Política como Vocação
Max Weber
Ciência e Política: Duas
Vocações.São Paulo:Cultrix, 1999.
Política
Conceito amplo e abrange todas as espécies
de atividades diretivas autônomas;
Entendemos por política, apenas a direção
do agrupamento político, hoje denominado
“Estado” ou a influência que se exerce em tal
sentido. (p.55).
ESTADO
Para Weber, o Estado não se deixa definir a
não ser pelo específico meio que lhe é
peculiar, tal como é peculiar todo outro
agrupamento político, ou seja o uso da
coação física. (p.56)
Estado
Força
Violência
Instrumento de Estado. (p.56)
ESTADO CONTEMPORÂNEO
Comunidade humana
determinado território;
Vive em um
Reivindica o monopólio do uso legítimo da
violência física. (p. 56)
POLÍTICA
Conjunto de esforços feitos com vistas a
participar do poder ou a influenciar a divisão
do poder, seja entre Estados, seja no interior
de um único Estado. (p. 56)
HOMEM POLÍTICO
Todo homem que se entrega à política, aspira
ao poder – seja porque o considere como
instrumento a serviço da consecução de
outro fim, ideais ou egoístas, seja porque
deseje o poder “pelo poder” para gozar do
sentimento de prestígio que ele confere. (p.
57)
ESTADO
Consiste em uma relação de dominação do
homem sobre o homem, fundado no
instrumento da violência legitima.
(p. 57)
RAZÕES QUE JUSTIFICAM A DOMINAÇÃO:
(FUNDAMENTOS DA LEGITIMIDADE)
1. “Poder Tradicional”:
 Donos das terras;
2. “Poder Carismático”:
 Exercido pelo profeta ou pelo dirigente guerreiro
eleito;
 Soberano escolhido através do plebiscito, pelo
demagogo ou pelo dirigente de um partido político.
3. “ Poder de Legalidade”:
Autoridade fundada na obediência, que
reconhece obrigações conformes ao estatuto
estabelecido.
(p. 57-58)
É o poder do “Servidor do Estado” em nossos
dias. mundo).
SÚDITOS
Obedecem pelo medo (vingança das
potências mágicas) ou pela esperança
(recompensa nesta terra ou noutro mundo).
FORMAS DE LEGITIMAÇÃO DO PODER:
1. Carisma: Submissão ao carisma do chefe. É quando
os súditos depositam fé e esperança no líder
político. (p. 58).
2. Autoridade: De que modo conseguem, as forças
políticas dominantes, afirmar sua autoridade? As
atividades dos súditos se orientam em função da
obediência devida aos senhores. A dominação
organizada necessita de um Estado maior
administrativo e dos meios materiais de gestão. (p.
59)
ESTADO MODERNO
Tem como característica a burocracia estatal; (p.
61)
Poder centralizado;
É um agrupamento de dominação que apresenta
caráter institucional e que procure monopolizar,
nos limites de um território, a violência física
legítima, como instrumento de domínio e que,
tendo esse objetivo, reúne nas mãos dos dirigentes
os meios materiais de gestão. (p. 62)
POLÍTICOS PROFISSIONAIS:
Com o Estado moderno surge a classe dos
políticos profissionais – à serviço do príncipe.
(p.62)
FORMAS DE PARTICIPAÇÃO POLÍTICA:
Voto periódico em candidatos: urnas.
Outros fazem das atividade política a
profissão “secundária”
homem de
confiança ou de membros dos partidos
políticos. (p. 63) Auxiliares que só
ocasionalmente se dedicam a política.
MANEIRAS DE FAZER POLÍTICA:
Há segundo Weber, duas maneiras de fazer
política. Ou se vive “para” a política, ou se
vive “da” política.
Aquele que vive “da” política, é aquele que
vê na política uma permanente fonte de
renda;
Aquele que vive “para” a política é o
contrario. (p. 65)
A POLÍTICA NÃO VISA MAIS O BEM
COMUM, MAS AO INTERESSE PRÓPRIO.
Diz Weber: “As lutas partidárias não são,
portanto, apenas lutas para consecução de
metas objetivas, mas são, a par disso, e
sobretudo, rivalidades para controlar a
distribuição de empregos”. (p.68)
A POLÍTICA VIROU A PREOCUPAÇÃO
ÚNICA EM DISTRIBUIR EMPREGOS.
