0 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO AMANDA CHAVES BRAGA RESPONSABILIDADE SOCIAL: ESTUDO DE CASO EM UMA AGÊNCIA BANCO SANTANDER REAL S.A. ÁREA: Recursos Humanos João Pessoa 2010 1 AMANDA CHAVES BRAGA RESPONSABILIDADE SOCIAL: ESTUDO DE CASO EM UMA AGÊNCIA BANCO SANTANDER REAL S.A. Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Administração de Empresas da Universidade Federal da Paraíba – CCSA/ UFPB como requisito à obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas. Área de Concentração: Responsabilidade Social nas Empresas. Orientador: Prof. Dr. WALMIR RUFINO DA SILVA João Pessoa 2010 2 Ao Professor Orientador Walmir Rufino da Silva Solicitamos examinar e emitir parecer no Trabalho de Conclusão de Curso da aluna Amanda Chaves Braga João Pessoa, janeiro de 2010. __________________________ Prof. Fábio Walter Coordenador do SESA/CCSA/UFPB Parecer do Professor Orientador: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 3 AMANDA CHAVES BRAGA RESPONSABILIDADE SOCIAL: ESTUDO DE CASO EM UMA AGÊNCIA BANCO SANTANDER REAL S.A. Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Administração de Empresas da Universidade Federal da Paraíba – CCSA/ UFPB como requisito à obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas. Resultado: ___________________________ João Pessoa,____de_______________ de 2010 BANCA EXAMINADORA Orientador – Dr. Walmir Rufino da Silva Jorge de Oliveira Gomes- MSC. Nadja Valéria- MSC. 4 Dedico este trabalho a Deus em primeiro lugar e a minha Mãe que durante todo esse tempo me deu forças para persistir no objetivo de que o curso transforme minha vida. Aos Professores desta Universidade pela dedicação e profissionalismo doados. 5 RESUMO A Responsabilidade das empresas em relação a seus stakeholders, crescem em ritmo acelerado devido às mudanças ocorridas neste século. Com isso as empresas estabelecem com freqüência estratégias voltadas para a Gestão da Responsabilidade Social, o que consequentemente, aumentam sua credibilidade perante a sociedade. Este estudo de caso foi realizado no Banco Santander Real, em uma agência situada em João Pessoa- PB, onde foram observadas todas as práticas adotadas para o desenvolvimento e a disseminação do conceito de responsabilidade social, foram utilizados questionários como forma de coleta de dados, e realizadas entrevistas semi-estruturadas com todos os colaboradores. A preocupação com estes conceitos éticos de valores morais e responsabilidade social são imprescindíveis para a sobrevivência das organizações, que hoje visam ir além da obtenção de lucro. Neste contexto, as empresas lutam para alcançar a diferenciação e excelência no sentido mais amplo. Este trabalho objetiva apresentar de maneira detalhada todos os elementos envolvidos na gestão da responsabilidade social e os parâmetros adotados pelo Banco Santander Real no que tange a: sociedade, meio-ambiente, políticas de RH, satisfação dos clientes, compromisso, valores, missão e estratégia empresarial, além da visão que cada funcionário possui a cerca do Banco. Os objetivos gerais e específicos do trabalho foram plenamente atendidos, e concluímos que o banco adota práticas voltadas a Ética e Responsabilidade Social, além de incentivar seus funcionários a desenvolverem uma visão mais sócio-responsável. Como contribuições verificamos a convergência do tema dentro da atualidade, trazendo à tona questões de suma importância para o Banco e Sociedade, além de incentivar a futuras pesquisas dentro do ambiente Bancário. Palavras-chave: Responsabilidade Social, Desenvolvimento Sustentável, Ética 6 ABSTRACT The liability of companies for its stakeholders, growing at a rapid pace due to changes in this century. With that companies often establish strategies for the Management of Social Responsibility, which in turn, increase your credibility in society. This case study was conducted at the Banco Santander Real, an agency located in Joao Pessoa, where they observed all the practices adopted for the development and dissemination of the concept of social responsibility, questionnaires were used as a means of data collection, and conducted semi-structured interviews with all employees. The concern with these ethical concepts of moral values and social responsibility are essential to the survival of organizations, which are now striving to go beyond profit. In this context, companies struggle to achieve differentiation and excellence in the broadest sense. This study presents in detail all the elements involved in the management of social responsibility and the parameters adopted by Banco Santander Real with respect to: society, environment, HR policies, customer satisfaction, commitment, values, mission and strategy business, not to mention that each employee has about the Bank. The general and specific objectives of the project were fully met, and concluded that the bank adopt practices aimed at Ethics and Social Responsibility, and encourage their employees to develop a more responsible partner. As we see the convergence contributions to the song in the world today, bringing up issues of great importance for the Bank and Company, in addition to encourage further research within the Banking environment. Keywords: Social Responsibility, Sustainable Development, Ethics 7 ILUSTRAÇÕES LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1- Conhecimento sobre os projetos de Responsabilidade Social no Santander Real ................................................................................................... Erro! Indicador não definido. Gráfico 2- Temas de maior relevância para o Banco ...............................................................36 Gráfico 3- Grau de Escolaridade ..............................................................................................37 Gráfico 4- Cargo Exercido .......................................................................................................38 Gráfico 5- Distribuição por sexo ..............................................................................................39 Gráfico 6- Tempo de Serviço no Banco Santander Real..........................................................40 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Abrangência da Ética na Administração. .................................................................20 Tabela 2- Conhecimento sobre os projetos de Responsabilidade Social no Santander Real Ag. 1659 ..........................................................................................................................................35 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Sede Santander São Paulo-SP...................................................................................31 Figura 2- Cidade Financeira Santander Madri / Espanha.........................................................32 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................9 1.1 OBJETIVO S................................................................................................................10 1.1.1 Objetivos Gerais ...........................................................................................................10 1.1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................11 2.1 EVOLUÇÃO E CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL .........................13 2.2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS NO BRASIL.......................15 2.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL NA DINÂMICA CORPORATIVA......................16 2.4 ÉTICA EMPRESARIAL..............................................................................................18 2.5 A NOVA ÉTICA EMPRESARIAL .............................................................................21 2.6 ÉTICA COMO FATOR DE LUCRO E BONS NEGÓCIOS ......................................22 2.7 ACIONISTAS E INVESTIDORES .............................................................................23 2.8 CONSUMIDORES E CONCORRENTES ..................................................................24 2.9 COMUNIDADE...........................................................................................................25 2.10 MEIO AMBIENTE ......................................................................................................25 2.11 FORNECEDORES E PARCEIROS COMERCIAIS...................................................26 2.12 GOVERNO...................................................................................................................26 2.13 FUNCIONÁRIOS ........................................................................................................27 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................28 3.1 TIPO DE PESQUISA...................................................................................................28 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA (UNIVERSO DE PESQUISA)....................................28 3.3 INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS ................................................................29 3.4 LOCAL DE COLETA DOS DADOS ..........................................................................29 3.4.1 Visão.............................................................................................................................30 3.4.2 Missão...........................................................................................................................30 3.4.3 Valores..........................................................................................................................30 3.4.4 Sustentabilidade nos Negócios e Projetos Sociais........................................................32 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ...............................................................................35 4.1 CONHECIMENTO SOBRE OS PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DO SANTANDER