Introdução 1. ENQUADRAMENTO DA RESPOSTA SOCIAL CENTRO DE DIA O Centro de Dia é uma Resposta Social, desenvolvida em equipamento, que consiste na prestação de serviços que contribuem para a manutenção das pessoas no seu meio habitual de vida, visando a promoção da autonomia e a prevenção de situações de dependência ou o seu agravamento. De entre os serviços prestados pelo Centro de Dia, salienta-se também a possibilidade do desenvolvimento do Serviço de Apoio Domiciliário. As diferentes alterações que se têm verificado na sociedade actual, sobretudo ao nível da composição e funções do grupo familiar, da solidariedade intergeracional e social, da falta de investimento no envelhecimento por parte da sociedade e da insuficiência de respostas adequadas ao controlo das situações de dependência, permitem verificar que, um grande número de pessoas, nestas situações, encontram no Centro de Dia uma resposta que contribui para colmatar algumas das dificuldades com que elas próprias e mesmo o seu agregado familiar se debatem quotidianamente. Ao instituir-se o Centro de Dia, no âmbito das Respostas Sociais, procurou-se que o mesmo possibilitasse uma oferta de serviços de proximidade diversificada, permitindo que o cidadão permanecesse, o maior tempo possível, no seu meio habitual de vida, retardando e invertendo a lógica de integração em Lar, como a única resposta possível. Simultaneamente, o Centro de Dia é uma resposta que possibilita às pessoas novos relacionamentos e elos de ligação com o exterior, através do estabelecimento de contactos com os colaboradores, voluntários, clientes e pessoas da comunidade, donde a qualidade da intervenção dever ser uma exigência a ter em conta permanentemente na gestão desta Resposta Social. Para que haja um aproveitamento das sinergias que se desenvolvem no contexto do Centro de Dia, tendo em consideração as pessoas, os colaboradores, a estrutura e o funcionamento, torna-se necessário que resulte deste conjunto uma intervenção pautado por critérios de qualidade, de que se destacam os seguintes: Introdução • Garantir o exercício de cidadania e o acesso aos direitos humanos dos clientes, p.e. autonomia, privacidade, participação, confidencialidade, individualidade, dignidade, igualdade de oportunidades; • Respeitar as diferenças de género, socio-económicas, religiosas, culturais, sexuais dos clientes e/ou pessoas próximas; • Respeitar o projecto de vida definido por cada cliente, bem como os seus hábitos de vida, interesses, necessidades e expectativas; • Transmitir e garantir aos clientes um clima de segurança afectiva, física e psíquica durante a sua permanência na Resposta Social; • Estabelecer uma parceria e articulação estreita com o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), a fim de recolherem a informação necessária sobre as necessidades, expectativas, capacidades e competências; co-responsabilizá-los no desenvolvimento de actividades/acções no âmbito dos serviços prestados; participarem na gestão da Resposta Social; • Desenvolver os cuidados ao nível da qualidade das relações que o cliente vai estabelecer com todos os intervenientes (colaboradores internos e externos, voluntários, entre outros), para que os clientes possuam segurança e sentimento de pertença, assim como se sintam valorizadas para aderir ao processo de cuidados. Este sentimento é sustentado pelo respeito mútuo e pelo desenvolvimento de relações afectivas humanas, calorosas e recíprocas entre o cliente e os intervenientes dos cuidados (colaboradores internos e externos, voluntários, outros); • Compreender a individualidade e personalidade de cada cliente, para criar um ambiente que facilite a interacção, a criatividade e a resolução de problemas por parte destes. Só desta forma o cliente se pode sentir bem no âmbito dos cuidados prestados pela Resposta Social, i.e. se os mesmos tiverem em conta a sua maneira de ser e estar, identidade, hábitos de vida, religião, cultura, condições de vida, entre outros aspectos. Isto implica: • Pensar o cliente como um ser afectivo e activo, que, independentemente da idade ou situação de dependência, possui um projecto de vida e gosta de ser respeitado na sua maneira de ser e estar. Personalizar os serviços, afigura-se como um imperativo; • Dinamizar acções que proporcionem oportunidades para que o cliente possa comunicar os seus sentimentos e pensamento; • Criar um ambiente calmo, flexível e responsável que possa ser adaptado aos interesses e necessidades de cada cliente, promovendo o acesso a um leque de oportunidades de escolhas, que lhe permita continuar o seu desenvolvimento individual, de acordo com as suas expectativas. Introdução 2 . ENQUADRAMENTO DO MANUAL DOS PROCESSOS A gestão da qualidade é, actualmente, um elemento-chave de qualquer organização, quer no sector privado quer no sector público, envolvendo todas os colaboradores da organização, independentemente do nível hierárquico em que se encontrem. Num cenário de crescente competitividade global, rápida inovação tecnológica, alteração de processos e constantes mudanças nos panoramas económico e social, as organizações tendem actualmente a procurar a implementação de sistemas de gestão da qualidade, tendo como objectivo principal a melhoria permanente da qualidade do serviço prestado e da sustentabilidade da própria organização Um sistema de gestão da qualidade permite criar o enquadramento certo para a melhoria contínua, de modo a aumentar a probabilidade de conseguir a satisfação dos clientes e das outras partes interesCDas, transmitindo ainda confiança à organização e aos seus clientes da sua capacidade para fornecer produtos que cumpram de forma consistente os respectivos requisitos. Tendo por base as diferentes tipologias das entidades e organizações que prestam o serviço de Centro de Dia, independentemente do número de clientes e da natureza da actividade, considera-se ao nível do modelo organizacional a existência dos seguintes serviços: • Administrativos; • Cuidados Pessoais; • Actividades socio-culturais; • Produção alimentar; • Higiene, Segurança e Limpeza. DIRECÇÃO Área da Qualidade Direcção Técnica Serviços Administrativos Serviço de Cuidados Pessoais Quadro 1. Serviços da Resposta Social Centro de Dia Serviço de Actividades Socioculturais Serviço de Produção Alimentar Serviço de Higiene, Segurança e Limpeza Introdução O Quadro de Pessoal deve integrar colaboradores que possuem formação necessária e adequada à realização das funções que desempenham no conjunto dos serviços prestados, de forma a assegurar a qualidade dos mesmos. O número de colaboradores a integrar depende da dimensão do estabelecimento, número e tipo de serviços oferecidos, tendo em atenção as orientações técnicas específicas para esta Resposta Social. Para que uma organização funcione de forma eficaz, necessita de identificar e gerir numerosas actividades de forma interligada. Neste contexto, sendo o âmbito de intervenção o sector da acção social, na área da população mais velha e em concreto a resposta Centro de Dia, o presente Manual pretende apresentar alguns elementos para a implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com o estabelecido no Critério 4 – Processos, do Modelo de Avaliação da Qualidade. Para desenvolvimento deste Modelo, foram identificados 8 processos chave de prestação de serviço, independentemente da sua natureza e dimensão: 1. Candidatura; 2. Admissão; 3. Elaboração e Acompanhamento do Plano de Desenvolvimento Individual; 4. Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais; 5. Cuidados Pessoais e de Saúde; 6. Nutrição e Alimentação; 7. Apoio Psicossocial 8. Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana Para cada um destes processos chave foram definidos: • Objectivo, campo de aplicação, fluxograma das actividades/modo operatório, indicadores, dados de entrada e saída e responsabilidades; • Instruções de trabalho que descrevem as actividades associadas a cada processo baseadas num conjunto de boas práticas que se pretendem facilitadoras para a implementação dos respectivos processos. • Impressos com o duplo objectivo de serem por vezes instrumentos de trabalho e registos das acções realizadas. Compete à entidade prestadora do serviço, adoptar/adequar o conjunto de sugestões aqui apresentadas à missão e objectivos da organização que gere, para que possa implementar um Sistema de Gestão da Qualidade, não invalidando que esta desenvolva o seu próprio suporte documental, recorrendo a outras soluções: • Identificação de outros processos-chave que considerem mais adequados ao seu funcionamento, além dos definidos no Modelo de Avaliação da Qualidade; • Outras instruções de trabaho para melhor operacionalização dos seus processos; • Elaboração de outros impressos mais adequados à realidade da Resposta Social. Independentemente das soluções adoptadas, o objectivo final de melhorar os serviços desta Resposta Social deve estar presente na definição do sistema de gestão da qualidade a implementar. Manual dos Processos-Chave Apresentação Global da Documentação P R O C E S S O S - C H AV E INSTRUÇÕES DE TRABALHO IMPRESSOS IMP01.IT01.PC01 Informação Disponibilizada ao Cliente IT01.PC01 Atendimento IMP02.IT01.PC01 Ficha de Inscrição (Parte A, B e C) PC01 CANDIDATURA IT02.PC01 Selecção e Priorização das Candidaturas IMP03.IT02.PC01 Carta de Aceitação da Inscrição IMP04.IT02.PC01 Carta de Não Aceitação da Inscrição IMP05.PC01 Lista de Espera IT01.PC02 Contrato e Processo Individual do Cliente PC02 ADMISSÃO IT02.PC02 Entrevista de Avaliação Diagnóstica IMP01.IT02.PC02 Ficha de Avaliação Diagnóstica IMP02.IT03.PC02 Lista de Pertences do Cliente IT03.PC02 Programa de Acolhimento Inicial IMP03.IT03.PC02 Programa de Acolhimento Inicial PC03 PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL IT01.PC03 Plano de Desenvolvimento Individual IMP01.IT01.PC04 Plano de Actividades Socioculturais PC04 PLANEAMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS ACTIVIDADES SOCIOCULTURAIS IMP01.IT01.PC03 Plano de Desenvolvimento Individual IT01.PC04 Plano de Actividades Socioculturais IMP02.IT01.PC04 Registo de Presenças Manual dos Processos-Chave Apresentação Global da Documentação P R O C E S S O S - C H AV E INSTRUÇÕES DE TRABALHO IMPRESSOS IMP01.PC05 Cuidados Pessoais e de Saúde IT01.PC05 Cuidados de Higiene e Imagem PC05 CUIDADOS PESSOAIS E DE SAÚDE IT02.PC05 Cuidados de Reabilitação e em Situação SOS IMP02.IT02.PC05 SOS IMP03.IT03.PC05 Medicação e Indicação Terapêutica IT03.PC05 Assistência Medicamentosa IMP04.IT03.PC05 Indicação Terapêutica – Informação Genérica IT01.PC06 Elaboração de Ementas IT02.PC06 Recepção, Armazenamento e Conservação dos Produtos Alimentares PC06 NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO IT03.PC06 Peparação e Confecção de Alimentos IMP01.IT02.PC06 Controlo de Recepção de Matérias-Primas IMP02.IT02.PC06 Controlo da Validade dos Produtos IMP03.IT03.PC06 Registo de Equipamento Entregue/Recebido IMP04.IT03.PC06 Controlo de Óleos de Fritura PC07 APOIO PSICOSSOCIAL IT04.PC06 Transporte, Distribuição e Apoio nas Refeições IMP05.IT04.PC06 Recolha de Amostras de Testemunha IT01.PC07 Programa de Apoio Psicossocial IMP01.IT01.PC07 Serviços Prestados no Apoio Psicossocial IMP01.PC08 Serviços Prestados nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana PC08 APOIO NAS ACTIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA QUOTIDIANA IT01.PC08 Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços IT02.PC08 Tratamento de roupa IMP02.IT02.PC08 Ficha de Registos da Lavandaria PC01. Documentação IT01.PC01 Atendimento PC01 CANDIDATURA IT02.PC01 Selecção e Priorização das Candidaturas IMP01.IT01.PC01 Informação disponibilizada ao cliente IMP02.IT01.PC01 Ficha de inscrição (Parte A e B) IMP03.IT02.PC01 Carta de aceitação da inscrição IMP04.IT02.PC01 Carta de não aceitação da inscrição IMP05.PC01 Lista de espera PC01 Candidatura PC01. Processo de Candidatura PC01 Processo de Candidatura elaborado: data: aprovado: data: 1. OBJECTIVO Estabelecer regras gerais para as actividades de atendimento, análise, selecção e priorização das candidaturas e gestão da lista de espera dos clientes candidatos ao Centro de Dia (CD), assim como para a apresentação da equipa de cuidadores ao candidato admitido. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO Aplica-se a todos aos colaboradores que desempenham funções nos serviços responsáveis pelas candidaturas de inscrição no CD - atendimento, análise, selecção, priorização e gestão da lista de espera e apresentação dos colaboradores. 3. INDICADORES DO PROCESSO São ferramentas essenciais para medir o desempenho dos Processos. A monitorização do processo será realizada através do controlo dos indicadores que devem ser definidos pela Direcção do estabelecimento, em função do modelo organizacional e dos objectivos estratégicos da instituição. Os indicadores apresentados na matriz do processo são exemplos possíveis. 2 Processo de Candidatura .PC01 4. Início MODO OPERATÓRIO Atendimento 1. Recepção do Cliente 1. Recepção do cliente O cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) (familiar ou outro) são recebidos pelo Responsável de Atendimento (RA), dentro de um horário previamente estabelecido e num local específico para o efeito, no qual estão afixados, visivelmente, os documentos obrigatórios por lei, previstos no ponto 1 da instrução de trabalho IT01.PC01- Atendimento. O espaço de recepção ao cliente deve contemplar características como conforto, ambiente calmo, luminosidade adequada, climatização apropriada, entre outras. Por exemplo, o espaço deverá possuir cadeiras que permitam aos clientes estarem sentados aquando da espera. O atendimento é sequencial por ordem de chegada. 2. Prestação da informação 2. Prestação da Informação No atendimento do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) (representante legal, familiar ou outro designado pelo cliente), adiante designado como CLIENTE, são disponibilizadas informações sobre o funcionamento da Organização e que constam no ponto 2 da instrução de trabalho IT01.PC01- Atendimento. 3. Visita às Instalações 3. Visita às instalações É sempre proporcionada ao cliente uma visita geral às instalações do estabelecimento, sem perturbar o regular funcionamento do mesmo, cumprindo as normas de higiene e segurança dos diferentes espaços. 4. Recepção e Análise do Pedido de Inscrição/Renovação 4. Recepção e análise do pedido de inscrição/ renovação Receber a Ficha de Inscrição – Parte A (IMP02.IT01.PC01) ou a Ficha de Renovação – Parte C (IMP02.IT01.PC01), atribuir o número de entrada, anexando-se a documentação nos termos da legislação em vigor e analisar o pedido efectuado de acordo com o estabelecido no ponto 3 da instrução de trabalho IT01.PC01- Atendimento. Selecção e Priorização das Candidaturas 5. Avaliação Inicial dos Requisitos 5. Avaliação inicial dos requisitos É realizada uma primeira selecção dos candidatos (triagem administrativa) de acordo com os critérios de selecção e priorização de candidaturas estabelecidos, seguindo o estabelecido no ponto 1 da instrução de trabalho IT02.PC01 - Selecção e Priorização de Candidaturas. 6. Informação da Decisão Após a avaliação inicial dos requisitos, é verificado o número de vagas existentes. Os clientes são sempre informados do resultado da selecção num período máximo de cinco dias úteis, após o pedido de inscrição. 6. Informação da decisão • SE for seleccionado e existir vaga, o cliente é informado da decisão utilizando para o efeito o impresso IMP.03.IT02.PC01 – Carta de Aceitação de Inscrição - onde consta a data da Entrevista Pré-Diagnóstica, os documentos a apresentar e procede-se tal como estabelecido em 7. • SE for seleccionado e não existir vaga o cliente é informado e/ou inscrito na lista de espera, tal como estabelecido em 9. A • SE não for seleccionado o cliente este e/ou pessoa próxima (familiar ou outro) é/são informado(s) da decisão, utilizando para o efeito o impresso IMP.04IT02.PC01 – Carta de Não-Aceitação de Inscrição. 3 PC01. Processo de Candidatura A Para estas duas últimas situações, o estabelecimento deve disponibilizar informação aos clientes de outras alternativas possíveis existentes na comunidade e, se possível, estabelecer contactos, de forma a proporcionar a obtenção de resposta em tempo real. É seleccionado? 7. Entrevista Pré-Diagnóstica Após a selecção, é realizada ao cliente uma Entrevista Pré-Diagnóstica, de acordo com o estabelecido no ponto 2 da instrução de trabalho IT02.PC01 – Selecção e Priorização das Candidaturas. Os objectivos da entrevista são: proceder a uma avaliação sumária das condições sociais e de autonomia do cliente; identificar as necessidades e expectativas do cliente e/ou pessoa próxima relativas aos serviços que pretendem contratualizar. Sim 10. Gestão da Lista de Espera 8. Apresentação dos Colaboradores 9. Integração/ actualização na/da Lista de Espera Não São apresentados todos os colaboradores que irão contactar com o cliente e/ou pessoa próxima (familiar ou outro), especialmente o seu responsável e aqueles que o farão com mais frequência. Existe vaga? 9. Integração/actualização na/da lista de espera: Os clientes que satisfazem as condições de selecção e priorização, mas para as quais não existe vaga, são inscritos no estabelecimento através do preenchimento do impresso IMP05.PC01 – Lista de Espera. Sim A inscrição do cliente na lista respeita a pontuação obtida na avaliação dos critérios de selecção e priorização. 7. Entrevista Pré-Diagnóstica O RA informa o cliente da sua integração na lista. 10. Gestão da Lista de Espera Informação ao Cliente 8. Apresentação dos colaboradores O responsável pela gestão da lista de espera informa o cliente periodicamente (no mínimo trimestralmente), ou sempre que solicitado, da sua posição na lista. Retirada da Lista de Espera Não Existe acordo de admissão? Quando o cliente e/ou pessoa próxima informa que não está interessada na sua inscrição/manutenção na lista, o estabelecimento arquiva o processo na área administrativa por um período mínimo de um ano e actualiza a lista de espera. Gestão das Vagas Não Sim 11. Envio do processo de candidatura para o Responsável pela Admissão Quando cliente comunica que foram alteradas as condições em que foi seleccionado procede-se à avaliação dos requisitos, tal com estabelecido em 5. Quando existe uma vaga, o responsável pela gestão da lista selecciona o cliente e informa-o ou à pessoa próxima. • SE o cliente e/ou pessoa estão interessados procede-se à Entrevista Pré-Diagnóstica, tal como estabelecido em 7. • SE não estão interessados, arquiva-se o processo na área administrativa por um período mínimo de um ano e actualiza-se a lista de espera. 12. Arquivo 11. Envio do Processo de Candidatura para o Responsável pela Admissão O RA envia o processo de candidatura para o Responsável da Admissão 12. Arquivo Fim 4 Processo de Candidatura .PC01 • Capacidade do Centro de Dia Entrada (Input) • Critérios de selecção e priorização dos candidatos • Lista de Espera • Serviços a contratualizar - necessidades e expectativas dos clientes • Legislação aplicável Responsáveis Actividades D Atendimento • Selecção e Priorização das Candidaturas Gestão da Lista de Espera Doc. Referência DT ET AD • • • • • • • • • Instruções de trabalho Impressos • IT01.PC01 – Atendimento • Informação Disponibilizada ao Cliente (IMP01.IT01.PC01) • Ficha de Inscrição – Parte A (IMP02.IT01.PC01) • IT02.PC01 – Selecção e Priorização das Candidaturas • Carta de Aceitação da Inscrição (IMP03.IT02.PC01) • Carta de Não Aceitação da Inscrição (IMP04.IT02.PC01) • Ficha de Inscrição - Parte B (IMP02.IT01.PC01) • Lista de Espera (IMP05.PC01) • Gestão da Lista de Espera Saída (Output) • Necessidades e expectativas dos clientes satisfeitas • Cumprimento da legislação Indicadores • % de inscrições aceites (número de inscrições aceites/número de pedidos de inscrição) • % total de inscrições realizadas no período de 5 dias (número de respostas a pedidos de inscrição analisados até 5 dias/número total de inscrições) • número de clientes em lista de espera • % de reclamações relativas ao processo de selecção e priorização das candidaturas (número de reclamações relativas ao processo de Selecção e Priorização/número total de reclamações) • Taxa de procura e de oferta, por tipo de serviço • % de serviços procurados para os quais a Instituição não tem oferta • % de serviços oferecidos para os quais não existe procura Gestor do processo n Responsável pela actividade / Director(a) Técnico(a) n Interveniente na actividade / D - Director(a) / DT - Director(a) Técnico(a) / ET - Equipa técnica / AD - Administrativo 5 PC01. Processo de Candidatura IT01.PC01 Instrução de Trabalho – Atendimento elaborado: data: aprovado: data: 1. DOCUMENTAÇÃO A AFIXAR NA RECEPÇÃO • Cópia do alvará de licenciamento ou da autorização provisória de funcionamento, caso se trate de estabelecimento privado lucrativo; • • • • • • • Regulamento interno do estabelecimento; Mapa dos colaboradores, respectivos horários e mapa de férias; Nome do director(a) técnico(a) do estabelecimento, formação e conteúdo funcional; Horário de funcionamento do Centro de Dia (CD); Informação sobre a existência de livro de reclamações; Mapa das ementas; Preçário dos diversos serviços oferecidos pela Instituição. Poderão também encontrar-se afixados/disponíveis outros documentos considerados relevantes, nomeadamente: • • • • • • Missão, visão e estratégia da Instituição; Critérios de admissão e priorização da Instituição; Formas de pagamento da mensalidade; Plano de actividades; Actividades de interesse à promoção da autonomia, a decorrer no exterior do estabelecimento; Informação relativa à temática do envelhecimento (p.e. seminários, conferências, planos de saúde, campanhas de segurança, editorial contemplando boas práticas para um envelhecimento activo); • Respostas alternativas, (p.e. centros de convívio, centros de noite, residências assistidas). 6 Processo de Candidatura .PC01 IT01.PC01 / Instrução de trabalho – Atendimento 2. PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO A prestação de informação, assim como os documentos disponibilizados ficam registados no IMP01.IT01.PC01- Informação Disponibilizada ao Cliente. A prestação de informação poderá ser efectuada antes e após a admissão do cliente, ou seja ao longo do acolhimento. A prestação da informação pode ser realizada por contacto presencial ou por contacto telefónico, sendo que em ambas as situações deve estar definido um horário para o efeito. Cabe ao administrativo marcar os atendimentos e fornecer ao cliente informação genérica. O atendimento com maior detalhe técnico deverá ser efectuado por um Técnico com funções atribuídas para o efeito ou pelo Director Técnico. 2.1. Contacto presencial A informação e documentos disponibilizados ou dados a conhecer pelo responsável do atendimento são: • Boletim informativo do estabelecimento (quando aplicável) com informação relevante e actualizada, escrito de forma clara e acessível; • É Entregue ao cliente um folheto informativo, com informação actualizada e que o estabelecimento considere relevante sobre si, escrito de forma clara e acessível; • Regulamento Interno: • O cliente é informado da sua existência e de alguns dos seus itens, como as condições e regras de funcionamento da instituição. Quando solicitado, é sempre disponibilizada uma cópia ao cliente. • • • • Critérios de admissão, priorização e gestão da lista de espera; • Encargos do Cliente: • • • • Serviços existentes e respectivo horário de funcionamento; Plano de actividades; Existência do Plano de Desenvolvimento Individual, descrevendo-o e alertando para a sua importância; • Fórmula de cálculo da comparticipação do cliente, conforme legislação aplicável Estabelecimentos das redes solidária e pública; • Mensalidade e formas de pagamento - Estabelecimentos da Rede Privada Lucrativa; Formas de pagamento da mensalidade; Horários de funcionamento global do serviço; Rigor sobre a confidencialidade das informações; Esclarecimentos que surjam após a integração. Neste primeiro contacto com o cliente, o RA disponibiliza o impresso IMP02.IT01.PC01 - Ficha de Inscrição – Parte A, dando as informações para o seu preenchimento e referindo a documentação necessária para formalizar a sua inscrição no estabelecimento: • Estabelecimentos das Redes Solidária e Pública: • Prova de rendimentos do agregado familiar: feita mediante a apresentação de documentos comprovativos adequados e credíveis, designadamente de natureza fiscal; • Prova das despesas mensais fixas do agregado familiar: a) o valor da renda de casa, ou valor da prestação mensal devida pela aquisição de habitação própria; b) Despesas com aquisição de medicamentos de uso continuado, em caso de doença crónica • Comum às 3 redes: • Cópia do bilhete de identidade do cliente e do representante legal, quando necessário; 7 PC01. Processo de Candidatura IT01.PC01 / Instrução de trabalho – Atendimento • Cópia do cartão de contribuinte fiscal do cliente e do representante legal, quando necessário; • Cópia do cartão de beneficiário da Segurança Social, pensionista ou de outro subsistema; • Cópia do cartão do Serviço Nacional de Saúde ou outro subsistema; O preenchimento de alguns itens deverá ser efectuado pelo cliente, sendo outros preenchidos pelos colaboradores da instituição. O colaborador deverá mostrar-se sempre disponível para prestar apoio no preenchimento da ficha, assim como rectificar o seu preenchimento. 2.2. Contacto telefónico A prestação da informação por contacto telefónico, deverá ser feita de forma breve e sucinta de acordo com o pedido de informação por parte do cliente, destacando ainda a existência de: • • • • • • • Horário de atendimento ao cliente e de funcionamento dos serviços; Regulamento interno; Critérios de admissão e priorização; Existência de vaga e de regras de gestão da lista de espera; Tipo de serviços prestados; Esclarecimentos que surjam após a integração; Existência da ficha de inscrição e de documentação a apresentar no acto da inscrição, bem como da necessidade de uma visita ao estabelecimento para conhecer o modo de funcionamento do mesmo. 3. RECEPÇÃO DO PEDIDO DE INSCRIÇÃO/RENOVAÇÃO Na recepção do pedido de inscrição ou renovação da inscrição, o RA deve verificar se o impresso IMP02.IT01.PC01 Ficha de Inscrição Parte - A ou C se encontra devidamente preenchido e se tem em anexo os documentos necessários à inscrição/renovação: • Se sim, o colaborador atribui à Ficha de Inscrição um n.º de entrada, sequencial por data e ordem de chegada; • Se não, o colaborador deverá apoiar o cliente no preenchimento da mesma, aceitá-la como pendente e acordar, com o mesmo, um prazo de entrega dos documentos. O número de entrada só é atribuído depois da entrega de todos os documentos que fazem parte da ficha de inscrição. • O RA deve entregar ao cliente um comprovativo em como foi recepcionado um pedido de inscrição, identificando a data e o colaborador do estabelecimento que realizou a recepção da ficha de inscrição. • O cliente é ainda informado de que o seu pedido será analisado pela direcção técnica de acordo com os critérios de selecção e que, no prazo máximo de 5 dias úteis após a inscrição, será contactado no sentido de ser informado sobre o resultado e justificação da decisão. 3.1 Clientes sinalizados pela Rede Social de Suporte Existem casos de reencaminhamento de clientes que se encontram em situação de emergência social e que carecem de resposta imediata da Instituição, nomeadamente daquelas que têm protocolo com a Segurança Social. Nestas situações, a Instituição sinalizadora, parceira da rede social, contacta com a Instituição de acolhimento e, em conjunto, é promovida uma visita ao local onde se encontra o cliente, com a finalidade de analisar a situação e proceder ao levantamento das suas necessidades. A prestação de informação e a recepção do pedido de inscrição é efectuada, nesta visita. 