, 7 ou
10 anos, e aí tem que se tomar novas doses para manter
a proteção. Existem vacinas em dose única ou em várias
doses, também há polêmicas quanto à idade ideal para
aplicação, 50 ou 60 anos, e se vale a pena aplicar em
quem teve essas doenças, tudo isso pode ser esclarecido
por médico.
27
2015
JULHO
MEDTRONIC ABRE INSCRIÇÕES PARA O PRÊMIO
BAKKEN INVITATION 2015
A Medtronic anunciou hoje que está buscando candidatos para o Bakken Invitation 2015, um programa global
que homenageia e conecta pessoas que superaram problemas de saúde com a ajuda de tecnologias médicas e
hoje atuam ativamente em suas comunidades de forma
generosa e altruísta.
Nesta terceira edição, o Prêmio Bakken Invitation vai homenagear 10 pessoas inspiradoras, que usam sua “vida
extra” – conquistada graças às tecnologias médicas – para
servir outros. Cada homenageado vai ganhar uma verba
beneficente de US$ 20.000, a ser direcionada para a organização sem fins lucrativos de sua escolha, além de uma
viagem para o evento de comemoração no Havaí com o
cofundador da Medtronic, Earl Bakken.
As inscrições para esta edição do prêmio serão aceitas até
31 de julho de 2015. Para se inscrever ou nomear alguém,
acesse www.LiveOnGiveOn.org. Um comitê de seleção
vai revisar todas as inscrições e os candidatos serão notificados em setembro. As inscrições deverão ser realizadas
em inglês.
AGOSTO
Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia - CBAEM 2015
Data: 11 a 14
Local: Centro de Convenções Vitória - Vitória/ES
Informações: www.cbaem2015.com.br
XXII Congreso Latinoamericano de Bioquímica
Clínica
Data: 24 a 26
Local: Quito - Equador
Informações: [email protected]
www.sebiocli-ec.org
49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial
Data: 29/09 a 2/10
Local: Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza/CE
Informações: tels. (21) 3077.1400
mailto:[email protected]
www.cbpcml.org.br
OUTUBRO
28º Congresso Brasileiro de Microbiologia - 2015
Data: 18 a 22
Local: Centro Sul- Centro de Convenções de Florianópolis - Florianópolis/SC
Informações: tels. (11) 3037.7095 / 3813.9647
[email protected]
www.sbmicrobiologia.org.br
13º CFBMG
O Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais realiza o 13º Congresso de Farmácia e Bioquímica de Minas
Gerais (CFBMG), que será em Belo Horizonte, de 27 a 29
de agosto de 2015.
Trata-se de um dos maiores eventos farmacêuticos do
País, com a abordagem de diversas áreas de atuação da
Farmácia de forma multiprofissional. O 13º CFBMG
contará com divulgação nacional e terá participantes de
vários estados do Brasil, além de palestrantes renomados
nacional e internacionalmente. Inf: 55 31 3218-1026
NOVEMBRO
HEMO 2015
O Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia
e Terapia Celular (Hemo), promovido pela Associação
Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), terá a edição de 2015 em São Paulo, entre os
dias 19 e 22 de novembro, no Transamérica Expo Center,
Avenida Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo
Amaro.
Hemo 2015
Realização: ABHH - Organização: ABHH Eventos
Data: 19 a 22 de novembro
Local: Transamérica Expo Center – São Paulo – SP
Site oficial: www.hemo.org.br
XIX Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto
2015)
Data: 26 a 29
Local: Serra Park - Gramado/RS
Informações: tel. (51) 3086.9100 / Fax: (51) 3086.9101
www.ccmew.com
www.infecto2015.com.br
Congresso Internacional do Grupo CLAHT
Data: 27 a 29 de agosto de 2015
Local: AmCham – Rua da Paz, 1.431 - São Paulo - SP
Programação e mais informações: www.claht2015.com
SETEMBRO
Analítica Latin America - Feira Internacional de Tecnologia para Laboratórios, Análises, Biotecnologia e
Controle de Qualidade
Data: 22 a 24
Local: Transamérica Expo Center - São Paulo/SP
Inf.: tel. (11) 3205.5000 www.analiticanet.com.br
Congresso Brasileiro de Patologia discute paradigmas
da especialidade em São Paulo
O Congresso Brasileiro de Patologia, promovido
pela Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), chega
a sua 30ª edição trazendo a vanguarda da especialidade para discutir o tema Patologia: Novos Paradigmas para o Avanço da Medicina. O evento será
realizado em São Paulo entre 29 de outubro e 1º de
novembro. As inscrições podem ser realizadas com
preços promocionais até 30 de junho, pelo site: congressodepatologia.org.br.
“Um dos principais eixos presentes nas mesas, seminários e trabalhos apresentados será a medicina
especializada, na qual a anatomia patológica atua de
forma decisiva na condução diagnóstica e prognóstica dos pacientes”, explica a presidente do Congresso, Sueli Aparecida Maeda Pereira.
O evento também contemplará temas presentes no
cotidiano da profissão, como a gestão laboratorial
e o ensino da patologia, propondo modificações
curriculares e discutindo o déficit de novos especialistas. Segundo Sueli, a reunião de profissionais no
Congresso Brasileiro de Patologia propiciará oportunidade para estabelecer novas políticas de ensino,
voltadas para o incentivo na formação de mais patologistas no Brasil.
Além das discussões, a programação extensa de mesas, palestras e cursos abordará especialidades como
dermatopatologia,patologia mamária, uropatologia
e patologia ocular, entre outras. Sobre as participações internacionais, estarão presentes profissionais e
pesquisadores que atuam em países como Inglaterra,
Canadá, Estados Unidos, França, Portugal, Alemanha, Itália, Uruguai e Argentina.
Programação e mais informações: congressodepatologia.org.br
XXX Congresso Brasileiro de Patologia
Data: 29/10 a 1º/11
Local: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo/SP
Informações: tel. (11) 5080.5298 - www.sbp.org.br
Data: 22 a 24 de Outubro
Local: Unesp-Botucatu-SP
Informações: tel. (14)
3880-0857
[email protected]
Instagram: @enbmoficial
face: Encontro Nacional
de Biomedicina
www.enbm.com.br
28
Público-alvo - multiprofissional, além dos hematologistas e hemoterapeutas, o Hemo 2015 reunirá
durante quatro dias odontólogos, farmacêuticos,
psicólogos, enfermeiros, biomédicos, gestores de hemocentros, entre outros profissionais de áreas correlatas e representantes de esferas governamentais da
saúde.
9º Congresso Regional de Análises Clínicas
do Centro-Oeste
2º Congresso de Biomedicina do Centro-Oeste
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29
30
31
Opinião
“
Pesquisa da Abranghe
“Quando a dor fala mais Alto”
Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e
direito. São dotados de razão e consciência e devem agir
em relação aos outros com espírito de fraternidade.” (
Artigo 1º da Declaração dos Direitos Humanos, promulgada em
1948, logo após o término da 2ª Guerra Mundial.
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no Brasil a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade.
