UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA Departamento de Ciências Exatas e Naturais Curso: Engenharia Ambiental Disciplina: Instrumentação Aplicada INTRODUÇÃO • INSTRUMENTAÇÃO é a ciência que aplica e desenvolve técnicas para adequação de instrumentos de medição, transmissão, indicação, registro e controle de variáveis físicas em equipamentos nos processos industriais. INTRODUÇÃO • Nas indústrias de processos tais como siderúrgica, petroquímica, alimentícia, papel, etc.; a instrumentação é responsável pelo rendimento máximo de um processo, fazendo com que toda energia cedida, seja transformada em trabalho na elaboração do produto desejado. As principais grandezas que traduzem transferências de energia no processo são: PRESSÃO, NÍVEL, VAZÃO, TEMPERATURA; as quais denominamos de variáveis de um processo. INTRODUÇÃO • Á Teoria da Informação é o campo da matemática que lida com a transferência de informação de um local para outro e com o armazenamento de informação para posterior uso. • Pode ser vista como o passar de informação através de um canal de uma fonte para um receptor • Lida com: INTRODUÇÃO • – Fiabilidade (detecção e remoção de erros causados por ruído no canal) • – Eficiência • – Segurança • Trata-se de Área científica criada por Claude Shannon em 1948 cujo objetivo principal e : INTRODUÇÃO • Descobrir as leis que regulam os sistemas utilizados para comunicar e manipular a informação; procurar os limites superiores para utilização de um canal de informação • • Em particular procurar técnicas para: • – Para utilizar o mais eficazmente possível os sistemas de comunicação e armazenamento de informação – codificação/compressão da informação • – Para utilizar com fiabilidade e segurança um dado canal de comunicação – técnicas e códigos para a detecção e correção de erros, criptografia. INTRODUÇÃO • O estudo de um sistema de comunicações digitais envolve dois aspectos cruciais: • 1. a eficiência da representação da informação gerada pela fonte; • 2. a taxa de transmissão à qual é possível enviar a informação com fiabilidade através de um canal ruidoso. INTRODUÇÃO • A teoria da informação estabelece os limites fundamentais associados às questões acima referidas. A saber: • I. o número mínimo de unidades de informação binária (bit) por símbolo necessário para representar completamente a fonte; • II. o valor máximo da taxa de transmissão que garante fiabilidade da comunicação através de um canal ruidoso. PROCESSAMENTO DE SINAIS • O Processamento de Sinais consiste na análise e/ou modificação de sinais de forma a extrair informações dos mesmos e/ou torná-los mais apropriados para alguma aplicação específica. O processamento de sinais pode ser feito de forma analógica ou digital. Os objeto de interesse do processamento de sinais podem incluir sons, imagens, séries temporais, sinais de telecomunicações, como sinais de rádio e muitos outros. PROCESSAMENTO DE SINAIS • Hoje em dia existem diversos dispositivos que podem ser usados no processamento digital de sinais, como DSPs (os mais rápidos e versáteis), microcontroladores e FPGAs. PROCESSAMENTO DE SINAIS • O Processamento Digital de Sinais ou PDS (também chamado de DSP, do inglês, Digital Signal Processing) possui diversas técnicas computacionais que podem ser utilizadas diretamente em um sistema computacional baseado no IBM-PC padrão, sem necessitar do uso de equipamentos de hardware específicos como FPGAs ou microcontroladores. As transformadas Matemáticas como Fourier e Wavelets são exemplos deste tipo de processamento. PROCESSAMENTO DE SINAIS • As técnicas de processamento de sinais podem ser de muita utilidade no controle e análise de sistemas físicos de interesse dos mais diversos pesquisadores, não só engenheiros electrotécnicos, como engenheiros mecânicos, químicos e físicos. Atualmente, técnicas de processamento de sinais também têm atraído muito a atenção de profissionais de outras áreas como economia, biologia, saúde e os profissionais que conseguem integrar tanto a área da saúde quanto da informática os informatas biomédicos. CODIFICAÇÃO • Em processamento digital de sinais, Codificação significa a modificação de características de um sinal para torná-lo mais apropriado para uma aplicação específica, como por exemplo transmissão ou armazenamento de dados. CODIFICAÇÃO • Neste contexto, existem três tipos de codificação: • Codificação de canal: Códigos detectores ou corretores de erros. • Codificação de fonte: Criptografia e compressão de dados. • Códigos de linha: Especificam a forma do sinal elétrico que será usado para representar os símbolos de informação. No caso binário, especifica o sinal elétrico dos bits 1 e 0. TÉCNICAS DE CODIFICAÇÃO DE SINAIS DIGITAIS • No que diz respeito às principais técnicas de codificação, podemos dividí-las em 3: • Non Return to Zero (NRZ): Existem dois níveis de tensão ou corrente, para representar os dois símbolos digitais (0 e 1). É a forma mais simples de codificação e consiste em associar um nível de tensão a cada bit: um bit 1 será codificado sob a forma de uma tensão elevada e um bit 0 sob a forma de uma tensão baixa ou nula (Figura 1). TÉCNICAS DE CODIFICAÇÃO DE SINAIS DIGITAIS • Figura 1. Exemplo de codificação NRZ TÉCNICAS DE CODIFICAÇÃO DE SINAIS DIGITAIS • Return to Zero (RZ): Na codificação RZ o nível de tensão ou corrente retorna sempre ao nível zero após uma transição provocada pelos dados a transmitir (a meio da transmissão do bit). Geralmente um bit 1 é representado por um nível elevado, mas a meio da transmissão do bit o nível retorna a zero (Figura 2). TÉCNICAS DE CODIFICAÇÃO DE SINAIS DIGITAIS • Figura 2. Exemplo de codificação RZ TÉCNICAS DE CODIFICAÇÃO DE SINAIS DIGITAIS • Diferenciais: Neste tipo de codificação, os 0 e 1 são representados através de uma alteração do estado da tensão ou corrente. Assim, o valor 1 é representado pela passagem de uma tensão ou corrente baixa/nula para uma tensão ou corrente elevada. O valor 0 é o contrário, ou seja, passa-se de uma tensão ou corrente elevada para outra baixa/nula. TÉCNICAS DE CODIFICAÇÃO DE SINAIS DIGITAIS TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Transmissão de dados • O modo como os dados são transmitidos ao longo dos canais de transmissão. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • 1. Transmissão em paralelo e em série • Os dados a transmitir ao longo de uma rede são emitidos sob a forma de sinais elétricos. Esses sinais apresentam uma propriedade inerente, que é a tensão elécrica. Como os sistemas informáticos entendem a linguagem binária, 0 ou 1, tem de ser feita uma associação, uma correspondência entre as tensões e os códigos binários. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Os protocolos estão, em geral, definidos por normas internacionais (por exemplo, a norma RS 232) que estabelecem as relações entre os bits e os níveis de tensão elétrica para o formato dos dados a transmitir e para o débito de transmissão de bits por unidade de tempo. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • A figura abaixo ilustra de que modo se transmite uma sequência de bits entre dois dispositivos PC1 e PC2 pelo modo série. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Assim, os bits são representados por impulsos retangulares, como mostra a figura acima, em que o valor '1' corresponde a um certo nível de tensão elétrica e o valor '0' a outro nível, sendo estes definidos pela norma utilizada. • Quando a transmissão esta em repouso, o impulso esta no nível correspondente ao valor 1 TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Quando um dispositivo começa a transmissão é enviado um primeiro bit de controle, a que se dá o nome de start bit, que indica o início de uma transmissão TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Depois do start bit são transmitidos os bits do caráter a enviar, seguidos de um bit de paridade e de 1 a 2 bits de stop, que indicam o fim da transmissão. • A Paridade é o método mais antigo, é somente capaz de identificar alterações nos dados depositados nas memórias, sem condições porém de fazer qualquer tipo de correção. • A paridade consiste na adição de mais um bit para cada byte de memória, que passa a ter 9 bits, tendo o último a função de diagnosticar erros nos dados. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • O bit de paridade, permite uma detecção elementar de erros na transmissão que ocorram num dos bits do byte enviado. Uma solução é acrescentar-se informação. • O uso da paridade não torna o computador mais lento, uma vez que os circuitos responsáveis pela verificação dos dados são independentes do restante sistema. O seu único efeito colateral é o aumento de preço das memórias, que ao invés de 8 bits por byte, passam a ter 9,tornando-se cerca de 12% mais caras. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Transmissão em paralelo • Na transmissão em paralelo são enviados vários bits ao mesmo tempo, um por cada fio condutor. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • A ligação paralela dos computadores de tipo PC necessita geralmente 10 fios. • Já que a maior parte dos processadores trata as informações de maneira paralela, é importante tratar-se de transformar dados que chegam de maneira paralela em dados em série a nível do emissor, e contrariamente a nível do receptor. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Estas operações são realizadas graças a um controlador de comunicação (na maior parte do tempo • Um chip UART (Universal Asynchronous Receiver Transmitter), controlador de comunicação funciona da maneira seguinte: TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • A transformação paralelo-série faz-se graças a um registro de defasagem. O registo de defasagem permite, graças a um relógio, deslocar o registro (o conjunto dos dados presentes em paralelo) para uma posição à esquerda, e seguidamente emitir a bit de peso forte (a mais à esquerda) e assim sucessivamente TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • TRANSMISSÃO SIMPLEX, HALFDUPLEX E FULLDUPLEX • O transporte de informação e de dados ao longo de canais de comunicação pressupõe a existência de, pelo menos, um emissor e um receptor. A comunicação entre emissores e receptores pode ocorrer de três formas, tendo em conta a direcionalidade e a simultaneidade: Simplex; Halfduplex; Fullduplex. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • A ligação simplex caracteriza uma ligação na qual os dados circulam num só um sentido, ou seja do emissor para o receptor. Este tipo de ligação é útil quando os dados não têm necessidade de circular nos dois sentidos (por exemplo, do seu computador para a impressora ou do mause para o computador…). TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • A ligação half-duplex (às vezes chamada ligação de alternância ou semi-duplex) caracteriza uma ligação na qual os dados circulam num sentido ou no outro, mas não os dois simultaneamente. Assim, com este tipo de ligação, cada extremidade da ligação emite por sua vez. Este tipo de ligação permite ter uma ligação bidiretiva que utiliza a capacidade total da linha. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • A ligação full-duplex (chamada também duplex integral) caracteriza uma ligação na qual os dados circulam de maneira bidiretiva e simultaneamente. Assim, cada extremidade da linha pode emitir e receber ao mesmo tempo, o que significa que a banda concorrida está dividida por dois para cada sentido de emissão dos dados, se um mesmo suporte de transmissão for utilizado para as duas transmissões. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • TRANSMISSÃO POR DIFUSÃO E PONTO A PONTO • Se analisarmos a transmissão de dados quanta ao número de destinatários, podemos ter três formas diferentes de a fazer: difusão Multicast; difusão Broadcast; ponto a ponto. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • TRANSMISSÃO EM BASEBAND E EM BROADBAND • Para transmitir dados através dos cabos utilizam-se duas técnicas: Transmissão em banda base – baseband; Transmissão em banda larga- broadband TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • TRANSMISSÃO SÍNCRONA E ASSÍNCRONA • Numa transmissão em série, por exemplo, os bits chegam um de cada vez. • O equipamento receptor devera saber quais dos bits recebidos correspondem à mensagem e quais correspondem a bits de controlo. Para isso é necessário que exista sincronização entre o equipamento emissor e o equipamento receptor. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Existem duas técnicas de fazer sincronização: • Transmissão síncrona neste caso, a informação do clock segue na própria transmissão. Assim, numa transmissão em série síncrona, são transmitidos os bits do segundo caracter logo a seguir aos bits do primeiro caracter o conjunto de caracteres que formam uma mensagem é dividido em blocos cujo tamanho pode variar. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Este tipo de transmissão, na qual emissor e receptor são sincronizados pelo mesmo relógio. O receptor recebe continuamente (mesmo quando nenhum bit é transmitido) as informações ao ritmo em que o emissor as envia. É por isso é necessário que emissor e receptor estejam sincronizados à mesma velocidade. Além disso, informações suplementares são inseridas para garantir a ausência de erros a quando da transmissão. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Quando ocorre uma transmissão sincrônica, os bits são enviadas de maneira sucessiva sem separação entre cada caracter, é por conseguinte necessário inserir elementos de sincronização, fala-se então de sincronização ao nível caracter. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • O principal inconveniente da transmissão síncrona é o reconhecimento das informações a nível do receptor, porque podem existir diferenças entre os relógios do emissor e o receptor. É por isso que cada envio de dados deve fazer-se num período bastante longo de modo a que o receptor o distinga. Assim, a velocidade de transmissão não pode ser muito elevada numa ligação sincrônica. TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Transmissão assíncrona neste caso, a sincronização e alcançada utilizando na transmissão sinais de start e de stop da mensagem. Numa transmissão de série assíncrona, antes dos bits de um caracter existe um bit de start e no fim desses bits um ou dois bits de stop TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Na ligação assíncrona, na qual cada caracter é emitido de maneira irregular no tempo (por exemplo, um usuário que envia em tempo real caracteres introduzidos no teclado). Assim, imaginemos que só um bit é transmitido durante um longo período de silêncio… o receptor não poderia saber quando se trata de 00010000, ou 10000000 ou ainda 00000100… TRANSMISSÃO DE SINAIS DIGITAIS • Para remediar este problema, cada caracter é precedido de uma informação que indica o início da transmissão do caracter (a informação de início de emissão chama-se bit START) e termina com o envio de uma informação de fim de transmissão (chamada bit STOP, pode eventualmente haver vários bits STOPS. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS TRANSMISSÕES DE DADOS • As formas físicas que os dados podem assumir numa transmissão. • 1. Sinais digitais e analógicos • Como sabemos, os dados que são transportados ao longo de um canal de comunicação estão como que embutidos em sinais elétricos. Esses sinais podem assumir a forma de sinais: digital; analógico. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS TRANSMISSÕES DE DADOS • Sinal digital CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS TRANSMISSÕES DE DADOS • Sinal analógico CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • A codificação é necessária para converter sinais digitais segundo formatos necessários à transmissão e, principalmente, incluído no sinal digital, o sincronismo de clock, indispensável para a transmissão síncrona. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • A encriptação consiste na codificação de uma mensagem, para garantir que não seja lida diretamente por qualquer pessoa que não conheça as chaves de encriptação. Estas chaves de encriptação são as que permitem a codificação e descodificação da mensagem. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • MODULAÇÃO • Um sinal analógico pode ter um comportamento no qual apresenta infinitos valores de amplitude e de frequência. Esta característica é muito explorada pelos sistemas de rádio e de televisão. Para garantir que a transmissão analógica ocorra de modo mais uniforme, utiliza-se a modulação. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • MODULAÇÃO • Modulação é o processo pelo qual uma onda portadora (sinal elétrico que vai transportar a informação) analógica pode ser alterada, de modo que consiga um padrão uniforme para a transmissão de dados. Existem três tipos de modulação: CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • MODULAÇÃO • Modulação por amplitude (AM) a amplitude da onda portadora varia de acordo com o sinal a ser transmitido. • Modulação por frequência (FM ) a frequência da onda portadora varia de acordo com o sinal a ser transmitido. • Modulação em Fase (PM) :- Baseia-se na alteração da fase da onde portadora. Sempre que existe uma transmissão existe uma reversão do sentido da onda, ou seja sentido contrario do bit anterior. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • TAXAS DE TRANSMISSÃO • A taxa de transmissão indica o número de bits que são transmitidos pelo canal de transmissão, por segundo. Esta grandeza tem como unidade bps (bit por segundo). • A taxa de transmissão depende de dois fatores: • O meio de transmissão utilizado (tipo e comprimento do cabo) e o tráfego na rede (quantos mais computadores estiverem, num determinado momento, em comunicação, mais lento será o transporte dos bits, logo, mais baixa será a taxa de transmissão). CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • LARGURA DE BANDA • A largura de banda de um canal é definida como a diferença entre a mais alta e a mais baixa frequência que o canal pode realmente transmitir. Quanto maior for a largura de banda, mais informação o canal pode transmitir. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • LARGURA DE BANDA • Podemos fazer uma analogia entre a largura de banda de um meio de transmissão e um cano de água. Quanto maior o diâmetro interno do tubo, mais água poderá passar por ele. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • A largura é limitada, essencialmente, por dois elementos: • Pelo meio físico de transmissão, dado que cada meio tem a sua frequência máxima de transmissão; • Pelos dispositivos de rede, porque estes também apresentam taxas de erro próprias. Se um determinado condutor apresenta uma elevada taxa de erro, somos obrigados a colocar um overhead muito grande de controlo de erros juntamente com os bit a transmitir. Isto faz com que a velocidade de transmissão e a largura de banda sejam reduzidas. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • MULTIPLEXAGEM • É uma técnica utilizada para que, pelo mesmo canal de comunicação, possam circular transmissões diferentes. A multiplexagem representa uma otimização da infraestrutura física das redes. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • MULTIPLEXAGEM • Os multiplexadores (multiplexers) são os equipamentos de comunicação responsáveis por combinar sinais diferentes num único canal de transmissão. Eles também executam a função inversa, chamada desmultiplexagem, que consiste em receber os sinais misturados de um único canal e separá-losnovamente. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • MULTIPLEXAGEM • Com a multiplexagem é possível reduzir enormemente os investimentos em meios físicos de transmissão. • Um exemplo atual desta técnica é o acesso ADSL. Neste caso, os sinais de voz e de dados circulam pelo mesmo cabo de cobre. • Existem três técnicas de multiplexagem: CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • FDM (Frequency Division M ultiplexing) multiplexagem por divisão de frequência é baseada na divisão do meio em vários. Portanto, consiste em fazer passar por um mesmo cabo sinais de frequências diferentes. • Um exemplo deste tipo de multiplexagem é o da TV por cabo, no qual as operadoras colocam as várias frequências dos seus canais num mesmo cabo coaxial. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • TDM (Time Division Multiplexing) multiplexagem por divisão de tempo é baseada na divisão do tempo de transmissão do canal em pequenas partes (slots). O canal fica, assim, reservado para cada emissor durante um certo intervalo de tempo. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • STDM (Statistical Time Division M ultiplexing) multiplexagem por divisão de tempo que aproveita o fato de os utilizadores não transmitirem (não utilizarem o meio) durante 10 a 30% do tempo, e usa essa banda livre para enviar dados de outro slot . Não há desperdício de banda, como ocorre com o TDM puro. CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO CODIFICAÇÃO E ENCRIPTAÇÃO • DEGENERAÇÃO DOS SINAIS • Os sinais analógicos e digitais transmitidos no meio de comunicação estão sujeitos a diversos fenômenos físicos que os degeneram, gerando erros na transmissão. Os principais fenômenos que afetam os meios e a qualidade da transmissão são: Atenuação; Distorção; Interferência; Ruído. CODIFICAÇÃO DE CANAL • Em comunicação, canal (por vezes designado por canal de comunicação) designa o meio usado para transportar uma mensagem do emissor ao