PLANO DIRETOR DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
A PROGRAMAÇÃO LOCAL
1
Organização das formas de acesso
do usuário à Unidade de APS:
• Reconhecimento
das
pessoas/famílias
adscritas
• Processo de territorialização
• Identificação dos problemas de saúde
2
Organização das formas de acesso
do usuário à Unidade de APS:
• A partir das diretrizes propostas pelas
linhas-guia:
procede-se
ao
dimensionamento dos serviços e à
organização dos processos de trabalho das
UAPS.
3
Para organizar as formas de acesso
do usuário à Unidade de APS:
• Atenção à demanda espontânea (urgência e
emergência)
• Atenção programada
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O ACESSO AOS SISTEMAS DE SAÚDE:
• Demanda espontânea
– Todos em situação de urgência ou emergência: deverão ser
atendidos de imediato pela equipe.
– Situações que não forem urgência ou emergência: avaliadas
pelo profissional que poderá:
• Atender de imediato;
• Agendar consulta; ou
• Encaminhar para outro ponto de atenção.
5
O ACESSO AOS SISTEMAS DE SAÚDE:
• Atenção programada
• Respeitar população adscrita;
• Organizar o serviço pautando-se não mais nos pelos
eventos agudos, mas pelos problemas/condições
crônicas;
• Engloba todos os ciclos de vida;
• Estruturada a partir das linhas-guia;
• Redes integradas de atenção
6
O ACESSO AOS SISTEMAS DE SAÚDE:
• Atenção programada
• Objetivos:
• Promover a saúde, identificar precocemente e
controlar as patologias de relevância;
• Oferecer assistência integral e resolutiva.
OBS: Atenção Programada é diferente de
“agendamentos”!
7
O ACESSO AOS SISTEMAS DE SAÚDE:
• Atenção programada
Como são calculados nº de consultas e atendimentos
programados?
• Parâmetros definidos na Planilha de Programação
das Linhas-guia da SES/MG
• Fundamentando-se também nos dados do
Prontuário de Saúde da Família (diagnóstico e
cadastramento das famílias adscritas).
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DIRETRIZES PARA ORGANIZAÇÃO DA
ATENÇÃO PROGRAMADA
• Parâmetros das LG;
• Características da população-alvo;
• Elaboração pelas UAPS e equipes;
• Capacidade instalada do serviço:
– Estrutura-física, equipamentos, pessoal, tempo...
• Pactuação entre SMS, profissionais e comunidade;
• Agendamento das atividades e consultas:
– Evitar filas e espera!
• As metas devem ser, ao mesmo tempo, desafiadoras e
factíveis.
9
PROGRAMAÇÃO LOCAL
Definição de um conjunto de ações de
saúde relevantes para a promoção da
saúde, prevenção de doenças resolução
de problemas de saúde – num dado
território.
10
PROGRAMAÇÃO LOCAL
1. Deve considerar os dados do diagnóstico local
realizado na fase anterior.
2. Deve envolver todos os integrantes da equipe de
saúde.
11
PROGRAMAÇÃO LOCAL
3. Deve focar um território:
•
•
•
•
área de responsabilidade da Unidade de APS;
área de responsabilidade da Equipe Saúde da Família;
deve ser feita para o período de 01 ano;
deve partir do diagnóstico situacional prévio.
12
PROGRAMAÇÃO LOCAL
3. Deve focar um território:
13
PROGRAMAÇÃO LOCAL
4. Deve focar uma população definida:
• população cadastrada da área de responsabilidade
14
PROGRAMAÇÃO LOCAL
O instrumento de programação é a PLANILHA DE
PROGRAMAÇÃO LOCAL:
• Organizada por ciclo de vida, patologia ou condição e
estratificação por grau de risco
15
PROGRAMAÇÃO LOCAL
O instrumento de programação é a PLANILHA DE
PROGRAMAÇÃO LOCAL:
•
•
•
•
•
Estabelece:
Cadastro da população;
Estratificação das famílias por grau de risco;
Situação de saúde da população cadastrada;
Resultados esperados (para melhorar a situação de
saúde)
Atividades mínimas para atingir tais resultados
16
PROGRAMAÇÃO LOCAL
O instrumento de programação é a PLANILHA DE
PROGRAMAÇÃO LOCAL:
•
•
•
•
•
•
Estabelece:
Parâmetro para realização das atividades;
Responsabilização
dos
membros
da
equipe:
atividades: organização do serviço;
Público-alvo a ser beneficiado;
Quantitativo de atividades a serem realizadas;
Metas progressivas até cobertura total da população;
Prazo para atingir metas.
17
PROGRAMAÇÃO LOCAL
O instrumento de programação é a PLANILHA DE
PROGRAMAÇÃO LOCAL:
• Discutida e definida pela equipe;
• Apresentada à Coordenação Central do Município pelo
gerente da UAPS ou outro responsável.
18
PASSO 1:
CADASTRO DA POPULAÇÃO
Corresponde à
população
cadastrada no
sistema de
informação (SIAB).
Lançar dados
relativos à:

Ciclo de vida

Faixa etária

Sexo
19
EXEMPLO: área de
responsabilidade da
equipe de saúde da
UAPS São Joaquim:

3.449 habitantes

7,6% da população
é idosa
20
PROGRAMAÇÃO LOCAL
Registrar o número de famílias cadastradas na área da equipe
Nota:
“Família é o conjunto de
pessoas,
ligadas
por
laços
de
parentesco,
dependência doméstica ou
normas de convivência,
que residem na mesma
unidade domiciliar.”
(MS, 2001. Guia Prático do PSF)
21
PROGRAMAÇÃO LOCAL
5. Deve considerar o grau de risco sócio-sanitário da famílias
• risco social e clínico – SES/MG
22
PROGRAMAÇÃO LOCAL
5. Deve considerar o grau de risco sócio-sanitário da famílias
• risco social e clínico – SES/MG
• Na classificação segundo o risco social: a planilha
aplicará AUTOMATICAMENTE os parâmetros de risco
social do IBGE, calculando o nº de famílias de risco
(30% de risco) e sem risco (70% sem risco)
• Na classificação segundo o risco social e clínico: lançar
o n de famílias e integrantes por grau de risco.
23
A Estratificação das Famílias por Grau de Risco:
A Estratificação
por Grau de Risco
faz parte do
processo de
Cadastro das
Famílias.
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A
Classificação
dos
Usuários
por Grau de Risco:
DETERMINANTES GERAIS
Comprometimento vias aéreas
Respiração inadequada
Hemorragia exangüinante
Choque
VERMELHO
Convulsionando
Criança irresponsiva
Dor intensa
Hemorragia maior incontrolável
Alteração da consciência
Criança febril
LARANJA
Esfriamento
Dor moderada
Hemorragia menor incontrolável
História de inconsciência
AMARELO
Adulto febril
Dor leve recente
Febre baixa
VERDE
A “Classificação por Grau
de Risco” organiza a
atenção à demanda
espontânea (urgências e
emergências) e se dá
sobre o indivíduo que
demanda o serviço.
Portanto, é diferente da
“Estratificação de Famílias
por Grau de Risco”.
Problema recente
AZUL
25
PROGRAMAÇÃO LOCAL
6. Deve identificar a população alvo, considerando:
• ciclo de vida: criança, adolescente, adulto, gestante e idoso
• condição ou patologia: hipertensão, diabete, câncer de
mama, etc
26
PROGRAMAÇÃO LOCAL
7. Deve considerar a estratificação de risco desta população
alvo:
27
PASSO 2: SITUAÇÃO DE SAÚDE





Identificação da população alvo.
Definição do parâmetro para dimensionamento da população alvo:
- incidência ou prevalência das condições ou patologias.
Cálculo da população alvo estimada para a área de responsabilidade da
equipe de saúde (planilha calcula)
Equipe lança: população alvo cadastrada / atendida pela equipe de
saúde.
Cálculo automático da cobertura de atendimento.
28
33%
Análise da cobertura
de atendimento!
29
PASSO 3
PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES
 Definição
e descrição das atividades que devem ser
realizadas para o acompanhamento do usuário em
determinada condição ou patologia.
 Definição
dos parâmetros para realização das atividades.
 Definição
do responsável pela realização das atividades.
30
PARÂMETROS ASSISTENCIAIS
31
PASSO 3
PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES

As metas devem ser definidas considerando:
 o Diagnóstico Local,
 a Cobertura atual para cada condição,
 as políticas prioritárias (nacionais, estaduais, municipais e
locais),
 a capacidade de atendimento da equipe e
 a capacidade de capitação da equipe.

Programação:
 Definição da porcentagem de cobertura de atendimento a ser
alcançada ao final do ano programado.
 Cálculo do número de usuários que serão beneficiados.
 Cálculo do número de atividades a serem realizadas pela
equipe.