(Artigo 5º, Capítulo I da Constituição Brasileira de 1988, a chamada Constituição Cidadã)
Dois conceitos semelhantes, escorreitos e humanitários, mas
infelizmente não praticados no mundo atual, o qual se torna cada
vez mais desigual e violento
A intolerância e a violência já fazem parte da vida da sociedade contemporânea e se manifestam, muitas vezes, de formas
terríveis e irracionais. Tragédias acontecem por motivos banais,
deixando a vítima e seus familiares com marcas indeléveis.
Acontecimentos recentes ilustram bem essas violências:
Uma garota de 11 anos caminhava, com familiares por uma
avenida do Rio de Janeiro, com trajes de Candomblé, ela desmaiou ao ser atingida na cabeça por uma pedra, atirada por homens que gritavam: “Sai demônio, vão queimar no fogo do inferno, macumbeiros”.
Certamente a dor, a insegurança e o medo passaram a fazer
parte da vida dessa família.
Instintivamente, lembrei-me de uma peça teatral de Dias
Gomes, encenada em São Paulo, nos anos 70, “O Santo Ofício”
que conta a estória de uma jovem condenada, por feitichismo, a
ser queimada viva. Provando que no Brasil Colônia, a “Inquisição”
também fez suas vítimas.
É incrível que em pleno século XXI ocorram fatos tão abomináveis e preconceituosos similares aos da “Inquisição”.
Dia desses, um americano Dylann Roof matou 9 negros numa
igreja da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Antes de realizar a
matança ele colocou na “Internet” um manifesto defendendo a
superioridade da raça branca.
De acordo com o FBI, 50 em cada 1 milhão de negros americanos foram alvo de crimes de ódio no país em 2012, sem se
saber o porquê de tanto preconceito. É a intolerância, a injustiça
Ligia Maria Mussolino
Camargo
Sócia da empresa Décio
Camargo Ltda, professora
de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da
Academia
Santarritense de Letras
[email protected]
espalhando terror pelo continente.
Outro acontecimento desumano, grotesco ocorreu há 15
dias em uma pequena cidade do Piauí, o estupro coletivo. Quatro
adolescentes entre 15 e 17 anos foram espancadas, apedrejadas,
estupradas, amarradas e jogadas de um penhasco de 8 metros de
altura. uma delas faleceu. Entre os suspeitos estão um ex-presidiário de 40 anos e quatro adolescentes.
De acordo com estatísticas o Brasil tem pelo menos um caso
semelhante de agressão ,em grupo por hora, em 70% das vezes,
como este do Piauí; a vítima é menor de idade. Algo estarrecedor
e dolorido!
Como nós, chamados humanos, nos sentimos diante de tanta
violência e crueldade? Violência que ultrapassa qualquer raciocínio e nos torna cada vez mais individualistas, quando deveríamos
ser mais unidos e solidários.
Soluções?
Existem, e passam obrigatoriamente pela família, uma família
bem estruturada, que consiga passar a seus membros valores nobres e perenes, constitui uma luz a guiar seus rebentos.
Em seguida, vem a Educação e aí a participação da Família é
indispensável, especialmente na primeira infância, quando a personalidade da criança está em formação. Não há ação de maior
retorno em educação do que a voltada para a criança e não existe
melhor estratégia para diminuir a desigualdade social e econômica do que investirmos na educação infantil.
Norteando a vida dos seres humanos, o Amor em seu sentido
mais amplo e sublime, como o Mestre nos ensinou há mais de
2.000 anos
“Amai ao próximo como a ti mesmo.”
32
Diagnóstico de doença rara
demora mais de 15 anos
para 40% dos pacientes
Um levantamento da Associação Brasileira de Portadores
de Angioedema Hereditário (Abranghe) mostra a peregrinação e
dificuldade encontradas pelos pacientes acometidos pela doença
genética rara, que registra 900 casos no Brasil. Um dos principais
dados da amostra indica que 41,2% dos pacientes demoram,
no mínimo, 16 anos para descobrir a deficiência, sendo que
10,2% precisam esperar mais de três décadas, e apenas 12,2%
diagnosticam em menos de 12 meses.
O trabalho também analisou a opinião dos pacientes em
relação ao grau de conhecimento dos profissionais de saúde
na hora do atendimento. Segundo o levantamento, mais de
60%, incluindo hospitais públicos e privados, desconhecem o
angioedema hereditário, o que dificulta o encaminhamento e,
consequentemente, o diagnóstico.
As crises incapacitantes típicas da doença, que causam dores
abdominais, com potencial de cinco dias de duração e podem levar à
morte, também foram abordadas na avaliação. Para a grande maioria
dos entrevistados (78,9%), os episódios foram desencadeados por
questões ligadas ao aspecto emocional, como estresse e ansiedade.
“O levantamento traduz o cenário que encontramos diariamente na
associação: demora no diagnóstico e desconhecimento. Além disso,
tem o caso do paciente diagnosticado e sem tratamento, devido
ao atraso na entrega da medicação”, explica Raquel de Oliveira
Martins, vice-presidente da Abranghe.
Apesar de não ter cura, os tratamentos atuais podem minimizar
o impacto da doença. “Os inchaços causados pelas crises acometem
os tecidos cutâneos das extremidades, face, genitais, membranas
mucosas do trato intestinal, laringe e outros órgãos internos,
podendo levar o indivíduo à morte por asfixia”, esclarece a médica
Anete Grumach, especialista em alergia e imunologia.
Angioedema hereditário - O angioedema hereditário é uma
das deficiências genéticas mais comuns do sistema imunológico. A
doença é caracterizada por crises com inchaços que duram cerca de
cinco dias e podem ser causadas por traumas, estresse, mudança
de temperatura e exercício físico. Em geral é doloroso, desfigurante
e pode levar à morte.
O diagnóstico correto é essencial para o tratamento eficaz e a
redução do risco de morte durante as crises. É importante distinguir
o angioedema de uma crise alérgica comum. Ainda não há cura para
o AEH, mas existem opções de tratamento que visam dar rápido
alívio nas crises e prevenir os sintomas.
FONTE Associação Brasileira de Portadores de Angioedema Hereditário (Abranghe)
33
Artigo
O
Três novidades sobre a rotulagem de transgênicos
Projeto de Lei da Câmara 34/2015, que pretende implementar alterações à normativa
para rotulagem de transgênicos no Brasil, foi
recentemente aprovado pelo Plenário da Câmara dos
Deputados, depois de receber 320 votos a favor. Agora,
encontra-se em fase de apreciação pelo Senado Federal.
A intenção é ajustar a normativa de biossegurança vigente (Lei 11.105/2005 e o Decreto 4.680/2003),
que determina que o rótulo dos produtos constituídos por quantia superior a 1% de material geneticamente modificado deve mencionar, além da indicação de que se trata de um organismo transgênico ou
de um produto que o contenha, a espécie doadora
do gene utilizado no sistema de transformação genética no local reservado para a identificação dos ingredientes, assim como um símbolo e uma expressão
que indique a presença do ingrediente transgênico. A
Portaria 2.658/2003 definiu como símbolo a ser utilizado a letra “T” localizada no centro de um triângulo
amarelo.
