REGIONAL NORDESTE | ANO 10 | Nº 32 | RECIFE | FEV | 2013
Entrevista com
Angelo Leite
Diretor Regional Abinee NE
DIVULGAÇÃO
Pernambucano, vindo de Santa Maria da Boa Vista, o empresário Angelo Leite,
49, formado em engenharia elétrica há 25 anos pela Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), além de obter êxito em empreendimentos que envolvem
tecnologia e mobilidade urbana pelo país – através das empresas Serttel,
Mobilicidade e Samba - também exerce papel importante na direção da Abinee.
Angelo é o nosso entrevistado do mês e faz uma análise sobre o comportamento
da Indústria Eletroeletrônica em 2012 e as perspectivas para o setor em 2013.
Abinee News - O setor
eletroeletrônico no Brasil fecha
2012 com faturamento 5% superior
ao resultado do ano passado. O
segmento movimentou 145,4 bilhões
de reais, enquanto em 2011 os
números ficaram em 138,1 bilhões.
Como diretor da Abinee, que
análise o senhor faz do desempenho
do setor em 2012 e quais as
perspectivas para 2013?
Angelo Leite - Apesar do balanço
positivo, a alta em relação a 2011
ficou abaixo das projeções da
indústria, que esperava incremento
dos negócios da ordem de 13%.
Para 2013, o segmento projeta
receita de 156,7 bilhões de reais
com expansão de 8%. As medidas
adotadas pela presidente Dilma
Rousseff geram impacto positivo.
O governo atual elegeu a indústria
como uma prioridade. No entanto,
vale ressaltar que a desaceleração
do mercado externo gera impacto
para a indústria brasileira, que
reduziu suas exportações. O
resultado das exportações não foi
melhor devido à queda de 23% das
vendas para a Argentina, um dos
principais mercados de produtos
eletroeletrônicos. Estamos buscando
outros mercados para vender nossos
produtos.
AN – Que atividades devem
representar maior aquecimento
à indústria eletroeletrônica este
ano e qual o volume aproximado
de investimentos que devem ser
gerados?
AL – Como falamos, o setor estima
crescimento da ordem de 8% da
receita em 2013, principalmente
em função da aproximação da
Copa do Mundo e das Olimpíadas.
Esse incremento deverá gerar, de
acordo com levantamento feito no
final do ano passado pela Abinee,
algo em torno de mais 4 mil novos
empregos, aumentando a quantidade
de trabalhadores para 187 mil. Em
termos de investimentos, tudo indica
que teremos aceleração em relação à
infraestrutura – para atender às
necessidades do país, inclusive dos
eventos esportivos. A indústria
estima aplicar 4,6 bilhões de reais,
14% acima dos 4 bilhões de reais
desembolsados em 2012.
AN – Já que falamos dos eventos
esportivos, que segmento deve
ter mais destaque, entre os
eletroeletrônicos, aproveitando esse
momento de investimentos em torno
da Copa das Confederações, Copa
do Mundo e das Olimpíadas?
AL - O mercado de segurança
eletrônica retomou seu ritmo de
crescimento e a expectativa é
que se mantenha durante todo o
ano de 2013. As grandes obras de
infraestrutura aquecem o mercado,
aumentando as oportunidades
de negócios para integradores e
fabricantes de maior porte. Por
outro lado, o contínuo crescimento
da construção civil impulsiona as
instalações de pequeno e médio
portes, aumentando o surgimento
de novas empresas e necessidade de
mão de obra especializada.
DIVULGAÇÃO
Abinee apoia o 3º SIREE no Recife
O Porto Digital, através do Itgreen – Inovação e
Sustentabilidade – promoveu, entre os dias 5 e 7 de
fevereiro, o Seminário Internacional sobre Resíduos
de Equipamentos Eletroeletrônicos (SIREE). O
evento, realizado com o apoio da Abinee e demais
parceiros pelo 3º ano consecultivo, compõe a grade
da programação do Recife Summer School (RSS).
O SIREE tem como objetivos promover o debate
sobre a gestão dos resíduos de equipamentos
eletroeletrônicos, divulgar boas práticas para uma
gestão de TIC mais sustentável e propor ações de
sensibilização socioambiental com a participação das
empresas locais, da sociedade civil, da iniciativa privada
e das representações públicas.