8 Processo de Candidatura .PC01 IT02.PC01 Instrução de Trabalho – Selecção e Priorização das Candidaturas elaborado: data: aprovado: data: 1. AVALIAÇÃO INICIAL DOS REQUISITOS Para realizar a primeira selecção e priorização das candidaturas (triagem administrativa) é necessário ter em conta: • Ficha de inscrição e documentos anexos; • Critérios de selecção e priorização das candidaturas: Os estabelecimentos da rede privada lucrativa também podem adoptar os critérios de priorização definidos para os estabelecimentos não lucrativos. Nos estabelecimentos das redes solidária e pública, fazem parte dos critérios de prioridade os exigidos no enquadramento jurídico em vigor e que constam do regulamento interno do Estabelecimento, designadamente: • Idade do cliente; • Grau de dependência; • Recursos económicos; • Ausência ou indisponibilidade da família em assegurar cuidados básicos; • Risco de isolamento social; • Residência próxima do Estabelecimento; • Pessoas de referência do cliente a frequentar o estabelecimento; • Situações de emergência social. • Definição do peso a atribuir a cada um dos critérios de forma a estabelecer uma priorização das situações em lista de espera; • Lista de espera; • Capacidade do estabelecimento em dar resposta às necessidades e expectativas do cliente. Sempre que necessário, são realizados contactos com o cliente, no sentido da obtenção de mais esclarecimentos sobre os dados facultados na ficha de inscrição, para uma melhor apreciação da candidatura. 9 PC01. Processo de Candidatura IT02.PC01 / Instrução de trabalho – Selecção e Priorização das Candidaturas 2. ENTREVISTA PRÉ-DIAGNÓSTICA A entrevista pré-diagnóstica entre o responsável e os clientes seleccionados, deverá ser realizada no estabelecimento, num espaço específico que garanta a privacidade e confidencialidade da informação disponibilizada. É desejável que estejam presentes: • O cliente - pessoa que vai receber os serviços; • Uma pessoa próxima do cliente, caso o cliente necessite e deseje; • O técnico da Instituição sinalizadora, caso exista. Esta entrevista tem como principais objectivos: • Clarificar e aprofundar as informações facultadas no preenchimento da Ficha de Inscrição – Parte A; • Efectuar o levantamento das necessidades do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) (representante legal, familiar ou outro designado pelo cliente), assim como as suas expectativas face aos serviços que gostaria(m) de contratualizar, para posteriormente o estabelecimento avaliar a capacidade de as satisfazer. As informações obtidas são devidamente registadas no impresso IMP02.IT01.PC01 - Ficha de Inscrição – Parte B.; • • • • Esclarecer eventuais dúvidas do cliente ao processo de admissão; Esclarecer eventuais dúvidas sobre o regulamento; Recepcionar a documentação necessária ao processo de admissão; Informar dos encargos que poderão vir a ter em caso de admissão: • Estabelecimentos da rede pública e solidária: fórmula de cálculo da comparticipação familiar de acordo com a legislação em vigor. • Estabelecimentos da rede privada lucrativa: mensalidade e serviços a prestar. No caso de se tratar de uma renovação de inscrição, o gestor do processo disponibiliza o impresso IMP02.IT01.PC01- Ficha de Inscrição - Parte C. 10 IMP01.IT01.PC01 Atendimento – Informação Disponibilizada ao Cliente Contacto presencial n Contacto Telefónico n Informação disponibilizada Tipo de Informação Regulamento interno Critérios de admissão e priorização Gestão da lista de espera Existência de um Plano de Desenvolvimento Individual Encargos do cliente • Fórmula de cálculo da comparticipação familiar (para equipamentos das redes pública e solidária, conforme legislação aplicável) • Valor da mensalidade (para equipamentos da rede privada lucrativa) Formas de pagamento da mensalidade Boletim informativo do estabelecimento Horários de funcionamento de todos os Serviços Existência de uma ficha de inscrição Existência de documentos a entregar com a ficha de inscrição Nota: Assinalar com X a situação verificada Nome do cliente: Contacto: Data: / / Identificação do Estabelecimento Documento disponibilizado IMP02.IT01.PC01 • pág. 1 de 10 Identificação do Estabelecimento Centro de Dia Ficha de Inscrição - Parte A DADOS A PREENCHER NA CANDIDATURA DO CLIENTE Data de Admissão: Data de Inscrição: N.º de Entrada: N.º de Cliente: Ponto de Situação da Inscrição: 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE Nome Completo: Nome a ser tratado: Data de Nascimento: Data de Comemoração: Idade: Anos Morada: Código Postal: Telefone Casa: BI N.º: Telemóvel: Nº de Contribuinte: Beneficiário SS n.º: SNS: 2. BREVE CARACTERIZAÇÃO INDIVIDUAL E FAMILIAR DO CLIENTE Nome Idade Parentesco Vive com o cliente Sim Meio de vida principal (1) Não Rendimento Mensal (2) € Cliente € € € (1) Reforma; Pensão Social; Pensão Mínima; outro. (2) Aplicável a estabelecimentos das Redes Pública e Solidária; campos a serem obrigatoriamente preenchidos com os dados do cliente e dos familiares que compõem o seu agregado. Tem alguém que seja da sua relação próxima a frequentar este estabelecimento? Sim n Não n Quem? Total € IMP02.IT01.PC01 • Ficha de Inscrição – Parte A • pág. 2 de 10 3. SITUAÇÃO ECONÓMICA DO CLIENTE Rendimentos Mensais: 4. Despesas Mensais: Rendimento do Trabalho . . € Medicação . . € Reforma . . € Renda de Casa . . € Pensão . . € Consumos de água, electricidade, gás e telefone . . € Complemento por Dependência . . € Alimentação . . € Outros . . € Outros . . € Total: . . € Total: . . € DADOS DE IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS DA(S) PESSOA(S) PRÓXIMA(S) DO CLIENTE (1) Nome: Parentesco/ Relação(2): Data de Nascimento: Morada: Código Postal: Telefone: Ocupação: Nome: Parentesco/ Relação(2): Data de Nascimento: Morada: Código Postal: Telefone: Ocupação: (1) Pessoa(s) próxima(s) – responsável legal, familiares, vizinhos, amigos, outros (2) Parentesco – cônjugue, filho(a), neto(a), irmão(ã), outro; Relação – amigo(a), vizinho(a), voluntário(a), outro 5. REDE SOCIAL E SUPORTE O candidato necessita de suporte para satisfazer e/ou desenvolver actividades quotidianas? (assinale com uma X) Sim n Não n Identifique o suporte existente do candidato: (assinale com uma X) diário e permanente diário pontual pontual inexistente n n n n IMP02.IT01.PC01 • Ficha de Inscrição – Parte A • pág. 3 de 10 O cliente usufrui dos serviços de: (assinale com uma X) n Apoio domiciliário n Centro de dia 6. Identifique qual o Estabelecimento? Centro de convívio n Outro serviço n Especifique qual, assim como o Estabelecimento: DEPENDÊNCIA DO CLIENTE Grau de dependência global do cliente (assinale com uma X) Autónomo, não necessita de apoio n Necessita de pequenos apoios na vida quotidiana e no apoio à mobilidade n Necessita de apoio na higiene pessoal, tarefas de vida quotidiana e na mobilidade n Totalmente dependente para a satisfação das necessidades básicas (alimentação, higiene, etc) n Deficiência (assinale com uma X) Mental n 7. MOTIVO DO PEDIDO 8. VISITA ÀS INSTALAÇÕES: n Visual Motora O cliente visitou as instalações Sim n Não n Mencione a razão da não visita às instalações: Nova agenda de visita: / / n Auditiva n IMP02.IT01.PC01 • Ficha de Inscrição – Parte A • pág. 4 de 10 9. FORAM ENTREGUES CÓPIAS DE TODOS OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS? Sim n Não n Assinale quais os documentos em falta e a respectiva data de entrega 10. Bilhete de Identidade n Data da entrega / / Nº de Contribuinte n Data da entrega / / Cartão de Beneficiário ou Pensionista n Data da entrega / / Cartão do Serviço Nacional de Saúde n Data da entrega / / CRITÉRIOS DE SELECÇÃO E PRIORIZAÇÃO (Critérios aplicáveis a estabelecimentos da rede solidária e da rede pública e de acordo com o regulamento interno – IT02 - Selecção e Priorização das Candidaturas) Ponderação: n Idade do cliente n Grau de dependência n Fracos recursos económicos n Ausência ou indisponibilidade da família ou outras pessoas em assegurar cuidados básicos n Residência próxima do estabelecimento n Situação encaminhada pelos Serviços da Segurança Social n Risco de isolamento social n Elementos de referência a frequentar o estabelecimento n Outros 11. OBSERVAÇÕES: (assinale outras informações relevantes sobre o cliente) Pontuação: IMP02.IT01.PC01 • pág. 5 de 10 Centro de Dia Ficha de Inscrição - Parte B DADOS A PREENCHER NA ENTREVISTA PRÉ-DIAGNÓSTICA 1. AVALIAÇÃO SUMÁRIA DA ÁREA FUNCIONAL DO CLIENTE (assinale com uma X) 2. Autónomo Necessita de apoio pontual dos serviços Necessita de apoio total dos serviços Banho n n n Cuidados de imagem n n n Vestir-se n n n Ir ao WC n n n Alimentação n n n Apoio à mobilidade n n n Continência n n n Tratamento de roupas n n n Acompanhamento ao exterior (fazer compras, etc) n n n Aquisição de bens e serviços n n n Toma medicamentosa n n n Ocupação quotidiana do tempo n n n SERVIÇOS SOLICITADOS Quando? Serviços solicitados Quais? Periodicidade Semana Fim-desemana Diária Cuidados de Higiene n n n n Cuidados de Imagem n n n Refeições n n Apoio na refeição n Cuidados de Reabilitação Mensal 1x 2x 3x n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n Assistência Medicamentosa n n n n n n n n n Apoio Social n n n n n n n n n Apoio Psicológico ao cliente n n n n n n n n n Apoio Psicológico à família n n n n n n n n n Formação específica à família n n n n n n n n n Tratamento de Roupas n n n n n n n n n Apoio na aquisição de Bens e Serviços n n n n n n n n n Acompanhamento ao Exterior n n n n n n n n n Actividades Socioculturais n n n n n n n n n Actividades quotidianas n n n n n n n n n Actividades desportivas n n n n n n n n n Outro. Qual?............................................. n n n n n n n n n Observações ou outras especificações Semanal Quinzenal Quantidade Outra qual? Estimativa de Custo IMP02.IT01.PC01 • Ficha de Inscrição – Parte B • pág. 6 de 10 3. OUTRAS OBSERVAÇÕES DECORRENTES DA ENTREVISTA PRÉ-DIAGNÓSTICA 4. AVALIAÇÃO SUMÁRIA DOS COLABORADORES APRESENTADOS E EXPECTATIVAS QUANTO AO RELACIONAMENTO 5. VALOR DA COMPARTICIPAÇÃO FAMILIAR / MENSALIDADE: . . € Assinaturas Cliente Data: / / Representante do Cliente Data: / / Estabelecimento Data: / / IMP02.IT01.PC01 • pág. 7 de 10 Centro de Dia Ficha de Inscrição - Parte C DADOS A PREENCHER EM SITUAÇÃO DE RENOVAÇÃO DE CANDIDATURA DO CLIENTE Nome Completo: Data da Renovação: N.º de Entrada: N.º de Cliente: Ponto de Situação na Renovação da Inscrição: 1. BREVE CARACTERIZAÇÃO INDIVIDUAL E FAMILIAR DO CLIENTE Nome Idade Parentesco Vive com o cliente Sim Meio de vida principal Rendimento Mensal (2) (1) Não € Cliente € € € € Total (1) Reforma; Pensão Social; Pensão Mínima; outro. (2) Aplicável a estabelecimentos das Redes Pública e Solidária; campos a serem obrigatoriamente preenchidos com os dados do cliente e dos familiares que compõem o seu agregado. Tem alguém que seja da sua relação próxima a frequentar este estabelecimento? 2. Sim n Não n Quem? SITUAÇÃO ECONÓMICA DO CLIENTE Rendimentos Mensais: Despesas Mensais: Rendimento do Trabalho . . Medicação . . Reforma . . Renda de Casa . . Pensão . . Consumos de água, electricidade, gás e telefone . . Complemento por Dependência . . Alimentação . . Outros . . Outros . . Total: . . Total: . . IMP02.IT01.PC01 • Ficha de Renovação da Inscrição – Parte C • pág. 8 de 10 3. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA(S) PESSOA(S) PRÓXIMA(S) DO CLIENTE (1) Nome: Parentesco/ Relação(2): Data de Nascimento: Morada: Código Postal: Telefone: Ocupação: Nome: Parentesco/ Relação(2): Data de Nascimento: Morada: Código Postal: Telefone: Ocupação: (1) Pessoa(s) próxima(s) – responsável legal, familiares, vizinhos, amigos, outros (2) Parentesco – cônjugue, filho(a), neto(a), irmão(ã), outro; Relação – amigo(a), vizinho(a), voluntário(a), outro 4. REDE SOCIAL E SUPORTE a) O candidato necessita de suporte? b) Identifique o suporte existente do candidato: (assinale com uma X) (assinale com uma X) Sim n Não n Diário e permanente Diário pontual n n n Pontual n Inexistente O cliente usufrui dos serviços de: (assinale com uma X) n Apoio domiciliário n Centro de dia 5. Centro de convívio n Outro serviço n Identifique qual o Estabelecimento? Especifique qual, assim como o Estabelecimento: DEPENDÊNCIA DO CLIENTE Grau de dependência global do cliente (assinale com uma X) n Autónomo, não necessita de apoio n Necessita de pequenos apoios na vida quotidiana e no apoio à mobilidade Necessita de apoio na higiene pessoal, tarefas de vida quotidiana e na mobilidade Totalmente dependente para a satisfação das necessidades básicas (alimentação, higiene, etc) n n Deficiência (assinale com uma X) Mental n Visual n Motora n Auditiva n IMP02.IT01.PC01 • Ficha de Renovação da Inscrição – Parte C • pág. 9 de 10 6. MOTIVO DO PEDIDO 7. AVALIAÇÃO SUMÁRIA DA ÁREA FUNCIONAL DO CLIENTE (assinale com uma X) n Banho n n n Ocupação quotidiana do tempo n n n Toma medicamentosa n n n Aquisição de bens e serviços n n n Acompanhamento ao exterior (fazer compras, etc) n n n Tratamento de roupas n n n Continência n n n Apoio à mobilidade n n n Alimentação n n n Ir ao WC n n n Vestir-se Necessita de apoio total dos serviços n n Cuidados de imagem 8. Necessita de apoio pontual dos serviços Autónomo n n n SERVIÇOS SOLICITADOS Quando? Serviços solicitados Quais? Periodicidade Semana Fim-desemana Diária Cuidados de Higiene n n n n Cuidados de Imagem n n n Refeições n n Apoio na refeição n Cuidados de Reabilitação Mensal 1x 2x 3x n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n Assistência Medicamentosa n n n n n n n n n Apoio Social n n n n n n n n n Apoio Psicológico ao cliente n n n n n n n n n Apoio Psicológico à família n n n n n n n n n Formação específica à família n n n n n n n n n Tratamento de Roupas n n n n n n n n n Apoio na aquisição de Bens e Serviços n n n n n n n n n Acompanhamento ao Exterior n n n n n n n n n Actividades Socioculturais n n n n n n n n n Actividades Quotidianas n n n n n n n n n Actividades Desportivas n n n n n n n n n Outro. Qual?............................................. n n n n n n n n n Observações ou outras especificações Semanal Quinzenal Quantidade Outra qual? Estimativa de Custo IMP02.IT01.PC01 • Ficha de Renovação da Inscrição – Parte C • pág. 10 de 10 9. OUTRAS OBSERVAÇÕES DECORRENTES DA ENTREVISTA PRÉ-DIAGNÓSTICA 10. AVALIAÇÃO SUMÁRIA DOS COLABORADORES APRESENTADOS E EXPECTATIVAS QUANTO AO RELACIONAMENTO 11. VALOR DA COMPARTICIPAÇÃO FAMILIAR / MENSALIDADE: . . € Assinaturas Cliente Data: / / Representante do Cliente Data: / / Estabelecimento Data: / / IMP03.IT02.PC01 • Centro de Dia Carta de Aceitação da Inscrição Localidade, data por extenso Exmo (a). Sr(a). Utilizar uma das duas versões em função do destinatário: VERSÃO 1 - AO CLIENTE É com agrado que informamos Vossa Excelência que se encontra em situação de poder vir a usufruir dos serviços prestados por esta Instituição. VERSÃO 2 - À PESSOA PRÓXIMA DO CLIENTE É com agrado que informamos Vossa Excelência que o Sr/ Sr.ª se encontra em situação de poder vir a usufruir dos serviços prestados por esta Instituição Para o efeito, propomos que contacte o Sr. , (identificar cargo/função do colaborador), para o seguinte número de telefone, , a fim de acordar a data de admissão no estabelecimento. Desde já, gratos pela preferência dos nossos Serviços, Atenciosamente, O(A) Director(a) Técnico(a) (Nome) IMP04.IT02.PC01 • Centro de Dia Carta de Não Aceitação da Inscrição Localidade, data por extenso Exmo (a). Sr(a). Utilizar uma das duas versões em função do destinatário: VERSÃO 1 - AO CLIENTE Serve o presente para informar V. Exa. que não se encontra em situação de frequentar este estabelecimento pela(s) seguinte(s) razões: VERSÃO 2 - À PESSOA PRÓXIMA DO CLIENTE Serve o presente para informar V. Exa. que o Sr/ Sr.ª não se encontra em situação de frequentar este estabelecimento pela(s) seguinte(s) razões : Neste sentido, salvo orientação contrária de V. Exa., ficará automaticamente inscrito em lista de espera1. Para qualquer informação/esclarecimento complementar ou outro assunto, poderá entrar em contacto com o Sr. , no telefone . Desde já, gratos pela preferência dos nossos Serviços, Atenciosamente, O(A) Director(a) Técnico(a) (Nome) 1 Parágrafo a ser incluído nas situações em que o estabelecimento não possua vaga e os clientes reunam as condições de admissão. Data de Entrada Assinatura do responsável: Nº de Entrada Lista de Espera IMP05.PC01 • CENTRO DE DIA Nome do Cliente FICHA DE INSCRIÇÃO Telefone Telemóvel Nome Telefone PESSOA DE CONTACTO Telemóvel Pontuação dos Critérios de Selecção Ponto Situação da Ficha de Inscrição Identificação do Estabelecimento PC02. Documentação IT01.PC02 Contrato e Processo Individual do Cliente PC02 ADMISSÃO IT02.PC02 Entrevista de Avaliação Diagnóstica IT03.PC02 Programa de Acolhimento Inicial IMP01.IT02.PC02 Ficha de Avaliação Diagnóstica IMP02.IT03.PC02 Lista de Pertences do Cliente IMP03.IT03.PC02 Programa de Acolhimento Inicial PC02 Admissão PC02. Processo de Admissão PC02 Processo de Admissão elaborado: data: aprovado: data: 1. OBJECTIVO Estabelecer regras gerais para a elaboração do contrato, abertura do Processo Individual do Cliente, realização da Entrevista de Avaliação Diagnóstica e definição do Programa de Acolhimento Inicial. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO Aplica-se aos serviços com responsabilidades na elaboração do contrato, abertura do Processo Individual do Cliente, na realização da Entrevista de Avaliação Diagnóstica e na definição do Programa de Acolhimento Inicial. 3. INDICADORES DO PROCESSO Os indicadores são ferramentas essenciais para medir o desempenho dos Processos. A monitorização do processo será realizada através do controlo dos indicadores que devem ser definidos pela Direcção do estabelecimento, em função do modelo organizacional e dos objectivos estratégicos da instituição. Os indicadores apresentados na matriz do processo são exemplos possíveis. 2 Processo de Admissão .PC02 Início 4. MODO OPERATÓRIO 1. Contrato Após decisão favorável sobre a admissão do cliente, é estabelecido um contrato de prestação de serviços. 1. Contrato As regras de elaboração, alteração, suspensão e rescisão do contrato estão previstas no ponto 1 da instrução de trabalho IT01.PC02 - Contrato e Processo Individual do Cliente. 2. Elaboração do Processo Individual do Cliente Após a elaboração do contrato é constituído um processo 2. Elaboração do Processo Individual do Cliente individual, para cada cliente, ao qual é atribuído um número sequencial, que substitui o número provisório de inscrição. Os documentos a constar no processo individual encontram-se previstos no ponto 2 da instrução de trabalho IT01.PC02 Contrato e Processo Individual do Cliente. 3. Entrevista de Avaliação Diagnóstica 3. Entrevista de Avaliação Diagnóstica Com a finalidade de avaliar de forma aprofundada as necessidades e expectativas do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) face aos serviços a prestar, é efectuada uma entrevista de acordo com o estabelecido na instrução de trabalho IT02.PC02 Entrevista de Avaliação Diagnóstica. 4. Programa de Acolhimento Inicial 4. Programa de Acolhimento Inicial O acolhimento inicial é efectuado pelo colaborador responsável pela integração do cliente, de acordo com a instrução de trabalho IT03.PC02 – Programa de Acolhimento Inicial; A 3 PC02. Processo de Admissão A • SE for necessário alterar os objectivos de intervenção, o responsável pelo programa de acolhimento dá conhecimento ao cliente e procede à negociação das respectivas alterações: • SE o cliente concordar com a alteração dos objectivos então, o responsável do programa, define as acções a implementar e no final de trinta dias após o início do programa, procede à elaboração do relatório de avaliação do Programa de Acolhimento, como definido em 5. Alteração de objectivos de intervenção? • SE não houver acordo com o cliente relativamente à alteração Não dos objectivos poderá ser equacionada a rescisão do contrato, tal como estabelecido em 6. Sim • SE os objectivos de intervenção não são alterados então procede-se à elaboração do relatório, tal como estabelecido em 5. Há acordo com o Cliente? 5. Relatório de avaliação do Programa de Acolhimento Inicial É elaborado um relatório final sobre o processo de integração e adaptação do cliente, utilizando para o efeito o impresso IMP03.IT03.PC02 – Programa de Acolhimento Inicial; Sim Não • SE o cliente se adaptou, o relatório é arquivado no processo individual; • SE não se verificou adaptação e a situação persistir é dada a 5. Relatório de avaliação do Programa de Acolhimento Inicial possibilidade ao cliente de rescindir o contrato, tal como estabelecido em 6. 6. Rescisão do Contrato A rescisão do contrato é efectuada de acordo com as regras estabelecidas no regulamento Interno. Exemplos de situações de rescisão são apresentadas no ponto 1.4 da instrução de trabalho Cliente adaptado? Não 6. Rescisão do contrato IT01.PC02 – Contrato e Processo Individual do Cliente. 7. Arquivo O relatório final sobre o processo de acolhimento é arquivado no Sim 7. Arquivo do relatório no Processo Individual Fim 4 Processo Individual do Cliente. Processo de Admissão .PC02 • Critérios de selecção e priorização de candidaturas Entrada (Input) • Necessidades e expectativas do cliente • Capacidade de resposta do CD • Nº de vagas Doc. Referência Responsáveis Actividades Contrato e Processo Individual do Cliente D DT ET AD Instruções de trabalho • • • • • IT01.PC02 – Contrato e Processo Impressos Individual do Cliente • Entrevista de Avaliação Diagnóstica • Acolhimento inicial • • IT02.PC02 – Entrevista de Avaliação Diagnóstica • IMP01.IT02.PC02 – Ficha de Avaliação Diagnóstica • • IT03.PC02 – Programa de Acolhimento Inicial • IMP02.IT03.PC02 – Lista de Pertences do Cliente • IMP03.IT03.PC02 – Programa de Acolhimento Inicial • Contrato Saída (Output) • Processo Individual • Aprofundamento das necessidades e expectativas identificadas • Programa de Acolhimento Inicial Indicadores • % de rescisão de contratos por motivo (Nº de rescisão de contratos por motivo/nº de contratos estabelecidos) • Nº de alterações aos contratos (por motivo) • % de Entrevistas de Avaliação Diagnóstica revistas Gestor do processo n Responsável pela actividade / Director(a) Técnico(a) n Interveniente na actividade / D - Director(a) / DT - Director(a) Técnico(a) / ET - Equipa técnica / AD - Administrativo 5 PC02. Processo de Admissão IT01.PC02 Instrução de Trabalho – Contrato e Processo Individual do Cliente elaborado: data: aprovado: data: 1. CONTRATO 1.1. Elaboração Após a decisão de admissão do cliente, é estabelecido um contrato escrito entre a gestão do estabelecimento e o cliente. Para a assinatura do contrato é obrigatória a entrega de: • • Cópia do BI do cliente; Cópia do n.º de contribuinte do cliente. No contrato encontram-se reflectidas as expectativas de ambas as partes, sendo discriminados todos os direitos e deveres inerentes à prestação do serviço, indicando, entre outros, os seguintes itens: 6 • • • • • • • • Identificação da entidade prestadora dos serviços e do cliente; • • • • Formas de actuação do estabelecimento face a incumprimentos no pagamento da mensalidade; Período de vigência do contrato; Condições de alteração, de suspensão e/ou de rescisão do contrato; Identificação, em caso de necessidade, da pessoa responsável pelo cliente; Todos os serviços e actividades incluídas na mensalidade, local e periodicidade das mesmas; O preço dos serviços e actividades a prestar; Mensalidade, período e forma de pagamento; O mês a que se reporta o início da primeira mensalidade e o número de mensalidades que se irão efectuar ao longo do ano; Necessidades dietéticas especiais do cliente; Contactos para situações de emergência; A tomada de conhecimento, por parte do cliente, do regulamento interno, no qual o estabelecimento e o cliente se comprometem ao seu cumprimento; Processo de Admissão .PC02 IT01.PC02 / Instrução de trabalho – Contrato e Processo Individual do Cliente • • Identificação das regras e responsável pela administração medicamentosa do cliente; • Acordo com o cliente (preferencialmente e sempre que possível), e/ou com pessoa próxima, estabelecendo o nível de partilha de informação pessoal com os familiares, colaboradores e/ou outras entidades. Identificação das regras de utilização em caso de cedência de materiais ou equipamento, como ajudas técnicas (p.e. preço, tempo de utilização, danificação); Aquando da celebração do contrato: É acordado com o cliente a lista do material que este e/ou pessoa(s) próxima(s) se responsabiliza a fornecer, devendo ser registado no impresso IMP02.IT03.PC02 – Lista de Pertences do Cliente, como por exemplo os artigos de higiene pessoal (p.e. fraldas, muda de roupa, etc.) ou outros. 1.2. Assinatura O contrato é assinado em duplicado pelo representante do estabelecimento, pelo cliente e/ou pessoa(s) próxima(s). Após a assinatura entre ambas as partes, é entregue uma cópia ao cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) e a outra fará parte integrante do processo individual do cliente. 1.3. Alterações ao Contrato Sempre que se verifiquem alterações ao contrato, o mesmo é sujeito à aprovação de ambas as partes, que passam a constar do processo individual do cliente. 1.4. Suspensão e/ou rescisão: São definidas, pelo estabelecimento, regras para a suspensão e/ou rescisão do contrato, que podem ter origem em várias situações, tais como: • • • • • • • Incumprimento das normas e regras estabelecidas no processo contratual; Inadequação dos serviços às necessidades; Insatisfação do cliente; Mudança de residência; Mudança de resposta social; Inadaptação do cliente aos serviços; Disponibilidade dos cuidadores informais para assegurar a prestação de apoio. Sempre que se verifique a inadaptação ou insatisfação das necessidades do cliente, o estabelecimento procede a uma avaliação da situação com as diferentes partes envolvidas e procura ultrapassar as dificuldades evidenciadas. Caso a situação se mantenha, procede-se à rescisão do contrato. 2. PROCESSO INDIVIDUAL DO CLIENTE O Processo Individual do cliente é constituído por um conjunto de documentos, que se inicia com a aceitação da Ficha de Inscrição – Parte - A, à qual é atribuído um número provisório que é alterado para um número definitivo depois da celebração do contrato. Fazem parte deste processo, entre outros: • • Ficha de Inscrição – Parte A, B e C; Contrato; 7 PC02. Processo de Admissão IT01.PC02 / Instrução de trabalho – Contrato e Processo Individual do Cliente • Identificação, endereço e telefone da pessoa de referência do cliente (familiar, representante legal, ou outro); • Dados facultados pelo cliente no processo de candidatura (p.e. declaração de rendimentos, BI, nº de contribuinte); • • Dados de identificação e sociais do cliente e residência; • Identificação e contactos da(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente (familiar, representante legal, ou outro) em caso de emergência/necessidade; • • • • • • • • • Informação médica (dieta, medicação, alergias e outros); Identificação do profissional de saúde de referência e respectivos contactos em caso de emergência; Fichas da Entrevista Pré-Diagnóstica e de Avaliação Diagnóstica; Resultado do Programa de Acolhimento Inicial; Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) e respectiva revisão; Relatório(s) de monitorização e avaliação do PDI; Registos da prestação dos serviços e participação nas actividades (p.e. livro/folhas de registo); Registos das ocorrências de situações anómalas (p.e. livro/folhas de registo); Registo de permanências no estabelecimento; Registos da cessação da relação contratual, com a indicação da data e motivo da cessação e, sempre que possível, anexados os documentos comprovativos, p.e documento de rescisão do contrato, ou outros. O Processo Individual do Cliente é arquivado no estabelecimento em local próprio e de fácil acesso à direcção técnica e serviços administrativos, em condições que garantem a sua privacidade e a confidencialidade. Cada processo individual deverá ser actualizado pelo menos semestralmente. O cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) (sujeito a autorização do cliente) têm conhecimento da informação constante no processo individual. 