BOAS PRÁTICAS FSE IGFSE - Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu, I.P. Rua Castilho, nº 5 - 6º/7º/8º 1250-066 Lisboa Tel: 21 359 16 00 Fax: 21 359 16 01 E-mail: [email protected] GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Projecto apoiado pelo Programa Operacional de Assistência Técnica ao QCAIII - Eixo FSE www.igfse.pt Publicação Co-Financiada pelo Fundo Social Europeu BOAS PRÁTICAS FSE www.igfse.pt Quadro Comunitário de Apoio III Introdução Saber mais para Viver Melhor Índice 6 Centro de Reconhecimento e Validação de Competências 10 CAL 3 - Cooperação e Acção Local Promover iniciativas que permitam a troca de conhecimentos, experiências e resultados que espelhem a intervenção do Fundo Social Europeu no nosso país, é um dos objectivos da Unidade de Comunicação do Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu. Por essa razão, o IGFSE levou a cabo pelo segundo ano consecutivo a organização da 2ª Mostra de Boas Práticas Fundo Social Europeu, tendo esta decorrido no dia 24 de Maio de 2007, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Esta Mostra contou com a participação de todos os Programas Operacionais, com vertente FSE, do Quadro Comunitário de Apoio III em Portugal, proporcionando a cada um dos cerca de 150 participantes a oportunidade de conhecer de perto 6 dos 17 Projectos que foram apresentados em simultâneo ao longo do dia. Mais uma vez o formato distinto desta iniciativa acolheu por parte de todos aqueles que nela participaram uma opinião bastante positiva, tendo cada sessão de apresentação dos projectos a duração de 45 minutos, e dando aos participantes durante esse período a possibilidade de um contacto muito próximo e directo, tendo existido uma troca de ideias ou experiências com os responsáveis por cada um dos projectos. Na presente publicação encontramos assim informação detalhada sobre todos os projectos presentes na Mostra, que pela sua diversidade e riqueza, ilustram a importância da intervenção do Fundo Social Europeu, na qualificação dos recursos humanos em Portugal. O Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu 14 Cursos de Especialização Tecnológica 18 Formação e Atribuição de Diplomas de Competências Básicas 22 Intervir em Toxicodependências: Diferentes Abordagens Formativas 26 Cartão de Cidadão (CC) 30 Formação Vitícola, protecção ambiental e qualidade dos produtos 34 Pense Indústria 38 Rotas Temáticas: Formar para Qualificar 42 Vale do Côa. Qualificar I - Projecto de Formação Profissional para o Vale do Côa 46 FormAjuda - Formar reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires com dupla certificação 50 Formação Tecnológica no Litoral Alentejano 54 Formação-Acção "Atendimento e Apoio ao Municipe" 58 Técnico de Produção Audiovisual 62 Negócio Electrónico - Colecção de Materiais Didácticos 66 IRVA - Inserção Real na Vida Activa 70 Prevenir para Inovar - Prevenção como Solução “...uma escola melhor, ao serviço da comunidade enriquece-nos e confere-nos um sentimento forte de pertença...” MONTE DA CAPARICA OBJECTIVOS Centro de Reconhecimento e Validação de Competências ! Posicionar-se como espaço privilegiado de comunicação, de cooperação e de excelência no domínio do Reconhecimento, de Validação e de Certificação de competências dos cidadãos portugueses; BOAS PRÁTICAS FSE Entidade responsável Escola Secundária do Monte da Caparica Grupo-alvo Jovens e adultos, maiores de 18 anos, com baixos níveis de qualificação profissional e que não possuam a escolaridade básica de 4, 6 ou 9 anos, quer sejam empregados ou desempregados, activos, desempregados de longa duração ou mulheres sem actividade profissional Parcerias ! Autarquias Câmaras Municipais ! Serviços Municipalizados da Câmara Municipal de Almada ! Apostar na inovação; ! Assumir-se como um espaço de animação dos processos de ! construção do conhecimento e de transferência dos saberes indispensáveis ao reforço da qualidade e da competitividade das pessoas e simultaneamente das organizações; ! Valorizar o princípio da cooperação, de forma a favorecer o 6 Designação da medida do PO Acção 4.1 ! ! ! ! comunitário; Desde o início que se pretende perspectivar e garantir o futuro. Possibilitar o acesso aos recursos, à informação e à formação de todas as pessoas, independentemente de estarem directa ou indirectamente relacionadas com o sistema educativo, contribuir para uma escola melhor. E, por sua vez, uma escola melhor, ao serviço da comunidade enriquece-nos e confere-nos um sentimento forte de pertença que só desenvolvemos em relação às coisas que são de todos e de que todos queremos usufruir, para melhorarmos no futuro o País. Programa Operacional Prodep III ! Juntas de Freguesia: (11 Juntas de ! Articular, permanentemente, com redes idênticas no espaço A Escola Secundária do Monte de Caparica iniciou a sua actividade no ano lectivo 1982/83, desenvolvendo as suas funções no 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário. Desde o seu início que o espírito desta escola é o de abertura à comunidade, no pressuposto de que a escola é uma organização de pessoas que interagem num processo que contempla a acção de professores/alunos/funcionários/pais/encarregados de educação e comunidade educativa envolvente. Projecto Centro de Reconhecimento e Validação de Competências - CRVCC estabelecimento de códigos de conduta facilitadores do relacionamento intra e inter-equipas. ! ! ! Freguesia do concelho de Almada) Centro de Emprego de Almada Assembleia Municipal Escolas (das redes públicas de Almada) Centros de Bem-estar Social e Paroquial (Cristo-Rei, Sobreda) Clubes desportivos e recreativos: (94 do Concelho de Almada) Associações de Bombeiros Voluntários: Almada / Cacilhas / Trafaria; PIA II (Sta Casa da Misericórdia de Almada) Comunidades de Estrangeiros, a residirem no concelho de Almada CENTRO DE RECONHECIMENTO E VALIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS 7 “...o espírito desta escola é o de abertura à comunidade...” CRVCC da ESMC espera... ...que os candidatos possam: ! 8 BOAS PRÁTICAS FSE ver reconhecidas as competências que adquiriram ao longo da vida, validadas de forma completa ou parcial relativamente às áreas de competência-chave nos níveis B1, B2 ou B3 e, agora também, nível secundário, conduzindo ao registo da validação na Carteira Pessoal de Competências-Chave e à emissão legal de um Certificado (quando a validação for completa) equivalente aos diplomas dos 3º, 2º e 1º Ciclos do Ensino Básico e/ou nível secundário (a partir de 2007); ! ser envolvidos em percursos formativos de curta duração (formação complementar), baseados no Referencial de Competências-Chave, por forma a colmatar algumas unidades de competência em falta e a prosseguir o processo de validação; ! ser encaminhados para outras ofertas de formação, formação promovida pelo sistema educativo (ensino recorrente...) ou pelo sistema de formação profissional (cursos de formação profissional do IEFP...). E ainda, quando o candidato obtenha a sua certificação, apoiá-lo na definição e reconstrução do projecto pessoal futuro. CERTIFICADOS 2002 / 2006 Certificados B2 B3 (6º ano) (9º ano) 2002 Homens Mulheres 18 10 8 Parcerias Certificados 2003 342 51 291 110 232 Escola Moinho de Maré - Aux. Acção Educativa "Ana" aeroportos 2004 327 37 290 106 221 Sesimbra - comunidade Esc. Básica Roque Gameiro - Amadora Esc. Secundária José Cardoso Pires Amadora Esc. Secundária Monte de Caparica 2005 312 51 261 128 184 Câmara Mun. Sesimbra - funcionários Câmara Mun. Almada - funcionários 2006 270 7 263 127 143 Câmara Mun. Almada - funcionários SMAS Almada - funcionários TOTAL Contactos Maria Luísa Faro Adelaide Silva Rua Projectada V à Rua da Urraca 2825-105 Caparica Tel.: 21 294 61 20 Fax:. 