2ª FASE
MODERNISTA
1930-1945
POESIA
CONTEXTO HISTÓRICO
 CRISE CAFEEIRA EM 1929 (CAFÉ-COM-LEITE)
 REVOLUÇÃO DE 1930 (VARGAS GOVERNO PROVISÓRIO
 ASCENSÃO DO PARTIDO NAZIFACISTA
 DITADURA DE GETÚLIO EM 1937-1945
2ª GUERRA MUNDIAL
 BOMBA ATÔMICA (FINAL DA GUERRA FRIA)
ATENÇÃO!
 A geração de 30 não precisou ser
combativa como a de 22. Eles já
encontraram uma linguagem poética
modernista estruturada.
 O Modernismo já estava dinamicamente
incorporado
às
práticas
literárias
brasileiras, sendo assim os modernistas
de 30 estão mais voltados ao drama do
mundo e ao desconcerto do capitalismo.
ATENÇÃO!
NÃO FOI COMBATIVA, FOI
CONSTRUTIVA!
PREOCUPAÇÃO DE ASSUMIR UMA
POSTURA SÉRIA COM RELAÇÃO AO
MUNDO!
CARACTERÍSTICAS
 Iniciou com o livro Alguma Poesia, de Carlos
Drummond de Andrade.
 Aprofundou os ideais e propostas da 1ª fase.
 Verso livre.
 Poesia sintética.
 Questionamento da Realidade.
 Busca o “eu-indivíduo” e o seu “estar no
mundo”.
 Investigação do papel do artista.
 Metalinguagem.
Corrente mais intimista e espiritualizada.
Evidencia-se a fragilidade do Eu.
Autores da segunda geração
modernista – poesia 1930
Cecília Meireles
Mário Quintana
Murilo Mendes
Vinicius de Moraes
Carlos Drummond de Andrade
Jorge de Lima
CECÍLIA MEIRELES
Características:
• Escreve obras em poesia, prosa
e também traduções.
• Influência simbolista (neo-simbolismo).
• Uso de lirismo (TEMPO)
• Ceticismo e melancolia (solidão, saudade)
• Musicalidade como apoio para seus lamentos.
• Versos curtos e com ritmo.
• Jogo de imagens, sons e cores.
• Subjetivismo.
Corrente espiritualista do Modernismo.
IMPORTANTE, GENTE!
SONHO, FANTASIA
X
SOLIDÃO, PADECIMENTO
A realidade não é EXPLICADA, é VIVIDA
Linguagem simbólica, sugestiva
NEOSSIMBOLISTA
Figuras sensoriais
Transitoriedade da vida
Não se descuidou da métrica
Em “”Espectro” – forte influência simbolista
Em “Viagem” sua poesia tomou força
ATENÇÃO!
“Romanceiro da Inconfidência”
Resgate do romance - Redondilhas
ROMANCEIRO – Canto, Trovadores
Não se limita ao FATO, mas a coragem,
valentia, traição, sonhos...
ROMANCEIRO DA
INCONFIDÊNCIA
Pungia a Marília, a bela,
negro sonho atormentado:
voava seu corpo longe,
longe por alheio prado.
Procurava o amor perdido,
a antiga fala do amado.
Mas o oráculo dos sonhos
dizia a seu corpo alado:
“Ah, volta, volta, Marília,
tira-te desse cuidado,
que teu pastor não se lembra
de nenhum tempo passado...”
E ela, dormindo, gemia:
“Só se estivesse alienado!”
Entre lágrimas se erguia
seu claro rosto acordado.
Volvia os olhos em roda,
e logo, de cada lado,
piedosas vozes discretas
davam-lhe o mesmo recado:
“Não chores tanto, Marília,
por esse amor acabado:
que esperavas que fizesse
o teu pastor desgraçado,
tão distante, tão sozinho,
em tão lamentoso estado?”
A bela, porém, gemia:
“Só se estivesse alienado!”
(...)