Há três razões principais pelas quais o Projeto de Lei
da Câmara 34/2015 se mostra coerente. Em primeiro lugar
porque, caso seja definitivamente aprovado e o seu conteúdo entre em vigor, teremos uma regulamentação mais
concisa e precisa, sem inúmeras remissões normativas.
34
Bruno Tanus*
A rotulagem de transgênicos seria regulada, basicamente, pelo artigo 40 da Lei 11.105/2005, que passaria
a especificar todos os requisitos para que produtos que
contenham ou sejam produzidos a partir de organismos
geneticamente modificados (OGM) sejam devidamente
identificados.
Em segundo lugar, porque a obrigatoriedade do
uso do triângulo exclamativo (utilizado, inclusive, pela
normativa ISO para indicar “perigo”) seria eliminada.
A atual simbologia, que remete a um sinal de alerta,
é inapropriada, visto que os produtos transgênicos colocados à disposição do consumidor e, portanto, passiveis de rotulagem, tiveram a sua segurança devidamente comprovada em todas as fases dos processos
de autorização necessários. Um aviso exclamativo no
rótulo de um produto que circula no mercado não deveria servir de solução para eventual questão relacionada à segurança alimentar. Além disso, o símbolo com
o “T” não contribui para assegurar aos consumidores o
direito à informação adequada, correta, clara e precisa, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor, já que pode, inclusive, induzir à crença de que
se tratam de produtos “perigosos”. Essa avaliação está
amparada pela pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos
com uma amostra de mil pessoas em 70 cidades das
cinco regiões brasileiras. O levantamento revelou que
69% dos entrevistados não sabiam do que se tratava o
triângulo amarelo indicativo de alimento transgênico,
14% associaram o símbolo a um sinal de trânsito e 9% o
entenderam como sinal de perigo.
Em terceiro lugar, em virtude da exclusão da indicação da espécie doadora do gene ao transgênico. A
justificativa é que pouco ou nada significa para o consumidor médio saber que o sistema de transformação
genética aplicado ao transgênico foi mediado por Agrobacterium tumefaciens, Arabidopsis thaliana, Bacillus
thuringiensis ou Streptomyces viridochromogenes. Os
nomes científicos dessas espécies, todas bastante conhecidas por quem trabalha em pesquisa na área, não
contribuem para informar o público leigo, mas pode,
sim, deixá-lo ainda mais confuso.
É importante ressaltar que o Projeto de Lei da Câmara 34/2015 aproxima a normativa brasileira da regulação para rotulagem de transgênicos vigente em nível
internacional. Além disso, a eliminação do triângulo exclamativo e da indicação da espécie doadora do gene
não resulta no fim da rotulagem dos alimentos que
contenham ou sejam produzidos a partir de OGM. A informação continuaria disponível aos consumidores nos
rótulos, porém de forma clara e objetiva com a expressão “transgênico” ou “contém ingrediente transgênico”.
Por fim, cabe lembrar que a rotulagem de alimentos
transgênicos e seus derivados é uma questão que está
relacionada com o direito à informação, aspecto que
continuaria a ser garantido pela nova normativa. Questões relacionadas à biossegurança desses produtos,
para alimentação humana, animal ou para o meio ambiente são anteriores e já foram devidamente avaliadas
pelos especialistas da Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio). Essas avaliações de segurança
seguem padrões internacionais definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização das
Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/
ONU), entidades que já manifestaram apoio à biotecnologia agroalimentar.
* Advogado, Doutor em Direito Público pela Universidade
de Salamanca (Espanha) e Doutor em Estudos Jurídicos Comparados e Europeus pela Universidade de Trento (Itália), e Conselheiro do CIB (Conselho de Informações sobre Biotecnologia).
35
Saúde
A
“Dietas restritivas são ineficientes em longo prazo”,
alerta o endocrinologista Luciano Negreiros
busca pela dieta perfeita entre quem busca perder
peso e manter uma vida saudável pode ser uma longa
trajetória. “Apesar de resultados de fato existirem,
essas dietas utilizam um método chato, burro e que enjoa”,
destaca o endocrinologista Luciano Negreiros. Com três livros
publicados sobre educação e conscientização alimentar, Luciano
defende que a alimentação precisa ser pensada como saúde, e
não apenas como um método para emagrecer.
Segundo ele, as dietas restritivas podem até apresentar
redução de peso, mas são insustentáveis em longo prazo e não
conseguem manter uma reeducação alimentar sólida. “Não
gosto da ideia de dieta e regime, que você faz por um curto
período e não consegue manter de forma saudável por longos
períodos”, ressalta o médico.
Luciano lembra que a dieta restritiva até pode fazer
sentido para quem está em um tratamento médico e que
precise perder peso rapidamente, mas isso deve ser feito
com o acompanhamento médico e profissional sob o risco de
haver deficiências nutricionais na alimentação. “Geralmente
fica uma dieta monótona, que não consegue ser seguida num
longo prazo. O ideal é a reeducação alimentar, onde a pessoa
consegue, além de mudar o corpo, mudar a cabeça, que é o mais
importante”, destaca.
Além disso, ele destaca que para muitos pacientes essas
dietas, que vilanizam determinados alimentos ou ingredientes,
podem trazer riscos nutricionais, como uma baixa de energia
numa dieta pobre em carboidratos, ocasionando fraqueza. O
endocrinologista lembra que qualquer dieta deve ser elaborada
de forma individualizada e com orientação profissional. “Se a
dieta for feita por conta própria e sem um acompanhamento de
sangue e dosagem de nutrientes, em longo prazo, a pessoa pode
apresentar outras deficiências nutricionais que podem levar a
problemas de saúde”, alerta.
“O tratamento que tem resultado bom e no longo prazo é
aquele que faz um balanceamento nutricional de carboidratos,
proteínas e inclusive gorduras, já que as gorduras saudáveis
também são importantes e prioritárias numa dieta”, destaca.
Um dos maiores problemas destacados pelo endocrinologista
é o grande modismo que há com dietas do momento, como as
atuais dietas sem glúten, sem lactose e até sem carboidrato. Para
Negreiros, não há necessidade de tomar medidas tão radicais.
“O mundo está criando uma gama de pacientes intolerantes à
lactose e ao glúten”, alerta Negreiros ao ressaltar que muitas das
pessoas que aderem a essas dietas sequer teriam necessidade
de abrir mão destes alimentos para emagrecer.
Doenças em períodos mais frios vão além de gripes e resfriados
Durante o inverno, é comum o relato de doenças que
atingem as vias respiratórias. Mas, de acordo com a médica
Ligia Raquel Malheiro de Brito, clínica geral do Complexo
Hospitalar Edmundo Vasconcelos, os incômodos vão além de
gripes e resfriados. “No frio, costumamos transpirar menos
e ingerimos menor quantidade de água e outros líquidos,
o que levam ao ressecamento e à descamação da pele e,
principalmente, dos lábios”, alerta.
A médica revela ainda que as pessoas que sofrem de
artrites reumatoides e de outros problemas relacionados às
articulações também podem ser afetadas. “Devido às baixas
temperaturas, as pessoas ficam mais encolhidas e tensas, o
que leva a contração muscular. Dessa forma, quem possui
qualquer doença articular ou muscular fica com mais dor.”
