Quinta-feira 2 de julho de 2015 Jornal do Comércio - Porto Alegre Internacional 17 [email protected] RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS Cuba e EUA reabrirão embaixadas Fechadas desde 1961, representações em Washington e Havana voltam a funcionar no dia 20 Cuba e EUA anunciaram ontem que deverão reabrir, em 20 de julho, as embaixadas em Washington e Havana, em mais um passo na retomada de relações entre os dois países. Em pronunciamento na Casa Branca, o presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que a medida é um “passo histórico” e mais uma demonstração de que os EUA não têm de ficar aprisionados ao passado. Ele também anunciou que o secretário de Estado, John Kerry, viajará a Havana para hastear a bandeira na embaixada norte-americana. Segundo Obama, a reabertura completa da representação em Havana significa que os diplomatas dos EUA poderão lidar diretamente com autoridades cubanas, líderes da sociedade civil e cubanos comuns. Em seu pronunciamento, ele também pediu que o Congresso levante o embargo a Cuba. Ambas as representações estão fechadas desde 1961. A reabertura era esperada desde dezembro, quando o descongelamento das relações foi oficializado por Obama e pelo presidente cubano, Raúl Castro. O anúncio foi feito inicialmente em nota do Ministério das Relações Exteriores de Cuba. Pouco antes do comunicado, o chefe da seção norte-americana de negócios no país, Jeffrey DeLaurentis, entregou o pedido formal a Marcelino Medina, ministro interino das Relações Exteriores cubano. A expectativa é de que o prédio que atualmente abriga a seção de negócios dos EUA seja aberto como embaixada em evento com a participação de Kerry. Ao mesmo tempo, Cuba faz reformas na casa onde fica sua seção de negócios em Washington. O local teve sua cerca pintada e ganhou um mastro BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/JC Departamento de Circulação [email protected] Atendimento ao Assinante Telefone (51) 3213.1313 De 2ª a 6ª das 7h às 18h30min [email protected] Vendas de Assinaturas Telefone (51) 0800 051 0133 [email protected] Preço do exemplar avulso: RS e SC - R$ 2,50 Outros estados - R$ 3,50 Assinaturas Obama pediu que o Congresso norte-americano levante embargo à ilha no qual deverá ser hasteada a bandeira. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro comemorou a decisão e a considerou o passo mais importante na normalização das relações entre os dois países. “O governo brasileiro cumprimenta os governos de Cuba e dos Estados Unidos por essa histórica decisão, que representa a superação de animosidades anacrônicas e traz efeitos potencialmente positivos para todo o continente americano.” Retomada do diálogo será o principal legado de Obama em política externa A retomada das relações entre EUA e Cuba é vista como o maior legado de política externa que Obama deixará em sua passagem pela Casa Branca. Também representa o maior sinal de abertura do regime cubano desde que este tomou o poder, em 1959. O primeiro dos avanços da negociação foi a libertação de 53 presos políticos cubanos em troca de três cubanos presos nos Estados Unidos sob a acusação de espionagem, em 17 de dezembro. No mês seguinte, os dois países flexibilizaram as permissões para viagens e negócios e elevaram o limite de remessas de dinheiro. Na mesma ocasião, também foi libe- rada a exportação de insumos agrícolas e de aparelhos de comunicação dos EUA. Obama e Raúl Castro fizeram o primeiro encontro oficial em abril, durante a Cúpula das Américas, no Panamá. No mês seguinte, a ilha foi retirada da lista de países patrocinadores do terrorismo, uma exigência do regime. A reabertura das embaixadas, porém, deverá encontrar resistências, principalmente do Congresso norte-americano. As duas casas do Legislativo são dominadas pelos republicanos, que são contra a negociação com o país comunista. Isso poderá impedir a liberação dos US$ 6,6 milhões (R$ 20,46 milhões) para a reforma do prédio da embaixada em Havana e a efetivação