Motivo
Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste :sou poeta.
Irmão das coisas fugidas,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,
Se permaneço ou me desfaço,
Não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
-mais nada.
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje, /
assim calmo, assim triste, assim
magro, / nem estes olhos tão
vazios, / nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, /
tão paradas e frias e mortas; / eu
não tinha este coração / que nem
se mostra.
Eu não dei por esta mudança, / tão
simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a
minha face?
Lua Adversa
Tenho fases,como a lua
fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Tenho fases de ser tua,
tenho outra de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
Seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as
mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão
molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus
dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um
navio...
MÁRIO QUINTANA
 RUA DOS CATAVENTOS - Melancolia, morte, solidão, infância e
amor, às vezes com um tom irônico.
 POÉTICA DESENCANTADA COM O MUNDO – É DIFÍCIL
DETECTAR AS CAUSAS DAS TRISTEZAS
 Linguagem vaga, imprecisa e rica
VERTENTE ESPIRITUAL – HERANÇA SIMBOLISTA DE CECÍLIA
 SUBJETIVISMO – INDIVIDUALISMO
POETA NÃO SE LIGA AO CONTEXTO, MAS AS COISAS AO SEU
REDOR
NÃO EXISTE PREOCUPAÇÃO SOCIAL
A RUA DOS CATAVENTOS
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um aí
A luz de um morto não se apaga nunca!
POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
HORROR
Com os seus OO de espanto, seus RR
guturais, seu hirto H, HORROR é uma palavra
de cabelos em pé, assustada da própria
significação.
A arte de viver
A arte de viver é simplesmente a arte de
conviver ... simplesmente, disse eu? Mas
como é difícil!
Cartaz para uma Feira do Livro
Os verdadeiros analfabetos são os que
aprenderam a ler e não leem.
Murilo Mendes
• Poema-piada, sátiras, temas político-sociais
• Humor e ironia como crítica
• Apesar de ser modernista, teve um estilo próprio,
aproximando-se do Surrealismo europeu.
• Explora os estados de consciência do ser humano
através do jogo de imagens.
• Poeta complexo de difícil interpretação.
LINHAS PARALELAS
Um presidente resolve
Construir uma boa escola
Numa vila bem distante.
Mas ninguém vai nessa escola:
Não tem estrada pra lá.
Depois ele resolveu
Construir uma estrada boa
Numa outra vila do Estado.
Ninguém se muda pra lá
Porque lá não tem escola
CANÇÃO DO
EXÍLIO
Minha terra tem macieiras
da Califórnia
onde cantam gaturamos
de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em
torres de ametista,
os sargentos do exército
são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos
vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os
pernilongos.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais
bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a
dúzia.
Ai quem me dera chupar
uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com
certidão de idade!
OS DOIS LADOS
Deste lado tem meu corpo
Tem o sonho
Tem a minha namorada na janela
Tem as ruas gritando de luzes e movimentos
Tem meu amor tão lento
Tem meu anjo da guarda
Que às vezes se esquece de me guardar
Tem o mundo batendo na minha memória
Tem o caminho pro trabalho.
Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida
Tem pensamento sérios me esperando na sala de visitas
Tem a minha noiva definitiva me esperando com flores na mão,
Tem a morte, as colunas da ordem e da desordem.
PERÍODO DE MUDANÇA!!!!
• CRISE METAFÍSICA
•
ARTE RELIGIOSA E FILOSÓFICA
CATOLICISMO
•
“Tempo e eternidade” – Jorge de Lima – movimento
religioso.
•
Logo após, fundem-se com o engajamento social
POEMA ESPIRITUAL
Eu me sinto um fragmento de Deus
Como sou um resto de raiz
Um pouco de água dos mares
O braço desgarrado de uma constelação.
A matéria pensa por ordem de Deus,
Transforma-se e evolui por ordem de Deus.
A matéria variada e bela
É uma das formas visíveis do invisível.
