Avaliação
Diagnóstica do E M
2012
3a. série
Linguagens, códigos
e suas
tecnologias
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
VOLUME 2
2.º SEMESTRE
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
O16
Ochôa, Ana Cristina
Avaliação diagnóstica do EM 2012 : 3a. série : linguagens, códigos e suas tecnologias:
2º. semestre / Ana Cristina Ochôa ... [et al.] ; ilustrações Eduardo Borges. – Curitiba : Positivo,
2012.
2v. : il.
Aluno
ISBN 978-85-385-5759-3
1. Ensino médio – Currículos – Avaliação. 2. Línguas. 3. Artes. 4. Literatura brasileira.
5 Educação física. I. Borges, Eduardo . II. Título.
CDU 373.5
© Editora Positivo Ltda., 2012
Diretor-Superintendente
Ruben Formighieri
Ilustração
Eduardo Borges
Diretor-Geral
Emerson Walter dos Santos
Capa
Roberto Corban
Diretor Editorial
Joseph Razouk Junior
Projeto gráfico e editoração
Expressão Digital
Gerente Editorial
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Pesquisa iconográfica
Madrine Eduarda Perussi
Gerente de Arte e Iconografia
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Produção
Editora Positivo Ltda.
Rua Major Heitor Guimarães, 174
80440-120 — Curitiba — PR
Tel.: (0xx41) 3312-3500
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Supervisão Editorial
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Coordenação Editorial
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Autoria
Ana Cristina Ochôa (Língua Inglesa)
Andrea Prendin (Artes)
Maria Josele Bucco Coelho (Língua
Portuguesa, Língua Espanhola, Literatura
Brasileira)
Wilson Antonio Menoncin Junior (Educação
Física)
Impressão e acabamento
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Uso em 2012
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Avaliação Diagnóstica EM 2012
REDAÇÃO E LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
3.a série — Volume 2 — 2°. semestre
Caro(a) Aluno(a)!
Esta avaliação objetiva diagnosticar as competências e habilidades que você desenvolveu até a presente etapa de sua
escolarização, bem como aproximá-lo(a) das exigências das provas oficiais ao final do Ensino Médio.
Por isso, as questões estão formatadas em cadernos, no estilo do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), distribuídas
por eixos de conteúdos.
Ao final de cada caderno, há um cartão-resposta que deve ser devidamente preenchido.
Leia as orientações abaixo:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a proposta de produção textual e 45 questões do Eixo Linguagens, códigos e
suas tecnologias, englobando as seguintes áreas: Língua Inglesa, Língua Espanhola, Língua Portuguesa, Literatura
Brasileira, Artes e Educação Física.
2. Registre seus dados no CARTÃO-RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇÃO que se encontram no final deste caderno.
3. Após o preenchimento, registre sua assinatura no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA e da FOLHA DE REDAÇÃO com
caneta esferográfica de tinta preta.
4. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.
5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas cinco opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão.
6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo, com caneta esferográfica de tinta preta, todo o espaço compreendido no círculo. Você deve, portanto,
assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma
das respostas esteja correta.
7. Fique atento ao tempo determinado por sua escola para a execução da avaliação.
8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados nessa avaliação.
9. Quando terminar a prova, entregue ao professor aplicador este CADERNO DE QUESTÕES, o CARTÃO-RESPOSTA e a
FOLHA DE REDAÇÃO.
10.Durante a realização da prova, não é permitido:
a) utilizar máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, headphones, telefones celulares ou
fontes de consulta de qualquer espécie;
b) ausentar-se da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes do
prazo estabelecido;
c) agir com incorreção ou descortesia com qualquer participante do processo de aplicação das provas;
d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal.
Avaliação Diagnóstica EM 2012
Proposta de redação
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma
culta escrita da língua portuguesa sobre a tolerância à
corrupção no Brasil.
Texto motivador I
O jeitinho brasileiro de ser e a sua influência
no dia a dia das organizações
O jeitinho brasileiro está presente no cotidiano das
pessoas como uma forma de obter um rápido favor para
si, às escondidas, e sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser também definido como “molejo”, “jogo
de cintura”, habilidade de se “dar bem” em uma situação
“apertada”, em que a versatilidade é o ponto ideal para
encontrar os resultados desejados em curto prazo, principalmente porque, quando se fala em jeitinho, a primeira
coisa que vem à mente é [...] suborno, esperteza, ambição.
Mas nem todo jeitinho é negativo, podendo ser também visto de uma perspectiva positiva. Por outro lado, o
jeitinho coloca o sujeito que o pratica em situação de troca, por se sentir obrigado a retribuir o favor recebido, para
que não seja chamado de “ingrato” ou ser reconhecido
como aquele sujeito que “cuspiu no prato que comeu”.
Se, por um lado, a prática do jeitinho, encontra-se inserida no cotidiano das pessoas, o mesmo se dá nas organizações burocráticas, o que não é nenhuma surpresa, principalmente pela formalidade existente nessas organizações,
que por ser extremamente racional e impessoal, leva o indivíduo a lançar mão do “jeito”, permitindo a suspensão
temporária da lei e das regras estabelecidas para atingir os
seus objetivos. Para se pedir um jeitinho, são utilizados vocábulos “carinhosos”, pois agindo de maneira contrária é
provável que não consiga sucesso. Mas, essa não é a única
maneira de definir o jeitinho brasileiro, pois nem todo jeitinho é negativo, já que, o mesmo pode ser visto tanto de
uma perspectiva negativa ou positiva. O lado negativo do
jeitinho está presente naquela situação em que o sujeito
tenta conseguir a solução de algum problema pela transgressão de uma norma, ou simplesmente transgredindo os
princípios morais para defender seus interesses.
O que caracteriza a passagem do negativo para o positivo é tipo de relação existente entre as pessoas envolvidas. Essas relações existentes entre jeito e favor podem ser
consideradas normais já que pedir um favor não transgride
2
regras preestabelecidas, enquanto que o “jeito” transmite a
ideia de infração, o que consequentemente, é preciso dar
um jeito para não haver punição.
MOURA, Ana Maria de Almeida. O jeitinho brasileiro de ser e sua influência no dia a dia das organizações. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-jeitinho-brasileirode-ser-e-sua-influencia-no-dia-a-dia-das-organizacoes/22249/>. Acesso em: 21 fev. 2012.
Texto motivador II
Corrupção, o ladrão faz a ocasião
A promiscuidade entre poderosos interesses privados e
a gestão da coisa pública atingiu entre nós proporções inimagináveis. As consequências estão à vista uma democracia moribunda, um pequeno grupo que enriquece à custa
dos bens coletivos e os pobres, esses, cada vez mais pobres.
Tudo isto com uma corrupção generalizada como pano
de fundo. Como foi possível que a democracia de Abril,
fundada sobre os valores da ética republicana, se tenha
abastardado a este ponto?
Em primeiro lugar, porque o Estado é hoje um grande cliente, o maior cliente de serviços de toda a ordem,
e é responsável pelos maiores investimentos (ou esbanjamentos) – que são realizados habitualmente sem critério,
com gastos descontrolados. É um Estado gastador, imenso
e fraco, que subordina seus gastos aos interesses dos mais
poderosos interesses instalados.
Por outro lado, e muito mais grave, porque é no aparelho de Estado, através dos seus agentes políticos, que se
decide, por despacho, quem enriquece. Pode ser através da
atribuição de qualquer concessão por cinquenta ou setenta
anos. Ou pela via da atribuição do estatuto de PIN (Projeto
de Interesse Nacional) a qualquer projeto, o que permite
que um dado promotor imobiliário adquira, por tostões,
um terreno a um agricultor e o transforme em empreendimentos de milhões. Ou até pela alteração de um plano diretor municipal, efetuada a pedido. Ou, por último, através
do deferimento ilegal de um empreendimento imobiliário
como contrapartida de financiamento partidário.
MORAES, Paulo. Corrupção, o ladrão faz a ocasião. Disponível em: <http://pravdailheu.blogs.sapo.
pt/95569.html>. Acesso em: 21 fev. 2012.
INSTRUÇÕES:
Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria.
Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem
poema.
O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado
texto em branco.
O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.
O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
a
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série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012
(Opção Língua Inglesa)
Questão
1
©Shutterstock/Smit
A brief history of chocolate
O chocolate, como é consumido hoje, é o produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau, massa (ou
pasta ou licor) de cacau, cacau em pó e/ou manteiga de
cacau, com outros ingredientes, contendo, no mínimo,
25% de sólidos totais de cacau. Segundo o texto,
A) a bebida feita com o cacau, como o “chocolate” era
feito antigamente, já foi descrita como “uma bebida
amarga para porcos”.
B) cerca de 90% do chocolate existente no mundo é
produzido na Europa.
C) apesar de o chocolate ter sido no passado uma bebida, na maior parte da sua história ele é conhecido por
seu formato em barra e seu sabor doce.
D) em 1847, Joseph Fry descobriu que as sementes de
cacau derretidas na manteiga faziam uma bebida deliciosa, que ele batizou de Dutch cocoa.
E) a Nestlé foi a pioneira na comercialização de caixas
de chocolate.
Questão
BENSEN, Amanda. A brief history of chocolate. Disponível em: <http://www.smithsonianmag.com/
arts-culture/brief-history-of-chocolate.html?c=y&page=1>. Acesso em: 20 fev. 2012.
Linguagens, códigos e suas tecnologias
Sixth sense technology will
revolutionize the world
LatinStock/Science Photo Library/Sam Ogden
When most of us hear the word chocolate, we picture
a bar, a box of bonbons, or a bunny. The verb that comes
to mind is probably “eat,” not “drink,” and the most
apt adjective would seem to be “sweet.” But for about
90 percent of chocolate’s long history, it was strictly a
beverage, and sugar didn’t have anything to do with it.
[…]
Sweetened chocolate didn’t appear until Europeans
discovered the Americas and sampled the native cuisine.
[…]
Chocolate didn’t suit the ‘foreigners’ tastebuds at first
– one described it in his writings as “a bitter drink for pigs”
– but once mixed with honey or cane sugar, it quickly
became popular throughout Spain. […]
The creation of the first modern chocolate bar is
credited to Joseph Fry, who in 1847 discovered that he
could make a moldable chocolate paste by adding melted
cacao butter back into Dutch cocoa.
By 1868, a little company called Cadbury was
marketing boxes of chocolate candies in England. Milk
chocolate hit the market a few years later, pioneered by
another name that may ring a bell – Nestle.
2
Pranav Mistry, 28 year old, of Indian origin, is the
mastermind behind the sixth sense technology. He
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Avaliação Diagnóstica EM 2012
invented ‘Sixth Sense / WUW ( Wear UR World)’ which
is a wearable gestural, user friendly interface which links
the physical world around us with digital information
and uses hand gestures to interact with them. He is a
PhD student at MIT and he won the ‘Invention of the
Year 2009’ – by Popular Science. The device sees what
we see but it lets out information that we want to know
while viewing the object. It can project information on
any surface, be it a wall, table or any other object and
uses hand / arm movements to help us interact with
the projected information. The device brings us closer
to reality and assists us in making right decisions by
providing the relevant information, thereby, making the
entire world a computer.
