Pró-Reitoria de Graduação Curso de Farmácia Trabalho de Conclusão de Curso EVIDÊNCIAS CLÍNICAS DO USO DA MEMANTINA NAS MANIFESTAÇÕES MODERADA A GRAVE DA DOENÇA DE ALZHEIMER Autora: Vanessa Aparecida Alves Orientadora: MSc. Débora Santos Lula Barros Brasília - DF 2014 VANESSA APARECIDA ALVES EVIDÊNCIAS CLÍNICAS DO USO DA MEMANTINA NAS MANIFESTAÇÕES MODERADA A GRAVE DA DOENÇA DE ALZHEIMER Trabalho apresentado ao curso de graduação em Farmácia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Farmacêutico. Orientadora: MSc. Débora Santos Lula Barros Brasília 2014 CURSO DE FARMÁCIA COORDENAÇÃO DE TCC Ciência do Orientador Eu, Débora Santos Lula Barros professora do curso de Farmácia, orientadora da estudante Vanessa Aparecida Alves, autora do trabalho intitulado “Evidências clínicas do uso da Memantina nas manifestações moderada a grave da doença de Alzheimer”, estou ciente da versão final entregue à banca avaliadora quanto ao conteúdo e à forma. Taguatinga: ____/_____/______ Débora Santos Lula Barros Aos meus pais José Alves e Maria Aparecida Barbosa Alves, que me ensinaram ao longo da vida, que a educação é o bem mais precioso que eles poderiam me oferecer. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que sempre se mostrou presente em minha vida, me dando forças para enfrentar os momentos mais difíceis, serenidade para aceitar os desafios que encontrei. Sem minha fé a caminhada teria sido árdua e não valeria a pena. À minha família, meus pais e meus irmãos Vitor e Vinícius que sempre estiveram ao meu lado, tolerando meus defeitos e minhas angústias, me apoiando e acreditando no meu potencial. Obrigada por todo amor, carinho, compreensão e confiança, essa vitória também é de vocês. Aos amigos que me apoiaram ao longo do curso de Farmácia, aos que o curso me proporcionou conhecer e dividir dúvidas, medos e alegrias diariamente. Especialmente aos poucos que se mantiveram ao meu lado durante este processo final, que aceitaram meus limites e dificuldades e compreenderam as mudanças necessárias nestes momentos, obrigada por tudo. Aos professores que me inspiraram a ser uma aluna melhor a cada dia, que me transmitiram conhecimentos necessários à minha vida profissional e pessoal, e que me orgulho em dizer que serei colega de profissão. Muito obrigada, aprender com vocês foi uma honra! À minha orientadora, Débora Santos, obrigada pela orientação, confiança e apoio sempre. Trabalhar com você foi um grande prazer. “O aumento do conhecimento é como uma esfera dilatando-se no espaço: Quanto maior a nossa compreensão, maior o nosso contacto com o desconhecido.” Blaise Pascal RESUMO ALVES, Vanessa Aparecida. Evidências clínicas do uso da memantina nas manifestações moderada a grave da Doença de Alzheimer. 2014. 43. Trabalho de Conclusão de Curso (Farmácia) – Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, 2014. Objetivo: Avaliar a efetividade do tratamento com memantina em pacientes com as manifestações moderadas à graves da Doença de Alzheimer (DA). Método: Realizou-se uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados na base de dados Medline/PubMed, através dos termos “memantine” e “alzheimer’s disease”, entre o período de 2009 a 2014. Para a inclusão dos estudos clínicos foram observados os seguintes critérios: Ter correlação com o objetivo do estudo, ser randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, com pacientes com diagnóstico de provável DA nas fases moderada a grave. Resultados: Foram incluídos quatro artigos que preenchiam os critérios metodológicos adotados para este trabalho. Dos artigos utilizados, pelo menos dois estudos demonstraram vantagens estatisticamente significativas para a utilização da memantina em cada um dos domínios avaliados por diferentes escalas, sendo estes: comportamento, cognição, estado global e comunicação dos pacientes. Apenas um estudo não demonstrou vantagem da utilização da memantina em nenhum dos domínios avaliados. O perfil de eventos adversos nos quatro estudos foi semelhante entre os grupos memantina e placebo. Conclusão: O tratamento com memantina demonstrou efetividade nos domínios cognitivos, comportamentais, globais e de comunicação, podendo ser considerado uma opção segura e bem tolerada para o tratamento da DA moderada a grave. Palavras-chave: Doença de Alzheimer, memantina, tratamento. ABSTRACT Objective: Evaluate the effectiveness of memantine for the treatment of patients with moderate to severe events of Alzheimer's disease (AD). Method: A systematic review of randomized controlled trials, from 2009 to 2014, was conducted from Medline / PubMed database, through the terms "memantine" and "Alzheimer's disease". To be included, the clinical studies had to present the following criteria: correlation with the objective of the study, be randomized, be double-blind, be a placebo-controlled study and present patients diagnosed with probable AD in moderate to severe stages. Results: Four articles that met the methodological criteria were included in this review. From the articles chosen, at least two demonstrated statistically significant advantages for the use of memantine in each of the domains assessed in different scales, such as: behavior, cognition, global status and communication of the patients. Only one study showed no benefit from the use of memantine in any of the domains assessed. The profile of adverse events between the memantine and the placebo group was similar on all four studies. Conclusion: The treatment with memantine demonstrated effectiveness in the cognitive, behavioral, global and communication fields, being able to be considered a safe and a well tolerated option for the treatment of AD in moderate to severe stages. Keywords: Alzheimer disease; Memantine, treatment. . LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADCS–ADL19: 19- item Alzheimer’s Disease Cooperative Study–Activitiesof Daily Living inventory ASHA FACS: Functional Assessment of Communication Skills for Adults CBN: Communication of Basic Needs CGI-C: Clinical Global Impression of Change CGI-C: Clinical Global Impression Change CIBIC-Plus: Clinician’s Interview-Based Impression of Change Plus Caregiver Input CMAI: Cohen-Mansfield Agitation Inventory DA: Doença de Alzheimer DSM-IV–TR: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-Text Revision FLCI: Functional Linguistic Communication Inventory LOCF: Last observation carried forward IAChE: Inibidores da acetilcolinesterase IRM : Imagem de Ressonância Magnética MMSE: Mini Mental State Examination NMDA: N-metil D-Aspartato NPI: Neuropsychiatric Inventory NINCDS-ADRDA: National Institute of Neurological and Communicative Disorders and Stroke–Alzheimer’s Disease and Related Disorders Association OC: Casos observados OPT: Oral Production Test SC: Social Communication SIB: Severe Impairment Battery TC: Tomografia computadorizada VFT: Semantic Verbal Fluency Test SUMÁRIO ARTIGO DE REVISÃO SISTEMÁTICA................................................. 10 RESUMO .................................................................................................... 11 ABSTRACT ................................................................................................. 