21 294 61 24/5 E-mail: [email protected] 1269 Certificados 244 Certificados CENTRO DE RECONHECIMENTO E VALIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS 9 Projecto CAL 3 - Cooperação e Acção Local “Têm por objectivo ocupar os tempos livres das pessoas socialmente desfavorecidas...” Programa Operacional Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social Designação da medida do PO Medida 5.1 - Apoio ao Desenvolvimento Social e Comunitário Entidade responsável Terras Dentro - Associação para o Desenvolvimento de Micro-Regiões Rurais MONTE DA CAPARICA MICRO-REGIÕES RURAIS OBJECTIVOS CAL 3 Cooperação e Acção Local O Projecto CAL 3 – Cooperação e Apoio Local está integrado num Plano de Formação ao eixo 2, eixo 4, e eixo 5 do POEFDS, e é promovido pela Associação - Terras Dentro. Este Projecto, aprovado no âmbito da Medida 5.1 - Apoio ao Desenvolvimento Social e Comunitário, apresenta um plano de actividades que pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido em anteriores Projectos (CAL e CAL2), da mesma medida. O projecto com a duração de três anos, iniciou em Janeiro de 2005 e termina em Dezembro de 2007. 10 BOAS PRÁTICAS FSE A zona de intervenção do Projecto integra os Concelhos de Viana do Alentejo, Portel, Alvito, Cuba, Vidigueira, e Beja (freguesias de Santiago Maior e S. João Batista). Apesar de pretender dar continuidade à intervenção de anteriores projectos, o CAL3 apresenta vários aspectos inovadores, tais como: a tipificação da intervenção por Concelho, considerando os recursos e dinâmicas locais; a preparação/formação dos técnicos da equipa; e a adaptação de metodologias de mediação escolar no trabalho com minorias étnicas. Os destinatários das acções são indivíduos com dificuldades de integração profissional, ou na própria comunidade onde vivem, com baixa escolaridade e sem qualificação profissional; homens, mulheres e jovens pertencentes a grupos em risco de exclusão (beneficiários do Rendimento Social de Inserção, toxicodependentes, desempregados de longa duração, minorias étnicas, em situações de isolamento, entre outros) e crianças, jovens que se encontrem em risco de insucesso e abandono escolar, sendo também abrangidas as suas famílias. O Projecto tem ainda acções destinadas a pais, professores e auxiliares de acção educativa, assim como actividades destinadas a técnicos das entidades parceiras, de forma a permitir a consolidação e continuidade da intervenção desenvolvida. Grupo-alvo Os destinatários das acções são indivíduos com dificuldades de integração profissional ou na própria comunidade onde vivem, com baixa escolaridade, e sem qualificação profissional; famílias desestruturadas; homens, mulheres e jovens pertencentes a grupos em risco de exclusão (beneficiários do RSI, toxocodependentes, desempregados de longa duração, minorias étnicas, entre outros). Parcerias As entidades parceiras são entidades públicas e privadas da zona de intervenção do Projecto, sendo constituída uma rede de parceiros por Concelho. Destas parcerias fazem parte as Autarquias, Juntas de Freguesia, Escolas, Associações e Colectividades, Associações de Pais e Serviços Locais da Segurança Social. As parcerias têm sido de extrema importância durante todas as fases do Projecto: preparação, implementação, avaliação e na sustentabilidade das acções. CAL 3 COOPERAÇÃO E ACÇÃO LOCAL 11 MEDIDAS Da metodologia de intervenção utilizada, destacam-se alguns aspectos que se têm revelado importantes no desenvolvimento do Projecto: ! O elevado grau de envolvimento das entidades parceiras; ! A participação activa da população; ! A complementaridade com outros Projectos e/ou Medidas promovidos pela Associação Terras Dentro e entidades parceiras; ! A definição e planeamento da intervenção foi “talhada” à medida de cada Concelho, de acordo com as necessidades e recursos existentes; ! A utilização da mediação escolar na prevenção do abandono escolar precoce e redução das taxas de insucesso e absentismo escolar, actuando ao nível do aluno e da rede social de apoio – onde se inclui a família, professores, técnicos, e toda a comunidade; ! A realização de acções de mediação com a comunidade cigana, de forma a combater o abandono escolar precoce por parte dos jovens de etnia cigana e colmatar as dificuldades de integração/adaptação por parte das suas famílias; ! O desenvolvimento de acções centradas na temática de ambiente e animação de grupos desfavorecidos, assentes numa estratégia de transferibilidade e de empowerment organizacional dos parceiros envolvidos; ! A formação e envolvimento da equipa de Projecto em acções de qualificação complementares à formação académica base de forma a consolidar conhecimentos específicos necessários à intervenção delineada; O planeamento e consolidação das acções de formação profissional de forma integrada com o percurso de desenvolvimento comunitário traçado. 12 BOAS PRÁTICAS FSE CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E FACILITADORAS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO AS ACÇÕES DO PROJECTO A DESENVOLVER, OU AINDA EM EXECUÇÃO SÃO AS SEGUINTES: Para concretizar os seus objectivos, foi definido um plano de acção de acordo com as necessidades de cada um dos concelhos da zona de intervenção, constituído por acções de natureza formativa e não formativa. Estudo “Histórias de Vida de Mulheres Alentejanas” Oficinas do Tempo DICAS Organização e dinamização de Workshop's Divulgação do Projecto ao nível local, regional, e nacional Gabinetes de Orientação Familiar, Vocacional, Profissional e de Acompanhamento Pré e Pós Formação 7. Dinamização da Rede de Parceria do Projecto 8. Acções de Educação Ambiental 9. Promoção para a Cidadania através das Letras e Números 10. Apoio psicossocial 11. Formação em Inteligência Emocional na Educação 12. Formação em animação de grupos 13. Formação dos técnicos da equipa CAL 3 O diagnóstico de necessidades foi realizado com base nos seguintes elementos: ! Conhecimento dos técnicos, adquirido no âmbito do desenvolvimento e avaliação de projectos anteriores na mesma medida. De realçar como aspecto positivo, o facto dos técnicos envolvidos no Projecto, já terem participado no desenvolvimento dos projectos anteriores e na elaboração da candidatura; ! Realização de estudos de investigação centrados na realidade social da zona de intervenção; ! Participação activa nas Redes Sociais dos Concelhos abrangidos; envolvimento e consulta das entidades parceiras na fase de elaboração da candidatura; ! Recolha de opinião junto dos beneficiários do Projecto. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Contactos Nazaré Toureiro Terras Dentro - Associação para o Desenvolvimento Integrado de Micro-Regiões Rurais Rua Rossio de Pinheiro - 7090 049 Alcáçovas Tel: 266 948 070 Fax: 266 948 071 E-mail: [email protected] www.terrasdentro.pt CAL 3 COOPERAÇÃO E ACÇÃO LOCAL 13 Projecto Cursos de Especialização Tecnológica OBJECTIVOS Os CET são cursos pós-secundários, não superiores, e visam preparar jovens e adultos para o desempenho de profissões qualificadas. Caracterizam-se por possuírem uma forte componente prática, quer em sala de aula, quer em situação real de trabalho. A sua conclusão com aproveitamento confere uma qualificação profissional de nível 4 e permite o prosseguimento de estudos num curso superior. LEIRIA Cursos de Especialização Tecnológica O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) é uma instituição de ensino superior pública localizada numa região empreendedora e com um forte desenvolvimento industrial. De modo a dar resposta às necessidades de formação e qualificação da população activa da sua região, o IPL passou a realizar, a partir de Janeiro de 2005, Cursos de Especialização Tecnológica (CET). 