8 Processo de Admissão .PC02 IT02.PC02 Instrução de Trabalho – Entrevista de Avaliação Diagnóstica elaborado: data: aprovado: data: Após assinatura do contrato, o gestor do processo marca uma entrevista com o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), com a finalidade de aprofundar um conjunto de informações pertinentes sobre as necessidades, hábitos, expectativas e desenvolvimento do cliente, assim como avaliar as suas capacidades funcionais e determinar com maior precisão o grau de dependência. No final deverão estar identificados os seguintes itens: • • • • Projecto de vida do cliente; Descrição das condições de vida do cliente; Capacidades funcionais e cognitivas do cliente; Diferentes necessidades e interesses do cliente ao nível quotidiano, social, intelectual, cultural, emocional, saúde, físico, económico e espiritual; • Hábitos, estilo de vida, preferências e expectativas sobre as actividades quotidianas do cliente - alimentares, ocupação do tempo - ou outras actividades - lúdicas, culturais - especialmente sobre aquelas que se relacionam com os serviços a prestar; • Necessidades de apoio sócio-económico, formação ou outras, à(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente (família ou outros); • • • • Ajudas técnicas que promovam a autonomia e qualidade de vida do cliente (caso se verifique); Relatório médico com indicação da situação actual de saúde e indicação terapêutica; Cuidados de fisioterapia, terapia da fala, ocupacional e/ou outras (caso se verifique); Participação/envolvimento do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) nas diversas actividades/serviços, evidenciando o grau de co–responsabilização de cada interveniente. A origem étnica, cultura, religião, língua, género, idade e capacidade física são variáveis a identificar nesta fase, servindo como orientação para a preparação do Plano de Desenvolvimento Individual do cliente, bem como dos planos subsequentes. 9 PC02. Processo de Admissão IT02.PC02 / Instrução de trabalho – Entrevista de Avaliação Diagnóstica Caso o cliente tenha usufruído de outros serviços ou respostas, a avaliação diagnóstica deve considerar as informações provenientes desses serviços, especialmente quando se tratem de clientes com doenças crónicas. A Entrevista de Avaliação Diagnóstica afigura-se como um processo crucial para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual do cliente (IMP01.IT01.PC03 - Plano de Desenvolvimento Individual). A Entrevista de Avaliação Diagnóstica é sustentada por um guião semi-estruturado dirigido ao cliente e/ou pessoa(s) próxima(s). Esta Entrevista, poderá ser ainda suportada por: • • registos de observação do comportamento do cliente e pessoa(s) próxima(s); escalas de avaliação geriátricas ou outras, aplicadas e analisadas, quando necessário, por técnicos com habilitações e competências adequadas para o efeito. A título meramente indicativo, refiram-se as seguintes: o Índice de Barthel; a Escala de Lawton e Brody; Mini Exame Cognitivo; Escala de Recursos Sociais; Avaliação do Meio Físico. O colaborador responsável por esta avaliação deverá: • informar o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) da pertinência de uma avaliação diagnóstica sobre o seu desenvolvimento global, por técnicos especialistas (p.e. psicólogo, terapeuta da fala, fisioterapeuta); • disponibilizar contactos de eventuais técnicos especialistas à família ou colocar à sua disposição, caso existam no estabelecimento. Para obtenção de um melhor resultado, esta Entrevista, poderá ser realizada de forma faseada e completada durante o desenvolvimento do Programa de Acolhimento Inicial. Isto porque poderá ser mais fácil a sua aplicação e importância da informação recolhida à medida que os vários colaboradores vão tendo um maior conhecimento do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) e, simultaneamente, estabeleçam uma relação de maior confiança com os mesmos. Algumas das dimensões da Entrevista de Avaliação Diagnóstica podem e devem ser revistas sempre que se registem alterações profundas nas necessidades e/ou expectativas dos clientes, pelo menos de dois em dois anos. A informação recolhida nesta entrevista é registada no impresso IMP01.IT02.PC02 - Ficha de Avaliação Diagnóstica e deve constar no Processo Individual do Cliente. 10 Processo de Admissão .PC02 IT03.PC02 Instrução de Trabalho – Programa de Acolhimento Inicial elaborado: data: aprovado: data: O Programa de Acolhimento Inicial diz respeito ao período de adaptação acordado com o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), não devendo ser superior a 30 dias. O processo de integração do cliente é preponderante para o êxito da prestação do serviço. Neste período, deve dar-se especial atenção às questões relacionais, com vista a estabelecer laços de relação e proximidade, facilitadores deste processo. No primeiro dia da prestação dos serviços, deve estar presente o(a) Director(a) Técnico(a) do CD que, com o colaborador responsável pelo cliente, deverá desenvolver as seguintes funções: • • • • Gerir, adequar e monitorizar os primeiros serviços prestados; Avaliar as reacções do cliente; Prestar esclarecimentos em caso de necessidade; Caso existam, realizar o inventário dos bens do cliente (p.e. objectos de higiene pessoal, entre outros), fornecidos pelo cliente e acordados na contratualização (IMP02.IT03.PC02 – Lista de Pertences do Cliente); • Evidenciar a importância da participação da(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente nas actividades desenvolvidas; • Recordar, sempre que necessário, as regras de funcionamento do CD, assim como os direitos e deveres de ambas as partes e as responsabilidades de todos os elementos intervenientes na prestação do serviço; • Registar a informação recolhida nos impressos do sistema de gestão. Ainda durante este período, os colaboradores responsáveis pelo acolhimento do cliente podem desenvolver, observar ou aprofundar alguns aspectos da Entrevista de Avaliação Diagnóstica, completando ou alterando, sempre que necessário, o conteúdo da Ficha de Avaliação Diagnóstica – IMP01.IT02.PC02. 11 PC02. Processo de Admissão IT03.PC02 / Instrução de trabalho – Programa de Acolhimento Inicial Após os 30 dias de acolhimento, é elaborado o relatório final sobre o processo de integração e adaptação do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), utilizando para o efeito o impresso IMP03.IT03.PC02 – Programa de Acolhimento Inicial, que será posteriormente arquivado no Processo Individual do Cliente. Nessa altura, são prestadas informações ao cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) sobre a forma como decorreu a integração do cliente no estabelecimento. Estas informações passam a constar do seu Processo Individual. Se durante este período o cliente não se adaptar, deve ser realizada uma avaliação do Programa de Acolhimento Inicial, identificando os indicadores que conduziram à inadaptação do mesmo e procurar superá-los, estabelecendo se oportuno novos objectivos de intervenção. Se a situação de inadaptação persistir, é dada a possibilidade ao cliente de rescindir o contrato. 12 IMP01.IT02.PC02 • pág. deAvaliação 13 Ficha1de Diagnóstica • pág. 1 de 13 Identificação do Estabelecimento Centro de Dia Ficha de Avaliação Diagnóstica Data de Admissão: Data de Saída: Motivo da Saída: Dados recolhidos na entrevista directa ao cliente 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE Nome: Nome porque é tratado: Data de Nascimento: Idade: Anos Data da Entrevista: Data de Inscrição: Indique o seu grau de escolaridade mais elevado Não sabe ler, nem escrever n Ensino Técnico profissional n Sabe ler e escrever n Licenciatura n Ensino Básico (ensino primário) n Pós-graduação n Ensino Preparatório n Mestrado n Ensino Secundário n Doutoramento n Com que idade deixou de estudar? Antes dos 30 anos n Antes dos 50 anos n Antes dos 60 anos n Antes dos 70 anos n Outra situação n Não sei /não responde n Indique qual foi a sua última profissão Qual? Com que idade deixou de trabalhar? IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 2 de 13 Nacionalidade e Língua Qual a sua nacionalidade? Há quanto anos vive em Portugal/Distrito/Concelho? Compreende bem o Português (caso seja imigrante)? Sim n Sente dificuldades em expressar-se em Português (caso seja imigrante)? Normalmente as pessoas compreendem-no/a (caso seja imigrante)? Não n + ou - n Sim n Sim n Não n Não n + ou - n Às vezes n Tem alguma religião? Sim n Se sim, qual? Não n 2. CONTEXTO HABITACIONAL Há quantos anos vive no seu local de residência? Regime habitacional Condições habitacionais Casa própria n Água Canalizada n Fogão n Micro-ondas n Casa arrendada n Luz n Frigorifico n Rádio n Casa cedida n Rede de Esgotos n Esquentador n TV n Casa partilhada n Gás n Maq. lavar roupa n Vídeo/ DVD n Outra situação n Aquecimento n Maq. lavar loiça n Telefone/ telemóvel n Possui algum animal de estimação? Sim n Qual? Não n Gostaria de ter? Sim n Qual? Não n 3. SAÚDE Grupo Sanguíneo: Nome do Médico de Família/Assistente: Centro de Saúde: N.º de SNS: telef: ext IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 3 de 13 Nome do Médico da especialidade: : Contacto: Alergias: Problemas de Saúde Respiratórios n Intestinais n Urinários n Doenças infecto-contagiosas n Reumáticos n Doenças cancerígenas n Cardíacos n Sistema nervoso n Hipertensão n Depressivos n HIV/SIDA n Auditivos n Diabetes n Visão n Outros n Quais? Medicação e indicação terapêutica Nome Medicamento 4. NÍVEL COGNITIVO Orientação Temporal Em que ano estamos? Em que dia do mês estamos? Em que mês estamos? Em que dia da semana estamos? Em que estação do ano estamos? Jejum P. almoço Almoço Lanche Jantar Deitar IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 4 de 13 Orientação no Espaço Em que país estamos? Em que distrito vive? Em que terra vive? Em que casa estamos? Em que andar estamos? Atenção e cálculo Agora peço-lhe que me diga quantos são 30 menos 3. Depois ao número encontrado volta a tirar 3 e repete o processo até eu lhe dizer para parar. 27 n 24 n 21 n 18 n 15 n O cliente: 5. Tem boa verbalização n Demonstra um discurso com lucidez n Consegue exprimir necessidades n CAPACIDADE FÍSICA E FUNCIONAL Gostaríamos de conhecer alguns elementos relativos à sua capacidade física e funcional. Considera que: ACTIVIDADES CORPORAIS Alimentação Alimenta-se normalmente Necessita parcialmente de auxílio ou de alimentação triturada Necessidade total de ajuda humana ou de alimentação artificial (sonda, perfusão) n n n Higiene pessoal Faz a sua higiene normalmente Necessita de ajuda parcial Necessita de ajuda total n n n Usar banheira ou poliban Usa normalmente Necessita de ajuda parcial Necessita de ajuda total n n n Vestir-se Não necessita de ajuda Necessita de ajuda parcial Necessita de ajuda total n n n Eliminação Micção normal Defecção normal n n Incontinência urinária ocasional n Incontinência fecal ocasional n Incontinência urinária permanente (p.e. algália) Incontinência fecal permanente (doente osteomizado) n n IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 5 de 13 Usar a sanita Usa normalmente Necessita de ajuda parcial Necessita de ajuda total n n n ACTIVIDADES SENSORIAIS Fala Expressão verbal perfeita/correcta Dificuldade em falar n n Visão Normal Má Muito má ou cegueira (cego) n n n Audição Normal Má Muito má (surdez) n n n ACTIVIDADES LOCOMOTORAS Transferência Efectua normalmente Necessita de ajuda parcial ou de apoio n n Necessita de ajuda humana total ou de uma cadeira elevatória n Impossibilidade de deslocação n Deslocação no exterior Efectua normalmente Necessita de ajuda humana ou técnica (bengala, andarilho) n n Necessita de uma cadeira de rodas n Impossibilidade de deslocação n Trabalho doméstico Faz normalmente Necessita de ajuda parcial ou de apoio Necessita de ajuda total n n n Refeições Faz normalmente Necessita de ajuda parcial ou de apoio Necessita de ajuda total n n n Ir às compras Faz normalmente Necessita de ajuda parcial ou de apoio Necessita de ajuda total n n n IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 6 de 13 ACTIVIDADES MENTAIS Memória Normal Esquecimentos mais ou menos frequentes n n Esquecimentos muito frequentes n Amnésia n Comportamento Normal Perturbações minor: teimosia, lamentações, emotividade Perturbações major: agitação, desorientação, fuga n n n Humor Normal Tristeza (+/- importante) ou irritabilidade n n Apatia (sem energia) n Agressividade n OUTRAS ACTIVIDADES Administrar o dinheiro Sem ajuda Necessita de ajuda parcial ou de apoio Necessita de ajuda total n n n Tomar medicamentos Sem ajuda Necessita de ajuda parcial ou de apoio Necessita de ajuda total n n n IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 7 de 13 6. HÁBITOS, GOSTOS/ INTERESSES E QUALIDADE DE VIDA Gostaríamos de conhecer alguns dos seus hábitos, gostos e interesses. Por conseguinte, indique os hábitos, gostos/interesses para o conjunto das actividades tipo e variáveis que ir-se-à referir. Actividades Tipo Variáveis • Horários Refeições • Espaço • Forma de servir Cuidados pessoais e imagem Alimentação Compras no exterior • Tipo de cuidados • Frequência • Tipo de alimentos • Dieta • Frequência, por tipo de produtos (diária, semanal...) • Com quem • Frequência de lavagens Roupa • Passar a Ferro • Produtos utilizados Ocupação quotidiana do tempo Actividades lúdicas e/ou culturais • Actividades diárias que faz questão de fazer para ocupar o tempo • Onde e com quem • Frequência • De que tipo • Com quem • Onde • Frequência • De que tipo Actividades desportivas • Com quem • Onde • Frequência Actividades espirituais e/ou religiosas • De que tipo • Com quem • Onde • Frequência • Tipo de passeio Passear • Locais • Com quem • Frequência • Frequência, por tipo de Idas ao médico especialidade e tipo de organismo Isolamento/ comunicação afectiva e social • Com quem comunica? • Como e onde? • Frequência • Com quem sai? Mobilidade • Onde? • Frequência Relação familiar • Com quem estabelece contactos? • De que tipo e onde? • Frequência Hábitos Gostos e Interesses IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 8 de 13 Qual a satisfação que possui quanto aos relacionamentos que estabelece? (assinale com uma X ) 1. 2. 3. 4. 5. Insatisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Nr Familiares n n n n n Representante legal n n n n n Amigos n n n n n Vizinhos n n n n n Outras pessoas? n n n n n Actores Nota: Nr – não responde 7. NECESSIDADES SENTIDAS PELA PESSOA PRÓXIMA DO CLIENTE Gostaríamos de conhecer as necessidades de apoio, formação ou outras que a pessoa próxima do cliente (familiar, responsável legal ou outro) sente, domínios por actividade tipo que desenvolve. Actividade Tipo Refeições/alimentação Cuidados pessoais e de imagem Compras no exterior Ocupação quotidiana do tempo do cliente Lúdicas e/ou culturais, desportivas, espirituais, religiosas Passear Ida a consultas ou outras actividades de acompanhamento da saúde do cliente Comunicação afectiva e social com o cliente/relação familiar Outras Necessidades expressas Necessidades Observadas IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 9 de 13 8. REPRESENTAÇÕES Procura-se conhecer as representações do cliente sobre o envelhecimento, o seu projecto de vida, as suas necessidades e expectativas relativamente aos serviços e colaboradores da resposta social. Para si o que é ser uma pessoa idosa? Como acha que os seus familiares ou pessoas próximas vêem a pessoa idosa? Actualmente, qual é o seu projecto de vida? (Ou actualmente, qual é o seu objectivo de vida?, actualmente, o que procura fazer no seu dia-a-dia?) Quais são as suas necessidades? O que espera dos serviços do CD? Como acha que os serviços oferecidos podem contribuir para o seu projecto de vida, assim como para satisfazer as suas necessidades? Quais as expectativas em relação aos colaboradores do CD? (Ou: O que espera dos colaboradores do CD?) IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 10 de 13 Registos de observação ao longo da Entrevista de Avaliação Diagnóstica e/ou Programa de Acompanhamento Inicial Nos domínios abaixo apresentados, os colaboradores registam a informação pertinente recolhida através de observações e conversas estabelecidas com o cliente, aquando a realização da Entrevista de Avaliação Diagnóstica e o desenvolvimento do Programa de Acompanhamento inicial. As informações registadas, são aquelas que os colaboradores considerem pertinentes para a elaboração do diagnóstico do cliente, do Plano de Desenvolvimento Individual e para a adequabilidade dos serviços a prestar ao cliente. 9. CONTEXTO HABITACIONAL Segurança e acessos (externos e internos) 10. SAÚDE 11. NÍVEL COGNITIVO Orientação Temporal Orientação no Espaço Verbalização 12. CAPACIDADE FÍSICA E FUNCIONAL Alimentação IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 11 de 13 Higiene pessoal (incluir o uso de wc e vestir-se) Eliminação (inclui uso de sanita, fraldas, etc) Actividades sensoriais (fala, visão, audição) Actividades locomotoras (transferência, deslocação no domicílio, deslocação no exterior, espaço de vida) Actividades quotidianas (Trabalho doméstico, refeições, ir às compras) Actividades mentais (memória, comportamento, humor) Outras actividades (administração do dinheiro, uso do telefone, toma de medicamentos) Ajudas técnicas IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 12 de 13 13. HÁBITOS, GOSTOS/INTERESSES E QUALIDADE DE VIDA Actividades Tipo Refeições Alimentação Cuidados pessoais e de imagem Compras no exterior Roupa Ocupação quotidiana do tempo Lúdicas e/ou culturais Desportivas Espirituais e/ou religiosas Passear Idas ao médico Isolamento/ comunicação afectiva e social Mobilidade Relação familiar Relação colaboradores CD Observações IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 13 de 13 14. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES IMP02.IT03.PC02 • CENTRO DE DIA Lista de Pertences do Cliente Identificação do Estabelecimento Nome do cliente: Produtos Quantidade Data Entrega Previsão de nova entrega Assinaturas Pelo Cliente Pelo Estabelecimento Observações Cuidados de Reabilitação Actividades Socioculturais Actividades de Apoio Social Actividades de Apoio Psicologico Tratamento de Roupas Acompanhamento Aquisição de Bens ao Exterior e Serviços * Referenciar todos os colaboradores que contactem com o cliente durante a prestação dos serviços É objectivo deste instrumento avaliar a adaptação do Cliente. O Programa de Acolhimento Inicial reporta-se ao período de tempo estabelecido, no contrato com o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), como o período experimental em que, de acordo com a identificação das necessidades, a equipa do CD assegura a sua integração. Assistência Medicamentosa A 1ª parte deste instrumento destina-se ao preenchimento diário das ocorrências durante o período de adaptação. A 2ª parte do instrumento destina-se a uma síntese desse período de adaptação. Refeição (tipo de alimentação, horários, apoio, entre outros) • Cuidados Pessoais e Imagem a Esta folha pode ser fotocopiada tantas vezes quantas as necessárias Adaptação ao espaço Adequação dos Serviços Prestados Período de Vigência: de • Com os outros clientes Colaboradores do CD Aspectos Relevantes na Fase de Adaptação Nome do cliente: Identificação do Estabelecimento • Notas: Data Relacionamento Programa de Acolhimento Inicial IMP03.IT03.PC02 • CENTRO DE DIA • pág. 1 de 2 Situação Identificada(1) Medidas Tomadas(2) 1ª Semana Medidas Tomadas(2) Obs. Na identificação das situações de adaptação, importa referir essencialmente aquelas em que se verificou uma maior inadequação ao conjunto de estratégias implementadas pela Equipa de CD. Neste contexto, importa ter em especial atenção a 1ª semana de integração do Cliente. O Estabelecimento: Situação Identificada(1) Na identificação das medidas tomadas, importa ter em etenção todas as estratégias e acções implementadas pela Equipa do CD tendentes a uma maior adaptação. Exemplos de medidas tomadas: reformulação do plano de Desenvolvimento Individual e renegociação/cessação do contrato, referindo-se quais os aspectos mais relevantes, os recursos afectados (humanos, materiais, logísticos), bem como o papel da pessoa próxima na reformulação do PDI. Medidas Tomadas(2) 4ª Semana a (1) A Família: Situação Identificada(1) 3ª Semana Período de Vigência: de Identificação do Estabelecimento (2) O Cliente: Medidas Tomadas(2) 2ª Semana Nome do cliente: Situação Identificada(1) Referenciar todos os elementos que se encontram em contacto com o cliente durante a prestação dos cuidados. Data: * Adequação dos Recursos Adstritos Adequação do Serviço Adequação do Serviço Adequação do Serviço Adequação do Serviço Adaptação ao espaço c/ pessoas externas Relacionamento com * Relacionamento com * Relacionamento com * Relacionamento com * Relacionamento com * Relacionamento com * Relacionamento com os outros clientes Processo de Adaptação do Cliente Avaliação Programa de Acolhimento Inicial IMP03.IT03.PC02 • CENTRO DE DIA • pág. 2 de 2 PC03. Documentação PC03 PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL IT01.PC03 Plano de Desenvolvimento Individual IMP01.IT01.PC03 Plano de Desenvolvimento Individual PC03 Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) PC03. Processo Plano de Desenvolvimento Individual PC03 Processo Plano de Desenvolvimento Individual elaborado: data: aprovado: data: 1. OBJECTIVO Estabelecer as regras gerais a observar na elaboração, implementação, monitorização, avaliação e revisão do Plano de Desenvolvimento Individual do cliente. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO Este processo aplica-se a todos os colaboradores dos serviços intervenientes na elaboração, implementação, monitorização, avaliação e revisão do Plano de Desenvolvimento Individual do cliente. 3. INDICADORES DO PROCESSO São ferramentas essenciais para medir o desempenho dos Processos. A monitorização do processo será realizada através do controlo dos indicadores que devem ser definidos pela Direcção do estabelecimento, em função do modelo organizacional e dos objectivos estratégicos da instituição. Os indicadores apresentados na matriz do processo são exemplos possíveis. 2 Processo Plano de Desenvolvimento Individual .PC03 Início 4. MODO OPERATÓRIO 1. Elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) 1. Elaboração do PDI Para a elaboração do PDI são definidos os responsáveis pela sua coordenação, elaboração, análise, implementação, monitorização, avaliação e revisão. No PDI, deve estar definida uma metodologia para a gestão e prevenção de situações de negligência, abusos e maus tratos. A elaboração do PDI é realizada de acordo com o ponto 1 da instrução de trabalho IT01.PC03 – Plano de Desenvolvimento 2. Recorrer a Entidades/colaboradores externos e a aquisição de material Individual. Não Existem recursos necessários? • SE internamente são garantidos os recursos necessários (humanos e materiais) para a elaboração do PDI, procede-se como estabelecido em 3; • SE internamente não são garantidos os recursos necessários, procede-se como previsto em 2. Sim 2. Recorrer a entidades/colaboradores externos e aquisição de material Sempre que necessário, o estabelecimento recorre a outros serviços, colaboradores externos ou constitui parcerias, para dar resposta às necessidades específicas ou expectativas dos clientes, assim como a 3. Validação do PDI por todos os intervenientes aquisição de material. No caso de estabelecer uma parceria, deverá formalizar um protocolo no âmbito da mesma. 3. Validação do PDI por todos os intervenientes O PDI é analisado pelo cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), colaboradores internos e externos envolvidos na sua implementação, com vista à sua aprovação. • Se o cliente, pessoa(s) próxima(s) e colaboradores envolvidos na 5. Reformulação do PDI Sim É necessário rever o PDI ? intervenção concordarem com o PDI apresentado, o mesmo é assinado por todas as partes envolvidas. • Se o cliente, pessoa(s) próxima(s) e colaboradores envolvidos na intervenção não concordarem com o PDI, o mesmo é alvo de alteração e posterior aprovação, conforme previsto em 5. Não A 3 PC03. Processo Plano de Desenvolvimento Individual A 4. Implementação do PDI O PDI é operacionalizado de acordo com os objectivos, actividades e acções negociadas por todos os actores intervenientes, incluindo o cliente e a(s) pessoa(s) próxima(s). Na fase de implementação do PDI, os colaboradores para registar todas as actividades, acções e respectivas tarefas devem utilizar PDI validado 4. Implementação PDI impressos elaborados para esse objectivo e que se encontram anexados aos diferentes processos. (p.e. IMP01.IT01.PC04 – Impresso utilizado para registo da participação dos clientes nas actividades socioculturais tipo). 5. Reformulação do PDI As alterações a serem introduzidas no PDI são sujeitas a nova validação por todos os intervenientes (cliente, familiar, representante legal, colaboradores, outros), condição necessária para a sua implementação. 6. Monitorização, avaliação e revisão do PDI 6. Monitorização, avaliação e revisão do PDI O PDI é monitorizado, bem como avaliado e revisto, sempre que necessário, com todos os actores envolvidos (cliente, pessoa(s) próxima(s), colaboradores directos e indirectos), de acordo com o estabelecido no ponto 2 da instrução de trabalho IT01.PC03 – Plano de Desenvolvimento Individual. Fim 4 Processo Plano de Desenvolvimento Individual .PC03 • Missão e valores organizativos • Objectivos operacionais das áreas/sectores (saúde, alimentação, actividades culturais, entre outros) • Informações recolhidas no Processo de Candidatura - Ficha de Inscrição - Parte A e B (IMP02.IT01.PC01) • Informações recolhidas no Processo de Admissão (Contrato, Entrevista Diagnóstica e Programa de Acolhimento Inicial) • Informações diárias do responsável pelo cliente • Relatórios e informações provenientes de outras instituições • Relatórios e informações específicas desenvolvidas por departamentos sectoriais da Instituição • Resultados da monitorização e avaliação do PDI • Resultados da avaliação da satisfação dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s), colaboradores e parceiros Entrada (Input) Responsáveis Actividades Elaboração, Monitorização e Avaliação do PDI Indicadores ET AAD Instruções de trabalho Impressos • • • • IT01.PC03 – Plano de Desenvolvimento Individual • Plano de Desenvolvimento Individual (IMP01.IT01.PC03) • Número de actividades adequadas, face aos objectivos gerais de intervenção e objectivos específicos das actividades • Número de revisões do PDI • Número de novas actividades não previstas e desencadeadas no decurso da implementação do PDI • Grau global de cumprimento do PDI (nº de acções executadas/nº de acções planeadas, por motivo) • Grau de cumprimento do PDI por actividade tipo (nº de acções executadas/nº de acções planeadas e segundo a causa de não execução) Gestor do processo Responsável pela actividade / DT • Plano de Desenvolvimento Individual • Plano de Desenvolvimento Individual – monitorizado e avaliado • Plano de Desenvolvimento Individual – revisto (p.e. reformulação dos objectivos específicos) • Serviços prestados • Rescisão do contrato Saída (Output) n Doc. Referência Director(a) Técnico(a) n Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / ET - Equipa técnica / AAD - Auxiliar de acção directa 5 PC03. Processo Plano de Desenvolvimento Individual IT01.PC03 Instrução de Trabalho – Plano de Desenvolvimento Individual elaborado: data: aprovado: data: 1. ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI) 1.1 Condições Gerais O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é um instrumento que visa que os serviços prestados ao cliente promovam a sua autonomia e qualidade de vida, respeitando o projecto de vida, hábitos, gostos, confidencialidade e privacidade da pessoa. A elaboração do PDI deve ser adequada às necessidades, hábitos, interesses e expectativas de cada cliente, na medida em que este é um ser único e individual, pelo que se deve ter em atenção os seguintes princípios/regras: • Definir um conjunto de actividades e acções que respeitem o género, religião, identidade e cultura, entre outras, do cliente; • Promover um conjunto de actividades e acções que respeitem o projecto de vida, a autonomia, os hábitos, os interesses, as expectativas, as competências e potencialidades do cliente; • Promover a participação activa do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) em todas as fases de planificação das actividades; • Considerar que a ocupação quotidiana do tempo por parte do cliente depende do seu projecto de vida, competências e potencialidades, dos hábitos de vida e lazer, bem como dos estímulos oferecidos pelo CD; • Estabelecer e desenvolver actividades que promovam a comunicação e convivência. 