REAL........................................................................................................35 4.2 GRAU DE ESCOLARIDADE.....................................................................................37 4.3 CARGO E FUNÇÃO EXERCIDA NA ORGANIZAÇÃO .........................................38 4.4 DISTRIBUIÇÃO POR SEXO......................................................................................39 4.5 TEMPO DE SERVIÇO NO BANCO SANTANDER REAL......................................40 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................42 REFERÊNCIAS .....................................................................................................................45 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO ......................................................................................48 9 1 INTRODUÇÃO A responsabilidade social é tema de relevância em todas as organizações que buscam reconhecimento no mercado e respeito da sociedade. Os clientes e consumidores cada vez mais cobram das empresas essa postura e direção voltadas à ética e responsabilidade. A partir da década de 50, formaram-se os primeiros códigos de ética empresarial, padronizando comportamentos entre os empregados. Entretanto, logo uma visão mais econômica ganhou espaço, pois os benefícios de uma instituição ética se traduziam também em resultados financeiros. Contrariamente, algumas outras empresas, buscaram o sentido ético da responsabilidade social, não somente como uma estratégia de mercado, mas principalmente pela conscientização de valores cidadãos no contexto social. Assim essas empresas procuraram se enquadrar nessa nova exigência social ao invés de atentar apenas para as suas responsabilidades econômicas e legais. Agora, elas não precisariam apenas equacionar suas necessidades de obter lucros, e de obedecer às leis da sociedade, mas principalmente, ter um comportamento ético, moral e envolver-se de alguma forma em filantropias para com as comunidades que as rodeiam. Em face da importância que a responsabilidade social vem assumindo perante a sociedade, faz-se indispensável uma avaliação e análise dos vários projetos implantados pelo grupo Santander Real, através do qual se buscará melhorias e ampliações para esses projetos e formação de novos negócios que satisfaçam simultaneamente os clientes, acionistas, funcionários e principalmente a comunidade. Portanto, observam-se a oportunidade de afirmar o Banco Santander Real como uma empresa acima de tudo responsável, que leva o capitalismo mais humano para a comunidade que a cerca, de integrar princípios éticos entre funcionários e clientes, e de aumentar a sua credibilidade ao agregar valor a sua imagem perante o mercado. Torna-se viável a realização desta pesquisa porque o pesquisador é funcionário da empresa laboratório, tendo assim total acesso às informações e dados sobre o tema deste projeto, poupando-se, assim tempo e recursos financeiros. Diante deste contexto o presente trabalho busca responder o seguinte problema de pesquisa: 10 O Banco Santander Real adota práticas voltadas a Responsabilidade Social e Ética Empresarial, e como integra funcionários e clientes neste processo? Com a busca da resposta a questão dada acima, o trabalho de pesquisa visa esclarecer num contexto geral as mudanças no comportamento das empresas tendo conhecimento no aumento da responsabilidade exigida pelo mercado e sociedade, levando assim aos interesses da organização uma visão ampla de seus objetivos considerando a relação entre todos os participantes no processo. A importância deste tema é latente nesta época de grandes mudanças, tanto culturais quanto ambientais, visto que as empresas não podem visar apenas auferir lucros, sem preocupar-se com as questões fundamentais da sociedade. 1.1 1.1.1 OBJETIVO S Objetivos Gerais Avaliar a percepção dos funcionários do Banco Santander REAL S.A. – Agência 1659 em João Pessoa- PB, de Responsabilidade Social desenvolvidos por esse Banco. 1.1.2 Objetivos Específicos - Identificar a existência de projetos de Responsabilidade Social do Santander REAL S.A. - Identificar a percepção dos funcionários em termos de conhecimento, engajamento e promoção desses projetos. - Levantar as principais características da Gestão do Banco. 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A responsabilidade social das organizações e o seu comportamento ético estão entre as tendências mais importantes que influenciam a teoria e a prática da administração neste novo milênio. O debate sobre ética e responsabilidade social é bastante antigo, no entanto, vem tendo maior destaque e importância nos dias atuais devido ao desenvolvimento de problemas como: poluição, corrupção, desemprego e proteção aos consumidores, entre muitos outros que envolvem a sociedade, assim como as empresas públicas e privadas que dela fazem parte. A responsabilidade social nas empresas é uma questão em destaque na atualidade, mas necessitamos definir o que isso significa do ponto de vista da sociedade. Embora haja formas diversas de apresentar o tema, há sempre quem defina que a atuação da empresa de maneira responsável é a decisão de participar mais ativamente das ações comunitárias nas regiões em que estão presentes e minorar os possíveis danos ambientais decorrentes do tipo de atividade que exerce. (MELO NETO E FROES, 1999 pag. 78). As organizações buscam cada vez mais atender plenamente seus stakeholdersconsumidores, funcionários, fornecedores, distribuidores. A empresa deve lutar para atender e satisfazer as necessidades não apenas de seus acionistas mais de todo o grupo de stakeholders existente, visando à entrega de níveis de satisfação até mesmo acima do mínimo desejado. O tema responsabilidade social é de interesse de todos esses grupos, já que a sustentabilidade e sobrevivência estão diretamente interligadas, o crescimento das empresas estará diretamente ligado ao seu grau de participação nesta área, e na contribuição deixada por ela para a sociedade. A responsabilidade social é uma exigência básica à atitude e ao comportamento ético, através de praticas que demonstrem que a empresa possui uma alma, cuja preservação implica em solidariedade e compromisso social. A preocupação das empresas com as causas sociais tem se tornado uma questão estratégica e de sobrevivência, pois durante anos as empresas só se preocupavam com a qualidade de seus processos, hoje um bom produto, serviço e preço competitivo deixaram de ser vantagem e passaram a ser obrigação, juntamente com qualidade no relacionamento com os diversos públicos estratégicos. Atualmente as empresas devem ficar atentas a temas como: erradicação do trabalho infantil, regularizar o trabalho do adolescente, prorrogação do período de licença maternidade 12 e defesa de um meio ambiental sustentável. Ou seja, as empresas, cada vez mais, passam a assumir o papel de empresa cidadã. Mesmo porque, a busca pela consolidação de uma imagem socialmente responsável faz com que o meio empresarial busque formas de melhorar seu relacionamento com o meio ambiente e a sociedade, de modo a contribuir para o desenvolvimento social e econômico, do qual depende para sua sobrevivência. Por este motivo, seja de forma espontânea, ou por pressão da sociedade, as empresas publicas e privadas tem o dever de assumir uma postura consciente e responsável pelo bem-estar da sociedade onde exerce sua atividade. Algumas empresas confundem Responsabilidade Social com Filantropia. Mas o que é Responsabilidade Social? O termo "responsabilidade social" encerra sempre a idéia de prestação de contas: alguém deve justificar a própria atuação perante outrem. Durante muito tempo, este foi entendido, em uma visão tradicional, como sendo a obrigação do administrador de prestar contas dos bens recebidos por ele. Ou seja, economicamente, a empresa é vista como uma entidade instituída pelos investidores e acionistas, com objetivo único de gerar lucros. Entretanto, tal perspectiva não se aplica no mundo contemporâneo. Já se sabe que a empresa não se resume exclusivamente no capital, e que sem os recursos naturais (matéria-prima) e as pessoas (conhecimento e mão-de-obra), ela não gera riquezas, não satisfaz às necessidades humanas, não proporciona o progresso e não melhora a qualidade de vida. Por isso, afirma-se que a empresa está inserida em um ambiente social. Atualmente, a intervenção dos diversos atores sociais exige das organizações uma nova postura, calcada em valores éticos que promovam o desenvolvimento sustentável da sociedade como um todo. A questão da responsabilidade social vai, portanto, além da postura legal da empresa, da prática filantrópica ou do apoio à comunidade. Significa mudança de atitude, numa perspectiva de gestão empresarial com foco na qualidade das relações e na geração de valor para todos. É importante ressaltar que a responsabilidade social é, ainda, um processo em crescimento em vários países do mundo e, principalmente, no Brasil. 