14 BOAS PRÁTICAS FSE Cada curso consta de três componentes de formação: a componente Geral e Científica, a componente Tecnológica (com um número de horas de contacto entre 704 e 867, devendo o conjunto das vertentes de aplicação prática, laboratorial, oficinal e de projecto corresponder a 75% das horas de contacto) e a componente de Formação em Contexto de Trabalho (não devendo ser inferior a 360 horas nem superior a 720 horas). A soma das horas de contacto das três componentes deve ser entre 1200 e 1560. Programa Operacional Ciência e Inovação 2010 Designação da medida do PO Medida IV.2, Acção IV.2.1 - Cursos de Especialização Tecnológica Entidade responsável Instituto Politécnico de Leiria Grupo-alvo Indivíduos com o ensino secundário ou curso de formação profissional que confira esse nível de ensino, com qualificação profissional de nível III. Parcerias ESTG Leiria-Escola Superior de Tecnologias e Gestão de Leiria, FOR.CET de Nazaré, Alcobaça, Vila de Rei, Figueiró dos Vinhos Podem frequentar um CET os indivíduos que completaram o ensino secundário ou atingiram o nível 3 de qualificação profissional, os indivíduos que não tendo obtido aprovação a todas as disciplinas dos 10.º e 11.º anos e tendo estado inscritos no 12.º ano, não o tenham concluído (devendo neste caso realizar um conjunto de créditos correspondentes a módulos de formação complementar criadas para o efeito), e, ainda, indivíduos com mais de 23 anos e com uma experiência profissional relevante na área a que se candidatam ou indivíduos que completaram um grau de ensino superior em áreas com colocação difícil no mercado de trabalho. Aos formandos é permitida, após a conclusão do curso, a continuação dos seus estudos candidatando-se ao ensino superior de acordo com um número de vagas criadas especificamente para o efeito. CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA 15 Os CET são cursos pós-secundários, não superiores, e visam preparar jovens e adultos para o desempenho de profissões qualificadas. MEDIDAS O IPL apresentou à Direcção Geral do Ensino Superior uma proposta de funcionamento de um conjunto de cursos, tendo obtido o registo de 17 CET em áreas tecnológicas com necessidade de formação na região, com base em estudos realizados pelo IPL e por Câmaras Municipais locais: nas áreas de Indústrias Alimentares, Ciências Informáticas, Electrónica e Automação, Gestão e Administração, Metalurgia e Metalomecânica, Contabilidade e Fiscalidade, Bibliotecnia, Arquivo e Documentação, Turismo e Lazer, Hotelaria e Restauração, Materiais, Serviços Pessoais, Construção e Reparação de Veículos a Motor, Electricidade e Energia, Protecção de Pessoas e Bens, Marketing e Publicidade, Protecção do Ambiente, Restauração e Construção Civil e Engenharia Civil. Globalmente, entre Janeiro de 2005 e o momento actual, realizaram-se cinco fases de candidatura aos CET, tendo apresentado a sua candidatura mais de 900 indivíduos, distribuídos pelos cursos promovidas pelo IPL em todo o distrito de Leiria. 16 BOAS PRÁTICAS FSE O IPL candidatou-se a uma linha de financiamento do Programa Operacional Ciência e Inovação 2010, com um conjunto de Cursos de Especialização Tecnológica tendo sido aprovado o financiamento para os seguintes cursos: ! Gestão de Animação Turística (2 edições), ! Aplicações Informáticas de Gestão (2 edições), ! Documentação e Informação, ! Fabricação Automática (2 edições), ! Desenho e Projecto de Construções Mecânicas (2 edições), ! Gestão de Redes (2 edições), ! Desenvolvimento de Produtos Multimédia, ! Técnicas e Gestão Hoteleira (2 edições), ! Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário (3 edições), ! Qualidade Alimentar, tendo-se verificado a inscrição, no total, de 319 formandos. Contactos Luciano Santos Rodrigues de Almeida / Eduardo Batalha, Rua General Norton de Matos, Apartado 4133, 2410-272 Leiria Tel.: 244 830 010 E-mail: [email protected] www.ipleiria.pt RESULTADOS Ao promover estes cursos, o IPL dinamizou a criação de uma rede regional de Ensino Pós-secundária, dando resposta às necessidades de formação regional, à qualificação de activos (através da formação em regime pós-laboral) e às necessidades sentidas por empresas e instituições, com as quais foram celebrados acordos para a realização da componente de formação em contexto de trabalho. CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA 17 Estas acções destinam-se à comunidade em geral. Projecto Formação e atribuição de diplomas de competências básicas Programa Operacional Programa Operacional Sociedade do Conhecimento OBJECTIVOS TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Formação e Atribuição de Diplomas de Competências Básicas No âmbito do programa Cidades Digitais promovido pelo anterior Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT) através do Programa Operacional para a Sociedade da Informação (POSI), agora denominado Programa Operacional para a Sociedade do Conhecimento (POS_Conhecimento), em 1999 surgiu em Portugal a primeira Região Digital - O Serviço Cooperativo de Extensão em Trás-os-Montes e Alto Douro (SCETAD). 18 BOAS PRÁTICAS FSE Este projecto teve como objectivo principal colocar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ao serviço do desenvolvimento regional, possibilitando uma melhoria na qualidade de vida, através da criação/disponibilização de um conjunto de competências, informações e serviços locais. Foi coordenado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), pretendendo ser um instrumento de desenvolvimento para a Região de Trás-os-Montes e Alto Douro (TMAD). MEDIDAS Entre os vários sub-projectos propostos no âmbito do projecto SCETAD surgiu um que se direccionava para o Apoio às Escolas do 1º Ciclo (AEP). Na segunda fase deste projecto, denominado Trás-os-Montes Digital/ SCETAD Apoio às Escolas (AE), trabalhou-se com escolas do 1º CEB da região de TMAD e houve a participação com o Netmóvel em inúmeros eventos organizados pelas Câmaras Municipais, Bibliotecas, entre outras entidades de toda a região de Trás-os-Montes e Alto Douro (TMAD). De entre a tipologia de eventos salientamos Feiras do Livro, Feiras dos Produtos da Terra, Feiras de Artesanato, Festivais de Rock e Semanas Culturais. A organização destes eventos disponibilizava-nos um stand com mesas e cadeira e um ponto de acesso à Internet. Estes eventos permitiram tipicamente que o cidadão tivesse um primeiro contacto com o computador em geral e a Internet em particular sem, qualquer custo. Este foi o primeiro passo para a sensibilização da população de TMAD para as TIC. Assim, em 2003, tendo como base o baixo índice de literacia Digital da sociedade civil de TMAD, submetemos uma candidatura ao Programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POS_Conhecimento) com o objectivo de sensibilizar e preparar a população de TMAD para uma Designação da medida do PO Medida 1.1 - Competências Básicas Entidade responsável UTAD Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Grupo-alvo Comunidade civil em geral Parcerias Tomando em consideração os factores sócio-económicos e geográficos da região de TMAD e os objectivos a atingir houve necessidade de tentar encontrar uma metodologia que privilegiasse o acesso de todos os cidadãos às acções de formação e de certificação. Assim, foram contactadas as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia que faziam parte do Projecto Trás-os-Montes Digital, com alguns párocos das igrejas e capelas da região que fizeram a divulgação destas acções no final da missa, com os responsáveis por lares da 3ª idade, os comandos do Bombeiros Voluntários, Associações Culturais e Recreativas, Centros de Saúde, Estabelecimentos Prisionais, professores das Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico que fizeram a divulgação junto dos pais e encarregados de educação dos seus alunos, Escolas dos vários níveis de ensino, entre outras entidades. Como se pode verificar o leque de instituições contactadas é bastante abrangente e diversificado, pautando, desta forma, o acesso do cidadão comum às acções. FORMAÇÃO E ATRIBUIÇÃO DE DIPLOMAS DE COMPETÊNCIAS BÁSICAS 19 nova cultura Digital, disponibilizando um conjunto de acções que permitem, por um lado formar e certificar indivíduos para que possam desfrutar das novas TIC acedendo a um conjunto de serviços e informações disponíveis on-line, e por outro lado atribuir uma certificação àqueles em que o uso destas tecnologias já faz parte das suas actividades diárias. É neste contexto que, desde 2004, têm vindo a ser realizadas inúmeras acções de formação e certificação pela região de TMAD. Estas acções destinam-se à comunidade em geral. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E FACILITADORAS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO Um dos factores que mais contribuiu para os bons resultados deste projecto foi o facto de se ter utilizado os Netmóveis para a realização das acções, permitindo flexibilizar todo o processo de formação e de divulgação, sendo exemplo disso o local de formação, o horário, a duração, etc.. Desde logo, e por princípio, é a equipa de formação que se desloca com o Netmóvel junto dos formandos (comunidades) e não os formandos a deslocarem-se. O local para a realização das acções também é sempre designado pela entidade formanda. As datas e os horários da formação são sempre estabelecidos de acordo com a disponibilidade dos formandos, podendo ser laboral ou pós-laboral, durante a semana ou ao fim-de-semana. O número de horas por sessão varia mediante as necessidades de cada turma, podendo cada sessão durar desde uma hora e meia até seis horas. 20 BOAS PRÁTICAS FSE Os pontos positivos são inúmeros, salientando-se sempre o factor humano e o contacto social como o mais enriquecedor. O facto da equipa ter contactado com todo o tipo de classes sociais, níveis de escolaridade (desde pessoas que não sabem ler nem escrever a pessoas com estudos superiores), idades (desde os 5 aos 92 anos), realidades culturais, entre outros, tornou-se numa experiência ímpar para todos nós. Este projecto permitiu quebrar as barreiras de espaço, de tempo e o isolamento a que muitas pessoas das aldeias de TMAD estão devotas. RESULTADOS As expectativas iniciais foram superadas, tendo a população aderido muito bem às acções de formação, o que se comprova pelas inúmeras solicitações que fomos tendo ao longo destes anos e pelo facto de termos tido várias turmas em cada local (tendo sido muito poucos os locais em que realizámos apenas uma acção de formação). Contactos Manuel José Cabral dos Santos Reis Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Edifício de Engenharias II - Quinta de Prados, 5001-801 VILA REAL Tel.: 259 350 304 Fax: 259 350 341 E-mail: [email protected] Assim, de Janeiro de 2004 a Julho de 2007 realizaram-se 380 acções de formação, o que representa cerca de 141% das acções programadas para os anos de 2004 a 2007, correspondendo a 52956 horas volume de formação. Foram abrangidos 4413 formandos, representando cerca de 155% do número de formandos previsto para os anos de 2004 a 2007. Destes, 3692 formandos obtiveram aprovação na realização do DCB, 304 possuíam DCB, encontrando-se os restantes noutras situações. De salientar que estes 46 formandos são pessoas idosas que se encontram em Lares da 3ª Idade, com um baixo nível de literacia (alguns não sabiam ler nem escrever). Na generalidade dos casos a desistência ocorreu por motivos de saúde, profissionais (escalas de serviço nas instituições, por exemplo no caso de Bombeiros Voluntários, Centros de Saúde, etc.), deslocações em serviço, mudança de residência, pessoais, entre outros factores. FORMAÇÃO E ATRIBUIÇÃO DE DIPLOMAS DE COMPETÊNCIAS BÁSICAS 21 CENTRO E ALGARVE Pretendeu-se desenvolver um leque de acções formativas que permitissem não só a actualização e o desenvolvimento do conhecimento técnico e científico, mas também um significativo intercâmbio de saberes e experiências inovadoras no domínio das toxicodependências. OBJECTIVOS Intervir em Toxicodependências Diferentes Abordagens Formativas O Projecto “Intervir em Toxicodependências: diferentes abordagens formativas” apresentado pelo IDT, IP – Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP, consiste num Projecto de Intervenção Formativa Este projecto teve como objectivos: ! Actualizar, desenvolver e consolidar competências técnico- científicas dos seus colaboradores, contribuindo para a sua mudança pessoal e profissional; ! Promover uma cultura organizacional de avaliação e responsabilidade, garantindo a melhoria da Qualidade dos Cuidados / Serviços prestados e respectiva Certificação, com vista à obtenção de ganhos em Saúde na população assistida. Projecto Intervir em Toxicodependências: Diferentes Abordagens Formativas Programa Operacional Saúde XXI Designação da medida do PO Medida 2.4. - Formação de Apoio a Projectos de Modernização da Saúde Entidade responsável IDT - Instituto da Droga e da Toxicodependência Grupo-alvo Profissionais da Delegação Regional (DR) do Centro e do Algarve do IDT Parcerias A implementação deste Projecto foi possível graças a uma estreita articulação interna entre as Estruturas Regionais e a Estrutura Central que constituem a Unidade Formativa do IDT, IP, e entre as Estruturas Regionais e as diversas Unidades Especializadas de intervenção local. MEDIDAS Trata-se de um levantamento de experiências formativas de sucesso realizadas nas Delegações Regionais Centro e Algarve do IDT, IP e previamente identificadas como prioritárias de acordo quer com os objectivos estratégicos e operacionais delineados, quer com as necessidades formativas de desenvolvimento profissional e organizacional detectadas, respeitando critérios de pertinência, eficiência, coerência e oportunidade. 22 BOAS PRÁTICAS FSE INTERVIR EM TOXICODEPENDÊNCIAS DIFERENTES ABORDAGENS FORMATIVAS 23 RESULTADOS Os resultados alcançados envolveram uma execução de 304 horas de formação, através de 12 intervenções dirigidas a 157 formandos. O volume formativo total realizado correspondeu a 3.873 horas. Tendo como critérios a originalidade dos conteúdos programáticos abordados, a diversidade dos grupos profissionais envolvidos ou a importância estratégica das áreas formativas, apresentamos a título de exemplo, algumas das Acções de Formação desenvolvidas: “Musicoterapia na Intervenção em Toxicodependências”; “Cuidados no Contacto com Utentes Portadores de Doenças Infecto-Contagiosas”; “Neuropsicologia e Toxicodependências”; “Desenvolvimento de Competências para Pessoal Auxiliar”; “Prevenção das Toxicodependências” e 4 intervenções em matéria de Qualidade dos Serviços - da Sensibilização à Auditoria. Ao nível da avaliação, este Projecto procurou obter resultados quanto às diferenças observadas entre os objectivos fixados e os resultados alcançados, e quanto ao impacto da formação nos postos de trabalho. Do processo avaliativo, ressaltaram resultados, na sua globalidade, muito positivos, já que a grande maioria dos objectivos traçados inicialmente foram alcançados de forma clara, verificando-se diferenças afirmativas entre o saber-fazer, à entrada e à saída da Formação, reconhecendo formandos e respectivos responsáveis de Serviço, maior competência e melhor desempenho nas actividades visadas nas intervenções e maior capacidade de aplicação sólida e fundamentada dos conhecimentos adquiridos no contexto formativo. Reconhece-se assim, que este Projecto permitiu implementar no IDT, IP referenciais de formação que contribuíram para a introdução de uma nova cultura de trabalho orientada por objectivos/resultados e para a qualificação profissional dos colaboradores, apostando também na motivação destes como factor crucial da mudança e de sucesso. 