1.2 Equipa multidisciplinar A elaboração do PDI é realizada pelo gestor do processo em colaboração e articulação com todos os intervenientes: • Equipa técnica constituída por elementos dos vários sectores/áreas da organização e elementos externos; 6 • Auxiliares de acção directa; Processo Plano de Desenvolvimento Individual .PC03 IT01.PC03 / Instrução de trabalho – Plano de Desenvolvimento individual • • O cliente e/ou pessoa(s) próxima(s); Outros colaboradores de outros serviços ou entidades; 1.3. Dados de entrada O PDI é elaborado com base nos seguintes elementos: • • Missão e valores organizativos; Objectivos operacionais das áreas/sectores (alimentação, actividades culturais, saúde, entre outros); • • • • • Ficha de Inscrição - Parte A e B (IMP02.IT01.PC01); Entrevista de Avaliação Diagnóstica (IMP01.IT02.PC02); Relatório do Programa de Acolhimento Inicial (IMP03.IT03.PC02); Relatórios e informações provenientes de outras instituições; Relatórios e informações específicas desenvolvidas por departamentos sectoriais da Instituição; • Outros. 1.4 Estrutura O PDI contém, pelo menos, os seguintes elementos (ver Plano de Desenvolvimento Individual IMP01.IT01.PC03): • • • • Identificação do cliente constante no Processo Individual; Diagnóstico síntese; Objectivos gerais de intervenção e respectivos indicadores; Actividades de intervenção/serviços a prestar ao cliente e respectivos objectivos específicos, indicadores e calendarização; • • • Acções por actividade/serviço; Participação do cliente e pessoa(s) próxima(s) na intervenção; Definição dos responsáveis pela elaboração, implementação, monitorização, avaliação e revisão do PDI; • • • Periodicidade da avaliação/revisão do PDI; Assinatura de todos os intervenientes; Datas de revisão do Plano. Após estar finalizado o diagnóstico do cliente – Ficha e Inscrição A e B, Entrevista de Avaliação Diagnóstica, Relatório do Programa de Acolhimento Inicial e outros - ou seja, de estarem identificadas as competências, necessidades, expectativas e potencialidades do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), bem como os serviços contratualizados pelo(s) mesmo(s), o estabelecimento está em condições de preencher o IMP.01.IT01.PC03 – Plano de Desenvolvimento Individual. A equipa técnica do CD estabelece os objectivos gerais de intervenção com base em: missão e valores da instituição; objectivos das áreas /sectores organizativos (alimentação, apoio psicossocial, saúde, entre outros); finalidade do PDI; resultados do diagnóstico (Avaliação Diagnóstica e do Programa de Acolhimento Inicial do cliente). Os objectivos gerais de intervenção correspondem a níveis de desenvolvimento, i.e. a resultados desejáveis que se pretendem alcançar com a prestação das várias actividades/serviços gerais. 7 PC03. Processo Plano de Desenvolvimento Individual IT01.PC03 / Instrução de trabalho – Plano de Desenvolvimento individual Estes objectivos, tantos quantos necessários, são agrupados por domínios de intervenção individual, relacional, familiar, social -, e são definidos de forma clara e operacional (quantificada e correspondente a um período temporal). Para cada objectivo geral é/são definido(s) o(s) indicador(es), cuja fonte são os vários registos de informação e de monitorização. A título exemplificativo indica-se a formulação de alguns objectivos gerais de intervenção e respectivos indicadores: Objectivos gerais da intervenção Indicadores Garantir diariamente a cobertura das necessidades intermédias contratualizadas (refeições, cuidados pessoais e de imagem, assistência medicamentosa) • n.º ou % de refeições fornecidas • n.º ou % de apoio garantidos na alimentação • % de assistência medicamentosa assegurada diariamente Garantir semanalmente variedade de pratos confeccionados • % de refeições variadas fornecidas Assegurar semanalmente prato(s) confeccionado(s) • % de refeições fornecidas de acordo com os hábitos e gostos do cliente Promover, pelo menos semanalmente, as capacidades cognitivas do cliente • Capacidade de retenção de memória do cliente • Capacidade de orientação espácio-temporal do cliente • Capacidade de atenção e cálculo do cliente • % de actividades de ocupação do tempo em que o cliente esteve implicado diariamente • % de actividades culturais que o cliente participou semanalmente Minimizar, em 3 meses, a solidão e isolamento do cliente Para cada actividade/serviço contratualizado devem ser definidos os objectivos específicos e seus indicadores, a calendarização anual e as acções. A título exemplificativo apresenta-se a formulação de alguns objectivos específicos: • Implicar, ao longo do primeiro semestre, o cliente diariamente em actividades lúdicorecreativas; • Implicar, ao longo do primeiro semestre, o cliente semanalmente em actividades desportivas; • Implicar, ao longo do primeiro semestre, o cliente semanalmente em actividades culturais; • Implicar, ao longo do primeiro semestre, o cliente mensalmente em actividades formativas. Para cada acção devem estar identificados os seguintes itens: hábitos, expectativas e gostos do cliente; periodicidade; número de vezes que a acção deve ocorrer; riscos associados; acções 8 Processo Plano de Desenvolvimento Individual .PC03 IT01.PC03 / Instrução de trabalho – Plano de Desenvolvimento individual preventivas/correctivas; responsáveis pela execução e supervisão; recursos. A título exemplificativo, ilustram-se um conjunto de acções associadas a algumas actividades tipo: • Cuidados pessoais - lavar-se; tomar banho; fazer a barba; maquilhar-se; pentear-se; comer; subir e descer escadas. • Actividades quotidianas- apoio na elaboração de ementas; participar na confecção de refeições; pôr a mesa; levantar a mesa; mobilização entre várias actividades. • Actividades culturais- ir ao cinema; fazer ou ir ao teatro; participar em coros; ir a concertos; ir a museus; leitura e discussão de temas; ler jornais e revistas; entre outras. Os serviços do Centro de Dia devem sempre procurar promover a participação e implicação do cliente e pessoa(s) próxima(s) nas actividades/serviços que prestam, através da sua implicação/co-responsabilização nalgumas actividades e, especialmente, acções. Para o efeito, devem definir e negociar previamente com todos os intervenientes (cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), outro) as actividades/acções a desenvolver. Os serviços do Centro de Dia não devem debilitar, substituir ou destruir as redes de apoio aos clientes, já existentes. Devem antes potencializá-las e promover, sempre que possível, relações de parceria, boa vizinhança e voluntariado (preferencialmente com formação neste domínio). 2. MONITORIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PDI O PDI é monitorizado mensalmente, através dos registos diários efectuados pelos colaboradores nos impressos, livro de registos e outros instrumentos criados para o efeito. O PDI é avaliado e revisto, semestralmente e/ou sempre que necessário, através do envolvimento de todos os intervenientes (colaboradores directos e indirectos, família, cliente, outros), com vista a melhorar a qualidade dos serviços e adequá-los às necessidades dos clientes que, ao longo do tempo, vão surgindo. O objectivo da avaliação é medir a eficiência e a eficácia do plano e o impacte que este está a ter no cliente e pessoa(s) próxima(s). Por conseguinte, a avaliação deverá permitir medir: • o impacto dos serviços no melhoramento e promoção da autonomia e qualidade de vida do cliente, i.e. se os objectivos gerais da intervenção, objectivos específicos, actividades e acções promoveram a autonomia e qualidade de vida do cliente; • a satisfação do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) com o desempenho da execução das actividades e acções; • a adequação dos objectivos gerais de intervenção, objectivos específicos, actividades e acções às necessidades e expectativas do cliente; • a adequação dos recursos utilizados e os custos envolvidos na realização do plano. O responsável pela avaliação juntamente com a equipa, definem os indicadores de avaliação, assim como os instrumentos metodológicos específicos, tais como: • • Entrevistas/questionários de satisfação dos clientes e pessoa(s) próxima(s) (famílias e outros); Pareceres técnicos em domínios específicos, como por exemplo avaliação cognitiva e funcional do cliente; • Análise dos resultados da monitorização semanal; Os indicadores de monitorização e avaliação são definidos simultaneamente com a planificação das actividades a desenvolver com o cliente. 9 PC03. Processo Plano de Desenvolvimento Individual IT01.PC03 / Instrução de trabalho – Plano de Desenvolvimento individual O resultado da monitorização e avaliação deve ser do conhecimento do cliente, sendo registado, datado, assinado por ambas as partes e arquivado no Processo Individual do mesmo. O Estabelecimento deve elaborar registos para evidenciar os resultados da monitorização e avaliação, sendo que estes devem fazer parte integrante do processo individual do cliente. Sempre que sejam envolvidos outros serviços e/ou intervenientes (externos ou internos) com responsabilidade na prestação directa ou indirecta na implementação do PDI, estes devem ter conhecimento, em tempo útil, das revisões e alterações ao plano. Sempre que as alterações ao PDI justifiquem mudanças nos serviços contratualizados com o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), o contrato é revisto. 10 Relacional Familiar Económico Saúde Domínios 2 11. 10. 9. 8. 7. 6. 5. 4. 3. 2. 1. Colaborador de referência: Nome do cliente: Objectivos Gerais de Intervenção 2 Individual; familiar; social; saúde; económico; outros 1 Necessidades; expectativas; serviços contratualizados; competências e potencialidades do cliente Diagnóstico 1 Actividades de intervenção Plano de Desenvolvimento Individual IMP01.IT01.PC03 • CENTRO DE DIA Idade: Definição Tratar o cliente por: Data aniversário: Indicador(es) anos Fonte Identificação do Estabelecimento Outras Aquisição de bens no exterior Acompanhamento ao exterior Quotidianas Lúdico-recreativas Culturais Formativas Desportivas Aquisição de ajudas técnicas Apoio psicossocial Reabilitação Tratamento de roupa Assistência medicamentosa Refeições Imagem pessoal Higiene Pessoal Actividades tipo Assinalar as actividades contratualizadas Obejctivo(s) específico(s) Indicador(es) Jul Jun Mai Abr Calendarização anual Ago Actividades de intervenção Set Plano de Desenvolvimento Individual Identificação do Estabelecimento Nov Out IMP01.IT01.PC03 • CENTRO DE DIA Dez Mar Fev Jan Data de aprovação: INFORMAÇÕES GERAIS 1 - Espaço CD; Espaço Exterior (qual) 2 - Diária; semanal; quinzenal; mensal; semestral, anual Acções Colaborar Assinatura do Cliente: Hábitos, gostos e expectativas do cliente Humanos N.º de vezes Assinatura do Responsável: Materiais/ I nstrumentais (AT) Recursos Financeiros Actividade tipo: Objectivos Específicos: Supervisão Responsáveis Output Quem Riscos Associados Treinar Observações Identificação do Estabelecimento Participação / Implicação (S/N) Assinatura de outros serviços: Quando Acções por actividade Cliente Plano de Desenvolvimento Individual Familiar IMP01.IT01.PC03 • CENTRO DE DIA Outro Execução Parcerias Periodicidade 2 Local 1 Acções Preventivas/Correctivas PC04. Documentação IMP01.IT01.PC04 Plano de Actividades Socioculturais PC04 PLANEAMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS ACTIVIDADES SOCIOCULTURAIS IT01.PC04 Plano de Actividades Socioculturais IMP02.IT01.PC04 Registo de Presenças PC04 PLANEAMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS ACTIVIDADES SOCIOCULTURAIS PC04. Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais PC04 Processo de Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais elaborado: data: aprovado: data: 1. OBJECTIVO Estabelecer as regras gerais para a elaboração, validação, implementação, monitorização, avaliação e revisão do Plano de Actividades Socioculturais. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO Aplica-se aos colaboradores e serviços responsáveis pela elaboração, validação, implementação, monitorização, avaliação e revisão do Plano de Actividades Socioculturais. 3. INDICADORES DO PROCESSO São ferramentas essenciais para medir o desempenho dos Processos. A monitorização do processo será realizada através do controlo dos indicadores que devem ser definidos pela Direcção do estabelecimento, em função do modelo organizacional e dos objectivos estratégicos da instituição. Os indicadores apresentados na matriz do processo são exemplos possíveis. 2 Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais .PC04 4. Início MODO OPERATÓRIO 1. Levantamento de necessidades colectivas no âmbito das Actividades Socioculturais Após a avaliação diagnóstica, na qual foram identificadas as necessidades Socioculturais de cada cliente e inscritas no PDI, os colaboradores do CD definem a intervenção, para o conjunto de clientes, relativa a este tipo de actividades, através de um plano – Plano de Actividades Socioculturais. 1. Levantamento de necessidades colectivas no âmbito das Actividades Socioculturais 2. Elaboração do Plano de Actividades Socioculturais (PAS) A elaboração do PAS é realizada de acordo com o ponto 1 da instrução de trabalho IT01.PC04 – Plano de Actividades Socioculturais. 2. Elaboração do Plano de Actividades Socioculturais (PAS) Para a elaboração do PAS, são definidos os responsáveis pela sua coordenação, elaboração, análise, implementação, monitorização, avaliação e revisão. Existem recursos necessários? Não 3. Recorrer a Entidades/colaboradores externos e a aquisição de material SE internamente são garantidos os recursos necessários (humanos e materiais) para a elaboração do PAS, procede-se como estabelecido em 4; SE internamente não são garantidos os recursos necessários, procede-se como previsto em 3. 3. Recorrer a entidades/colaboradores externos e a aquisição de material Sim Para dar resposta às necessidades específicas ou expectativas dos clientes, sempre que necessário, o estabelecimento recorre: à aquisição de material; a outros serviços ou a colaboradores externos à constituição de parcerias. 4. Validação do PAS No caso de se estabelecer uma parceria, deverá formalizar um protocolo no âmbito da mesma. 4. Validação do PAS É necessário rever o PAS? Sim 5. Reformulação do PAS O PAS é analisado pelo cliente e/ou pessoa próxima (família, responsável legal ou outro), restantes colaboradores internos e externos envolvidos na sua implementação, com vista à sua aprovação. Se os clientes/pessoa(s) próxima(s) não validar(em) o PAS, este será revisto como previsto em 5. Se os clientes/pessoa(s) próxima(s) validar(em) o PAS procede-se como estabelecido em 6. A 3 PC04. Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais A Não 5. Reformulação do PAS As alterações ao Plano, devem resultar da concordância do cliente e de todos os intervenientes. No entanto, quando assim não é possível, o gestor do processo deve proceder às reformulações necessárias e assegurar que todos têm conhecimento das mesmas e as aceitam, condição necessária à sua implementação. 6. Implementação do PAS 6. Implementação do PAS A implementação do PAS é realizada através da execução das actividades Socioculturais, conforme previsto na instrução de trabalho IT01.PC04 – Plano de Actividades Socioculturais. Nas situações em que o CD esteja inserido numa Instituição com outras respostas sociais (p.e. SAD ou Lar), e com vista a optimizar e potenciar recursos, o gestor do processo deve articular os Planos de Actividades Socioculturais de cada resposta social, constituindo um Plano único, bem como integrar e articular com os projectos de Animação Sociocultural. É da responsabilidade do cliente, a decisão de participação nas actividades planeadas/previstas. 7. Monitorização, avaliação e revisão do PAS Quando solicitado pelo cliente, deve ser proporcionada a possibilidade de participação em actividades não previstas. Para cada actividade planeada deverá estar sempre previsto o modo de actuação em situações de emergência. 7. Monitorização, avaliação e revisão do PAS Fim 4 O PAS é monitorizado, avaliado e revisto, sempre que necessário, com todos os actores envolvidos (cliente, pessoa(s) próxima(s), colaboradores directos e indirectos) e conforme previsto no ponto 2 da instrução de trabalho IT01.PC04 – Plano de Actividades Socioculturais. Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais .PC04 • Objectivos operacionais da área/sector • Informações recolhidas no Processo de Candidatura - Ficha de Inscrição - Parte A e B (IMP02.IT01.PC01) • Informações recolhidas no Processo de Admissão (Contrato, Entrevista de Avaliação Diagnóstica e Programa de Acolhimento Inicial) • Planos de Desenvolvimento Individual – PDI • Relatórios e informações específicas desenvolvidas por departamentos sectoriais da Instituição • Resultados de monitorizações e avaliações do PAS Entrada (Input) Responsabilidades Actividades Planeamento, Monitorização, Avaliação e Revisão das Actividades Socioculturais Indicadores AAD • • • Instruções de trabalho • IT01.PC04 – Plano de Actividades Socioculturais Impressos • IMP01.IT01.PC04 – Plano de Actividades Socioculturais • IMP02.IT01.PC04 – Registo de Presenças • Número de actividades adequadas face aos objectivos operacionais • Número de revisões do PAS • Número de novas actividades não previstas e desencadeadas no decurso da implementação do PAS • % de actividades realizadas que satisfazem as necessidades, interesses e expectativas dos clientes Gestor do processo Responsável pela actividade / ET • Plano de Actividades Socioculturais • Novas actividades Saída (Output) n DT Doc. Referência Director(a) Técnico(a) n Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / ET - Equipa técnica / AAD - Auxiliar de acção directa 5 PC04. Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais IT01.PC04 Instrução de Trabalho – Plano de Actividades Socioculturais elaborado: data: aprovado: data: 1. ELABORAÇÃO DO PLANO DE ACTIVIDADES SOCIOCULTURAIS 1.1 Condições Gerais Após estarem definidos os objectivos operacionais relativos às actividades socioculturais, bem como as necessidades, hábitos, interesses e expectativas dos clientes, elabora-se o Plano de Actividades Socioculturais. O estabelecimento ao estruturar e planificar anualmente o conjunto de actividades socioculturais para os clientes, deve ter em atenção os seguintes princípios/regras: • • • Respeitar as diferenças religiosas, étnicas e culturais, entre outras, dos clientes; • Promover a participação activa dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) nas diversas fases de planificação das actividades; • • Promover a comunicação, convivência e ocupação do tempo dos clientes; Promover a autonomia e qualidade de vida; Respeitar o cliente quanto à sua individualidade, capacidades, potencialidades, hábitos, interesses e expectativas; Considerar que a ocupação quotidiana do tempo dos clientes depende do seu projecto de vida, hábitos de lazer ou outros, bem como dos estímulos oferecidos pelo CD. 1.2 Equipa multidisciplinar A elaboração do PAS é realizada pelo gestor do processo em colaboração e articulação com: 6 • • Os clientes e/ou pessoa(s) próxima(s); • • • Auxiliares de acção directa; Técnicos, tais como o terapeuta ocupacional, animador sociocultural, assistente social, fisioterapeuta, entre outros; Voluntários; Parceiros ou colaboradores de outros serviços ou entidades externas, sempre que necessário. Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais .PC04 IT01.PC04 / Instrução de trabalho – Plano de Actividades Socioculturais 1.3 Dados de entrada O PAS é elaborado com base nos seguintes elementos: • • Objectivos operacionais da área/ sector; • • • • Planos de Desenvolvimento Individual; Necessidades, interesses, hábitos, expectativas, competências e potencialidades dos clientes - Informações obtidas nos processos de candidatura e admissão; Recursos disponíveis na comunidade, próxima e alargada; Recursos disponibilizados pelos parceiros, formais e informais; Resultados de monitorizações e avaliações do PAS. 1.4 Estrutura O PAS, que tem início com o diagnóstico, deve sistematizar de forma simples, segundo cada actividade sociocultural tipo, os seguintes elementos: • • Necessidades, expectativas e interesses do conjunto dos clientes do CD; • • Resultados de monitorização e avaliação desenvolvidas em anos anteriores; Objectivos gerais de intervenção e específicos a alcançar nas actividades lúdicas, culturais e outras previstas nos diversos PDI; Recursos internos e externos identificados. O gestor do processo deverá sistematizar os elementos mencionados, preferencialmente, de acordo com uma tipologia de clientes, adoptando ou construindo para o efeito aquela que considera mais adequada (tipificação por grau de dependência, género, idade ou outra). O PAS poderá conter um conjunto diversificado de actividades de tipo: quotidiano, lúdicorecreativo, cultural, desportivo, festivo (p.e. Natal, Carnaval, Páscoa, Aniversários, entre outras), formação espiritual. Para a globalidade de cada actividade tipo são definidos, pelo menos, os seguintes itens: objectivo(s) e indicador(es); calendarização anual e produtos. Para cada produto das actividades socioculturais tipo são identificados, pelo menos, os seguintes elementos: descrição; local de realização; n.º de vezes a realizar; calendarização semanal, anual e em que horários/períodos do dia deverá ser realizado; recursos financeiros, humanos, materiais e parcerias a afectar; tarefas, com respectiva calendarização e responsáveis internos e externos; responsáveis de execução e supervisão; capacidade de clientes a abranger; n.º de clientes a abranger; estimativa de custo. Os produtos podem ser muito variados, exemplificando apenas alguns, por actividade tipo: • Lúdico-recreativo – Jogar às damas, cartas ou outras; participar em coros; fazer objectos em cerâmica, patch – work, crochet; • • • • Cultural – ir ao cinema, ao teatro, a concertos, museus, exposições; • Quotidiano – ir ás compras, realizar algumas tarefas domésticas, ver TV, ouvir rádio, música, cuidar de um animal doméstico, cuidar de plantas; • Social – participar em passeios colectivos ou em actividades desenvolvidas por outras organizações, receber ou fazer visitas, fazer voluntariado dentro e fora da instituição. Desportivo – fazer ginástica de manutenção, natação, hidroginástica, Yoga; Espiritual e/ou religioso – ir à missa, rezar, Reikiy, Tai Chi; Intelectual / formativo – participar em aulas nas universidades e academias seniores ou outras, conferências, palestras, seminários, música, canto coral e leitura; 7 PC04. Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais IT01.PC04 / Instrução de trabalho – Plano de Actividades Socioculturais Um PAS, poderá incorporar um projecto de animação sociocultural. Este último deverá conter as seguintes informações: denominação do projecto; natureza do projecto; descrição do projecto; fundamentação ou justificação; finalidade do projecto; objectivos; metas; beneficiários; produtos; localização física e cobertura espacial; especificação operacional das actividades e tarefas a realizar; métodos e técnicas a utilizar; determinação dos prazos e calendários de actividades; determinação dos recursos necessários (humanos, materiais, técnicos, financeiros, estrutura financeira e calendário financeiro); cálculo de custos de elaboração e execução do projecto; coordenação do projecto; indicadores de avaliação do projecto; factores externos e condicionantes ou pré-requisitos para o sucesso e impacto do projecto. O Plano deverá ser definido no impresso IMP01.IT01.PC04 – Plano de Actividades Socioculturais. A participação dos clientes em cada produto desenvolvido, deve ser registada no IMP02.IT01.PC04 – Registo de Presenças, que prevê o registo da data, local, actividade tipo, hora, assinatura do cliente e/ou da pessoa(s) próxima(s). 2. MONITORIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E REVISÃO DAS ACTIVIDADES SOCIOCULTURAIS O Plano de Actividades Socioculturais é monitorizado mensalmente, através dos registos efectuados pelos clientes e/ou colaboradores nos instrumentos criados para o efeito. O Plano de Actividades Socioculturais é avaliado e revisto anualmente e/ou sempre que necessário, através do envolvimento de todos os intervenientes (colaboradores directos e indirectos, família, cliente, outros), com vista a melhorar a qualidade dos serviços e adequá-los às necessidades e expectativas dos clientes. O objectivo da avaliação é medir a eficiência e a eficácia do Plano e o impacte que este está a ter no cliente e pessoa próxima (familiar ou outro). Por conseguinte, a avaliação deverá permitir medir: • • • o impacte dos serviços no melhoramento da autonomia e qualidade de vida do cliente; se os objectivos definidos por actividade sociocultural tipo foram alcançados; a adequabilidade dos objectivos de cada actividade sociocultural tipo e produtos ao diagnóstico síntese, nomeadamente no que se refere às necessidades, expectativas e interesses do(s) cliente(s); • a satisfação do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) no desempenho e produtos oferecidos por actividades tipo; • a adequabilidade dos recursos utilizados e o custo envolvido na realização do Plano; O gestor do processo define com a equipa os indicadores de monitorização e avaliação, assim como os instrumentos metodológicos específicos, tais como: • entrevistas/questionários de satisfação dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) (famílias e outros); • • pareceres técnicos em domínios específicos; registos. Os indicadores de monitorização e avaliação, são definidos simultaneamente aquando da elaboração da planificação de actividades. O Estabelecimento deve elaborar registos para evidenciar os resultados da monitorização e avaliação do PAS, sendo que estes devem fazer parte integrante do respectivo dossier, constituído para o efeito. 8 Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais .PC04 IT01.PC04 / Instrução de trabalho – Plano de Actividades Socioculturais O resultado da avaliação e revisão anual do PAS deverá ser do conhecimento dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s). Sempre que sejam envolvidos outros serviços e/ou intervenientes (externos ou internos) com responsabilidade na prestação directa ou indirecta do PAS, estes têm conhecimento, em tempo útil, das revisões e alterações ao Plano. Para a revisão do Plano devem ser considerados os seguintes elementos: • • • • • Resultados da monitorização mensal; Resultados obtidos no relatório de avaliação do PAS; Resultados das Entrevistas de Avaliação Diagnóstica; Avaliação dos Planos de Desenvolvimento Individual do Cliente; Informação proveniente da avaliação da satisfação dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) e colaboradores (p.e. resultados dos questionários de avaliação de satisfação, resultados das reuniões com o cliente/famílias). 9 Necessidades (1) Expectativas Clientes Interesses Principais objectivos gerais de intervenção a alcançar nas actividades previstas no PDI Monitorização Avaliação Principais resultados (1) Sintetizar a informação, preferencialmente por tipo de cliente. Para tal, adoptar a tipologia mais adequada face ao conjunto de clientes: grau de dependência; género; idade, entre outras Outra Sociais Quotidianas Intelectual/formativo Espiritual/religioso Desportivas Culturais Lúdico-recreativas Actividades Socioculturais tipo Diagnóstico síntese Plano de Actividades Socioculturais IMP01.IT01.PC04 • CENTRO DE DIA • PÁG. 1 DE 3 Internos Recursos Externos Identificação do Estabelecimento Outra Sociais Quotidianas Intelectual/formativo Espiritual/religioso Desportivas Culturais Lúdico-recreativas Actividades Sócioculturais Tipo Definição Objectivos específicos Indicador(es) Calendarização Jun Objectivos Operacionais Jul Plano de Actividades Socioculturais Identificação do Estabelecimento Nov Out Set Ago IMP01.IT01.PC04 • CENTRO DE DIA • PÁG. 2 DE 3 Dez Mai Abr Mar Fev Jan Data: OUTRAS. C. B. A. Produto(s) Observações Tarefas Espaço Interior (doméstico ou valência X); Espaço exterior; Ambos Indicação precisa do(s) local(is). Indicar horários ou períodos do dia (manhã/tarde/noite) Indicar os dias da semana (Seg.- Dom) Indicar os meses do ano J. 12345- Principais hábitos, gostos e expectativas dos clientes (1) Tipo de espaço Responsável: Jan (4) Semanal (2) Indicação Fev I. H. G. F. E. D. C. B. A. Produtos N.