12 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 13 METODOLOGIA ......................................................................................... 15 RESULTADOS ............................................................................................ 15 DISCUSSÃO ............................................................................................... 22 CONCLUSÃO ............................................................................................. 27 Referências ................................................................................................. 29 Figura 1. Etapa de seleção de artigos incluídos na Revisão Sistemática ........................................................................................................................... 31 Tabela 1. Visão geral dos artigos selecionados ...................................... 32 Anexo A ................................................................................................ 33 10 ARTIGO DE REVISÃO SISTEMÁTICA EVIDÊNCIAS CLÍNICAS DO USO DA MEMANTINA NAS MANIFESTAÇÕES MODERADA A GRAVE DA DOENÇA DE ALZHEIMER CLINICAL EVIDENCE OF THE USE OF MEMANTINE IN MODERATE TO SEVERE MANIFESTATIONS OF THE ALZHEIMER'S DISEASE Vanessa Aparecida Alves1, Débora Santos Lula Barros2 1 Autora: Graduanda do curso de Farmácia da Universidade Católica de Brasília Rua A, n°120, Vila Bela, Formosa- GO, 73807-055. [email protected] (Correspondência). 2 Orientadora: Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Brasília. Docente da Universidade Católica de Brasília QS 06, conjunto F, lote 2, apartamento 108, Samambaia Norte, 72322-546. dé[email protected] Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 11 RESUMO Objetivo: Avaliar a efetividade do tratamento com memantina em pacientes com as manifestações moderadas à graves da Doença de Alzheimer (DA). Método: Realizou-se uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados na base de dados Medline/PubMed, através dos termos “memantine” e “alzheimer’s disease”, entre o período de 2009 a 2014. Para a inclusão dos estudos clínicos foram observados os seguintes critérios: ter correlação com o objetivo do estudo, ser randomizado, duplo-cego, placebocontrolado, com pacientes com diagnóstico de provável DA nas fases moderada a grave.Resultados: Foram incluídos quatro artigos que preenchiam os critérios metodológicos adotados para este trabalho. Dos artigos utilizados pelo menos dois estudos demonstraram vantagens estatisticamente significativas para a utilização da memantina em cada um dos domínios avaliados por diferentes escalas, sendo estes: comportamento, cognição, estado global e comunicação dos pacientes. Apenas um estudo não demonstrou vantagem da utilização da memantina em nenhum dos domínios avaliados. O perfil de eventos adversos nos quatro estudos foi semelhante entre os grupos memantina e placebo. Conclusão: O tratamento com memantina demonstrou efetividade nos domínios cognitivos, comportamentais, globais e de comunicação, podendo ser considerado uma opção segura e bem tolerada para o tratamento da DA moderada a grave. Palavras-chave: Doença de Alzheimer, memantina, tratamento. Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 12 ABSTRACT Objective: Evaluate the effectiveness of memantine for the treatment of patients with moderate to severe events of Alzheimer's disease (AD). Method: A systematic review of randomized controlled trials, from 2009 to 2014, was conducted from Medline / PubMed database, through the terms "memantine" and "Alzheimer's disease". To be included, the clinical studies had to present the following criteria: correlation with the objective of the study, be randomized, be double-blind, be a placebo-controlled study and present patients diagnosed with probable AD in moderate to severe stages. Results: Four articles that met the methodological criteria were included in this review. From the articles chosen, at least two of them demonstrated statistically significant advantages for the use of memantine in each of the domains assessed in different scales, such as: behavior, cognition, global status and communication of the patients. Only one study showed no benefit from the use of memantine in any of the domains assessed. The profile of adverse events between the memantine and the placebo group was similar on all four studies. Conclusion: The treatment with memantine demonstrated effectiveness in the cognitive, behavioral, global and communication fields, being able to be considered a safe and a well tolerated option for the treatment of AD in moderate to severe stages. Keywords: Alzheimer disease, memantine,treatment. Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 13 INTRODUÇÃO A população mundial está passando por grandes mudanças no que diz respeito a sua composição. O envelhecimento populacional é um fator importante dessas mudanças. Estima-se que o número de pessoas com 65 anos, ou mais, cresça cerca de 500 milhões em 2010 (8% da população total) para aproximadamente 1,5 bilhão em 2050, representando 16% da população total estimada. Este aumento da longevidade contribui para o aumento da prevalência de demências, sendo a principal delas a Doença de Alzheimer (DA).1,2 A DA, descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer em 1906, é caracterizada por um transtorno neurodegenerativo progressivo, irreversível e fatal, manifestando-se principalmente por deterioração gradual de memória e cognição, gerando inúmeros sintomas psíquicos e comportamentais que afetam a vida cotidiana do paciente e das pessoas envolvidas com ele. Sua etiologia ainda não é bem esclarecida, sendo considerada multifatorial, com combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.3,4,5 A sintomatologia da DA tem início característico, mas com a progressão varia de paciente para paciente. O sintoma inicial, mais comum, é a perda gradual da habilidade de reter novas informações. Com o avanço da doença, o paciente manifesta perda de memória, que afeta o cotidiano, dificuldade de completar tarefas e de resolução de problemas, confusão temporal e espacial, pobreza de julgamento, dificuldade em falar e escrever novas palavras, desatenção e perda de objetos pessoais, alterações de humor e de Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 14 personalidade, dificuldade de locomoção, entre outros. Nas fases mais graves, o paciente possui um grande declínio cognitivo e funcional, necessitando de auxílio até em atividades básicas, tornando-se vulnerável ao acometimento de outras patologias e complicações que podem levá-lo à morte, além de gerar uma maior sobrecarga do cuidador e aumento dos custos diretos e indiretos com o tratamento.6,7 As abordagens farmacológicas no tratamento da DA se baseiam principalmente nas teorias fisiopatológicas da doença. Para o tratamento da DA leve à moderada, os inibidores da acetilcolinesterase (IAChE) são considerados o principal tratamento farmacológico. Já para as fases moderada a grave, há pouca evidência clínicas de tratamento efetivo, sendo a memantina o único medicamento utilizado especificamente para este fim. 4,5,8 A memantina é um antagonista não competitivo de receptores de N-metil D-Aspartato (NMDA) voltagem-dependente, de afinidade moderada à baixa. Possui o sistema glutamatérgico como alvo. Sua utilização baseia-se na importância do equilíbrio fisiológico do corpo humano, que se encontra afetado na DA devido à hiperestimulação dos receptores de NMDA, que leva a um influxo excessivo de Ca2+, causando excitotoxicidade neuronal. Atualmente é o único fármaco comercializado desta classe.9,10 Muitos e válidos estudos sobre a abordagem terapêutica com memantina na DA moderada a grave já existem e consistem em um importante corpus documental. Não obstante, ainda temos pucas evidências que comprovem o efeito benéfico deste tratamento. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão sistemática dos estudos clínicos randomizados que Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 15 analisaram a efetividade do tratamento com memantina em pacientes com DA nas fases moderada a grave. METODOLOGIA Para a realização desta revisão sistemática foi realizada uma busca bibliográfica na base de dados Medline/PubMed (Via National library of Medicine), por meio do Portal da Capes em acesso autorizado pela Universidade Católica de Brasília. A busca foi conduzida entre os meses fevereiro e abril de 2014, utilizando os descritores “memantine” e “alzheimer’s disease”. Para a seleção dos artigos foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: Ser estudo clínico randomizado cuja amostra consista em pacientes com diagnóstico provável de DA nas fases moderada a grave; ser publicado no período de 2009 a 2014; ter correlação com o objetivo do estudo e haver acesso dos pesquisadores da revisão à versão completa do artigo. Também foram adotados os seguintes critérios de exclusão: Estudos clínicos que incluíram pacientes com outras patologias de base e estudos que comparavam o uso da memantina com outros grupos de medicamentos. RESULTADOS Seguindo a estratégia definida foram obtidos 1056 artigos científicos. Ao restringir a busca com os filtros (data e tipo de estudo) foram encontrados 35 Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 16 artigos completos. Após a análise de resumos e a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, obteve-se para essa revisão sistemática 4 estudos. A Figura 1 ilustra as etapas de seleção dos artigos e a tabela 1 apresenta uma síntese dos dados dos artigos selecionados. Figura 1. Etapa de seleção de artigos incluídos na Revisão Sistemática Tabela 1. Visão geral dos artigos selecionados Os quatro estudos que atenderam aos critérios metodológicos adotados para este trabalho são descritos a seguir. 1) Fox et al. (2012), realizaram um estudo randomizado, duplo-cego, controlado com placebo, com participantes recrutados no período de setembro de 2007 a janeiro de 2010 no Reino Unido, avaliando a utilização da memantina para a agitação na DA entre outros desfechos. Os selecionados foram divididos aleatoriamente em dois grupos. O primeiro utilizou memantina 10 mg duas vezes ao dia (introduzida em 5mg por semana, durante as 4 primeiras semanas), já o segundo grupo recebeu placebo, cuja forma farmacêutica possui idêntica aparência e sabor ao comprimido de memantina Os participantes foram avaliados durante 12 semanas e não se observou melhora da agitação devido a utilização da memantina, embora outros sintomas tenham demonstrado beneficio ao longo do tratamento. A escala Cohen-Mansfield Agitation Inventory (CMAI) é utilizada para medir o nível de agitação do paciente e foi empregada para avaliação do desfecho principal do estudo. Na avaliação inicial do estudo, ambos os grupos obtiveram pontuação Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 17 média de 68,3 pontos na escala referida, não observou em nenhuma das semanas do estudo uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos de estudo. Como desfechos secundários a serem avaliados com o emprego da intervenção da memantina utilizaram-se o Neuropsychiatric Inventory (NPI), o Clinical Global Impression Change (CGI-C), o Mini Mental State Examination (MMSE) e o Severe Impairment Battery (SIB). O NPI é um instrumento utilizado para distúrbios comportamentais com pontuações que avaliam frequência e severidade de cada item individualmente sendo estimados sintomas como depressão/disforia, delírios, ansiedade, alucinações, euforia, agitação/agressividade, apatia, desinibição, irritabilidade/labilidade, comportamento motor aberrante, sono e distúrbios do apetite. A avaliação dos pacientes nesse desfecho demonstrou uma diferença significativa para o grupo da memantina em relação ao grupo placebo na 6a semana de estudo (p = 0,012) e na 12a semana de estudo (p = 0,0005), demonstrando vantagem na utilização da memantina. Já avaliação das funções cognitivas através do MMSE favoreceu o grupo que recebeu memantina apenas na 12a semana (p < 0,01), assim como foi observado na escala SIB, que avalia aspectos cognitivos em pacientes com demência grave (p=0,005). Já na análise do CGI-C, medida de avaliação global do paciente, não se observou resultados com diferenças significativa entre o grupo utilizando memantina e o grupo placebo. Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 18 Em relação à segurança e tolerabilidade da memantina, os eventos adversos observados foram semelhantes nos dois grupos de estudo, sendo estes principalmente fadiga, sonolência e confusão, entre outros. 2) Grossberg et al. (2013), realizaram um ensaio clínico randomizado, multinacional, duplo-cego e controlado com placebo entre junho de 2005 a outubro de 2007. A amostra contou com 677 participantes de quatro países, a maioria de origem hispânica. Foi avaliada a eficácia, segurança e tolerabilidade da utilização de uma formulação de 28 mg de memantina em comprimidos de liberação prolongada, durante 24 semanas em uso de IAChE. Os participantes do estudo foram randomizados para receber 28 mg de memantina de liberação prolongada (342 participantes), ou placebo (335 participantes) e foram avaliados pelo SIB e pelo Clinician’s Interview-Based Impression of Change Plus Caregiver Input (CIBIC-Plus) como critérios principais de avaliação de desfecho. Os resultados foram analisados com base nos casos observados (OC) e na Last observation carried forward (LOCF). Na análise do SIB, observou-se uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos entre a 12a e a 24a semana de estudo (OC e LOCF: p < 0,001). Já na escala CIBIC-Plus, utilizada para avaliar o estado clínico global do paciente, apesar do grupo de memantina de liberação prolongada apresentar-se superior ao grupo placebo a partir da 4a semana, um resultado estatisticamente significativo só foi observado na 12a semana (OC: p = 0,021) e na análise geral do estudo na 24a semana (LOCF: p= 0,008). As escalas 19- item Alzheimer’s Disease Cooperative Study–Activities of Daily Living inventory (ADCS–ADL19), NPI e Semantic Verbal Fluency Test Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 19 (VFT) foram utilizadas para as análises secundárias do estudo. O desfecho da escala ADCS-ADL19, utilizada para avaliar as habilidades funcionais do paciente, não apresentou diferença significativa entre o grupo memantina e placebo em nenhuma