13 2.1 EVOLUÇÃO E CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL A origem da idéia de responsabilidade social da empresa remonta ao final do século XIX e início do século XX. Segundo relato de Maximiniano (1997), Andrew Carnegie foi um dos pioneiros no assunto, ao conceber que o “princípio de responsabilidade social baseia-se na premissa de que as organizações são instituições sociais”, quando, em 1899, publicou nos Estados Unidos a obra “O evangelho da riqueza”, caracterizando dois princípios básicos, relativos a responsabilidade social da empresa: “caridade e stewardship”, ou seja, princípio da caridade e princípio do zelo. No entanto, Duarte & Dias (1986) ressaltam que, apesar de outras manifestações de autores como Charles Eliot (1906), Arthur Harkley (1907), e John Clark (1916), foi somente com o trabalho de Bowen, intitulado Responsabilidade social do homem de negócios, publicado em 1953 nos EUA e em 1957 no Brasil, que se demarcou o início de uma análise mais criteriosa e profunda. A divulgação e a popularização do conceito ocorreram no início dos anos 60 nos EUA, e no início dos anos 80 no Brasil. De imediato, é importante ressaltar que as abordagens de Carnigie e Browen têm forte cunho religioso. O título de Carnigie, por si só, não deixa dúvidas e o trabalho de Bowen foi patrocinado pelo Conselho Federal das Igrejas de Cristo da América. Isso significa que uma primeira percepção do assunto estava fortemente ligada ao caráter religioso da sociedade norte-americana, portanto, à condição estabelecida da moral social da época. Modernamente, o conceito de responsabilidade social da empresa vai além do argumento clássico que a considera como uma “obrigação”. Segundo Dias e Duarte (1986, p.52-56), “a empresa deve ser entendida como um organismo social complexo e suas dimensões estão integradas a uma dimensão maior: a sociedade”. Formal e modernamente conceituada pelo Conselho Empresarial para Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) da Holanda, a responsabilidade social corporativa está assim entendida: “o comprometimento permanente dos empresários com comportamentos éticos e com o desenvolvimento econômico. A saber: melhorar a qualidade de vida dos empregados e de suas famílias, bem com da comunidade local e da sociedade como um todo” (SCOUR, 2000, p.198). A responsabilidade Social refere-se à ética como base das ações com todos os públicos com os quais a organização pode interagir, ou seja, os seus stakeholders (clientes, funcionários, acionistas, governo, sociedade, meio ambiente). 14 Não se pode esquecer, no entanto, que os padrões socialmente aceitos se alteram no tempo e os interesses da empresa serão diretamente influenciados por eles. Dessa maneira, a responsabilidade social da empresa pode ser representada em grupos de dimensões relacionadas aos diversos interesses da vida socioeconômica dos homens. O crescente aumento da complexidade dos negócios está levando as corporações capitalistas a buscarem estratégias lucrativas e gratificantes que possam garantir firmamento e posição consolidada no mundo dos negócios (ARRUDA, 2001). Hoje, estas estratégias têm como pano de fundo a responsabilidade social, um marco referencial para a sobrevivência de muitas empresas que, de uma forma ou de outra, usam esse instrumento ou como incentivo fiscal ou como marketing social ou ainda como uma questão de humanização. A expressão “responsabilidade social” suscita uma série de interpretações. Para Dubrin (1998, p.34), “é a idéia de que as empresas possuem obrigações para com a sociedade, além de suas obrigações econômicas junto aos proprietários ou acionistas e também além daquelas prescritas por lei ou contrato”. Na visão de Aligleri e Borinelli (2001, p.03) responsabilidade social é “a atuação legitima e voluntária das empresas com a comunidade externa e interna na qual ela está inserida, ou seja, o envolvimento das empresas com atividades e ações que possam contribuir para manter ou aumentar o bem-estar social”. De acordo com Drucker (1997), não se pode afirmar que uma empresa tenha como responsabilidade apenas o desempenho econômico; mas este é sua primeira responsabilidade. A empresa que não trabalha para obter lucro pelo menos igual ao custo do seu capital é irresponsável, pois desperdiça recursos da sociedade. Para o autor, seria justo e natural que os mesmos grupos de liderança que foram responsáveis pelo êxito em prover as quantidades para a vida assumam agora a responsabilidade de prover também a qualidade da vida. A responsabilidade social seria então algo a ser incorporado após as necessidades econômicas estarem razoavelmente satisfeitas. Na observação de Ashley (2001) o conceito de responsabilidade social vem consolidando-se como um conceito interdisciplinar, multidimensional e associado à abordagem sistêmica, focada nas relações entre os stakeholders associados direta e indiretamente ao negócio da empresa, incorporado à orientação estratégica das empresas, e refletida em desafios éticos para a dimensão econômica, ambiental e social. 15 2.2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS NO BRASIL Segundo Vilela (1999), Ética e responsabilidade social nos negócios são temas ainda em desenvolvimento no Brasil. Não houve o registro de nenhum boom que merecesse menção honrosa nas diversas mídias existentes. Mas, sem dúvida, o cenário já se alterou bastante e tende a mudar gradativamente. É grande a expectativa no que concerne à propagação de um ideário social no meio empresarial brasileiro. Muitas premiações existentes nesse âmbito já demonstram o crescimento da temática no Brasil: Selo Empresa Cidadã (Câmara Municipal de São Paulo), Top Social ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), e selo Empresa Amiga da Criança (Fundação Abrinq). O crescente reconhecimento de iniciativas empresariais em áreas sociais é um indicador de que a prática social tende a estar cada vez mais presente no elenco de atividades da iniciativa privada brasileira. Há, entretanto, uma questão que deve ser colocada: o que se entende por responsabilidade social no Brasil? Esse questionamento é importante para esclarecer o que está presente no discurso, possibilitando extrair perspectivas quanto aos trabalhos que serão efetivamente realizados. A idéia não é promover a universalização conceitual da responsabilidade social, até porque a liberdade de criação e a flexibilidade são pontos indispensáveis em ações sociais, mas saber o nível de comprometimento existente entre a missão social da empresa e a posterior aplicação prática do conteúdo (ASHILEY et al. 2003). As razões pelas quais as empresas declaram se preocupar com a responsabilidade social são as mais variáveis possíveis. Por exemplo, em uma pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), 90% das companhias começaram a investir em ações sociais por acreditar que isso melhora sua imagem institucional. O conceito de responsabilidade social precisa ser contextualizado com a compreensão das varáveis sociais, econômicas, políticas e culturais de cada país para inseri-la nas práticas empresariais. É inoportuno querer adotar estratégias empresariais baseadas em ações sociais elaboradas em países de primeiro mundo, visando obter resultados que se expressem da mesma forma. O aspecto cultural de uma nação determina o que se pode esperar como resultado de uma determinada atitude ou ação. È necessário, assim, que os padrões de ações sociais sejam criados e desenvolvidos de acordo com a realidade de nosso país. Obter aprendizado com as experiências internacionais sempre é válido, mas sem querer empregá-las como solução para os problemas locais. 16 2.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL NA DINÂMICA CORPORATIVA As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social. A idéia de responsabilidade social incorporada aos negócios é, portanto, relativamente recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios, empresas se vêem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas ações. Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões por trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também envolvem melhor desempenho nos negócios e, conseqüentemente, maior lucratividade. A busca da responsabilidade social corporativa possui as seguintes características: - Pluralidade: Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade social. - Distributividade: A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos produtivos. - Sustentabilidade: Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim 17 leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais. - Transparência: A globalização traz consigo demandas por transparência. Não mais nos bastam mais os livros contábeis. Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios sócioambientais serão compulsórios num futuro próximo. Para as empresas que têm uma visão verdadeira do mundo globalizado, o desenvolvimento intelectual e emocional do ser humano importa muito mais que uma expansão geográfica de mercados. Uma empresa globalizada – mundial ou não – é aquela que tem uma visão do todo – de si mesma, das pessoas que trabalham nela e do mundo que está ao seu redor. (SHIPKA apud RODDICK, 2002). Em função da modificação estrutural na maneira de se fazer negócios, a questão de quem ou quais grupos a serem considerados quando se está em jogo à sobrevivência organizacional, deve ser amplamente estudada. Para se atingir este modelo de gestão responsável torna-se essencial que a empresa conheça e entenda seus parceiros, a mudança que este vivencia e a dinâmica dessa relação. Cada parceiro interage e exerce uma influência na organização que deve ser identificada e analisada pela mesma. DAINEZE (2002) classifica esses parceiros (público) quanto ao tipo de poder ou influência que exercem: decisão, consulta, comportamento e opinião. O público de decisão é aquele cuja autorização ou concordância é necessária a realização das atividades de negócio, como o Governo. O público de consulta é aquele que costuma ser sondado pela organização quando ela pretende agir, como os acionistas e sindicatos. O público de comportamento engloba indivíduos cuja atuação pode frear ou favorecer a ação da organização, como funcionários e clientes. Por fim, os públicos de opinião são os grandes formadores de opinião como líderes comunitários, mídia, comunidade acadêmica etc. Alguns princípios norteadores devem ser tratados com os chamados grupos de interesse ou parte envolvida no negócio: - Abrir canais de comunicação de mão dupla, para um diálogo efetivo entre as partes; - Possuir engajamento de longo prazo com as questões propostas e assumidas; 18 - Ganhar credibilidade por meio de parcerias diversificadas; - Assegurar a coerência e a continuidade das ações, legitimando as ações sociais; - Falar a linguagem de cada stakeholder, evitando ruídos de comunicação que possam trazer desentendimentos nos relacionamentos. Assim sendo, tão importante quanto à alta produtividade e a capacidade de inovação tecnológica das empresas é também sua capacidade de estabelecer uma comunicação aberta, eficaz, ética e transparente com seus parceiros. A seguir, serão apresentados alguns dos principais stakeholders e questões envolvidas no negócio. 