º de vezes Mar Calendarização Humanos Calendarização Recursos Tarefas Nov Actividade sociocultural tipo: Execução Dez Ago Mai Localização Jun Supervisão Responsáveis Observações Quem Out Parcerias Abr Período do dia (3) Plano de Actividades Socioculturais Jul Quando Identificação do Estabelecimento N.º de clientes a abranger Capacidade de Clientes a abranger IMP01.IT01.PC04 • CENTRO DE DIA • PÁG. 3 DE 3 Estimativa de custo Output Set Financeiros Materiais Anual (5) Clientes Registo de Presenças IMP02.IT01.PC04 • CENTRO DE DIA Assinatura Responsável pela execução: Pessoa Próxima (s/n) Hora: Local: Data: Produto: Actividade Tipo: / / Assinatura Identificação do Estabelecimento PC05. Documentação IMP01.PC05 Cuidados Pessoais e de Saúde IT01.PC05 Cuidados de Higiene e Imagem PC05 CUIDADOS PESSOAIS E DE SAÚDE IT02.PC05 Cuidados de Reabilitação e em Situação SOS IT03.PC05 Assistência Medicamentosa IMP02.IT02.PC05 SOS IMP03.IT03.PC05 Medicação e Indicação Terapêutica IMP04.IT03.PC05 Indicação Terapêutica – Informação Genérica PC05 CUIDADOS PESSOAIS E DE SAÚDE PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde PC05 Processo de Cuidados Pessoais e de Saúde elaborado: data: aprovado: data: 1. OBJECTIVO Estabelecer as regras gerais para a gestão dos cuidados de higiene e imagem, reabilitação e assistência medicamentosa dos clientes em CD. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO Aplica-se aos colaboradores e serviços responsáveis pela prestação dos seguinte cuidados: higiene e imagem; reabilitação; assistência medicamentosa. 3. INDICADORES DO PROCESSO São ferramentas essenciais para medir o desempenho dos Processos. A monitorização do processo será realizada através do controlo dos indicadores que devem ser definidos pela Direcção do estabelecimento, em função do modelo organizacional e dos objectivos estratégicos da instituição. Os indicadores apresentados na matriz do processo são exemplos possíveis. 2 Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05 4. MODO OPERATÓRIO 1. Cuidados de higiene e imagem 1. Cuidados de Higiene e Imagem 2. Cuidados de Reabilitação e em Situação SOS Cliente 3. Assistência Medicamentosa A instrução de trabalho IT01.PC05 – Cuidados de Higiene e Imagem define as regras gerais relativas aos cuidados de higiene e imagem a prestar aos clientes (de acordo com a avaliação das suas necessidades e expectativas), aos colaboradores, equipamentos e utensílios. 2. Cuidados de reabilitação e em situação SOS A instrução de trabalho IT02.PC05 – Cuidados de Reabilitação e em Situação SOS define as regras gerais relativas às actividades de reabilitação a prestar ao cliente, de acordo com a avaliação geriátrica efectuada, assim como com as regras de actuação em situações de SOS. 3. Assistência medicamentosa A instrução de trabalho IT03.PC05 – Assistência Medicamentosa define as regras gerais relativas à administração da terapêutica e seus eventuais efeitos secundários. 3 PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde Entrada (Input) • Entrevista de Avaliação Diagnóstica das necessidades e expectativas nos Cuidados Pessoais e de Saúde a prestar • Resultados do Programa de Acolhimento Inicial • Plano de Desenvolvimento Individual Actividades Responsáveis DT MD EF Doc’s Referência TO AAD Instruções de trabalho • • IT01.PC05 – Cuidados de Reabilitação e em Situação de SOS • • • • • • IT02.PC05 – Assistência Medicamentosa • • • • • • IT03.PC05 – Cuidados de Higiene e Imagem Saída (Output) • • Cuidados de Higiene e Imagem Cuidados de Reabilitação e em Situação de SOS Assistência Medicamentosa Impressos • Cuidados Pessoais e de Saúde (IMP01.PC05) • Cuidados Pessoais e de Saúde (IMP01.PC05) • SOS (IMP02.IT02.PC05) • Cuidados Pessoais e de Saúde (IMP01.PC05) • Medicação e Indicação Terapêutica (IMP03.IT03.PC05) • Indicação Terapêutica - Informação Genérica (IMP04.IT03.PC05) • Plano de Cuidados Pessoais e de Reabilitação • Monitorização e avaliação do Plano de Cuidados • Revisão do Plano de Cuidados Pessoais e de Saúde • PDI revisto (adequação da equipa técnica, redefinição de objectivos, metas, acções) • Resultado da supervisão dos serviços Indicadores • % de cuidados prestados de acordo com as metas e objectivos definidos nos PDI’s do cliente, por cada tipo de serviço • % de serviços prestados de acordo com as necessidades e expectativas dos clientes, por cada tipo de serviço • % de reclamações (serviços de cuidados de higiene e imagem; serviços de reabilitação) • % de medicamentos administrados de acordo com o programa estabelecido • % de clientes apoiados com dificuldades de controlo de esfíncteres Gestor do processo 4 Director(a) Técnico(a) n Responsável pela actividade / n Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / MD - Médico / EF - Enfermeiro / TO - Técnico ocupacional / AAD – Auxiliar de acção directa Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05 IT01.PC05 Instrução de Trabalho – Cuidados de Higiene e Imagem elaborado: data: aprovado: data: 1. REGRAS RELATIVAS AOS CUIDADOS DE HIGIENE E IMAGEM DOS CLIENTES Os cuidados de higiene e de imagem são prestados de acordo com o estabelecido no PDI de cada cliente. Na prestação dos cuidados de higiene e imagem, cada cliente tem de ser tratado com respeito pela sua identidade, hábitos e modos de vida e ser-lhe assegurada privacidade, autonomia, dignidade e confidencialidade, sob pena de se estar a violar os direitos dos indivíduos e, consequentemente, não se garantir a qualidade dos serviços. O tipo de relações estabelecidas, durante a prestação de serviços, é uma das dimensões que define a qualidade do serviço prestado ao cliente. Neste sentido, os profissionais que prestam cuidados directos devem possuir as seguintes qualidades: autenticidade; atitude positiva; compreensão; empatia; tranquilidade; assertividade. A prestação dos cuidados de higiene e imagem é aproveitada como ocasião privilegiada para estabelecer relação com o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) e promover-lhes a aquisição de competências. Por conseguinte, os cuidadores devem actuar evitando uma protecção excessiva, nomeadamente nas situações em que as condições físicas ou psíquicas do cliente impeçam que este seja auto-suficiente. Os colaboradores, quando se encontram a prestar um serviço, nomeadamente actividades de higiene diária, de imagem ou outra, devem dirigir-se ao cliente pelo seu nome, explicar-lhe as acções durante as tarefas que realizam, justificá-las sempre que necessário e solicitar a colaboração do mesmo. Todos os cuidados de higiene e imagem prestados ao cliente são registados (IMP01.PC05 – Cuidados Pessoais e de Saúde), datados, assinados e integrados no Processo Individual do 5 PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde IT01.PC05 / Instrução de trabalho – Cuidados de Higiene e Imagem cliente. Em situações problemáticas (p.e. suspeitas de alergias, edemas, hemorragias, etc,), ou quando uma tarefa ou acção não é realizada como o previsto, deve-se também registar o facto, descrevendo a situação, o motivo e as acções tomadas ou a tomar (campo “observações” do IMP01.PC05). É aconselhável e importante que o CD articule com a pessoa(s) próxima(s) do cliente, nomeadamente em situações de dependência, contextos de solução de problemas, quando estas prestam regularmente cuidados directos ao cliente. Os colaboradores do CD devem, assim, informar ou formar, sempre que necessário, a(s) pessoa(s) próxima(s) para a importância da higiene e boa situação oral do cliente, o controle de esfíncteres, a existência de ajudas técnicas, as técnicas de apoio à prestação de cuidados de higiene, estratégias promotoras de uma maior autonomia dos clientes, entre outras. CUIDADOS DE HIGIENE PESSOAL A higiene pessoal é decisiva no que respeita a factores pessoais e ambientais que incidem na saúde física e mental dos clientes. Por este motivo, os cuidados de higiene exigem uma atitude integral e globalizadora que valorize as condições físicas, psicológicas, sociais e funcionais de cada cliente. Quando os colaboradores apoiam os clientes nos cuidados de higiene e auto-imagem devem proceder de forma tranquila e calma, procurando efectuá-los no mesmo horário e seguindo os mesmos procedimentos por ordem sequencial. Sempre que os serviços de higiene e imagem estejam contratualizados, os colaboradores do CD devem garantir, pelo menos, os cuidados essenciais de higiene, tentando sempre que possível, adequá-los aos hábitos e rotinas dos clientes. Os clientes devem ser incentivados ao auto-cuidado ou sempre que necessário apoiados na sua execução, nomeadamente quanto a: • preparar os utensílios e instrumentos de suporte à acção, como por exemplo, escolha da roupa a vestir, as toalhas e esponja a utilizar, entre outras; • • • • • • lavar as mãos e os dentes; pentear o cabelo; lavar o cabelo, pelo menos uma vez por semana; despir/vestir; tomar banho ou duche, pelo menos dia sim dia não; após o banho: • aplicar leite corporal, à excepção nos dedos dos pés; • vestir roupa limpa, confortável, adequada aos gosto pessoais do cliente e à época do ano. Tomar banho ou duche implica uma série de operações que podem ser muito complexas para as pessoas dependentes, sobretudo para as que estão afectadas por demência ou têm problemas de mobilidade, pelo que não é habitual que se verifique uma forte adesão na hora de planear o banho ou o duche. Por conseguinte, o colaborador do CD deve seguir as seguintes indicações: • Preparar previamente todos os equipamentos, instrumentos e utensílios necessários que suportam a tarefa do banho: tapetes antiderrapantes, toalhas, esponjas, sabonetes, pentes, manápulas (corpo e genitais), luvas descartáveis, balde de plástico e saco para o lixo, etc. • Convidar a pessoa a tomar banho ou duche conversando com ela calmamente; 6 Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05 IT01.PC05 / Instrução de trabalho – Cuidados de Higiene e Imagem • Em situação de demência, escolher o momento do dia em que o cliente está menos confuso, respeitando ao máximo os seus hábitos anteriores; • Verificar a adequabilidade da temperatura da instalação sanitária e da água. Relativamente aos cuidados orais, o cliente é incentivado a escovar diariamente os dentes. Em caso do uso de prótese dentária, o cliente deve ser informado/formado que esta seja devidamente cuidada, de acordo com os cuidados e regras de higiene específicas. Os clientes do CD, sobretudo aqueles que sejam diabéticos, devem ser incentivados a cuidar dos pés, pelo menos semanalmente. Nas acções e/ou tarefas relativas aos cuidados com os pés, alguns procedimentos devem ser levados em consideração pelos colaboradores, a saber: • As unhas devem ser cortadas regularmente. Como endurecem, é aconselhável serem cortadas depois do banho e limadas; • Aproveitar o momento da limpeza para inspeccionar a pele, a fim de detectar pequenos cortes, equimoses ou alterações de cor; • Aplicar creme hidratante; • Aconselhar o cliente a ir ao podologista regularmente. Os clientes que têm problemas de incontinência urinária e/ou fecal, devem ser incentivados a usar, ao longo do dia, várias vezes as instalações sanitárias do equipamento ou a usar cuecas protectoras ou fraldas. Em caso de resistência, o CD deverá accionar um programa de acompanhamento psicológico. No caso dos clientes usarem fralda, os colaboradores devem incentivar o cliente ou os colaboradores a mudá-las, tantas vezes quantas as necessárias. CUIDADOS DE IMAGEM Os cuidados de imagem são fundamentais para a promoção da auto-estima dos clientes. Existe uma diversidade de cuidados de imagem que decorrem das representações, valorização, hábitos, género, entre outras aspectos, dos clientes. Considerando não ser possível elencar exaustivamente os cuidados de imagem que os clientes deverão ter, bem como a sua periodicidade, indica-se apenas alguns dos cuidados para os quais o CD poderá ter de planear um conjunto de acções para prestar o serviço ou apoiar o cliente nessas acções, a saber: • • • • • • • • • • Ter a barba ou bigode feitos; Ter as patilhas, pêlos do nariz/ouvidos arranjados; Estar maquilhado; Estar perfumado; Ter a depilação feita; Ter as unhas das mãos e pés arranjadas; Ter o cabelo arranjado (cortar, pintar, entre outras); Estar sempre vestido com roupa limpa e adequada à estação; Ter acessórios (brincos, colar, entre outros); Entre outros. 2. REGRAS RELATIVAS AOS CUIDADOS DE HIGIENE E IMAGEM DOS COLABORADORES Os colaboradores devem manter uma higiene pessoal e imagem cuidada, lavando as mãos como rotina. Os colaboradores usam vestuário e calçado, adequados e confortáveis à realização das actividades com o cliente. 7 PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde IT01.PC05 / Instrução de trabalho – Cuidados de Higiene e Imagem Por razões de higiene e segurança, os colaboradores na prestação de cuidados de higiene e imagem ao cliente devem: • • • • Ter uma apresentação sóbria, ou seja não podem estar excessivamente maquilhados; Ter o cabelo apanhado, caso o tenham comprido; Estar sem acessórios pessoais, tais como colares, anéis ou pulseiras; Usar sempre luvas descartáveis, tal como recomenda a OMS, sempre que se entre em contacto com sangue, urina, fezes, suor ou outros fluídos corporais. As luvas não devem ser reutilizáveis: • Explicar ao cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) a razão de determinados procedimentos de higiene, como por exemplo o uso de luvas, máscara, entre outros. 3. REGRAS RELATIVAS AOS CUIDADOS DE HIGIENE E LIMPEZA DO ESPAÇO E UTENSÌLIOS Os colaboradores devem manter os vários espaços do CD limpos e arrumados, após a finalização das várias tarefas dos cuidados de higiene e imagem ao cliente. Os utensílios e instrumentos utilizados na higiene do cliente devem ser limpos diária ou semanalmente e arrumados em local próprio. Alguns dos utensílios devem ser desinfectados depois de utilizados ou sempre que necessário, como por exemplo os instrumentos de arranjar as unhas dos pés, entre outros. 8 Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05 IT02.PC05 Instrução de Trabalho - Cuidados de Reabilitação e em Situação SOS elaborado: data: aprovado: data: 1. REGRAS RELATIVAS AOS CUIDADOS DE REABILITAÇÃO Os Cuidados de Reabilitação são prestados de acordo com o estabelecido no PDI de cada cliente, nomeadamente no que se refere à periodicidade das consultas e a outros serviços destinados a reabilitarem o cliente. O CD deverá definir um responsável pela supervisão dos cuidados de reabilitação de cada cliente. Em função dos resultados da avaliação geriátrica de cada cliente, o gestor do processo define as regras para a coordenação e articulação dos cuidados de reabilitação a prestar pelo CD e/ou pelos serviços externos. Para cada cliente, o CD tem definidos e identificados os serviços de reabilitação a prestar, assim como o gestor do processo, os colaboradores internos e externos na prestação dos serviços. Os intervenientes na prestação dos cuidados de reabilitação têm de ter formação específica para o desempenho das suas funções. No caso de impossibilidade (económica ou outra) do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) acederem a cuidados de reabilitação ou ajudas técnicas, o gestor do processo, conjuntamente com outros colaboradores e/ou parceiros, deve aferir mecanismos que permitam alterar a situação e o acesso do cliente a estes serviços. O CD poderá ter de definir para o cliente, em função da avaliação geriátrica, um plano de intervenção de Terapias (p.e. Ocupacional, fisioterapia), o qual: • deve ser elaborado por uma equipa interdisciplinar ao nível do PDI; • deve constituir-se após a fase de Avaliação Diagnóstica (nos domínios clínico; funcional; cognitivo; social), avaliação de resultados e revisão da intervenção do cliente; 9 PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde IT02.PC05 / Instrução de trabalho – Cuidados de Reabilitação e em Situação SOS • poderá incorporar um conjunto de terapias entre outras, para as seguintes situações: quedas; síndromas de imobilidade; deterioração cognitiva; transtornos afectivos; incontinência urinária; patologias neurológicas; AVC; doença de Parkinson; processos osteo-articulares, traumatológicos e outros; artrites; artroses; osteoporose; fracturas; doenças respiratórias; vasculopatias periféricas. Todas as acções e tarefas executadas no âmbito dos cuidados de reabilitação, são registadas no IMP01.PC05 – Cuidados Pessoais e de Saúde, datadas, assinadas e integradas no Processo Individual do Cliente. 2. REGRAS RELATIVAS À ACTUAÇÃO EM SITUAÇÕES DE SOS O CD tem identificadas as situações globais de emergência e a forma de actuação (ver impresso IMP02.IT02.PC05 –SOS). Todos os colaboradores têm conhecimento dos procedimentos a efectuar em caso de emergência. Os contactos para a resolução das situações de emergência (familiar, médicos, seguros de saúde, bombeiros, hospital, entre outros), estão em local acessível aos colaboradores e restantes intervenientes. O cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) têm conhecimento das regras de actuação do CD em situações de doença, emergência médica e morte súbita. Deste modo, o CD deverá ter definido as regras e as condições gerais de actuação dos colaboradores nestas situações. Os colaboradores do CD devem possuir formação em primeiros socorros. Em caso de acidente, os colaboradores respeitam as normas estabelecidas no âmbito dos cuidados dos primeiros socorros. No CD deve existir uma caixa de primeiros socorros, sendo a sua localização acessível e conhecida por todos os interveniente. O seu conteúdo é verificado regularmente por um responsável previamente designado. Todas ocorrências deverão ser registadas no IMP01.PC05 – Cuidados Pessoais e de Saúde, datadas, assinadas e integradas no Processo Individual do Cliente. 10 Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05 IT03.PC05 Instrução de Trabalho – Assistência Medicamentosa elaborado: data: aprovado: data: 1. REGRAS RELATIVAS À ASSISTÊNCIA MEDICAMENTOSA DOS CLIENTES A assistência medicamentosa é prestada de acordo com o estabelecido no PDI de cada cliente. Os colaboradores do CD só deverão administrar medicamentos mediante a apresentação de prescrição médica ou declaração de responsabilidade do cliente/pessoa(s) próxima(s) e de acordo com a sua competência profissional. A indicação terapêutica deve estar definida de forma clara, assim como a sua forma de administração. Esta deve estar registada num documento acessível a todos os intervenientes na administração medicamentosa IMP03.IT03.PC05 – Medicação e Indicação Terapêutica. Os colaboradores do CD devem planificar o apoio na administração medicamentosa em função da maior ou menor autonomia do cliente. Deve ser do conhecimento do cliente, pessoa próxima, dos colaboradores ou outros intervenientes directos nesta função, a indicação terapêutica, bem como o modo de actuação em situações de emergência relativas aos efeitos secundários da administração dos medicamentos em causa. O CD deve definir o responsável pela gestão, controlo, assistência e administração medicamentosa. Sempre que considere necessário, este responsável deve informar, sensibilizar e/ou formar o cliente e/ou pessoa próxima para as várias questões no domínio da administração medicamentosa. Toda as acções e tarefas executadas no âmbito desta actividade ou decorrentes de situações anómalas, são registadas, datadas, assinadas e integradas no processo individual do cliente. No caso do cliente ser diabético, os registos de controlo da glicémia são datados e assinados no livro do diabético. Em situações problemáticas, ou quando uma tarefa ou acção não é realizada como o previsto, deve também registar-se o facto no livro de ocorrências, descrevendo a situação, o motivo e as acções tomadas ou a tomar. 11 PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde IT03.PC05 / Instrução de trabalho – Assistência Medicamentosa Todos os intervenientes (colaboradores, cliente e/ou pessoa próxima) na administração medicamentosa devem possuir um conjunto de informações base sobre a indicação terapêutica dos clientes, que devem ser registadas no impresso IMP04.IT03.PC05 – Indicação Terapêutica – Informação Genérica que contém a seguinte informação: • O nome dos medicamentos para toma e a sua função principal; • A via de administração de cada medicamento (oral, aplicação de cremes, supositórios, etc.), bem como a respectiva dose e número de vezes de tomas e/ou aplicação ao dia; • O tempo para administração de cada medicamento; • Os efeitos secundários dos medicamentos (náuseas, vómitos, alteração da cor das fezes e urinas, alergias, cefaleias, etc.) e formas de actuação em situações de emergência; • As precauções a adoptar na administração dos medicamentos, por exemplo não ingerir álcool, expor-se ao sol, entre outras. Em caso de dúvida na administração medicamentosa, ou outra, os colaboradores deve consultar o impresso IMP04.IT03.PC05 – Indicação Terapêutica – Informação Genérica. Quando a administração medicamentosa envolve conhecimentos técnicos específicos ou a execução de determinados procedimentos, os colaboradores directamente envolvidos devem ter formação adequada. 2. PRECAUÇÕES SOBRE O USO DOS MEDICAMENTOS QUE O GESTOR DO PROCESSO DEVE OBSERVAR • No CD os medicamentos devem ser guardados em local que seja adequado à sua conservação e de forma separada para cada cliente, acessível ao uso e fora do alcance de pessoas que sofram de perturbações mentais; • Todos os medicamentos devem ter a informação do prazo de validade e serem alvo de controlo. O controle realizado deve ser sempre registado no IMP04.IT03.PC05 – Indicação Terapêutica - Informação Genérica; • O transporte de medicamentos para o CD e outros locais, deve ser efectuado na respectiva embalagem; • Sempre que exista o risco de duplicação da toma medicamentosa, afigura-se útil que a mesma seja preparada previamente de acordo com a indicação terapêutica. Para o efeito, deve utilizarse as caixas doseadoras (diárias, semanais,...). Sempre que o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) desconheçam este instrumento de apoio, os colaboradores do CD devem informar da sua existência, local de compra ou inclusivamente fornecê-lo ao cliente. O colaborador do CD responsável pelo processo deve supervisionar ou delegar em outro interveniente o planeamento desta caixa doseadora. • Os medicamentos são guardados na embalagem, devendo a mesma ter a respectiva informação terapêutica; • Alguns medicamentos necessitam de conservar-se no frigorífico, devendo esta informação ser assinalada na caixa. 12 Responsável 4ª Para maior funcionalidade do registo das actividades, pode ser criada uma folha de registo por cada serviço contratualizado 3ª Nota: Responsável (1) Registar de acordo com PDI ( 2) Registar SITUAÇÕES ANÓMALAS 2ª Horário Nota: SOS Assistência Medicamentosa Cuidados de Reabilitação Cuidados de Imagem Cuidados de Higiene Cuidados de Higiene e Imagem Tarefas a executar (1) Cliente: Horário Cuidados Pessoais e de Saúde IMP01.PC05 - CUIDADOS PESSOAIS E DE SAÚDE • CENTRO DE DIA Responsável 5ª Responsável SEMANA de: 6ª Responsável Sáb. Responsável de 200 Dom. a: Horário Horário Horário Horário Horário Responsável Observações (2) de 200 Identificação do Estabelecimento Bombeiros Pelo Estabelecimento: Hospital Fisioterapeuta Médico Especialidade Médico Família Vizinho Amigo Familiar 2 Familiar 1 Intervenientes possíveis SOS Tipo Situações SOS Situações de SOS Previstas IMP02.IT02.PC05 — SOS • CENTRO DE DIA • pág. 1 de 2 Nome Cliente: Procedimentos Local Nome: Horários Quais Telemóvel(is) Pessoa Próxima: Telefone Fixo Procedimentos Situações SOS Imprevistas Fax Observações Procedimentos Corrigidos Data: Identificação do Estabelecimento Cliente: Linha do cidadão idoso Cruz Vermelha Pelo Estabelecimento: Polícia - PSP Centro de Saúde Contactos úteis Contactos Pessoa Próxima: Contactos Entidades Intervenientes Bombeiros Telefone Procedimentos Hospitais Entidades Situações Tipo SOS - REGRAS GERAIS DE ACTUAÇÃO IMP02.IT02.PC05 — SOS • CENTRO DE DIA • pág. 2 de 2 Telefone Observações Identificação do Estabelecimento Pelo Estabelecimento: Nome dos Medicamentos Jejum Medicação e Indicação Terapêutica Nome: Cliente: Peq. Almoço IMP03.IT03.PC05 — MEDICAÇÃO E INDICAÇÃO TERAPÊUTICA • CENTRO DE DIA Almoço Horário / Dose Lanche Jantar Pessoa Próxima: Deitar Data: Observações Identificação do Estabelecimento Principal Função Pelo Estabelecimento: 1- Oral, outra 2- Sempre (toda a vida); Durante 1 mês; SOS 3- Não conduzir; Não beber ácool; não se expôr ao sol; outros Nome dos Medicamentos Administração Via de 1 2 Cliente: administração Tempo de Nome: Indicação Terapêutica – Informação Genérica IMP04.IT03.PC05 — INDICAÇÃO TERAPÊUTICA-INFORMAÇÃO GENÉRICA • CENTRO DE DIA Tipo Forma de actuar Emergência - Efeitos Secundários Precauções 3 embalagem Prazo da Data de revisão Controlo da validade Pessoa Próxima: armanezamento Local de Data: Observações Identificação do Estabelecimento PC06. Documentação IT01.PC06 Elaboração de Ementas IT02.PC06 Recepção, Armazenamento e Conservação dos Produtos Alimentares IMP01.IT02.PC06 Controlo de Recepção de Matérias-Primas IMP02.IT02.PC06 Controlo da Validade dos Produtos PC06 NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO IT03.PC06 Peparação e Confecção de Alimentos IMP03.IT03.PC06 Registo de Equipamento Entregue/Recebido IMP04.IT03.PC06 Controlo de Óleos de Fritura IT04.PC06 Transporte, Distribuição e Apoio nas Refeições IMP05.IT04.PC06 Recolha de Amostras de Testemunho PC06 NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO PC06. Processo de Nutrição e Alimentação PC06 Processo de Nutrição e Alimentação elaborado: data: aprovado: data: 1. OBJECTIVO Estabelecer as regras gerais para a elaboração de ementas, preparação, confecção, distribuição e apoio das refeições de acordo com as necessidades do cliente e garantir uma alimentação equilibrada, seguindo as boas práticas de higiene e segurança alimentar. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO Aplica-se a todos os colaboradores que desenvolvem actividades no âmbito da elaboração de ementas, preparação, confecção, distribuição e apoio das refeições e na identificação e análise de perigos/ocorrência de falhas expectáveis neste processo da cadeia alimentar. 3. INDICADORES DO PROCESSO São ferramentas essenciais para medir o desempenho dos Processos. A monitorização do processo será realizada através do controlo dos indicadores que devem ser definidos pela Direcção do estabelecimento, em função do modelo organizacional e dos objectivos estratégicos da instituição. Os indicadores apresentados na matriz do processo são exemplos possíveis. 2 Processo de Nutrição e Alimentação .PC06 4. Início MODO OPERATÓRIO 1. Identificação das necessidades alimentares 1. Identificação das necessidades alimentares PDI Registo das entradas no estabelecimento A identificação das necessidades alimentares do cliente é realizada em entrevista com o próprio e/ou pessoa(s) próxima(s) (Entrevista de avaliação diagnóstica) e inscrita no PDI. À parte desse momento, novas necessidades podem ter lugar, nomeadamente com a informação diária do cliente e/ou pessoa próxima (p.e. problemas gastrointestinais/ alteração da dieta). O estabelecimento define um plano de refeições de acordo com as necessidades, hábitos, interesses/ preferências individuais de cada cliente. 2. Elaboração das Ementas 2. Elaboração das Ementas A elaboração de ementas segue o previsto na instrução de trabalho IT01.PC06 – Elaboração de ementas. Deve obedecer à avaliação nutricional do cliente, às dietas prescritas pelo médico, aos hábitos e interesses/ preferências dos clientes e às regras de uma alimentação equilibrada previstas no ponto 2 da instrução de trabalho IT01.PC06 – Elaboração de Ementas. 