24 BOAS PRÁTICAS FSE CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E FACILITADORAS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO Como aspectos condicionantes e facilitadores para o desenvolvimento do Projecto, ressalvam-se os seguintes: ! A nível organizacional: Definição de objectivos estratégicos e operacionais; Realização prévia de Diagnóstico de Necessidades Formativas dos Serviços; Boa articulação interna e melhoria dos circuitos de comunicação. ! A nível técnico-pedagógico: Capacidade de aprendizagem através da experiência formativa anterior; Excelência dos formadores seleccionados; Apoio logístico e acompanhamento técnico não docente no decurso das acções de formação; Monitorização das acções implementadas, através de avaliação informal intercalar e da aplicação de questionários em diferentes momentos do processo formativo, junto de Formandos, Formadores e Responsáveis de Serviço; Aplicabilidade prática dos conteúdos programáticos abordados na Formação. ! A nível externo: Financiamento de intervenções formativas proveniente de Fundos Comunitários (FSE), consubstanciados na aprovação de Candidaturas à Medida 2.4 do POS Saúde XXI, traduzse num valioso complemento ao orçamento IDT, IP aplicado a um importante investimento: a formação e valorização do seu capital humano, que se traduz na melhoria do desempenho e na qualidade dos cuidados de Saúde prestados. Contactos Sofia Josué DT, IP - Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP Depart. de Monitorização, Formação e Relações Internacionais - Núcleo de Formação Praça de Alvalade, nº 7 - 5º Piso - 1700-036 Lisboa Tel.: 211 119 046 Fax: 213 162 139 E-mail: [email protected] INTERVIR EM TOXICODEPENDÊNCIAS DIFERENTES ABORDAGENS FORMATIVAS 25 Projecto Cartão de Cidadão (CC) Programa Operacional Programa Operacional da Administração Pública CENTRO E ALGARVE LISBOA OBJECTIVOS Designação da medida do PO Eixo 1, Medida 1, Tipologia 1 "Projectos de Simplificação de Modelos e Procedimentos" O projecto Cartão de Cidadão integra-se, enquanto projecto estruturante, na política de modernização administrativa prevista no Programa do XVII Governo Constitucional e deverá ser um dos principais catalisadores da estratégia de modernização ao nível tecnológico, procedimental e legal. Ao Cartão de Cidadão estão associados os seguintes objectivos estratégicos de modernização: Entidade responsável AMA – Agência para a Modernização Administrativa (entidade executora deste pedido de financiamento) ! Garantir maior segurança na identificação do cidadão; ! Harmonizar o sistema de identificação civil dos cidadãos nacionais com os requisitos da União Europeia; Cartão de Cidadão (CC) O projecto “Cartão de Cidadão” visa desenvolver um novo cartão, seguro, de identificação dos cidadãos nacionais que, agregando e substituindo os principais cartões de identificação sectoriais actualmente existentes, preencha três grandes funções: a) A identificação visual e presencial do cidadão – documento físico; b) A identificação e a autenticação electrónica do cidadão nos actos em que intervenha – documento digital; c) A livre movimentação e circulação entre os países do espaço Schengen – documento de viagem. ! Facilitar a vida dos cidadãos, através da agregação física de vários cartões; ! Potenciar o uso dos serviços electrónicos, com recurso a meios de autenticação e assinatura digital; ! Contribuir para a melhoria da prestação dos serviços públicos, alinhando a modernização organizacional e tecnológica; ! Racionalizar recursos, meios e custos para o Estado, para os cidadãos e para as empresas; ! Potenciar a competitividade nacional por via da reengenharia e da simplificação de processos e de procedimentos. Grupo-alvo O CC terá como manifestação última a sua utilização por todos os cidadãos nacionais. Parcerias ! Instituto dos Registos e do Notariado, IP - Ministério da Justiça (bilhete de identidade); ! Direcção-Geral dos Impostos - Ministério das Finanças (cartão de contribuinte); ! Instituto de Informática e Estatística da Solidariedade - Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (cartão de beneficiário da Segurança Social); ! Administração Central do Sistema de Saúde, IP - Ministério da Saúde (cartão de utente do Serviço Nacional de Saúde); ! Unidade de Missão para o Recenseamento Eleitoral - Ministério da Administração Interna (cartão de eleitor); ! Governo Regional dos Açores CARTÃO DE CIDADÃO 26 BOAS PRÁTICAS FSE 27 CARACTERÍSTICAS Do ponto de vista físico, o Cartão de Cidadão substitui os actuais Bilhete de Identidade, Cartão do Contribuinte, Cartão da Segurança Social, Cartão de Utente de Saúde e Cartão de Eleitor, dependente este último do enquadramento legal em vigor. Do ponto de vista visual a informação aposta inclui os dados de identificação civil e os números das entidades cujos cartões substitui. RESULTADOS A figura abaixo sintetiza as etapas de trabalho que, desde Junho 2005, o projecto do cartão de cidadão tem percorrido. Jun 2005 Do ponto de vista electrónico, o chip de contacto (baseado em standards e suportado por vários fornecedores e.g. JavaCard) contém dois certificados digitais (para autenticação e assinatura electrónica), e a mesma informação do cartão físico, completada por outros dados (e.g., morada). Jan 1,5 meses 3,5 meses Visão e Estratégia Cartão do Cidadão ! Definição dos conceitos chave para o desenvolvimento do projecto ! Aprovação da visão ! Preparação do protótipo Prova de Conceito ! Business Case do ! ! ! ! 28 BOAS PRÁTICAS FSE projecto Especificações técnicas e funcionais Definição do modelo de prestação do serviço Lançamento dos grupos de trabalho Execução do protótipo 2006 Fev 2,5 meses Selecção de Soluções 7 meses Implementação das Soluções 2007 2 anos Piloto e Expansão do Piloto ! Auscultações ao ! Desenvolvimento ! Fase experimental mercado e selecção das soluções técnicas ! Implementação do modelo de gestão (incluindo as alterações legislativas necessárias) do sistema ! Definição e desenvolvimento do projecto Piloto ! Implementação do projecto Piloto Piloto - numa região delimitada do país (Região Autónoma dos Açores) ! Implementação do sistema do cartão de cidadão a nível nacional Contactos Anabela Caetano Pedroso Presidente da Agência para a Modernização Administrativa Rua Abranches Ferrão, 10 - 3.º G 1600-001 Lisboa Tel.: 217 231 200 Fax: 217 231 220 CARTÃO DE CIDADÃO 29 Projecto Formação Vitícola, protecção ambiental e qualidade dos produtos Programa Operacional AGRO - PO Agricultura e Desenvolvimento Rural OBJECTIVOS CENTRO VALE DO ELIMA ALGARVE Formação Vitícola, Protecção Ambiental e Qualidade dos Produtos A AVITILIMA é uma Associação de viticultores, de carácter privado, fundada em 1992, por algumas dezenas de viticultores do Vale do Lima, com o objectivo de desenvolver a viticultura da Região. Desde 1997 que a actividade principal é a divulgação e prática da Protecção e Produção Integrada, nas culturas da Vinha e Milho. Exerce actividade no Entre Douro e Minho, tendo maior representação nos Vales do Lima e do Cávado, alcançando uma área superior a 1.500 hectares. 30 BOAS PRÁTICAS FSE A Formação Profissional desenvolvida por esta entidade direcciona-se às necessidades dos seus Associados, divulgando novos métodos produtivos, objectivando melhor qualidade das práticas agrícolas, baseando-se em técnicas de menor risco para o trabalhador agrícola, menos poluidoras do ambiente, garantindo produtos de melhor qualidade para o consumidor, na senda duma viticultura sustentável. As acções de formação internas, teóricas e práticas, complementam a actividade de acompanhamento Técnico às explorações dos Associados. Desenvolvem-se ao longo do ciclo produtivo das culturas, utilizando técnicas pedagógicas activas, para instruir os Associados com técnicas inovadoras, proporcionando-lhes novas estratégias produtivas objectivando a diferenciação positiva dos produtos, visando obter mais valias finais quer a nível ambiental quer a nível económico. Designação da medida do PO Medida 7.1 - Qualificação e reorientação profissional Entidade responsável AVITILIMA - Associação dos Viticultores do Vale do Lima Grupo-alvo Agricultores Associados da Avitilima Parcerias Sem parcerias formais Esta Associação enquanto entidade formadora, especializou-se em ministrar cursos relacionados com a Viticultura, Enologia, Poda e Enxertia em vinha, Protecção e Produção Integrada em vinha, Protecção Integrada no milho, protecção sanitária das culturas de acordo com as Boas Práticas Agrícolas. Abrindo-se ao exterior, promovemos ainda outras acções que vão de encontro aos objectivos da AVITILIMA, integrando na sua actividade de entidade formadora, cursos para Técnicos e outros Agentes