Outro ponto de atenção é o aumento nos casos de asma,
bronquite e alergias respiratórias. “Isso porque o frio e o tempo
seco favorecem a proliferação de vírus e bactérias, tanto por
meio do ar quanto por contato. Se levarmos em conta as chuvas
em algumas regiões, há uma tendência maior de as pessoas
fecharem as janelas e se aglomerarem, o que aumenta a
contaminação e disseminação de germes.”
Para evitar alguns problemas, a Dra. Ligia seleciona as
principais dicas. Confira abaixo:
Antes do inverno, procure tomar vacinas contra as
doenças da estação. No outono, por exemplo, são oferecidas
vacinas contra influenza (gripe) e, para populações de risco, a
36
vacina pneumocócica – que previne contra alguns tipos de
pneumonia, otite, sinusite e meningite;
Lembre-se de se alimentar de maneira adequada,
acrescentando frutas verduras e legumes que melhoram a
imunidade;
No caso do frio, proteja-se com roupas confortáveis e
pratique atividade física para o aquecimento das articulações;
Mantenha os ambientes em que você estiver, como casa,
trabalho e transporte público, ventilados, sempre que possível;
Lave as mãos com frequência, principalmente após tossir
ou espirrar. Se possível, evite tocar mucosas de olhos, nariz e
boca.
Site: www.hpev.com.br
37
N ovidades e Prioridades
You Care
WAMA DIAGNÓSTICA
Trabalho inédito sobre Engajamento Médico durante o Empathy
and Innovation Summit (Empatia e
inovação)
Investimento de um milhão de Francos Suíços, em nova
unidade de pesquisa e desenvolvimento na Suíça, para
atender o mercado Latino Americano e Europeu
A empresa Wama Diagnóstica, fundada em 1991, é especializada em pesquisa, desenvolvimento e produção de kits
e reagentes para diagnóstico laboratorial, em especial imunodiagnóstico. Seus produtos são utilizados por laboratórios e
hospitais em todo o território nacional e da América do Sul.
No Brasil, ela foi pioneira na detenção da tecnologia para
a fabricação de testes imunocromatográficos (Ensaio de Fluxo
Lateral) e, de produção de tiras de urina, atualmente, inicia
uma nova etapa de grande importância para o desenvolvimento de produtos inovadores, e anuncia a abertura da filial sediada na Suíça chamada WAMA Diagnostics (Switzerland) Sàrl.
Esta empresa está sendo estabelecida no Cantão do Valais
sitiada na cidade de Monthey no Parque Tecnológico BioArk.
Local de tecnologia especializado em Ciências da Vida. Ele abriga empresas já estabelecidas e, também, startups no campo de
Biotecnologia e DiagnósticoIn Vitro (IVD), tem como objetivo
principal o desenvolvimento de produtos inovadores na área
de IVD e, investirá 1 milhão de Francos Suíços no seu primeiro
projeto que deve se estender por 2 anos. Após o desenvolvimento destas novas tecnologias, elas serão transferidas para a
unidade do Brasil, onde serão fabricados e comercializados os
produtos oriundos dela. As inovações serão desenvolvidas em
colaboração com pesquisadores do “Instituteof Life Technologies” da UniversityofApplied Sciences Western Switzerland,
localizada em Sion, capital do Cantão de Valais. Este investimento vem reforçar a estratégia de promover inovações tecnológicas e, ao mesmo tempo, de internacionalizar a empresa
o que proporcionará alcançar novos mercados com produtos
que melhor atenderão seus clientes.
www.wamadiagnostica.com.br
Estudo Inédito
U
Considerado o maior evento do mundo sobre experiência
do paciente, o evento Empathy and Innovation Summit (Empatia e inovação), organizado pela Cleveland Clinic, aconteceu
nos dias 17 a 20 de maio,no Centro de Convenção de Cleveland, Ohio. Estiveram presentes cerca de 3.500 participantes
dos Estados Unidos e outros internacionais como Japão, Turquia, Inglaterra e, para representar o Brasil, Daniela Camarinha, sócia diretora da You Care, empresa de marketing estratégico e acesso ao mercado de saúde, foi a única da América
Latina que teve seu trabalho aprovado para exposição cujo
tema central foi “A utilização de uma ferramenta online para
engajamento do médico”.
Durante a Conferência dedicada a melhorar a experiência
do paciente nas organizações de saúde sob o ponto de vista da
empatia e inovação. Os participantes tiveram a oportunidade
de ouvir e debater como a experiência acontece, a importância
da comunicação nesse contexto e a necessidade de ser ter um
engajamento médico antes de qualquer iniciativa.
O único trabalho da América Latina, aprovado e apresentado, foi liderado por Daniela Camarinha e mostrou a experiência no Brasil em aplicar uma ferramenta capaz de engajar
por um período relativamente curto, 2600 médicos de uma
importante operadora de saúde. O objetivo do trabalho foi
compreender como o engajamento acontece para que novas
iniciativas com foco na melhoria da experiência sejam desenvolvidas.
Segundo a executiva, o uso da tecnologia, através de uma
plataforma online, no envolvimento do profissional da saúde
quando é utilizada de forma correta apresenta resultados positivos. Sua apresentação demonstrou o resultado do uso da ferramenta online, capaz de agilizar o processo de comunicação
entre médicos e planos de saúde, considerado um desafio em
função do grande número de prestadores de serviços e a dificuldade de se manter uma comunicação fluente e frequente.
Mais do que isso, engajar o médico em assuntos de interesse
comum e entender a partir desse processo os passos levados
em consideração para que o engajamento aconteça.
Camarinha participou também de outros painéis que ressaltaram a importância do relacionamento entre médico e paciente, além de trazerem à tona a necessidade de humanizar
as relações interpessoais. Entre as apresentações que a executiva destacou foram o Painel de CEO – o paciente busca um
profissional receptivo, atencioso e que demonstre interesse
em ajudá-lo nesta nova era de humanização de procedimentos. “Nós não estamos preparando os pacientes para a morte,
mas para o resto de suas vidas”, dita pelo médico Tim Stover,
um tema de extrema importância visto que ainda temos muito
a melhorar no sentido de dar continuidade ao relacionamento
após a alta.
Para Camarinha, a oportunidade de participar deste evento, considerado o maior mundialmente sobre o tema, foi de
suma importância para demonstrar o quanto o Brasil vem adotando boas práticas nesse caminho. Inclusive, sua empresa,
a You Care, foi concebida para tornar tangível o valor para o
paciente através da co criação de valor entre os stakeholders
do setor.
Metade dos homens esconde da parceira que usa
medicamento para disfunção erétil, revela pesquisa
m levantamento inédito com 800 homens
brasileiros, entre 22 e 65 anos, mostrou o
perfil desse público quando o assunto é
disfunção erétil. A principal constatação é que metade
do universo masculino não diz à parceira que faz uso
de um medicamento para ter um desempenho sexual
satisfatório. A pesquisa Medley Saúde Sexual Masculina,
da Medley Genéricos com o Instituto Gfk, revelou ainda
que, entre os que têm relacionamento estável e os
solteiros, 66% usam o medicamento em mais da metade
das vezes que têm uma relação sexual.