2.4 ÉTICA EMPRESARIAL A ética trata da definição e avaliação do comportamento de pessoas e organizações. Esta disciplina lida com o que pode ser diferente do que é, da aprovação ou reprovação do comportamento observado em relação ao comportamento ideal. Este por sua vez é definido por meio de um código de conduta, ou código de ética, implícito ou explícito. A sociedade e a empresa estão envoltas em um conjunto de valores e crenças, socialmente estabelecidos, que rege as atitudes e o comportamento dos indivíduos dentro dessas estruturas sociais. Portanto, os valores dos homens definem o comportamento padrão socialmente aceitável que se manifesta na sua cultura. Estando contida na sociedade, a empresa certamente receberá a influência da manifestação de valores sociais em sua cultura organizacional. Na expressão de Solomon (2000, p.86): “Em última análise, são os valores, e não pessoas ou produtos, que definem uma empresa ou sua cultura”. A palavra ética que se origina do grego Ethos, tem a mesma base etimológica da palavra moral do latim Mores. Os dois vocábulos significam costumes e hábitos no sentido de normas que se tornaram habituais. Alguns autores fazem distinção entre esses temas, ética e moral sendo para eles a ética uma teoria ou reflexão crítica sobre os fundamentos de um sistema moral, ou de um sistema de costumes de uma sociedade, grupo ou pessoa. Códigos de ética são aqueles conjuntos de normas de conduta particulares, como exemplo podemos citar o código de ética dos advogados, médicos, jornalistas, políticos, militares, grupo social, corrente filosófica ou doutrinária ( como a ética do capitalismo) ou até mesmo de uma pessoa. 19 Códigos de ética fazem parte de um sistema de valores que orientam o comportamento humano e de organizações. A noção de ética e as decisões pessoais e organizacionais que são tomadas com bases em códigos de éticas refletem os valores existentes na sociedade. Convém, então, explicitar o conceito de moral e o da ética. Segundo Aranha & Martins (1993, p.274), “a moral é o conjunto das regras de conduta admitidas em determinada época ou por um grupo de homens”. Para as autoras, “a ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral”. Conforme Arruda (2001), o termo ética tem muitas nuances. A ética foi definida como indagação sobre a natureza, fundamentada na moralidade, sendo o termo moralidade entendido como juízos morais, padrões e regras de conduta. Foi denominado também estudo e filosofia da conduta humana, com ênfase na determinação do que é certo e do que é errado. Ashley et al. (2003) diz que os negócios devem ser feitos de forma ética, obedecendo a rigorosos valores morais, de acordo com comportamentos universalmente aceitos como apropriados. As atitudes e atividades de uma organização precisam, desse ponto de vista, caracterizar-se por: - Preocupação com atitudes éticas e moralmente corretas que afetam todos os públicos/stakeholders envolvidos; - Promoção de valores e comportamentos morais que respeitem os padrões universais de direitos humanos e de cidadania e participação na sociedade; - Respeito ao meio ambiente e contribuição para sua sustentabilidade em todo o mundo; - Maior envolvimento nas comunidades em que se insere a organização, contribuindo para o desenvolvimento econômico e humano dos indivíduos ou até atuando diretamente na área social, em parceria com governos ou isoladamente. Esse seria, então, um referencial moral e ético para as empresas que responderiam a um novo e mais abrangente papel dentro da sociedade, influenciando diretamente a todos os envolvidos, proporcionando crescimento, conscientização, ou seja, participando de forma positiva dentro da sociedade. Esse novo papel coloca as empresas em um patamar de responsabilidade bem maior, e com um compromisso constante com a satisfação plena. 20 A discussão sobre a ética abrange e questiona inúmeros aspectos da administração das organizações e de sua relação com a sociedade, e pode ser classificada em algumas principais categorias como mostra o quadro abaixo. Tabela 1- Abrangência da Ética na Administração. Neste nível as questões éticas se relacionam NÍVEL SOCIAL DA ÉTICA (Papel, presença e efeito das organizações na sociedade). com a própria presença e o papel das organizações na sociedade, como: Está correto o estado ser dominado pelos interesses privados? A parte interessada (stakeholder) é o conceito alternativo de shareholder (acionista). Partes interessadas são pessoas que estão associadas NÍVEL DO STAKEHOLDER (Obrigações das organizações em relação a todos os que delas dependem ou são por ela afetados). direta ou indiretamente à organização ou que sofrem alguns de seus efeitos: clientes, fornecedores, distribuidores, funcionários e exfuncionários e a comunidade. No nível da administração e políticas internas, a discussão sobre ética focaliza especialmente as NÍVEL DO DA POLÍTICA INTERNA DA EMPRESA (Relação da empresa com seus empregados). relações da empresa e seus empregados. Algumas questões relevantes são: Quais as obrigações da empresa com seus funcionários? – Que tipo de compromissos a empresa pode exigir de seus funcionários? As questões éticas, no plano individual, dizem NÍVEL INDIVIDUAL (Maneira como as pessoas devem tratar-se). respeito a maneira como as pessoas devem tratar-se umas as outras, por exemplo: Quais obrigações as pessoas tem como seres humanos e trabalhadores? Fonte: Adaptado de Maximiniano (2002). 21 2.5 A NOVA ÉTICA EMPRESARIAL Em uma visão mais ampla, da mesma forma que um empregado não mantém seu emprego com a falência de sua empresa, também uma empresa terá muitas dificuldades com a falência econômica, social e ambiental do país em que estiver operando. Tanto empresários quanto administradores estão começando a reconhecer que o desejo de acumulação infinita e de consumo sem limites exige uma desenfreada exploração de recursos naturais, os quais são cada vez mais escassos. Também, os altos custos ecológicos, pela ameaça que representam à população e ao planeta, estão colocando as empresas devastadoras em uma posição muito delicada (SCOUR, 1998). Afinal, os interesses desse tipo de empresa entram em conflito com os interesses da coletividade. Uma das questões éticas mais “quentes” dos dias de hoje é o controle social sobre a agressão ao meio ambiente. As empresas que estão sensíveis a esta realidade têm sua sobrevivência reforçada, pois existirá uma procura crescente por aquelas não apenas voltadas para a produção e lucro, mas que também estejam preocupadas com a solução de problemas mais amplos como preservação do meio ambiente e bem-estar social (VALLS, 1994). Percebe-se que, mesmo no campo dos negócios, aparentemente o menos propício para aplicações éticas, tem surgido uma necessidade cada vez mais urgente de seu estudo. Seguindo esta lógica, onde o próprio capitalismo necessita redescobrir suas regras, ter padrões éticos significa ter bons negócios e parceiros em longo prazo, pois o consumidor está cada vez mais atento ao comportamento das empresas, existindo um certo metabolismo no relacionamento entre as empresas e as sociedades em que estão inseridas (SCOUR, 1998). As empresas não podem continuar gerando altos custos ecológicos em suas operações, pois seus interesses estariam colidindo com os da sociedade, uma população cada vez mais preocupada e exigente à preservação do meio ambiente. Quando a empresa se preocupa com as questões ambientais e bem-estar social, preocupações evidentemente éticas, como conseqüência aumentam suas chances de sobrevivência, pois a sociedade desenvolve uma imagem positiva em relação a esse tipo de organização. 22 2.6 ÉTICA COMO FATOR DE LUCRO E BONS NEGÓCIOS Não é difícil perceber a existência de um campo muito fértil para a aplicação da ética empresarial e de evidências demonstrando que agir conforme a ética, efetivamente dá bons resultados – financeiros e não-financeiros. Ter padrões éticos significa ter bons negócios em longo prazo. Existem estudos indicando a veracidade dessa afirmativa. Na maioria das vezes, contudo, as empresas reagem a situações de curto prazo. Empresários sagazes sabem que o sucesso nos negócios e as práticas éticas andam de mãos dadas. Eles se concentram em um objetivo empresarial que ultrapassa os simples negócios do dia-a-dia e sabem, em última análise, que não há nenhuma forma correta de fazer algo errado (LEISINGER,2001). A confiança de clientes e fornecedores. É um benefício a curto prazo, pois eles divulgam a empresa recomendando-a a terceiros. Bons negócios dependem essencialmente do desenvolvimento e manutenção de relações de longo prazo. Conforme Leisinger (2001), do mesmo modo, quando as pessoas trabalham para uma organização que acreditam ser justa, onde todos estão dispostos a dar de si para a realização das tarefas, onde as tradições de fidelidade e cuidado são marcantes, as pessoas trabalham em um nível mais elevado. Os valores ao seu redor passam a fazer parte delas e elas vêem o cliente como alguém a quem devem o melhor produto ou serviço possível. Muitas organizações acreditam que não existe correlação entre a integridade e o desempenho financeiro. Elas estão enganadas. A integridade e o desempenho não são extremidades opostas de um contínuo. O empresário que obtém um rápido ganho financeiro tirando vantagens de clientes, fornecedores ou funcionários pode acusar um lucro um pouco mais alto em determinado período, mas a confiança que perdeu no processo pode jamais voltar a ser instaurada em suas relações de negócios. Ao contrário, e na maioria das vezes, o cliente desapontado passará a consumir os produtos da concorrência assim que aparecer uma oportunidade. Chegará o dia em que um fornecedor explorado estará por cima. E os funcionários explorados saberão retribuir ao mau tratamento de várias maneiras: roubando no almoxarifado ou no patrimônio, fazendo longas ligações interurbanas, apresentando licenças médicas sem estar doente, etc. Falhas éticas levam as empresas a perderem clientes e fornecedores importantes, dificultando o estabelecimento de parcerias. A prática de parcerias é cada vez mais comum 23 nos dias atuais. Na hora de dar as mãos, além de levantar as afinidades culturais e comerciais, também é verificado se há compatibilidade ética. Recuperar o nome de uma empresa é muito difícil. Quando uma companhia age corretamente, o tempo de vida do fato na memória do público é de cinco minutos. A lembrança de uma transgressão à ética pode durar cinqüenta anos. A percepção do público pode ter um impacto direto sobre os lucros da empresa. A reputação de uma empresa é um fator primário nas relações comerciais, formais ou informais, quer estas digam respeito à publicidade, ao desenvolvimento de produtos ou a questões ligadas aos recursos humanos. Nas atuais economias nacionais e globais, as práticas empresariais dos administradores afetam a imagem da empresa para qual trabalham. Assim, se a empresa quiser competir com sucesso nos mercados nacional e mundial, será importante manter uma sólida reputação de comportamento ético. 