envolvidos nas actividades agrícolas e a esta correlacionadas, objectivando uma certificação profissional qualificada, como por exemplo, no âmbito da Distribuição, Comercialização e Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. Pretendemos contribuir para o desenvolvimento sustentável da agricultura da região, materializando melhores condições de trabalho, valorização dos produtos obtidos, sustentabilidade económica dos agricultores, contribuindo para a manutenção das populações agrícolas nos espaços rurais, no respeito dum desenvolvimento integrado do mundo rural. FORMAÇÃO VITÍCOLA, PROTECÇÃO AMBIENTAL E QUALIDADE DOS PRODUTOS 31 Como resultado da nossa actividade, foram lançadas no mercado, as primeiras marcas de Vinho Verde e Espumante de Vinho Verde, certificados como “Vinhos produzidos com uvas de Protecção Integrada”, provenientes de explorações de Associados da AVITILIMA. RESULTADOS Fomentamos práticas para a melhoria qualitativa, resultando produtos com menores teores de resíduos químicos, diminuindo o número médio de tratamentos por campanha, utilizando apenas produtos fitofarmacêuticos de classificação toxicológica menos agressiva. Nas explorações dos Associados da AVITILIMA, atingiu-se uma redução média de três tratamentos por campanha, traduzindo uma economia superior a 20 toneladas/ano a quantidade de pesticidas aplicados, em relação à rotina anterior, com a respectiva redução do impacte ambiental, e sem prejuízo do rendimento unitário das culturas. 32 BOAS PRÁTICAS FSE Como resultado da actividade da AVITILIMA, foram lançadas no mercado algumas marcas de Vinho Verde, certificados como “Vinhos produzidos com uvas de Protecção Integrada”, provenientes de explorações de Associados, que se caracterizam pela isenção de resíduos nocivos à saúde dos consumidores. Cerca de 200 explorações agrícolas tornaram-se mais competitivas, com funcionários melhor preparados para desempenhar as suas funções, correspondendo a 1500 hectares de vinha em Produção Integrada, e que praticam uma agricultura preservadora do ambiente e dos recursos naturais. O apoio técnico regular às explorações dos nossos Associados complementa a actividade formativa, proporcionando informação actualizada ao longo do ciclo das culturas, constituindo uma formação contínua resultando no enriquecimento do conhecimento e habilitações dos viticultores, apontando-lhes a autonomia na tomada de decisão prudente e conscienciosa. A nossa actividade extravasa largamente as explorações dos nossos Associados e frequentemente, os saberes alcançados são divulgados a agricultores de explorações vizinhas, alteraram-se atitudes desajustadas e reduzindo expressivamente práticas incorrectas nas explorações agrícolas de toda a região, reflectindo-se como comparticipação na preservação dum meio ambiente mais protegido e seguro. Contactos Francisco Pereira AVITILIMA - Associação dos Viticultores do Vale do Lima Edifício da Coopalima - Sernados - Feitosa 4990-351 Ponte de Lima Tel.:/Fax: 258 944 770 [email protected] FORMAÇÃO VITÍCOLA, PROTECÇÃO AMBIENTAL E QUALIDADE DOS PRODUTOS 33 VILA NOVA DE FAMALICÃO Pense Indústria O projecto “Pense Indústria” é um projecto estruturante e inovador que tem como objectivo fundamental a sensibilização de jovens em idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos (ensino básico e secundário), para a indústria e para as actividades de base industrial e tecnológico. O que está em causa com o conceito “Pense Indústria” é a constatação por parte das empresas, dos empresários, da sociedade em geral e dos Centros Tecnológicos que apoiam a indústria, da falta de recursos humanos qualificados e motivados para trabalhar nos vários sectores industriais em Portugal. Para este facto contribui, na maior parte dos casos, uma extrema falta de informação por parte do público-alvo do projecto e da sua envolvente. O “Pense Indústria” pretende fundamentalmente mudar a consciência e perspectiva da população sobre a indústria global e portuguesa introduzindo e incrementando os valores do empreendorismo, da inovação e da ética empresarial nos futuros recursos humanos do país em que está sempre presente o conceito de “mostrar como se faz” para depois se poder “fazer”. 34 OBJECTIVOS Projecto Pense Indústria Principais dimensões-problema Programa Operacional PRIME Objectivos específicos Imagem tradicional da indústria (trabalho rotineiro, sobreesforço físico, ambiente sem higiene e pouco seguro, competição entre os indivíduos). Transmitir aos jovens uma nova imagem da indústria. Associar a indústria a valores positivos e a um futuro profissional atractivo. Designação da medida do PO 2.4.3 Afastamento entre os jovens em idade escolar e o universo das actividades de transformação indústrial. Aproximar os jovens da realidade industrial e vice-versa. Envolver os jovens e a indústria num processo de mútua aproximação. Grupo-alvo Jovens estudantes do ensino básico e secundário Padrão de escolhas formativas e de trajectória de integração no mercado de trabalho fortemente influenciado pelas actividades do comércio e serviços. Sensibilizar os jovens a optar por carreiras profissionais na indústria, a curto prazo. Motivar os jovens a prosseguirem os estudos em áreas tecnológicas. Entidade responsável RECET - Associação dos Centros Tecnológicos de Portugal Parcerias O “Pense Indústria” resulta de uma proposta de parceria entre o GPF Gabinete de Parcerias e Formação Profissional do PRIME, a RECET Associação dos Centros Tecnológicos de Portugal e 7 dos seus Centros Tecnológicos Associados - CATIM (Metalomecânica), CENTIMFE (Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos), CITEVE (Têxtil e Vestuário), CTCV (Cerâmica e Vidro), CTCP (Calçado), CEVALOR (Rochas Ornamentais), CTIC (Couro), e também com a AFTEBI- Escola Tecnológica; Trata-se de um projecto e conceito que procura não só contribuir para a melhoria decisiva da capacidade competitiva do tecido empresarial das PME mas também, numa perspectiva de no médio prazo, obter recursos humanos qualificados e motivados para sectores que estão visivelmente carenciados de homens e mulheres com elevados níveis de qualificação. É neste sentido que se verifica a validade de um projecto sempre estruturante, actual, necessário e inovador para a sociedade portuguesa e que pode pelo seu carácter, ser considerado uma boa prática no universo da União Europeia, tendo em conta a globalização do fenómeno identificado e das soluções propostas para o combater. PENSE INDÚSTRIA BOAS PRÁTICAS FSE 35 MEDIDAS Esta é a vocação do projecto. Esta é a missão dos Centros Tecnológicos e da RECET. É por esse motivo que se incluíram nas acções de sensibilização do projecto conteúdos como a robótica, modelação sensorial, CAD 3D, controlo numérico computorizado (CNC), ergonomia e higiene e segurança, energias alternativas e em concreto, células de combustível, no fundo, um conjunto de conceitos aliciantes para uma abordagem criativa, abrangente e moderna. Os jovens apreendem os conceitos teóricos associados a estas actividades mas podem de imediato, aplicar os conhecimentos adquiridos nos mais variados equipamentos disponíveis para o efeito. Pretende-se com este projecto realizar cursos de sensibilização industrial, que tenham efeitos visíveis em todas as áreas geográficas de intervenção do projecto. Com mais de 375.600 horas de volume de formação desde 2000, o “Pense Indústria” tem desvendado a mais de 11.400 jovens as várias formas de trabalho na indústria, os seus equipamentos e tecnologias. Na sua vertente itinerante o Projecto já sensibilizou mais de 53.100 jovens tendo contactado na totalidade mais de 300 escolas de todo o país. O projecto conta com o apoio e suporte de mais de centena e meia de empresas, que abraçaram de imediato o projecto dada a sua relevância e interesse a médio longo prazo. O exemplo do jogo didáctico “Isto é uma ideia”, que para além de explorar o processo de criação do produto, estimula e premeia a criatividade, deve ser seguido pois os seus resultados foram bastante satisfatórios nestas áreas, tendo surgido nos últimos anos ideias muito interessantes. RESULTADOS Mais de metade dos jovens que foram abrangidos por acções do Pense Indústria, estão/estavam matriculados em cursos tecnológicos ou profissionais. Esta “performance” deve ser comparada com o facto de no total dos alunos matriculados, os cursos de carácter geral registarem a preferência de 70% dos jovens. Os Jovens abrangidos por acções do Projecto Pense Indústria revelam uma maior tendência para opções formativas que facilitam uma integração profissional mais rápida no mercado de trabalho em detrimento de recursos mais escolarizados. Também aqui se cumpre mais um papel do projecto “Pense Indústria”: valoriza-se o trabalho, a ideia e o empreendorismo, e centram-se os esforços na aprendizagem dos formandos. 