das semanas de estudo (LOCF: p = 0,177). Para o instrumento VFT, em que os participantes foram analisados com base no número de animais que eram capazes de citar em um minuto, e no NPI houve uma vantagem estatisticamente significativa para o grupo utilizando memantina. Tanto no VFT quanto no NPI a diferença estatística ocorreu a partir da 12a semana e permaneceu até o final do estudo na 24a na semana, observando no VFT (OC: p = 0,010; LOCF: p=0,004), e no NPI (OC: p = 0,002; LOCF: p = 0,005). Em relação à segurança do tratamento, a incidência de eventos adversos ao longo do estudo foi similar nos dois grupos, observando-se: tontura, aumento de peso, constipação, sonolência, dor nas costas e dor abdominal (principalmente no grupo de memantina), perda de peso, irritabilidade e tosse (principalmente no grupo de placebo), queda, infecção do trato urinário, agitação, insônia e dor de cabeça (predominantes em ambos os grupos). A memantina de liberação prolongada foi considerada eficaz, segura e bem tolerada pelo estudo nos pacientes com DA moderada a grave em uso de IAChE. 3) Herrmann et al. (2013) realizaram um estudo randomizado, duplo cego, controlado com placebo, com duração de sete anos (2003 a 2010), analisando a ação da memantina no comportamento e cognição, durante 24 semanas. O estudo alocou 369 participantes de localidades diferentes no Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 20 Canadá, que foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos com características semelhantes, um com 182 participantes recebendo memantina (incrementada em 5 mg por semana até a dose de 20 mg uma vez ao dia na 4a semana), e outro com 187 participantes recebendo placebo visualmente idêntico e administrado de maneira similar ao comprimido de memantina. Os principais parâmetros de eficácia avaliados foram a pontuação total do NPI, avaliando distúrbios comportamentais e o SIB, avaliando aspectos cognitivos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre o grupo que utilizou memantina e o grupo que utilizou placebo em ambas as escalas, entre o início do estudo e a 24a semana, quando verificou-se para o NPI (p = 0,43) e para o SIB (p = 0,60). Os desfechos secundários avaliados pelo CIBIC-Plus, pelo ADCS-ADL19 e pelo CMAI, não tiveram seus resultados apresentados individualmente no estudo, por não terem sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em nenhum momento do estudo. Os eventos adversos foram avaliados durante todo o período de estudo, assim como sinais vitais e a utilização de medicamentos concomitantemente. Eventos adversos graves como queda e urosepse, foram experimentados por pacientes do grupo memantina, assim como os demais efeitos adversos como agitação, perda de peso, sonolência e náusea, sendo apenas a náusea mais elevada no grupo placebo em comparação aos outros eventos no grupo de utilização de memantina. Não foi demonstrada superioridade da memantina em relação ao placebo em pacientes com DA moderada a grave neste estudo. Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 21 4) Saxton et al. (2012), realizaram um estudo duplo-cego, randomizado, multicêntrico, controlado com placebo, examinando o efeito do tratamento com memantina sobre a comunicação funcional dos pacientes por 12 semanas, em 256 pacientes utilizando memantina (10 mg duas vezes ao dia, incrementada semanalmente em 5mg até a dose alvo de 20 mg na 4 a semana) ou placebo. Os desfechos principais avaliados empregaram a ferramenta Functional Linguistic Communication Inventory (FLCI) e a escala Functional Assessment of Communication Skills for Adults (ASHA FACS) associada às suas subescalas Social Communication (SC) e Communication of Basic Needs (CBN). A evolução da comunicação funcional dos participantes avaliada pelo FLCI, instrumento que avalia áreas como a capacidade de saudação e nomeação, compreensão de assinatura e correspondência do objeto-imagem, resposta a perguntas, leitura e compreensão de palavras, escrita, seguir comandos, pantomima e compreensão de gesto e conversa, apresentou superioridade da memantina à partir da 4a semana de estudo, porem não obteve um resultado estatisticamente significativo entre os grupos de estudo ao final das avaliações (OC: p = 0,184; LOCF: p = 0,070). Já na escala ASHA FACS, que avalia os domínios de comunicação social, comunicação das necessidades básicas, planejamento diário, leitura, escrita e conceitos numéricos, os cuidadores do grupo utilizando memantina relataram melhora na comunicação dos pacientes em comparação com o relato do grupo placebo, na 12 a semana a pontuação total da escala foi estatisticamente relevante (OC: p=0,013; LOCF: p = 0,010). Em suas sub-escalas SC e CBN, também foi observada vantagem estatística Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 22 para a utilização da memantina ao final do estudo (OC: p = 0,033; LOCF: p = 0,022). Os desfechos secundários da utilização da memantina neste estudo foram o CGI-C e o Oral Production Test (OPT). A avaliação da escala CGI-C demonstrou uma melhora global dos participantes tratados com memantina na 12a semana (OC: p= 0,031; LOCF: p= 0,033), avaliações adicionais desta mesma escala demonstraram um benefício da memantina relativo a interação social e comunicação, o mesmo não foi expresso estatisticamente ao final do estudo. Na avaliação do OPT, componente do Neuropsychological Assessment Battery, que avalia fluência e saída de voz do paciente ao descrever uma cena ou imagem familiar, não foi encontrada diferença significativa entre os grupos ao final do estudo. O perfil de eventos adversos foi semelhante entre os dois grupos. Entre esses efeitos foram relatados infecção do trato respiratório superior, queda, hipertensão, edema periférico, aumento ou diminuição de peso, diarreia, náusea, tontura, agitação, dor de cabeça (estes três últimos com maior ocorrência no grupo de memantina). A memantina foi considerada uma opção bem tolerada com beneficio nas habilidades de comunicação dos pacientes com DA moderada a grave. DISCUSSÃO Uma análise de eficácia, tolerância e segurança do uso da Memantina em pacientes com DA moderada a grave foi realizada nos quatro estudos Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 23 avaliados. Estes estudos do tipo Ensaio Clínico Randomizado, duplo-cego controlado com placebo, apresentam um delineamento de pesquisas semelhantes, embora trabalhem com desfechos diferentes nos domínios avaliados, diferentes tempos de duração, tamanho e tipo de amostras estudadas.2,6,11,12 Uma formulação diferente e de maior dosagem, como a memantina 28 mg em comprimido de liberação prolongada, avaliada por Grossberg et al (2013), limita a comparação direta deste estudo com os demais. Entretanto o mesmo demonstrou benefícios da memantina semelhantes aos outros estudos, além de demonstrar benefícios ao proporcionar um aumento da dosagem diária, uma maior comodidade posológica, segurança e tolerabilidade aceitável nos pacientes tratados. O estudo de Herrmann et al. (2013), foi o único a apresentar apenas resultados negativos para a utilização da memantina em relação ao placebo em todos os desfechos das escalas avaliadas. Diversas mudanças ocorridas em