2º Encontro Internacional Urbanização Dispersa e Mudanças no Tecido Urbano Urbanização Dispersa em Sorocaba Prof. Dr. Arq. Aurílio Caiado Prof. Ms. Arq. Teresa Debrassi Prof. Ms. Arq. Sandra Lanças 13 de Novembro de 2007 Estruturação Urbana A Estruturação Socioespacial de Sorocaba passou por distintas fases, sendo as principais: • Constituição: Período Histórico: da fundação (1654) até o ciclo algodoeiro, no Século XIX. • Estruturação: Período Algodoeiro/Têxtil: do Século XIX até 1929; • Consolidação/Transição: Têxtil – Indústria Pesada: 1930 a 1970. Início da Dispersão • Arrebentação: Período da Interiorização do Desenvolvimento (Ind. Pesada). 1970 – 1990 • Metropolização: pós 1990. Estruturação Urbana Estruturação: Ciclo Algodoeiro e Têxtil A Manchester paulista Sorocaba e Itu: primeiras áreas de cultura do algodão para exportação no estado (meados do séc. XIX) contribuindo para a implantação do ciclo têxtil regional. • 1857: Inaugurada a 1ª fábrica de tecidos de Sorocaba. • 1875: inaugurada a ferrovia da Cia. Sorocabana • Principais Fábricas de Tecidos: • 1882: Nossa Senhora da Ponte, • 1896: Santa Rosália e a Santa Maria. Estruturação Urbana Estruturação: Ciclo Algodoeiro e Têxtil A Manchester paulista Final dos anos 20, a região tinha 164 estabelecimentos industriais; Segunda concentração operária do estado: • 17.494 operários (13% do total estadual) • 22% da mão-de-obra do setor têxtil estadual, • 14.319 operários e 19 fábricas têxteis de porte • 10,4% do capital industrial; Campinas, no mesmo período concentrava 8,5% dos trabalhadores e 9,2% do capital industrial estadual. Estruturação Urbana Estruturação: Ciclo Algodoeiro e Têxtil A Manchester paulista No município de Sorocaba estavam instaladas as maiores fábricas, tais como a fiação e tecelagem Votorantim (a maior do estado) e a Companhia Nacional de Estamparia (CIANÊ) com duas unidades, Santa Rosália, Nossa Senhora da Ponte e Santa Maria, dentre outras. Estruturação Urbana Estruturação: Ciclo Algodoeiro e Têxtil A Manchester paulista Principal Característica da Urbanização do Período: O Capital Industrial atuava no Mercado Imobiliário As Indústrias exerciam forte contribuição para a urbanização, construindo vilas operárias e mesmo bairros inteiros. Estruturação Urbana Exemplo de Intervenção Urbana do Capital Industrial Jardim Santa Rosália Foi um dos empreendimentos imobiliários mais avançados da cidade, à sua época. As casas foram construídas pela Cianê em áreas de sua propriedade, com arruamento, iluminação, redes de água e esgoto e pavimentação asfáltica em todas as vias – numa época em que as melhores ruas da cidade ainda eram pavimentadas com paralelepípedos. Numa das fotos, o trecho inicial da avenida Pereira da Silva, junto à rua Aparecida; na outra, uma visão geral das obras de construção, a partir da ponte sobre o rio Sorocaba, vendo-se ainda as obras de retificação daquele curso d’água e, ao fundo, a rua Aparecida. Praça e Escola do Senai Hospital Estruturação Urbana Consolidação/Transição: Transição Têxtil – Indústria Pesada: 1930 a 1970. Início da Dispersão Pós 1929: A Produção Industrial Perde Dinamismo Sorocaba perdeu dinamismo econômico e cedeu posição relativa para as regiões de Campinas e Ribeirão Preto que conseguiram integrar-se de forma mais adequada ao novo período. Estruturação Urbana A indústria sorocabana cresceu a taxas inferiores à média estadual, reduzindo seu peso industrial relativo. Valor de sua produção industrial: 1928 = 10,4% do total estadual 1940 = 5,5% do total estadual 1950 = 3,9% do total estadual 1960 = 3,0% da produção industrial do estado. Pessoal Ocupado na Indústria de Transformação (%): 1928 = 12,64% do total estadual 1937 = 8,57% 1940 = 7,73% 1950 = 6,37% 1960 = 4,85% dos trabalhadores paulistas. Estruturação Urbana Apesar do Baixo Dinamismo Econômico a População Cresce e a Cidade se Expande Crescimento Demográfico do Período 1920 = 43.323 habitantes 1940 = 70.299 habitantes 1950 = 93.928 habitantes 1960 = 136.271 habitantes Estruturação Urbana Novas Indústrias se Instalam na