Disponível em: <http://theviewspaper.net/sixth-sense-technology-will-revolutionize-the-world/>.
Acesso em: 23 fev. 2012.
Pranav Mistry, estudante de Ph.D. do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts, ganhou o prêmio
“Invenção do Ano de 2009” pela revista Popular Science
por sua invenção Sixth Sense. De acordo com o artigo,
A) a invenção de Mistry é uma interface que conecta o
mundo espiritual ao mundo físico ao nosso redor.
B) a tecnologia Sixth Sense faz uso de um dispositivo
que projeta informações em uma superfície específica, ajudando o usuário interagir com essas informações.
C) o dispositivo Sixth Sense conecta o mundo físico com
informações digitais e usa gestos com as mãos para
interagir com elas.
D) o prêmio rendeu a Pranav Mistry uma indicação ao
MIT.
E) o Sixth Sense é um dispositivo capaz de ver o que nós
vemos, mas deixa de fora as informações que queremos depois de vermos o objeto.
Questão
3
Graffiti: Street art – or crime?
A group of south London graffiti artists were jailed
last week for up to two years for defacing public property.
Yet as they begin their sentences, their work is to be
championed by a New York gallery.
4
On the face of it, as a society, we seem to be a little
mixed-up when it comes to “graffiti”, as you call it if you
work in the local council’s cleansing department, or “street
art” as you say if you’re the chap – and they do mainly
seem to be blokes – wielding the spray can.
But the confusion now runs deeper than those who
spray and those who remove the paint. Great British
institutions have been polarised. Last week the might
of English law delivered its verdict at Southwark Crown
Court where five members of the DPM graffiti crew
were jailed – one, Andrew Gillman, for two years – after
admitting conspiracy to cause criminal damage costing
the taxpayer at least £1m.
By contrast, just down the road, the riverside facade
of Tate Modern had been covered in giant murals by six
urban artists with international reputations, including
Blu from Bologna, Faile from New York, and Sixeart
from Barcelona, in the first display of street art at a major
museum.
Disponível em: <http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/art/features/graffiti-street-art-ndashor-crime-868736.html>. Acesso em: 23 fev. 2012
O excerto acima foi retirado do jornal diário britânico The
Independent e trata da polêmica existente em torno do
grafite, comumente definido como um tipo de inscrição
feita em paredes. Uma das informações apresentadas é
a de que
A) o trabalho dos grafiteiros que foram presos na semana passada recebeu vários prêmios de uma galeria em Nova Iorque.
B) o departamento de limpeza local multou os grafiteiros em um milhão de libras.
C) uma das fachadas do Tate Modern foi coberta por
murais de seis grafiteiros de reputação internacional.
D) a Corte Southwark Crown sentenciou os cinco membros da gangue de grafiteiros DPM a dois anos de
prisão.
E) além de exigir o pagamento de uma multa por danos
à propriedade pública, a sociedade londrina quer a
prisão dos grafiteiros por um período de dois anos
ou mais.
a
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série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012
What is the difference?
4
©Cartoonstock - www.cartoonStock.com
Questão
Cloning an animal, or any other
organism, refers to making an exact genetic
copy of that organism. The techniques used
to clone organisms are described
on this page.
Cloning a gene means
isolating an exact copy of a
single gene from the entire
genome of an organism.
Usually
this
involves
Human
genome copying the DNA sequence
of that gene into a smaller,
more accessible piece of
DNA, such as a plasmid. This
makes it easier to study the
Gene of interest
isolated from genome function of the individual
gene in the laboratory.
Gene inserted
into plasmid
Disponível em: <http://www.cartoonstock.com/lowres/rde5338l.jpg>. Acesso em: 23 fev. 2012.
Multitasking is the ability a person has to do more than
one thing at the same time. It can be inferred from the
cartoon that
A) the wife is reprimanding the husband for doing all
the housework alone.
B) the husband does not understand why the woman
is so angry.
C) the couple has problems multitasking.
D) the baby is crying because the mom is multitasking.
E) the wife cannot believe the husband didn´t know
what multitasking was so far.
Questão
5
Is cloning an organism the
same as cloning a gene?
You’ve heard about cloning animals – sheep, mice,
even house pets – in the news. From time to time, you may
have also heard about researchers cloning, or identifying,
genes that are responsible for various medical conditions
or traits.
Linguagens, códigos e suas tecnologias
Plasmid inserted into bacteria
population generating “clones” of the gene
Disponível em: <http://learn.genetics.utah.edu/content/tech/cloning/whatiscloning/>.
Acesso em: 23 fev. 2012.
Cloning can be defined as the creation of an organism
that is an exact genetic copy of another. The passage
above shows the difference between cloning an
organism and cloning a gene. According to the
information presented, cloning an animal is easier than
cloning a human being.
A) a plasmid is a small piece of DNA which can be used
in cloning.
B) the techniques used to clone organisms are exactly
the same as the ones used to clone genes.
C) the illustration above represents the cloning of a
human being.
D) from time to time, researchers clone organisms
because this makes it easier to study the function of
the individual gene in the laboratory.
E) from time to time, researches clone organisms
because this makes it easier to study the function of
the individual gene in the laboratory.
5
Avaliação Diagnóstica EM 2012
(Opção Língua Espanhola)
Texto para as questões 6 e 7.
En la playa
El sol se puso un poco más rojo. Él volvió a cargar la
máquina, apuntó bien y disparó otra vez. Páfate. Miró su
aparato, no muy convencido de su eficacia. Ya había dado
muerte a varios paisajes, pero no estaba conforme. Sus vacaciones eran tan perfectas que seguramente no las olvidará jamás: tomaba fotografías para recordarlas. –¿Quién iba a confiar en la memoria?
– Nenita – insistió Alicia.
La niña los miró con escepticismo. Volvió despacio la
cabeza, consideró que el paisaje era más digno de observación y se enfrascó en la contemplación del mar.
Seguramente es extranjera, no debe comprender nuestro idioma – comentó Alicia.
– Todos somos extranjeros – dijo él, empeñado en retirar el rollo de la cámara.
Ella lo miró sobresaltada. A veces hacía afirmaciones
cuyo sentido, aunque aparentemente claro, resultaba ambiguo, dudoso, y no había cosa que la hiciera sentirse peor
que la ambigüedad. ¿Qué había querido decirle? ¿Qué todos los niños hablaban otro idioma? ¿Qué la infancia era
otro país?
– No lo creo. Tiene un aspecto bastante normal – aseguró ella.
– No pienses que los extranjeros son todos morenos y
de narices anchas – agregó él.
PERI ROSSI, Cristina. En la playa. In: ABSATZ, Cecilia. 17 narradoras latinoamericanas. Buenos Aires:
Aique Grupo Editor, 2007. p. 173-174.
Questão
6
O fragmento do conto En la Playa, da uruguaia Cristina
Peri Rossi, narra o encontro de um casal de turistas com
uma menina durante as férias. Da reflexão gerada a partir
desse encontro, a narrativa
A) questiona os estereótipos culturais que predominam
na sociedade, pois indaga o que é considerado estrangeiro.
B) valida uma visão do mundo infantil marcada pelos questionamentos e dúvidas em relação ao universo adulto.
C) ironiza a busca dos turistas pelas férias perfeitas marcadas pelos registros da memória.
6
D) reflete sobre a necessidade de gerar mecanismos de
controle do comportamento infantil.
E) aponta as dificuldades de convivência entre os casais,
considerando a falta de diálogo.
Questão
7
Tomando como base a discussão engendrada no fragmento – “todos somos extranjeros”, a narrativa revela certo desconcerto da personagem em entender a afirmativa porque
A) o esposo da personagem possui uma linguagem muito rebuscada e, portanto, impossível de ser assimilada.
B) provavelmente a personagem não tem filhos, dessa forma, considera que o universo infantil é incompreensível.
C) menospreza as reflexões de cunho filosófico sobre determinados assuntos que o esposo gosta de manter.
D) está de férias em uma praia e preocupada com uma
menina que foi encontrada sozinha.
E) ela considera a possibilidade de inserir-se nessa categoria – os estrangeiros são sempre os outros.
Questão
8
¿Los mensajes de texto afectan al desarrollo
del lenguaje? (EL)
Joan Lee, de la Universidad de Calgary (EE UU), ha
llevado a cabo un estudio que revela que las personas que
envían más mensajes de texto son también las más reticentes a aceptar nuevas palabras. Sin embargo, sus experimentos muestran que quienes consumen más información
en medios tradicionales como libros, revistas y periódicos
aceptan mejor las palabras nuevas e incluso son capaces de
entender mejor su significado. “Pensamos que los mensajes de texto fomentan un lenguaje menos restringido pero
es un mito”, sostiene.
Según Lee, los medios impresos tradicionales exponen
a las personas a una variedad y creatividad en el lenguaje
que no existen en el intercambio de mensajes coloquiales entre dos personas. Y esto afecta, sobre todo, a los jóvenes miembros de la apodada como “generación de los
mensajes de texto”.
MUY Interesante. Disponível em: <http://www.muyinteresante.es/ilos-mensajes-de-texto-afectan-aldesarrollo-del-lenguaje>. Acesso em: 21 fev. 2012.
a
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série – Volume 2 - 2º
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Avaliação Diagnóstica EM 2012
O fragmento da reportagem ¿Los mensajes de texto afectan al desarrollo del lenguaje? apresenta os resultados de uma
investigação sobre a linguagem que, foi motivada
A) pela falta de textos que tratem do desenvolvimento da linguagem entre jovens.
B) pela necessidade de averiguar as consequências do uso de novas tecnologias.
C) pelo desacordo que o autor do texto tem em relação ao uso de novas tecnologias.
D) pelo consumo desenfreado de novas tecnologias de comunicação em massa.
E) pelo desprezo do jornal pelas mensagens de texto no universo contemporâneo.
©Maitena Burundarena
Texto para as questões 9 e 10.
MAITENA, Burundarena. Todas las mujeres alteradas. Barcelona: Debolsillo, 2008. p. 127.
Linguagens, códigos e suas tecnologias
7
Avaliação Diagnóstica EM 2012
Questão
9
A partir da análise da estrutura composicional do texto
Las injustas sensaciones que nos provocan los hijos de Él,
é possível identificar alguns procedimentos textuais que
operam de modo a produzir um efeito de humor, dentre
eles
A) o uso da letra maiúscula no pronome “Él” foi um erro
de ortografia, pois está no final da frase.
B) a apresentação de pares de situações com desenlaces negativos indica a injustiça a que se refere o título.
C) não há distinção entre as situações apresentadas, pois,
em todas, a mulher está agindo de forma incorreta.
D) os filhos estão isentos de atuar de forma incorreta,
uma vez que os pais parecem sempre dar-lhes razão.
E) a representação do universo familiar é sempre cômica porque o leitor pode visualizar algo de sua própria
vivência.
Questão
10
Um dos fatores socioculturais que motivaram a produção dessa história em quadrinhos foi
A) a evidência de que a relação entre mães e filhos é
sempre complexa.
B) a inexistência de vínculos afetivos nas relações familiares contemporâneas.
C) o surgimento de novas relações familiares constituídas de famílias de segundos casamentos.
D) a falta de participação da sociedade na constituição
de vínculos afetivos mais concretos.