2.7 ACIONISTAS E INVESTIDORES Os acionistas e investidores apresentam grande relação de confiança com a organização, uma vez que assumem grandes riscos ao prover consideráveis valores para alavancar os negócios. Por isso, ao efetuarem suas aplicações financeiras, preocupam-se em fazê-lo em empresas sólidas e coerentes, que respeitem o meio ambiente, as condições humanas e sociais de seus empregados e que zelem pela qualidade de suas relações com a comunidade. Analistas financeiros já começam a incorporar a variável ambiental e, mais amplamente, a responsabilidade social em suas análises, de forma que um dos elementos analisados atualmente para definir o preço das ações é o comportamento ambiental das empresas, ou seja, suas atitudes em relação ao meio ambiente. O primeiro fundo de investimento em empresas socialmente responsáveis no Brasil é o Fundo Ethical, criado pelo ABN Amro Real, em novembro de 2001. Este fundo utiliza o critério de responsabilidade social como fator imprescindível para a entrada de uma empresa em sua carteira de clientes. Tal fato é uma tendência mundial (RELATÓRIO SUSTENTABILIDADE, 2008). A empresa deve distribuir corretamente e de forma transparente os resultados para seus acionistas, sejam eles minoritários ou majoritários. Uma boa Governança Corporativa assegura aos sócios, equidade, transparência, prestação de contas e responsabilidade pelos resultados. 24 2.8 CONSUMIDORES E CONCORRENTES “Jamais ponha em dúvida se um pequeno grupo de cidadãos conscientes e comprometidos pode mudar o mundo; na realidade são eles os únicos capazes de fazer isso” (MEAD apud RODDICK, 2002). A relação de consumo entre empresas e clientes vai além da troca de dinheiro por produtos ou serviços. Implica equilíbrio entre direitos e deveres de ambos, estando implícito neste processo: desejos, necessidades, expectativas e aspirações. Na prática, a responsabilidade social em relação aos clientes e consumidores está relacionada ao desenvolvimento de produtos e serviços confiáveis e que não provoquem danos à saúde dos indivíduos. Esta preocupação ganhou mais destaque após a criação do Código Brasileiro do Consumidor que trouxe à tona a importância da ética em relação a este público. A dimensão social do consumo traz ainda a questão da política de marketing e comunicação que devem estar atentas ao caráter educativo de suas ações, ao fato de não excederem as expectativas do que é oferecido, efetivamente, pelo produto ou serviço, não provocando desconforto ou constrangimento a quem recebê-la e informando corretamente os riscos potenciais dos produtos oferecidos. Outro fator que merece destaque é a excelência no atendimento. Cabe à empresa apoiar seus consumidores/clientes antes, durante e depois da efetuação da venda, prevenindoos dos possíveis prejuízos com o uso do seu produto. A qualidade do Serviço de Atendimento a Clientes (SAC) é uma referência importante neste aspecto, indicando a disponibilidade da empresa para adaptar-se às necessidades e demandas dos clientes. No que se refere às práticas de concorrência desleal, práticas monopolistas, de espionagem industrial ou de confidencialidade de informações (já que atualmente o grande diferencial competitivo é o capital intelectual), vale ressaltar que a empresa socialmente responsável não se envolve nessas ações ilícitas. Pelo contrário, se engaja no combate ao comércio ilegal e ao contrabando, não só como forma de sobrevivência do seu negócio, mas também como forma de garantir a qualidade de seus produtos e serviços. 25 2.9 COMUNIDADE O envolvimento e investimento na comunidade em que está inserida, que lhe oferece infra-estrutura e capital social, contribuem decisivamente para a viabilização dos negócios da empresa. O respeito aos costumes, às culturas locais e o empenho na educação, na disseminação de valores sociais, deve fazer parte de uma política de envolvimento comunitário da empresa, resultado da compreensão de seu papel de agente de melhorias sociais. A empresa deve gerenciar o impacto de suas atividades produtivas e manter bons relacionamentos com as organizações civis atuantes na região, uma vez que trazer benefícios para a comunidade é uma contrapartida justa. Este investimento pode ser realizado mediante apoio material e serviços a projetos comunitários, como o apoio e reconhecimento do trabalho voluntário de seus funcionários. O trabalho voluntário tem sido considerado um fator de motivação e satisfação das pessoas em seu ambiente profissional. A empresa pode incentivar essas atividades, liberando seus empregados em parte de seu horário de trabalho, despertando para a idéia de que ser voluntário não é apenas doar, é trocar: de um lado as empresas transmitem conceitos de administração e gestão, como avaliação de resultados, estabelecimento de metas, parcerias e estratégias, de outro, as entidades filantrópicas, que têm em seus colaboradores pessoas que fazem mais com menos, ensinam sobre motivação, trabalho em equipe e como trabalhar diante de tantas adversidades. 2.10 MEIO AMBIENTE “Nós precisamos perguntar como, o quê, onde e quando as coisas são feitas. Sabendo mais sobre a produção e a origem dos produtos nós ganhamos força” (RODDICK, 2002). A empresa deve responsabilizar-se pelos diferentes tipos de impactos que podem vir a causar ao meio ambiente. Uma empresa ambientalmente responsável está sempre atenta às ações de manutenção e melhoria das condições ambientais, minimizando riscos e ações agressivas à natureza. Para isto, investe em tecnologias antipoluentes, recicla produtos e o lixo 26 gerado, implanta “auditoria verde”, mantém relacionamento estreito com órgãos de fiscalização ambiental, limita o uso de recursos naturais e de descargas nocivas, constrói estações de tratamento de efluentes para reciclar a água utilizada e é responsável pelo ciclo de vida de seus produtos. 2.11 FORNECEDORES E PARCEIROS COMERCIAIS Os fornecedores são de certa forma, umas extensões da empresa, por isto, devem compartilhar dos mesmos valores e estabelecer uma relação de parceria e confiabilidade. Cabe, então, à empresa transmitir estes valores explicitados em seu código de conduta, tomando-o como orientador em casos de conflito, como favorecimentos e obtenção de vantagens pessoais. É interessante que a escolha dos fornecedores baseie-se em critérios claros, valorizando a livre concorrência e com transparência na cotação de preços, além de avaliar questões como condições de trabalho dos terceirizados e, principalmente, se não há caso de trabalho infantil na cadeia produtiva. 2.12 GOVERNO As relações empresariais junto ao governo devem atender à seguinte premissa: responsabilidade social começa onde a obrigação legal termina. Pagar impostos, oferecer condições de trabalho seguras e saudáveis e não ter práticas discriminatórias, respeitando a diversidade, são obrigações legais. Mas a empresa pode ir além, sendo ainda mais ética e responsável, promovendo outras ações que contribuam para boas relações com órgãos governamentais. Além destas questões, as empresas devem ser transparentes e cuidadosas quanto ao apoio em campanhas políticas, que podem gerar desconfiança, evitando também pagamentos que visem a influenciar ou agilizar decisões governamentais. 27 2.13 FUNCIONÁRIOS “(...) o lugar de trabalho sempre representou uma comunidade, um lugar onde as pessoas trabalham para um bem comum. Ele deve ser, além disso, um lugar especial, criativo, alegre” (RODDICK, 2002). Os funcionários são o diferencial, o capital humano e intelectual capaz de mobilizar e propiciar o sucesso de uma organização. Por isso, devem ser valorizados, motivados e desenvolvidos, a fim de obter a coesão interna para atingir os objetivos da empresa. Uma empresa age de forma socialmente responsável e ética quando o faz desde o primeiro contato com seu funcionário. Faz seu recrutamento e seleção de forma transparente, oferecendo oportunidades a candidatos independentemente de sua raça, religião, sexo ou idade. A idéia de que ser ético e responsável socialmente deve começar internamente deve ser pensada em relação aos investimentos em treinamento e desenvolvimento, segurança no local de trabalho, estímulo à qualidade de vida, salários compatíveis com o mercado, abertura e transparência para a comunicação em todos os níveis hierárquicos e, inclusive, atenção e preparo de seus funcionários para a aposentadoria. Cabe enfatizar que as empresas e grandes organizações econômicas que agregam valores como cidadania, solidariedade e ética, estimulando-os também em seus funcionários, certamente ganharão seu respeito e admiração, o que os torna mais motivados, criando impactos nas políticas de retenção e captação de talentos, além de maior produtividade e satisfação. 