UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CESAR OLAVO BEZERRA BARBOSA ROBSON ERASMO VIEIRA DA CUNHA DIMENSIONAMENTO DE TRELIÇAS METÁLICAS USUAIS PADRONIZADAS, COM AUXÍLIO DE UMA FERRAMENTA COMPUTACIONAL E CÁLCULOS MANUAIS BELÉM – PA 2013 CESAR OLAVO BEZERRA BARBOSA ROBSON ERASMO VIEIRA DA CUNHA DIMENSIONAMENTO DE TRELIÇAS METÁLICAS USUAIS PADRONIZADAS, COM AUXÍLIO DE UMA FERRAMENTA COMPUTACIONAL E CÁLCULOS MANUAIS. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil, do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade da Amazônia como requisito para a obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof. Me. Antônio Massoud Salame. BELÉM – PA 2013 CESAR OLAVO BEZERRA BARBOSA ROBSON ERASMO VIEIRA DA CUNHA DIMENSIONAMENTO DE TRELIÇAS METÁLICAS USUAIS PADRONIZADAS, COM AUXÍLIO DE UMA FERRAMENTA COMPUTACIONAL E CÁLCULOS MANUAIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil, do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade da Amazônia como requisito para a obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof. Me. Antônio Massoud Salame. Banca Examinadora: Data da Aprovação: 9/12/2013. ____________________________________ Prof. Me Antônio Massoud Salame Orientador ____________________________________ Prof. Dr. Selênio Feio da Silva _____________________________________ Prof. Me. Evaristo C. R. dos Santos Junior BELÉM – PA 2013 Dedicamos este trabalho as nossas famílias, em especial aos nossos pais, pelo apoio e o amor incondicional a nós concebido. AGRADECIMENTOS Agradecemos a conclusão deste trabalho ao nosso Orientador Prof. Me. Antonio Salame Massoud, pelo incentivo, colaboração e apoio, desde o surgimento da ideia. “A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.” Arthur Schopenhauer RESUMO Treliças metálicas planas são largamente utilizadas em estruturas para coberturas de galpões industriais, aliando leveza e resistência. Visando a elaboração de préprojetos com mais praticidade e velocidade, que propiciem a obtenção de estruturas com uma melhor relação custo-benefício. Foram efetuados estudos de casos simulando as condições mais usuais no emprego desses tipos de estruturas de cobertura. Partindo de dois modelos de treliçamento, o tipo Howe e o Atirantado de duas Aguas. Os elementos foram dimensionados obedecendo as condições das normas: NBR 8800 e NBR 6123, utilizando perfis dobrados em forma de dupla cantoneiras e perfis “C”. Quanto aos resultados, o processo de verificação e identificação de modelos padrões e economicamente usuais foi efetivo, os resultados obtidos pela ferramenta computacional foram validados com êxito pelos cálculos manuais, dessa forma foram estabelecidos o consumo de aço por metro linear e metro quadrado de cada modelo analisados, provando a hipótese de tornar possível mais eficácia, e agilidade nas etapas de anteprojeto e orçamentária em virtude desse embasamento de dados. Palavras-chave: Treliça Metálica. Cobertura Dimensionamento de Treliça. ABSTRACT para Galpão Industrial. Flat metal trusses are widely used for roofing structures for industrial buildings, combining lightness and strength. Aiming at the development of pre-projects with more convenience and speed, which enable the obtaining structures with a more cost-effective. Case studies were conducted by simulating the conditions in the more usual use of this type of roofing structure. Starting from two models trusses the type Howe and cable-stayed two waters. The elements were scaled obeying the conditions of the rules: NBR 8800 and NBR 6123, using profiles folded into a double angle and profiles "C". As for the results, the process of verification and identification of patterns and economically useful models was effective, the results obtained by computational tool has been validated successfully by manual calculations, thus the consumption of steel per linear foot and square meter of each model were established analyzed, proving the hypothesis can become more effective, and agility in steps and draft budget because this foundation data. Keywords: Lattice Metallic. Industrial Shed Coverage. Scaling Truss. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Mapa de isopletas do Brasil – Velocidade básica Vo (m/s). 27 Figura 2 - Interface do Software Avwin. 32 Figura 3 - Resistência à corrosão de um aço patinável (ASTM A242) e de um aço comum (ASTM A36) expostos às atmosferas industrial (Cubatão, S.P.) 35 Figura 4 - Treliça tipo Howe Tradicional. 40 Figura 5: Treliça tipo Pratt. 40 Figura 6 - Treliça de Banzos Paralelos sem Tirantes. 40 Figura 7 - Treliça Tipo Howe de duas Aguas. 40 Figura 8 - Treliça de Arco circular 40 Figura 9 - Treliça de duas Aguas Atirantada. 41 Figura 10 - Telha Metálica. 41 Figura 11 - 43 Telha de fibrocimento ondulada. Figura 12 - Modelo de treliça tipo Howe 44 Figura 13 - Modelo de treliça Atirantada de duas Aguas 44 Figura 14 - Vista 3D da disposição dos Perfis nas treliças Atirantadas. 45 Figura 15 - Vista 3D da disposição dos Perfis nas Treliças Tipo Howe. 45 Figura 16 - Detalhes da treliça tipo Howe - Vão de 10 metros. 48 Figura 17 - Nomenclatura das barras no modelo Howe de 10 metros 48 Figura 18 - Somatória de momentos no ponto A. 51 Figura 19 - Esquema de esforços nos nós. 53 Figura 20 - Esquema de esforços nos nós. 55 Figura 21 - Detalhes da treliça tipo Atirantada - Vão de 10 metros. 57 Figura 22 - Nomenclatura das barras no modelo Atirantado de 10 metros 57 Figura 23 - Somatória de momentos no ponto A. 60 Figura 24 - Esquema de esforços nos nós. 61 Figura 25 - Esquema de esforços nos nós 63 Figura 26 - Detalhes da treliça tipo Howe - Vão de 15 metros. 65 Figura 27 - Nomenclatura das barras no modelo Howe de 15 metros 65 Figura 28 - Detalhes da treliça tipo Atirantado - Vão de 15 metros. 67 Figura 29 - Nomenclatura das barras no modelo Atirantada de 15 metros. 68 Figura 30 - Detalhes da treliça tipo Howe- Vão de 20 metros 71 Figura 31 - Nomenclatura das barras no modelo Howe de 20 metros 71 Figura 32 - Detalhes da treliça tipo Atirantada - Vão de 20 metros 73 Figura 33 - Nomenclatura das barras no modelo Atirantado de 20 metros 74 Figura 34 - Detalhes da treliça tipo Howe - Vão de 25 metros. 77 Figura 35 - Nomenclatura das barras no modelo Howe de 25 metros 77 Figura 36 - Detalhes da treliça tipo Atirantada - Vão de 25 metros 80 Figura 37 - Nomenclatura das barras no modelo Atirantada de 25 metros 80 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Tabela 8 Tabela 9 Tabela 10 Tabela 11 Tabela 12 Tabela 13 Tabela 14 Tabela 15 Tabela 16 Tabela 17 Tabela 18 Tabela 19 Tabela 20 Tabela 21 Tabela 22 Tabela 23 Tabela 24 Tabela 25 Tabela 26 Tabela 27 Tabela 28 Tabela 29 Tabela 30 Tabela 31 Tabela 32 Tabela 33 Tabela 34 Tabela 35 Tabela 36 Tabela 37 - Aços de uso frequente especificados pela ASTM para uso estrutural. Resistência à tração do metal da solda. Valores dos coeficientes de ponderação das resistências ᵞm. Valores dos coeficientes de ponderação das ações Definição de categorias para determinação do coeficiente S2. Definição de classes de edificação para determinação de S2. Parâmetros meteorológicos b, Fr e p. Valores mínimos para o coeficiente S3. Limite de Escoamento Mínimo Aço Comparativo de composição química e propriedades mecânicas de aços. Catálogo de Perfis tipo “C” dobrado. Catálogo de Perfis Dobrados Tipo Cantoneiras Abas Iguais. Tipos de revestimentos a base de zinco. Cargas permanentes e sobrecarga adotadas. Parâmetros adotados para cálculo do efeito da carga acidental na cobertura dos galpões estudados. Cálculo da carga acidental imposta na cobertura. Características Técnicas das Telhas Metálicas e Fibrocimentíceas. Esforços axiais de tração, e compressão nas barras da treliça tipo Howe 10m. Quadro de perfis adotados pelo software. Quadro Quantitativo de Consumo de Materiais: Howe 10m. Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Atirantado de 10 m. Quadro de perfis adotados pelo software. Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 15m. Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Howe de 15 m. Quadro de perfis adotados pelo software Tabela 26 - Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 15m. Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Atirantada de 15 m. Quadro de perfis adotados pelo software. Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 15m. Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Howe de 20 m. Quadro de perfis adotados pelo software. Quadro de Quantitativos de materiais: Howe 20 m. Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Atirantado de 20 m. Quadro de perfis adotados pelo software Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 20 m. Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Howe de 25 m. Quadro de perfis adotados pelo software 18 19 21 25 28 29 29 30 34 37 38 38 42 46 46 47 47 49 50 50 58 59 59 66 66 67 68 70 70 71 72 73 74 76 76 78 79 Tabela 38 Tabela 39 Tabela 40 Tabela 41Tabela 42 Tabela 43 - Tabela 44 - Quadro de Quantitativos de materiais: Howe 25 m. Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Atirantado de 25 m. Quadro de perfis adotados pelo software. Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 25 m. Consumo de Aço por m² de cobertura (Terças e Treliças). Quadro de perfis adotados para os modelos analisados do tipo Howe, discriminando as cargas atuantes, admissíveis e o percentual de utilização das barras. Quadro de perfis adotados para os modelos analisados do tipo Atirantada, discriminando as cargas atuantes, admissíveis e o percentual de utilização das barras. 79 80 82 82 85 86 87 SUMÁRIO 1 1.1 1.2 1.2.1 1.2.2 1.3 1.4 1.5 1.5.1 1.5.2 1.5.3 2 2.1 2.1.1 2.1.2 INTRODUÇÃO PROBLEMÁTICA OBJETIVOS Objetivo geral Objetivo específico JUSTIFICATIVA HIPÓTESE METODOLOGIA EMPREGADA Modelo do Estudo Objeto de Estudo Local FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ABNT NBR 8800:2008 - PROJETO DE ESTRUTURAS DE AÇO E DE ESTRUTURAS MISTAS DE AÇO E CONCRETO DE EDIFÍCIOS Materiais Eletrodos, arames e fluxos para soldagem 13 13 14 14 14 14 15 15 15 16 16 17 17 18 18 2.1.3 2.1.3.1 2.1.3.2 2.1.4 2.1.4.1 2.1.4.2 2.1.4.3 2.1.5 2.1.5.1 2.1.5.2 2.1.5.3 2.1.5.4 2.2 2.2.1 2.2.2 2.3 2.4 2.4.1 2.4.1.1 2.4.1.2 2.5 2.6 3 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.6.1 3.6.2 3.6.3 3.6.4 3.7 3.7.1 3.7.2 3.8 3.8.1 3.8.2 3.9 3.9.1 3.9.2 4 4.1 4.2 Barras prismáticas submetidas à força axial de tração Força axial resistente de cálculo a tração Limitação do índice de esbeltez para barras tracionadas Barras prismáticas submetidas à força axial de compressão Força axial resistente de cálculo à compressão Fator de redução X Limitação do índice de esbeltez para barras comprimidas Segurança e estados-limites Condições usuais relativas aos estados-limites Ações Coeficiente de ponderação das Ações Coeficiente de ponderação das ações no estado-limite último (ELU) e estado-limite de serviço (ELS). ABNT NBR 6123:1988 - FORÇAS DEVIDAS AO VENTO EM EDIFICAÇÕES Determinação da pressão dinâmica ou de obstrução Determinação das forças estáticas devido ao vento SOFTWARE AVWIN AÇOS ESTRUTURAIS Catálogo de perfis “C”, e cantoneiras de abas iguais Gerdau Especificações técnicas do perfil “C” dobrado Especificações técnicas da Cantoneira de Abas Iguais Dobrada TRELIÇAS PLANAS TELHAS METÁLICAS TRAPEZOIDAL E/OU ONDULADA DE FIBROCIMENTO ESTUDO DE CASO DEFINIÇÃO DOS