E) o rechaço que os filhos apresentam em relação a
qualquer reprimenda feita pelos pais.
Questão
11
A visão é o mais aguçado dos nossos sentidos e, talvez,
aquele que nos permite ter mais controle sobre o ambiente que nos cerca. Por isso, podemos dizer que a imagem
faz um elo fundamental entre o mundo que vemos e o
mundo que compreendemos, nesses nossos mil séculos de
vida. Também fica evidente a importância da imagem na
8
comunicação e no relacionamento entre as pessoas. Não é
à toa que, ao longo do tempo, várias técnicas de registro
e de reprodução de imagens foram criadas. E quase todas
elas são utilizadas até hoje.
Mas, além de serem instrumentos importantes para
explicar as coisas à nossa volta, as imagens assumem muitas outras funções nas sociedades: podem manter a fé e a
religiosidade de pequenas ou grandes comunidades, reunindo multidões em templos monumentais ou em volta
de figuras e objetos sagrados; podem servir de elemento
de dominação, como nos majestosos desfiles militares da
Roma Antiga, numa demonstração de força e poder; podem tornar-se instrumento de sedução, como acontece na
propaganda; ou podem servir de fonte de reflexão. Elas
são criadas para expressar ideias ou sentimentos que nos
mostram como somos: é como se estivéssemos diante de
um espelho mágico capaz de revelar-nos nossas almas.
A imagem é uma criação do homem, que o expressa
e o reflete.
KON, Sergio. Imagem: da caverna ao monitor, a ventura do olhar. São Paulo: Melhoramentos, 2007. p. 2-3.
A partir das informações apresentadas, pode-se afirmar
que a imagem
A) necessita, para sua percepção e compreensão, de todos os sentidos humanos de forma equivalente.
B) possui funções restritas nas sociedades, principalmente com a ampliação, ao longo da história, de técnicas para sua produção e reprodução.
C) permite a comunicação entre culturas e inibe o poder
de manipulação ideológico, devido à sua fragilidade
como forma de comunicação.
D) oportuniza a expressão e a captação de informação,
pois é considerada uma importante forma de comunicação.
E) divulga mensagens artísticas constantemente, embora impossibilite oportunidades reflexivas ou de
manipulação.
Texto para as questões 12 e 13.
Os laços de família
A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi
que as levaria à Estação. A mãe contava e recontava as duas
malas tentando convencer-se de que ambas estavam no carro. A filha, com seus olhos escuros, a que um ligeiro estrabismo dava um contínuo brilho de zombaria e frieza assistia.
a
3.
série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012
– Não esqueci de nada? perguntava pela terceira vez
a mãe.
– Não, não, não esqueceu de nada, respondia a filha
divertida, com paciência.
Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre sua mãe e seu marido, na hora da despedida. Durante
as duas semanas da visita da velha, os dois mal se haviam
suportado; os bons-dias e as boas-tardes soavam a cada momento com uma delicadeza cautelosa que a fazia querer rir.
Mas eis que na hora da despedida, antes de entrarem no
táxi, a mãe se transformara em sogra exemplar e o marido
se tornara o bom genro. “Perdoe alguma palavra mal dita”,
dissera a velha senhora, e Catarina, com alguma alegria,
vira Antônio não saber o que fazer das malas nas mãos, a
gaguejar – perturbado em ser o bom genro. “Se eu rio, eles
pensam que estou louca”, pensara Catarina franzindo as
sobrancelhas. “Quem casa um filho perde um filho, quem
casa uma filha ganha mais um”, acrescentara a mãe, e Antônio aproveitara sua gripe para tossir. Catarina, de pé, observava com malícia o marido, cuja segurança se desvanecera
para dar lugar a um homem moreno e miúdo, forçado a
ser filho daquela mulherzinha grisalha... Foi então que a
vontade de rir tornou-se mais forte. Felizmente nunca precisava rir de fato quando tinha vontade de rir: seus olhos
tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se
mais estrábicos – e o riso saía pelos olhos. Sempre doía um
pouco ser capaz de rir. Mas nada podia fazer contra: desde
pequena rira pelos olhos, desde sempre fora estrábica.
LISPECTOR, Clarice. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 94.
Questão
12
O fragmento do conto Os laços de família, narrado em
terceira pessoa, denota uma das características desse
primeiro momento da escrita clariciana, marcada, em
essência,
A) pela preocupação com o universo familiar desde a
perspectiva feminina.
B) pela problemática contemporânea marcada pela falta de tempo.
C) pelo apreço a uma linguagem formal.
D) pela reflexão filosófica existencialista.
E) pela representação de sujeitos marginalizados socialmente.
Linguagens, códigos e suas tecnologias
Questão
13
Os procedimentos composicionais utilizados no conto
de Clarice Lispector para representar como se estabelece a relação mãe x filha ganham contornos concretos
quando
A) o narrador aponta a ar zombeteiro com que a filha
observa a mãe – “A filha, com seus olhos escuros, a que
um ligeiro estrabismo dava um contínuo brilho de zombaria e frieza assistia”.
B) a filha demonstra preocupação em relação ao estado
de saúde do marido – “[...] e Antônio aproveitara sua
gripe para tossir”.
C) denota-se a proximidade entre mãe e filha, conforme
expresso em “A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi que as levaria à Estação”.
D) o uso de ditados populares apontam o grau de afetividade familiar, como expresso em “Quem casa um
filho perde um filho, quem casa uma filha ganha mais
um”.
E) revela-se a dificuldade de relacionamento conjugal
da filha – “Catarina, de pé, observava com malícia o
marido, cuja segurança se desvanecera para dar lugar
a um homem moreno e miúdo”.
Textos para as questões 14, 15 e 16.
O consumismo como personagem literário
As Coisas, de Georges Perec, fala do peso do consumo na vida
de jovens dos anos 60 e permanece espantosamente atual quase 50 anos depois.
Em As coisas: uma história dos anos sessenta, seu livro de
estreia, ele usa um narrador que descreve, sem rodeios, a
vida de dois jovens inteligentes e ambiciosos, divididos entre a vontade de ter uma vida criativa e não convencional e
a necessidade de trabalhar para ganhar dinheiro e atender
a necessidades consumistas.
O tema do livro é, na verdade, o consumismo, que
naquele início dos anos 60, assumia o papel de motor da
sociedade. Os dois personagens, Jerôme e Sylvie, precisam
de certos objetos e roupas para ser o que pretendem ser
(pessoas de bom gosto e de bom nível cultural) e, principalmente, para mostrarem ao mundo o que creem ser. Eles
são felizes por poderem prolongar a juventude devotada à
9
Avaliação Diagnóstica EM 2012
apreciação do mundo, aos amigos e às descobertas – uma
possibilidade que os anos 60 trouxeram. Por outro lado,
estão constantemente frustrados com a dificuldade para
obter os símbolos que os ajudariam a construir a imagem
desejada de si mesmos.
As coisas é espantosamente atual ao descrever o consumismo em todas as suas nuances. Veja este trecho: “No
mundo deles, era quase regra desejar sempre mais do que
se podia comprar. Não eram eles que tinham decretado
isso, era uma lei da civilização, um dado de fato, de que
a publicidade em geral, as revistas, a arte das vitrines, o
espetáculo da rua, e até, sob certo aspecto, o conjunto das
produções comumente chamadas culturais eram as expressões mais adequadas”.
SILVA, Marleth. O consumismo como personagem literário. Gazeta do Povo. Disponível em: <http://
www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1222669&tit=O-consumismo-comopersonagem-literario>. Acesso em: 19 fev. 2012.
Questão
14
Considerando que o consumismo é um processo típico
das sociedades capitalistas estimulado pelas campanhas
publicitárias vinculadas principalmente nos meios de
comunicação, o texto apresentado objetiva
A) criticar a influência dos meios de comunicação no
que tange ao estímulo ao consumo.
B) divulgar um produto cultural que tem como tema
central a questão do consumo na sociedade contemporânea.
C) contestar uma determinada forma de atuação social
que privilegia a compra de produtos sem necessidade.
D) informar sobre a constituição da sociedade na década de 1960, caracterizada pelo consumo.
E) noticiar informações em relação ao consumismo
com a finalidade de mudar padrões de comportamento.
Questão
15
A resenha O consumismo como personagem literário
apresenta uma determinada visão da sociedade contemporânea marcada por relações de consumo que se
materializa textualmente por meio
A) da apresentação das características e do enredo da
obra As coisas, de Georges Perec.
10
B) da exaltação da necessidade de comprar considerada
inerente à condição humana.
C) do rechaço à influência da literatura na conformação
de padrões de comportamento.
D) do condicionamento do leitor a partir da apresentação de informações em relação ao consumismo.
E) da negação do padrão de comportamento da juventude da década de 1960, marcado pelo consumo.
Questão
16
Segundo Antônio Candido, na obra Literatura e sociedade, faz-se necessário perceber que a obra literária exerce
uma influência no meio social a que pertence e atua na
formação da sociedade que a engendrou. Nesse sentido, ao divulgar as ideias que permeiam o texto As coisas,
pode-se vislumbrar uma crítica à constituição identitária
contemporânea marcada, em essência,
A) pela necessidade de trabalhar cada vez mais.
B) pela valorização de uma vida criativa.
C) pelo uso de meios de comunicação de massa.
D) pela imagem construída a partir dos produtos e marcas consumidos.
E) pelo ideal de vida da juventude da década de 1960.
Questão
17
Estudo realizado em escolas públicas no Rio de Janeiro apontou índice de sedentarismo de 85% entre adolescentes do sexo masculino e de 94% nos do sexo feminino.
A participação em atividades físicas declina consideravelmente com o crescimento, especialmente da adolescência
para o adulto jovem. Alguns estudos identificam alguns
fatores de risco para o sedentarismo: pais inativos fisicamente, escolas sem atividades esportivas, sexo feminino,
residir em área urbana, TV no quarto da criança.
ALVES, João Guilherme Bezerra; MONTENEGRO, Fernanda Maria Ulisses,
OLIVEIRA, Fernando Antonio; ALVES, Roseane Victor. Prática de esportes durante a adolescência e
atividade física de lazer na vida adulta. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. vol. 11, n. 5, set./
out. 2005. p. 292.
Com base no estudo acima, conclui-se que
A) as meninas são mais sedentárias que os meninos
devido ao hábito de assistirem à televisão por mais
tempo.
a
3.
série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012
B) o sedentarismo dos pais não influencia os filhos, pois
pais inativos tendem a gerar filhos fisicamente ativos.
C) o fato de morar em áreas urbanas, que oportunizam
maior número de locais para a prática de atividades
físicas, pode contribuir para a diminuição do índice
de sedentarismo entre os adolescentes.
D) a participação em atividades esportivas escolares
pode desenvolver habilidades e proporcionar diversão, criando bases para a atividade esportiva na vida
adulta.
E) o tempo para a prática de atividades físicas é igual
tanto para adultos quanto para adolescentes, pois,
atualmente, os adolescentes também estão inseridos
no mercado de trabalho.
Questão
18
Centre Georges Pompidou/Fotógrafo Desconhecido
O pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973) foi um dos
pioneiros do Cubismo, uma proposta que transformou
não apenas a técnica da pintura, mas, sobretudo, a maneira de se olhar a realidade e as formas de representá-la.