Outro dado interessante também identificou o
comportamento masculino, entre 22 e 40 anos, sobre
a disfunção erétil. Segundo o estudo, um em cada três
indivíduos com essa faixa etária afirma ter dificuldade em
conseguir e manter a ereção. Ainda entre esses adultos
jovens, 40% optam por esse tipo de medicamento com
o objetivo de manter diversas ereções num curto espaço
de tempo para prolongar o prazer sexual e satisfazer a
parceira.
De acordo com a pesquisa, os homens de meia idade
(41 a 50 anos) são os que têm a maior frequência de
relações sexuais no mês, ou seja, de cada dez respondentes,
quatro afirmaram ter mantido nove relações sexuais no
mês. O levantamento também mostrou que os homens
(casados ou em relacionamento estável) e divorciados ou
fora de um relacionamento sério, independentemente da
idade, são igualmente insatisfeitos com a frequência de
relações sexuais mensais.
Perfil da amostra
A Pesquisa Medley Saúde Sexual Masculina ouviu
homens de três faixas etárias: 22 a 40 anos; 41 a 50 anos
e homens com mais de 50 anos. Em relação ao estado
civil, 64% dos entrevistados afirmaram estar em um
relacionamento estável (casado ou namorando) e outros
36% disseram estar fora de uma relação estável. Foram
entrevistados indivíduos das classes A, B e C, de acordo
com os parâmetros específicos da população masculina
brasileira.
Faixa etária: 22 a 40 anos
- 40% dos homens usam o medicamento para
prolongar o prazer;
- Um em cada cinco homens faz uso do medicamento
em todas as relações;
- 34% usam o medicamento pelo fato de agir mais
rapidamente;
- 38% costumam comprar o medicamento sempre ou
mantêm em estoque;
- 43% compram o medicamento quando acham que
vão precisar;
www.medley.com.br
Principais constatações
Faixa etária: 22 a 65 anos
- Metade dos homens não diz à parceira que faz uso
de medicamento para disfunção erétil;
- Dois terços dos homens que usam medicamentos
fazem isso mais da metade das vezes em que têm a
relação;
Prêmio Alere Latinoamericano em Pesquisa - POCT 2015
Recebimento de trabalhos até 15 de julho de 2015
Informações: Maria Eugênia González Rodrígues
Presidente Prêmio Alere Americano em Pesquisa POCT
Celular: (57) (3)310 4991949
Email: [email protected]
38
www.alere.net.co
39
Opinião
Ação política em defesa dos Laboratórios no CBAC
A
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas intensifica seu
apoio à ação política como forma de recuperar a saúde
financeira dos laboratórios clínicos no país. Aconteceu
em 23/06/15, durante o 42o. Congresso Brasileiro de Análises
Clínicas, no Riocentro, o lançamento da Frente Parlamentar
em Defesa das Análises Clínicas. Idealizada pelo ex-Presidente
da SBAC, Irineu Grinberg, a Frente recebeu apoio do Conselho
Federal de Farmácia. Vai trabalhar prioritariamente pela revisão
da tabela SUS e pela desoneração fiscal dos laboratórios. Será
liderada pelo deputado Ronaldo Nogueira, que afiançou que já
conta com o apoio de 100 deputados e que a meta é chegar a 200.
O lançamento oficial na Câmara dos Deputados, em Brasília, será
em agosto.
O Congresso foi palco também para o lançamento de diversas
novidades na área técnica, pelas empresas expositoras. A Hotsoft
Informática, que prestigia este evento há 25 anos, recebeu clientes,
prospects e amigos, apresentando as novidades implementadas
nos softwares Labplus e Labmaster. O destaque ficou por conta do
painel de chamada integrado ao LIS. Além de organizar a fila dos
pacientes permite contabilizar a espera no Tempo de Atendimento
Total (TAT), importante indicador de qualidade dos serviços
laboratoriais. Novas ferramentas transformam o laboratório de
maneira positiva, propiciando o aperfeiçoamento da gestão.
Pedro Silvano Gunther
[email protected]
A
Dr. Irineu Grinberg, Deputado Ronaldo
Nogueira e Dr. Jerolino Lopes Aquino, no
lançamento da Frente Parlamentar
Dr. Dornele Minatto e Dr. Irineu
Kroich, clientes Hotsoft há 25 anos,
com Pedro Gunther
A Biomedicina no 42º Congresso da SBAC
conteceu, de 21 a 24 de junho, no Rio Centro – RJ, o
42º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas-CBAC,
com a presença marcante dos biomédicos. Atendendo o convite da direção, o Conselho Federal de Biomedicina, os
Conselhos Regionais de Biomedicina e a Associação Brasileira de
Biomedicina montaram estande e também participaram de toda
a programação do Congresso. Abertura foi no anfiteatro do Hotel
Windsor onde, depois da solenidade, foi servido um coquetel aos
participantes.
A Biomedicina foi representada, na mesa oficial, pelo Doutor Marcelo Abissamra Issas, do CRBM-1ª Região. Os Biomédicos,
acadêmicos e profissionais foram atendidos no estande oficial e
receberam material informativo sobre a profissão, os Conselhos e
as Associações. Nossos representantes estiveram em várias palestras e conferências, além de reuniões de interesse da categoria.
O grande destaque, paralelo ao evento científico foi a mesa
redonda que se sucedeu ao Fórum de discussões sobre a remuneração de laboratórios de tabela SUS. Nesse desgoverno da área
da Saúde, farmacêuticos e Biomédicos, se entrosaram para discutir um projeto viável de reinvindicação do reajuste da tabela SUS
para exames laboratoriais defasada desde 1994 e sem prazo para
contemplação. Muitos ministros passaram pelo Ministério da Saúde em vários governos e nada fizeram para minimizar a crise no
setor; cederam as pressões de laboratório multinacionais que acabam com nossos laboratórios de pequeno e médio porte. Além do
reajuste, os profissionais deliberaram por projeto para redução de
tributos no setor e incentivo em investimentos para modernização
dos laboratórios e capacitação de seus servidores.
Do jeito que está o quadro, o futuro é incerto para escolas de
qualidade, curso gabaritados e profissionais especializados. O oportunismo de entidades internacionais é proporcional ao tamanho de
sua ganância pelos lucros e nada mais. Tornar o País dependente
de máquinas e de funcionários robôs só interessa a quem pensa
pequeno e não se preocupa com a nação e com o seu povo.
O 42º Congresso da SBAC pode ser o início de uma nova fase para
a saúde dos laboratórios e também do povo brasileiro. Nos orgulha-
mos muito de ter participado em nome dos Biomédicos neste evento.
Saudações Biomédicas
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM - 1ª Região, Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP
[email protected]
Saúde
Conheça as principais doenças já tratadas com sangue do cordão umbilical
D
esde 1988, já foram realizados 14.000
transplantes de sangue de cordão umbilical,
tratando mais de 80 doenças
O sangue do cordão umbilical, rico em célulastronco, apresenta importantes resultados clínicos
para o tratamento de algumas doenças. No Brasil,
assim como em todo o mundo, centros de pesquisa
desenvolvem constantemente estudos de ponta sobre
células-tronco, o que tem colocado o país no caminho
certo para a obtenção de bons resultados clínicos nesse
sentido. De acordo com dados do Banco de Cordão
Umbilical, de janeiro a abril deste ano, o número de
famílias que optaram por coletar e armazenar o sangue
do cordão umbilical dos seus filhos cresceu 148%, em
relação ao mesmo período em 2014.