MODELOS TIPOLÓGICOS DAS TRELIÇAS DEFINIÇÃO DO MATERIAL DEFINIÇÃO DAS CARGAS PERMANENTES E SOBRECARGAS DEFINIÇÃO DA CARGA ACIDENTAL – AÇÃO DO VENTO CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DAS TELHAS VÃO DE 10 METROS Treliça tipo Howe: 10 metros Validação manual de cálculo pelos métodos de Ritter e dos nós Treliça de duas aguas Atirantada: 10 metros Validação Manual de cálculo pelos métodos de Ritter e do nós VÃO DE 15 METROS Treliça tipo Howe: 15 metros Treliça de duas aguas Atirantada VÃO DE 20 METROS Treliça tipo Howe Treliça de duas aguas Atirantada VÃO DE 25 METROS Treliça tipo Howe Treliça de duas aguas Atirantada ANÁLISE DOS RESULTADOS ANÁLISE COMPARATIVA DO CONSUMO DE AÇO ENTRE OS MODELOS HOWE E ATIRANTADA CONSUMO DE AÇO POR METRO LINEAR DE TRELIÇA DOS MODELOS ESTUDADOS 19 20 21 21 22 22 23 23 24 24 24 25 25 27 30 31 32 37 38 38 39 41 44 44 44 46 34 47 47 48 51 57 59 65 65 67 70 70 73 76 76 79 83 83 83 4.3 4.4 5 CONSUMO DE AÇO POR METRO QUADRADO DOS MODELOS DE TRELIÇA ANALISADOS ANÁLISE DOS PERFIS ADOTADOS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS 84 85 88 90 15 1 INTRODUÇÃO Treliças são estruturas constituídas, basicamente, por barras retas unidas apenas pelas extremidades, através de nós articulados. Como os esforços são aplicados apenas nesses nós, somente esforços axiais de tração e compressão atuam nas barras. Na prática, os nós raramente são rotulados, sendo as barras conectadas através de rebites, parafusos ou soldas. Entretanto, essa simplificação pode ser feita, pois a esbeltes das barras impede que haja transferência de binários significantes. Segundo Pereira (2007), nos dias atuais é muito comum utilizar estruturas treliçadas em projetos de grandes construções. Estas estruturas são bastante utilizadas em situações onde deseja-se obter uma estrutura leve, mas com elevada resistência. Em diversas situações práticas da aplicação de treliças metálicas em coberturas, o projetista vai se deparar com inúmeras possibilidades de modelos, com diferentes variações de disposições dos perfis. Em virtude da busca pela melhor relação custo benefício, e por uma maior velocidade e praticidade na execução do processo de orçar o projeto, caracteriza-se a justificativa do desenvolvimento desse trabalho. Vislumbrou-se definir através de métodos de otimização topológica com o auxílio de um software computacional, configurações tipológicas de treliças metálicas padronizadas e pré-dimensionadas para diversos tamanhos de vãos usuais. Fazendo em conjunto a isso, a discriminação dos perfis a serem utilizados obedecendo a NBR 8800: 2008. 1.1 PROBLEMÁTICA A dificuldade de extração e fornecimento da madeira devido a restrições ecológicas atuais acarretou em uma elevação do custo dessa matéria prima, inviabilizando sua utilização em diversos setores de sua cadeia consumidora, entre eles a construção civil, que se viu prejudicada com a alta nos preços e a dificuldade de obtenção do produto. Esse fato aliado a um aumento crescente da demanda de construção imobiliária e investimentos diversos em infraestrutura no país, fez com que a engenharia buscasse prementes soluções para substituição da madeira em varias situações. 16 Em meio a esse cenário a utilização do aço vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, a fim de tornar viáveis preços mais competitivos e garantir uma seguridade quanto a fornecimento de matéria prima, visto que segundo a Federação da Indústria do Estado do Pará (FIEPA, 2013) o estado do Pará é o segundo maior extrator de minério de ferro do Brasil, e também é o que possui a maior reserva desse minério no mundo. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo geral O objetivo da elaboração desse trabalho foi definir, com o auxilio de um software computacional, e uma comprovação manual de cálculo, configurações de treliças metálicas já pré-dimensionadas para estruturas de cobertura de galpões industriais, com o proposito de agregar agilidade nas etapas iniciais do processo orçamentário, utilizando comprimentos de vãos mais usuais. Em conjunto a isso, fazer a discriminação dos perfis a serem utilizados obedecendo a NBR 8800: 2008. 1.2.2 Objetivo específico Serão definidos dois modelos geométricos usuais de treliça, os tipos: Howe e de duas águas com tirante. Para os mesmo, serão calculados quatro diferentes tamanhos de vãos ( 10 metros, 15 metros, 20 metros e 25 metros ), obedecendo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e buscando sempre a utilização de perfis em diâmetros comerciais. 1.3 JUSTIFICATIVA Para uma mesma situação de vão e carregamento, há inúmeras formas de se dispor as barras na treliça de forma eficaz e segura, e o engenheiro projetista o fará baseado em sua habilidade, experiência e intuição. Contudo, esse processo nem sempre é o mais satisfatório com relação à economia. Visto que o mercado da engenharia é de extrema competitividade e, para um profissional obter vantagem no mercado, é necessário que seus projetos cumpram os requisitos de desempenho e segurança com um custo menor que os concorrentes. É nessa busca por uma maior 17 eficiência, que se justifica o desenvolvimento desse trabalho, que consiste no vislumbramento de poder oferecer mais rapidez nas tomadas de decisões, na escolha do tipo da cobertura, conseguindo obter uma noção primária de custo do serviço, acarretando num aumento da praticidade nas etapas do processo de orçar e pré-projetar uma obra, onde se faça presente à necessidade da utilização de treliçamento metálico para cobertura de galpões industriais. É valido ressaltar, que esse pré-projeto não substitui o cálculo especifico de cada projeto de cobertura, e que não é a intenção desse trabalho desenvolver um “kit pronto” para todas as situações de galpões, apenas tem a finalidade de auxiliar o projetista nas etapas acima citadas. 1.4 HIPÓTESE Este trabalho visa provar que é possível identificar soluções de treliças metálicas padrões para galpões industriais mais usuais, a fim de contribuir para eficiência econômica e a velocidade do processo. 1.5 METODOLOGIA EMPREGADA Este Trabalho de conclusão de curso foi desenvolvido baseado em pesquisas em livros técnicos, artigos periódicos, trabalhos de conclusão de curso, sites de engenharia, e catálogos de empresas especializadas. 1.5.1 Modelo do Estudo A realização deste trabalho se dará por meio de um levantamento de dados globais que norteiam o dimensionamento de estruturas metálicas como um todo, desde características do aço até carregamento de vento. Esse material será aplicado em conjunto no processo de modelagem das treliças, com o objetivo de estabelecer uma proposta de modelo padronizada sugerida através do comparativo dos modelos estudados. 1.5.2 Objeto de Estudo Esta pesquisa tem como objeto principal de estudo as treliças planas metálicas. 18 1.5.3 Local A pesquisa e os cálculos de dimensionamento foram realizados em Belém, Capital do estado do Pará, no período de Fevereiro à Novembro de 2013. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 ABNT NBR 8800:2008 - PROJETO DE ESTRUTURAS DE AÇO E DE ESTRUTURAS MISTAS DE AÇO E CONCRETO DE EDIFÍCIOS 19 A ABNT NBR 8800 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de Estudo de Estruturas de Aço (CE-02:125.03). O seu 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 13.07.2007 a 10.09.2007, com o número de Projeto ABNT NBR 8800. O seu 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 13.03.2008 a 12.05.2008, com o número de 2º Projeto ABNT NBR 8800. A NBR 8800:2008 usa o método dos estados limites e estabelece os requisitos básicos que devem ser obedecidos no projeto, quanto à temperatura ambiente de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios, nas quais as ligações sejam executadas com parafusos ou soldas, onde os perfis de aço sejam laminados ou soldados, ou de seção tubular (circular ou retangular) com ou sem costura. Essa norma foi criada com o objetivo de corrigir uma evidente distorção entre as normas NBR 8800:1986, que tratava de estruturas de aço e de vigas mistas à temperatura ambiente, e a NBR 14323:1999, feita para estruturas de aço e mistas em situação de incêndio, que possui também prescrições para pilares mistos e lajes mistas à temperatura ambiente. A NBR 8800:2008 corrige o problema, abordando o dimensionamento de todos os elementos estruturais mistos à temperatura ambiente (vigas, pilares e lajes) e, ainda, acrescentando as ligações mistas não abordadas anteriormente. A NBR 8800:2008 é uma norma aberta, não restritiva, permitindo que os projetistas usem os seus melhores conhecimentos técnicos para que as estruturas de aço e mistas tenham todas as suas potencialidades exploradas. Entretanto, há uma autorização explicita para que, nas situações não cobertas pela norma, o projetista empregue um procedimento aceito pela comunidade técnico-científica, acompanhado de estudos para manter o nível de segurança previsto pela mesma, e mesmo nas situações cobertas de maneira simplificada, o projetista pode usar um procedimento mais preciso e detalhado, desde que acompanhado por uma pesquisa fundamentada e aceita pela comunidade profissional. 2.1.1 Materiais Segundo a norma brasileira de estrutura metálica e mista em aço e concreto NBR 8800:2008, os aços aprovados para utilização são aqueles que possam assegurar resistência ao escoamento máxima de 450 MPa, e relação entre resistência à ruptura ( fu ) e ao escoamento (fy ) não inferior a 1,18, conforme Tab. 1. 20 Tabela 1 - Aços de uso frequente especificados pela ASTM para uso estrutural. Fonte: ABNT NBR 8800:2008. 2.1.2 Eletrodos, arames e fluxos para soldagem A ABNT NBR 8800:2008, determina que os eletrodos, arames e fluxos para soldagem tenham que obedecer às seguintes especificações: a) Para eletrodos de aço doce, revestidos, para soldagem por arco elétrico: AWS A5.1; b) Para eletrodos de aço de baixa liga, revestidos, para soldagem por arco elétrico: AWS A5.5; c) Para eletrodos nus de aço doce e fluxo, para soldagem por arco submerso: AWS A5.17; d) Para eletrodos de aço doce, para soldagem por arco elétrico com proteção gasosa : AWS A5.18; 21 e) Para eletrodos de aço doce, para soldagem por arco com fluxo no núcleo: AWS A5.20; f) Para eletrodos nus de aço de baixa liga e fluxo, para soldagem por arco submerso: AWS A5.23; g) Para eletrodos de baixa liga, para soldagem por arco elétrico com proteção gasosa: AWS A5.28; h) Para eletrodos de baixa liga, para soldagem por arco com fluxo no núcleo: AWS A5.29. A norma também especifica os metais de soldas quanto a sua resistência mínima a tração ( fw ), conforme Tab. 2. Tabela 2 - Resistência à tração do metal da solda. Fonte: ABNT NBR 8800:2008. 2.1.3 Barras prismáticas submetidas à força axial de tração De acordo com a ABNT NBR 8800:2008, as barras prismáticas submetidas à forças axiais de tração, incluindo barras ligadas por pinos e barras redondas com extremidades rosqueadas, terão que atender em seu dimensionamento essa condição exposta na equação 01. Equação 01: Onde: é a força axial de tração solicitante de cálculo, representado pela equação 02; Equação 02: Nt,Sd = m .N 22 é a força axial de tração resistente de cálculo, determinada conforme equações 03 e 04. 