seu protocolo ao longo dos sete anos da sua realização, diferenças entre os grupos de estudo após a randomização, dificuldade de recrutar pacientes e outros vieses negativos relatados no estudo podem ter contribuído para o resultado final. A utilização de IAChE concomitante ao tratamento de teste com a memantina foi exigida nos estudos de Grossberg et al. (2013) e Herrmann et al. (2013), já nos estudo de Fox et al. (2012) e de Saxton et al. (2012), o uso era permitido, mas não categorizado como critério de entrada no estudo. O donepezil foi o IAChE mais frequente em todos estudos, mas a utilização de Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 24 galantamina e rivastigmina também ocorreu, sendo para qualquer um exigida uma dosagem estável há no mínimo três meses, entretanto não foram apresentados resultados que correlacionem a eficácia da utilização de IAChE concomitante a memantina com os desfechos dos estudos, podendo observarse apenas que o uso de IAChE associado ao antagonista de receptores NMDA é tolerável. Em relação aos domínios analisados pelos estudos, as funções cognitivas, avaliadas por Fox et al. (2012), Grossberg et al. (2013) e Herrmann et al. (2013), demonstraram melhora na maioria das avaliações, sendo beneficiadas pela utilização da memantina tanto na dose habitual de 20 mg/dia quanto na utilização da dosagem de 28 mg/dia em comprimidos de liberação prolongada em seus pacientes. Já no que se diz respeito às alterações da capacidade de realizar atividades de vida diária, não se observou benefício da utilização da memantina. No estudo de Grossberg et al. (2013), o fato da população de estudo ser de maioria hispânica pode ter interferido no resultado desta avaliação, visto que a escala utilizada ADCS-ADL19, não é validada na língua espanhola, gerando um viés negativo à aplicação desta no estudo. Todos os estudos avaliaram de alguma forma as alterações globais dos pacientes e apresentaram resultados contraditórios, o que leva a uma avaliação inconsistente deste desfecho. Fox et al. (2012) e Saxton et al. (2012) avaliaram a alteração global através da CGI-C e Grossberg et al (2013) e Herrmann et al. (2013) através do CIBIC-plus, em cada uma das escalas apenas um dos estudos avaliados demonstraram uma leve diferença Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 25 significativa entre os grupos de tratamento que possa ser extrapolada para a compreensão de um efeito benéfico da utilização da memantina na alteração global do paciente com Doença de Alzheimer. Embora apenas um estudo tenha trabalhado com desfecho primário de alterações neuropsiquiátricas, e este não tenha apresentado resultados estatisticamente significativos a favor da utilização da memantina, devido os pacientes com sobrecarga neuropsíquica na entrada do estudo já se encontrarem com um prejuízo comportamental severo, é possível observar nos resultados secundários de dois estudos avaliados, um benefício da utilização da Memantina na diminuição da severidade e frequência de distúrbios neuropsiquiátricos, tanto em pacientes inicialmente comprometidos utilizando uma dosagem habitual de memantina, quanto nos pacientes utilizando uma nova formulação de memantina (liberação prolongada de 28 mg). Uma melhora dos sintomas comportamentais sugere um benefício clínico da utilização deste tratamento, visto que estes sintomas estão associados ao aumento gravidade da doença com um aumento da dependência e declínio funcional dos pacientes, institucionalização precoce destes, sobrecarga do cuidador, aumento do custo com a doença, além de outros problemas de saúde e sociais.2,6,11 A agitação, que é considerada um dos piores sintomas neuropsiquiátricos na DA, está associada a um pior prognóstico da doença, má qualidade de vida do paciente, cuidadores e familiares. A diminuição da agitação dos pacientes, avaliada pelo CMAI, não apresentou nenhum resultado benéfico à memantina, embora esta diminuição tenha ocorrido em algum Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 26 momento nos estudos, a utilização da memantina para esta finalidade não é considerada aconselhável.2,11 Nos domínios de linguagem e comunicação funcional dos pacientes a utilização da Memantina se mostrou benéfica. Um dos estudos, voltado para a avaliação da comunicação funcional, mostrou superioridade da Memantina em ambos os desfechos principais ao longo do estudo, embora a escala direcionada ao paciente não tenha apresentado significância estatística ao final do estudo, os domínios de comunicação social e comunicação das necessidades básicas, relatados pelo cuidador se mostraram estatisticamente significantes no grupo de tratamento. A avaliação da capacidade de fluência verbal semântica dos pacientes utilizando memantina de liberação prolongada também demonstrou uma diferença vantajosa e benéfica para utilização do medicamento. A dificuldade de uma comunicação eficaz pode desencadear comportamentos agressivos e agitados nos pacientes, aumentando a sobrecarga do cuidador, contudo, benefícios do tratamento com memantina nos domínios de comunicação podem auxiliar na relação do paciente com o cuidador, além de estarem correlacionados a um desempenho positivo da capacidade de memória e realização de atividades dos pacientes.6,12 A utilização da memantina demonstrou uma relação de segurança e tolerabilidade aceitável com um perfil de efeitos adversos semelhante entre os grupos de tratamento com memantina e os placebos em todos os estudos, sendo que estes em sua maioria não são correlacionados com a utilização do medicamento, podendo ser considerados efeitos da progressão doença.2,6,11,12 Memantina nas manifestações moderada a grave da DA da 27 Uma análise de nove estudos randomizados, duplo-cegos, multicêntricos, controlados com placebo, avaliando a resposta do tratamento com memantina 20mg/dia nos domínios cognitivos, funcionais e globais (SIB, ADCS-ADL e CIBIC-plus respectivamente), em 2506 pacientes com DA moderada a grave, demonstrou que pacientes tratados com memantina apresentaram um menor declínio destas funções em relação aos pacientes tratados com placebo. Um atraso da piora clínica destes pacientes foi observando numericamente tanto na avaliação individual de cada domínio quanto na resposta combinada dos três domínios avaliados, o que demonstra um benefício clinicamente relevante da utilização da memantina para pacientes com DA moderada a grave.13 CONCLUSÃO A utilização de memantina nas manifestações moderada a grave da Doença de Alzheimer demonstrou efetividade nos domínios cognitivos, comportamentais, globais e de comunicação tanto na dosagem de 20 mg/dia quanto na dosagem de 28 mg/dia em comprimidos de liberação prolongada, por meio da análise de 1359 pacientes nos 4 estudos abordados. Ambas as dosagens apresentam segurança aos pacientes, demonstrando assim que a memantina pode ser considerada uma opção valiosa e bem tolerada para o tratamento da Doença de Alzheimer moderada a grave. O uso da memantina na DA ainda possui poucas evidência clínicas que comprovem seu benefício. Dificuldades encontradas para delineamento de Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 28 estudos em populações severamente