Segundo a Fundação Parent’s Guide to Cord Blood,
as células-tronco são utilizadas para o tratamento de 79
tipos de doenças, sendo que, destas, 36 enfermidades
já se encontram em fase de aplicação em voluntários
humanos. Para o médico hematologista da Criogênesis,
Dr. Nelson Tatsui, a terapia celular é uma realidade e
tem um futuro promissor.
“Dentre as principais doenças, para as quais as
células-tronco tem se mostrado benéficas, estão a
Leucemia, Talassemia e
Linfomas. Atualmente,
há mais de 250 doenças
em estudo que poderão
ser tratadas com este
material. A expectativa
é
que
pesquisas
também comprovem a
eficiência do material
no controle de Diabetes
Tipo 1, AIDS, AVC,
enfarte e até lesões
40
na coluna e doenças degenerativas (como mal de
Alzheimer e mal de Parkinson), além de problemas
pulmonares”, avalia.
Observa-se, ainda, o constante movimento
científico e clínico dos bancos privados com
finalidade autóloga (para o próprio bebê) e familiar,
bem como, a ampla evolução nas pesquisas sobre o
uso do sangue e tecido de cordão umbilical, como
explica Tatsui: “é possível usar as células-tronco da
medula óssea, do sangue periférico ou do sangue
do cordão umbilical no tratamento de doenças.
Vários tecidos já foram obtidos por meio da cultura
programada de células-tronco, tais como: hepático,
cardíaco, neuronal, ósseo e muscular. Com isso,
o sangue de cordão umbilical poderá vir a ser a
fonte inesgotável de recursos biológicos na área de
engenharia de tecidos”, ressalta.
“No entanto, em virtude da falta de doador
compatível, é imprescindível que a futura mamãe
considere a coleta de sangue de cordão umbilical
para doação ou para guardar para o uso da própria
família”, finaliza.
www.criogenesis.com.br
41
Opinião
Nada mudou
H
á dez anos, em junho de 2005, o ex-deputado
Roberto Jefferson revelou o funcionamento do
maior escândalo de corrupção da história política brasileira. Em uma entrevista ele denunciou existência
de uma “mesada” para congressistas em troca de apoio ao
governo Lula. O Congresso Nacional instalou a CPI dos Correios, formada para apurar as denúncias do ex-deputado.
Uma semana depois, José Dirceu deixou o comando da Casa
Civil, e foi substituído por Dilma Rousseff – que se tornou
presidente em 2011. O caso entrou para a história do Brasil
como “Mensalão”, e Jefferson foi condenado e preso.
Há dois anos, em junho de 2013, houve várias manifestações populares por todo o país, as maiores desde a mobilização pelo impeachment do então presidente Fernando
Collor de Mello. Milhões de brasileiros foram às ruas protestar contra o aumento nas tarifas do transporte público; os
gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais; a má qualidade dos serviços públicos; e a corrupção.
No auge das manifestações de rua, a presidente Dilma
Rousseff reuniu governadores e prefeitos de capitais para
Alerta
O
A
Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios
do Estado de São Paulo (FEHOESP e
SINDHOSP) e do SINDRibeirão
[email protected]
dois anos atrás. O fato é que nada mudou na maneira de
agir do governo, e nada melhorou na vida dos brasileiros.
Mas hoje, mais do que nunca, o povo está ciente da falta
de competência do atual governo – em março, 62% da população classificavamcomo ruim ou péssimo o governo de
Dilma. Os brasileiros estão cansados, e certamente darão
um recado contundente nas próximas eleições.
Estudo revela que mais de 60% das escovas de dentes
são contaminadas no banheiro
banheiro é um dos ambientes da casa que gera mais
discussão entre os moradores. Toalhas molhadas e
jogadas no chão, assento do vaso sanitário levantado e com respingos ao redor, pasta de dentes aberta, falta
de reposição do papel higiênico... O fato é que pessoas compartilham muito mais do que toalhas nos banheiros de casas e
apartamentos. Estudo apresentado recentemente no encontro
anual da Sociedade Americana de Microbiologia, em Nova Orleans (Estados Unidos), revelou que mais de 60% das escovas
de dentes analisadas em moradias estudantis deram positivo
para contaminação por material fecal.
Pior ainda, há 80% de chance de que essa contaminação se
deu enquanto outras pessoas usavam o banheiro. “O problema
mais grave é quando o material fecal encontrado na escova não
pertence ao usuário, já que contém bactérias, vírus e parasitas
que não fazem parte da sua flora normal”, diz a pesquisadora Lauren Aber. O estudo também mostrou que não importa o
método com que o usuário limpa sua escova logo após seu uso.
Nem água quente ou produtos de enxágue bucal são suficientes contra essa contaminação posterior.
Para quem pensa que isso acontece só porque as pessoas têm o hábito de deixar as escovas expostas, a pesquisadora corrige: “O uso de porta-escova de dentes com tampa não
impede o crescimento de bactérias. Ao contrário, acaba fornecendo um ambiente mais propício ainda para que elas se
desenvolvam, já que vão ter calor e umidade. O ideal é lavar
bem a escova depois de usar e deixar ela secar sem tampas”,
diz Lauren.
De acordo com Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoa-
Importante
planejar ações que respondessem aos protestos. Ao fim do
encontro, Dilma anunciou cinco pactos “em favor do Brasil”: pela responsabilidade fiscal, pela reforma política e por
melhorias na Saúde, na mobilidade urbana e na Educação.
E o que mudou desde então? O ex-deputado Roberto
Jefferson deixou a prisão no mês passado, casou-se e hoje
cumpre sua pena em prisão domiciliar, num condomínio de
alto padrão na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Enquanto
isso, a Operação Lava-Jato estourou e, com ela, escândalos
dos quais a sociedade já desconfiava. Veio à tona mais corrupção.
Já as promessas de Dilma... nenhuma foi cumprida integralmente. No campo fiscal, a presidente tenta equilibrar
as contas públicas, após estourar os gastos no ano da Copa
e das eleições. A inflação passou de 5,9% em 2013 para
6,41% em 2014, e a previsão é que este ano alcance os 9%.
Nesse mesmo período o Produto Interno Bruto (PIB) caiu
de 2,7% em 2013 para 0,1% no ano passado. Para 2015, a
expectativa é de retração.
Pode-se comparar o Brasil atual com o de dez ou de
mento Profissional da APCD (Associação Paulista de CirurgiõesDentistas), muita gente nem percebe quando a escova ficou
com pasta de dente ou resto de alimento entre suas cerdas,
mas é fundamental garantir que isso não aconteça. “É preciso prestar atenção ao sangramento que ocorre durante a escovação, porque é comum ficar depositado na escova, sendo
uma fonte de proliferação. Além disso, também é importante
evitar que as escovas da família entrem em contato umas com
as outras, já que pode haver uma contaminação cruzada. Esse
tipo de vacilo é especialmente prejudicial em casos de gripe,
infecções bucais ou mesmo dor de garganta”.