2.1.3.1 Força axial resistente de cálculo a tração A Norma estabelece que a força axial de tração resistente de cálculo, Nt,Rd, a ser usada no dimensionamento, exceto para barras redondas com extremidades rosqueadas e barras ligadas por pinos, é o menor dos valores obtidos, considerando-se os estados-limites últimos de escoamento da seção bruta e ruptura da seção líquida, de acordo com as expressões indicadas na equação 02. a) Para escoamento da seção bruta: b) Para escoamento da seção líquida: Onde: Ag é a área bruta da seção transversal da barra; Ae é a área líquida efetiva da seção transversal da barra; é a resistência ao escoamento do aço. 23 é a resistência à ruptura do aço. e são os coeficientes de ponderação das resistências no estado-limite último (ELU), fornecidos pela norma NBR 8800;2008, conforme na Tab. 3. Tabela 3 - Valores dos coeficientes de ponderação das resistências ᵞm. Fonte: ABNT NBR 8800:2008. 2.1.3.2 Limitação do índice de esbeltez para barras tracionadas A norma recomenda que o índice de esbeltez das barras tracionadas, tomando como a maior relação entre o comprimento destravado e o raio de giração correspondente (L/imin), excetuando os tirantes de barras redondas pré-tensionadas ou outras barras que tenham sido montadas com pré-tensão, não supere 300. Equação 05: λ = L/imin ≤ 300 2.1.4 Barras prismáticas submetidas à força axial de compressão A ABNT NBR 8800:2008, estabelece que as barras prismáticas submetidas à forças axiais de compressão, deverão seguir em seu dimensionamento a condição exposta na equação 06. 24 Equação 06: Onde: é a força axial de compressão solicitante de cálculo; é a força axial de compressão resistente de cálculo, determinada conforme equação 07. 2.1.4.1 Força axial resistente de cálculo à compressão Segundo a norma, a força axial de compressão resistente de cálculo, Nc,Rd, de uma barra, associada aos estados-limites últimos de instabilidade por flexão, por torção ou flexo-torção e de flambagem local, deve ser determinada pela equação 05: Equação 07: Onde: Ag é a área bruta da seção transversal da barra. X é o fator de redução associado à resistência à compressão, obtido nas equações 09 e 10. Q é o fator de redução total associado à flambagem local, cujo valor para o grupo de perfis abordados nesse trabalho deve ser obtido na equação 8.1 e 8.2. Equação 08.1: Q = 1,415 - 0,74 Equação 08.1: Q= para para 0,56 < ≤ 1,03 ≥ 1,03 é a relação entre a largura e a espessura da peça. 2.1.4.2 Fator de redução X A ABNT NBR 8800:2008, estabelece ao fator de redução associado à resistência à compressão, X, as seguintes equações 09 e 10. Equação 09: para 0 ≤ 1,5 : Equação 10: para 0 > 1,5 : Onde: 25 0 é o índice de esbeltez reduzido, dado na equação 11. Equação 11: Onde: Ne é a força axial de flambagem elástica, obtido pela equação 12. Equação 12 : Onde: l é o comprimento de flambagem da peça; Ix é o momento de inercia da seção transversal em relação ao eixo x; E é o módulo de elasticidade do aço; 2.1.4.3 Limitação do índice de esbeltez para barras comprimidas A NBR 8800:2008 recomenda que o índice de esbeltez das barras comprimidas, seja tomado como a maior relação entre o produto de KL e o raio de giração correspondente imin, portanto KL/imin, onde K é o coeficiente de flambagem, e L é o comprimento destravado, não deve ser superior a 200, conforme equação 05. Equação 05: λ = ≤ 200 2.1.5 Segurança e estados-limites Segundo ABNT NBR 8800:2008, deve-se considerar os estados-limites últimos (ELU) e os estados-limites de serviço (ELS). Os estados-limites último estão relacionados com a segurança da estrutura sujeita às combinações, mais desfavoráveis de ações previstas em toda a vida útil, durante a construção ou quando atuar uma ação especial ou excepcional. Os estados-limites de serviço estão relacionados com o desempenho da estrutura sob condições normais de utilização. 2.1.5.1 Condições usuais relativas aos estados-limites A norma determina que as condições de segurança referentes as estadoslimites sejam expressas por desigualdades, onde os valores de cálculo 26 correspondentes aos esforços resistentes (Rd), sejam superiores aos valores de cálculo dos esforços atuantes (Sd), conforme equação 13. Equação 13: Rd ≥ Sd 2.1.5.2 Ações Em uma análise estrutural deve-se considerar a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a estrutura, levando-se em conta os estados-limites últimos e de serviço. De acordo com a ABNT NBR 8681, as ações são classificadas em permanentes, variáveis e excepcionais. 2.1.5.3 Coeficiente de ponderação das Ações A NBR 8800:2008 estabelece que as ações devem ser ponderadas pelo coeficiente ᵞf, dado pela equação 14: Equação 14: ᵞf = ᵞf1 ᵞf2 ᵞf3 Onde: ᵞf1 é a parcela do coeficiente de ponderação das ações ᵞf, que considera a variabilidade das ações; ᵞf2 é a parcela do coeficiente de ponderação das ações ᵞf, que considera a simultaneidade de atuação das ações; ᵞf3 é a parcela do coeficiente de ponderação das ações ᵞf, que considera os possíveis erros de avaliação dos efeitos das ações, seja por problemas construtivos, seja por deficiência do método de cálculo empregado, de valor igual ou superior a 1,10. 2.1.5.4 Coeficiente de ponderação das ações no estado-limite último (ELU) e estadolimite de serviço (ELS) Os valores dos coeficientes de ponderação e fatores de redução das ações são obtidos de acordo com a Tab. 4, fornecida pela NBR 8800:2008. 27 Tabela 4 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações. Fonte: ABNT NBR 8800:2008. 2.2 ABNT NBR 6123:1988 - FORÇAS DEVIDAS AO VENTO EM EDIFICAÇÕES Foi elaborada a partir do Projeto NB-599/1987 CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:003.16 - Comissão de Estudo de Forças Devidas ao Vento em Edificações NBR 6123 - Building construction - Bases for design of structures Wind loads - Procedure Descriptors: Wind. Edification Incorpora a Errata nº 1 de DEZ 1990 Reimpressão da NB-599 de DEZ 1987. O objetivo dessa norma é fixar as condições exigíveis na consideração das forças devidas à ação estática e dinâmica do vento, para efeitos de cálculo de edificações. Esta norma não se aplica a edificações de formas, dimensões ou localização fora do comum, casos estes em que estudos especiais devem ser feitos para determinar as forças atuantes do vento e seus efeitos. Resultados experimentais obtidos em túnel de vento, com simulação das principais 28 características do vento natural, podem ser usados em substituição do recurso aos coeficientes constantes nesta Norma. Uma das principais funções da ABNT NBR 6123:1888 diz respeito às exigências legais para garantir que, independentemente da estrutura projetada, seja alcançada a vida útil prevista, para o ambiente existente, com a manutenção preventiva especificada, dentro das condições de carregamento impostas. Para que essas exigências sejam cumpridas é muito importante identificar o grau de agressividade do ambiente, onde a estrutura será implantada , a fim de fixarmos a qualidade do empreendimento. O vento é a principal carga incidental que age sobre as construções. Portanto, seu efeito em edifícios deve ser sempre considerado, devendo o mesmo ser avaliado desde o início da concepção da estrutura em projeto. Para a velocidade básica (Vo) devem ser adotados valores iguais ou superiores aos das velocidades de estabelecidas no gráfico de isopletas no Brasil que consta na norma ABNT NBR 6123:1988 – “Forças devido ao vento em edificações – Procedimento”. Figura 1 - Mapa de isopletas do Brasil – Velocidade básica Vo (m/s) 29 Fonte: ABNT NBR 6123:1888 2.2.1 Determinação da pressão dinâmica ou de obstrução A NBR 6123:1988 estabelece que para obtenção da velocidade característica (Vk), que é a velocidade usada em projeto, deverão ser considerados os fatores topográficos (S1), a influência da rugosidade (obstáculos no entorno da edificação), e as dimensões da edificação (S2), em conjunto com o fator de uso da edificação (que considera a vida útil e o tipo de uso). A velocidade característica pode ser expressa na equação 15: Equação 15: Vk = Vo . S1 . S2 . S3 Onde: Vo : velocidade básica do vento; S1 : fator topográfico; S2 : fator de rugosidade e dimensões da edificação; S3 : fator estatístico. a) Velocidade básica do vento, Vo, conforme o Mapa de isopletas varia no Brasil 30 entre 30 a 50 m/s, sendo que o valor estabelecido pela norma NBR 6123/80 para a cidade de Belém igual a 30 m/s; b) Fator topográfico (S1), Terreno plano ou quase plano : S1 = 1,0 Taludes e morros S1 = 1,05 Vales protegidos : S1 = 0,9 c) O fator S2 é determinado por meio da definição de uma categoria (rugosidade do terreno) e uma classe de acordo com as dimensões da edificação. As categorias são definidas, de acordo com a Tab. 5: Tabela 5 - Definição de categorias para determinação do coeficiente S2. Fonte: ABNT NBR 6123:1988. De acordo com a NBR 6123:1988, as classes definem-se através das dimensões da edificação conforme a Tab. 6. Tabela 6 - Definição de classes de edificação para determinação de S2. Fonte: ABNT NBR 6123:1988. A norma estabelece na equação 16, o cálculo de S2. Equação 16: S2 = b.Fr (z/10) p 31 Onde: z é a altura total da edificação Os parâmetros b, Fr e p são obtidos na Tab. 7, fornecida pela norma. Tabela 7 - Parâmetros meteorológicos b, Fr e p. Fonte: ABNT NBR 6123:1988. d) O fator estatístico S3 é definido dependendo do uso da edificação, e especificando a vida útil da mesma para 50 anos. Os valores mínimos exigidos pela norma que podem ser adotados estão definidos na tabela 8. Tabela 8 - Valores mínimos para o coeficiente S3. Fonte: ABNT NBR 6123:1988. A pressão dinâmica ou de obstrução do vento, em condições normais de pressão (1 32 Atm = 101320MPa) e temperatura a 150, é dada pela expressão 17: Equação 17: q = 0,613 . Vk2 Onde: Vk é a velocidade característica do vento; q é a pressão dinâmica. 