28 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Esta seção apresenta os procedimentos metodológicos utilizados no desenvolvimento deste trabalho. Dessa forma, os métodos utilizados neste trabalho nos levaram a identificar a forma pela qual alcançamos os objetivos, previamente estabelecidos. 3.1 TIPO DE PESQUISA Segundo Gil (1999), pode-se definir pesquisa como o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. Essa pesquisa é de caráter descritivo, pois tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Caracteriza-se também como estudo de caso, que de acordo com Yin (1981, p.23), é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro de seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de evidência. 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA (UNIVERSO DE PESQUISA) Segundo Gil (1999), Universo é um conjunto definido de elementos que possuem determinadas características. O universo desta pesquisa é composto por 12 funcionários do Banco SANTANDER REAL AG. 1659, da cidade de João Pessoa / PB. A população pesquisada foi a Gerência, Sub-Gerencia (Pessoa Física e Jurídica), caixas, tesoureiros, estagiários e promotores de vendas. Amostra é o subconjunto do universo, por meio do qual se estabelecem ou se estimam suas características. Dado o número reduzido de funcionários o estudo foi realizado com todo universo desta pesquisa, ou seja, todos os funcionários foram entrevistados; e todos estavam dispostos a responder o questionário. Assim 100% do total de funcionários componentes do universo desta pesquisa foram entrevistados. 29 3.3 INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS Nesta pesquisa foi utilizado como coleta de dados a pesquisa documental com o relatório de sustentabilidade da organização, também foi realizada a aplicação de um questionário misto criado pela própria autora, composto por 19 questões abertas e fechadas. Os questionários foram deixados na agência componente do universo desta pesquisa e quatro dias mais tarde foram recolhidos. A análise dos Dados foi feita através da compilação e tratamento das informações qualitativas e quantitativas, permanecendo aquelas que eram relevantes ao objetivo da pesquisa. Os dados qualitativos extraídos do questionário, foram organizados de acordo com o grau de importância, foi tomado nota para repasse nos resultados finais da pesquisa. Os resultados quantitativos foram transcritas na análise dos resultados em números percentuais em gráficos e tabelas para melhor visualização. 3.4 LOCAL DE COLETA DOS DADOS O estudo ocorreu na agência nº1659, em João Pessoa-PB, durante os meses de outubro e novembro de 2009. Neste período ocorreu toda a coleta de dados necessária a pesquisa. O Banco Santander está presente em mais de 40 países e tem uma posição equilibrada em mercados maduros e emergentes. É um dos maiores bancos privados estrangeiros em atuação no Brasil. Com atuação em todos os segmentos do setor financeiro, em 2007 conquistou um milhão de novos correntistas, superando o número de 8 milhões de clientes. Direciona seus investimentos sociais na promoção do desenvolvimento sustentável nas localidades onde atua. O principal foco de investimentos sociais é o apoio ao ensino superior, diretriz global do Grupo Santander. Também desenvolve e apóia projetos sociais próprios e com parceiros, que visam promover o desenvolvimento sustentável de comunidades. 30 O objetivo é prestar um serviço excelente para aumentar os níveis de satisfação e vinculação dos clientes, o que permite estabelecer um relacionamento duradouro com eles. O Grupo tem mais de 131 mil funcionários e desenvolve uma estratégia de recursos humanos orientada para atrair, motivar, formar e reter o melhor do talento internacional. 3.4.1 Visão M BANCO GLOBAL O Santander quer consolidar-se como um grande Grupo Financeiro Internacional, que oferece rentabilidade crescente aos seus acionistas e satisfaz todas as necessidades financeiras de seus clientes. Para isso, conta com forte presença em mercados locais, que combina com políticas empresariais e capacidades globais. VALOR 3.4.2 Missão O Santander tem como missão desenvolver e consolidar uma franquia financeira líder no Brasil, com a criação de valor para os acionistas, clientes, funcionários e comunidades onde opera. A missão da área de Responsabilidade Social é criar e desenvolver instrumentos, projetos e programas com os quais o Santander possa contribuir para o desenvolvimento socioeconômico, favorecendo a melhoria da qualidade de vida da comunidade onde atua e da sociedade como um todo. ES 3.4.3 Valores Abaixo apresentamos quais os principais valores adotados pelo Santander Real, e como se organizam. - Liderança: Vocação de liderança em todos os mercados onde estamos presentes, com as melhores equipes e constante foco em clientes e resultados. 31 -Dinamismo e Antecipação: Iniciativa e agilidade para descobrir e explorar as oportunidades de negócios, antes de nossos concorrentes e flexibilidade de adaptação às mudanças do mercado. - Fortaleza de Balanço: A força do nosso balanço e a prudência na gestão de riscos são as melhores garantias da nossa capacidade de crescimento e de geração de valor para os nossos acionistas, em longo prazo. - Inovação: Procura constante de produtos, serviços e processos que atendam às necessidades dos clientes e nos permitam obter aumento de rentabilidade superior ao dos nossos concorrentes. - Orientação ao Cliente: O cliente é o foco de nossa estratégia. Queremos melhorar de maneira contínua a captação, a satisfação e a vinculação de clientes, por meio de uma ampla oferta de produtos e serviços, sempre com a melhor qualidade. - Ética Profissional: Além do estrito cumprimento das Leis, dos Códigos de Conduta e das Normas Internas, exige-se de todos os profissionais do Santander atuar com a máxima honestidade e transparência, considerando-se sempre o interesse do Grupo e dos clientes acima da posição pessoal. Figura 1- Sede Santander São Paulo-SP 32 Fonte: Site Santander Figura 2- Cidade Financeira Santander Madri / Espanha Fonte: Site Santander 3.4.4 Sustentabilidade nos Negócios e Projetos Sociais O modelo de sustentabilidade do Santander está apoiado em uma estrutura sólida, eficiente e com capacidade de adaptação que garante a estabilidade do negócio bancário e sua continuidade no futuro. Fornecedores: promove uma relação ética e de pró-atividade, estimulando o desenvolvimento econômico e social local. O Santander favorece um entorno sustentável, impulsionando o desenvolvimento social e cultural e preservando o meio ambiente através de programas como o Papa-Pilhas, Escola Brasil, Amigo Real. O investimento em responsabilidade social corporativa tem três linhas de atuação: Santander Universidades e Universia: programa global de colaboração com as universidades que apóia o ensino superior como motor do desenvolvimento sustentável, em 33 uma aliança única no mundo entre universidade e empresa. Ação Social: adaptados às necessidades de cada comunidade nas quais o Banco está presente. -Meio Ambiente: adota uma política ativa de proteção ao meio ambiente, promovendo o controle e a redução de seus próprios consumos. A Estrutura Sustentável é dividida em: Acionistas e Governança Corporativa: com mais de 2,27 milhões de acionistas em todo mundo, conta com uma governança corporativa equilibrada e transparente. Público Interno: com mais de 21 mil colaboradores no Brasil, desenvolve ações para atração, retenção, desenvolvimento e reconhecimento desses profissionais. Em todo mundo, o quadro funcional soma mais de 131 mil colaboradores. Marca: solidificação de uma marca única que proporciona identidade e reputação para todos os negócios e atividades do Banco globalmente. -Tecnologia: conta com a plataforma tecnológica bancária mais moderna do Brasil, orientada para as necessidades do negócio e dos clientes. Canais: ágeis e eficientes para atender às demandas e fortalecer a relação do Banco com seus públicos estratégicos. Gestão de Riscos: que agrega o know how do Grupo, adaptada à realidade e diferenciais do mercado brasileiro. - Esportes: patrocinador mais duradouro do voleibol brasileiro, o Santander investe na modalidade desde 1984 baseado em pesquisas e impulsionado pelo sucesso da conquista da medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles. O Projeto Vôlei Santander é referência em todo o país e representa qualidade e excelência na formação e desenvolvimento de atletas. -Educação: é o principal foco das iniciativas de responsabilidade social do Grupo Santander em todo o mundo. O Grupo acredita que esta área compõe a parte mais sensível e importante para o desenvolvimento de uma nação e por isso investe no futuro das sociedades nas quais está presente prioritariamente por meio de parcerias na área educacional. Em termos globais, a estratégia é privilegiar a educação universitária como forma de apoiar o progresso econômico e social dos países. 34 Os principais projetos adotados na área de educação são: - Universia: Com 2,4 milhões de usuários cadastrados, o portal de educação Universia reúne conteúdo e serviços gratuitos para o público acadêmico. - Santander Universidades: Uma maneira criada pelo Santander para apoiar projetos acadêmicos e culturais, em âmbito local e internacional. - Escola Brasil: Programa de voluntariado corporativo que tem o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade da educação oferecida pelas escolas públicas. - História da Gente: O Banco estimula a leitura e promove a cidadania e a preservação da história da cidade de Ribeirão Preto (SP) por meio do História da Gente. - Desenvolvimento Comunitário: a busca de soluções que promovam a igualdade de oportunidades à população de baixa renda é um desafio que faz o Santander selecionar parceiros que se identificam com essa causa. O Santander acredita que, com ações bem planejadas, é possível resgatar a cidadania e promover o desenvolvimento sustentável nas comunidades onde atua. Abaixo os projetos na área. - Microcrédito: Desenvolve as comunidades por meio de apoio financeiro a pequenos empreendedores. - Manard: Veja como a parceria do Banco tem contribuído para mudar a realidade da cidade mais carente do Brasil. - Cisternas: Implementado no semi-árido brasileiro, o projeto beneficia a população rural de baixa renda que sofre com os longos períodos de seca. - Direito da Criança e Adolescente: Criado com base no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, o Projeto Amigo Real é um programa do Santander que facilita aos clientes, funcionários e fornecedores do Banco o direcionamento de recursos financeiros aos Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente. 35 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS A análise dos dados foi dividida em três partes. A primeira refere-se aos dados das questões sobre os fatores e suas respectivas variáveis da pesquisa. Na segunda apresentam-se os dados demográficos dos pesquisados: sexo, tempo de serviço e escolaridade. Na terceira foram feitas perguntas abertas e analisadas qualitativamente os resultados. 