Cerri chama atenção, ainda, que o recipiente aberto – que
pode ser um copo ou pote descoberto – deve ser posicionado
a pelo menos um metro do vaso sanitário, para evitar o ‘efeito
aerossol’ a cada descarga. Também deve ficar longe o suficiente da pia para evitar respingos enquanto outros membros da
família lavam as mãos. “Por fim, é importante perceber quando está na hora de substituir a escova de dentes. Geralmente
isso acontece depois de três meses de uso, mas pode ocorrer
antes disso, especialmente se as cerdas estiverem desgastadas, abertas ou desalinhadas, ou se a pessoa acabou de se
curar de uma infecção ou gripe forte. Nesse caso, a troca deve
acontecer antes”.
Fontes:
htt p : / / w w w. s c i e n c e d a i l y. co m / re l e a ses/2015/06/150602130650.htm
Dr. Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas – www.apcd.org.br
Doença de Parkinson: Sintomas, causas e tratamentos
Comum entre os idosos, o Parkinson também pode aparecer precocemente por volta dos 40 anos de idade
doença de Parkinson, conhecida por comprometer a capacidade de se movimentar ou locomover de muitos idosos, é uma doença neurológica, crônica e progressiva que atinge o sistema nervoso
central. Sua causa está na morte de células do cérebro,
principalmente da região da substância negra, que produz
dopamina, um neurotransmissor responsável pelo controle dos movimentos.
Apesar de mais comum em uma faixa etária avançada
– acima de 60 anos – o Parkinson também pode aparecer
precocemente por volta dos 40 anos de idade. Por isso, é
importante saber detectar os primeiros sinais da doença e
procurar um médico assim que houver suspeita.
“No início, o paciente pode queixar-se de sensação de
cansaço, principalmente ao final do dia, marcha mais lenta,
maior tempo para executar tarefas do dia a dia, comprometimento da escrita ou surgimento de tremores. Alguns pacientes podem apresentar, antes das manifestações motoras, quadros de depressão,
distúrbios do sono e alteração do olfato”, explica a
neurologista Roberta Saba.
A especialista revela
que, para ser diagnosticado com a doença de
Parkinson, é obrigatória a
presença de bradicinesia
(lentidão do movimento),
pois, embora o tremor seja
42
o sintoma mais associado ao Parkinson, não são todos os
pacientes que o manifestam. Já a lentidão dos movimentos
e rigidez estão presentes em todos os casos.
No entanto, com o avanço dos tratamentos para
a doença de Parkinson, hoje é possível manter a rotina de trabalho e lazer. “Não existe cura, mas há
tratamento eficaz para o controle dos sintomas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Há o
tratamento medicamentoso e não medicamentoso e
a associação dos dois deve ser considerada sempre.
O tratamento não medicamentoso é feito através da
fisioterapia, fonoterapia e, se necessário, acompanhamento psicológico” comentou a Dra. Roberta. Já
o tratamento medicamentoso é realizado por meio
de fármacos que auxiliam na melhora dos sintomas
motores parkinsonianos. Segundo a especialista, a
escolha do medicamento depende da fase da doença, se inicial, intermediária ou avançada, assim
como da idade do paciente e atividades diárias e
profissionais destes indivíduos.
43
Alerta
A
Como a Laranja Vermelha atua na redução da
circunferência abdominal
Por Dra. Sylvana Braga*
laranja é uma das frutas mais populares entre os
brasileiros e todos sabem dos seus benefícios para
saúde. Originária da Sicília, nas áreas em torno do
vulcão Etna, a laranja vermelha, ainda é pouco conhecida por
aqui, mas é rica em vitamina C, um excelente oxidante.
A fruta que é semelhante ao grapefruit possui flavonoides e antocianinas, substâncias que têm como principal característica a diminuição do tamanho da célula gordurosa.
Além disso, elevam a sensibilidade à insulina, metabolizando o açúcar circulante no sangue de forma mais eficiente.
Ao mesmo tempo, reduz o triglicéride, que é a gordura que
se encontra dentro dos adipócitos e, por conseguinte o colesterol total.
Os polifenóis do extrato da laranja vermelha, chamada
também de Laranja Moro, principalmente a antocianina C3G,
atuam no controle do transporte da gordura para dentro dos
adipócitos. Enquanto a vitamina C, também chamada de ácido
ascórbico, auxilia na redução da inflamação local.
Sabe-se que para o emagrecimento é necessário que acon-
Células-Tronco
O
Transplante de Células-Tronco é incluído como
opção terapêutica para Doença Falciforme
Com portaria publicada em 1 de julho de 2015 no Diário Oficial da União, medida beneficiará os
brasileiros portadores da doença em estágio grave
transplante de células-tronco hematopoieticas
(TCTH), que já beneficia pacientes com doenças oncohematológicas como linfomas, leucemias e mielomas, passou a integrar o rol de procedimentos indicados como
opção terapêutica nos casos graves de doença falciforme, a doença hereditária mais prevalente no Brasil. É o que determina
portaria nº 571, publicada em 1 de julho de 2015, no Diário
Oficial da União (D.O.U.).
“Hoje o transplante é o único com possibilidade de cura”,
esclarece a hematologista e membro da Sociedade Brasileira de
Transplante de Medula Óssea (SBTMO), Belinda P. Simões. Ela,
que é pesquisadora da USP-Ribeirão Preto e atua no campo da falciforme, explica que “é consolidado que a sobrevida é de 95% em
pacientes com anemia falciforme já submetidos a transplante”.
Estima-se que 60 a 80 casos por ano poderão ser atendidos. De acordo com a portaria serão indicados ao transplante
os casos mais graves, como quem tem lesão cerebral ou risco
de ter devido à doença, ou quem sofra com constantes crises
de priapismo (ereções prolongadas e dolorosas), por exemplo.
Pesquisa
teça a redução do volume de gordura corporal. A célula gordurosa funciona como uma glândula que se multiplica e fica
sedenta de carboidratos circulantes.
Há nos obesos uma grande quantidade de células gordurosas e uma diminuição da saciedade. A satisfação é estimulada
por um hormônio chamado leptina, entretanto, nestes pacientes a produção é grande, mas de baixa qualidade.
É importante reforçar que a redução da circunferência
abdominal é fator gerador de saúde e de maior longevidade.
Assim, é possível prevenir cânceres, hipertensão arterial e doenças cardíacas.
* Dra. Sylvana Braga (www.sylvanabraga.com.br) – Nutróloga, reumatóloga, fisiatra e especialista em prática ortomolecular, também autora do livro “Dieta Ortomolecular – dieta
natural para emagrecimento saudável e evitar definitivamente
o efeito sanfona”, que traz mais de 100 receitas para se manter
saudável de forma natural.
http://www.dietaortomolecular.com.br/
www.sylvanabraga.com.br
O tratamento clínico da doença, até então disponível no
Brasil, consiste no uso da hidroxiureia para controlar os sintomas com ou sem transfusões de sangue, o que pode levar
a uma sobrecarga de ferro no organismo. Com o transplante,
as células doentes são substituídas, evitando expor o paciente
aos riscos de transfusões contínuas. “Com o transplante, as células doentes são substituídas, evitando expor o paciente aos
riscos de transfusões contínuas”, relata Belinda.