Diz Weber: Na Alemanha, todas as lutas
entre as tendências particularistas e as
tendências centralistas giram em torno deste
ponto”. (p.68)
Partidos = distribuição de empregos???
Os partidos se irritam muito mais com
arranhões ao direito de distribuição de
empregos do que com desvios de programas.
(p. 68)
Se um determinado partido ganhar as eleições
em um município, por exemplo, metade dos
eleitores serão beneficiados com cargos
(empregos) ou alguma outra forma de vantagem.
Conseqüentemente, o partido perdedor, com seu
eleitorado minoritário, além de amargar a derrota
ficará sem emprego e sem as vantagens. Resta-lhes
apenas, esperar as próximas eleições.
Weber trata das destruições de empregos em
diversos países – distribuição de cargos e postos
administrativo. (p. 68)
Partido
Trampolim
Futuro garantido.
“Dessa forma, aos olhos de seus aderentes, os
partidos aparecem, cada vez mais, como uma
espécie de trampolim que lhes permitirá atingir
este objetivo essencial: garantir o futuro”. (p. 69)
DEMAGOGO:
Na Grécia: Péricles ocupou a única função
eletiva existente, a de estratégia superior –
os outros postos atribuídos por sorteio. Ele
dirigia a eclesia soberana do demos
ateniense.
Na modernidade: O publiscista político
(manqueteiro); jornalista. (p. 80)
OS MILITANTES DE UM DETERMINADO
PARTIDO ESPERAM OBTER COMPENSAÕES
PESSOAIS:
“Os militantes e, em especial os funcionários
e
dirigentes
de partidos,
esperam
naturalmente, que o triunfo do chefe lhes
traga compensação pessoal: posições ou
vantagens outras”. (p. 89)
MUITAS PESSOAS VIVEM DA POLÍTICA
DOS PARTIDOS:
“A máquina exigia grande número de pessoas
para seu funcionamento. Nesse momento,
cerca de duas mil pessoas vivem, na
Inglaterra, diretamente da política dos
partidos”. (p. 93)
MUITOS ESTÃO À PROCURA...
“Mais elevado ainda é o número dos que se
acham à cata de uma situação e dos que se
mostram ativos em razão de outros
interesses, especialmente no campo da
política municipal”. (p. 93)
BOSS (CHEFE):
Homem dos meios capitalistas que financiam
eleições. Ele só busca o poder, seja como
fonte de riquezas, seja pelo próprio
poder...Trabalha na obscuridade; não é
ouvido em público; conserva o silêncio,
porém sugere aos oradores o que convém
dizer. (p. 98)
QUE “ALEGRIAS” PODE A CARREIRA
POLÍTICA TRAZER???
Sentimento de poder;
Três qualidades dos homem político:
a) Paixão;
b) Sentimento de responsabilidade;
c) senso de proporção: qualidade psicológica
fundamental do homem político – recolhimentocalma interior do espírito – manter a distância os
homens e as coisas. (p. 106)
VAIDADE
É um inimigo vulgar que o homem político
deve dominar a cada dia e a cada hora.
Atinge a todos – não estamos isentos da
vaidade.
Nos meios científicos e universitários ela
chega a constituir-se numa espécie de
moléstia profissional.
ETHOS DA POLÍTICA:
Não cair no erro de justificar-se perante a
própria consciência. Weber dá o exemplo do
homem que abandona sua mulher e justificase dizendo que não a amava...
A política é diabólica e o diabo é velho –
envelhecer para conhecê-lo. (p. 121)
A política é um esforço tenaz e energético
para atravessar vigas de madeira: tal esforço
exige, a um tempo, paixão e senso de
proporção. (p. 123)
SOBRE O POSSÍVEL E O IMPOSSÍVEL:
“É perfeitamente exato dizer – e toda a
experiência histórica o confirma – que não se
teria jamais atingido o possível, se não se
houvesse tentado o impossível. (p. 123)
REFERÊNCIAS
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ATENÇÃO
Parte deste material foi coletado na internet e não foi possível identificar a autoria.
Este material se destina para fins de estudo e não se encontra completamente
atualizado.
FIM
• _________________Obrigado pela atenção!!
•
Acimarney C. S. Freitas – Advogado – OAB-BA Nº 30.553
•
Professor de Direito do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Vitória da
Conquista
•
Diretor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Brumado.
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Bacharel em Teologia
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Especialista em Direito Educacional - FTC
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Especialista em Educação Profissional e de Jovens e Adultos - IFBA
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Mestrando em Filosofia - UFSC
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