receptor. • Em matemática, ciência da computação, telecomunicações, engenharia elétrica, estatística e teoria da informação, chama-se Codificação de Canal, ou Detecção e Correção de Erros à codificação de sinais de informação com o objetivo de diminuir a taxa de erro de símbolo e/ou de bit durante a transmissão dos mesmos através de um canal de comunicação. Assim, trata-se do estudo dos códigos detectores e corretores de erros. CODIFICAÇÃO DE CANAL • O estudo de códigos corretores de erros iniciouse na década de 19401 , específicamente no ano de 19482 em um trabalho publicado por Claude E. Shannon. • Pode-se comprovar a presença dos códigos corretores de erro em diversas situações do cotidiano, como por exemplo quando se assiste a um programa de televisão, se ouve música a partir de um CD, se faz um telefonema, se assiste um filme gravado em DVD, ou se navega pela internet . CODIFICAÇÃO DE CANAL • Devido às imperfeições e ruído no canal, toda comunicação está sujeita a erros. Sendo assim, uma determinada sequência de dados pode ser enviada pelo transmissor e outra ser recebida pelo receptor. A Figura 3 ilustra a ocorrência de um erro no processo de comunicação: a parte de cima da figura representa os bits transmitidos e a de baixo, os bits recebidos. Os bits em destaque, na parte de baixo, indicam os erros ocorridos. CODIFICAÇÃO DE CANAL • Figura 3 - Erros no processo de comunicação causados por ruídos e imperfeições do canal. CODIFICAÇÃO DE CANAL • A codificação de canal tem por objetivo corrigir os erros de transmissão, por meio de códigos especiais denominados de códigos de detecção e/ou correção de erros. CODIFICAÇÃO DE CANAL • Basicamente, há duas formas de corrigir os erros: detecção do erro no receptor e correção por retransmissão, denominado de sistemas ARQ (Automatic Repeat Request), e correção automática no receptor, denominado de sistemas FEC (Forward Error Correction). Em ambas as soluções, há necessidade de se transmitir, em adição à mensagem, bits de redundância que serão utilizados no receptor para detectar ou corrigir os eventuais erros. CODIFICAÇÃO DE CANAL • A forma como reagir aos erros depende do tipo de aplicação. Na grande maioria das aplicações de comunicação de dados, eles são intoleráveis e devem ser corrigidos (por exemplo, imagine um erro ocorrendo em uma transação de automação bancária de transferência de fundos). A forma mais segura de fazer isso é utilizar um sistema ARQ. CODIFICAÇÃO DE CANAL • Em alguns sistemas de comunicação de voz e vídeo em tempo real, é melhor conviver com o erro do que gastar tempo tentando corrigi-lo. Logo, nestes sistemas, a utilização de ARQ pode ser um problema e a solução mais comum é utilizar FEC para correção ou simplesmente conviver com os erros que porventura ocorrerem. CODIFICAÇÃO DE CANAL • O uso de FEC também é comum em sistemas em que o tempo de propagação é muito alto, como os sistemas de comunicação por satélite geoestacionário, e em sistemas com taxa de transmissão muito alta, como os sistemas terrestres de rádio digital de alta capacidade. CODIFICAÇÃO DE CANAL • A Figura 4 ilustra a ideia básica do processo de codificação de canal para controle de erro: utilizando um algoritmo de codificação, bits de paridade (P) são calculados com base nos bits de dados (D) e transmitidos juntamente com os dados. Sem Erro ou Erro Não Detectado Erro Detectado D P’ = P* ? não P* Algoritmo P Ruído D D P Canal Figura 4 - Processo de codificação para controle de erro. Algoritmo D’ P’ CODIFICAÇÃO DE CANAL • O canal de comunicação pode alterar estes bits e, portanto, os bits recebidos (P’ e D’) podem diferir dos transmitidos; o decodificador utiliza o mesmo algoritmo de codificação e, com base nos bits D’, calcula os bits de paridade (P*); os bits de paridade calculados no receptor são comparados com os bits de paridade recebidos (P’); se eles forem iguais (P’ = P*), não há erro detectável; se eles forem diferentes (P’ ≠ P*), há erro detectável. CODIFICAÇÃO DE CANAL • Se a técnica de correção for do tipo ARQ, o bloco de dados é descartado e uma retransmissão é solicitada. Se a técnica é do tipo FEC, o passo seguinte é determinar quais bits estão errados e providenciar a inversão deles, corrigindo os erros. CODIFICAÇÃO DE CANAL • Na nomenclatura usualmente utilizada no estudo dos códigos, a letra k representa o número de bits de dados (D) e a letra n representa o número total de bits, dados mais paridade. Logo, o número de bits de paridade (P) é n – k. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • O código mais simples para detecção de erro é o código de paridade simples. Neste, um bit de paridade é acrescentado aos de informação, de modo que o número total de bits 1s, incluindo o bit de paridade, seja um número par, se estivermos utilizando paridade par, ou um número ímpar, se estivermos utilizando paridade ímpar. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • Para paridade par, outra forma de descrever o processo de codificação é o seguinte: os bits de informação são adicionados (operação em módulo 2, que equivale a uma operação ouexclusivo) e o resultado é colocado na posição do bit de paridade. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • A Figura 5 ilustra a codificação com paridade simples, considerando paridade par, para um código com k = 7 e n = 8. Em todo o restante do texto, assumiremos o uso de paridade par. CODIFICAÇÃO DE CANAL • Figura 5 - Codificação com paridade par. bits de dados bit de paridade 0101110 0 CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • A decodificação é feita, simplesmente, verificando se o número total de bits 1s recebidos é um número par, ou se a soma em módulo 2 dos bits recebidos, incluindo o bit de paridade, é zero. Todos os erros que afetam um número ímpar de bits podem ser detectados e todos os erros que afetam um número par de bits não podem ser detectados. A Figura 6 ilustra os dois casos. CODIFICAÇÃO DE CANAL bits de dados bit de paridade 0101110 0 sequência transmitida 0100110 0 seq. recebida com erro detectável 1100110 0 seq. recebida com erro não-detectável • Figura 6 - Decodificação com paridade simples. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • Considerando um canal sem memória, no qual a probabilidade de erro de bit é igual para todos os bits do pacote e independe se o bit anterior chegou certo ou errado, o número de bits errados em um bloco segue uma distribuição binomial. Portanto, considerando um bloco com k bits de informação e n = k + 1 bits no total, a probabilidade de um bloco ser recebido com erro não-detectável pode ser calculada por: CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • onde p é a probabilidade de erro de bit no canal. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • Exemplo 1. Em uma rede de comunicação cada símbolo da fonte é representado por 7 bits e transmitido individualmente utilizando um bit de paridade para a detecção de erro. A taxa de erro de bit no canal é p = 10-3. Calcule a probabilidade de um erro não ser detectado em um dado símbolo transmitido. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • Solução • Utilizando a expressão (1), a probabilidade do erro não ser detectado é dada por: • Substituindo p = 10-3, temos Pnd = 2,78 x 10-5. Ou seja, a cada 35.929 símbolos transmitidos, em média, um símbolo conterá um erro que não pode ser detectado pelo decodificador. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • A questão agora é: este número é grande ou pequeno? Para ajudar a responder a pergunta acima, vamos fazer alguns exercícios. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • Inicialmente, imagine que o arquivo contendo as páginas desta apostila estivesse sendo transmitido da minha casa para a UESB utilizando este canal de comunicação. Tomando com base a primeira página deste capítulo, que possui em torno de 2.000 símbolos, a impressão final do livro teria, em média, um símbolo errado a cada 18 páginas devido apenas aos erros de transmissão não detectados. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • A maioria dos leitores consideraria isto inaceitável, principalmente se o erro coincidisse com o símbolo de uma fórmula e o levasse a gastar horas tentando interpretar uma fórmula errada. CODIFICAÇÃO DE CANAL • CÓDIGO DE PARIDADE SIMPLES • Agora, considere que a aplicação é uma transação de automação bancária de transferência de fundos, a qual demanda a transmissão de cerca de 35 símbolos do terminal de autoatendimento para o banco. Se os dados da transação fossem protegidos apenas pela paridade, em média, teríamos um símbolo errado a cada 1.000 transações realizadas.