comprometidas como os pacientes com DA moderada a grave ou mesmo a falta de realização de estudos na área, limitam o número de publicações gerando um déficit de conhecimento sobre os benefícios da utilização de medicamentos neste grupo. A integração de estudos que informem sobre o benefício clínico do uso da memantina, seja para melhora ou estabilização da doença, é de grande importância para nortear as condutas clínicas e prescrição baseadas em evidência. Um aumento nos investimentos em pesquisas para o tratamento moderado a grave da Doença de Alzheimer, com busca de novas opções terapêuticas ou associação das já existentes, assim como um número maior de publicações na área são necessários para consolidar um tratamento efetivo para a doença. Novos estudos com a memantina em domínios específicos abordados, com maior abrangência de pacientes e de tempo de tratamento, alem de uma maior homogeneidade das amostras também são necessários. O aumento da longevidade da população mundial traz à tona a necessidade da busca por conhecimento principalmente para as diversas áreas da saúde, para que as intervenções terapêuticas atuem no fornecimento de tecnologias efetivas para promoção, recuperação e reabilitação da saúde, aliada à ampliação da qualidade de vida para o idoso e família. Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 29 Referências 1. World Health Organization, et al. Global health and ageing. Publications, 2011. [Acesso em 2014 mar 20]. Disponível em: URL < http://www.who.int/ageing/publications/global_health/en/index.html > 2. Fox C, et al. Efficacy of memantine for agitation in Alzheimer’s dementia: A randomised double-blind placebo controlled trial. PLoS One. 2012; 7(5): e35185. 3. ALZHEIMER ASSOCIATION™. Major Milestones in Alzheimer’s and Brain Research. 2014. [Acesso em 2014 mar 20]. Disponível em: < http://www.alz.org/research/science/major_milestones_in_alzheimers.as p >. 4. Anand R, Gill, KD, Mahdi, AA. Therapeutics of Alzheimer's disease: Past, present and future. Neuropharmacology. 2014. 76 (A): 27–50. 5. Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Portaria nº 491, de 23 de setembro de 2010. Anexo: Protocolo Clínico e Diretrizes terapêuticas/ Doença de Alzheimer. Brasília: 2010. [Acesso em 2014 mar 15]. Disponível em : URL : <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2010/prt0491_23_09_20 10.html> 6. Grossberg GT, et al. The Safety, Tolerability, and Efficacy of Once-Daily Memantine (28 mg): A Multinational, Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial in Patients with Moderate-to-Severe Alzheimer’s Disease Taking Cholinesterase Inhibitors. CNS drugs. 2013; 27(6): 469478. 7. Bleiler L, Thies W. 2013 Alzheimer's disease facts and figures Alzheimer's Association. Alzheimers Dement. 2013; 9 (2): 208-245. 8. Hampel H, et al. The future of Alzheimer's disease: the next 10 years. Prog Neurobiol.2011; 95 (4): 718-728. 9. Brem AK, et al. Differential pharmacological effects on brain reactivity and plasticity in Alzheimer’s disease. Front Psychiatry.2013; 4 (124): 17. 10. Puangthong U, Hsiung G-YR. Critical appraisal of the long-term impact of memantine in treatment of moderate to severe Alzheimer’s disease. Neuropsychiatr Dis Treatv.2009; 5: 553 -561. Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 30 11. Herrmann N, et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of memantine in a behaviorally enriched sample of patients with moderateto-severe Alzheimer's disease. Int Psychogeriatr. 2013; 25 (6): 919-927. 12. Saxton J, et al. Memantine and functional communication in Alzheimer's disease: results of a 12-week, international, randomized clinical trial. J. Alzheimers Dis.2012; 28(1):109-118. 13. Hellweg R, et al. Efficacy of memantine in delaying clinical worsening in Alzheimer's disease (AD): responder analyses of nine clinical trials with patients with moderate to severe AD. Int J Geriatr Psychiatry. 2012; v. 27 (6): 651-656. Memantina nas manifestações moderada a grave da DA 31 Figura 1. Etapa de seleção de artigos incluídos na Revisão Sistemática Memantina nas manifestações moderada a grave da DA Tabela 1. Visão geral dos artigos selecionados ESTUDO AUTOR ANO AMOSTRA TAMANHO CARACTERIZAÇÃO TEMPO DE ESTUDO INCLUÍDOS NA ANÁLISE DE EFICÁCIA 135 participantes 12 semanas INTERVENÇÃO ESCALAS DE AVALIAÇÃO PRINCIPAL SECUNDÁRIA Memantina (20 mg/dia) ou placebo CMAI NPI, CGI-C e MMSE 1 Fox et al. 2012 153 participantes Idade > 45 anos. Agitação a no mínimo 2 semanas : CMAI≥45. DA provável (critérios: MMSE ≤ 19 e Hachinski ≤ 4). 2 Grossberg et al. 2013 677 participantes Idade ≥ 50 anos DA provável (critérios: DSMIV-TR, NINCDS-ADRDA, MMSE entre 3 -14, IRM e TC). Terapia com IAChE. 661 participantes 24 semanas Memantina (28 mg/dia) ou placebo SIB e CIBIC-Plus ADCS–ADL19, NPI e o VFT 3 Herrmann et al. 2013 369 Participantes Idade > 50 anos. Agitação e agressividade significantes. DA provável (critérios: NINCDS-ADRDA, MMSE ≥ 8 e ≤18, até 2004 e ≥5 e ≤15 após mudança no protocolo). Terapia com IAChE. 306 participantes 24 semanas Memantina (20 mg/dia) ou placebo. NPI e SIB CIBIC-Plus, ADCSADL19 e CMAI 4 Saxton et al. 2012 265 participantes Idade ≥ 50 anos DA provável (critérios: NINCDS-ADRDA, MMSE entre 10 -19, TC e IRM). Falantes nativos de inglês e cuidador fluente em inglês. 257 participantes 12 semanas Memantina (20 mg/dia) ou placebo. FLCI e ASHA FACS (sub-escalas SC e CBN) CGI-C e OPT ADCS–ADL19: 19- item Alzheimer’s Disease Cooperative Study–Activitiesof Daily Living inventory; ASHA FACS: Functional Assessment of Communication Skills for Adults; CBN: Communication of Basic Needs; CGI-C: Clinical Global Impression of Change ; CGI-C: Clinical Global Impression Change; CIBIC-Plus: Clinician’s Interview-Based Impression of Change Plus Caregiver Input ; CMAI: Cohen-Mansfield Agitation Inventory; DA: Doença de Alzheimer; DSM-IV–TR: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-Text Revision; FLCI: Functional Linguistic Communication Inventory ; IAChE: Inibidores da acetilcolinesterase; IRM : Imagem de Ressonância Magnética; MMSE: Mini Mental State Examination; NPI: Neuropsychiatric Inventory; NINCDS-ADRDA: National Institute of Neurological and Communicative Disorders and Stroke–Alzheimer’s Disease and Related Disorders Association; OPT: Oral Production Test; SC: Social Communication; SIB: Severe Impairment Battery; TC: tomografia computadorizada; VFT: Semantic Verbal Fluency Test. 32 33 Anexo A REVISTA BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA ISSN 1809-9823 versão impressa ISSN 1981-2256 versão online INSTRUÇÕES AOS AUTORES Escopo e Política A Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia é continuação do título revista Textos sobre Envelhecimento, fundada em 1998. É um periódico especializado que publica produção científica no âmbito da Geriatria e Gerontologia, com o objetivo de contribuir para o aprofundamento das questões atinentes ao envelhecimento humano. A revista tem periodicidade trimestral e está aberta a contribuições da comunidade científica nacional e internacional. Os manuscritos devem destinar-se exclusivamente à Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Categorias de Artigos Artigos originais: são relatos de trabalho original, destinados à divulgação de resultados de pesquisas inéditas de temas relevantes para a área pesquisada, apresentados com estrutura constituída de Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão e Conclusão, embora outros formatos possam ser aceitos (Máximo de 5.000 palavras, excluindo referências bibliográficas, tabelas e figuras. Máximo de referências: 35) Para aceitação de artigo original abrangendo ensaios controlados aleatórios e ensaios clínicos, será solicitado o número de identificação de registro dos ensaios. Revisões: síntese crítica de conhecimentos disponíveis sobre o tema, com análise da literatura consultada e conclusões. Apresentar a sistemática de levantamento utilizada (máximo de 5.000 palavras e 50 referências). 