de Jeffrey DeLaurentis como embaixador. Na visão dos adversários de Obama, a retomada das negociações com Cuba legitima violações de direitos humanos do regime comunista, como as prisões políticas, a censura à imprensa e a repressão a opositores. Por outro lado, ainda não há informações sobre se o regime permitiu o trânsito livre de diplomatas dos Estados Unidos pelo país. O governo de Castro relutava em aprovar a medida devido ao contato dos norte-americanos com dissidentes. ARGENTINA Aliados de Cristina afastam juiz e provocam crise com o Judiciário Aliados de Cristina Kirchner afastaram do cargo o juiz substituto Luis María Cabral, decisão que abriu uma nova crise com o Judiciário na Argentina. Cabral analisava temas sensíveis à presidente, como o acordo firmado com o Irã em 2011 com o propósito de tentar interrogar suspeitos por um atentado a bomba em Buenos Aires em 1994. Esse pacto foi objeto de investigação do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em janeiro, em um caso ainda sem explicação. Ele suspeitava que o acordo seria apenas de fachada, para esconder interesses econômicos com o Irã em troca de um suposto relaxamento na captura dos suspeitos. A denúncia foi rejeitada pela Justiça e Cabral seria um dos responsáveis por avaliar a constitucionalidade do pacto entre Buenos Aires e Teerã. O juiz substituto foi afastado em uma votação do Conselho de Magistratura. O órgão alegou que ele estava há muito tempo no cargo (desde 2011). Quem assumiu sua vaga no Tribunal de Cassação Penal (uma espécie de segunda instância) foi o advogado Cláudio Vázquez, que seria ligado a políticos kirchneristas. TERRORISMO R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 55,00 165,00 82,50 330,00 165,00 110,00 82,50 660,00 330,00 220,00 165,00 132,00 110,00 Pagamento com todos os cartões, débito em conta (BB, Banrisul, Bradesco, CEF, HSBC, Itaú,Sicredi) Consulte outros planos promocionais www.jornaldocomercio.com/assine Departamento Comercial Atendimento às agências Telefone (51) 3213.1333 Fax (51) 3213.1332 [email protected] Atendimento ao anunciante Telefones (51) 3213.1331 (51) 3213.1343 [email protected] Central de anúncios por telefone Telefones (51) 3213.1345 (51) 3213.1350 Fax (51) 3213.1351 [email protected] Operações comerciais Tel: (51) 3213.1355 [email protected] Publicidade legal Tel: (51) 3225.6864 Tel: (51) 3213.1341 [email protected] Redação Braço do EI ataca postos militares no Egito e mata 64 soldados Militantes do grupo Província do Sinai, um dos braços do Estado Islâmico (EI), atacaram ontem postos de controle do Exército do Egito, no Norte da Península do Sinai, matando 64 soldados. Pelo menos outros 40 ficaram feridos. Os ataques coordenados ocorreram um dia depois de o presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, se comprometer a intensificar a batalha contra os extremistas e dois dias após o procurador-geral Mensal Trimestral à vista 1+1 Semestral à vista 1+1 1+2 1+3 Anual à vista 1+1 1+2 1+3 1+4 1+5 da República, Hisham Barakat, ter sido morto em um atentado no Cairo. De acordo com o Província do Sinai, 15 postos do Exército e da polícia foram atacados e três atentados suicidas com carros-bomba foram lançados, sendo dois em postos de controle na cidade de Sheikh Zuweid e um no clube de oficiais na cidade vizinha de El-Arish. Os militantes também sequestraram soldados e apreenderam armas e vários veículos blindados. Telefones e e-mails (51) 3213.1362 - (51) 3213.1363 Editoria de Economia (51) 3213.1361 - (51) 3213.1366 [email protected] Editoria de Geral (51) 3213.1372 [email protected] Editoria de Política (51) 3213.1397 [email protected] Editoria de Cultura (51) 3213.1367 - (51) 3213.1347 [email protected] Administrativo e Financeiro Telefone (51) 3213.1381 Fax (51) 3213.1384 [email protected] [email protected] [email protected] Henderson Comunicação Brasília SCS Qd 2BI C nº 22 - Ed. Serra Dourada Sala 718 - Cep 70300-900 Telefone (61) 3322.4634 e (61) 3322.8989 [email protected]