Leia o texto a seguir sobre sua obra Guitarrista, de 1910.
Assim, em Guitarrista, a figura é legível não tanto pela
semelhança de seus aspectos com a imagem reconhecível
de um guitarrista, mas pela relação entre as formas circulares e as diagonais colocadas contra uma gelosia* retangular. A partir daí, lemos a cabeça (o cilindro do alto), os
braços (as formas triangulares de ambos os lados) e uma
guitarra (os arcos que se repetem no centro). Conserva-se
ainda um grau decisivo e residual de semelhança – os cotovelos são pontudos e guitarras têm uma abertura circular no tampo da caixa de ressonância –, mas a disposição
desses elementos e sua distinção das formas retangulares,
num sistema de signos praticamente reduzido ao mínimo,
é que são cruciais.
*gelosia – Grade feitas de ripas de madeira cruzadas intervaladamente, que ocupa o vão de uma janela; rótula.
COTTINGTON, David. Cubismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. p. 42-43.
Com base no texto e na Figura I, entende-se que o Cubismo
A) é uma técnica artística que evidencia o contraste cromático e o realismo das formas representadas.
B) exprime uma busca por novas formas de representação da realidade.
C) explora intensamente aspectos da sociedade, como
as diferenças sociais e étnicas.
D) representa um único ângulo, ponto de vista, para a
observação e a apresentação da realidade.
E) desconsidera totalmente a realidade na sua forma de
representação.
Questão
19
O ensino da gramática
PICASSO, Pablo. Guitarrista. 1910. 1 color. Óleo sobre tela, 100 x 73 cm. Coleções
Mnam/Cci/Centre Georges Pompidou, Paris.
Linguagens, códigos e suas tecnologias
Você está triste?
Não sei. Talvez.
Tristeza dá câncer, sabia?
Pensei que dava verruga no nariz.
Estou falando sério.
Ultimamente você vive falando sério.
Quando eu brincava você reclamava.
Nem tanto ao mar nem tanto a terra.
Você colocou vírgula depois de mar.
Estou falando, não estou escrevendo.
Mas na sua fala tinha uma vírgula depois de mar?
Não. Você está fazendo uma análise sintática e morfológica da frase?
Na frase há o uso da figura de sintaxe chamada elipse.
11
Avaliação Diagnóstica EM 2012
Chega. É por coisas assim que eu não quero mais viver
com você.
Porque eu sei gramática e você não?
Entre outras coisas.
[...]
FONSECA, Rubem. Axilas e outras histórias indecorosas. São Paulo: Nova Fronteira, 2011.
Denominada brutalista por Alfredo Bosi, a estética de
Rubem Fonseca é marcada pela presença de uma sociedade onde imperam a violência, o tecnicismo e o individualismo. No texto O ensino da gramática, tais características se materializam a partir
A) da temática em que se insere o texto – a questão da
técnica – representada no uso da linguagem pertinente aos estudos literários.
B) da dificuldade expressa entre os personagens narradores em entenderem-se efetivamente, marcando o
individualismo da sociedade.
C) do uso do discurso indireto livre, que demonstra a
versatilidade dos personagens ao considerarem o fim
do relacionamento.
D) da linguagem com marcas da oralidade que reproduzem a velocidade em que a discussão se estabelece.
E) da referência aos valores que a sociedade contemporânea preconiza, a saber, a saúde e o bem-estar.
Texto para as questões 20 e 21.
Timidez: como usá-la a seu favor
Novas pesquisas mostram que os introvertidos podem ser mais
concentrados, mais criativos – e mais bem-sucedidos
Eles estão em todos os lugares, na vida real e na ficção, da literatura clássica à cultura pop. O introvertido
número um da literatura talvez seja Julien Sorel, protagonista do romance O vermelho e o negro, do século XIX. Fã
de filosofia e de leituras religiosas, o personagem criado
pelo francês Henri-Marie Beyle, conhecido como Stendhal, leva centenas de páginas até conseguir se aproximar
de sua amada, Madame de Renal – uma paixão proibida, pois ela é casada com o prefeito da fictícia cidade
de Verrières. Na cultura pop, esse papel é exercido por
Clark Kent, habitante de outra cidade fictícia, Metrópolis, que ganha a vida como repórter do jornal Planeta
Diário. Criação do gigante dos quadrinhos DC Comics,
12
Kent treme quando se aproxima da colega Lois Lane, por
quem é apaixonado, e só se torna mais desinibido quando veste a cueca por cima da calça e combate o crime
com a capa de Super-Homem.
[...]
Para os representantes dessa turma, o livro Quiet: the
power of introverts in a world that can’t stop talking (algo
como Quietos: o poder dos introvertidos em um mundo que
não para de falar), da americana Susan Cain, é mensageiro
de uma boa-nova. A obra, que chegará às livrarias brasileiras em maio pela Editora Agir, contraria um lugar-comum, segundo o qual tímidos e introvertidos devem fazer
um esforço para deixar de ser o que são, como se tivessem
uma doença. Para Susan Cain, é exatamente o oposto. Os
tímidos e os introvertidos mais bem-sucedidos são justamente aqueles que transformam timidez e introversão em
aliados ao longo da vida.
[...]
SPINACÉ, Natalia; ZIEMKIEWICZ, Nathalia. Timidez: como usá-la a seu favor. Revista Época. Disponível em:
<http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/02/timidez-como-usa-la-seu-favor-trecho.html>.
Acesso em: 19 fev. 2012.
Questão
20
A reportagem Timidez: como usá-la a seu favor, publicada
na Revista Época, aborda os resultados de uma pesquisa. Considerando que o autor precisa respeitar os fatos,
isentando-se de apresentar uma opinião em relação às
informações apresentadas, pois o papel de avaliação é
do leitor, o fragmento da reportagem apresentada contribui para o desenvolvimento do senso crítico e da própria atuação do indivíduo em sociedade ao
A) contrariar o senso comum que percebe a timidez
como uma faceta a ser reforçada no comportamento
de um indivíduo.
B) destacar a influência que os produtos culturais – literatura e revista em quadrinhos – desempenham na
formação de opinião.
C) rechaçar o padrão de comportamento dos heróis juvenis simbolizados pelo Super-Homem e por Julien Sorel.
D) divulgar uma obra que trata de uma pesquisa sobre
como tornar-se uma pessoa bem-sucedida.
E) apresentar fatos que revelam um novo ponto de vista
sobre a introversão.
a
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Avaliação Diagnóstica EM 2012
Questão
21
O autor de um texto busca, por meio de estratégias diversas, interpelar o maior número de leitores possíveis.
No fragmento da reportagem, um dos recursos usados
pela autora para se aproximar do universo dos leitores é
A) a exposição do título da obra no original.
B) a indicação da editora que publicará a obra.
C) a apresentação de personagens de universos distintos – literário e HQs.
D) a apresentação da autora do livro.
E) o tratamento do tema pelo viés de uma linguagem
mais formal.
Questão
22
O esporte, as ginásticas, as danças, as artes marciais
e as práticas de aptidão física tornam-se, cada vez mais,
produtos de consumo (mesmo que apenas como imagens)
e objetos de conhecimento e informações amplamente
divulgados para o grande público. Jornais, revistas, videogames, rádio e televisão difundem ideias sobre a cultura
corporal de movimento. Há muitas produções dirigidas
ao público adolescente. Crianças tomam contato precocemente com práticas corporais e esportivas do mundo adulto. [...] A Educação Física deve assumir a responsabilidade
de formar o cidadão capaz de posicionar-se criticamente
diante das novas formas da cultura corporal.
BETTI, Mauro. A janela de vidro: esporte, televisão e Educação Física. Campinas: Papirus, 1998. p. 17.
Com base no texto acima, conclui-se que
A) a difusão em massa por parte dos meios de comunicação só traz efeitos positivos, pois as práticas corporais são amplamente exploradas e divulgadas.
B) a influência da mídia esportiva é percebida somente
nas aulas de Educação Física nas quais se apresentam
as novas tendências do esporte mundial.
C) por meio de um trabalho crítico e informativo sobre as
práticas esportivas exploradas pela mídia, a Educação
Física pode minimizar os efeitos negativos do contato
precoce das crianças com as produções adultas.
Linguagens, códigos e suas tecnologias
D) cabe à Educação Física a difusão, a exploração e a
massificação das práticas corporais para as crianças,
mesmo que precocemente, pois o que é feito nas aulas tem influência no que é praticado também fora
delas.
E) a mídia, em geral, transformou as práticas corporais
em bens de consumo, divulgadas com discernimento crítico e defendidas como direito para todos.
Questão
23
Os textos a seguir apresentam a definição de arte primitiva, de arte medieval e do termo clássico. Leia-os e
observe as Figuras I, II e III.
Texto I
A arte primitiva, apesar de sua ilimitada variedade,
compartilha um traço dominante: a reestruturação imaginativa das formas da natureza, em vez de observação cuidadosa. Sua preocupação não é com o mundo visível, mas
com o mundo invisível e inquietante dos espíritos. Para a
mente primitiva, todas as coisas são animadas por espíritos
poderosos.
JANSON, H. W. Iniciação à história da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 18.
Texto II
A Alta Idade Média oscila entre duas formas principais de representação: a arquitetura das igrejas, palácios e
templos, e a pintura de fundo religioso. Conhecida como
a “era da Fé”, a Idade Média foi um ciclo de representação que opôs duas linhas: o românico, estabelecido de
forma múltipla em diversas regiões da Europa, entre os
anos 1050 e 1200, e o gótico, considerado o auge da arte
medieval.
JANSON, H. W. Iniciação à história da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 103.
Texto III
clássico – adj 1. Que se tornou um modelo; modelar,
exemplar. 2. Que se refere à cultura, à literatura ou à arte
dos antigos gregos e romanos. 3. Que segue, em matéria
de cultura, letras e artes, o padrão destes povos. 4. Famoso
por se repetir ao longo do tempo; consagrado.
Dicionário Barsa da língua portuguesa. São Paulo: Barsa Planeta, 2004. p. 216.
13
Figura I
São João Evangelista, do Evangellho do Abade Wedricus.
1147 (aprox.). 1 color. Iluminura. Sociedade Arqueológica,
Avesnes, França.
Figura II
Corel Stock Photos
Museu Rietberg/Fotógrafo Desconhecido
Sociedade Arqueológica Avesnesss/Fotógrafo Desconhecido
Avaliação Diagnóstica EM 2012
Figura III
Máscara da região de Bamenda, Camarões. Século XIX-XX. Madeira,
altura 0,67 m. Coleção E. v.d. Heydt, Museu Rietberg, Zurique.
MANET, Edouard. O tocador de pífaro. 1866. 1 color.
Óleo sobre tela, 1,60 x 0,97 m. Museu d’Orsay, Paris.
Ao relacionar textos e figuras, pode-se considerar que
A) a Figura I exemplifica a definição do Texto I.
B) a Figura III exemplifica a definição do Texto II.
C) as Figuras I, II e III são exemplos da definição do Texto III.
D) todas as figuras possuem relação de semelhança com a definição do Texto II.