4.1 CONHECIMENTO SOBRE OS PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DO SANTANDER REAL Tabela 2- Conhecimento sobre os projetos de Responsabilidade Social no Santander Real Ag. 1659 QUESTÕES SIM NÃO A) Você acha que o Santander Real considera as questões sociais e 100% 0% ambientais na formatação de suas linhas de crédito? B) O Santander Real Possui Código de Ética, você o conhece? C) Você tem conhecimentos das atividades sociais adotadas pelo Santander Real? D) Você se sente motivado a participar dos projetos sociais e ambientais da empresa? E) Você tem conhecimento de que a empresa oferece plano de aposentadoria? 58,3% 41,7% 100% 0% 75% 25% 100% 0% F) Você conhece algum projeto da empresa voltado para a comunidade? 91,6% 0,4% G) Você acha que seu trabalho é valorizado pela empresa? 100% 0% 100% 0% H) Você tem conhecimento que seus direitos trabalhistas (férias, fundo de garantia) são respeitados? I) Você conhece alguma atividade da empresa que preserve o meioambiente? 83,3% 16,7% Fonte: dados da pesquisa De acordo com a tabela 2, observa-se que todos os entrevistados afirmam ter conhecimento sobre as atividades de Responsabilidade Social adotadas pelo Banco, 75% dos entrevistados afirmam ter conhecimento, de projetos sociais e ambientais, sendo que quase 1/3 deles diz não conhecer de perto. 36 Eles são unânimes ainda em afirmar que o banco considera as questões sociais e ambientais e ainda valorizam seus funcionários oferecendo e respeitando todos os seus direitos trabalhistas .Os projetos de responsabilidade Ambiental do Banco: 83,3% conhecem alguma atividade desenvolvida e 16,7% deles desconhecem. Finalmente, quase a maioria dos entrevistados (91,6%) indica que o banco lhe dá as oportunidades devidas para ter acesso às informações sobre os projetos voltados a comunidade. Abaixo o gráfico dessas informações. O Gráfico 2 abaixo, mostra qual a percepção do funcionário com relação aos temas abordados pelo Banco Santander Real, e segundo eles qual é o mais visado pelo Banco. A pesquisa revelou que, 58,4% dos funcionários consideram que o Banco possui como foco nas atividades a questão da sustentabilidade nos negócios e ainda 25% revela acreditar que a maior preocupação do Banco é com o meio ambiente. Os entrevistados não acreditam que o Banco prioriza apenas lucro ou atendimento das necessidades dos clientes, e nenhum deles optou por essas respostas. Gráfico 1- Temas de maior relevância para o Banco Fonte: dados da pesquisa 37 4.2 GRAU DE ESCOLARIDADE O Gráfico 3 abaixo revela qual o grau de escolaridade dos funcionários. A grande maioria dos funcionários tem a formação universitária completa (66,8%), sendo destes, 8,3% com algum tipo de pós-graduação. Os demais revelaram (16,6%) não ter terminado o ensino superior e 8,3 % com 2º grau completo. Podemos concluir que a maioria possui elevado grau de escolaridade, o que demonstra a preocupação que o Banco tem não apenas em contratar funcionários com educação superior, mais também de incentivá-los através da política de bolsas para ensino superior, aonde o banco chega a custear até 50% do custo total com cursos superiores para Bacharelado e Pósgraduações dos funcionários. Uma oportunidade única para quem não possui condições de pagar por uma faculdade particular. Gráfico 2- Grau de Escolaridade Fonte: dados da pesquisa 38 4.3 CARGO E FUNÇÃO EXERCIDA NA ORGANIZAÇÃO A maioria dos funcionários segundo o Gráfico 4 são compostos por Gerentes de Contas (Relacionamento, Van Googh e Pessoa Jurídica) sendo 42% do total de funcionários. Ainda na área comercial, atuam mais subgerentes e estagiários totalizando 16% do quadro de funcionários. Já na área operacional a agência conta com 42% do total de funcionários. Verificamos como predominante o número de funcionários da área comercial que totalizaram 58% do total. Isso se justifica dado o grande número de clientes q ue procuram a agência para atendimento e realização de operações como contrato de empréstimos, abertura de contas, etc. Gráfico 3- Cargo Exercido Fonte: dados da pesquisa 39 4.4 DISTRIBUIÇÃO POR SEXO Os resultados do Gráfico 5 mostram que a distribuição por sexo no Banco Santander Real está nivelada, com uma pequena vantagem para o sexo feminino, com 58% dos entrevistados e 42% sendo do sexo masculino. O que demonstra a valorização da mulher no mercado de trabalho e o princípio de igualdade que é pregado dentro do Banco. Gráfico 4- Distribuição por sexo Fonte: dados da pesquisa 40 4.5 TEMPO DE SERVIÇO NO BANCO SANTANDER REAL Os funcionários do Banco revelaram ter bastante experiência no quesito tempo de serviço, pois 58,3 % dos entrevistados têm mais de 5 anos de serviço no Banco, contra apenas 8,3 % com menos de 2 anos, o que não deixa de revelar que o Banco dá bastante oportunidade para novos profissionais. O Gráfico 6 demonstra que a vontade de permanecer na empresa é maior, o que aumenta o tempo de serviço dos funcionários que sentem-se satisfeitos com a política de RH da empresa e com o clima organizacional. Gráfico 5- Tempo de Serviço no Banco Santander Real Fonte: dados da pesquisa 41 Quanto às perguntas abertas, encontradas no questionário de pesquisa aplicado aos funcionários, obtivemos as seguintes conclusões de acordo com as respostas concedidas: - As principais responsabilidades dos funcionários desempenhadas no Banco de acordo com as respostas, referem-se ao comprometimento com relação à missão e valores que o Banco prega. Além de respeitar as normas internas do Banco, e tentar da melhor forma suprir as necessidades dos clientes. -No item onde é perguntado sobre o que o funcionário entende por Responsabilidade Social, a maioria respondeu ser uma prática onde “Fazer a coisa certa, da melhor maneira possível”, tanto para os clientes como para a sociedade em geral. Essa é uma frase enraizada nos conceitos mais latentes do Banco. - Os funcionários consideram as estratégias do Banco eficazes para o desenvolvimento de uma política sustentável e acreditam também que a motivação interna contribui bastante para o desenvolvimento constante do Banco. - A maioria perguntada afirma que o Banco emprega esforços máximos na obtenção de uma Política Social correta, além de estarem sempre em busca de inovações e novos projetos e treinamentos para aumentar a participação em temas de responsabilidade e ética social. Os funcionários demonstraram grande interesse pelo tema Responsabilidade Social e afirmaram que sempre que possível envolvem-se em projetos do Banco. A parcela identificada na pesquisa que desconhece os programas afirma que mesmo não participando atualmente, sua motivação e interesse existem, e com certeza irão envolver-se em algum momento, porém a causa real pela não participação não foi bem identificada, segundo os funcionários o Banco está sempre divulgando e chamando para atuar ativamente nesta área. Ficou claro durante a pesquisa que os elementos expostos no relatório de sustentabilidade do Banco Santander Real são uma realidade no cotidiano dos funcionários, e as práticas que rezam neste relatório realmente são utilizadas a fim de ativar o modelo de sustentabilidade proposto pelo Banco. A maioria também demonstrou durante a aplicação dos questionários o interesse em contribuir para a pesquisa no sentido da divulgação dos preceitos do Banco, e na contribuição que a mesma gera tanto para a Universidade como para o Banco e seus funcionários que discutem abertamente o tema proposto. 42 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise dos resultados deste trabalho atendeu aos objetivos gerais e específicos, permitindo as seguintes considerações: A responsabilidade social é uma postura de gerenciamento dos negócios em que a empresa não se preocupa apenas com resultados financeiros imediatos, mas acaba se tornando agente transformador da sociedade, contribuindo para a melhoria do meio ambiente e das condições de vida da população. Percebemos que no campo da Responsabilidade Social o Banco Santander Real, toma uma postura de investir com bastante intensidade na área social, possuindo diversos projetos voltados à sociedade e meio ambiente. Para tanto, o Banco deveria criar um plano de ações mais específico, definindo quais as regiões que poderiam ser trabalhadas durante o ano, diversificando mais as áreas de atuação. Planos esses desenvolvidos por pessoas capacitadas e engajadas, que possam planejar e executar para maximizar todos os recursos investidos em soluções práticas, que possam viabilizar ao máximo os anseios da comunidade ajudada, e que levem em conta os valores, culturas e necessidades de cada região. Outro aspecto que deve ser observado é a imagem enfraquecida dos bancos, que são vistos apenas como instituições financeiras que visam simplesmente o lucro. Essa imagem pode ser revertida, principalmente pelo Banco Santander Real, através do estreitamento de relacionamento com os funcionários e clientes, com projetos mais atuantes no dia a dia da sociedade, assim, talvez ela possa ver com mais intensidade a atuação social do Banco. Outra medida, mesmo que questionada, seria a maior divulgação desses projetos sociais, a fim de melhor esclarecer seus verdadeiros motivos, quem sabe, estimularia a população a participar mais, além de dar exemplo a outras empresas. Levando para o lado gerencial, os resultados dos projetos sociais devem ser conhecidos, sistematizados e comunicados, como qualquer outro projeto da empresa, para poderem ser instrumentos de melhoria contínua. O Banco pode e deve avaliar a qualidade do serviço prestado ou da intervenção social para verificar se seus projetos são viáveis. Uma forma relativamente simples de obter informações importantes sobre a ação ou projeto é uma pesquisa de opinião com a comunidade onde foi desenvolvido, ou entre os seus funcionários. Recomenda-se ainda uma forma maior de divulgação dos projetos para os funcionários, a fim de disseminar mais o conhecimento entre eles, favorecendo uma maior participação e motivação deles em prol desses projetos. 