2.2.2 Determinação das forças estáticas devido ao vento A força devido ao vento depende da diferença de pressão nas faces opostas da parte da edificação em estudo, A NBR 6123:1988 permite calcular as forças a partir de coeficientes de pressão ou coeficientes de força. Os coeficientes de forma têm valores definidos para diferentes tipos de construção estabelecidos pela norma, que foram obtidos através de estudos experimentais em túneis de vento. A força devida ao vento através dos coeficientes de forma é fornecida pela norma na equação 18. Equação 18: F = (Cpe – Cpi) q A Onde: Cpe e Cpi São os coeficientes de pressão de acordo com as dimensões geométricas da edificação; q é a pressão dinâmica obtida de acordo com o item 2.2.1; A é a área frontal ou perpendicular a atuação do vento. Valores positivos dos coeficientes de forma ou pressão externo ou interno correspondem a sobre pressões, e valores negativos correspondem a suções. De acordo com a NBR 6123:1988, a força global do vento sobre uma edificação ou parte dela, é obtida pela soma vetorial das forças que aí atuam. A força global na direção do vento (Fa), é expressa pela equação 19: Equação 19: Fa= Ca . q Onde: Ca é a coeficiente de arrasto (coeficiente de força); 33 q é a pressão dinâmica obtida de acordo com o item 2.2.1; 2.3 SOFTWARE AVWIN Com o avanço das tecnologias, o homem vem cada vez mais criando instrumentos para superar suas limitações. Feitos dos dias atuais, anteriormente chegavam a ser inimagináveis, não seria diferente na engenharia, tal progresso nos possibilitou a criação de ferramentas computacionais que possibilitassem melhorias nas precisões de cálculos, e consequentemente concebendo aproximações infinitamente mais condizentes com o real. Um desses mecanismos é o Software Avwin, criado no ano de 1998, na universidade de Boston, por um grupo de engenheiro interessados em desenvolver um software capaz de analisar e dimensionar sistemas estruturais metálicos. O software utiliza como base de cálculo matrizes associadas a teoria matemática dos elementos finitos. Método este que vem sendo largamente utilizado como solução para estudar o comportamento de elementos estruturais complexos, pela consistência de seus resultados, sua precisão em análises de atuação de tensões internas e externas nos elementos, discriminação de variáveis envolvidas na deformação de componentes e a discretização dos meios contínuos. Com quase 15 anos de idade, o Avwin é um software livre, que foi desenvolvido e norteado nos parâmetros das normas Americanas de estrutura metálica, precisando ser ajustado para as configurações vigentes das normas Brasileiras. Possui uma interface simples e agradável. O método de dimensionamento do programa consiste em modelar a estrutura num plano tridimensional (X,Y e Z), No qual o projetista atribui as características técnicas dos elementos, condição de ligação entre eles, condições de apoio, carregamento nos três planos distribuído e concentrado, e o carregamento dinâmico de vento. Depois de estabelecidas todas as condições de carregamento e configurações dos elementos envolvidos, o software analisa a eficiência da estrutural do modelo verificando o carregamento imposto, e as deformações dentro do limite aceitável pela norma NBR-8800 (2008), dando um “OK” ou “NÃO OK” no elemento em questão. Se todos os elementos do modelo estiverem OK, o software ainda faz um romaneio de peso das peças utilizadas. Para melhor visualização da estrutura ele ainda gera um modelo em 3D, como visto na Fig. 2. 34 Figura 2 - Interface do Software Avwin. Fonte: AVWin software (2011). 2.4 AÇOS ESTRUTURAIS O aço é a mais versátil e a mais importante das ligas metálicas, é produzido em uma enorme gama de variedade de tipos, formas, composições e cada qual atendendo eficientemente a uma ou mais aplicações. Esta variedade decorre da necessidade de contínua adequação do produto às exigências de aplicações específicas que vão surgindo no mercado, seja pelo controle da composição química, seja pela garantia de propriedades específicas ou, ainda, na forma final (chapas, perfis, tubos, barras, etc.). Segundo a CBCA (2013), Existem mais de 3500 tipos diferentes de aços, e cerca de 75% deles foram desenvolvidos nos últimos 20 anos. Isso mostra a grande evolução que o setor tem experimentado. Os aços-carbono possuem em sua estrutura de composição apenas quantidades limitadas dos elementos químicos carbono, silício, manganês, enxofre e fósforo. Outros elementos químicos existem apenas em quantidades residuais. A quantidade de carbono presente no aço define sua classificação. Os aços de baixo carbono possuem um máximo de 0,3% deste elemento e apresentam grande ductilidade. São bons para o trabalho mecânico e soldagem, não sendo temperáveis, utilizados na construção de edifícios, pontes, navios, automóveis, dentre outros usos. Os aços de médio carbono possuem de 0,3% a 0,6% de carbono e são utilizados em engrenagens, bielas e outros componentes mecânicos (CBCA, 2013). São aços que, temperados e revenidos, atingem boa tenacidade e 35 resistência. Aços de alto carbono possuem mais do que 0,6% de carbono e apresentam elevada dureza e resistência após têmpera. São comumente utilizados em trilhos, molas, engrenagens, componentes agrícolas sujeitos ao desgaste, pequenas ferramentas etc. Na construção civil, o interesse maior recai sobre os chamados aços estruturais de média e alta resistência mecânica, termo designativo de todos os aços que, devido à sua resistência, ductilidade e outras propriedades, são adequados para a utilização em elementos da construção sujeitos a carregamento. Os principais requisitos para os aços destinados à aplicação estrutural são: elevada tensão de escoamento, elevada tenacidade, boa soldabilidade, homogeneidade microestrutural, susceptibilidade de corte por chama sem endurecimento e boa trabalhabilidade em operações tais como corte, furação e dobramento, sem que se originem fissuras ou outros defeitos. Os aços estruturais podem ser classificados em três grupos principais, conforme a tensão de escoamento mínima especificada, como visto na Tab. 9. Tabela 9 - Limite de Escoamento Mínimo Aço Fonte: CBCA, SP (2013). Dentre os aços estruturais existentes no mercado atualmente, o mais utilizado e conhecido é o ASTM A36, que é classificado como um aço carbono de média resistência mecânica. Entretanto, a tendência moderna no sentido de se utilizar estruturas cada vez maiores tem levado os engenheiros, projetistas e construtores a utilizar aços de maior resistência, os chamados aços de alta resistência e baixa liga, de modo a evitar estruturas cada vez mais pesadas. Os aços de alta resistência e baixa liga são utilizados toda vez que se deseja: 36 Aumentar a resistência mecânica permitindo um acréscimo da carga unitária da estrutura ou tornando possível uma diminuição proporcional da seção, ou seja, o emprego de seções mais leves; Melhorar a resistência à corrosão atmosférica; Melhorar a resistência ao choque e o limite de fadiga; Elevar a relação do limite de escoamento para o limite de resistência à tração, sem perda apreciável da ductilidade. De acordo com a CBCA (2013), dentre os aços pertencentes a esta categoria, merecem destaque os aços de alta resistência e baixa liga resistentes à corrosão atmosférica. Estes aços foram apresentados ao mercado norte-americano em 1932, tendo como aplicação específica a fabricação de vagões de carga. Desde o seu lançamento até nossos dias, desenvolveram-se outros aços com comportamentos semelhantes, que constituem a família dos aços conhecidos como patináveis. Enquadrados em diversas normas, tais como as normas brasileiras NBR 5008, 5920, 5921 e 7007 e as norte-americanas ASTM A242, A588 e A709, que especificam limites de composição química e propriedades mecânicas, estes aços têm sido utilizados no mundo inteiro na construção de pontes, viadutos, silos, torres de transmissão de energia, etc. Sua grande vantagem, além de dispensarem a pintura em certos ambientes, é possuírem uma resistência mecânica maior que a dos aços carbono. Em ambientes extremamente agressivos, como regiões que apresentam grande poluição por dióxido de enxofre ou aquelas próximas da orla marítima, a pintura lhes confere um desempenho superior àquele conferido aos aços carbono. Segundo Pannoni (2009), o que distinguia o novo produto dos aços carbono, no que diz respeito à resistência à corrosão, era o fato de que, sob certas condições ambientais de exposição, ele podia desenvolver em sua superfície uma película de óxidos aderente e protetora, chamada de pátina, que atuava reduzindo a velocidade do ataque dos agentes corrosivos presentes no meio ambiente. A Figura 3, mostra as curvas típicas de avaliação da resistência à corrosão de um aço patinável e de um aço carbono comum expostos às atmosferas industrial, urbana, rural e marinha Figura 3 - Resistência à corrosão de um aço patinável (ASTM A242) e de um aço comum (ASTM A36) expostos às atmosferas industrial (Cubatão, S.P.) 37 Fonte: Pannoni (2009). Observem como o aço carbono sofre perdas de seção bem mais elevadas do que o aço patinável com a ação dos agentes agressivos. A formação da pátina protetora é função de três tipos de fatores. Os primeiros a destacar estão ligados à composição química do próprio aço. Segundo Pannoni (2009), os principais elementos de liga que contribuem para aumentar-lhe a resistência frente à corrosão atmosférica, favorecendo a formação da pátina, são o cobre e o fósforo. O cromo, o níquel, e o silício também exercem efeitos secundários. Cabe observar, no entanto, que o fósforo deve ser mantido em baixos teores (menores que 0,1%), sob pena de prejudicar certas propriedades mecânicas do aço e sua soldabilidade. Em segundo lugar viriam os fatores ambientais, entre os quais sobressaem a presença de dióxido de enxofre e de cloreto de sódio na atmosfera, a temperatura, a força (direção, velocidade e frequência) dos ventos, os ciclos de umedecimento e secagem etc.. Assim, enquanto a presença de dióxido de enxofre, até certos limites, favorece o desenvolvimento da pátina, o cloreto de sódio em suspensão nas atmosferas marítimas prejudica suas propriedades protetoras. Não se recomenda a utilização de aços patináveis não protegidos em ambientes industriais onde a concentração de dióxido de enxofre atmosférico seja superior a 168mgSO2/m2.dia (Estados Unidos e Reino Unido) e em atmosferas marinhas onde a taxa de deposição de cloretos exceda 50mg/m2.dia (Estados Unidos) ou 10 mg/m2.dia (Reino Unido). Entretanto, ainda existem fatores ligados à geometria da peça, que explicam por que diferentes estruturas do mesmo aço dispostas lado a lado podem ser atacadas de maneira distinta. Esse fenômeno é atribuído à influência de seções abertas/fechadas, drenagem correta das águas de chuva e outros fatores que atuam diretamente sobre os ciclos de umedecimento e secagem. Assim, por exemplo, sob condições de contínuo molhamento, determinadas por secagem insatisfatória, a formação da pátina fica gravemente prejudicada. Em muitas destas situações, a 38 velocidade de corrosão do aço patinável é semelhante àquela encontrada para os aços carbono. Exemplos incluem aços patináveis imersos em água, enterrados no solo ou recobertos por vegetação. A Tabela 10, relaciona a composição química e propriedades mecânicas de um aço de carbono de média resistência mecânica (ASTM A36), um aço de alta resistência mecânica e baixa liga (ASTM A572 Grau 50) e dois aços de baixa liga e alta resistência mecânica resistentes à corrosão atmosférica (ASTM A588 Grau B e ASTM A242). Tabela 10 - Comparativo de composição química e propriedades mecânicas de aços. Fonte: CBCA (2013). 39 2.4.1 Catálogo de perfis “C”, e cantoneiras de abas iguais Gerdau Os perfis empregados na confecção das treliças comparadas serão padronizados para ambas as tipologias, atreladas às mesmas características técnicas dos perfis, que estão discriminadas conforme tabelas 11 e 12: 2.4.1.1 Especificações técnicas do perfil “C” dobrado Tabela 11 - Catálogo de Perfis tipo “C” dobrado. Fonte: Gerdau (2009). 2.4.1.2 Especificações técnicas da Cantoneira de Abas Iguais Dobrada Tabela 12 - Catálogo de Perfis Dobrados Tipo Cantoneiras Abas Iguais. 40 Fonte: Gerdau (2009). 