Prazo: 1 ano
32
PROGRAMAÇÃO
A definição da meta programada deve considerar:
 as prioridades definidas a partir da análise da situação de saúde;
 a cobertura atual de atendimento, podendo ser definida uma cobertura
progressiva a cada ano de programação, até atingir 100%;
 a necessidade de estratificar o grau de risco do usuário naquela condição
33
ou patologia.
PROGRAMAÇÃO
A definição da meta programada:
 A planilha calculará o nº correspondente de usuários beneficiados.
 A planilha também calculará o quantitativo destas atividades.
34
PROGRAMAÇÃO
Se, por exemplo, a equipe definir uma meta de cobertura de 50%, a planilha calculará:
Número estimado de hipertensos
449
Número de hipertensos de baixo risco
449 x 40% = 180
50% cobertura
90 hipertensos de baixo risco acompanhados
Número de participantes por grupo operativo /
educativo
20 participantes
Número de grupos a serem constituídos
90 ÷ 20 = 4,5 = 4 grupos (OBS: arredondamento Excel!)
Número de participações em grupos operativos /
educativos, por ano, do hipertenso baixo risco
2 x/ano
Número total de atividades educativas a serem
realizadas
4 x 2 = 8 atividades
Sendo: 4 conduzidas pelo médico e 4 pelo enfermeiro 35
CONSOLIDADO E ATENDIMENTO SEMANAL
A planilha consolidado: somatória de todos os
procedimentos feitos no atendimento aos usuários
nos diferentes ciclos de vida
36
CONSOLIDADO E ATENDIMENTO SEMANAL

Definição da “Duração do Atendimento” (unidade de programação) a ser
utilizada no cálculo do consolidado:
•Por consenso;
•Por categorial profissional;
•Pode-se considerar a atividade
mais comum realizada pelo profissional: consulta
médica, consulta de enfermagem, procedimento técnico de enfermagem, visita
domiciliar do ACS.
•Registro em “minutos”.

Definição da carga horária diária e do número de profissionais que integram
a equipe de saúde, por categoria.
37

A partir da padronização do atendimento, a planilha calculará a
capacidade potencial de atendimento de toda a equipe, segundo:
categoria
profissional;
Potencial/dia,
Potencial/semana
(X 5 dias),
Potencial/mês
(X 4 semanas) e
Potencial/ano
(11 meses).
38

Consenso sobre a duração de cada uma das atividades a serem
realizadas por cada profissional da equipe.
Unidade

de medida: minutos.
A planilha fará, automaticamente, o cálculo da correspondência entre
esta atividade e o atendimento padrão definido no passo anterior
(unidade de programação).
39

O campo “Consolidado do Atendimento” será preenchido automaticamente,
fazendo o somatório do número total de atividades por ciclo de vida e
40
condição ou patologia programadas nas planilhas anteriores.

O total de atividades será convertido em total de atendimentos, a
partir da correspondência definida.
41

O valor total de atendimentos por ano, por profissional, será
desdobrado em total de atendimentos por mês, semana e dia.
42

O campo “Análise do Atendimento” indicará, inicialmente, o número de
atendimentos diários. Em seguida, é distribuído entre:
o tempo total necessário para o atendimento programado e
o tempo disponível para o atendimento à demanda espontânea.

No campo “Atendimento Semanal”, deverá ser definida a parcela de tempo, em
horas, a ser dedicada à educação permanente e às atividades administrativas
por semana, para cada categoria profissional.

Os demais cálculos serão feitos automaticamente.
43

O campo “Análise do Atendimento” indicará, inicialmente, o
número de atendimentos diários.

Em seguida, esse valor é distribuído entre:
o
tempo total necessário para o atendimento programado e
o tempo disponível para o atendimento à demanda espontânea.
44

No campo “Atendimento Semanal”:
Deve-se,
primeiramente, definir a parcela de tempo a ser dedicada à
Educação Permanente e
Atividades Administrativas.
Por
semana, para cada categoria profissional, em horas.
45

Definido o número de horas semanais para educação permanente e
atividades administrativas, os demais cálculos serão feitos
automaticamente:
o número de horas semanais correspondente ao atendimento
programado
e, por subtração, o número de horas semanais restante para a
atenção à demanda espontânea.

É calculado o percentual correspondente a cada uma das ocupações
dentro do total de horas disponíveis por semana para cada um dos
profissionais.
46
 Fazer
a análise final do atendimento, comparando o tempo
dedicado à atenção programada, ao atendimento da
demanda espontânea, à educação permanente e às
atividades administrativas.
47

Parâmetro de equilíbrio para a agenda dos profissionais, deve-se
garantir:
50 a 60% do tempo seja dedicado à atenção programada e
40 a 50% ao atendimento da demanda espontânea, à
educação permanente e às atividades administrativas.

Caso não seja alcançado este equilíbrio, deve-se retornar às
planilhas de programação, definir as prioridades do atendimento e
rever as metas progressivas definidas na programação das
atividades em cada ciclo de vida.
48
PLANILHAS DE PROGRAMAÇÃO
 Equipe
Médica e de Enfermagem
 Equipe
de Saúde Bucal
49
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A Programação Local