E) as definições dos Textos I e III complementam-se e a Figura II as exemplificam.
Texto para as questões 24 e 25.
Tá com essa cara por quê?
Cientistas ingleses afirmaram que já é possível fazer transplantes de rosto. É isso mesmo. Eu li a notícia numa dessas
revistas de ciências, no consultório do meu médico A ideia dos cientistas é retirar a pele do semblante de um doador e
reimplantá-la em outra pessoa. Afinal, eles dizem, a pele é apenas mais um órgão humano e, se já é possível fazer transplantes seguros até do coração, que é muito mais complicado, por que não da pele?
Eu fiquei abismado. Primeiro que eu nem sabia que a pele era considerada um órgão. Segundo que essa operação
oferece possibilidades que beiram a ficção científica.
É, porque, embora os tais cientistas ingleses afirmem que a intenção deles é apenas recuperar pessoas desfiguradas por
queimaduras, eu duvido muito que a coisa vá ficar por aí.
Você agora pode mudar de cara, entende? Quem sabe se, daqui alguns anos, a gente não vai poder escolher novas
feições numa clínica ou até mesmo num supermercado ou num shopping?
A maioria das pessoas com quem comentei a notícia ficou entusiasmada. Afinal, quase ninguém é muito feliz com a
cara que tem. Um reclama do nariz mais protuberante. A outra, de suas orelhas de abano. Um terceiro que tem muitas
espinhas. Todo mundo quer mudar de cara.
Apenas um dos meus amigos não gostou muito da ideia. E com certa dose de razão.
14
a
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– Eu é que não troco a minha cara. Apesar de feia, com essa pelo menos eu já estou acostumado. E, mesmo se fosse
para trocar, eu ia querer a cara de quem? É uma pergunta interessante. A cara de quem você gostaria de ter? Do Silvester
Stallone? Não. Acho que eu prefiro alguma coisa um pouco mais intelectual, Talvez do Woody Allen. Não, também não.
Eu nunca fiquei bem de óculos. Do Tom Cruise? Não. As fãs não iam me deixar em paz. Do BilI Gates? Bem, só se, junto
com a cara, viesse também seu saldo bancário. A verdade é que é muito difícil escolher uma nova cara.
– E tem outra – continuou meu amigo –, já imaginou ter a cara de outro homem ali, o tempo todo, encostadinha
em você? Cai fora, sô...
CARVALHO, Arthur. Tá com essa cara por quê?. Disponível em:<http://www.releituras.com/acarvalho_menu.asp>. Acesso em: 21 fev. 2012.
Questão
24
Um dos recursos utilizados pelo autor para chamar a
atenção do leitor e que conferem ao texto certo grau de
ironia é
A) a busca do indivíduo pela cara perfeita – Bill Gates,
Tom Cruise, Silvester Stallone, Woddy Allen –, ressaltando os ícones de beleza da cultura de massa.
B) a representação de um diálogo entre amigos – Apenas um dos meus amigos não gostou muito da ideia –,
revelando a importância da opinião na escolha de
um novo rosto.
C) o elogio ao consumo – [...] a gente não vai poder escolher novas feições numa clínica ou até mesmo num
supermercado ou num shopping? –, desvelando as relações de comércio na contemporaneidade.
D) o rechaço aos avanços científicos – embora os tais
cientistas ingleses afirmem que a intenção deles é apenas recuperar pessoas desfiguradas por queimaduras,
eu duvido muito que a coisa vá ficar por aí.
E) a retomada do bordão popular – Tá com essa cara por
quê? –, usado, normalmente, para sugerir um estado de ânimo. Há de se observar que, na crônica, essa
expressão é usada para chamar a atenção para os aspectos físicos do rosto.
Questão
25
O texto Tá com essa cara por quê? elucida, por meio de
uma linguagem simples e direta, o objeto de crítica e reflexão do cronista que intenciona
A) divertir o leitor com o relato de uma situação vivida
por ele.
B) criticar o uso comercial de descobertas cientificas.
Linguagens, códigos e suas tecnologias
C) informar o leitor sobre o resultado de novas pesquisas.
D) elogiar a atuação de pessoas consideradas como ícones de sucesso.
E) rechaçar a indústria cultural que cria ídolos para a cultura de massa.
Textos para as questões 26 e 27.
Texto I
Do clima à fome. Da fome à guerra
Cientistas comprovam a relação entre o El Niño e a
ocorrência de guerras civis em países pobres
Que as consequências dos conflitos militares são mais
graves em regiões com condições climáticas extremas é um
fato comprovado há tempos. Um grupo de cientistas, no entanto, foi mais longe. Seu estudo, publicado na revista Nature, mostra o que muitos suspeitavam: as condições climáticas
também podem agravar ou criar guerras locais. “O clima
pode ser o último empurrão para a eclosão de uma guerra
civil”, disse Solomon Hsiang, líder do grupo de pesquisa do
Instituto da Terra da Universidade Colúmbia, em Nova York.
No Chifre da África, a atual seca é consequência do fenômeno La Niña – resfriamento de parte das águas do Oceano
Pacífico. Em outras partes do mundo, porém, é geralmente
associada a outro fenômeno, de características opostas, o El
Niño – aquecimento das águas do Pacífico. Com os dois fenômenos em mente, Hsiang e seus colegas analisaram a variação climática de 175 países e a ocorrência de conflitos civis
entre 1950 e 2004. Notaram não só que as guerras eram mais
frequentes nos anos do El Niño, mais quentes e secos, como
também costumavam eclodir no segundo semestre, junto
com os efeitos do fenômeno climático. Encaixam-se nesse
padrão a retomada da guerra civil no Sudão, em 1983, depois
de dez anos de armistício; os conflitos no Haiti, após o golpe
de Estado de 1991; e o início da guerra civil na República
Democrática do Congo, em 1997.
SORG, Leticia. Do clima à fome. Da fome à guerra. Revista Época. Disponível em: <http://revistaepoca.
globo.com/Mundo/noticia/2011/09/do-clima-fome-da-fomeguerra.html>. Acesso em: 19 fev. 2012.
15
Avaliação Diagnóstica EM 2012
Texto II
Questão
África: fome e guerra
Um continente assediado pela fome. Pelas estatísticas recentes, as cifras desse flagelo não param de crescer,
tornando-se mais graves e mais preocupantes. A cada
ano, 27 milhões de africanos, a maioria crianças, estão
ameaçados de morrer de fome. Dos 800 milhões de habitantes, pelo menos 150 milhões vivem em debilitante
escassez de alimentos. Os países mais atingidos pelo flagelo são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi,
Libéria e Angola. Além disso, são os mais atingidos por
violentos conflitos internos, que ameaçam aumentar a
ruína. No fluxo do comércio mundial, no qual a África
não tem condições de tomar parte, contribuem com modestíssimos 1,5%.
ROSSI, Carlos. África: fome e guerra. Disponível em: <http://pt.shvoong.com/humanities/history/1832853%C3%A1frica-fome-guerra/#ixzz1nDMdGujf>. Acesso em: 19 fev. 2012.
Questão
26
Para reconstruir o sentido de um texto, o leitor precisa
estar atento aos recursos linguísticos e estéticos escolhidos pelo autor. Nesse processo, o reconhecimento
do uso das figuras de linguagem se converte em uma
importante ferramenta que amplia a expressividade
da mensagem apresentada. No Texto I, uma das figuras de linguagem utilizada pelo autor é
A) a elipse, haja vista que ele não explica o que é o fenômeno El niño – “Cientistas comprovam a relação
entre o El Niño e a ocorrência de guerras civis em países
pobres”.
B) a gradação, pois demonstra como um fenômeno leva
a outro – “Do clima à fome. Da fome à guerra”.
C) a metáfora, pois considera um fenômeno natural
como algo passível de ter gênero, “a atual seca é consequência do fenômeno La Niña”.
D) a antítese, ao contrapor as origens de dois fenômenos climáticos – el Niño e La niña.
E) o pleonasmo, pois repete várias vezes a ideia que o
clima influencia no surgimento de conflitos.
16
27
Em relação às ideias apresentadas nos dois textos sobre
o desenvolvimento de conflitos, pode-se considerar que
A) o Texto I apresenta uma situação hipotética em relação à influência do clima no desenvolvimento de
conflitos.
B) o Texto II faz uma descrição da situação vivida por
países africanos que corrobora as ideias apresentadas
no Texto I.
C) os dois textos apresentam dados sobre a influência
do clima na manifestação de conflitos na África.
D) no Texto II, pode-se perceber a presença de dados
econômicos que contrariam as ideias defendidas no
Texto I sobre a influência do clima.
E) ambos os textos divergem em relação ao tema, já
que o Texto I apresenta dados de uma investigação,
enquanto o Texto II descreve as dificuldades vividas
pelos africanos.
Questão
28
As atividades de luta representam uma necessidade
infantil manifestada principalmente entre os meninos sendo, na maioria das vezes, reprimidos e punidos. Contudo,
na Capoeira, essas questões são abordadas de forma humanizadora. O professor (mestre) age de modo dinâmico
vindo com a proposta de fazer uso de jogos de lutas, permitindo o contato corporal de forma organizada em condições seguras, possibilitando a liberação da agressividade
sem deixar de lado o reconhecimento do outro suprindo
sua necessidade. Trabalha-se numa constante renovação
na transmissão do ensino, com a expectativa de levar o
homem a ser melhor. Por meio de golpes e de outros movimentos específicos, a criança percebe seu corpo no espaço,
motivada pelo ritmo, pelo som das músicas e dos instrumentos e pela vibração das palmas.
PAULA, Luiz Carlos de; CAMPOS, Luiz Antonio Silva. A capoeira na integração com a Educação Física
escolar na promoção do crescimento e desenvolvimento infantil além do aspecto motor.
UNIUBE/Uberaba. UNIPAM/Patos de Minas. MG. 2008.p23
Com base no texto, constata-se que
A) a capoeira é uma manifestação violenta, mas que
pode ser controlada nas aulas de Educação Física
com a condução correta por parte do professor.
a
3.
série – Volume 2 - 2º
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Avaliação Diagnóstica EM 2012
B) a capoeira é uma atividade motivadora que permite
a liberação da agressividade das crianças de maneira
controlada, organizada e segura, por meio de golpes
e outros movimentos específicos conduzidos pelo
professor ou mestre durante as aulas de Educação
Física.
C) a capoeira é uma modalidade que pode ser trabalhada nas aulas de Educação Física apenas com meninos, pois consegue controlar a agressividade dos garotos pelos movimentos específicos conduzidos pelo
professor ou mestre.
D) as meninas devem praticar a capoeira nas aulas de
Educação Física para, além de se defender, poderem
liberar a agressividade contra os meninos que possuem a luta desenvolvida desde a infância.
E) o professor de Educação Física deve ser formado em
capoeira para poder ensinar os movimentos técnicos
específicos, bem como os valores inerentes a ela: humanização e igualdade.
Questão
29
A música brasileira desenvolvida a partir da década de
1960 contava com autores e intérpretes que se tornaram referência tanto para a história como para a poética da música atual. Alguns nomes de artistas surgem
como expoentes desse período e ainda demonstram
sua arte com produções e lançamentos de CDs, entre
eles, pode-se citar Chico Buarque (Francisco Buarque de
Hollanda, nascido no Rio de Janeiro, em 19 de junho de
1944).