2.5 TRELIÇAS PLANAS Treliças são estruturas de barras ligadas entre si por nós articulados, cujas cargas se aplicam nesses mesmos nós. Com isso resultam como esforço solicitante nas barras unicamente forças normais. As treliças têm campo de aplicação muito vasto: são usadas nas estruturas de cobertura, desde vãos pequenos a médios, como nas edificações residenciais e industriais, até grandes vãos, como nas coberturas de estádios, de estações metroviárias; são também usadas nas pontes rodoviárias e ferroviárias. Do ponto de vista estrutural elas podem ser planas ou espaciais, e são constituídas usualmente de madeira, aço e, em menor grau, de concreto armado ou protendido. Denomina-se treliça plana o conjunto de elementos de construção (barras redondas, chatas, cantoneiras, perfiladas, I,U, etc), interligados entre si, sob forma geométrica triangular, através de pinos, solda, rebites, parafusos, que visam formar uma estrutura rígida, com a finalidade de receber e ceder esforços, sendo que, as cargas externas são aplicadas nos nós. A denominação treliça plana deve-se ao fato de todos os elementos do conjunto pertencerem a um único plano. Neste trabalho serão tratadas as treliças isostáticas planas, que por definição possuem o número de barras ( b ), mais o número de reações ( r ), igual à duas vezes o número de nós ou rotulas ( n ). Conforme equação 20: Equação 20: r+b=2.n 41 Estruturalmente, uma treliça tem que seguir três condições: As barras que constituem a estrutura ligam-se entre si por meio de articulações sem atrito; As cargas e as reações aplicam-se somente nos nós da estrutura; O eixo de cada uma das barras coincide com a reta que une os centros das articulações de suas extremidades. Quando atendidas essas condições, as diversas barras da treliça são solicitadas apenas por forças normais. Porém, não é isso o que se vê na prática, já que as articulações sempre vão oferecer uma resistência ao giro das barras, introduzindo momentos fletores nelas. Contudo, essa resistência é muito menor se comparada às forças normais aplicadas nos nós. Quanto ao peso próprio desse tipo de estrutura, a flexão por ela causada é muito pequena. Desse modo, costuma-se desprezar essa flexão e substituir essa carga distribuída ao longo da barra por duas cargas concentradas e de mesma intensidade nas extremidades da barra. Alguns dos modelos mais usuais de treliças podem ser visto nas figuras 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Figura 4 - Treliça tipo Howe Tradicional. Fonte: Dos autores. Figura 5 - Treliça tipo Pratt. Fonte: Dos autores. Figura 6 - Treliça de Banzos Paralelos sem Tirantes. 42 Fonte: Dos autores. Figura 7 - Treliça Tipo Howe de duas Aguas. Fonte: Dos autores. Figura 8 - Treliça de Arco circular Fonte: Dos autores. Figura 9 - Treliça de duas Aguas Atirantada. Fonte: Dos autores. 2.6 TELHAS METÁLICAS TRAPEZOIDAL E/OU ONDULADA DE FIBROCIMENTO O sistema construtivo que envolve o conjunto de cobertura e estrutura metálica está sempre buscando executar obras com custos cada vez mais reduzidos, principalmente em obras comerciais e industriais, que geralmente possuem grandes vãos e áreas. Neste contexto se destacam telhados de estruturas metálicas construídos com telhas de aço, fibrocimenticeas, alumínio, zinco e materiais derivados, por possibilitarem combinações que destacam qualidade, estética, segurança, prazo e fatores ambientais. As telhas metálicas (FIGURA 10) apresentam como diferencial dos demais tipos de telhas a capacidade de vencer grandes vãos, justamente pela resistência à tração do produto e o baixo peso proporcionado pela pequena espessura do 43 material. Podendo também ser utilizadas na execução de telhados com curvaturas, o que confere maior liberdade para projetos de arquitetura. Figura 10 - Telha Metálica. Fonte: Associação Brasileira da Construção Metálica (2009). Devido as ações corrosivas e intempéries que essas telhas estarão expostas na atmosfera, é de fundamental importância um revestimento anticorrosivo que possa diminuir a vulnerabilidade dos metais, esse fator é determinante no tempo de vida útil da telha, e das manutenções periódicas no telhado. O revestimento anticorrosivo pode ser feito de varias maneiras, dentre elas se destacam no mercado atual dois processos: à pintura a base de poliéster em pó, e a zincagem, também conhecida como galvanização a fogo. A zincagem é realizada por meio de imersão a quente, processo esse que resulta em um revestimento uniforme atingindo de forma homogênea toda a superfície da telha. Dessa forma a zincagem protege a lâmina de aço porque o zinco atrai a corrosão para si próprio, por ser um metal menos nobre que a liga do aço. Portanto, enquanto houver zinco aplicado as superfícies próximas, este se corrói e protege o aço da ação oxidante (Silva,2005). Existem vários graus de revestimentos, onde a massa do zinco é indicada por letras que indicam quantas gramas foram aplicadas por m², conforme Tabela 13. 44 Tabela 13 - Tipos de revestimentos a base de zinco. Tipo de Revestimento A ou comum Leve B ou comum C D E F G Massa Mín. de Revestimento de Zinco (1) em g/m² Ensaio Individual Média do Ensaio Triplo 160 250 315 390 450 510 580 170 260 335 410 470 530 610 Fonte: Tuper.(2005). No que diz respeito as coberturas com telhas de fibrocimento (FIGURA 11), estas estão entre as mais utilizadas principalmente na cobertura de edificações comerciais, industriais, rurais e moradias populares, isto se deve, principalmente, ao baixo custo em relação as telhas metálicas, e as demais concorrentes . As telhas de fibrocimento caracterizam-se por sua leveza e facilidade de instalação, proporcionado uma maior economia no consumo da mão-de-obra. Estas telhas são fabricadas em diversos modelos, tamanhos e espessuras. Ressalta-se também que apresentam como diferencial a possibilidade de vencer grandes vãos sem o uso de apoios intermediários, sendo duráveis e resistentes. Figura 11 - Telha de fibrocimento ondulada. Fonte: Catálogos Técnicos de telhas Brasilit Saint-Gobain. 45 3 ESTUDO DE CASO 3.1 DEFINIÇÃO DOS MODELOS TIPOLÓGICOS DAS TRELIÇAS Em virtude da usualidade e comercialidade, foram escolhidos dois modelos exemplificadores que atenderiam na maioria das situações diversas condições impostas, tais como: estética, funcionalidade e de rápida e simples execução. Os modelos selecionados foram o do tipo Howe, e de duas águas com tirante, analisadas nos vãos de 10, 15, 20 e 25 metros nos moldes da Fig. 12 e 13. Figura 12 - Modelo de treliça tipo Howe. Fonte: Dos autores. Figura 13 - Modelo de treliça Atirantada de duas Aguas. Fonte: Dos autores. 3.2 DEFINIÇÃO DO MATERIAL O material empregado foi o aço ASTM A36, liga mais comum no mercado, que apresenta tensão de ruptura fu = 400 MPa e tensão de escoamento fy = 250 MPa. O módulo de elasticidade (E), foi adotado em 205 GPa e o peso específico (ᵞ) em 77 KN/m³. O dimensionamento seguiu a normatização brasileira para o dimensionamento de estruturas de aço, através da utilização da NBR 8800:2008, tal como mostrado no item 2.1. Os elementos das treliças foram dimensionados com perfis “C” e Cantoneiras de abas iguais ambos dobrados à frio, Já os tirantes em barra circular e dispostos conforme as Fig. 14 e 15. 46 Figura 14 - Vista 3D da disposição dos Perfis nas treliças Atirantadas. Fonte: Software RAM Elements. Figura 15 - Vista 3D da disposição dos Perfis nas Treliças Tipo Howe. Fonte: Software RAM Elements. 3.3 DEFINIÇÃO DAS CARGAS PERMANENTES E SOBRECARGAS 47 Neste trabalho, em virtude de se tratar de coberturas de galpões industrias, serão somente considerados o peso próprio da estrutura, o peso da telhas, e uma sobrecarga de 1,5 centímetros de lâmina de agua sobre a cobertura, conforme apresentado na Tab. 14: Tabela 14 - Cargas permanentes e sobrecarga adotadas. Peso próprio da Estrutura) Peso das telhas Sobrecarga 20 kg/m² 15 kg/m² 15 Kg/m² Fonte: Dos autores. 3.4 DEFINIÇÃO DA CARGA ACIDENTAL – AÇÃO DO VENTO Conforme os parâmetros da ABNT NBR 6123:1988 expostos no item 2.2.1 deste trabalho, obteve-se a seguinte condição para dimensionamento da carga acidental de vento neste estudo de caso, exposta na Tab. 15: Tabela 15 - Parâmetros adotados para cálculo do efeito da carga acidental na cobertura dos galpões estudados. Velocidade Básica de Vento em Belém V0 = 30 m/s Fator Topográfico - Terreno Plano ou fracamente S1 = 1,0 acidentado Rugosidade do Terreno – Dimensões da Edificação – S2 = 0,83 Altura sobre o Terreno Fator Estatístico – Edificações industriais com baixo teor S3 = 0,95 de ocupação. Fonte: Dos autores. Aplicando estes parâmetros obtidos através de análises classificatória em função da aplicação do nosso tipo de cobertura, multiplicados pelo coeficiente de arrasto exposto no item 2.2.2 deste trabalho, conforme mostrado nas equações 21, 22 e 23: _ Velocidade característica do Vento: Equação 21: Vk = Vo . S1 . S2 . S3 Vk = 30 . 1,0 . 0,83 . 0,95 Vk = 23,65 m/s _ Pressão dinâmica ou de obstrução do Vento: Equação 22: q = Vk2 /16 q = 23,652 / 16 q = 31,95 Kgf/m² 48 _ Força Global do Vento na Direção X: Equação 23: Fa= Ca . q Fa= 1 . 31,95 Fa = 31,95 Kgf/m² Assim obteve-se o seguinte fator de vento a ser adotado, conforme Tab. 16: Tabela 16 - Cálculo da carga acidental imposta na cobertura. CARGA ACIDENTAL Ação do vento na Cobertura. 32 Kg/m² Fonte: Dos autores. 3.5 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DAS TELHAS A inclinação de 20% de todos os modelos de analisados, e a disposição dos apoios verticais a cada 0,75 centímetros ou 1 metro nas treliças do tipo howe, foram condicionados às restrições especificadas pela fabricante da telha utilizada, preocupando-se com a simetria das peças e a disposição das terças na cobertura, conforme apresentado na Tab. 17: Tabela 17 - Características Técnicas das Telhas Metálicas e Fibrocimentíceas. Características Técnicas Peso – Metro Quadrado Largura Útil Peso – Metro Linear Recobrimento Longitudinal Mínimo Condução Térmica Inclinação Mínima Distância Máxima entre Apoios Comprimentos disponíveis Trapezoidal Metálica (2mm) 5,00 kg/m² 72 cm 4,10 kg 15 mm K = 0,211 kcal/mh °C 17% 1,60 m >3,0 m até 11,5 m. Ondulada Fibrocimento (6mm) 15 kg/m² 1,10 16,2 kg 20 mm 0,35 W/mK 12% 1,65 m <3,0 m até 6 m. Fonte: Adaptado dos Catálogos Técnicos de telhas Brasilit Saint-Gobain. 3.6 VÃO DE 10 METROS Para definição da altura dos modelos de treliça atirantada de duas aguas, adotou-se 2% do tamanho do vão total, sendo a altura mínima estabelecida em 30 centímetros, devido à dificuldade no processo de produção. Já para as treliças tipo Howe a altura foi padronizada em 40 centímetros. Para as treliças tipo Howe, os perfis de montantes verticais terão dois tipos de espaçamento, o de 75 centímetros para os vãos de 15 e 25 metros, e o de 1 metro para os vãos de 10 e 20 metros. Em virtude da condição de emenda da telha fixada pela fabricante a cada 3 metros no máximo. 49 A distancia entre montantes verticais para as treliças atirantada de duas aguas, foram atribuídas em uma vez o valor da altura, como por exemplo à de 10 metros, tem altura 30 centímetros, e a distancia entre montantes 30 centímetros. Para ambos tipos de treliça, os banzos superiores e inferiores foram adotados Perfil “C” dobrado, e as diagonais e montantes cantoneiras tipo “L” de abais iguais. Para efeito de dimensionamento do Perfis “C”, foi considerado o perfil mais comprimido na asa da treliça (banzo superior), e repetido para todo o conjunto (banzo inferior). Já para as diagonais e montantes verticais, foi-se verificado o perfil mais solicitado bem como o de maior altura afim de garantir as condições de flambagem, padronizando assim os demais. Essas condições foram aplicadas em todos os modelos de todos os casos. 3.6.1 Treliça tipo Howe: 10 metros A treliça tipo Howe no vão de 10 metros, tem as configurações conforme exibidas na Fig. 16. Figura 16 - Detalhes da treliça tipo Howe - Vão de 10 metros. Fonte: Dos autores. Para uma melhor visualização dos esforços atuantes em cada uma das barras da treliça, enumerou-se uma das metades das peças que compõe a estrutura conforme Fig. 16. Aproveitou-se a característica simétrica do corpo da estrutura, e das cargas nela atuantes. Para o vão de 10 metros as barras em vermelho serão validadas por cálculos manuais. Figura 17 - Enumeração das barras na treliça tipo howe de 10 metros. 