43 Os investimentos sociais devem ser incluídos no planejamento estratégico e as ações desenvolvidas devem ser objeto de validação, monitoramento e avaliação para melhoria do processo. Devem-se buscar competências dentro e fora da empresa para conceber e implementar os projetos, para garantir que eles realmente tenham condições de atender às necessidades da comunidade e às expectativas do doador. Desta forma fica evidente que com planejamento, com recrutamento de pessoas certas e nos lugares corretos, os projetos cada vez mais tendem a ser eficazes, ou seja, os investimentos de recursos de fato saciariam as necessidades da comunidade amparada. A pesquisa realizada não só revela a importância que o Banco Santander Real dá aos projetos de Responsabilidade Social que desenvolve em diversas áreas, mas a forma correta de conduzir a cidadania empresarial. O foco dado à educação e cidadania demonstra que o Santander Real não usa seus investimentos sociais para doar recursos ou buscar retorno de imagem, mas sim, utiliza todo o seu know-how em gerenciamento para resolver problemas sociais. De forma prática, uma nação não pode passar várias gerações vivendo de doações e caridades, mas sim planejar e buscar, de forma eficaz, a solução dos seus problemas. Assim, o Banco Real acredita que o crescimento de uma sociedade dá-se pela educação e pela cidadania. Esta pesquisa demonstra ainda que a maioria dos funcionários conhecem o conceito de responsabilidade social e sua importância tanto para a comunidade quanto para o próprio Banco, bem como os projetos nessa área, promovidos pela instituição. Ela revela também que a maioria dos entrevistados afirma enfaticamente que o Banco oferece todas as condições possíveis para se engajar nesses projetos. Antagonicamente, conclui-se também que, apesar das respostas sobre conhecimento do tema responsabilidade social e dos projetos desenvolvidos pelo Banco terem sidos positivos, a grande maioria dos funcionários questionados afirma não participar desses projetos nem tão pouco estarem motivados para isso, apesar do Banco promover todas as condições necessárias para essa participação. Quanto à promoção desses projetos conclui-se que a repercussão entre funcionários e clientes é muito positiva. Da mesma forma, a avaliação que se faz desses projetos é a mais favorável possível. O que torna para os funcionários um motivo de orgulho trabalhar para o Banco Santander Real. 44 Destacamos também que a presente pesquisa gerou grandes contribuições e poderá no futuro auxiliar no desenvolvimento de novas pesquisas sobre Sustentabilidade e Responsabilidade Social nos Bancos. Além de ter sido motivo de grande satisfação para a autora da pesquisa, já que o projeto se passou dentro do ambiente de trabalho da mesma, e demonstrou ainda a participação plena da empresa nos projetos que visam o desenvolvimento e práticas através de projetos sustentáveis e sociais, uma riqueza para a sociedade, provando que o Banco não visa apenas à obtenção desmedida de lucros, e realmente contribui dentro do contexto do crescimento social. O Banco Santander Real representado pela agência 1659 abriu às portas a esta pesquisa científica, e não apenas participou disponibilizando acesso irrestrito aos funcionários e documentos da organização, como também motivando plenamente a todos e ressaltando sempre a importância desta obra para o Banco, inclusive servindo de base para análise gerencial, questionamentos e avaliações futuras. Esta pesquisa inclusive será enviada a Sede Nacional em São Paulo para que seja incluída em pauta de discussões sobre melhorias e projetos para os próximos anos, ou seja, servindo de base para a criação do Planejamento Estratégico Ambiental e Social dos próximos anos, dada a sua importância. Para a UFPB, fica esta obra disponível como fonte para futuras pesquisas, tanto na área social como também em outros temas que abordem Instituições Financeiras e Bancos da Paraíba, servindo dessa forma como base concreta para a disseminação e conquista de novos conhecimentos científicos. Desta forma, alcança-se o objetivo da pesquisa, revelando a busca que o Banco faz pela consciência social e fazendo da responsabilidade social uma fonte de vantagem competitiva e geração de valor não só para os acionistas, como para a comunidade em geral. 45 REFERÊNCIAS ALIGLERI, L.; BORINELLI, B. Responsabilidade social nas grande empresas da região de Londrina. In: Encontro da ANPAD, 25, 2001, Campinas, Anais…, Rio de Janeiro: Associação nacional dos programas de pós-graduação em administração, set. 2001. ARAGÃO, Sueli D. A responsabilidade social das empresas considerada nas decisões de concessão de crédito por bancos de desenvolvimento no Estado de Santa Catarina. 2000. Dissertação (Mestrado em Administração), Universidade Federalde Santa Catarina. Florianópolis. ARANHA, Maria Lucia; MARTINS, Maria Helena, Filosofando – Introdução a Filosofia. São Paulo: Moderna. 1993. ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de. Fundamentos de ética empresarial e econômica. São Paulo: Atlas, 2001. 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São Paulo: Atlas, 2004 48 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO Prezado Gerente da Agência 1659 do Santander Real João Pessoa-PB, Venho por meio desta, solicitar a sua colaboração no sentido de responder as questões deste questionário, cujas respostas servirão como fonte de dados para elaboração de um trabalho monográfico a ser apresentado no Curso de Administração da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, o qual visa realizar um estudo sobre as estratégias adotadas para a realização de práticas de responsabilidade social e sustentabilidade no Banco Santander Real. Solicito a sua colaboração no sentido de responder o citado questionário, que não necessita de identificação, da forma mais honesta possível. Desde já agradeço a contribuição e esclareço que as informações prestadas estão protegidas de particularização, ficando garantido seu total sigilo e impessoalidade. Atenciosamente, Amanda Chaves Braga Graduanda em Administração 49 Obs.: • • • • Ler atentamente as perguntas antes de respondê-las. Assinalar apenas uma alternativa com um “X”. Não rasurar. Para as questões abertas, solicitamos ser o mais objetivo e honesto possível nas respostas dadas. • A veracidade da sua resposta garantirá a qualidade e o sucesso do questionário diante da pesquisa. IDENTIFICAÇÃO DOS COLABORADORES E PERCEPÇÃO QUANTO AS POLÍTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAIS ADOTADAS: 1º- Você acha que o Santander Real considera as questões sociais e ambientais na formatação de suas linhas de crédito? ( ) Sim ( ) Não 2º- O Santander Real possui Código de Ética, você o conhece? ( ) Sim ( ) Não 3º- Você tem conhecimento das atividades sociais adotadas pelo Santander Real? Cite os de seu conhecimento. ( ) Sim______________________________________________________________ ( ) Não 4º- Você se sente motivado a participar dos projetos sociais e ambientais da empresa? ( ) Sim ( ) Não 5º- Você tem conhecimento de que a empresa oferece plano de aposentadoria? ( ) Sim ( ) Não 6º- Você conhece algum projeto da empresa voltado para a comunidade? Cite os de seu conhecimento. ( ) Sim_______________________________________________________________ ( ) Não 50 7º- Você acha que seu trabalho é valorizado pela empresa? ( ) Sim ( ) Não 8º- Você tem conhecimento tem seus direitos trabalhistas(férias, fundo de garantia) respeitados? ( ) Sim ( ) Não 9º- Você conhece alguma atividade da empresa que preserve o meio-ambiente? ( ) Sim ( ) Não 10º- Quais destes conceitos o Santander Real mais preza e trabalha em sua opinião? ( ) Sustentabilidade ( ) Qualidade ( ) Responsabilidade Ambiental ( ) Atendimento das Necessidades do Cliente ( ) Lucratividade através das vendas ( ) Todos os anteriores 11º-Grau de Escolaridade: ( ) 2º grau completo ( )Universitário incompleto ( )Universitário completo ( )Pós-graduação 12º- Qual a o seu cargo? ( ) Gerente ( ) Sub-gerente ( ) Caixa ( ) Supervisor de Operações ( ) Estagiário 13º Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 51 14º-Há quanto tempo trabalha na empresa? ( ) 0 à 6 meses ( ) 7 meses à 1 ano ( ) 2 à 3 anos ( ) 4 à 5 anos ( ) Acima de 5 anos 15º-Quais são suas principais responsabilidades no Banco, de forma geral? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 16º- O que você entende por Responsabilidade Social? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 17º - Na sua opinião, o sucesso do Santander Real está diretamente ligado a valorização e auto-motivação dos seus funcionários? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 18º- Na sua visão, quais são as estratégias que ainda podem ser adotadas para melhorar a contribuição do Banco para com a sociedade e meio ambiente? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 19º- Quais mudanças você acha necessário para que o Banco desenvolva melhor as suas práticas de Responsabilidade Social? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 52