36 BOAS PRÁTICAS FSE Contactos Gonçalo Lobo Xavier Director Executivo Rua Fernando Mesquita, 2785 4760-034 Vila Nova de Famalicão Tel.:/Fax: 252 300 305 [email protected] www.recet.pt/pi Cerca de metade dos inquiridos, desenvolve ou já desenvolveu uma actividade económica, destes 38% referenciam a participação em acções do Projecto como uma das razões que esteve na base da opção laboral. Dos jovens que admitem vir a trabalhar na indústria (cerca de 60% dos respondentes), três quartos reconhecem que o Pense Indústria contribuiu para alterar a opinião acerca do trabalho neste sector. A vontade de vir a trabalhar numa empresa industrial é mais latente nos jovens que terminaram os estudos no 3º ciclo do Ensino Básico. O impacte do Projecto sobre as opções profissionais dos jovens apresenta maior sobredeterminação no segmento dos que frequentaram áreas/cursos associados à indústria em diversas modalidades (cursos tecnológicos, profissionais, sistema de aprendizagem e ensino superior). PENSE INDÚSTRIA 37 Uma das formandas criou o seu próprio posto de trabalho, com base nos conhecimentos adquiridos com a frequência na Pós Graduação. OBJECTIVOS MIRANDELA De forma a colmatar as necessidades identificadas no seio das Rotas abrangidas e a promover o desenvolvimento sustentável na área do turismo na região, desenvolveram-se as seguintes actividades formativas: Rotas Temáticas: Formar para Qualificar O Projecto “Rotas Temáticas - Formar para Qualificar Profissionais”, promovido pela ACIM Associação Comercial e Industrial de Mirandela, decorreu entre 25 de Outubro de 2005 e 31 de Março de 2006. Pretende-se com este projecto divulgar as iniciativas e experiências desenvolvidas nos domínio das Rotas do Azeite e Vinho do Porto junto das entidades regionais e locais. 38 BOAS PRÁTICAS FSE DESIGNAÇÃO DO CURSO POPULAÇÃO-ALVO Turismo e Ordenamento do Território Enquadramento Jurídico do Sector Turístico Plano de Marketing em Turismo Novas Tecnologias Aplicadas à Gestão Turística Relações Públicas na área Turística Atendimento em Turismo Técnicos de Turismo para Apoio aos Agentes Locais Pós-Graduação em Gestão de Rotas Círculos de Estudos Visitas de Estudo Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Empregados Empregados Empregados Empregados Empregados Empregados Desempregados Empregados / Desempregados Empregados Empregados RESULTADOS A execução das actividades foi de 100%, tendo-se registado uma adesão muito positiva, quer por parte das instituições locais, quer por parte dos aderentes das Rotas envolvidas no Projecto (RATM / RVP). Foram abrangidos 223 formandos/beneficiários, 196 activos e os restantes 27 desempregados em 3 anos civis: 2005; 2006; 2007. O processo de recrutamento e selecção dos formandos foi planeado criteriosamente. Neste processo teve-se em conta a adequação da situação profissional de cada candidato ao curso em questão, bem como as mais valias que poderiam resultar para o desenvolvimento turistico regional. Projecto Rotas Temáticas: Formar para Qualificar Programa Operacional ON - Operação Norte Designação da medida do PO Medida 2.5 - “ Acções Integradas de Base Territorial" Entidade responsável Associação Comercial e Industrial de Mirandela -ACIM Grupo-alvo Os destinatários deste projecto são activos das entidades que participam nas Rotas Temáticas, cerca de 210 pessoas, e um grupo de 30 formandos desempregados, num total de 240 participantes. Parcerias Para a realização deste projecto foram estabelecidas parcerias, sem as quais não teria sido possível torná-lo uma realidade. Estas parcerias, nomeadamente entre a RATM Rota do Azeite de Trás-os-Montes e RVP Rota do Vinho do Porto, decorreram de forma muito satisfatória. Salientámos como efeitos positivos a troca de experiências referente à Gestão e Condução de Rotas o que se traduziu no enriquecimento de ambas as Rotas Temáticas. Por outro lado desenvolveramse contactos institucionais capazes de se traduzirem futuramente em mais-valias, para os aderentes, através da promoção alargada dos produtos e serviços a promover. Contou-se com a participação de duas entidades formadoras para a realização do projecto a SoProFor Sociedade Promotora de Formação Lda. e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro ROTAS TEMÁTICAS: FORMAR PARA QUALIFICAR 39 O volume de formação foi de 56345, o que corresponde a uma taxa de 96%, repartindo este valor também por os 3 anos de duração do projecto. Relativamente aos formandos que frequentaram os cursos destinados a activos é de salientar que a grande maioria dos formandos exerce funções directamente relacionadas com a área turistica. Dos formandos que frequentaram as acções para activos, 93% referiu que o seu desempenho pessoal e profissional aumentou após a frequência das acções, tendo estas um impacto positivo a estes niveis. 85%, refere, também, que já aplicou os conhecimentos adquiridos em contexto de trabalho. A taxa de satisfação imediata foi de 4.4., numa escala de 1 a 5 em que 1 corresponde a totalmente insatisfeito e 5 a totalmente satisfeito Tendo como referência o curso nº 7., (acção 1 e 2) desenvolvidos para desempregados, verifica-se que a maioria dos formandos são provenientes de Alijó, (48%). Os restantes de Mirandela, Alfandega da Fé, e Bragança. A caracterização da residência dos formandos encontra-se direccionada, para a área da intervenção de cada uma das Rotas. Registou-se uma evolução que no que se refere ao desenvolvimento pessoal e profissional dos formandos com a frequência destas acções. É de salientar que 72,7%, dos beneficiários refere que as competências de integração no mercado de trabalho aumentaram significativamente, bem como as capacidades de contribuição para o aumento da produtividade. No que se refere a Pós Graduação, foram envolvidos 12 formandos da região da abrangência do projecto. Além da formação presencial foi também contemplada estágio na organização da Pós Graduação. Relativamente ao alcance dos objectivos do estágio, 45% considerou que foram atingidos na globalidade, 44% em parte. 