50 Fonte: Dos autores. Os esforços atuantes nas barras de uma treliça são distribuídos de maneira não uniforme, e para dimensionar um perfil que atenda a condição imposta mais desfavorável, é de fundamental importância identificar todos os esforços atuantes na estrutura, tal como pode-se observar na Tab. 18, para o modelo tipo howe de 10 metros. Tabela 18 - Esforços axiais de tração, e compressão nas barras da treliça tipo Howe 10m. BARRA 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 COMPRIMENTO (m) 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,40 1,20 1,0 0,80 0,60 0,40 1,56 1,41 1,28 1,17 1,08 ESFORÇO – OU + (Kgf) + 1165 + 1414 + 1167 - 71 - 3675 - 4532 - 5061 - 5312 - 5059 - 3771 + 1243 + 242 - 199 - 728 - 1503 - 2390 - 802 - 350 + 314 + 1440 + 3852 Fonte: Dos autores. Para os esforços identificados na Tab. 18, o software AVwin adotou os perfis conforme apresentados na Tab. 19. Tabela 19 - Quadro de perfis adotados pelo software. Banzo Superior Perfil “C” de 100x50 mm e=4.76mm 51 Banzo Inferior Diagonais Montantes Verticais Perfil “C” de 100x50 mm e=4.76mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 31.75mm e= 3.18 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 31.75mm e= 3.18 mm Fonte: Dos autores. Após determinado os perfis empregados, temos o consumo de aço para o modelo em análise, expresso na Tab. 20. Tabela 20 - Quadro Quantitativo de Consumo de Materiais: Howe 10m. Perfis Perfil “C” de 100x50 mm e=4.76 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 31.75mm e= 3.18 mm Material ASTM A36 ASTM A36 Peso (Kg/m) Consumo (m) Peso Total (Kg) 6.77 20.19 136.68 2.99 22.40 66.97 Peso Total (Kg) 203.65 Fonte: Dos autores 3.6.2 Validação manual de cálculo pelos métodos de Ritter e dos nós Para validação do dimensionamento da ferramenta computacional AVWin, realizou-se o cálculo manual dos dois modelos de treliças de 10 metros, por meio dos métodos de Ritter, e dos nós conforme descrito abaixo. A verificação consistiu em analisar as barras mais solicitadas de cada componente estrutural (banzos, diagonais e montantes verticais). a) Análise da barra do banzo superior com maior compressão, barra 8 (5312 kgf). Cálculo das reações de apoio: Devido a simetria da estrutura e do carregamento, Ra = Rb = P/2; Sendo: Cálculo dos esforços na barra pelo método de Ritter, conforme figura 18: Figura 18 – Somatória de momentos no ponto A. 52 Fonte: Dos autores. ΣMA = 0 2460 . 3 – 246 . 3 – 492 . 2 – 492 . 1 + Fa.(0.19607 . 1,02) + Fa.(0.98039 . 0,80) = 0 Fa = - 5248 Kgf Observa-se uma ligeira diferença na ordem de 1%, em relação aos dados obtidos pelo software Avwin. Deformação em barras comprimidas, tal como item 2.1.5.3 deste trabalho; Força axial resistente de cálculo à compressão, tal como item 2.1.5.1 deste trabalho; Verificação do perfil adotado pela ferramenta computacional: Perfil “C” de 100 x 50 x 4.76 mm ; Ag = 8,63 cm² ; imin = 1,55 cm Para 0, adotou-se a seguinte simplificação; temos, Para os perfis comerciais em aços ASTM-A36, onde: 53 Q=1 Fy= 2500 kgf/cm² E = 2,1 x 106 Adotou-se o como a seguinte equação: Para ≤ 1,5 : Logo: Substituindo x, Satisfeita a condição, perfil validado pelos cálculos manuais. b) Análise para a diagonal mais solicitada, barra 21 (+3852 kgf) Cálculo dos esforços na barra pelo método dos nós, conforme figura 19. Figura 19 - Esquema de esforços nos nós. Fonte: Dos autores. Para o nó A, temos; Σ Forças Verticais = 0 VA + AB = 0 54 2460 + AB = 0 AB = - 2460 Kgf Σ Forças Horizontais = 0 NAF = 0 Para o nó B, temos: Σ Forças Verticais = 0 - 246 – (- 2460) – BD . cos 54º = 0 – BD = - 2214 /cos 54º BD = 3766 kgf Deformação em barras tracionadas, tal como item 2.1.4.2 deste trabalho; Força axial resistente de cálculo à tração, tal como item 2.1.4.1 deste trabalho; Verificação do perfil adotado pela ferramenta computacional: Cantoneiras de Abas iguais 31.75mm com e= 3.18 mm. Aga = 1,93 cm² > Ag =1.16 cm² imina = 0,64 cm > imin = 0,36 cm Satisfeita a condição, perfil validado pelos cálculos manuais. c) Análise para o montante vertical mais solicitado, barra 16 (+ 2390 kgf). 55 _ Cálculo dos esforços na barra pelo método dos nós, conforme figura 20. Figura 20 - Esquema de esforços nos nós. Fonte: Dos autores. Para o nó A, temos; Σ Forças Verticais = 0 VA + AB = 0 2460 + AB = 0 AB = - 2460 Kgf Σ Forças Horizontais = 0 NAF = 0 Deformação em barras comprimidas, tal como item 2.1.5.3 deste trabalho: Força axial resistente de cálculo à compressão, tal como item 2.1.5.1 deste trabalho: Verificação do perfil adotado: 56 Cantoneiras de Abas iguais 31.75mm com e= 3.18 mm Ag = 1,93 cm² ; imin = 0,64 cm Para , adotou-se a seguinte simplificação, logo, Para os perfis comerciais em aços ASTM-A36, onde: Q=1 Fy= 2500 kgf/cm² E = 2,1 x 106 Adotou-se o como a seguinte equação: Para ≤ 1,5 : Logo: Substituindo x, Satisfeita a condição, perfil validado pelos cálculos manuais. 3.6.3 Treliça de duas aguas Atirantada: 10 metros Para definição da altura dos modelos adotou-se 2% do tamanho do vão total, sendo a altura mínima de 30 centímetros. Como 2% do vão de 10 metros não atende a condição mínima, adotou-se a altura com 30 centímetros em função da exequibilidade, conforme apresentado na figura 21. 57 Figura 21 - Detalhes da treliça tipo Atirantada - Vão de 10 metros. Fonte: Dos autores. Para melhor visualização do quadro de esforços atuantes nas barras, enumerou-se as barras do modelo tipo atirantada de 10 metros conforme figura 22. Figura 22 - Nomenclatura das barras no modelo Atirantado de 10 metros Fonte: Dos autores. Após enumeradas, identificou-se os esforços atuantes em cada um delas, como visto na Tab. 21. Tabela 21 - Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Atirantado de 10 m. BARRA COMPRIMENTO (m) ESFORÇO – OU + (Kgf) BARRA COMPRIMENTO (m) ESFORÇO – OU + (Kgf) 01 02 03 04 05 06 07 08 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 -4712 -3725 -2877 -2174 -1615 -1201 -933 -815 36 37 38 39 40 41 42 43 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 938 835 688 548 406 263 120 -22 58 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 -841 -1014 -1333 -1791 -2410 -3167 -3200 -3600 - 2600 -377 -1470 -2462 -3307 -4009 -4566 -4977 -5241 -5359 -5330 -5154 -4832 -4364 -3750 -2990 -2094 -1014 -25 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 T 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.30 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 0.38 10 -165 -308 -451 -593 -734 -878 -1001 -1212 -1296 -1032 -960 -872 -750 -560 -250 -60 95 315 495 750 930 1090 1306 1540 1720 1810 4850 Fonte: Dos autores. Para os esforços identificados na Tab. 21, o software AVwin adotou os perfis conforme apresentados na Tab. 22. Tabela 22 - Quadro de perfis adotados pelo software. Banzo Superior Banzo Superior Diagonais Montantes Verticais Tirante Perfil “C” de 100x40x3,18mm Perfil “C” de 100x40x3,18mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 25.4mm e= 3.18 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 25.4mm e= 3.18 mm Barra Circular 16.0 mm Fonte: Dos autores. Após determinado os perfis empregados, temos o consumo de aço para o modelo em análise, expresso na Tab. 23. Tabela 23 - Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 15m. Perfis Perfil “C” de 100x40 mm e=3,18mm Dupla Cantoneiras Abas iguais 25.4mm e= 3.18 mm Barra Circular de 16.0 mm Material Peso (Kg/m) Consumo (m) Peso Total (Kg) ASTM A36 4.07 20.40 83.03 ASTM A36 2.36 25.42 60.02 ASTM A36 ou CA 25 1.57 10 15.7 Peso Total (Kg) 158.82 59 Fonte: Dos autores. 3.6.4 Validação Manual de cálculo pelos métodos de Ritter e do nós a) Analise para barra de maior compressão, barra 26 (- 5359 kgf). Cálculo das reações de apoio: Devido a simetria da estrutura e do carregamento, Ra = Rb = P/2; Sendo: _ Cálculo dos esforços na barra pelo método de Ritter, conforme figura 23: Figura 23 – Somatória de momentos no ponto A. Fonte: Dos autores. ΣMA = 0 1328 * 2.7 – 73.8 * 2.70 – 147.6 * 2.4 – 147.6 * 2.1 – 147.6 * 1.8 – 147.6 * 1.5 – 147.6 * 1.20 – 147.6 * 0.9 – 147.6 * 0.6 – 147.6 * 0.3 + Fa.(0.20 * 0.30) + Fa.(0.98 * 0.30) =0 Fa = - 5283,89 Kgf Deformação em barras comprimidas, tal como item 2.1.5.3 deste trabalho: 60 Força axial resistente de cálculo à compressão, tal como item 2.1.5.1 deste trabalho: Verificação do perfil adotado pelo software. Perfil “C” de 100 x 40 x 3,18 mm ; Ag = 5,69 cm² ; imin = 1,21 cm Para , adotou-se a seguinte simplificação; logo: Para os perfis comerciais em aços ASTM-A36, onde: Q=1 Fy= 2500 kgf/cm² E = 2,1 x 106 Adotou-se o como a seguinte equação: Para ≤ 1,5 : Logo: Substituindo x, Satisfeita a condição, perfil validado pelos cálculos manuais. b) Analise para a diagonal mais solicitada, barra 69 (+1810 kgf). _ Cálculo dos esforços na barra pelo método dos nós, conforme figura 24. Figura 24 - Esquema de esforços nos nós. 61 Fonte: Dos autores. Para o nó A, temos; Σ Forças Verticais = 0 VA + AB = 0 1328.4 + AB = 0 AB = - 1328.4 Kgf Σ Forças Horizontais = 0 NAF = 0 Para o nó B, temos: Σ Forças Verticais = 0 - 73.8 – (- 1328.4) – BD . cos 54º = 0 – BD = - 1254.6 /cos 48º BD = 1874 kgf Deformação em barras tracionadas, tal como item 2.1.4.2 deste trabalho; Força axial resistente de cálculo à tração, tal como item 2.1.4.1 deste trabalho; Verificação do perfil adotado: Cantoneiras de Abas iguais 25.4mm com e= 3.18 mm 62 Aga = 1,93 cm² > Ag =1.15 cm² imina = 0,64 cm > imin = 0,19 cm Satisfeita a condição, perfil validado pelos cálculos manuais. c) Analise para o montante vertical mais solicitado, barra 52 (- 1296 kgf). Cálculo dos esforços na barra pelo método dos nós, conforme figura 25. Figura 25 - Esquema de esforços nos nós. Fonte: Dos autores. Para o nó A, temos; Σ Forças Verticais = 0 VA + AB = 0 1328.4 + AB = 0 AB = - 1328.4 Kgf Σ Forças Horizontais = 0 NAF = 0 Deformação em barras comprimidas, tal como item 2.1.5.3 deste trabalho: Força axial resistente de cálculo à compressão, tal como item 2.1.5.1 63 deste trabalho: Verificação do perfil adotado pelo software: Cantoneiras de Abas iguais 25.40 mm com e= 3.18 mm Ag = 1,93 cm² ; imin = 0,64 cm Para , adotou-se a seguinte simplificação, logo, Para os perfis comerciais em aços ASTM-A36, onde: Q=1 Fy= 2500 kgf/cm² E = 2,1 x 106 Adotou-se o como a seguinte equação: Para ≤ 1,5 : Logo: Substituindo x, Satisfeita a condição, perfil validado pelos cálculos manuais. 