Cristo, dos filhos do homem és o perfeito.
Na Igreja há pernas, seios, ventres e cabelos
Em toda a parte, até nos altares.
Há grandes forças de matéria na terra no mar e no ar
Que se entrelaçam e se casam reproduzindo
Mil versões dos pensamentos divinos.
A matéria é forte e absoluta, sem ela não há poesia
VINÍCIUS DE MORAES
“POETINHA”
Características
• 1ª fase: Colégio Jesuítico
• Transcendental e místico
• Espiritualidade - NEOSSIMBOLISTA.
• Versos mais longos, melancólicos, linguagem complexa
• 2ª fase: “Cinco elegias”
• Proximidade com o mundo material
• Preocupação social
•
Linguagem coloquial, dia – mas...SONETO
• “3ª fase”
• Versos mais curtos; sonetos; às vezes um modelo
de Camões; versos decassílabos e alexandrinos.
• Dá vazão ao erotismo e lirismo – mais conhecido
• Não existe preconceitos ou tabus
• SAUDADE, PAIXÃO, DESEJO, SEPARAÇÃO
• No aspecto social, sua literatura aparece como
OPOSIÇÃO À VIOLÊNCIA
Contras as desigualdades da guerra
MÚSICAS A PARTIR DA DÉCADA DE 50
Soneto do amor total
Amo-te, meu amor... não cante
o humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
e te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
dentro da eternidade e a cada instante
Amo-te como um bicho, simplesmente,
de um amor sem mistério e sem virtude
com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde,
é que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
SONETO DE FIDELIDADE
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Carlos Drummond de Andrade
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Maior poeta do século XX.
Sua poesia pode ser dividida em 4 fases:
Irônica
Social
Metafísica
Retrospectiva
FASE IRÔNICA (GAUCHE)
 Semana de 22
 Desajustado com o mundo
 Ironia, coloquialismo, humor
 Isolamento
 Individualismo, SUBJETIVO
 Reflexão existencial
FASE SOCIAL
 Estado Novo e 2ª guerra mundial
 Problemas sociais – alienado na primeira fase
 “A rosa do povo”
FASE METAFÍSICA (FILOSÓFICA)
 A partir da década de 40, desencantou-se com os
problemas sociais.
Pessimismo
Preocupação formal, versos regulares
 Vida, morte, tempo, velhice, amor, infância, poesia
FASE RETROSPECTIVA
 Retorna a ironia e humor
 Aprofundam-se temas como a infância em Minas,
amor, morte, família, amigos.
 IRÔNICO, MAS POÉTICO
NO MEIO DO CAMINHO
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do
caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
POEMA DE SETE FACES
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu
coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo
NOSSO TEMPO
Esse é tempo de partido,
tempo de homens partidos.
Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra.
Visito os fatos, não te encontro.
Onde te ocultas, precária síntese,
penhor de meu sono, luz
dormindo acesa na varanda?
Miúdas certezas de empréstimos, nenhum beijo
sobe ao ombro para contar-me
a cidade dos homens completos (...)
Temas típicos
 O INDIVÍDUO – “Um eu todo retorcido”, desajeitado,
tímido, torturado.
 A TERRA NATAL – Relação com o lugar de origem.
 FAMÍLIA – O indivíduo interroga sem
sentimentalismo a família que existe dentro de si.
alegria
e
 OS AMIGOS – Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Charles
Chaplin, Machado de Assis.
 CHOQUE SOCIAL – O espaço social onde se expressa
o indivíduo e onde ele se limita frente os outros.
 O AMOR – Nada de romântico ou sentimental, o amor é
uma amarga forma de conhecimento dos outros e de si.
 A POESIA – Fazer poética está presente.
 POEMAS-PIADA – Jogo com palavras (inocência)
 EXISTÊNCIA – Questão do estar-no-mundo.