Leia trechos de uma reportagem que trata da obra desse
artista nos séculos XX e XXI:
Chico Versus Chico
A cada novo disco, um espelho se ergue diante de Chico Buarque. Porém, como um Dorian Gray às avessas, é
a imagem do artista jovial e engajado da década de 1970
que se reflete no aço. Nesse confronto consigo mesmo –
promovida não pelo cantor, mas por parte do público e da
crítica –, o gongo costuma soar rápido: vitória por nocaute
do Chico de outrora.
[...]
Linguagens, códigos e suas tecnologias
Trata-se mais uma vez, do espelho. Quando se procuram, no Chico de hoje, as canções de ontem, impõem-se uma frustração de contornos nostálgicos. A saudade
de uma época na qual o tipo de música feita por ele e
seus colegas de geração, como Caetano Veloso e Gilberto
Gil, ocupavam um posto privilegiado na cultura brasileira, funcionando como ponto de interseção de utopias
e terreno para a purgação dos malogros da classe média
urbana.
[...]
“Ao longo dos anos 80, a MPB perdeu sua centralidade”, resume Fernando de Barros e Silva, autor do livro
Chico Buarque (Publifolha). O próprio compositor já
afirmou que “a canção, como a conhecemos, é fenômeno
próprio de século passado”. Na esteira da sedimentação da
indústria cultural e da crescente democratização do consumo, o modelo formatado por Noel Rosa nos anos 30,
e depois redesenhado pela bossa nova, tornou-se apenas
mais um entre tantos.
[...]
Na reverência ao passado, o compositor não tira o
olho do futuro, em uma peleja sem derrotados. Como disse Caetano Veloso certa vez, Chico arrasta a tradição, mas
anda para frente.
MOUTINHO, Marcelo. Chico versus Chico. Bravo. São Paulo: Abril, ago. 2011. p. 40 - 43.
De acordo com o texto, é correto afirmar que
A) o artista é figura isolada na produção musical a partir
da década de 1960 e sua aceitação e crítica mantêm-se constantes e favoráveis.
B) a obra atual desse compositor é mais exaltada do que
a realizada no século XX, pois esta foi rejeitada pelo
público e pela crítica.
C) a canção é colocada como algo estável na cultura
brasileira, principalmente as de Chico Buarque, que,
desde a década de 1980, segue repetindo os mesmos
temas em suas composições.
D) o artista mudou sua maneira de se expressar durante a vida e, por esse fato, sua genialidade criativa é unânime para a crítica especializada e para o
público.
E) Chico Buarque é referência na MPB e sua obra atual
recebe críticas por se mostrar diferente da produzida
na década de 1970.
17
Avaliação Diagnóstica EM 2012
Textos para as questões 30 e 31.
Texto I
A evidência
Ainda que pasmem os leitores, ainda que não acreditem e passem, doravante, a chamar este escritor de mentiroso e fátuo, a verdade é que, certo dia que não adianta
precisar, entraram num restaurante de luxo, que não me
interessa dizer qual seja, um ratinho gordo e catita e um
enorme tigre de olhar estriado e grandes bigodes ferozes.
Entraram e, como sucede nas histórias deste tipo, ninguém
se espantou, muito menos o garçom do restaurante. Era
apenas mais um par de fregueses. Entrados os dois, ratinho e tigre, escolheram uma mesa e se sentaram. O garçom andou de lá pra cá e de cá pra lá, como fazem todos
os garçons durante meia hora, na preliminar de atender
fregueses, mas, afinal, atendeu-os, já que não lhe restava
outra possibilidade, pois, por mais que faça um garçom,
acaba mesmo tendo que atender seus fregueses. Chegou,
pois o garçom e perguntou ao ratinho o que desejava comer. Disse o ratinho, numa segurança de conhecedor:
– Primeiro você me traga Roquefort aublinnis. Depois,
Couer de baratta filet roti à la broche pommes dauphine.
Em seguida, Medaillon lagartiche foie gras de Strasbourg. E,
como sobremesa, me traga um Parfait de biscuit estraguèe
avec cerises jubilée. Café. Beberei, durante o jantar, um Laffite Porcherrie Rotschild 1934.
– Muito bem – disse o garçom. E, dirigindo-se ao tigre
– E o senhor, que vai querer?
– Ele não quer nada – disse o ratinho.
– Nada? – tornou o garçom – Não tem apetite?
– Apetite? Que apetite? – rosnou o ratinho enraivecido – Deixa de ser idiota, seu idiota! Então você acha que se
ele estivesse com fome eu ia andar ao lado dele?
Moral: É necessário manter a lógica mesmo na fantasia.
FERNANDES, Millor. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: José Álvaro, 1964. p. 89.
Texto II
Supermercado Millôr
ANO I – Nº. 1
(Autobiografia de mim mesmo à maneira
de mim próprio)
“[...] Dou um boi pra não entrar numa briga. Dou
uma boiada pra sair dela... Aos quinze (anos) já era famoso
18
em várias partes do mundo, todas elas no Brasil. Venho,
em linha reta, de espanhóis e italianos. Dos espanhóis herdei a natural tentação do bravado*, que já me levou a procurar colorir a vida com outras cores: céu feito de conhas
de metal roxo e abóbora, mar todo vermelho, e mulheres
azuis, verdes ciclames. Dos italianos que, tradicionalmente, dão para engraxates ou artistas, eu consegui conciliar as
duas qualidades, emprestando um brilho novo ao humor
nativo. Posso dizer que todo o País já riu de mim, embora
poucos tenham rido do que é meu.”
FERNANDEZ, Millor. Supermercado Millôr. Disponível em: <http://www.releituras.com/millor_bio.asp>.
Acesso em: 21 fev. 2012.
*bravado – expressão usada para se referir a uma pretensa valentia,
a uma falsa coragem.
Questão
30
Com base no título e no enredo do Texto I, pode-se considerar que entre eles se estabelece
A) uma correspondência, pois o jantar do ratinho com
um tigre é uma evidência de que o felino não estava
faminto.
B) uma contradição, afinal, nas fábulas, os ratos e os tigres não podem ser amigos.
C) um contrassenso, pois os ratos não conhecem a culinária francesa, o que compromete a coerência do texto.
D) um equívoco, pois a fábula não apresenta nenhuma
moral explícita em relação ao episódio descrito.
E) uma sátira, uma vez que o ratinho possui conhecimentos sofisticados em relação ao cardápio.
Questão
31
Considere o trecho do Texto II – Autobiografia de mim
mesmo à maneira de mim próprio –, das características
mencionadas nesse texto, materializam-se textualmente
no Texto I
A) a tenacidade em lutar por seus ideais – Dou um boi
pra não entrar numa briga. Dou uma boiada pra sair
dela – expressa na audácia do ratinho.
B) a busca pelo reconhecimento – Aos quinze (anos) já
era famoso em várias partes do mundo – ao mencionar o cardápio em francês.
a
3.
série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012
C) o novo brilho ao humor nativo – ao escrever uma fábula com personagens já reconhecidos pelo público,
mas a partir da realidade local.
D) a tentação do bravado – expressa pela naturalidade
da descrição de um jantar entre um ratinho e um tigre.
E) a insatisfação perante a crítica – Posso dizer que todo
o País já riu de mim – expressa na moral da história
narrada.
Textos para as questões 32, 33 e 34.
Texto I
de olhos, que eu não vejo e eles veem. Que relação existe entre minhas ideias e meu nariz? Para mim, nenhuma.
Eu não penso com o nariz, nem me ocupo com o nariz,
quando penso. Mas os outros? Os outros que não podem
ver dentro de mim minhas ideias e veem de fora o meu
nariz? Para os outros, as minhas ideias e o meu nariz têm
tanta relação, que se aquelas, digamos, fossem muito sérias
e este, por sua forma, muito esquisito, começariam a rir.
PIRANDELLO, Luigi. Uno, nessuno e centomila. In: FABRIS, Annateresa. Identidades virtuais. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2004. p. 154.
Questão
32
A análise das ideias defendidas no texto Uno, nessuno e
centomila, evidencia que o texto está centrado na discussão sobre
A) a dificuldade de o personagem-narrador se fazer entender por seu interlocutor.
B) a necessidade de adequar a imagem externa de acordo com as ideias que o indivíduo tem.
C) a falta de consideração que as pessoas têm pelo aspecto físico atualmente.
D) a percepção de como a imagem externa pode influenciar a forma pela qual as pessoas julgam os demais.
E) o elogio das características físicas do narrador-personagem que menospreza a imagem que os outros
fazem dele.
GUERRA, Cristina. Retratos. 1989-1997. Fotógrafo: Marcelo Zocchio. In: FABRIS, Annateresa. Identidades
virtuais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. p. 142.
Texto II
Uno, nessuno e centomila
Se, para os outros, eu não era aquele que, até agora,
acreditara ser para mim, quem era eu?
Vivendo, nunca tinha pensado na forma de meu nariz, no corte, se pequeno ou grande, ou na cor dos meus
olhos; na estreiteza ou na amplidão da minha testa, e assim por diante. Aquele era o meu nariz, aqueles os meus
olhos, aquela a minha testa: coisas inseparáveis de mim,
nas quais, levado por meus negócios, tomado por minhas
ideias, entregue a meus sentimentos, não podia pensar.
Mas agora pensava:
E os outros? Os outros não estão dentro de mim. Para
os outros que olham de fora, minhas ideias, meus sentimentos possuem um nariz. Meu nariz. E possuem um par
Linguagens, códigos e suas tecnologias
Questão
33
No texto Uno, nessuno e centomila, o fragmento que
melhor explica e exemplifica a importância da imagem
mental e afetiva na recepção de um discurso é
A) “Se, para os outros, eu não era aquele que, até agora,
acreditara ser para mim, quem era eu?”
B) “Vivendo, nunca tinha pensado na forma de meu nariz, no corte, se pequeno ou grande, ou na cor dos
meus olhos”.
C) “Aquele era o meu nariz, aqueles os meus olhos,
aquela a minha testa: coisas inseparáveis de mim.”
D) “E os outros? Os outros não estão dentro de mim.”
E) “Para os outros as minhas ideias e o meu nariz tem tanta
relação, que se aquelas, digamos, fossem muito sérias
e este por sua forma muito esquisito, começariam a rir.”
19
Questão
34
Considere as ideias apresentadas no fragmento do texto literário Uno, nessuno e centomila e analise o quadro
Retratos, em que se pode visualizar uma obra artística
constituída de representações de pessoas. A partir da
análise comparada dos textos, pode-se afirmar que
A) o Texto I aborda apenas a questão da imagem externa,
uma vez que descreve características físicas do narrador.
B) o Texto II representa a diversidade identitária marcada pelas diferentes imagens feitas dos indivíduos.
C) o Texto I está constituído de sequências descritivas,
uma vez que retrata o que sente o autor em relação a
seu próprio corpo.
D) o Texto II não apresenta mensagem alguma, já que
não possui texto verbal.
E) o Texto I possui um caráter persuasivo, pois tenta
convencer o leitor a mudar seu comportamento a
partir da relação entre imagem x ideias.