Cidade, já em fase de transição. Metalúrgica Nossa Senhora Aparecida Atual Villares Fundada de 1937 1948: Instalação da Votocel e da sua Vila Operária em Votorantim, então um Distrito de Sorocaba e principal área industrial. Estruturação Urbana Votorantim A urbanização de Votorantim se desenvolveu nas duas vertentes do córrego Cubatão e do Rio Sorocaba e ao longo da Estrada de Ferro Votorantim. Esses obstáculos físicos e os estreitos vínculos com Sorocaba determinaram uma mancha urbana com descontinuidades acentuadas e pouca integração entre os bairros existentes. Estruturação Urbana Votorantim: Mesmo antes da emancipação, em 1964, a mancha urbana já estava tocando a divisa, próximo à Rodovia Raposo Tavares. De fato, a autonomia de Votorantim representou uma secção do tecido urbano de Sorocaba. Estruturação Urbana Sorocaba: Distintamente de Votorantim, Sorocaba caracterizava-se por ter uma mancha urbana rica em opções viárias, por apresentar densidade ocupacional relativamente homogênea e, principalmente, por possuir poucas descontinuidades na malha viária. A construção da Rodovia Raposo Tavares (1951) foi um grande fator indutor da expansão da mancha urbana de Sorocaba para o sul, reforçando o vetor que apontava para a integração de Votorantim à malha urbana contínua. Estruturação Urbana Sorocaba: Nos anos 60 a expansão da mancha urbana se intensificou para a Região Norte da cidade, no Além Linha, ocupando grandes áreas entre as avenidas Itavuvu e Ipanema e o Rio Sorocaba. Estruturação Urbana Arrebentação do Padrão de Urbanização: Período da Interiorização do Desenvolvimento (Ind. Pesada). 1970 – 1990 Década de Setenta: Intensificação do Processo de industrialização (II PND) e de expansão Urbana. Fator Indutor: Inauguração da Rodovia Castelo Branco (1968) e da Rod. José Ermírio de Moraes Estruturação Urbana Arrebentação do Padrão de Urbanização : Período da Interiorização do Desenvolvimento (Ind. Pesada). 1970 – 1990 A cidade cresceu em todas as direções, especialmente para o Norte. Os principais corredores comerciais expandiram-se a partir do centro pelas principais vias radiais ao núcleo central, que iniciou processo de renovação urbana, pela verticalização. Consolida-se a estrutura viária radio-concêntrica. Arrebentação do Padrão de Urbanização Período da Interiorização do Desenvolvimento (Ind. Pesada). 1970 – 1990 Houve acelerada expansão física da mancha urbana com grande incorporação de novas glebas ao uso urbano sem que as áreas já urbanizadas tivessem atingido densidade de ocupação elevada. Fraca Articulação Interna do Capital Imobiliário, com predomínio de atuação individual e baixo estoque de capital. O Capital Imobiliário foi constituído a partir do capital fundiário local. Arrebentação Urbanização do Padrão de Período da Interiorização do Desenvolvimento (Ind. Pesada). 1970 – 1990 Predomínio do capital imobiliário regional atuante no mercado de terras. Mercado de Construção Civil relativamente menos estruturado. Dentre as principais aglomerações urbanas regionais, Sorocaba era a que apresentava maior área com densidade baixa ou rarefeita (Nesur/IEUnicamp, 1992) Arrebentação do Padrão de Urbanização Período da Interiorização do Desenvolvimento (Ind. Pesada). 1970 – 1990 Entre 1974 e 1980 a mancha urbana cresceu 64% (Nesur/IE-Unicamp, 1992) Crescimento Demográfico do Período 1970 = 174.323 habitantes 1980 = 268.396 habitantes 1990 = 376.513 habitantes As regiões que mais cresceram foram a Leste da mancha urbana, nos distritos do Eden, de Aparecidinha e Cajuru, regiões industriais e de loteamentos populares. Metropolização: pós 1990 Conurbação com Itú = década de 90 – eixo Castelo Branco 2002: Duplicação da Raposo Tavares = Novo eixo de expansão urbana, no sentido de Araçoiaba 2000 = 492.245 habitantes 2006 = 572.959 habitantes Aglomeração Urbana de Sorocaba = 1 Milhão de habitantes Metropolização: pós 1990 Aglomeração Urbana de Sorocaba Um Milhão de habitantes Araçoiaba da Serra, Alumínio, Iperó, Itu, Mairinque, Piedade, Salto, Salto de Pirapora, São Roque, Sorocaba, Votorantim