3.7 3.7.1 VÃO DE 15 METROS Treliça tipo Howe: 15 metros 64 Atendendo a condição de emenda das telhas e buscando a simetria entre as distancias de montantes verticais, adotou-se para esse modelo a distancia de 75 centímetros de um montante ao outro, conforme exposto na Fig. 26. Figura 26 - Detalhes da treliça tipo Howe - Vão de 15 metros. Fonte: Dos autores. Para melhor visualização do quadro de esforços atuantes nas barras, enumerou-se as barras do modelo tipo Howe de 15 metros conforme Fig. 27. Figura 27 - Nomenclatura das barras no modelo Howe de 15 metros. Fonte: Dos autores. Após enumeradas, identificou-se os esforços atuantes em cada um delas, como visto na Tab. 24. Tabela 24 - Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Howe de 15 m. COMPRIMENT ESFORÇO COMPRIMENT ESFORÇO BARRA BARRA O (m) – OU + (Kgf) O (m) – OU + (Kgf) 01 0.75 653 22 1.75 979 02 0.75 1136 23 1.60 720 65 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.76 0.76 0.76 0.76 0.76 0.76 0.76 0.76 0.76 0.76 1.90 1510 1762 1838 1660 1094 -103 -2490 -7061 -7437 -7968 -8454 -8837 -9093 -9169 -8986 -8403 -7175 -4696 2393 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 1.45 1.30 1.15 1.0 0.85 0.70 0.55 0.40 1.90 1.77 1.63 1.50 1.37 1.25 1.13 1.03 0.93 0.85 428 113 -236 -636 -1116 -1702 -2586 -3507 -1262 -1125 -805 -499 -137 293 848 1623 2935 5102 Fonte: Dos autores. Para os esforços identificados na Tab. 24, o software AVwin adotou os perfis conforme apresentados na Tab. 25. Tabela 25 - Quadro de perfis adotados pelo software Banzo Superior Banzo Inferior Diagonais Montantes Verticais Perfil “C” de 125x50 mm e=4.75mm Perfil “C” de 125x50 mm e=4.75mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 38.10mm e= 3.18 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 38.10mm e= 3.18 mm Fonte: Dos autores. Após determinado os perfis empregados, temos o consumo de aço para o modelo em análise, expresso na Tab. 26. Tabela 26 - Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 15m. Perfis Perfil “C” de 125x50 mm e=4.75 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 38.10mm e= 3.18 mm Material Peso (Kg/m) Consumo (m) Peso Total (Kg) ASTM A36 7.78 30.30 235.74 ASTM A36 3.64 50.13 182.47 Peso Total (Kg) Fonte: Dos autores. 3.7.2 Treliça de duas aguas Atirantada 418.21 66 Adotou-se para o modelo atirantado de 15 metros, uma altura de 35 centímetros, conforme visto na Fig. 28. Figura 28 - Detalhes da treliça tipo Atirantada - Vão de 15 metros. Fonte: Dos autores. Para melhor visualização do quadro de esforços atuantes nas barras, enumerou-se as barras do modelo tipo atirantada de 15 metros conforme Fig. 29. Figura 29 - Nomenclatura das barras no modelo Atirantada de 15 metros Fonte: Autor Após enumeradas, identificou-se os esforços atuantes em cada um delas, como visto na Tab. 27. Tabela 27 - Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Atirantada de 15 m. COMPRIMENTO ESFORÇO COMPRIMENTO ESFORÇO BARRA BARRA (m) – OU + (Kgf) (m) – OU + (Kgf) 67 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 -6021 -5840 -5560 -4667 -3627 - 2745 -2025 -1465 -1067 -831 -758 -848 -1099 -1514 -2090 -2827 -3726 -4350 -4560 -4730 -4920 -5105 697 -734 -1350 -2200 -3100 -3860 -4560 -4930 -5450 -5780 -5940 -6210 -6020 -5760 -5430 -4910 -4320 -3530 -2760 -2105 -1670 -879 -449 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 T 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.35 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 0.44 15 1114 1343 1164 1013 859 703 546 389 231 73 -84 -242 -400 -558 -714 -871 -1026 -1182 -1337 -1390 -1956 -2104 -1780 -1819 -1671 -1492 -1296 -1100 -903 -704 -505 -306 -106 93 293 493 692 891 1089 1478 1920 2380 2950 3350 8500 Fonte: Dos autores. Para os esforços identificados na Tab. 27, o software AVwin adotou os perfis conforme apresentados na Tab. 28. 68 Tabela 28 - Quadro de perfis adotados pelo software. Banzo Superior Banzo Superior Diagonais Montantes Verticais Tirante Perfil “C” de 100x50x 4.76 mm Perfil “C” de 100x50x 4.76 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 31.75mm e= 3.18 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 31.75mm e= 3.18 mm Barra Circular 20.0 mm Fonte: Dos autores. Após determinado os perfis empregados, temos o consumo de aço para o modelo em análise, expresso na Tab. 29. Tabela 29 - Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 15m. Peso Perfis Material Consumo (m) (Kg/m) Perfil “C” de 100x50 mm e= ASTM A36 6.77 30.60 4.76mm Peso Total (Kg) 207.16 Dupla Cantoneiras de Abas iguais 31.75mm e= 3.18 mm ASTM A36 2.99 33.22 99.30 Barra Circular de 20.0 mm ASTM A36 ou CA 25 2.45 15 36.75 Peso Total (Kg) 343.21 Fonte: Dos autores. 3.8 VÃO DE 20 METROS 3.8.1 Treliça tipo Howe Atendendo a condição de emenda das telhas e buscando a simetria entre as distancias de montantes verticais, adotou-se para esse modelo a distancia de 1 metro, conforme Fig. 30. Figura 30 - Detalhes da treliça tipo Howe- Vão de 20 metros 69 Fonte: Dos autores. Para melhor visualização do quadro de esforços atuantes nas barras, enumerou-se as barras do modelo tipo Howe de 20 metros conforme Fig. 31. Figura 31 - Nomenclatura das barras no modelo Howe de 20 metros. Fonte: Dos autores. Após enumeradas, identificou-se os esforços atuantes em cada um delas, como visto na Tab. 30. Tabela 30 - Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Howe de 20 m. COMPRIMENTO ESFORÇO COMPRIMENTO ESFORÇO BARRA BARRA (m) – OU + (Kgf) (m) – OU + (Kgf) 01 1.00 517 22 2.20 1427 02 1.00 1262 23 2.0 1098 03 1.00 1875 24 1.80 732 04 1.00 2340 25 1.60 337 05 1.00 2585 26 1.40 -101 06 1.00 2502 27 1.20 -603 07 1.00 1893 28 1.00 -1214 08 1.00 -377 29 0.80 -1976 09 1.00 -3038 30 0.60 -3196 10 1.00 -10316 31 0.40 -4589 11 1.02 -10434 32 2.42 -1826 12 1.02 -11234 33 2.24 -1646 13 1.02 -11986 34 2.06 -1251 14 1.02 -12612 35 1.89 -869 15 1.02 -13085 36 1.77 -417 16 1.02 -13333 37 1.58 127 70 17 18 19 20 21 1.02 1.02 1.02 1.02 2.40 -13246 -12616 -11057 -7455 3413 38 39 40 41 1.41 1.28 1.17 1.08 852 1920 3947 7667 Fonte: Dos autores. Para os esforços identificados na Tab. 30, o software AVwin adotou os perfis conforme apresentados na Tab. 31. Tabela 31 - Quadro de perfis adotados pelo software. Banzo Superior Banzo Inferior Diagonais Montantes Verticais Perfil “C” de 175x55x 6 mm Perfil “C” de 175x55x 6 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 50.80mm e= 3.18 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 50.80mm e= 3.18 mm Fonte: Dos autores. Após determinado os perfis empregados, temos o consumo de aço para o modelo em análise, expresso na Tab. 32. Tabela 32 - Quadro de Quantitativos de materiais: Howe 20 m. Perfis Perfil “C” de 175x55x 6 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 50.80mm e= 3.18 mm Material Peso (Kg/m) Consumo (m) Peso Total (Kg) ASTM A36 12.32 40.39 497.60 ASTM A36 5.33 62.03 330.62 Peso Total (Kg) Fonte: Dos autores. 3.8.2 Treliça de duas aguas Atirantada 828.22 71 Adotou-se para o modelo atirantado de 20 metros, uma altura de 2% do tamanho do vão total correspondente à 40 centímetros, visto na Fig. 32. Figura 32 - Detalhes da treliça tipo Atirantada - Vão de 20 metros Fonte: Dos autores. Para melhor visualização do quadro de esforços atuantes nas barras, enumerou-se as barras do modelo tipo Atirantado de 20 metros conforme Fig. 33. Figura 33 - Nomenclatura das barras no modelo Atirantado de 20 metros Fonte: Dos autores. Após enumeradas, identificou-se os esforços atuantes em cada um delas, como visto na Tab. 33. Tabela 33 - Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Atirantado de 20 m. 72 BARRA 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 COMPRIMENTO (m) 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.41 0.40 0.40 ESFORÇO – OU + (Kgf) -14873 -12548 -10404 -8461 -6718 -5174 -3830 -2685 -1738 -993 -447 -100 47 -5 -256 -707 -1357 -2207 -3257 -4506 -5954 -7602 -9447 -11521 -11930 -4115 -1619 -760 -2898 -4838 -6578 -8118 -9460 -10602 -11545 -11763 -1209 -12370 -12650 -12350 -12105 -11910 -11543 -11049 -9997 -8745 -7293 -5640 -3805 -1656 -1782 2175 BARRA 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 T COMPRIMENTO (m) 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 20 ESFORÇO – OU + (Kgf) 2066 1860 1673 1482 1292 1010 911 721 530 340 150 -40 -230 -420 -611 -801 -991 -1182 -1372 -1561 -1760 -1909 -2285 -2900 -1625 -1530 -1510 -1350 -1296 -1156 -1064 -956 -830 -760 696 453 209 34 278 521 765 1009 1252 1496 1740 2105 2986 3750 4630 8965 73 Fonte: Dos autores. Para os esforços identificados na Tab. 33, o software AVwin adotou os perfis conforme apresentados na Tab. 34. Tabela 34 - Quadro de perfis adotados pelo software Banzo Superior Banzo Superior Diagonais Montantes Verticais Tirante Perfil “C” de 150x50x 4.76 mm Perfil “C” de 150x50x 4.76 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 38.10mm e= 4.76 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 38.10mm e= 4.76 mm Barra Circular 20.0 mm Fonte: Dos autores. Após determinado os perfis empregados, temos o consumo de aço para o modelo em análise, expresso na Tab. 35. Tabela 35 - Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 20 m. Perfis Material Peso (Kg/m) Consumo (m) Peso Total (Kg) Perfil “C” de 150x60 mm e= 4.76mm ASTM A36 8.64 40.80 352.52 Dupla Cantoneiras de Abas iguais 38.10mm e= 4.76 mm ASTM A36 5.30 46.02 243.90 Barra Circular de 20.0 mm ASTM A36 ou CA 25 2.45 20 49.0 Peso Total (Kg) 637.42 Fonte: Dos autores. 3.9 VÃO DE 25 METROS 3.9.1 Treliça tipo Howe Atendendo a condição de emenda das telhas e buscando a simetria entre as distancias de montantes verticais, adotou-se para esse modelo a distancia de 74 centímetros entre montantes verticais, conforme visto na Fig. 34. Figura 34 - Detalhes da treliça tipo Howe - Vão de 25 metros. 74 Fonte: Dos autores. Para melhor visualização do quadro de esforços atuantes nas barras, enumerou-se as barras do modelo tipo Howe de 20 metros conforme Fig. 35. Figura 35 - Nomenclatura das barras no modelo Howe de 25 metros. Fonte: Dos autores. Após enumeradas, identificou-se os esforços atuantes em cada um delas, como visto na Tab. 36. Tabela 36 - Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Howe de 25 m. BARR A 01 02 03 04 COMPRIMENTO (m) 0.74 0.74 0.74 0.74 ESFORÇO – OU + (Kgf) -472 206 826 1405 BARR A 36 37 38 39 COMPRIMENTO (m) 2.75 2.60 2.45 2.31 ESFORÇO – OU + (Kgf) 1908 1651 1386 1111 75 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 0.74 0.74 0.74 0.74 0.74 0.74 0.74 0.74 0.74 0.74 0.74 0.74 0.74 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 0.75 2.90 1925 2376 2739 2988 3089 2988 2607 1818 400 -846 -2049 -6451 -14399 -13463 -14154 -14834 -15469 -16058 -16589 -17049 -17418 -17671 -17772 -17668 -17276 -16465 -15006 -12485 -7850 -6458 4600 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 2.16 2.01 1.86 1.70 1.56 1.40 1.25 1.10 0.96 0.83 0.67 0.53 0.40 2.85 2.74 2.67 2.55 2.41 2.26 2.11 1.97 1.83 1.69 1.55 1.42 1.29 1.17 1.06 0.96 0.88 822 515 186 -172 -570 -1023 -1555 -1640 -1820 -2216 -3043 -4381 -5709 -2311 -2305 -1995 -1752 -1481 -1200 -899 -574 -213 196 680 1283 2090 3267 5333 7640 8684 Fonte: Dos autores. Para os esforços identificados na Tab. 36, o software AVwin adotou os perfis conforme apresentados na Tab. 37. Tabela 37 - Quadro de perfis adotados pelo software Banzo Superior Banzo Inferior Diagonais Montantes Verticais Perfil “C” de 200x60mm e = 6 mm Perfil “C” de 200x60mm e = 6 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 50.80mm e= 4.76 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 50.80mm e= 4.76 mm Fonte: Dos autores. Após determinado os perfis empregados, temos o consumo de aço para o modelo em análise, expresso na Tab. 38. 76 Tabela 38 - Quadro de Quantitativos de materiais: Howe 25 m. Perfis Material Perfil “C” de 200x60 e=6 mm ASTM A36 Peso (Kg/m) 14.56 Dupla Cantoneiras de Abas iguais 50.80mm e= 4.76 mm ASTM A36 7.20 Consumo (m) 50.49 Peso Total (Kg) 735.14 110.56 796.02 Peso Total (Kg) 1531.16 Fonte: Dos autores. 