Questão
35
Leia o texto que apresenta aspectos da obra e da proposta artística do pintor de origem holandesa Piet Mondrian (1872-1944).
O Neoplasticismo tem ligação indissolúvel com a obra
de Piet Mondrian. Suas pinturas em forma gradeada buscam revelar a ordem espiritual e atemporal que subjaz à
aparência infinitamente variável do mundo. As teorias de
Mondrian foram exploradas e expostas por artistas associados à revista de arte holandesa De Stijl.
Em relação às pinturas geométricas abstratas de Mondrian, o Neoplasticismo se refere a linhas negras horizontais e verticais em fundo branco acinzentado, no qual ele
acrescentou blocos de cores primárias. Mondrian defendia
pinturas sem centro, e muitas de suas obras não têm um
ponto óbvio sobre o qual o olhar se fixa. As margens são
tão importantes quanto o meio. As linhas verticais e horizontais sugerem a calma e a suspensão que surgem de duas
forças opostas e equilibradas entre si. Mondrian se motivava pela crença de que sua arte revelava a estrutura espiritual
que sustentava o mundo como o sentimos.
LITTLE, Stephen. ...ismos: para entender a arte. São Paulo: Globo, 2010. p. 116-117.
20
Wilhelm-Hack-Museum/Fotógrafo Desconhecido
Avaliação Diagnóstica EM 2012
MONDRIAN, Piet. Composição com vermelho, amarelo e azul. 1928, 1 color.
Óleo sobre tela, 42,2 x 45 cm. Ludwingshafen do Reno, Wilhelm-Hack-Museum.
Com base na relação entre o texto e a Figura I, é correto
afirmar que
A) o artista desenvolveu um estilo essencialmente cromático e testou a bidimensionalidade da tela sempre
a partir de um ponto visual central.
B) o neoplasticismo caracteriza-se como forma precisa
de descrição das obras do artista e de seu estilo pessoal de pintar.
C) o neoplasticismo fundamenta especialmente a proposta artística de Mondrian, demonstrando as consequências da irreverência do artista.
D) o artista é referência de um estilo e de uma concepção de arte na qual o equilíbrio e a espiritualidade
possuem uma relação reflexiva e estética.
E) tanto o artista como sua produção demonstram uma
arte intuitiva, aleatória, casual e desprovida de pesquisa.
Questão
36
Já podeis da pátria filhos
Sabe-se que o estrangeiro, ao jogar futebol, ataca o balão de couro como se fosse inimigo. Há quem diga que
o joelho empedrado é natural do gringo, variando uma
besteirinha de acordo com a espécie. Isto devido à comida
que eles comem, que e muito melhor do que a comida que
o brasileiro come, com exceção de que o joelho fica empedrado. Porém a comida dá enormes sustanças e, além disa
3.
série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012
so, eles usam foguetes e o raio leise. Ninguém me diga que
a Hungria não usou o raio laser em cinquenta e quatro,
quando eles davam de 11 a 8 e 19 a 15 e 48 a 0 em quem
aparecesse, eles não facilitavam. Disse seu Góes, que não
esteve nessa Copa, aliás não esteve em Copa nenhuma,
mas esteve com Pongó que o primo esteve nessa Copa, que
eles vinham lá de baixo do campo parecendo uns cavalos,
tudo falando hurunguês e dando aqueles passes de joelho
empedrado, situque-situque.
RIBEIRO, João Ubaldo. Já podeis da pátria filhos. In: Livro de histórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
p. 59.
O título do texto – Já podeis da pátria filhos – remete ao
primeiro verso do Hino da Independência do Brasil, levando o leitor a inferir que o fragmento de texto apresentado refere-se ao contexto nacional, pois faz uma
reflexão de cunho político a partir
A) do futebol, considerado um dos ícones da cultura
brasileira.
B) dos estrangeiros e seus hábitos alimentares.
C) da pobreza a que o narrador do texto está submetido.
D) da imaginação do narrador que acredita no uso de
raio laser na Copa de 1954.
E) da ignorância do narrador que afirma que os jogadores falavam hurunguês.
Questão
37
O encontro médico-paciente
Mas a linguagem médica não é feita só de palavras. Há
uma comunicação não verbal, que começa já no ambiente.
Suponhamos que alguém esteja doente e vá procurar um
médico. Ou médica: a presença da mulher na profissão
é cada vez mais frequente, o que, aliás, representa uma
mudança. Durante milênios, a atividade médica era uma
coisa quase exclusivamente masculina. Claro, havia parteiras, mas sua atividade era considerada auxiliar. E, quando
as mulheres começaram a se diplomar medicina, iam em
geral para certas especialidades, como pediatria e ginecologia (cirurgia, por exemplo, nem pensar). Uma curiosa
exceção, mas ainda não isenta de preconceito, ocorreu na
finada União Soviética. Lá, dava-se preferência às mulheres nas escolas de medicina, sob o argumento de que seu
perfil psicológico tornava-as mais aptas a cuidar de pessoas (além disso, os homens, que andavam em falta após
Linguagens, códigos e suas tecnologias
as terríveis baixas da Segunda Guerra Mundial, ficavam
liberados para outras tarefas).
SCLIAR, Moacir. A linguagem médica. In: Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.
br/livrariadafolha/1052130-leia-trecho-de-folha-explica-a-linguagem-medica.shtml>.
Acesso em: 19 fev. 2012.
Ao refletir sobre as características da linguagem médica
no fragmento apresentado, Scliar toca em uma questão
de gênero, evidenciando
A) a falta de preparo das mulheres para atuar na medicina.
B) o preconceito em relação aos homens que não são
bons cuidadores.
C) as práticas sexistas em relação ao exercício da medicina por mulheres.
D) a falta de opção para as mulheres no mercado de trabalho.
E) a inexistência de preconceito na antiga União Soviética em relação às mulheres.
Questão
38
A produção de arte contemporânea conta com propostas artísticas que incluem instalações e performances. Um
dos artistas que inovou e promoveu discussões sobre arte
pelas suas performances foi o alemão Joseph Beuys (19211986). Em sua primeira mostra individual para uma galeria
privada, Beuys entrou com uma lebre morta no colo, rosto
coberto com mel e pó de ouro e visitou a exposição comentando com o animal sobre as obras dispostas nas paredes. Por três horas as pessoas puderam observar a movimentação do artista, mesmo sem ouvir o que ele dizia.
Esta performance intitulada Como Explicar Desenhos a uma
Lebre Morta, e realizada em 26 de novembro de 1965, na
galeria Schmela de Düsseldorf, Alemanha, além de gerar
opiniões controversas sobre a arte, demonstrou que a arte
contemporânea vem buscando novas propostas de interação com o público, bem como novas possibilidades de
compreensão dos próprios caminhos da arte. Além disso,
as intenções do artista podem conter aspectos simbólicos,
como em rituais, conforme apresenta Gisele Kato em reportagem (Bravo, set. 2010, p. 40) sobre uma mostra desse
artista realizada em 2010 em São Paulo: “o mel para remeter à sociedade organizada das abelhas, tida por ele como
um exemplo, e o ouro por simbolizar o poder e a conexão
com o Sol. A própria lebre, presente na maioria de suas
21
Avaliação Diagnóstica EM 2012
peças, também carrega diversos significados implícitos.
Na mitologia grega, estava ligada à deusa da beleza e do
amor, Afrodite, e, no cristianismo, representa a ressurreição.” Desta forma, estas manifestações artísticas exigem
um olhar mais atento e disposto a análise para a construção de sentido e significado para o observador, apesar de
o próprio artista considerar que “Toda pessoa é um artista”,
em seu dito mais famoso (segundo comentário de Gisele
Kato na mesma reportagem).
termos tão ásperos e convincentes que, com lágrimas nos
olhos, ele reconheceu sua culpa, se arrependeu sincero, e
durante muito tempo se aplicou em disparar apenas sobre
os outros meninos.
Dedicado anos depois às Forças Armadas, na Segunda
Guerra Mundial, Davi foi promovido até general e condecorado com as cruzes mais altas por matar sozinho trinta e
seis homens, e mais tarde degradado e fuzilado por deixar
escapar com vida um Pombo mensageiro do inimigo.
Tendo a obra de Beuys como exemplo, pode-se colocar
que, em uma performance, o artista
A) articula ideias, sentimentos e conceitos na arte contemporânea.
B) reúne diferentes artistas na reprodução de visões de
arte do século XIX.
C) explora os limites da arte, embora seja facilmente
compreendida pelo público.
D) expõe o artista fisicamente na obra apenas em espaços públicos.
E) reforça a cultura de massa na qual a produção industrial é predominante.
Augusto Monterroso, contista contemporâneo, reinventa
um signo há muito conhecido na história ocidental – a do
jovem Davi que, em uma luta desigual, vence o gigante
ao atirar uma pedrada em seus olhos. No entanto, o conto
apresentado é uma crítica aos valores dos novos heróis
contemporâneos e, por extensão, à sociedade em que estão inseridos. Tal reflexão se estabelece por meio da apresentação de uma contradição expressa no fragmento
A) “Era uma vez um menino chamado Davi N., cuja pontaria e habilidade no manejo da atiradeira despertavam tanta inveja e admiração entre seus amigos da
vizinhança e da escola.”
B) “Quando os pais de Davi se aperceberam desse costume do seu bom filho se alarmaram muito, lhe perguntaram o que é que era aquilo, e denegriram a sua
conduta com termos tão ásperos e convincentes [...].”
C) “Cansado do tedioso tiro ao alvo que praticava disparando pedrouços contra latas vazias e pedaços de
garrafa, Davi descobriu um dia que era muito mais
divertido exercer contra os pássaros a habilidade com
que Deus o tinha dotado, [...].”
D) “[...] de modo que dali em diante a exercitou contra
todos os que se punham ao seu alcance, em especial contra Pardais, Cotovias, Rouxinóis e Pintassilgos,
cujos corpinhos sangrentos caíam suavemente sobre
a grama, com o coração ainda agitado pelo susto e a
violência da pedrada. E) “Dedicado anos depois às Forças Armadas, na Segunda Guerra Mundial Davi foi promovido até general e
condecorado com as cruzes mais altas por matar sozinho trinta e seis homens, e mais tarde degradado
e fuzilado por deixar escapar com vida um Pombo
mensageiro do inimigo.”
Questão
39
A funda de Davi
Era uma vez um menino chamado Davi N., cuja pontaria e habilidade no manejo da atiradeira despertavam
tanta inveja e admiração entre seus amigos da vizinhança
e da escola, que viam nele – e, assim, comentavam entre si
quando os pais não podiam escutar – um novo Davi.
O tempo passou.
Cansado do tedioso tiro ao alvo que praticava disparando pedrouços contra latas vazias e pedaços de garrafa,
Davi descobriu um dia que era muito mais divertido exercer contra os pássaros a habilidade com que Deus o tinha
dotado, de modo que dali em diante a exercitou contra
todos os que se punham ao seu alcance, em especial contra
Pardais, Cotovias, Rouxinóis e Pintassilgos, cujos corpinhos sangrentos caíam suavemente sobre a grama, com o
coração ainda agitado pelo susto e a violência da pedrada. Davi corria alegre até eles e os enterrava cristãmente.