34 Relatos de caso: prioritariamente relatos significantes de interesse multidisciplinar e/ou práticos, relacionados ao campo temático da revista (máximo de 3.000 palavras e 25 referências). Atualizações: trabalhos descritivos e interpretativos, com fundamentação sobre a situação global em que se encontra determinado assunto investigativo, ou potencialmente investigativo (máximo de 3.000 palavras e 25 referências). Comunicações breves: relatos breves de pesquisa ou de experiência profissional com evidências metodologicamente apropriadas. Relatos que descrevem novos métodos ou técnicas serão também considerados (máximo de 1.500 palavras, 10 referências e uma tabela/figura). Pesquisa Envolvendo Seres Humanos O trabalho deve ser aprovado pelo Comitê de Ética da instituição onde a pesquisa foi realizada e cumprir os princípios éticos contidos na Declaração de Helsinki, além do atendimento a legislação pertinente. Na parte “Metodologia”, constituir o último parágrafo com clara afirmação deste cumprimento. O manuscrito deve ser acompanhado de cópia de aprovação do parecer do Comitê de Ética. Ensaios Clínicos A Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, a partir de 2007, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. 35 Autoria O conceito de autoria está baseado na contribuição de cada autor, no que se refere à concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção ou análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica etc. Não se enquadrando nesses critérios, deve figurar na seção "Agradecimentos". Explicitar a contribuição de cada um dos autores. Os autores são responsáveis pela obtenção de autorização escrita das pessoas nomeadas nos agradecimentos, já que se pode aferir que tais pessoas subscrevem o teor do trabalho. Avaliação de Manuscritos – Peer Review Os manuscritos que atenderem à normalização conforme as “Instruções aos Autores” serão encaminhados aos revisores ad hoc selecionados pelos editores. Caso contrário, serão devolvidos para a devida adequação. Cada manuscrito é encaminhado para dois revisores ad hoc, de reconhecida competência na temática abordada. O procedimento de avaliação por pares (peer review) é sigiloso quanto à identidade tanto dos autores quanto dos revisores. Os pareceres dos consultores podem indicar: [a] aceitação sem revisão; [b] aceitação com reformulações; [c] recusa com indicação de o manuscrito poder ser reapresentado após reformulação; e [d] recusa integral. Em quaisquer desses casos, o autor será comunicado. O texto não deve incluir qualquer informação que permita a identificação de autoria; os dados dos autores devem ser informados na página de título. A decisão final sobre a publicação ou não do manuscrito é sempre dos editores. No processo de editoração e normalização, de acordo com o estilo da publicação, a revista se reserva o direito de proceder a alterações no texto de caráter formal, ortográfico ou gramatical antes de encaminhá-lo para publicação. Conflito de Interesses Sendo identificado conflito de interesse da parte dos revisores, o manuscrito será encaminhado a outro revisor ad hoc. - Possíveis conflitos de interesse por parte 36 dos autores devem ser mencionados e descritos no “Termo de Responsabilidade”. Os autores receberão prova do manuscrito em PDF, para identificação de erros de impressão ou divergência do texto original. Mudanças no manuscrito original não serão aceitas nesta fase. Preparo dos manuscritos – formato e partes Os manuscritos podem ser escritos em português, espanhol e inglês, com título, resumo e termos de indexação no idioma original e em inglês. Eles devem destinar-se exclusivamente à Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia e não serem submetidos para avaliação simultânea em outros periódicos. A indicação das referências constantes no texto e a correta citação são de responsabilidade do(s) autor(es) do manuscrito. Texto: preparado em folha tamanho A-4, espaço duplo, fonte Arial tamanho 12, margens de 3 cm. Todas as páginas deverão estar numeradas. Tabelas: deverão ser apresentadas depois do texto, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas, e sua localização no texto deve ser indicada. Não repetir em gráficos os dados apresentados em tabela. Não traçar na tabela linhas internas horizontais ou verticais; os quadros terão as bordas laterais abertas. Preferencialmente, a quantidade máxima de tabelas deve ser cinco. A cada uma se deve atribuir um título breve e indicar a cidade/estado e ano. Imagens: o autor responsabiliza-se pela qualidade das figuras (desenhos, ilustrações e gráficos), que devem ser enviados em impressão de alta qualidade, em preto-e-branco e/ou cinza, e devem estar no programa original (Excel, Corel etc.) ou em 300 dpi quando não forem editáveis. Notas de rodapé: deverão ser restritas ao necessário. Não incluir nota de fim. Página de título contendo: (a) Título completo do artigo, em português ou espanhol e em inglês, e título curto para as páginas. Um bom título permite identificar o tema 37 do artigo. (b) Autores: devem ser citados como autores somente aqueles que participaram efetivamente do trabalho, para ter responsabilidade pública pelo seu conteúdo. Relacionar nome e endereço completo de todos os autores, incluindo email, última titulação e instituições de afiliação (informando departamento, faculdade, universidade). Informar as contribuições individuais de cada autor na elaboração do artigo. Indicar o autor para correspondência. (c) Financiamento da pesquisa: se a pesquisa foi subvencionada, indicar o tipo de auxílio, o nome da agência financiadora e o respectivo número do processo. Resumo: os artigos deverão ter resumo com um mínimo de 150 palavras e máximo de 250 palavras. Os artigos submetidos em inglês deverão ter resumo em português, além do abstract em inglês. Para os artigos originais, os resumos devem ser estruturados destacando objetivos, métodos, resultados e conclusões mais relevantes. Para as demais categorias, o formato dos resumos pode ser o narrativo, mas com as mesmas informações. Não deve conter citações. Palavras-chave: indicar no mínimo três e no máximo seis termos que identifiquem o conteúdo do trabalho, utilizando descritores em Ciência da Saúde - DeCS - da Bireme (disponível em http://www.bireme.br/decs). Corpo do artigo: os trabalhos que expõem investigações ou estudos devem estar no formato: introdução, metodologia, resultados, discussão e conclusões. Introdução: deve conter o objetivo e a justificativa do trabalho; sua importância, abrangência, lacunas, controvérsias e outros dados considerados relevantes pelo autor. Não deve ser extensa, a não ser em manuscritos submetidos como Artigo de Revisão. Metodologia: deve conter descrição da amostra estudada e dados do instrumento de investigação. Nos estudos envolvendo seres humanos deve haver referência à existência de um termo de consentimento livre e esclarecido apresentado aos participantes após aprovação do Comitê de Ética da instituição onde o projeto foi desenvolvido. 