Para André Luís Saraiva, diretor de Responsabilidade
Social Empresarial da Abinee, o evento tem
importância fundamental num polo de inovações
tecnológicas como o Porto Digital. “É importante para
que possamos mostrar à população local quem somos,
o que estamos fazendo e onde queremos chegar.
Trazemos experiências de outros países, mostramos
como eles se perceberam, discutiram e traçaram
elementos para o futuro”, pontuou.
Ainda segundo André Luís, eventos como o SIREE
ajudam a gerar oportunidades às pessoas que estão à
margem da sociedade, criando a cultura da devolução
assistida.
A programação do SIREE 2013 contou com atividades
antes e durante o evento, a exemplo de oficinas de
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DIVULGAÇÃO
André Luís Saraiva, diretor da Abinee, levantou discussões sobre a gestão dos resíduos no Brasil
Evento discutiu alternativas e traçou elementos para o futuro
metarreciclagem/robótica, campanha de recebimento
e reciclagem de resíduos tecnológicos, palestras,
apresentações de artigos científicos, competições de
startups, entre outras.
A primeira edição do SIREE, promovida em fevereiro
de 2011, ocorreu pouco tempo depois da instituição
da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS (Lei
12.305, agosto de 2010), momento que intensificou as
discussões sobre a logística reversa dos resíduos de
equipamentos eletroeletrônicos no Brasil. A partir de
então, o SIREE tem se destacado como evento pioneiro
no setor.
‘‘O SIREE visa trazer soluções que contribuam para o
desenvolvimento sustentável do Porto Digital, a partir
do envolvimento conjunto do poder público e privado
nas discussões de responsabilidade. Além disso, a
participação ativa das empresas de TI tem sido também
foco do evento”, explicou Joana Sampaio, coordenadora
do SIREE.
Retração dos investimentos
produtivos contribuiu para baixo desempenho
da indústria eletroeletrônica em 2012
Conforme estudo da Abinee, o faturamento da
indústria elétrica e eletrônica atingiu, em 2012,
o montante de R$ 145 bilhões, o que significou
acréscimo de 5% em relação a 2011. O resultado
frustrou as perspectivas iniciais, que indicavam, no
final do ano passado, o índice de 13%.
As razões para esta diferença entre o que foi
previsto e o que foi realizado estão na retração
dos investimentos produtivos - atribuída à
crise internacional -, e pelo consumo abaixo
das expectativas baseadas nos indicadores
sociais favoráveis do início do ano, que levavam
a perspectivas melhores das que ocorreram
efetivamente.
Deve-se salientar que o governo vem atuando para
promover o crescimento da atividade econômica,
inclusive, com medidas direcionadas especialmente
para o setor industrial, entre as quais se destacam:
adequação das taxas de câmbio para patamares mais
realistas (desvalorização média do Real em relação
ao Dólar de cerca de 14% em 2012 sobre 2011);
redução da taxa juros, tanto por meio da redução da
taxa Selic, como pela atuação dos bancos estatais.
Além dessas, o Programa Brasil Maior, que
estabeleceu uma Política Industrial com objetivos
claros e métodos de gerenciamento, cujo escopo é
a inovação e fortalecimento das cadeias produtivas
dos setores industriais; redução dos encargos da
folha de pagamento, que favorecerá a fabricação de
produtos cuja receita corresponde cerca de 35%
do faturamento do setor; redução dos custos do
financiamento ao investimento pelo BNDES, como,
por exemplo, o PSI – Programa de Sustentação
do Investimento, que contempla a aquisição de
máquinas e equipamentos, e cuja taxa de juros está
em 2,5% ao ano e redução do IPI para produtos da
“linha branca” e materiais de construção.
Perspectivas para 2013
Ainda de acordo com estudo da Abinee, em 2013, alguns fatores poderão contribuir para o crescimento
da indústria eletroeletrônica. A taxa de câmbio, mesmo permanecendo nos níveis atuais, deverá ter efeitos
positivos na competitividade do setor. A desoneração da folha de pagamentos irá valer para uma gama maior
de empresas.
A redução de custos de energia elétrica também deverá reduzir os custos de produção da indústria.
Neste caso, porém, segundo a pesquisa, preocupa a eventual perda de recursos para investimentos pelas
concessionárias de energia elétrica, o que afetaria a indústria de equipamentos para Geração e Transmissão de
Energia.