3. Elaboração do Plano HACCP 3. Elaboração do Plano HACCP Na elaboração do plano HACCP devem ser seguidos os princípios estabelecidos por lei, que a seguir se apresentam: a) Identificar quaisquer perigos que devam ser evitados, eliminados ou reduzidos para níveis aceitáveis; b) Identificar os pontos críticos de controlo na fase ou fases em que o controlo é essencial para evitar ou eliminar um risco ou para o reduzir para níveis aceitáveis; c) Estabelecer limites críticos em pontos críticos de controlo, que separem a aceitabilidade da não aceitabilidade com vista à prevenção, eliminação ou redução dos riscos identificados; d) Estabelecer e aplicaçar processos eficazes de vigilância em pontos críticos de controlo; e) Estabelecer medidas correctivas quando a vigilância indicar que um ponto crítico de controlo não se encontra sob controlo; f) Estabelecer processos, a efectuar regularmente, para verificar que as medidas referidas nas alíneas a) a e) funcionam eficazmente; A g) Elaborar documentos e registos adequados à natureza e dimensão das empresas, a fim de demonstrar a aplicação eficaz das medidas referidas nas alíneas a) a f). 3 PC06. Processo de Nutrição e Alimentação A Sempre que seja efectuada qualquer alteração nos produtos, no processo, ou em qualquer fase da produção, deve proceder-se a uma revisão do processo e introduzir as alterações necessárias. 4. Aquisição de produtos alimentares/refeições 4. Aquisição de produtos alimentares/refeições A aquisição de produtos alimentares é efectuada de acordo com as necessidades alimentares previamente identificadas, bem como de acordo com os processos instituídos na organização ao nível do aprovisionamento (Gestão de Compras). A aquisição de refeições no exterior é efectuada de acordo com os processos instituídos na organização ao nível do aprovisionamento (subcontratação de serviços de refeições/catering). Os fornecedores deverão ter implementado um sistema de autocontrolo. Para efeitos de validação do cumprimento dos requisitos, a título de exemplo o DT, deve: • Solicitar cópia da Certificação do Sistema HACCP; • Efectuar uma visita às instalações do fornecedor; 5. Recepção, armazenamento e conservação dos produtos alimentares • Solicitar uma cópia do plano de auditorias internas do fornecedor; • Pesquisar referências do fornecedor no mercado. 5. Recepção, armazenamento e conservação dos produtos alimentares A recepção e armazenamento de produtos alimentares é efectuado de acordo com os processos instituídos na organização ao nível da Gestão de Compras. 6. Preparação e confecção de alimentos Nesta fase deve ser cumprida a legislação em vigor e as regras de higiene na recepção e aprovisionamento de produtos alimentares previstas na instrução de trabalho IT02.PC06 – Recepção, Armazenamento e Conservação de Produtos Alimentares. 6. Preparação e confecção de alimentos Na preparação e confecção das refeições deve ser cumprida a legislação em vigor relativa à higiene e segurança alimentar e o estabelecido na instrução de trabalho IT03.PC06 – Preparação e Confecção de Alimentos. 7. Transporte, distribuição e apoio na refeição 7. Transporte, distribuição e apoio na refeição No transporte, distribuição e apoio nas refeições deve ser cumprida a legislação em vigor relativa à higiene e segurança alimentar, assim como o estabelecido na instrução de trabalho IT04.PC06 – Transporte, Distribuição e Apoio nas Refeições. Fim 4 Processo de Nutrição e Alimentação .PC06 Entrada (Input) • • • • • • • Regras de alimentação equilibrada Clientes com necessidades alimentares especificas e/ou regimes específicos N.º de refeições a servir N.º de refeições a apoiar por um colaborador Plano de desenvolvimento individual Necessidades, hábitos e expectativas dos clientes Boas práticas de higiene e segurança alimentar Doc’s Referência Responsáveis Actividades DT Elaboração das Ementas EQ. HACCP AAD • Elaboração do Plano HACCP CZ N • • Instruções de trabalho • IT01.PC06 – Elaboração das Ementas • • IT02.PC06 – Recepção, Armazenamento e Conservação de Produtos Alimentares • • Recepção, Armazenamento e Conservação de Produtos Alimentares • IT03.PC06 – Preparação e Confecção de Alimentos • • Transporte, Distribuição de Refeições e Apoio na Refeição • • • Saída (Output) Indicadores Gestor do processo Impressos • • • • • Preparação e Confecção dos Alimentos • IT04.PC06 – Transporte, Distribuição de Refeições e Apoio na Refeição • IMP01.IT02.PC06 – Controlo de Recepção de Matérias-Primas • IMP02.IT02.PC06 - Controlo da Validade dos Produtos • IMP03.IT03.PC06 – Registo de Equipamento Entregue/Recebido • IMP04.IT03.PC06- Controlo dos Óleos de Fritura • IMP05.IT04.PC06- Recolha de Amostras de Testemunho N.º de refeições servidas N.º de refeições apoiadas por um colaborador N.º de ocorrências (problemas decorrentes do fornecimento de refeições) Necessidades, hábitos e expectativas do cliente satisfeitas Estado de higiene e limpeza das instalações institucionais e domiciliárias • Taxa de execução de refeições servidas (n.º de refeições servidas/n.º de refeições planeadas) • Taxa de execução de refeições apoiadas por um colaborador (n.º de refeições apoiadas/ n.º de refeições previstas a serem apoiadas) • N.º de ocorrências • N.º de reclamações • Grau de cumprimento do Plano de Inspecção às Instalações • % de clientes satisfeitos com os pratos confeccionados • % de clientes satisfeitos com a variedade de pratos confeccionados • % de clientes satisfeitos com a dieta • % de clientes satisfeitos com a aparência dos pratos Director(a) Técnico(a) n Responsável pela actividade / n Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / EQ.HACCP - Equipa HACCP / AAD – Auxiliar de Acção Directa / CZ - Cozinheiro / N - Nutricionista 5 PC06. Processo de Nutrição e Alimentação IT01.PC06 Instrução de Trabalho – Elaboração de Ementas elaborado: data: aprovado: data: 1. ELABORAÇÃO DE EMENTAS Uma alimentação saudável e equilibrada é uma das condições necessárias para que se viva uma vida longa e com qualidade. De acordo com as regras de uma alimentação saudável, a elaboração da ementa deve ser: • Equilibrada, variada e rica nutricionalmente, respeitando o contexto sociocultural dos clientes a que se destina; • Diversificada e estar de acordo com as necessidades de cada cliente; • Atenta às preferências de cada cliente; • Elaborada com a colaboração de todos os responsáveis no estabelecimento por este processo (director do Estabelecimento, cozinheiro) e com o aconselhamento de um nutricionista; • Elaborada, no mínimo, semanalmente, pelos responsáveis por este processo no estabelecimento; • Composta por dietas especiais, em situação de necessidade. A ementa e respectivas dietas especiais são divulgadas e os clientes são informados em tempo útil das eventuais alterações às mesmas. O responsável pelo fornecimento de refeições tem conhecimento, atempadamente, de: • Ementa; • Número de refeições a confeccionar; • Tipo de dietas e respectivo número. 6 Processo de Nutrição e Alimentação .PC06 IT01.PC06 / Instrução de Trabalho – Elaboração de Ementas 2. REGRAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL De seguida apresentam-se algumas regras para uma alimentação saudável: • Promover um consumo adequado de alimentos do grupo dos legumes e frutos, devido à sua riqueza em fibras alimentares, vitaminas (Vitamina C, vitaminas do complexo B e betacarotenos) e minerais; • Restringir o consumo de calorias totais (adequar as calorias ingeridas às necessidades reais e à actividade desempenhada); • Preferir preparados culinários mais saudáveis como cozidos, cozidos a vapor, assados, grelhados e estufados; • Evitar consumir fritos e refogados. Rejeitar sempre as partículas queimadas resultantes da confecção dos alimentos (nomeadamente nos fritos, assados e grelhados); • Fazer 5 ou 6 refeições diárias, distribuindo assim as calorias a ingerir de forma equilibrada; • Ter o cuidado de comer calmamente, mastigando e ensalivando bem os alimentos; • Ingerir água. Nunca esquecer que durante o Verão as necessidades hídricas aumentam. No caso de se tratar de um cliente idoso, é aconselhável que traga ou tenha perto de si um recipiente com água, para ingerir regularmente ao longo do dia; • Adoptar hábitos saudáveis como praticar desporto, não fumar e tentar viver de forma calma e sem stress. No caso do cliente ser uma pessoa idosa, na elaboração da ementa/dieta dever-se-á ter em atenção ainda aos seguintes aspectos: • Hidratos de carbono – entre 50-60% do valor calórico total, representando cerca de 250-280g por dia, à excepção das pessoas diabéticas. • Proteínas – cerca de 60% devem ser de origem animal (leite, ovos, peixe e carne). Os restantes 40% devem ser de origem vegetal. • Gorduras - Evitar gorduras animais e consumir preferencialmente gorduras do tipo vegetal. • Alimentos a limitar - sal, condimentos fortes e bebidas alcoólicas. • A dieta deve ser atractiva e de fácil mastigação. Devem ser evitados os erros alimentares a seguir referidos: • Elevado consumo de sal Responsável pela elevada prevalência de doenças como a hipertensão arterial, cancro do estômago, doenças cérebro-vasculares e cardio-circulatórias. No caso do cliente possuir problemas cardio-vasculares ou de acordo com orientações médicas, as refeições poderão e/ou deverão ser confeccionadas sem sal. • Elevado consumo de gorduras Poderá ser causa de doenças cardiovasculares, dislipidemias e obesidade. • Elevado consumo de açúcar e alimentos açucarados Quando consumidos em excesso, podem contribuir para o desenvolvimento de doenças como a obesidade, diabetes e a cárie dentária. • Reduzido consumo de alimentos ricos em fibras (Hortaliças, legumes e frutos) Excelentes fornecedores de fibras alimentares, vitaminas e minerais. O reduzido consumo destes alimentos está relacionado com o aumento da prevalência de doenças como a obstipação e alguns tipos de neoplasias. 7 PC06. Processo de Nutrição e Alimentação IT01.PC06 / Instrução de Trabalho – Elaboração de Ementas • Saltar refeições • Pequeno Almoço Começar o dia sem tomar o pequeno almoço é um erro alimentar muito frequente. As consequências mais significativas são hipoglicemias matinais, falta de atenção, diminuição do rendimento intelectual na escola e no trabalho, entre outras. • Intercalares (merendas da manhã e da tarde) Contribuem para a perda de massa muscular, que é consumida para produzir a glicose essencial ao funcionamento das células, nomeadamente dos neurónios. A alimentação deve ter em conta as recomendações de Roda dos Alimentos Portugueses. 3. PREPARAÇÃO DE DIETAS ESPECIAIS Existem algumas doenças em que a dieta tem um papel importante no tratamento médico do cliente, pelo que, a mudança deve ser prescrita apenas pelo médico assistente. A título de exemplo mencionam-se alguns tipos de dieta, cuja composição é da responsabilidade do médico ou nutricionista: • Dieta hipocalórica – indicada para excesso de peso; • Dieta pobre em sal – dirigida a situações de hipertensão arterial, insfuciência cardíaca, edema, cirrose hepática, insuficiência renal, etc.; • • • • 8 Dieta depressora de colestrol – destinada ao controlo do colestrol; Dieta para diabéticos – indicada a pessoas diabéticas; Dieta protectora gástrica – dirigida a doentes com gastrite, úlceras gástricas ou duodenais; Dieta branda – destinada a doentes com incapacidade de tolerar a dieta sólida. Processo de Nutrição e Alimentação .PC06 IT02.PC06 Instrução de Trabalho – Recepção e Armazenamento de Produtos Alimentares elaborado: data: aprovado: data: RECEPÇÃO DE PRODUTOS A zona de recepção de géneros alimentícios dispõe de: • • • • Uma mesa de apoio; Balança calibrada (100g a 50.000g); Estrados em plástico ou prateleiras; Termómetro de contacto. Na recepção dos géneros alimentícios devem controlar-se os seguintes aspectos: • Condições de transporte e descarga; • Conferência da mercadoria de acordo com a nota de encomenda (prazo de entrega, hora de entrega, quantidades entregues); Condições de entrega do produto: • Rotulagem dos produtos O rótulo deve estar completo, não rasurado, não apagado, escrito em português, conter o nome, prazo de validade, quantidade, condições de conservação (se aplicável), nº de lote, lista de ingredientes (ordem decrescente de quantidade), nome e morada do produtor/fabricante. O rótulo deve ser mantido no último produto até consumo integral do mesmo. • Embalagem dos produtos A embalagem primária (exterior) deve estar intacta, limpa e sem quaisquer resíduos. Deve ser feita a desembalagem verificando a integridade dos produtos – se estão intactos, sem defeitos, se não existem pragas nas embalagens interiores. • Temperatura dos produtos Alimentos congelados: devem estar abaixo dos –18ºC. Alimentos frios: devem estar entre 0ºc e 6ºC. 9 PC06. Processo de Nutrição e Alimentação IT02.PC06 / Instrução de Trabalho – Recepção e Armazenamento de Produtos Alimentares • Validade Data de durabilidade mínima - “Consumir de preferência antes de ...” Data limite de consumo - “Consumir até...” • Estado de Conservação Produtos frescos: controlar as características organolépticas, cor, cheiro, viscosidade, brilho, textura, aspecto e frescura. Produtos congelados: controlar a existência de gelo no interior da embalagem (não pode conter), pressionar com o dedo (não pode ceder nada). Mercearia: controla visual de todos os produtos e da existência de pragas. DEVOLUÇÃO DE PRODUTOS São devolvidos os produtos: • • • • • • • • • • • • Diferentes dos requisitados; Com prazo de validade expirado; Com alterações das características organolépticas; Molhados ou com manchas de humidade; Com manchas de óleos ou outra substância estranha; Com indício de infestação (roído ou com dejectos); Em embalagens conspurcadas, violadas ou danificadas; Em latas ou pacotes amolgados, enferrujados ou violados; Em frascos com bolhas de ar no interior; Congelados que se apresentem semi-descongelados ou com sinais de cristais de gelo; Com rótulo pouco perceptível ou incompleto; Cárneos sem selo de salubridade. ARMAZENAGEM À TEMPERATURA AMBIENTE Regras de armazenagem: • • • • • O armazém deve ser um local seco e fresco; O armazém deve estar fechado e o seu acesso deve ser restrito e controlado; O armazém permite uma higienização fácil e eficaz; Todos os produtos alimentares estão protegidos do sol/calor, chuva e pragas; As zonas de armazenamento devem estar arejadas e em boas condições de conservação (sem fendas ou outros possíveis abrigos de roedores) e limpeza; • As embalagens primárias não chegam a entrar na zona de armanezamento, sendo deitadas ao lixo logo na recepção; • Todos os produtos alimentares devem ser aprovisionados em material adequado à natureza do produto; • • • • 10 Os produtos alimentares não podem estar em contacto directo com o chão ou paredes; Os produtos alimentares são aprovisionados de forma separada e identificados; O prazo de validade dos produtos alimentares deve estar visível; Os produtos alimentares com data de validade mais antiga são os primeiros a serem Processo de Nutrição e Alimentação .PC06 IT02.PC06 / Instrução de Trabalho – Recepção e Armazenamento de Produtos Alimentares consumidos e arrumados de forma acessível; • A validade dos produtos alimentares deve ser controlada com regularidade, tendo em conta a natureza dos produtos e a origem de fornecimento; • O acesso deve ser restrito e controlado. REFRIGERAÇÃO Na arrumação dos produtos deve ter-se em conta que: • • • • O ar frio deve circular entre os produtos; Nunca se devem colocar alimentos quentes no interior das câmaras; As portas das câmaras devem ser abertas o mínimo de vezes possível; Todos os alimentos devem estar tapados, identificados, em recipientes adequados e organizados por tipo de alimentos (parte superior – alimentos cozinhados, parte do meio – carne e peixe frescos, parte inferior - frutas e legumes); • Todos os alimentos perecíveis devem encontrar-se à temperatura de 0 a 6ºC no caso de refrigeração e no caso de congelados ≤ -18ºC. CONGELAÇÃO A câmara de congelação deve estar sempre limpa, sem gelo e sem excesso de alimentos no interior (1/4 livre). Na arrumação dos produtos deve ter-se em conta que: • • • • A câmara deve estar organizada por tipos/grupos de alimentos; Nunca se devem colocar alimentos não congelados nas câmaras de congelação; Os alimentos devem estar protegidos e identificados com o rótulo; Os alimentos congelados encontram-se à temperatura ≤18ºC. O controlo de recepção de matérias primas é realizado no impresso IMP01.IT02.PC06 – Controlo de Recepção de Matérias-Primas. O controlo da validade dos produtos é realizado no impresso IMP02.IT02.PC06 - Controlo da Validade dos Produtos. 11 PC06. Processo de Nutrição e Alimentação IT03.PC06 Instrução de Trabalho – Preparação e Confecção de Alimentos elaborado: data: aprovado: data: 1. HIGIENE E SAÚDE DOS COLABORADORES Todas as pessoas que trabalham na cozinha fazem exame médico completo ao iniciar a sua actividade e regularmente de acordo com a legislação em vigor. De acordo com a legislação devem: • Utilizar vestuário e calçado (antiderrapante e perfurado) exclusivos do local de trabalho; • Usar farda branca não contendo bolsos nem botões à frente; • Usar touca branca, que cubra a totalidade do cabelo; • Não usar adornos (brincos, relógios, anéis, pulseiras); • Evitar maquilhagem excessiva e perfumes fortes; • As unhas devem estar sempre curtas, limpas e sem verniz. No impresso IMP03.IT03.PC06 – Registo de Equipamento Entregue/Recebido, deve ser registado o equipamento entregue e recepcionado aos/pelos colaboradores. LAVAGEM DAS MÃOS Como se devem lavar as mãos: • Deve estar disponível água quente e fria e lavatório específico de pedal, para lavar as mãos; • Utilizar água corrente potável; • Utilizar sabão líquido bactericida; • Lavar mãos, antebraços, espaços interdigitais, costas das mãos e por baixo da aliança (caso a tenha); • Escovar bem as unhas; • Secar as mãos com toalhetes de papel descartáveis (nunca com pano da loiça ou toalha); 12 Processo de Nutrição e Alimentação .PC06 IT03.PC06 / Instrução de Trabalho – Preparação e Confecção de Alimentos • Se a torneira for manual, fechar com um toalhete de papel (o ideal é que a torneira seja de fecho automático); • Passar as mãos por desinfectante alcoólico; • Todo o pessoal deve manter as mãos bem cuidadas e hidratadas. Quando se devem lavar as mãos: • • • • • • • • Antes de iniciar o serviço; Após a utilização dos sanitários; Depois de manipular alimentos crus; Após manipular produtos químicos ou produtos de limpeza; Depois de comer ou fumar; Depois de mexer no cabelo, olhos, boca, nariz ou ouvidos; Depois de proteger um espirro, tosse ou se assoar; Após tocar em objectos sujos (lixo, dinheiro, embalagens usadas...). Como se devem proteger as feridas: Sempre que se tenha um corte, ferida ou queimadura deve-se proteger com um penso rápido, dedeira ou luva. O director do Estabelecimento disponibiliza uma mala/caixa de primeiros socorros completa (desinfectantes, cicatrizantes, pomada para queimaduras, tesoura, pensos, gaze,...), devidamente assinalada e acessível a todo o pessoal da cozinha. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS Estão assinaladas e equipadas com: • • • • • • • Lavatório; Papel higiénico; Papel para secagem das mãos; Sabão líquido (de preferência bactericida), com doseador: Torneiras de accionamento não manual; Balde de lixo; Escova piaçaba. VESTIÁRIOS • Possuir chuveiro; • Estarem limpos e arrumados: • Os objectos pessoais devem estar guardados dentro dos respectivos cacifos pessoais. ARMAZENAMENTO Na zona de armazenagem e manipulação de alimentos é proibido: • Entrada de pessoas estranhas à cozinha sem bata e touca. Por conseguinte, devem existir batas e toucas suplementares, descartáveis para a eventual situação; • • • • Tomar ou guardar medicamentos; Comer; Mascar pastilha elástica; Fumar; 13 PC06. Processo de Nutrição e Alimentação IT03.PC06 / Instrução de Trabalho – Preparação e Confecção de Alimentos Qualquer funcionário que esteja constipado ou com gripe não deve estar em contacto com os alimentos, devendo realizar outras tarefas. 2. HIGIENE NA PREPARAÇÃO E CONFECÇÃO DE ALIMENTOS MATERIAIS, UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS Todos os materiais, utensílios e equipamentos que entram em contacto com os alimentos são mantidos limpos e: • São fabricados com materiais adequados (plástico resistente e inox) e mantidos em boas condições de arrumação e em bom estado de conservação, limpeza perfeita e desinfecção, sempre que necessário; • Estão instalados de modo a permitir a limpeza adequada da área circundante. RESÍDUOS ALIMENTARES • Os resíduos, alimentares ou outros não devem ser acumulados em locais onde são manipulados alimentos, excepto na medida em que tal seja inevitável para a execução adequada do trabalho; • Os resíduos alimentares devem ser depositados em contentores fechados e mantidos em condições que permita fácil limpeza e desinfecção; • Os funcionários da cozinha efectuam a remoção dos resíduos após terem sido servidas as refeições; • Os resíduos são armazenados em locais que permita boas condições de limpeza e em local próprio no exterior das instalações do estabelecimento. A recolha dos resíduos é efectuada pelas entidades competentes. ABASTECIMENTO DE ÁGUA • A água utilizada no abastecimento corresponde às características de qualidade da água para consumo humano indicadas na legislação em vigor; • Sempre que é necessário gelo, o mesmo é fabricado a partir de água potável. O gelo é fabricado, manipulado e armazenado em condições que o protejam de qualquer tipo de contaminação. • Toda a água utilizada nas instalações alimentares do estabelecimento é própria para consumo humano. DESCONGELAÇÃO A descongelação é realizada em câmara frigorífica, entre 0 e 6ºC. Assim, os alimentos são retirados no dia anterior à sua confecção da câmara de descongelação para a câmara de refrigeração. Os alimentos a descongelar são colocados em grelhas ou placas perfuradas, de tal modo que não toquem no líquido de exsudação que se vai formando aquando da descongelação. Os alimentos devem ser descongelados em microondas ou sob água corrente fria (nunca quente) ou à temperatura ambiente, isolados por saco de plástico, mesmo nas situações de emergência. Alguns alimentos são confeccionados sem descongelar, p.e. os legumes. Os produtos descongelados são utilizados durante as 24h seguintes à sua descongelação. Estes nunca são recongelados, nem arremessados para serem separados. 14 Processo de Nutrição e Alimentação .PC06 IT03.PC06 / Instrução de Trabalho – Preparação e Confecção de Alimentos PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS CRUS Existem quatro zonas de trabalho diferentes: carnes cruas, peixe cru, vegetais crus e produtos confeccionados. Quando forem utilizadas estas zonas, é realizada a limpeza e desinfecção entre as operações. Existem quatro cores diferentes dos materiais a utilizar, de acordo com as diferentes zonas de trabalho. LAVAGEM E DESINFECÇÃO DE FRUTAS E LEGUMES CRUS Existem dispositivos adequados para a lavagem dos alimentos, designadamente tinas, cubas ou outros equipamentos desse tipo, devidamente limpos, feitos com materiais anti-corrosivos e abastecidos de água potável quente e fria. Etapas: • Eliminar sujidade e partes não comestíveis; • Lavar com água abundante • Desinfectar utilizando: • Pastilhas de desinfecção de legumes e frutos. Ter em conta o rótulo – tempo de reacção e dosagem correctos; • Lixívia neutra (sem detergente e a 3% de Cl activo) na proporção de 1 dl de lixívia, para 10 l de água. Submergir os alimentos durante 15 min. Ver tabela abaixo, para conversões: Água Lixívia 5 litro(l) 0,5 decilitro (dl) ou 5 centilitro (cl) ou 50mililitros (ml) 10 l 0,1 l ou 1 dl ou 10 cl ou 100 ml 20 l 0,2 l ou 2 dl ou 20cl ou 200ml 30 l 0,3 l ou 3 dl ou 30cl ou 300ml • Enxaguar abundantemente com água corrente; • Escorrer bem os produtos; • No final, limpar e desinfectar, com água e lixívia, os recipientes, facas e tábuas utilizadas. Se não forem logo consumidos os produtos depois de lavados e desinfectados, são guardados em frio positivo e colocados em recipientes próprios e protegidos. CONFECÇÃO DE REFEIÇÕES Evitar contaminação cruzada • Segue-se o princípio “Marcha em frente”; • Não se misturam alimentos de origem animal com os de origem vegetal; • Não se misturam alimentos crus com alimentos cozinhados; • Todo o pessoal que manipula alimentos lava e desinfecta as mãos a cada etapa; 15 PC06. Processo de Nutrição e Alimentação IT03.PC06 / Instrução de Trabalho – Preparação e Confecção de Alimentos • Os utensílios, tábuas de corte e zonas de preparação, são lavadas e desinfectadas a cada etapa; • Os alimentos são protegidos quando armazenados. TEMPERATURA Os alimentos não permanecem inutilmente à temperatura ambiente: • A fervura dos alimentos é efectuada a uma temperatura superior a 100ºC; • Os pratos frios são mantidos a uma temperatura entre 0 e 6ºC; • Os pratos quentes são mantidos a uma temperatura superior a 65ºC. CONTROLO DOS ÓLEOS DE FRITURA São seguidos os seguintes princípios: • • • • • • Os termóstatos são regulados para 160 a 170ºC (nunca superior a 180ºC); O óleo é filtrado após cada fritura e são retiradas as sobras ou depósitos calcinados; As fritadeiras são lavadas regularmente e sempre que se mude o óleo; É efectuado teste do óleo regularmente (teste colorimétrico); Utiliza-se exclusivamente óleo vegetal; São controladas as características organolépticas do óleo (cor, viscosidade, cheiro, formação de fumos e espumas); • Nunca se junta óleo novo ao óleo usado; • Aquece-se o óleo no início da fritura; • O óleo usado pode ser reciclado por uma entidade externa, sendo por isso depositado em recipiente próprio devidamente identificado. • Deve ser efectuado o registo do “Controlo dos Óleos de Fritura” no impresso IMP04.IT03.PC06. SOBRAS E ALIMENTOS DE ALTO RISCO • Só são sobras os alimentos que foram confeccionados em excesso e não chegaram a ser servidos. As sobras que podem ser reaproveitadas são: • • • • • Conservadas abaixo de 6ºC; Separadas de molhos ou sucos; Protegidas, isoladas e identificadas; Reaquecidas a uma temperatura superior a 75º C antes de consumidas; São consumidas em 24horas. Não se podem reaproveitar as seguintes sobras: • • • • 16 As que quebraram a cadeia de frio ou quente; Com molho, recheio, temperos, salsa picada; De sobras; De alimentos de alto risco - p.e. carne picada, marisco, molho, leite e outros produtos lácteos, ovos e produtos à base de ovos, produtos transformados. Processo de Nutrição e Alimentação .PC06 IT04.PC06 Instrução de Trabalho – Transporte, Distribuição e Apoio na Refeição elaborado: data: aprovado: data: 1. TRANSPORTE DE REFEIÇÕES A circulação de mercadorias e a protecção da saúde dos consumidores são princípios fundamentais e indissociáveis a que o transporte dos géneros alimentícios deve estar sujeito. Estes princípios impõem um elevado grau de segurança relativamente à higiene dos produtos. A preparação, transformação, fabrico, embalagem, armazenagem, transporte, distribuição, manuseamento e venda ou colocação à disposição do público consumidor de géneros alimentícios, devem realizar-se em condições de higiene, de acordo com a legislação em vigor relativa à Higiene dos Géneros Alimentícios. AUTOCONTROLO No transporte de produtos alimentares devem estar identificadas todas as fases da actividade do transporte, de forma a garantir a segurança dos alimentos e velar pela criação, aplicação, actualização e cumprimento de procedimentos de segurança adequados. Nas actividades de autocontrolo deverão ter-se em conta os seguintes princípios: a) Análise dos potenciais riscos alimentares nas diversas operações; b) Identificação das fases das operações em que se podem verificar riscos alimentares; c) Determinação dos pontos críticos para a segurança dos alimentos; d) Definição e aplicação de um controlo eficaz e de processos de acompanhamento dos pontos críticos; e) Revisão periódica, e sempre que haja alterações dos processos da empresa, da análise de riscos alimentares, dos pontos críticos de controlo e dos processos de controlo e acompanhamento. 