A.4.4 – Química Analítica. ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DAS ÁGUAS DE BEBEDOUROS DO CÂMPUS JI-PARANÁ DO INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA – RO Dham Khlisman Velozo da Silva1, Ingrid Ferreira Chagas Soneguete2, Valério Magalhães Lopes3. 1. Discente do Curso Técnico em Química do Instituto Federal de Rondônia - IFRO; *[email protected] 2. Discente do Curso Técnico em Química do Instituto Federal de Rondônia – IFRO; 3. Tecnólogo em Laticínios, IFRO, Ji-Paraná/RO. Palavras Chave: Potabilidade, Águas de bebedouros, Saúde Humana. Introdução A água é o recurso natural de maior relevância no planeta, uma vez que é essencial para a manutenção da vida em suas mais variadas formas (SECO, 2011). No Brasil, a regulamentação da qualidade da água é feita pela Portaria Nº 2914/2011 do Ministério da Saúde. Segundo esse documento, água potável é definida como toda água de consumo humano que atende aos padrões de potabilidade em suas características físico-químicas, microbiológicas e radioativas, não oferecendo risco à saúde. Dessa forma, o atendimento desses padrões é indispensável para que a qualidade da água não afete a saúde e o bem-estar do consumidor. Assim, o presente trabalho objetivou a verificação da qualidade físico-química e microbiológica da água disponível para consumo nos bebedouros do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), câmpus Ji-Paraná. Resultados e Discussão Avaliou-se o perfil microbiológico [1], dureza total [2], cloretos [3], pH [4], condutividade [5] e turbidez [6] de amostras de água de 7 bebedouros do câmpus Ji-Paraná. As coletas foram feitas entre os meses de fevereiro e março de 2015. As amostras foram identificadas como: Cantina [C]; Bloco de Informática 1 [BI1]; Bloco de Informática 2 [BI2]; Bloco de Química 1 [Q1]; Bloco de Química 2 [BQ2] e Quadra Poliesportiva [Q]. Antes da amostragem houve o cuidado de desinfecção das torneiras e o escoamento da água por 3 minutos. Em seguida, a coleta foi feita em condição asséptica com frascos estéreis e as amostras foram imediatamente acondicionadas e analisadas em um período menor que 5 horas. As análises foram feitas em triplicata, nos Laboratórios do Departamento de Química do IFRO, câmpus Ji-Paraná. A metodologia adotada para as análises físico-químicas atendeu aos procedimentos experimentais do Manual Prático de Análise de Água do Ministério da Saúde e foi baseada em técnicas de volumetria e análise instrumental. No caso das análises microbiológicas, foi utilizada a Técnica dos Tubos Múltiplos, que permitiu a determinação do número mais provável de Coliformes Totais e Escherichia coli. Os valores paramétricos estão dispostos na Tabela 1 e os dados experimentais estão descritos na Tabela 2. Tabela 1. Parâmetros físico-químicos e microbiológicos. Análise Valores paramétricos Coliformes Ausente em 100 mL de amostra Totais E. coli Ausente em 100 mL de amostra Dureza Total Valor máximo permitido: 500 mg de CaCO3/L Cloretos Valor máximo permitido: 250 mg de Cl -/L pH Intervalo entre 6,0 e 9,5 Condutividade Valor máximo permitido: 100 µS/cm Turbidez Valor máximo permitido: 0,5 uT Fonte: Portaria nº. 2914/2011, Ministério da Saúde. Tabela 2. Dados Experimentais Analíticos. Amostras Análise Efetuada C BI1 BI2 BQ1 BQ2 Q Coliformes Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente Totais 1 E. coli Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente 2 (mg de 7,9013 6,9952 6,6088 8,9727 9,0178 9,0823 CaCO3/L) 3 (mg de Cl/L) 0,00085 0,00090 0,00064 0,00134 0,00180 0,00226 4 6,50 6,26 6,29 6,16 6,37 6,28 5 (µS/cm) 38,84 40,30 36,77 41,24 45,58 41,89 6 (uT) 0 0 0 0 0 0 Fonte: Autoria própria. Todas as amostras analisadas apresentaram-se dentro dos parâmetros de dureza total, cloretos, pH, condutividade e turbidez. Isso permite dizer que a qualidade físico-química das águas analisadas é satisfatória. Nenhuma das amostras apresentou micro-organismos, tanto nos testes presuntivos, quanto nos confirmativos, mostrando que as amostras atenderam à respectiva legislação, que define como parâmetro a ausência de Coliformes Totais e de Escherichia coli nesse tipo de água. Conclusões A partir das análises físico-químicas e microbiológicas, pode-se concluir que, em todos os pontos de coleta de água de bebedouros, o perfil microbiológico e os valores de dureza total, cloretos, pH, condutividade e turbidez atenderam às especificações do Ministério da Saúde, definidas pela Portaria Nº 2914/2011, não oferecendo risco à saúde humana; sendo assim, adequadas ao consumo. Entretanto, é necessário um constante monitoramento da água destinada ao consumo humano no que diz respeito aos parâmetros físico-químicos e, principalmente microbiológicos, para que esta não ofereça riscos à saúde da comunidade acadêmica. Agradecimentos A Deus, pelo dom da vida; a nossos pais, pelo apoio; a equipe de Técnicos Laboratoriais do IFRO, pelo suporte e colaboração e ao nosso orientador Valério Magalhães Lopes, pela dedicação mostrada no decorrer do desenvolvimento dessa pesquisa. Agradecemos. ____________________ SECO, B. M. S., BURGOS, T. N.; PELAYO, J. S. Avaliação Bacteriológica das águas de bebedouros do campus da Universidade Estadual de Londrina – PR. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, PR, vol. 33, n. 2, p. 193200, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº. 2914 de 12 de Dezembro de 2011. Diário Oficial da União, Brasília, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual Prático de análise de água. 2. ed. ver. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006. 146 p. 67ª Reunião Anual da SBPC