Também se espera a aceleração dos investimentos na infraestrutura do País para atender às necessidades dos
eventos esportivos, especialmente na área de Telecomunicações. Diante disso, o crescimento do setor deverá
ser de 8%, atingindo o faturamento de R$ 156,7 bilhões.
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Porto Leve
Baseado no mesmo modelo implantado
nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo
e Porto Alegre, o Recife – onde está
a sede da empresa Serttel, que gere e
administra o Bike Rio, Bike Sampa, Bike
Poa, Integrabike (Sorocaba) e Petrolina
– acaba de entrar na lista de cidades
com estações de aluguel de bicicletas. O
serviço é uma iniciativa do Porto Digital
e começou a funcionar no último dia
8 de janeiro. Batizado de PortoLeve,
o programa conta com 10 estações e
100 bicicletas, num perímetro de 4,7
quilômetros quadrados.
Eletra Energy Solutions
Responsabilidade social como propulsora
de excelência em produtividade,
prestação de serviços e qualidade de vida.
Essa é a filosofia que rege a Eletra Energy
Solutions – empresa do Grupo FAE
Participações, há 45 anos no mercado.
A Eletra é o resultado de uma aliança
com a Hexing, líder mundial em medição
eletrônica de energia, comercializando
mais de 8 milhões de medidores por ano
e com portfólio completo de soluções
AMI.
A empresa mantém programas de
incentivos aos seus colaboradores. Entre
eles: Capacitação de Jovens Aprendizes,
a Biblioteca Eletra, a Área de Lazer, Café
com o Diretor, Bebê a Bordo e o Pallet de
Papelão (com ações ambientais).
Ibyte
Recém-chegada ao Recife, a Ibyte é a
empresa de tecnologia que mais cresce
no Nordeste. Além da unidade do Ceará,
hoje são 14 lojas de varejo distribuídas
nos estados de Pernambuco, do Piauí, Rio
Grande do Norte e Maranhão. A Ibyte
surgiu no mercado como revendedora
de produtos de informática e, há mais
de 12 anos, vem se consolidando
como varejista de grandes marcas e
fabricante de desktops, notebooks e
netbooks. É pioneira no setor, no Ceará,
e é responsável pela geração de mais
de 600 empregos diretos e indiretos,
proporcionando o desenvolvimento
regional.
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promove e discute estratégias
de desenvolvimento
FOTO: GETTY IMAGE
Fique por dentro
FIEE 2013
Feira Internacional faz parte do Abinee Tec, que também compreende Fórum e Seminários.
O pavilhão de exposições do Anhembi recebe, de 1 a 5 de abril,
o maior e mais completo evento do setor, a 27ª FIEE Elétrica
(Feira Internacional da Indústria Elétrica, Eletrônica, Energia e
Automação), em São Paulo. O evento faz parte do Abinee Tec –
que também compreende Fórum e Seminários, simultaneamente
– e terá como tema principal os 50 anos da Abinee e o Futuro da
Indústria Elétrica e Eletrônica, marcando, dessa forma, o início das
comemorações do cinquentenário da entidade.
Durante o evento, os participantes terão a oportunidade de
conhecer o Memorial Abinee, que apresentará, através de
documentos, fotos e depoimentos, um pouco da história da
entidade. O Abinee Tec contará, também, nos dias 2 e 3, com
o Seminário Resultados da Lei de Informática, que apresentará
os efeitos da aplicação da Lei nos diversos segmentos do setor
eletroeletrônico. No dia 4, será realizado um Talk Show para
debater o tema Segurança em Edificações. No último dia do
evento (5), o assunto em destaque será Logística Reversa de
Equipamentos Elétricos e Eletrônicos.
Organizada pela Reed Alcantara Machado, com o apoio da Abinee,
a FIEE promove produtos e serviços e apresenta ao mercado as
mais recentes novidades e tendências do consumo, no âmbito
nacional e internacional.
Expediente:
Diretor Regional: Angelo Leite
Vice Diretor: Renzo Sudário
Gerente Regional: Marco Rogério Santos
Produção, edição e diagramação:
Serviço:
Redação: Rua Domingos José Martins, 75 - Sl 101 - Recife Antigo,
CEP: 50030-200 - Fone: 81 3271-4266
Para anunciar: fone: 81 3271-4266, [email protected], www.abinee.org.br
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Informativo Abinee-NE - nº 32 - Abinee