3.9.2 Treliça de duas aguas Atirantada Adotou-se para o modelo atirantado de 25 metros, uma altura de 2% do tamanho do vão total, correspondente a 50 centímetros, conforme visto na Fig. 36. Figura 36 - Detalhes da treliça tipo Atirantada - Vão de 25 metros Fonte: Dos autores. Para melhor visualização do quadro de esforços atuantes nas barras, enumerou-se as barras do modelo tipo Atirantada de 25 metros conforme Fig. 37. Figura 37 - Nomenclatura das barras no modelo Atirantada de 25 metros. Fonte: Dos autores. 77 Após enumeradas, identificou-se os esforços atuantes em cada um delas, como visto na Tab. 39. Tabela 39 - Quadro de esforços axiais de tração (+) e compressão (-) nas barras do modelo Atirantado de 25 m. BARRA COMPRIMENTO (m) ESFORÇO – OU + (Kgf) BARRA COMPRIMENTO (m) ESFORÇO – OU + (Kgf) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 -9500 -9116 -8650 -7373 -5507 -3886 -2515 -1392 -517 108 485 614 494 126 -489 -1355 -2468 -3831 -5441 -7301 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 2428 1969 1776 1536 1304 1071 838 605 373 140 -92 325 -558 -791 -1024 -1257 -1489 -1722 -1956 -2186 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 0.51 -9408 -11020 -8350 -7800 -5200 -170 -1836 -4563 -6891 -7540 -8660 -9730 -12030 -12630 -12950 13311 -13250 -13490 13311 -12980 -12030 -11560 -10530 -9750 -8600 -7500 -6805 -4438 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 0.50 0.50 0.50 0.50 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 0.78 -2425 -2660 -2701 -3520 -2100 -1950 -1820 -1730 -1650 -1510 -1425 -1335 -1110 -957 -589 -222 145 513 880 1248 1616 1984 2351 2719 3086 3459 4096 4960 78 49 50 51 52 0.51 0.51 0.50 0.50 -1851 1279 39 1365 101 T 0.78 25 5380 10100 Fonte: Dos autores. Para os esforços identificados na Tab. 39, o software AVwin adotou os perfis conforme apresentados na Tab. 40. Tabela 40 - Quadro de perfis adotados pelo software. Banzo Superior Banzo Superior Diagonais Montantes Verticais Tirante Perfil “C” de 175x55mm e= 6 mm Perfil “C” de 175x55mm e= 6 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 38.10mm e= 4.76 mm Dupla Cantoneiras de Abas iguais 38.10mm e= 4.76 mm Barra Circular 25.0 mm Fonte: Dos autores. Após determinado os perfis empregados, temos o consumo de aço para o modelo em análise, expresso na Tab. 41. Tabela 41 - Quadro de Quantitativos de materiais: Atirantada 25 m. Perfis Material Peso (Kg/m) Consumo (m) Peso Total (Kg) Perfil “C” de 175x55 mm e= 6mm ASTM A36 12.32 60.00 739.20 Dupla Cantoneiras de Abas iguais 38.10mm e= 4.76 mm ASTM A36 5.30 54.52 271.56 Barra Circular de 25 mm ASTM A36 ou CA 25 3.18 25 80.25 Peso Total (Kg) 1095.31 Fonte: Dos autores. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 ANÁLISE COMPARATIVA DO CONSUMO DE AÇO ENTRE OS MODELOS HOWE E ATIRANTADA Em relação ao consumo de aço por treliça dos dois modelos tradicionais analisados, a treliça tipo Atirantada apresentou-se cerca de 30% mais vantajosa em comparação ao modelo Howe nos vãos de 10,15 e 20 metros. O gráfico 1, mostra um comparativo entre os pesos obtidos por vão de cada um dos dois modelos. 79 Gráfico 1 - Comparativo entre resultados das treliças tipo howe e atirantada. Fonte: Autor Fonte: Dos autores. 4.2 CONSUMO DE AÇO POR METRO LINEAR DE TRELIÇA DOS MODELOS ESTUDADOS Também foi possível verificar o aumento do consumo de aço por metro linear, dos modelos analisados de treliça em função do acréscimo do vão, tal como visto no gráfico 2. Gráfico 2 - Consumo por metro linear das treliças estudadas. Fonte: Dos autores. 4.3 CONSUMO DE AÇO POR METRO QUADRADO DOS MODELOS DE TRELIÇA ANALISADOS Segundo dados da CBCA (2013), o consumo médio de aço devido ao peso das terças, em coberturas metálicas industrias com vãos entre apoios de terças entre 4,5 à 6 metros, onde se façam uso de telhas metálicas galvanizadas ou fibrocimenticeas, com peso por metro quadrado inferior a 17 kg, e espaçamentos entre terças não superiores as 1,5 metros, é de aproximadamente 5 kg/m². Em pose 80 dessa estimativa simplificada, associada aos resultados obtidos neste trabalho, permitiu-se gerar um consumo por metro quadrado de cobertura metálica, para cada um dos modelos estudados, conforme Tab. 42. Tabela 42 - Consumo de Aço por m² de cobertura (Terças e Treliças). Fonte: Dos autores. 4.4 ANÁLISE DOS PERFIS ADOTADOS Pelos dados fornecidos pelo software, e visto que a diferença média encontrada nos resultados manuais foi de cerca de 1,5%, as tensões de utilização dos perfis mais solicitados estão bem otimizadas. Conforme dados expostos na Tab. 4.2, todos os perfis mais solicitados do modelo Howe, estão atuando em serviço com mais de 80% de suas cargas admissíveis. Para modelo Atirantado de duas aguas, somente no vão de 20 metros, temos um percentual inferior a 80% da carga adimissivel, conforme Tab 43. 81 Tabela 43 - Quadro de perfis adotados para os modelos analisados do tipo Howe, discriminando as cargas atuantes, admissíveis e o percentual de utilização das barras. HOWE Componentes Banzos Inf. e Sup. 10 Metros Diagonais Montante Banzos Inf. e Sup. 15 Metros Diagonais Montante Banzos Inf. e Sup. 20 Metros Diagonais Montante Banzos Inf. e Sup. 25 Metros Diagonais Montante Perfis Perfil “C” 100x50x4.76mm Dupla Cant. Abas Iguais 31.75mm x 3,18mm Dupla Cant. Abas Iguais 31.75mm x 3,18mm Perfil “C” 125x50x4.76mm Dupla Cant. Abas Iguais 38.10mm x 3,18mm Dupla Cant. Abas Iguais 38.10mm x 3,18mm Perfil “C” 175x55x6mm Dupla Cant. Abas Iguais 50.80mm x 3,18mm Dupla Cant. Abas Iguais 50.80mm x 3,18mm Perfil “C” 200x60x6mm Dupla Cant. Abas Iguais 50.80mm x 4.76mm Dupla Cant. Abas Iguais 50.80mm x 4.76mm Fonte: Dos autores. Carga Atuante (Kgf) Carga Adm. (Kgf) Utilização ().100% -5312 -6400 83% +3852 +4052 95% -2390 -2463 97% -9169 -10538 87% +5100 +5260 98% -3500 - 3590 99% -13333 -13605 98% +7667 +8812 87% - 4589 - 4730 97% -17776 - 18105 98% + 8884 + 10834 82% - 5709 - 6638 86% 82 Tabela 44 - Quadro de perfis adotados para os modelos analisados do tipo Atirantada, discriminando as cargas atuantes, admissíveis e o percentual de utilização das barras. ATIRAN. Componentes Banzos Inf. e Sup. 10 Metros Diagonais Montante Banzos Inf. e Sup. 15 Metros Diagonais Montante Banzos Inf. e Sup. 20 Metros Diagonais Montante Banzos Inf. e Sup. 25 Metros Diagonais Montante Perfis Perfil “C” 100x40x3.18mm Dupla Cant. Abas Iguais 25.4mm x 3,18mm Dupla Cant. Abas Iguais 25.4mm x 3,18mm Perfil “C” 100x50x4.76mm Dupla Cant. Abas Iguais 31.75mm x 3,18mm Dupla Cant. Abas Iguais 31.75mm x 3,18mm Perfil “C” 150x50x4.76mm Dupla Cant. Abas Iguais 38.10mm x 4,76mm Dupla Cant. Abas Iguais 38.10mm x 4,76mm Perfil “C” 175x55x6mm Dupla Cant. Abas Iguais 38.10mm x 4,76mm Dupla Cant. Abas Iguais 38.10mm x 4,76mm Carga Atuante (Kgf) Carga Adm. (Kgf) Utilização ().100% -5359 -5460 96% 1810 +2206 82% -1296 -1520 87% -6210 -6400 97% +3350 +4052 82% -2104 -2463 85% -12650 -12800 98% +4630 +5600 82% - 2900 - 3750 77% -13490 -13605 98% +5380 +5600 96% - 3520 - 3750 93% Fonte: Dos autores. 5 CONCLUSÃO A eficiência, é a característica fundamental para os que vislumbram crescimento no mercado da construção civil, o beneficio de poder oferecer mais rapidez nas tomadas de decisões, na escolha do tipo da cobertura, permiti obter 83 uma noção primária detalhada de custo do serviço, acarretando num aumento da praticidade nas etapas do processo de orçamento e anteprojeto de uma obra, onde se faça presente à necessidade da utilização de treliçamento metálico para cobertura de galpões industriais. Os objetivos deste trabalho foram alcançados, no momento em que conseguiu-se definir com o auxilio da ferramenta computacional, os perfis comerciais adequados para os modelos de treliças do tipo Howe e atirantada de duas aguas, para os vãos de 10,15, 20 e 25 metros, validados satisfatoriamente por meio manual de cálculo, conforme a ABNT NBR 8800:2008. Estabeleceu-se também as dimensões apropriadas das treliças, satisfazendo as condições de inclinação, ligação e exequibilidade, e por fim, relatando o consumo de aço de cada modelo por metro linear e quadrado. Quanto à hipótese estabelecida, foi confirmada, através da criação de soluções padrões nos modelos de treliça howe e atirantada de duas aguas, de maneira à fundamentar adequadamente nas tomadas de decisões, confecção de anteprojetos e nas análises econômicas de estruturas dessa natureza. Pode-se observar que o consumo de aço nos modelos Howe, foi em média cerca de 30% maior se comparado aos modelos Atirantados de duas aguas, nos vãos de 10, 15 e 20 metros. No vão de 25 metros, essa diferença de consumo aumenta pra cerca de 38% . Esse fato é justificado pela melhor disposição geométrica da treliça atirantada, que possui a maioria de seus perfis na zona de compressão, trabalhando apenas com o tirante na zona tracionada, economizando assim significativos kg de aço. Enquanto que no modelo howe, a geometria da estrutura acarreta aos perfis os dois tipos de atuação, na zona traçionada e na comprimida. Outro aspecto observado foi um crescimento médio de consumo inferior em 8% ao crescimento do vão. Enquanto o vão aumentava de tamanho 50%, os modelos Howe consumiam a mais em torno de 44%, já os modelos Atirantados de duas aguas, consumiam em média 40%. O comportamento desse aumento de consumo das treliças teve uma tendencial exponencial conforme capitulo anterior. Apesar de todas as contribuições desse trabalho, ficam algumas sugestões para possíveis trabalhos futuros. Como por exemplo: a comparação entre o consumo de aço dos modelos analisados com o modelo dimensionamento das terças e pilares em conjunto com as treliças. de arco. O 84 REFERÊNCIAS ASSOCIACAO BRASILEIRAS DE NORMAS TECNICAS - ABNT. NBR 6123:1988. Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 1988. ______. NBR 8681:2003. Ações e segurança nas estruturas –procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. ______. NBR 8800:2008. Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2008. 85 AVWin software. 2011. Programa de computador. BELLEI, I. H. Edifícios Industriais em Aço - Projeto e Cálculo. 5. ed. São Paulo: Pini, 2004. BRASILIT. Catálogo técnico de telhas onduladas de fibrocimento. Disponível em: <http://www.brasilit.com.br/produtos/telhas-onduladas/ondulada.php>. Acesso em: 19 abr. 2013. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO - CBCA. Disponível em: <http://www.cbca-acobrasil.org.br/construcao-em-aco-acos-estruturais.php>. Acesso em: 30 jul. 2013. FEDERAÇÃO DA INDUSTRIA DO ESTADO DO PARÁ - FIEPA. Disponível em: <http://www.fiepa.org.br/paraumgigantedamineração>. Acesso em: 25 jun. 2013. GERDAU. Catálogo Barras e Perfis Gerdau. Disponível em: <http://www.gerdau.com.br/produtos-catalogo-emanuais/5023.global.ptBR.force.axd>. Acesso em: 20 fev. 2013. KRIPKA, Moacir et al. Estudo de treliças metálicas para coberturas em duas águas através de otimização topológica. São Paulo: Construmetal, 2010. PANNONI, Fabio Domingos. Aços Estruturais. São Paulo: Aussal, 2009. PEREIRA, J. P. G. Heurísticas computacionais aplicadas à otimização estrutural de treliças bidimensionais. 2007. 150 f. Dissertação (Mestrado) – Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007. TUPER. Telhas e Perfis. Guia de Especificações - 2005. VIEIRA, J. L. Telhados - Plantas e Elevações. São Paulo, 2002. Notas de Aula. ZACARIAS M. CHAMBERLAIN PRAVIA (Rev.), GILNEI DREHMER, ENIO MESACASA JÚNIOR. Manual de Construção em Aço: Galpões para Usos Gerais. 3. ed. São Paulo: CBCA, 2008.