O indivíduo
A Bruxa
Nesta cidade do Rio,
estou sozinho no quarto
estou sozinho na |América,
Precisava de um amigo,
Desses calados, distantes,
Que lêem versos de Horácio
Mas secretamente influem
Na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
E a essa hora tardia
Como procurar amigo?
A TERRA NATAL
Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferros nas calçadas,
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e
comunicação.
A FAMÍLIA
Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
|Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a comprida história de Robinson Crusoé
Comprida história que não acaba mais.
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
JORGE DE LIMA
 Alagoano ligado à política
 Versos parnasianos – imaginário Surrealista
 Poesia social paralela a uma poesia religiosa
 Poesia social – Cor local
Menino branco – imagens de negros
Denúncias das desigualdades sociais
Essa negra Fulô!!
Ora, se deu que chegou
(isso já faz muito tempo)
no bangüê dum meu avô
uma negra bonitinha,
chamada negra Fulô.
Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!
Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
— Vai forrar a minha cama
pentear os meus cabelos,
vem ajudar a tirar
a minha roupa, Fulô!
Essa negra Fulô!
Essa negrinha Fulô!
ficou logo pra mucama
pra vigiar a Sinhá,
pra engomar pro Sinhô!
Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!
Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
vem me ajudar, ó Fulô,
vem abanar o meu corpo
que eu estou suada, Fulô!
vem coçar minha coceira,
vem me catar cafuné,
vem balançar minha rede,
vem me contar uma história,
que eu estou com sono, Fulô!
Essa negra Fulô!
A segunda Guerra Mundial, a
ditadura no país, as perseguições
políticas, entre inúmeros problemas,
acentuaram a preocupação com o ser
humano, no plano social e individual.
Temas principais: preocupação
social e política, espiritualidade,
metafísica, questionamento
existencial.
CULTURAL
REALIDADE SOCIAL
ESPIRITUAL
desejo
Literatura
Artes
2ª FASE DO MODERNISMO
A arte mergulhou fundo no tenso panorama
ideológico da época, buscando analisar as
contradições vividas pelo país e
representá-las pela linguagem estética.
A primeira fase do Modernismo, demolidora e
experimental, preparou terreno para este
segundo momento. A nova linguagem
dos modernistas já não chocava mais.
Produção literária do período:
PROSA
Diferentemente da primeira fase, em que
reinou a poesia, agora a prosa de ficção
ocupa lugar de maior destaque, sobretudo
pela estréia de muitos escritores.
Examinada em conjunto, a prosa divide-se em:
Prosa Regionalista
Prosa Urbana
Prosa Intimista
Prosa Regionalista
Busca de traços peculiares de nossa
Realidade, trazida pelos românticos.
Uso de uma linguagem muito mais
próxima à fala brasileira.
Influência das idéias socialistas.
A região nordeste, marcada por contrastes
sociais mais chocantes, forneceu material
para grande parte da prosa: seca, cangaço e
misticismo são motivações para essa fase.
Muito conhecida como “Literatura do Nordeste”.
Prosa Regionalista
OBRA INAUGURAL
“A bagaceira” de José
Américo de Almeida,
publicada em 1928.
IMPORTANTES
REGIONALISTAS
Graciliano Ramos
Rachel de Queiroz
José Lins do Rego
Jorge Amado
Prosa Urbana
As grandes cidades, com seus tipos e
problemas característicos,
seriam a temática de Érico Veríssimo –
pelo menos no começo
de sua carreira, e
de Marques Rabelo,
entre outros.
Prosa Intimista
Novidade surgida na segunda fase
do Modernismo.
A teoria psicanalítica de Freud extensamente
divulgada, incorporando as sugestões de
psicanálise em que alguns autores preocupam-se
em desvendar o mundo interior de suas personagens,
analisando angústias e conflitos internos.
Também chamada “prosa de
sondagem psicológica”.
Prosa Intimista
PRINCIPAIS AUTORES
Cornélio Pena (Fronteira)
Lúcio Cardoso
Otávio de Faria
Dyonélio Machado
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2ª fase