17 PC06. Processo de Nutrição e Alimentação IT04.PC06 / Instrução de Trabalho – Transporte, Distribuição e Apoio na Refeição MEIOS DE TRANSPORTE As caixas de carga dos veículos de transporte e os contentores utilizados para o transporte de géneros alimentícios devem ser mantidos limpos e em boas condições, com vista a proteger os géneros alimentícios da contaminação. Com o objectivo de assegurar a segurança e salubridade dos alimentos, estes devem, sempre que possível, serem concebidos e construídos de forma a permitir uma limpeza e desinfecção adequadas. As caixas de carga e os contentores não devem ser utilizados para o transporte de quaisquer outras substâncias que não sejam géneros alimentícios, sempre que disso possa resultar a sua contaminação. A colocação e protecção dos géneros alimentícios dentro das caixas de carga e dos contentores deve reduzir ao mínimo o risco de contaminação. Os géneros alimentícios a granel no estado líquido, na forma de grânulos ou em pó, devem ser transportados em caixas de carga ou contentores-cisternas reservados ao transporte de géneros alimentícios. Os contentores devem ostentar uma referência claramente visível e indelével, em língua portuguesa, indicativa de que se destinam ao transporte de géneros alimentícios ou a menção «destinado exclusivamente a géneros alimentícios». Sempre que as caixas de carga e os contentores forem utilizados para o transporte de quaisquer outras substâncias que não sejam géneros alimentícios ou para o transporte simultâneo de géneros alimentícios diferentes, e para evitar o risco de contaminação: • Separar devidamente os produtos, sempre que necessário; • Proceder a uma limpeza adequada entre os carregamentos. TEMPERATURAS NOS TRANSPORTES Sempre que necessário, para assegurar a segurança e salubridade dos géneros alimentícios, as caixas de carga e os contentores utilizados para o transporte devem estar equipados de forma a manter os géneros alimentícios a temperaturas adequadas e serem concebidos de forma a permitir que essas temperaturas sejam controladas. 2. DISTRIBUIÇÃO DAS REFEIÇÕES CONDIÇÕES DE HIGIENE SEGUIDAS NO EMPRATAMENTO • As funcionárias que realizam esta tarefa apresentam a bata e touca rigorosamente limpas; • Os manipuladores não tocam directamente nos alimentos; • Utilizam-se utensílios e recipientes apropriados para géneros alimentícios e devidamente higienizados; • Nunca provar com colher e colocá-la novamente dentro da panela, nunca espirrar para cima dos alimentos, nunca pegar em alimentos confeccionados com as mãos, nunca limpar as mãos ao avental. • Para cada prato e travessa existem utensílios para retirar os alimentos. • Os pratos frios são conservados no frio (temp. ≤6ºC); • Os pratos quentes são mantidos em banho-maria (temp. ≥65ºC). 18 Processo de Nutrição e Alimentação .PC06 IT04.PC06 / Instrução de Trabalho – Transporte, Distribuição e Apoio na Refeição AMOSTRAS DE TESTEMUNHO Em cada refeição (de todos os pratos confeccionados) são efectuadas recolhas de amostras de testemunho, que se guardam durante 72h (3 dias), seguindo os seguintes passos: • É realizada antes de servir; • Recolhe-se no mínimo 100 g de alimentos no total, que devem incluir todos os que constituem a refeição; • Fecham-se os sacos hermeticamente (sacos descartáveis próprios); • Colocam-se etiquetas com a descrição de todos os ingredientes no interior, data e hora. No caso de intoxicação alimentar mandam-se analisar por laboratório reconhecido. Depois de conhecidos os resultados, tomam-se as acções correctivas necessárias, que devem ser registadas e acompanhadas relativamente à sua implementação e eficácia. O IMP05.IT04.PC06 - Recolha de Amostras de Testemunho, deve ser utilizado para registar essa recolha. 3. APOIO NA REFEIÇÃO As refeições devem constituir-se como momentos de prazer e de convívio do cliente. O responsável pelo processo deve definir as regras para o apoio na alimentação, segurança e promoção da autonomia dos clientes. As regras definidas, deverão considerar as diversas necessidades e tipos de clientes. Os colaboradores do CD deverão promover sempre a autonomia do cliente, entre outras formas, estimulando-o a decidir o que quer comer, de acordo com a ementa, e a tomar a refeição sozinho. Sempre que o cliente se encontre incapacitado para tomar uma refeição, os colaboradores do CD devem estar qualificados para o exercício desta função, devendo: • Preparar cuidadosamente o espaço da refeição; • Promover a autonomia do cliente e respeitar as suas preferências e necessidades individuais; • Aquecer os alimentos que não se encontrem à temperatura indicada ou que não satisfaçam o cliente; • Apoiar, se necessário, na toma dos alimentos. Nesta tarefa, o colaborador deve possuir uma atitude calma e pausada, não apressar a refeição e colocar pouca comida no garfo ou colher para salvaguardar uma boa mastigação e deglutização dos alimentos. O colaborador deverá limpar a boca do cliente, sempre que necessário e posicionar-se de frente para o cliente, mantendo uma conversa permanente. • Aumentar a consistência dos líquidos (p.e chá, café, sumos, sopas, etc), sempre que o cliente tenha dificuldades em engolir, através de espessantes, ou seja de produtos de preparação fácil e instantânea, sem paladar e que mantenham constante a espessura dos líquidos ao longo do tempo, não lhe retirando o seu aspecto atractivo; • Apoiar o cliente após a refeição na higiene básica (p.e. limpar mãos e cara...) e na higiene oral, assim como garantir que este permaneça sentado pelo menos 30 minutos. O gestor do processo deve também definir a forma de actuação dos colaboradores em situações de emergência relativas à ingestão de alimentos, como por exemplo intoxicações alimentares, mau estar, indigestão, engasgamento, entre outros. 19 PC06. Processo de Nutrição e Alimentação IT04.PC06 / Instrução de Trabalho – Transporte, Distribuição e Apoio na Refeição As actividades desenvolvidas no apoio nas refeições e promoção da autonomia dos clientes devem ser monitorizadas semanalmente, bem como avaliadas mensalmente. O cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) devem ser envolvidos na avaliação. O(s) responsável(is) pela monitorização e avaliação definem, com os colaboradores, os indicadores respectivos, assim como os instrumentos metodológicos para desenvolver a monitorização e avaliação, tais como: • entrevistas/pequeno questionário de satisfação dos clientes e pessoa(s) próxima(s) (famílias e outros); • registos da monitorização semanal. Os indicadores de monitorização e avaliação são definidos aquando da elaboração do PDI do cliente. Os resultados da avaliação devem ser do conhecimento do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), sendo registados, datados, assinados e arquivados no Processo Individual do mesmo. 20 IMP01.IT02.PC06 Controlo de Recepção de Matérias-Primas Característica a controlar Identificação do Estabelecimento Não Conforme/ Motivo Conforme Produtos de acordo com o requisitado Quantidade de acordo com o requisitado Prazo de entrega Hora de entrega Condições de transporte Condições de descarga Rotulagem Embalagem primária Embalagem Temperatura Validade Características organolépticas Fornecedor: Nome do responsável pelo controlo: Devolvidos: Ass: Data: IMP02.IT02.PC06 Controlo de Validade dos Produtos Produto Data de validade constante na embalagem Identificação do Estabelecimento Controlo da efectivação do destino Destino Data do controlo: Responsável pelo controlo: Ass: IMP03.IT03.PC06 Declaração de Equipamento Entregue/Recebido Foi entregue a , funcionário nº , o seguinte equipamento para uso pessoal: • Duas batas brancas adequadas à preparação e confecção de alimentos; • Duas toucas brancas adequadas à preparação e confecção de alimentos; • Um par de sapatos brancos adequadas à preparação e confecção de alimentos; • Uns óculos de protecção, uma máscara nasobucal, umas luvas grossas, umas luvas finas. Mais se declara, que foram dadas instruções ao funcionário sobre o seu uso e manutenção. Anualmente será revisto o material que agora se entrega, no sentido de assegurar que o mesmo se mantém adequado ao uso. ___________________________________________, ____/____/____ ------------------------------------------------------------------------------------------------------- Foi recebido por _________________________________________, funcionário nº__________, o seguinte equipamento para uso pessoal: • Duas batas brancas adequadas à preparação e confecção de alimentos; • Duas toucas brancas adequadas à preparação e confecção de alimentos; • Um par de sapatos brancos adequadas à preparação e confecção de alimentos; • Uns óculos de protecção, uma máscara nasobucal, umas luvas grossas, umas luvas finas. O mesmo compromete-se a utilizá-lo correctamente e conservá-lo nas devidas condições de manutenção, higiene e limpeza. ___________________________________________, ____/____/____ IMP04.IT03.PC06 Controlo de Óleos de Fritura Identificação do Estabelecimento Substituição Data óleo novo Data de utilização Data de verificação Estado Ass. Não Sim IMP05.IT04.PC06 Recolha de Amostras de Testemunho Amostra nº Data de recolha Hora de recolha 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Data: Ass: Alimentos constantes da amostra Identificação do Estabelecimento Data de eliminação PC07. Documentação PC07 APOIO PSICOSSOCIAL IT01.PC07 Programa de Apoio Psicossocial IMP01.IT01.PC07 Serviços Prestados no Apoio Psicossocial PC07 APOIO PSICOSSOCIAL PC07. Processo Apoio Psicossocial PC07 Processo Apoio Psicossocial elaborado: data: aprovado: data: 1. OBJECTIVO Estabelecer as regras gerais a observar na elaboração, validação, implementação, monitorização, avaliação e revisão do programa de Apoio Psicossocial ao cliente. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO Este processo aplica-se a todos os colaboradores intervenientes na elaboração, validação, implementação, monitorização, avaliação e revisão do programa de Apoio Psicossocial. 3. INDICADORES DO PROCESSO São ferramentas essenciais para medir o desempenho dos Processos. A monitorização do processo será realizada através do controlo dos indicadores que devem ser definidos pela Direcção do estabelecimento, em função do modelo organizacional e dos objectivos estratégicos da Instituição. Os indicadores apresentados na matriz do processo são exemplos possíveis. 2 Processo Apoio Psicossocial .PC07 4. Início MODO OPERATÓRIO 1. Definição de Necessidades de Apoio Psicossocial Após a Avaliação Diagnóstica, que identificou as necessidades de Apoio Psicossocial, descritas no PDI, os colaboradores do CD definem a intervenção a este nível através de um Programa de Apoio Psicossocial. 1. Definição das necessidades de Apoio Psicossocial 2. Elaboração do Programa de Apoio Psicossocial (PAPS) A elaboração do PAPS é realizado de acordo com o ponto 1 da instrução de trabalho IT01.PC07 – Programa de Apoio Psicossocial. 2. Elaboração de um Programa de Apoio Psicossocial (PAPS) Para a elaboração deste programa são definidos os responsáveis pela sua coordenação, elaboração, análise, implementação, monitorização, avaliação e revisão. SE internamente são garantidos os recursos necessários (humanos e materiais) para a elaboração do PAPS, procede-se como estabelecido em 4; SE internamente não são garantidos os recursos necessários, procede-se como previsto em 3. Existem os recursos necessários? Não 3. Recorrer a recursos externos 3. Recorrer a Recursos Externos Sempre que necessário, o estabelecimento recorre a outros serviços, colaboradores externos ou constitui parcerias, para responder às necessidades identificadas. No caso de estabelecer uma parceria, deverá formalizar um protocolo no âmbito da mesma. Sim 4. Validação do PAPS O Programa é analisado pelo cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), restantes colaboradores internos e externos envolvidos na sua implementação, com vista à sua aprovação. 4. Validação do PAPS Se os clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) não validarem o programa, este será revisto como previsto em 5. Se os clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) validarem o programa procede-se como estabelecido em 6. A B 3 PC07. Processo Apoio Psicossocial A B 5. Reformulação do PAPS As alterações a serem introduzidas são sujeitas a nova validação por todos os intervenientes (cliente, familiar, representante legal, colaboradores, outros), condição necessária à sua implementação. 6. Implementação do PAPS É necessário rever o PAPS? Não Sim 5. Reformulação do PAPS A implementação do programa é realizada através da execução das actividades e acções psicológicas e sociais, conforme previsto na instrução de trabalho IT01.PC07 – Programa de Apoio Psicossocial. Todas as acções de âmbito social e psicológico, previstas ou não previstas por cliente, devem ser assinaladas no impresso IMP01.IT01.PC07 – Serviços Prestados no Apoio Psicossocial. Quando solicitado pelo cliente, deve ser proporcionado, se possível, a possibilidade de apoio em actividades não previstas. 6. Implementação do PAPS As alterações ao programa devem resultar de contributos do cliente e de todos os intervenientes. No entanto, quando assim não é possível, o gestor do processo deve assegurar que todos têm conhecimento e aceitam as alterações propostas. Para cada actividade planeada deverá estar sempre previsto o modo de actuação em situações de emergência. 7. Monitorização, Avaliação e Revisão do PAPS Fim 4 7. Monitorização, Avaliação e Revisão do PAPS O programa é monitorizado, avaliado e revisto, sempre que necessário, com todos os actores envolvidos (cliente, pessoa(s) próxima(s), colaboradores directos e indirectos) e conforme o estabelecido no ponto 2 da instrução de trabalho IT01.PC07 – Programa de Apoio Psicossocial. Processo Apoio Psicossocial .PC07 • Levantamento das necessidades de Apoio Psicossocial • Plano de Desenvolvimento Individual – PDI • Relatórios e informações específicas desenvolvidas por departamentos sectoriais da Instituição • Resultados da avaliação da satisfação dos clientes, colaboradores e parceiros • Resultados da Avaliação do PAPS Entrada (Input) Responsáveis Actividades Elaboração, Monitorização, Implementação, Avaliação e Revisão do PAPS DT ET • • Doc. Referência Instrução de trabalho • IT01.PC07 – Programa de Apoio Psicossocial Impresso • IMP01.IT01.PC07 – Serviços Prestados no Apoio Psicossocial • PAPS • Revisão do PDI Saída (Output) Indicadores • % de serviços prestados de acordo com as necessidades e expectativas dos clientes, por cada tipo de serviço • % de cuidados prestados de acordo com as metas e objectivos definidos nos PDI’s dos clientes • % de clientes apoiados em serviços sociais • % de clientes alvo de avaliação e intervenção psicológica Gestor do processo n Responsável pela actividade / Equipa Técnica - Técnico da área social n Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / ET - Equipa Técnica 5 PC07. Processo Apoio Psicossocial IT01.PC07 Instrução de Trabalho – Programa de Apoio Psicossocial elaborado: data: aprovado: data: 1. CONDIÇÕES GERAIS As necessidades humanas podem ser definidas, de forma simplificada, como um conjunto de elementos inter-agentes que motivam cada ser humano a viver. O Apoio Psicossocial deve ser um instrumento para a promoção da satisfação das necessidades do cliente. Na fase de Avaliação Diagnóstica e Programa de Acolhimento Inicial, a equipa do CD deve estar atenta a indicadores que revelem situações de carência ou fragilidade do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), ao nível social e/ou psicológico, como também às potencialidades e recursos dos mesmos. O desenho do programa individualizado de Apoio Psicossocial deve ser suportado pela Avaliação Diagnóstica efectuada ao cliente e ser consonante com os objectivos operacionais da área/sector respectivo. Este programa visa promover o bem estar e equilíbrio físico, económico, psicológico e emocional do cliente e pessoa(s) próxima(s), adoptando para o efeito uma intervenção centrada no apoio às suas necessidades específicas, capacitando-os e fortalecendo-os através da mobilização de recursos. A elaboração deste programa deve assentar nos seguintes princípios de intervenção: • • • • Individualizada; Integrada na(s) pessoa(s) próxima(s) (família ou outra); Garante dos direitos humanos; Subsidariedade – o suporte ao cliente deve ser preferencialmente efectuado no seio e em articulação com a família e comunidade. O programa individualizado de Apoio Psicossocial é elaborado com o PDI e faz parte integrante desse processo. A fim de assegurar uma efectiva abordagem holística ao cliente, a prestação e o acompanhamento psicossocial devem ser realizados pela equipa técnica multidisciplinar do CD, que deverá ser 6 Processo Apoio Psicossocial .PC07 IT01.PC07 / Instrução de Trabalho – Programa de Apoio Psicossocial constituída, pelo menos, por dois técnicos: um de serviço social e um psicólogo. No caso da Instituição não dispor de um destes técnicos, deverá constituir parcerias para o efeito. Para uma eficaz aplicação do programa definido, o gestor do processo deverá garantir: • A gestão das parcerias institucionais e as redes de suporte - p.e identificar grupos de auto–ajuda, aconselhamento jurídico, linhas de ajuda, etc. • A informação, orientação e formação aos diversos intervenientes, p.e. colaboradores, cliente e pessoa(s) próxima(s) do cliente. As actividades que fazem parte do Apoio Psicossocial ao cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) são, entre outras, as seguintes: • Avaliação e intervenção psicológica, p.e. promover a auto-estima dos clientes, avaliar perturbações comportamentais e emocionais, apoio emocional e psicológico; • Acompanhamento social - preconiza o apoio em todas as acções que promovam e garantam o acesso aos direitos, bens e serviços; • Apoio informativo e formativo - informar, orientar e formar o cliente e/ou família, no sentido de compreenderem e adaptarem-se à nova situação e consequentes alterações. Para cada actividade, existe um conjunto diversificado de acções e tarefas a desempenhar pelos vários colaboradores do CD, sendo que cabe ao gestor do processo identificá-las, envolvendo todos os colaboradores intervenientes. O gestor do processo deve definir as regras e condições de actuação gerais do CD para cada actividade/acção. A título exemplificativo apresentam-se algumas regras globais quanto ao apoio nalguns cuidados Post-Mortem: A. Informação do óbito • Deve ser efectuada só após confirmação do médico assistente ou delegado de saúde pública; • Deve ser efectuada à(s) pessoa(s) próxima(s) (familiar ou outro) pelo(a) Director(a) Técnico(a) ou membro da Direcção; • Deve ser transmitida de forma calma e tranquila e num espaço reservado; • A pessoa encarregue de transmitir a notícia, deve efectuar uma abordagem prévia e contextualizada, para minimizar o impacto da informação, assim como disponibilizar-se para o Apoio Psicossocial, procedimentos administrativos (p.e, facultar informação e contactos de serviços funerários, e outras informações), entre outros; • O(a) Director(a) Técnico(a) deve informar os restantes colaboradores, conferindo especial atenção àqueles mais próximos do cliente; • Na situação de ser a família a informar o CD do falecimento do cliente, o(a) Director(a) Técnico(a) disponibiliza-se para o apoio nas dificuldades que forem evidenciadas. B. Apoio nos cuidados Post-Mortem • O(a) Director(a) Técnico(a) ou membro da Direcção, preferencialmente, ou outro elemento da equipa, devem estar presentes na cerimónia fúnebre e apresentar as condolências dos colaboradores e Direcção da Instituição. • Deve ser prestado apoio psicológico à família no luto; Todas as acções e tarefas executadas em cada actividade de Apoio Psicossocial, devem ser registadas no IMP01.IT01.PC07 – Serviços Prestados no Apoio Psicossocial, que prevê o registo da data, hora e responsável pela realização dessas actividades. 7 PC07. Processo Apoio Psicossocial IT01.PC07 / Instrução de Trabalho – Programa de Apoio Psicossocial 2. MONITORIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PAPS O PAPS é monitorizado mensalmente, sendo avaliado e revisto semestralmente e/ou sempre que necessário, através do envolvimento de todos os intervenientes (cliente, colaboradores directos e indirectos, família, outros), com vista a melhorar a qualidade dos serviços e adequá-los às necessidades e expectativas dos clientes. O objectivo da avaliação é medir a eficiência e a eficácia do programa e o impacte que este está a ter no cliente e/ou pessoa(s) próxima(s). Por conseguinte, a avaliação deverá permitir medir: • • • • • o impacte dos serviços no cliente e/ou pessoa(s) próxima(s); a satisfação do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) no desempenho e produtos oferecidos; se os objectivos definidos foram alcançados; se as actividades e acções previstas foram executadas; a adequabilidade dos objectivos, actividades, acções e produtos ao diagnóstico, nomeadamente no que se refere às necessidades, expectativas e interesses do(s) cliente(s) e/ou pessoa(s) próxima(s); • adequabilidade dos recursos utilizados e o custo envolvido na realização do plano. O(s) responsável(is) pela monitorização e avaliação, definem, com os colaboradores, os indicadores respectivos, assim como os instrumentos metodológicos para desenvolver a monitorização e avaliação, tais como: • entrevistas/questionários de satisfação dos clientes e pessoa(s) próxima(s); • pareceres técnicos em domínios específicos; • registos. Os indicadores de monitorização e avaliação são definidos simultaneamente aquando da elaboração da planificação de actividades. O resultado da avaliação deve ser do conhecimento do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), sendo registado, datado, assinado e arquivado no Processo Individual do mesmo. Sempre que sejam envolvidos outros serviços e/ou intervenientes (externos ou internos) com responsabilidade na prestação directa ou indirecta no programa, estes têm conhecimento, em tempo útil, das revisões e alterações ao mesmo. Para a revisão do programa devem ser, entre outros, considerados os seguintes resultados: • • • • 8 Monitorização mensal; Relatório de avaliação; Entrevistas de Avaliação Diagnóstica; Informação proveniente da avaliação da satisfação dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) e colaboradores (p.e. resultados dos questionários de avaliação de satisfação, resultados das reuniões com o cliente/famílias, entre outros). Nota: 2ª (1) Devem constar as acções previstas no PDI (2) Identificar situações anómalas Apoio/Acompanhamento Social Apoio Informativo e Formativo Avaliação e Intervenção Psicológica Actividades, acções e tarefas executadas (1) Cliente: Responsável 3ª Responsável 4ª Horário Horário Horário Serviços Prestados no Apoio Psicossocial IMP01.IT01.PC07 • CENTRO DE DIA Responsável 5ª Responsável SEMANA de: 6ª Responsável Sáb. Responsável de 200 Dom. a: Horário Horário Horário Horário Responsável Observações (2) de 200 Identificação do Estabelecimento PC08. Documentação IMP01.PC08 Serviços Prestados nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana PC08 APOIO NAS ACTIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA QUOTIDIANA IT01.PC08 Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços IT02.PC08 Tratamento de Roupa IMP02.IT02.PC08 Ficha de Registos da Lavandaria PC08 APOIO NAS ACTIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA QUOTIDIANA PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana PC08 Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana elaborado: data: aprovado: data: 1. OBJECTIVO Estabelecer as regras gerais a observar no acompanhamento ao exterior, no apoio na aquisição de bens e serviços e no tratamento de roupa. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO Aplica-se aos colaboradores e serviços responsáveis pela prestação dos seguinte serviços: acompanhamento ao exterior, apoio na aquisição de bens e serviços e tratamento de roupa. 3. INDICADORES DO PROCESSO São ferramentas essenciais para medir o desempenho dos Processos. A monitorização do processo será realizada através do controlo dos indicadores que devem ser definidos pela Direcção do estabelecimento, em função do modelo organizacional e dos objectivos estratégicos da instituição. Os indicadores apresentados na matriz do processo são exemplos possíveis. 12 Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08 4. 1. Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços 1. Acompanhamento ao exterior e aquisição de bens e serviços A instrução de trabalho IT01.PC08 – Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços, define as regras gerais relativas ao acompanhamento do cliente no exterior e ao apoio na aquisição de bens e serviços. 2. Cliente MODO OPERATÓRIO Tratamento de roupa 2. Tratamento de Roupa A instrução de trabalho IT02.PC08 – Tratamento de Roupa, define as regras gerais relativas à recolha, verificação e selecção, lavagem, secagem, reparação, engomagem e distribuição da roupa dos clientes. 3. Transporte de Clientes 3. Transporte de Clientes O CD deverá definir, para o transporte dos clientes, as regras de utilização, condições de higiene, segurança e bem estar. Estas regras devem estar de acordo com a legislação em vigor relativa à segurança e transporte de passageiros, em especial de pessoas com mobilidade reduzida. 13 PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana • Objectivos operacionais das áreas/sectores Entrada (Input) • Informações recolhidas no Processo de Candidatura - Ficha de Inscrição – Parte A e B (IMP02.IT01.PC01) • Informações recolhidas no Processo de Admissão (Contrato, Entrevista de Diagnóstico e Programa de Acolhimento Inicial) • Planos de Desenvolvimento Individual • Informações diárias do responsável pelo cliente • Resultados da monitorização e avaliação dos PDI Responsáveis Actividades DT M AAD Doc’s Referência CD Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviço • • • Tratamento de Roupa • • • Instruções de trabalho Impressos • IT01.PC08 – • IMP01.PC08 – Serviços Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviço • IT02.PC08 – Tratamento de Roupa Prestados nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana • IMP01.PC08 – Serviços Prestados nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana • IMP02.IT02.PC08 – Ficha de Registos da Lavandaria • • • Transporte de Clientes • Revisão do PDI Saída (Output) • Programa/Plano de Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana • Programa de Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços • Resultados da monitorização e avaliação das actividades instrumentais da vida quotidiana • Revisão dos programas de acompanhamento ao exterior, aquisição de bens e serviços e tratamento de roupa Indicadores • % de serviços executados face ao previsto nos Planos de Desenvolvimento Individual • % de serviços executados não previstos nos Planos de Desenvolvimento Individual • % de desaparecimento e/ou danificação de peças de roupas • Grau de satisfação dos clientes face aos serviços prestados quanto ao acompanhamento e aquisição de bens no exterior, tratamento de roupas e transporte. Gestor do processo 14 n Responsável pela actividade / Director(a) Técnico(a) n Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / M - Motorista / AAD - Auxiliar de Acção Directa / CD - Cuidador(es) Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08 IT01.PC08 Instrução de Trabalho – Acompanhamento ao exterior e aquisição de bens e serviços elaborado: data: aprovado: data: 1. ACOMPANHAMENTO AO EXTERIOR O acompanhamento ao exterior visa promover a qualidade de vida do cliente, bem como apoiá-lo na satisfação das suas necessidades. Este serviço só deverá ser prestado, quando necessário e/ou estabelecido no PDI. O acompanhamento ao exterior, pode ser destinado a um ou mais clientes. O gestor do processo deve elaborar um programa de acompanhamento ao exterior, no qual deve constar, pelo menos, os seguintes elementos: • Âmbito do acompanhamento – apoio na deslocação do cliente a serviços de saúde, passeios, visitas a amigos ou familiares, actividades socioculturais, desportivas ou outras; • • • • • • • Acções/tarefas a desenvolver; Frequência; Periodicidade; Recursos; Responsáveis pela execução e supervisão; Previsão de riscos associados e acções preventivas; Participação de pessoa(s) próxima(s) ao cliente, voluntários, entre outras. O gestor do processo deve definir as regras de acompanhamento e as condições em que os clientes se podem deslocar ao exterior, por exemplo: • O cliente deve conhecer antecipadamente quem é o colaborador que o irá acompanhar numa saída externa; • Sempre que possível, o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) escolhe(m) quem o vai acompanhar a uma saída externa; • O colaborador nunca deve acelerar o ritmo dos clientes, nomeadamente daqueles que possuam problemas de mobilidade; 15 PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana IT01.PC08 / Instrução de Trabalho – Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços • • • • Na via pública, o cliente deve circular sempre no interior do passeio; O colaborador deve estar atento ao cansaço ou outros sintomas do cliente; Fazer paragens ou estabelecer períodos de descanso com o cliente, sempre que necessário; O cliente deve estar sempre acompanhado de elementos de identificação e de uma garrafa com água; • Estar identificada(o): • a temperatura com a qual o cliente pode sair ao exterior • a necessidade de uso de ajudas técnicas e quais; • o tempo de permanência máximo no exterior; • entre outras. As regras e condições de acompanhamento ao exterior devem ser validadas junto do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) e dos colaboradores. Nesta actividade, o gestor do processo deve ter em atenção o perfil do colaborador para executar o serviço, na medida em que deve ser adequado às necessidades e expectativas do cliente. É aconselhável que o colaborador possua, entre outras, as seguintes atitudes e atributos: ter conhecimentos em primeiros socorros; ser tranquilo, ter paciência e diálogo permanente com o cliente nas tarefas que executa; ter equilíbrio emocional perante situações constrangedoras de doença, de SOS ou outras; mostrar segurança no relacionamento interpessoal. Com vista a aferir o impacto que a actividade teve no cliente, no final da mesma, o colaborador deve avaliar o seu resultado e registá-lo em impresso próprio. Todas as acções e tarefas executadas devem ser registadas no impresso IMP01.PC08 – Serviços Prestados nas Actividades Instrumentais de Vida Quotidiana, no qual está também indicada a data, hora e responsável pelas acções. 2. AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS A aquisição de bens e serviços tem como finalidade apoiar as necessidades do cliente e promover a sua qualidade de vida. Este serviço só deverá ser prestado em caso de necessidade e quando solicitado pelo cliente e/ou pessoa(s) próxima(s). Quando estabelecido no PDI, o desenvolvimento desta actividade é assegurado pelo CD. Sempre que possível, o gestor do processo, deve elaborar um programa para o efeito, no qual deve constar, pelo menos, os seguintes elementos: • Âmbito e tipo de serviço – pagamento de serviços (água, luz, entre outras); levantamento e gestão do dinheiro (reforma); compra de produtos que satisfaçam as necessidades básicas e intermédias do cliente (alimentação, medicamentos, entre outras); • • • • • • Periodicidade; Frequência; Recursos; Responsáveis pela execução e supervisão; Previsão de riscos associados e acções preventivas; Participação de pessoa(s) próxima(s) ao cliente, entre outras. Com vista a salvaguardar e garantir a relação de confiança entre o cliente e o CD, o gestor do processo, deve definir as regras e as condições gerais de segurança que os seus colaboradores devem seguir na aquisição de bens e serviços para o cliente, por exemplo: 16 Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08 IT01.PC08 / Instrução de Trabalho – Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços • Sempre que possível, o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) escolhem o responsável pela execução desta actividade; • Todas as acções envolvendo transacções financeiras realizadas pelos colaboradores em nome do cliente têm de ser registadas, sustentadas por comprovativo e entregues ao cliente e/ou pessoa legalmente responsável; • Sempre que necessário, o estabelecimento adianta a verba financeira para a aquisição de bens, previamente autorizados e no final do mês, juntamente com o valor da mensalidade, o cliente regulariza a situação; • Sempre que o cliente entregue dinheiro em mãos ao colaborador, este verifica-o contando à sua frente; • Sempre que o colaborador faz uma compra em dinheiro, deve entregar ao cliente o talão de compra e troco, quando existe, contado-o à sua frente e, se necessário, referenciar a quantia que o cliente lhe havia entregue; • O colaborador deverá devolver sempre o dinheiro, ao cliente ou à Instituição, sempre que, por razões de força maior, não lhe seja possível realizar o serviço; • Estarem identificadas as situações em que o colaborador recebe dinheiro directo do cliente; • Estarem identificadas as situações em que o CD gere o dinheiro do cliente e as normas internas para o efeito. As regras e condições de aquisição de bens e serviços devem ser validadas junto do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), bem como dos colaboradores. Nesta actividade, o gestor do processo deve ter em atenção o perfil do colaborador. É aconselhável que este possua, entre outras, as seguintes atitudes e atributos: conhecimentos para assegurar a autonomia, privacidade e segurança do cliente; honestidade em relação aos pertences do cliente; segurança no relacionamento interpessoal. Todas as acções e tarefas executadas devem ser registadas no impresso IMP01.PC08 – Serviços Prestados nas Actividades Instrumentais de Vida Quotidiana, no qual está também indicada a data, hora e responsável pelas actividades. 17 PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana IT02.PC08 Instrução de Trabalho – Tratamento de Roupa elaborado: data: aprovado: data: 1. CONDIÇÕES GERAIS O tratamento de roupa é um serviço que visa promover a satisfação de necessidades do cliente e promover a sua qualidade de vida. De acordo com o estabelecido no PDI, o CD deve elaborar um programa para o tratamento de roupa onde conste, pelo menos, os seguintes elementos: • o âmbito de actuação (lavagem, secagem, engomagem, reparação) e respectivas tarefas; • espaços de realização da actividade, p.e lavandaria da Instituição, lavandaria de uma entidade externa; • identificação do tipo de roupa, quantidade e periodicidade (semanal, quinzenal, outra); • responsáveis pela execução e supervisão; • participação e grau de implicação do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) nalgumas tarefas. Quando o tratamento das roupas é assegurado na lavandaria do CD, é necessário que o gestor do processo defina ainda os métodos e as regras relativas aos seguintes itens: • Recolha - p.e. periodicidade, método de recolha e identificação da roupa; • Verificação e selecção - verificação do tipo de nódoas, material e selecção do tipo de lavagem aconselhado; • • • • • 18 Lavagem - p.e. programa, temperatura e detergente; Secagem - p.e. métodos de secagem possíveis ou aconselhados; Reparação - p.e. arranjos; Engomagem - p.e. selecção das temperaturas; Distribuição - p.e. periodicidade, verificação da identificação e método da distribuição. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08 IT02.PC08 / Instrução de Trabalho – Tratamento de Roupa Quando o tratamento é realizado por uma entidade externa, o gestor do processo deve estabelecer as regras para: • • • • • Recolha – método, identificação e periodicidade; Recepção; Armazenamento; Separação; Distribuição e entrega da roupa no domicílio. Todas as acções e tarefas executadas devem ser registadas no impresso IMP01.PC08 – Serviços Prestados nas Actividades Instrumentais de Vida Quotidiana, com indicação da data, hora e responsável pelas acções. 2. CONTROLO DE ROUPAS A roupa deve estar devidamente identificada, de forma discreta, de preferência utilizando as etiquetas próprias para o efeito. É aconselhável que não se marque a roupa por fora e de forma visível. Devem estar estabelecidas e serem do conhecimento do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), as regras, procedimentos e medidas que permitam: • Evitar a troca, danificação ou manchas de peças de vestuário; • A correcção de situações anómalas. O CD deve garantir um sistema de registo de controlo de roupas do cliente – IMP02.IT02.PC08 – Ficha de Registos da Lavandaria. 19 2ª Horário Responsável Nota: (1) Devem constar as acções previstas no PDI (2) Identificar situações anómalas Tratamento de Roupa Aquisição de Bens e Serviços Acompanhamento ao Exterior Acompanhamento ao Exterior, Aquisição de Bens e Serviços Actividades, acções e tarefas executadas (1) Cliente: 3ª Responsável 4ª Responsável 5ª Responsável SEMANA de: 6ª Horário Horário Horário Horário Responsável Serviços prestados nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana IMP01.IT01.PC08 • CENTRO DE DIA Sáb. Responsável de 200 Dom. a: Horário Horário Responsável Observações (2) de 200 Identificação do Estabelecimento IMP02.IT02.PC08 • CENTRO DE DIA Ficha de Registos da Lavandaria Registos Descrição Descrição do Estado de Conservação QT Peso Almofadas Cobertores Colchas Edredons Roupa de Casa Lençóis Resguardo de Cama Panos de Cozinha Toalha de Banho Toalha de Rosto Toalha de Bidé Toalha de Mesa Cortinados Tapetes Batas Blusas Calças Calções Camisas Camisa de Dormir Pijama Camisola Roupa Individual Camisola interior Soutiens Combinações Cuecas Ceroulas Collants Meias Peúgas Lenços de Mão Saia Vestidos Casacos de Malha Casacos de Fazenda Parka Recolha no Domicilio Entrega na Lavandaria Assinaturas Cliente: / / Assinaturas CD: / Saída da Lavandaria / Entrega no Domicilio Assinaturas CD: / / Assinaturas Cliente: / / Anexos Anexos ANEXO A Relacionamento CONSIDERAÇÕES GERAIS A valorização da dimensão do relacionamento entre os vários intervenientes na Resposta Social afigura-se como um dos aspectos cruciais na qualidade dos serviços prestados, uma vez que promove o desenvolvimento psicossocial global, mais adequado e adaptado aos clientes que usufruem dos serviços. O relacionamento que os colaboradores mantêm com o cliente e pessoa(s) próxima(s) além de ser uma dimensão muito valorizada pelos mesmos, permite-lhes também o desenvolvimento de sentimentos de segurança e confiança na Instituição prestadora de serviços e contribuí para uma maior adaptação ao contexto de mudança vivenciado. Os colaboradores devem, pois, procurar manter um contacto contínuo de proximidade e consistente com cada cliente e a(s) pessoa(s) próxima(s). A parceria entre o cliente, pessoa(s) próxima(s) e colaboradores (internos, externos) deve ser caracterizada por uma partilha activa de informação e co-responsabilização na realização e implicação de todos os intervenientes em actividades/acções conjuntas, com a finalidade de proporcionar um maior benefício ao cliente, assim como a melhoria contínua dos serviços prestados. O cliente e/ou a(s) pessoa(s) próxima(s) devem ainda participar na gestão da Resposta Social, contribuindo com o seu conhecimento e capacidades para enriquecer os serviços a desenvolver na Resposta Social. A. PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA RESPOSTA SOCIAL Existe uma política de condução da Resposta Social, que em todos os processos: • Respeita e promove os direitos fundamentais dos indivíduos, tais como o direito à: cidadania, autonomia, participação, privacidade, confidencialidade, individualidade, paz, entre outros; • Promove a igualdade de oportunidades ao nível dos serviços e actividades propostas aos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s); • Respeita as diferenças de género, socio-económicas, religiosas, culturais, sexuais dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s); • Respeita o projecto de vida definido por cada cliente, bem como os seus hábitos de vida, interesses, necessidades e expectativas; • Capacita os clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) para o desenvolvimento pessoal, capacidades funcionais e cognitivas; • Trate com equidade os clientes e/ou pessoa(s) próxima(s); • Promove o envolvimento dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) na definição de normas e gestão da resposta social, p.e. planificação de actividades e definição de normas gerais de funcionamento; 2 Anexos • Estabelece de forma continuada a troca de informação relativa ao cliente, com o mesmo e/ou pessoa(s) próxima(s); • Incentiva o envolvimento de técnicos especializados, da comunidade e de voluntários no acompanhamento dos clientes; • Organiza sistematicamente espaços formais e informais para que os colaboradores reflictam individualmente e entre si, sobre as suas atitudes e comportamentos para com os clientes e/ou pessoa(s) próxima(s), com vista a ajustar práticas; • Disponibiliza recursos diversificados para abranger os diversos tipos de clientes e respectivas necessidades e expectativas; • Utiliza estratégias de formação destinadas aos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) com necessidades específicas de aprendizagem, p.e. identificação e utilização de ajudas técnicas; • Possui um sistema de gestão das reclamações e de sugestões dos clientes, da(s) pessoa(s) próxima(s) e dos colaboradores que é divulgado às diferentes partes interessadas. As reclamações e sugestões apresentadas são consideradas aquando da planificação das actividades anuais da Resposta Social. B. RELACIONAMENTO COM O CLIENTE 1. Comunicação • É confidencial e respeita a identidade e individualidade do cliente, independentemente do grau de dependência; • É estabelecida de forma calma, amável, carinhosa/humana, segura e competente; • Utiliza uma linguagem adequada, simples, clara e adulta (nunca infantilizante); • É específica e sensível aos sentimentos do cliente; • O cliente é o centro, independentemente do canal de comunicação utilizado (palavras, gestos, sons, olhar, outro); • Sustentada numa conversação sobre assuntos do interesse ou necessidade do cliente; • Estimula o desenvolvimento das capacidades funcionais e cognitivas do cliente; • As mensagens são realizadas na 1ª pessoa (p.e. “Estou disponível para o apoiar...”); • Existe um equilíbrio entre o ouvir e o falar; • Valoriza o contacto visual, sendo que a comunicação não-verbal é consistente com a comunicação verbal (p.e. expressões faciais concordantes com a linguagem corporal e com o que está a ser dito); • As alterações no conjunto de procedimentos e serviços do estabelecimento são dadas por escrito antes da sua implementação, incluindo aquelas que não impliquem uma alteração no quotidiano do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s); • Existe a oportunidade para a troca de informação de forma privada. 2. Interacção dos colaboradores • Deve ser estabelecida de forma calma, paciente, atenciosa, alegre, descontraída e humanizada, especialmente em situações de elevada dependência; • Varia de acordo com o desenvolvimento, necessidades e expectativas do cliente; 3 Anexos • Sustentada pelos princípios de gestão da Resposta Social, assim como pelos seguintes aspectos: • Manter o contacto físico de forma correcta; • Encorajar, apoiar ou potenciar as iniciativas do cliente no que se refere à sua autonomia, independência, participação, privacidade e confidencialidade; • Encorajar e apoiar o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) a se co-responsabilizar(em) pela realização das actividades, acções ou tarefas individuais e/ou colectivas quotidianas; • Informar o cliente das actividades, acções e tarefas nas quais o mesmo está implicado de forma directa ou indirecta; • Preparar os clientes para novas rotinas ou actividades, caso existam; • É dada especial atenção nas situações em que os clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) se encontram a chorar, tristes, aborrecidos, apáticos, invulgarmente quietos, com sinais de depressão; • Os colaboradores demonstram interesse genuíno em ajudar o cliente a expressar-se e em explorar as suas ideias, respeitando as suas necessidades de espaço; • Os colaboradores procuram ser “agentes de confiança” junto dos clientes. • Os colaboradores demonstram disponibilidade para conversar com os clientes, nomeadamente aquando a prestação de um serviço, p.e., cuidados de higiene, apoio na alimentação; • Os colaboradores são sensíveis para com as questões e pedidos dos clientes; • Os colaboradores estão sensíveis e atentos a todos os clientes, especialmente para com aqueles que possuem necessidades especiais; • Existe um colaborador directamente responsável por um ou conjunto de clientes. 3. Interacção entre os clientes • A Resposta Social promove a empatia e autoconfiança entre os clientes; • O comportamento dos colaboradores demonstra aos clientes que se espera respeito e igualdade entre si, encorajando-os activamente para que mantenham uma atitude de aceitação, quer perante pessoas de meios socioculturais diferentes do seu, quer com capacidades diferentes das suas, entre outras; • Os clientes são ajudados a desenvolver sentimentos de pertença ao grupo, através do(a): • Dinamização de actividades inclusivas, nas quais sejam incentivados a estarem num grupo diferenciado de pessoas (p.e. pessoas de grupos etários distintos, com capacidades motoras distintas, entre outras); • Envolvimento em actividades que impliquem o trabalho conjunto; • Impulsionamento de interacção social positiva, p.e. encoraja-los a terem comportamentos de entre-ajuda, de cooperação, partilha de sentimentos e dúvidas, informações; • Possibilidade de criação de espaços para a formação de grupos espontâneos. C. PARCERIA COM A(S) PESSOA(S) PRÓXIMA(S) DO CLIENTE (FAMILIAR, RESPONSÁVEL LEGAL, AMIGO, OUTROS) 1. Comunicação • É regular, confidencial e sustentada num plano específico e formal, com vista a informar sobre o quotidiano do cliente; 4 Anexos • O estabelecimento está preparado para se relacionar e comunicar com a(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente, que tenham relações e papéis diferenciados, assim como sejam de meios sócio-económicos, culturais e linguísticos diferentes; • A informação é acessível, p.e. está disponível em várias línguas e se necessário, encontra-se em local acordado, entre outros; • O conteúdo da informação escrita disponível é revisto e actualizado regularmente, em articulação com todas as partes interessadas: cliente, pessoas próximas, colaboradores, entre outros; • As alterações no conjunto de procedimentos e serviços do estabelecimento são dadas por escrito antes da sua implementação, incluindo aquelas que não impliquem uma alteração no quotidiano do cliente e/ou pessoa próxima; • Existe a oportunidade para a troca de informação de forma privada; • As solicitações à Resposta Social das pessoas próximas do cliente relativamente a informações respeitantes a este são respondidas de forma adequada e com a sua autorização, sempre que a situação o permita. 2. Condições gerais • O estabelecimento possui um programa para cada período do ano que permite o contacto formal entre os colaboradores e as pessoa(s) próxima(s) do cliente, procurando maximizar a sua participação na planificação das actividades e no quotidiano do estabelecimento; • A(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente participam na elaboração, implementação, monitorização e avaliação do Plano de Desenvolvimento Individual, Programa de Acolhimento Inicial, assim como na Entrevista de Avaliação Diagnóstica e nos diferentes instrumentos que regulam a actividade do estabelecimento; • As estratégias de condução de actuação para cada cliente e pessoa(s) próxima(s) são discutidas entre estes e os colaboradores, de forma individual e construtiva, procurando-se garantir, sempre que possível, uma continuidade dos cuidados prestados no estabelecimento e os praticados no seio do agregado familiar; • Os colaboradores demonstram um interesse genuíno e assertivo quando falam com a(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente, nomeadamente no que diz respeito à sua cultura, hábitos, necessidades e expectativas; • É promovido espaço para que a(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente se co-responsabilize(m) ou seja(m) envolvidas/implicada(s) nas actividades diárias ou outras do cliente. Neste sentido, é/são sempre incentivada(s), p.e. aquando a elaboração do PDI entre outros momentos, a colaborar em actividades específicas do estabelecimento ou a partilhar experiências específicas com os clientes, em especial na execução dos cuidados de higiene e imagem pessoal, cuidados de saúde, refeições, nas actividades socioculturais e instrumentais da vida quotidiana; • O estabelecimento promove oportunidades para contactos informais entre a(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente e os seus colaboradores, que ocorrem durante o ano em função das suas necessidades e expectativas. D. PROGRAMA DE GESTÃO E PREVENÇÃO DE NEGLIGÊNCIA, ABUSOS E MAUS TRATOS • A Resposta Social deve ter um programa de gestão e prevenção de negligência, abusos e maus tratos aos clientes; 5 Anexos • A Resposta Social deve ter definidas as regras e formas de actuação para as situações de negligência abusos e maus tratos aos clientes, seja por parte dos colaboradores, seja por parte de pessoa(s) próxima(s) do cliente; • Colaboradores, clientes e pessoa(s) próxima(s) do cliente têm acesso ao documento escrito com a política de condução da Resposta Social quanto às regras e formas de actuação em situações de negligência, abusos e maus tratos aos clientes, (p.e. regulamento interno de funcionamento do estabelecimento); • Devem ser criados espaços de comunicação para que o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) informe(m) os responsáveis pela Instituição da existência de situações de negligência, abuso de direitos e maus tratos dos colaboradores; • Sempre que sejam detectadas situações de negligência, abusos de direitos e maus tratos ao cliente por parte dos colaboradores, os responsáveis pela Resposta Social devem auscultar todas as partes envolvidas, garantir que os direitos do cliente não são postos em causa neste processo e accionar junto dos colaboradores os mecanismos de sanção previstos de acordo com cada situação; • Sempre que sejam detectadas situações de negligência, abusos de direitos e maus tratos ao cliente por parte das pessoas que lhe são próximas, os colaboradores devem informar os responsáveis pelo estabelecimento. Estes últimos, devem avaliar a situação em causa, auscultando o cliente e pessoa(s) próxima(s). De acordo com a situação, os responsáveis devem informar, formar e apoiar o cliente e a(s) pessoa(s) próxima(s) a superar a situação ou, em casos extremos, accionar os meios legais ao dispor, com vista a salvaguardar a integridade e segurança do cliente; • Cada estabelecimento pode proceder a uma avaliação interna do comportamento dos seus colaboradores e sistema de gestão, por forma a verificar e corrigir situações de negligência, abusos de direitos e maus tratos ao cliente. De acordo com os resultados, poderá desenvolver, entre outras, as seguintes acções: • Avaliar a sensibilidade dos colaboradores para esta problemática; • Identificar as necessidades de formação dos colaboradores para a problemática e promover a sua participação em acções de formação; • Realizar projectos que qualifiquem os serviços; • Identificar boas práticas que previnam situações de violência institucional e sejam disseminadas pelos colaboradores e processos de gestão; • Assegurar a rotação regular dos colaboradores perante tarefas mais pesadas ou difíceis, com vista a reduzir os riscos de burnout; • Encorajar os colaboradores a realizarem pausas de 5 minutos quando se sentem mais tensos ou cansados e que afecta o modo humano e compreensivo de lidar com os clientes. • A Resposta Social deve assegurar que haja um despiste compreensivo e uma resposta imediata, assim que existam suspeitas de ocorrência de uma situação de violência • Os responsáveis pelo estabelecimento devem providenciar a capacidade de gestão de conflitos e atitudes em situação de crise para todos os colaboradores. 6 Anexos 1. Grelha de alguns indicadores de violência em respostas e serviços sociais Dimensões Indicadores Amenidades - Divisões frias ou excessivamente quentes Divisões sem arejamento Decoração e mobílias sujas e/ou degradadas Barreiras arquitectónicas internas e externas ao edificado Iluminação inadequada e/ou de luz natural Clientes que dormem em colchões molhados, sujos ou em mau estado Confinamento - Fechar os clientes fora e dentro de divisões - Fechar o equipamento ao exterior - Uso injustificado de objectos imobilizadores (p.e. correias, ligaduras, etc.) - Amarrar injustificadamente os clientes à cama, cadeira, cadeirões Restrição sensorial - Deixar os clientes com dificuldades de mobilização sentados ou deitados durante largos períodos de tempo - Não mobilizar regularmente pessoa acamada - Não providenciar espaços/tempo de ocupação quotidiana dos clientes em actividades diversas - Não providenciar meios de participação e expressão - Não permitir a privacidade Privacidade - Relatar pormenores da vida do cliente - Permitir ou forçar a violação ou sigilo dos processos sociais e médicos - Apressar o cliente para a satisfação das suas necessidades fisiológicas - Não garantir a privacidade do espaço durante a higiene pessoal dos clientes Higiene pessoal - Abrir material esterilizado sem ser na altura imediatamente prévia aos cuidados - Banhar vários clientes com a mesma água - Deixar os clientes sujos (fezes e urina) durante longos períodos de tempo - Uso de toalhas, esponjas, escovas de dentes e pentes comuns - Não lavar na totalidade, clientes acamados durante longos períodos de tempo - Não ter em atenção ao pudor dos clientes Vestuário - Vestir os clientes com roupas e sapatos em más condições Não vestir os clientes sem justificação aparente Marcar a roupa por fora e de forma visível Vestir roupa fora de época Alimentação - Não oferecer variedade de comida e bebida Usar a restrição de alimentos como forma de castigo Misturar vários tipos de comida pouco atraentes ao gosto Servir comida mal cozinhada ou sem estar na temperatura adequada Servir comida estragada e/ou fora do prazo Má apresentação e fraca higiene dos suportes alimentares Não respeitar as dietas alimentares ou necessidades diabéticas Dar comida ou bebida que não seja do gosto do cliente Usar substitutos de comida em vez de alimentos Deixar as refeições à porta de casa de cada cliente 7 Anexos Dimensões Indicadores Saúde - Não procurar ajuda médica aos clientes sempre que necessário - Não informar o staff clínico e/ou pessoa(s) próxima(s) do cliente sobre alterações do estado de saúde - Não providenciar, facilitar ou alertar para a necessidade de ajudas técnicas - Não providenciar cuidados preventivos, p.e. cuidar da pele de pessoas incontinentes - Ignorar situações em que os clientes se queixam de dores - Não limpar dentaduras, óculos e outras próteses externas do cliente - Não respeitar as medicações prescritas - Usar medicamentos de origem opiácea e semelhantes, sem ordem médica Medicação - Administrar sedativos ou outra medicação, sem ordem médica - Reter medicação - Dar medicação de um cliente a outro - Não dar a medicação a horas certas ou nas doses correctas Sexualidade - Assédio sexual - Ataques sexuais - Comentários sexistas - Fazer comentários homofóbicos - Falta de respeito pela sexualidade dos clientes, nomeadamente quanto à sua orientação sexual Aspectos físicos - Bater e empurrar os clientes - Arrastar as pessoas das cadeiras ou da cama - Tirar e pôr a roupa e prestar outros cuidados de forma brusca - Negligência na ajuda à alimentação - Não satisfação das solicitações para as necessidades fisiológicas Comunicação - Gestão patrimonial - Praguejar com os clientes Chamar aos clientes nomes impróprios como bebé, queridinho e diminutivos Fazer comentários sexistas Fazer comentários racistas Gritar e ameaçar os clientes Conversas entre os colaboradores sobre os clientes, especialmente à frente deles e ignorando-os - Mentir e fazer intrigas entre os clientes, bem como entre a(s) pessoa(s) próxima(s) Reter o dinheiro dos residentes, sem ser a seu pedido Cobrar dinheiro extra por acções ou tarefas associadas a serviços pagos Cobrar a electricidade aos clientes Retirar dinheiro, valores e objectos dos clientes, sem o seu consentimento Pôr as economias dos clientes na conta pessoal de funcionários, proprietários ou dirigentes - Ser cúmplice quando os familiares gerem os recursos financeiros dos clientes, sem ordem do tribunal - Encorajar os clientes a dar presentes e outras recompensas aos colaboradores para serem bem tratados - Tomar total controle do dinheiro, reforma dos clientes Fonte: op.cit adaptada de IDS (2002), Prevenção da Violência Institucional perante pessoas idosas e pessoas em situação de dependência, pp.47-50, IDS, Lisboa. 8 Bibliografia AFNOR CERTIFICATION (2001), Règlement de certification de la marque: service aux personnes a domicile. 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