Quando os pais de Davi se aperceberam desse costume
do seu bom filho se alarmaram muito, lhe perguntaram o
que é que era aquilo, e denegriram a sua conduta com
22
MONTERROSO, Augusto. A ovelha negra e outras fábulas. Rio de Janeiro: Record, 1983. p. 71.
a
3.
série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012
Questão
40
Questão
41
O escritor brasileiro Rubem Fonseca, 86, venceu o
Prêmio Literário Casino da Póvoa, anunciado nesta manhã durante o 13.º encontro literário Correntes D’Escritas,
na Póvoa de Varzim, em Portugal.
Convidado especial da edição, o escritor venceu os
finalistas Teolinda Gersão, Maria Teresa Horta, Hélia
Correia, Yvette Centeno, Enrique Vila-Matas, Leonardo
Padura, Inês Pedrosa e Mário Cláudio.
Segundo o jornal “Público”, em seu discurso de agradecimento, o escritor recitou de memória “O Melro” e
sonetos de Camões.
“Amo a língua portuguesa, é uma língua lindíssima”,
disse Fonseca. “Adoro poesia. Lembrei-me de Camões.
Vocês me permitem que eu leia Camões?”
Fonseca, que recebeu 20 mil euros pelo prêmio, será
ainda condecorado com a Medalha de Mérito Cultural
pelo secretário de Estado da Cultura (cargo equivalente ao
de ministro), Francisco José Viegas.
RUBEM Fonseca vence Prêmio Literário Casino da Póvoa. In: Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.
folha.uol.com.br/ilustrada/1052548-rubem-fonseca-vence-premio-literario-casino-da-povoa.shtml>.
Acesso em: 19 fev. 2012.
Nessa notícia, o jornalista privilegiou algumas informações, destacando alguns dados sobre o prêmio e o
autor. Considere que tais subsídios contribuem para a
construção de sentidos e evidenciam que
A) o autor premiado buscou abrilhantar a literatura do
país que lhe concedeu o prêmio, recitando Camões.
B) o valor dado no Prêmio Literário Casino da Póvoa era
menos significativo que a condecoração oferecida ao
ganhador.
C) o objetivo do texto é divulgar a literatura brasileira
por meio do escritor Rubem Fonseca.
D) a linguagem formal usada no texto contrapõe-se ao
uso das aspas para citar a fala de Rubem Fonseca.
E) a função social da notícia – divulgar a literatura portuguesa – ocorre por meio da apresentação do autor
português: Camões.
Linguagens, códigos e suas tecnologias
©Wikimedia Commons/Sanjo
Rubem Fonseca vence Prêmio Literário
Casino da Póvoa
Figura I
Teatro kabuki
O teatro kabuki é um espetáculo tradicional e popular japonês. A palavra kabuki pode ser traduzida como a
arte de cantar e dançar. Sua apresentação busca o exagero
como uma forma de torná-lo fantástico ou com aspectos
de sobrenatural. Nesse sentido, as cores e o requinte dos
trajes; a quantidade de adereços; a maquiagem estilizada;
a precisão, a movimentação e interpretação bem definida
dos atores, até como se fossem estátuas; o som bem marcado pelo uso de matracas e também por instrumentos de
corda como o shamisen, possuem uma grande importância. Todos os recursos resultam em um choque visual para
expressar a força, a perfeição, os sentimentos em cada uma
das atuações dos atores e no seu conjunto. O kabuki, para os japoneses, é uma arte dedicada para
a gente comum, diferente de outros espetáculos desenvolvidos para a aristocracia. Em sua origem, século XVI,
mulheres também atuavam, mas, desde o século XVII,
ele é encenado somente por homens, inclusive os papéis
femininos, o que exigiu o desenvolvimento e a especialização de atores para esta modalidade cênica. Tendo como
público inicialmente os mercadores, sua beleza ampliou
sua popularidade e ele se tornou uma expressão artística
duradoura.
Disponível em: <http://www.culturajaponesa.com.br/htm/kabuki.html>. Acesso em: 2 mar. 2012.
Sobre o kabuki, pode-se afirmar que
A) consiste em arte cênica japonesa dedicada originalmente à aristocracia que se tornou popular ao valorizar principalmente a simplicidade de recursos.
B) é um espetáculo que, pelo exagero de recursos visuais e
interpretativos, busca a expressividade de sentimentos.
23
Avaliação Diagnóstica EM 2012
C) como arte japonesa, é valorizado mais em outros
países que em seu próprio país de origem.
D) explora a visualidade chocante no palco, passando
para o público uma visão realista do cotidiano.
E) nesse espetáculo japonês, a interpretação dos atores
é mais valorizada que outros recursos cênicos.
Questão
42
Conclusões de Aninha
Estavam ali parados. Marido e mulher.
Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
tímida, humilde, sofrida.
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
e tudo que tinha dentro.
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar novo rancho e comprar suas pobrezinhas. O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, entregou sem palavra.
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar
E não abriu a bolsa.
Qual dos dois ajudou mais?
[...]
CORALINA, Cora. Vintém de cobre – meias confissões de Aninha. São Paulo: Global, 2001. p. 174.
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães
Peixoto Bretas, foi uma grande poetisa brasileira que,
sendo doceira por profissão, foi responsável por uma
produção poética simples, atrelada ao cotidiano e aos
temas da vida interiorana. No fragmento do poema Conclusões de Aninha, pode-se perceber uma reflexão sobre
a atuação das pessoas frente a alguém que necessita de
ajuda. Essa situação pode ser sintetizada pelo ditado popular
A) A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar.
B) Quem não tem cachorro que cace com gato.
C) Deus ajuda quem cedo madruga.
D) Há males que vêm para o bem.
E) Depois da tempestade, sempre vem a calmaria.
24
Questão
43
No ritmo do Fórum Mundial da Bicicleta,
veja 10 motivos para começar a pedalar
Além de ser cada vez mais difundida como uma alternativa para a mobilidade urbana, andar de bicicleta é
uma atividade física que reduz o estresse, evita o infarto
e aumenta a imunidade. É o que garante o médico Hassan Ahmed Yassine Neto, cirurgião torácico do Hospital e
Maternidade São Luiz e coordenador médico World Bike
Tour, realizado no fim de janeiro, em São Paulo. É ele
também quem lista as 10 razões para começar a pedalar:
1. Combate estresse e depressão 2. Desintoxica 3. Emagrece 4. Melhora o sono 5. Reduz colesterol e triglicerídeos 6. Evita o infarto 7. Diminui a pressão arterial 8. Aumenta a imunidade 9. Melhora a respiração 10. Garante boa forma e fôlego de atleta NO RITMO do fórum mundial da bicicleta. In: Jornal Zero Hora. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.
br/especial/rs/bem-estar/19,0,3672008,No-ritmo-do-Forum-Mundial-da-Bicicleta-veja-10-motivos-paracomecar-a-pedalar.html>. Acesso em: 21 fev. 2012.
Considerando que cada texto desempenha uma função
social entre a comunidade de leitores, o texto publicado
no jornal Zero Hora objetiva
A) apresentar informações que possam auxiliar no processo de mudança de comportamento.
B) exaltar práticas de atuação que podem aumentar o
número de participantes do Fórum Mundial de Bicicleta.
C) divulgar o evento que acontece em Porto Alegre sobre essa modalidade de transporte urbano.
D) destacar a bicicleta como único meio de transporte urbano disponível que combina saúde e bem-estar.
E) incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte ecologicamente recomendável para as cidades.
a
3.
série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012
Questão
44
A cultura brasileira recebeu contribuições e influências da cultura africana. Pode-se constatar essa presença, popularidade e força em aspectos da culinária, da língua, da religião, das artes. Leia o texto a seguir:
Instrumentos musicais africanos
O Continente africano vive em pauta na mídia e, na maioria das vezes, por seus problemas sociais, econômicos, políticos, conflitos entre grupos separatistas, diversas doenças, entre outros aspectos negativos. No entanto, pouco se destaca
sobre a pluralidade cultural que o povo desse continente apresenta, contribuindo com elementos culturais em várias outras nações do mundo, e fortemente ligados ao Brasil. As principais características dos africanos são a musicalidade e suas
danças compostas por diferentes ritmos e instrumentos. A criatividade proporcionou a criação de vários instrumentos
musicais, entre eles podemos destacar: afoxé, agogô, berimbau, caxixi, cuíca, kora, reco-reco, tambores.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira. Instrumentos musicais africanos. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/instrumentos-musicais-africanos.htm>. Acesso em: 23 fev. 2012.
Com base no texto, pode-se afirmar que a contribuição da musicalidade da cultura africana na constituição da música
brasileira
A) manteve-se na reprodução da pluralidade de rituais religiosos.
B) destaca-se na presença e na elitização de ritmos regionais.
C) explora a diversidade rítmica e a criatividade dos instrumentos.
D) valoriza as danças que exprimem os conflitos sociais atuais divulgados na mídia .
E) privilegia o Brasil mostrando-se presente apenas em nosso país.
Questão
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Narcisismo no “Face”
Cuidado! Quem tem muitos amigos no “Face” pode ter uma personalidade narcísica. Personalidade narcísica não é
alguém que se ama muito, é alguém muito carente. [...]
Em 1979, o historiador americano Christopher Lasch (1932-94) publicava seu best-seller acadêmico “A cultura do
narcisismo”, um livro essencial para pensarmos o comportamento no final de século 20. Ali, o autor identificava o traço
narcísico de nossa era: carência, adolescência tardia, incapacidade de assumir a paternidade ou maternidade, pavor do
envelhecimento, enfim, uma alma ridiculamente infantil num corpo de adulto.
O Facebook é a plataforma ideal para autopromoção delirante e inflação do ego via aceitação de um número gigantesco de “amigos” irreais. O doutor Viv Vignoles, catedrático da Universidade de Sussex, no Reino Unido, afirma que,
nos EUA, o narcisismo já era marca da juventude desde os anos 80, muito antes do “Face”. Portanto, a “culpa” não é dele.
Ele é apenas uma ferramenta do narcisismo generalizado.
PONDÉ, Luiz Felipe. Narcisismo no “Face”. Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/37302-narcisismo-no-quotfacequot.shtml>. Acesso em: 16 abr. 2012.
Ao tratar do uso do Facebook, o autor busca consolidar sua opinião em relação à sociedade contemporânea marcada, segundo ele, por uma cultura narcísica. Entre os tipos de recursos mobilizados pelo autor para persuadir o leitor,
destaca(m)-se, nesse texto,
A) as relações de causa e consequência, apresentando o resultado ou efeito do uso intensivo do Facebook.
B) o raciocínio lógico, descrevendo como se constituem as plataformas de autopromoção do Facebook.
C) o argumento de autoridade, usando citação/paráfrase de fonte confiável, a fim de consolidar as ideias apresentadas.
D) o argumento de provas concretas, apresentando dados estatísticos que comprovam como se constitui a sociedade narcísica.
E) o argumento baseado no senso comum, descrevendo as crenças populares em relação ao uso das ferramentas de
comunicação midiática.
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CARTÃO-RESPOSTA
Avaliação Diagnóstica do EM 2012 – 3a. SÉRIE – VOLUME 2 – 2.º SEMESTRE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
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