38 Resultados: devem ser apresentados de forma sintética e clara, e apresentar tabelas ou figuras elaboradas de forma a serem auto-explicativas e com análise estatística. Evitar repetir dados do texto. O número máximo de tabelas e/ou figuras é cinco. Discussão: deve explorar os resultados, apresentar a experiência pessoal do autor e outras observações já registradas na literatura. Dificuldades metodológicas podem ser expostas nesta parte. Conclusão: apresentar as conclusões relevantes face aos objetivos do trabalho, e indicar formas de continuidade do estudo. Agradecimentos: podem ser registrados agradecimentos a instituições ou indivíduos que prestaram efetiva colaboração para o trabalho, em parágrafo com até cinco linhas. Referências: devem ser normalizadas de acordo com o estilo Vancouver. A identificação das referências no texto, nas tabelas e nas figuras deve ser feita por número arábico, correspondendo à respectiva numeração na lista de referências. As referências devem ser listadas pela ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto (e não em ordem alfabética). Esse número deve ser colocado em expoente. Todas as obras citadas no texto devem figurar nas referências. Exemplos: 1. ARTIGOS EM PERIÓDICOS Artigo com um autor: Marina CS. O processo de envelhecimento no Brasil: desafios e perspectivas. Textos Envelhecimento 2005 jan-abr;8(1): 43-60. Artigo com até três autores, citar todos: Daumas RP, Mendonça GAS, León AP. Poluição do ar e mortalidade em idosos no município do Rio de Janeiro: análise de série temporal. Cad Saúde Pública 2004 fev; 20(1):311-19. Artigo com mais de três autores usar “et al”: 39 Silva DMGV, et al. Qualidade de vida na perspectiva de pessoas com problemas respiratórios crônicos: a contribuição de um grupo de convivência. Rev Lat Am Enfermagem 2005 fev;13(1):7-14. 2. LIVROS Autor pessoa física: Minayo CS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10 ed. São Paulo:Hucitec; 2007. Autor organizador: Veras RP, Lourenço R, organizadores.Formação humana em Geriatria e Gerontologia: uma perspectiva interdisciplinar. 1ª ed. Rio de Janeiro: UnATI/UERJ; 2006. Autor instituição: Organização Mundial de Saúde (OMS). Envelhecimento ativo: uma política de saúde.Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde; 2005. 3. CAPÍTULO DE LIVRO Prado SD, Tavares EL, Veggi AB . Nutrição e saúde no processo de envelhecimento. In:Veras RP, organizador. Terceira idade: alternativas para uma sociedade em transição. 1ªed. Rio de Janeiro: Relume Dumará; 1999. p. 125-36. 4. ANAIS DE CONGRESSO - RESUMOS Machado CG, Rodrigues NMR. Alteração de altura de forrageamento de espécies de aves quando associadas a bandos mistos. VII Congresso Brasileiro de Ornitologia; 1998; Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UERJ/NAPE; 1998. 5. DISSERTAÇÃO E TESE 40 Lino VTS. Estudo da resposta imune humoral e da ocorrência de episódios de gripe após a vacinação contra influenza em idosos. [tese]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; 2001. 6. DOCUMENTOS LEGAIS Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196/96, de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre Diretrizes e Norma Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União 1996; 16 set. 7. MATERIAL DA INTERNET Artigo de periódico: Meira EC, Reis LA, Mello IT, Gomes FV, Azoubel R, Reis LA. Risco de quedas no ambiente físico domiciliar de idosos: Textos Envelhecimento [Internet]. 2005 [Acesso em 2007 nov 2]; 8(3). Disponível em <URL:http://www.unati.uerj.br/tse/scielo.php?script=sci_arttext &pid=5151759282005000300006&ing=pt&nrm=iso.> Livro: Assis M, organizador. Promoção da saúde e envelhecimento: orientações para o desenvolvimento de ações educativas com idosos. Rio de Janeiro; 2002. 146p. (Série Livros Eletrônicos) [acesso em 2010 jan 13]. Disponível em: URL: <http//www.unati.uerj.br> Documentos legais: Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Brasília: 2006. [Acesso em 2008 jul 17]. Disponível em: URL: < http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2528%20aprova%20a%20politica%20n acional%20de%20saude%20da%20pessoa%20idosa.pdf> Documentos 41 (a) Declaração de responsabilidade e Autorização de publicação Os autores devem encaminhar, juntamente com o manuscrito, carta autorizando a publicação, conforme modelo a seguir: DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS Título do manuscrito: 1. Declaração de responsabilidade Certifico minha participação no trabalho acima intitulado e torno pública minha responsabilidade por seu conteúdo. Certifico que não omiti quaisquer acordos com pessoas, entidades ou companhias que possam ter interesse na publicação deste artigo. Certifico que o manuscrito representa um trabalho original e que nem este ou qualquer outro trabalho de minha autoria, em parte ou na íntegra, com conteúdo substancialmente similar, foi publicado ou enviado a outra revista, seja no formato impresso ou no eletrônico, exceto o descrito em anexo. 2. Transferência de Direitos Autorais Declaro que, em caso de aceitação do artigo, a Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia passará a ter os direitos autorais a ele referentes, que se tornarão propriedade exclusiva da Revista, sendo vedada a reprodução total ou parcial sem o competente agradecimento à Revista. 3. Conflito de interesses Declaro não ter conflito de interesses em relação ao presente artigo. Data, assinatura e endereço completo de todos os autores. (b) Autorização para reprodução de tabelas e figuras 42 Havendo no manuscrito tabelas e/ou figuras extraídas de outro trabalho previamente publicado, os autores devem solicitar por escrito autorização para sua reprodução. PERMISSÃO DE REPRODUÇÃO É permitida a reprodução no todo ou em parte de artigos publicados na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, da UERJ/UnATI/CRDE, desde que sejam mencionados o nome do(s) autor(es), em conformidade com a legislação de Direitos Autorais. Envio do Manuscrito Os manuscritos devem ser encaminhados a revista no endereço abaixo. Enviar uma via em papel, acompanhada de autorização para publicação assinada por todos os autores. Enviar, ainda, arquivo eletrônico do manuscrito, em Word. O arquivo pode ser em CD (enviado juntamente com a cópia em papel) ou apenas por e-mail. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia UnATI/CRDE Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rua São Francisco Xavier, 524 - 10º andar - bloco F - Maracanã 20559-900 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil E-mail: [email protected] e [email protected]