Incidência da Falciforme no País
Hoje, estima-se que um total de 300 mil crianças/ano
nascidas com a doença no mundo, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, dados divulgados
pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal do Ministério da
Saúde, apontam que nascem por ano aproximadamente 3.500
crianças portadoras de doença falciforme e 200 mil com traço
falciforme (assintomático).
A falciforme é mais comum em afrodescendentes, mas
sendo o Brasil um país miscigenado, a doença se tornou um
problema de saúde pública, sendo os estados com maior número de casos Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A doença
se manifesta nos seis meses de vida do bebê sendo a principal
forma de diagnosticá-la o “Teste do Pezinho”. Atualmente, dos
27 Estados brasileiros, apenas 17 realizam este tipo de exame
logo após o nascimento.
Herpes atinge 76,4% das mulheres e 69,6% dos homens na
grande São Paulo
Primeira pesquisa realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas do SalomãoZoppi Diagnósticos avaliou os resultados de 13.441 exames realizados nos últimos 9 anos. Na população acima de 40 anos, a prevalência da doença ultrapassa os 85% na região metropolitana
O herpes simples (HSV 1 e 2), infecção viral que comumente
resulta no surgimento de pequenas bolhas ao redor dos lábios e/
ou nos genitais, afeta 76,7% dos indivíduos na cidade de São Paulo,
sendo as mulheres as mais suscetíveis à doença. Os dados constam no levantamento estatístico realizado pelo Centro de Estudos
e Pesquisas da rede de medicina diagnóstica SalomãoZoppi Diagnósticos.
Para o trabalho, foram analisados 13.441 exames de sorologias
para herpes vírus dos dois tipos (tipo 1 e 2) simultaneamente, realizados no Centro de Diagnósticos no período de 2005 a 2015, cobrindo 9 anos de investigação. Foram incluídos pacientes de ambos
os gêneros e todas as faixas etárias, que variam de 0 a 90 anos. Ao
todo foram analisados 8.177 exames de pacientes do sexo feminino e 3.072 exames de pacientes do sexo masculino.
A prevalência de resultados positivo para exames realizados
em mulheres foi de 76,4%. O percentual de exames positivos para
os homens atingiu a marca de 69,6%. De acordo com a coordenadora do Centro de Estudos e responsável pelo levantamento, a
médica ginecologista Adriana Campaner, a média geral de positividade nos exames, incluindo homens e mulheres é de 76,7%.
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45
Pesquisa
U
Combatendo três doenças crônicas sérias na América Latina
com educação médica
ma provedora global de educação médica continuada
está atacando as epidemias de hipertensão, diabetes
e distúrbios da tireoide na América Latina, através de
plataformas educacionais online, gratuitas, e uma grande conferência dedicada a essas doenças.
Os websites Manage Diabetes Online (Controle o diabetes
online), Manage Hypertension Online (Controle a hipertensão
online) e Manage Thyroid Online (Controle a tireoide online) -todos desenvolvidos e operados pela EXCEMED -- combinam o
que há de melhor em expertise no mundo com formatos dinâmicos de aprendizado, incluindo editoriais de especialistas, apresentações de slides, palestras por vídeos e sumários essenciais
de conferências, bem como cursos e-learning credenciados pela
CME.
“A EXCEMED apresenta, com orgulho, essas ferramentas a
médicos com reconhecimento particular da verdadeira natureza global do que estamos oferecendo. O Comitê Científico para
esses projetos atrai os melhores especialistas da Europa, Oriente
Médio, Ásia e América Latina”, diz a chefe de Estratégia Educacional da EXCEMED, Roberta Cenci.
Também promovida pela EXCEMED, a conferência latino-a-
mericana sobre o controle de doenças cardiometabólicas de
2015 será realizada de 3 a 4 de julho em Huatulco, México, e irá
discutir estratégias de diagnóstico e terapia para diabetes, hipertensão e disfunção da tireoide na prática clínica diária.
Essas três doenças são as mais comuns no trabalho cotidiano
de clínicos gerais e também de especialistas. Controlar as complicações delas e a morbidez comum é um grande desafio para a
comunidade médica.
De acordo com o estudo Global Burden of Disease (Ônus Global da Doença – Lancet 2012), a hipertensão ainda é a principal
causa de morte no mundo e permanece um problema sem solução na medicina cardiovascular.
O diabetes melito, especialmente o do tipo 2, é uma epidemia crescente na América Central e na América do Sul, porque
8,1% da população (25 milhões de pessoas) sofre de diabetes
(6a IDF, Atlas).
Os distúrbios da tireoide também são muito comuns nos países latino-americanos, devido, principalmente, à deficiência de
iodo, combinada com fatores genéticos.
Avaliados em conjunto, a hipertensão, a insuficiência cardíaca, o diabetes e os distúrbios da tireoide compartilham meca-
nismos patofisiológicos e problemas clínicos comuns, que são,
frequentemente, tarefas difíceis de serem enfrentadas na prática
clínica.
FONTE EXCEMED
Diálogos da ultra modernidade
Experiência saudável
Uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da USP,
em Ribeirão Preto, mostra que os estudantes que fazem estágio
consomem menos bebidas alcoólicas do que os universitários
que não praticam a atividade prática. A explicação é simples: os
estagiários têm menos oportunidades de consumo, em razão das
responsabilidades e atividades do estágio, o que diminui consideravelmente as chamadas bebedeiras, comum entre muitos
universitários. A pesquisa aponta também que os universitários
dos últimos anos consomem mais bebida alcoólica (47,7%) do
que os alunos dos primeiros anos (15,4%).
O estudo comprova mais uma vez que continua muito alta
a prevalência do consumo de álcool nas universidades. Este fato
está ligado a questões culturais, como a nova “liberdade” que os
estudantes sentem ao entrar na universidade, muitos deles deixando pela primeira vez a casa dos pais e o controle direto dos fa-
miliares. Além disso, muitos alunos, para enturmarem-se, cedem
às pressões dos colegas para não se sentirem excluído do grupo.
O CIEE, em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), criou a Campanha Nacional sobre Drogas, promove seminários gratuitos de esclarecimentos para alunos, pais e
professores de universidades por todo o Brasil. Nessas ocasiões,
especialistas renomados alertam os alunos para temas relacionados ao consumo de drogas lícitas e ilícitas, numa relevante ação
preventiva. Recentemente foi realizado o 101.° seminário, na Faculdade de Tecnologia e Ciências de Itabuna, na Bahia.
A pesquisa da USP mostra a necessidade de continuar a investir em formas de esclarecimentos para que os jovens não entrem em um caminho sem fim, como o estudante de engenharia
elétrica de Bauru, Humberto Moura Fonseca, morto aos 23 anos,
após consumir mais de 20 doses de vodca em uma competição
E
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de alunos. O estágio, além de afastar a juventude das drogas,
encaminha-os para a experiência de uma nova profissão, o que
alimenta ainda um futuro promissor e saudável.
* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da
Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.
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POCT 2015