40 BOAS PRÁTICAS FSE Relativamente aos círculos de estudo, a execução foi de 100%. Os participantes consideraram esta participação bastante positiva, tendo em conta o número de sessões criadas, a rotatividade de locais de visita a instituições e concelhos, assim como os temas debatidos nas várias sessões, pois criou-se espaço para identificar aspectos a debater e para analisar problemas e pensar em soluções. No âmbito do projecto foram realizadas 4 visitas de estudo (Rotas dos Vinhos da Alsácia (07 a 11 de Junho de 2006); “Strada” do Azeite da Umbria (17 a 21 de Junho de 2006); Nice; Áustria), numa perspectiva de Benchmarking. A taxa de empregabilidade registada no projecto foi de 6%. De referir que uma das formandas criou o seu próprio posto de trabalho, com base nos conhecimentos adquiridos com a frequência na Pós Graduação. Como pontos fortes do projecto salientam-se os seguintes aspectos: 1. Dinamização e Promoção do Desenvolvimento Sustentável das rotas; 2. Criação de uma rede de comunicação institucional; 3. Troca e partilha de experiências; 4. Qualificação de profissionais na área da gestão das rotas; 5. Aproximação de instituições académicas ao meio empresarial; 6. Adequação do Diagnóstico efectuado à realidade encontrada; 7. Média de satisfação dos formandos envolvidos de 3,4 (Escala de 1 a 4) Contactos Jorge Miorais / Cristina Passas ACIM - Praça do Mercado Porta Central, 5370- 278 MIRANDELA Tel.: 278 261 085 Fax: 278 261 084 [email protected] UTAD: Prof. Artur Cristõvão, Tel.: 259 302 207 [email protected] ROTAS TEMÁTICAS: FORMAR PARA QUALIFICAR 41 Projecto VALE DO CÔA. QUALIFICAR I - Projecto de Formação Profissional para o Vale do Côa Programa Operacional PO Centro Designação da medida do PO EIXO II - A.I.B.T. VALE DO CÔA / Medida 2.8 – Desenvolvimento de Recursos Humanos e Promoção da Coesão Social Entidade responsável SETEPÉS OBJECTIVOS VALE DO CÔA Foram definidos os objectivos e resultados a atingir, assinalados aqui de forma genérica: ! Aumentar significativamente o número de pessoas da região Vale do Côa. Qualificar I - Projecto de Formação Profissional para o Vale do Côa. habilitadas a realizar Visitas Guiadas à Região do Côa. (certificadas em Guias de Arte Rupestre e Técnicas de Informação Turística do Côa); ! Satisfazer a procura de emprego qualificado nomeadamente para empresas privadas com protocolos com o P.A.V.C. (certificadas em Guias de Arte Rupestre e Técnicas de Informação Turística do Côa); ! Aumentar, a curto e médio prazo, a oferta de visitas guiadas por O Projecto Vale do Côa Qualificar surge de uma parceria entre uma entidade pública (o Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) e uma entidade privada, a Setepés. Esta parceria constituiu desde logo, ela mesma, uma mais-valia, já que permitiu que as duas entidades trabalhassem desde muito cedo em equipa para realizar um diagnóstico de necessidades fundamentado e actualizado e deste modo conceber percursos formativos coerentes com as opções estratégicas que se perfilavam para a Região, em particular as traçadas pela A.I.B.T do Vale do Côa. parte do P.A.V.C. e, por consequência, aumentar o número de visitantes do Parque e da Região; ! Aumentar a criação de auto-emprego e criação de novas actividades ligadas à valorização do Património Cultural; ! Incrementar a qualidade da gastronomia local; Grupo-alvo Desempregados e jovens desempregados à procura de 1º emprego, em situação de sub-emprego, sem subsídio.Activos ligados à restauração local.Activos empregados e desempregados, com habilitação mínima ao nível do 9º ano.Activos empregados das instituições culturais, das associações culturais e educativas. Parcerias Parque Arqueológico do Vale do Côa. Para lá desta parceria já firmada, foram estabelecidos contactos com outras entidades que consideramos de interesse para o projecto, entre elas: ! Associação de Municípios do Douro Superior ! Centro Nacional de Arte Rupestre CNART ! Associação Transumância e natureza ! Escola Secundária V.N.Foz Côa ! Escola Secundária Figueira de Castelo Rodrigo ! Ramos Pinto/Quinta de Ervamoira ! Criar condições para o lançamento de novos produtos de artesanato local. 42 BOAS PRÁTICAS FSE VALE DO CÔA. QUALIFICAR I PROJECTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O VALE DO CÔA. 43 MEDIDAS Tendo em conta os desafios traçados, foram lançados, com calendários diferenciados, os 5 cursos que constituem a primeira fase do programa Vale do Côa Qualificar. O projecto incluiu cursos para públicos distintos e modalidades de formação diferenciadas: cursos para jovens desempregados, para activos ligados às instituições culturais, e para activos do sector da restauração e do turismo. A duração dos cursos foi também variável: o mais longo, com 1145 horas, e o mais curto, com 30. RESULTADOS Propomos um olhar breve pelas cinco propostas formativas: 1. Curso de Guias de Arte Rupestre e Técnicas de Informação Turística do Côa Este curso envolveu parcerias com diversas entidades, nacionais e estrangeiras (caso do Museu de Altamira, em Espanha, por exemplo), que se revelaram essenciais para o desenvolvimento da formação em contexto de trabalho - aposta fundamental do curso. A diversidade e ampla experiência profissional dos formadores intervenientes (mais de 35) foi um dos elementos apontados como muito positivos e que justifica os bons resultados alcançados em termos de satisfação dos formandos. 44 BOAS PRÁTICAS FSE 2. Curso de Empreendedores de Eventos para a Valorização do Património no Vale do Côa Este curso constituía-se como um dos maiores desafios do projecto, uma vez que tinha como meta aumentar a criação de auto-emprego em actividades ligadas à valorização do património cultural. Tratava-se de um duplo desafio: o de promover o empreendedorismo, por um lado, e fazê-lo apostando numa área tradicionalmente deficitária em termos de prevalência de auto-emprego (cultura, turismo, património, e respectivas intersecções). 4.Curso de Olaria Local O curso de olaria/cerâmica local foi lançado com a expectativa de que pudesse contribuir para o lançamento de novos produtos de artesanato local. O curso reuniu dois perfis de formandos bastante diferentes, no que diz respeito às respectivas habilitações literárias e idade, o que constituiu uma oportunidade para combinar conhecimentos formais com saberes locais transmitidos de geração em geração, particularmente de uma localidade específica, de tradição oleira . 3. Curso de Gourmets Locais Este curso tinha como objectivo contribuir para incrementar a qualidade da gastronomia local, num quadro de valorização das actividades tradicionais com base no património imaterial (gastronomia e outros saberes-fazer). Para leccionar este curso seleccionámos um Chefe de incontestável notoriedade, que nos dava garantias de exigência, actualização e inovação e de conhecimento dos produtos da região. 5.Curso de Serviços Educativos na Cultura No quadro deste curso foi possível fazer o diagnóstico da realidade da região no que dizia respeito à oferta de estruturas e actividades de serviço educativo, ou seja, actividades de mediação entre as instituições culturais existentes e o público (local ou turista). Foi igualmente possível, através da realização de um fórum em que se implementou uma metodologia de trabalho em grupo, reunir os diversos agentes culturais e educativos da região, e colocar-lhes o desafio do trabalho em rede, essencial naquele território. Contactos Susana Marques ou Vânia Rodrigues Setepés - Projectos Artístico-Culturais, Lda. Rua do Almada, 28 2º tr - 4050-030 Porto Tel.: 222 081 969 Email: [email protected] ou [email protected] www.setepes.pt VALE DO CÔA. QUALIFICAR I PROJECTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O VALE DO CÔA. 45 O sucesso verificado fez com que, em mais do que um caso, a Instituição Acolhedora de Estágio tenha deixado as portas abertas a um eventual regresso no final do cumprimento da pena. MEDIDAS S. DOMINGOS DE RANA - TIRES FormAjuda - Formar reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires com dupla certificação A FormAjuda Gabinete de Formação e Projectos da Ajuda, Lda. foi, simultaneamente, a Entidade Promotora e Formadora do curso “Acompanhante de Crianças” que decorreu entre 16 de Maio de 2005 e 22 de Dezembro de 2006, no Estabelecimento Prisional de Tires (EPT). No Projecto, foi seguido o modelo EFA instituído pela Direcção Geral de Formação Vocacional, actual Agência Nacional para a Qualificação e pelo IEFP, concedendo a 12 das 15 Formandas que iniciaram o Curso, uma dupla certificação, Escolar e Profissional. 46 BOAS PRÁTICAS FSE Na metodologia utilizada no processo de selecção, para além dos procedimentos habituais da empresa, foi estabelecido um intenso trabalho de parceria envolvendo Direcção e técnicos do EPT e da FormAjuda. O objectivo desta parceria foi traçar, com o maior rigor, o perfil de cada uma das candidatas a Formandas, tendo em linha de conta, além do perfil psicológico e o tipo de pena, entre outros, elementos mais pragmáticos como a data prevista de conclusão de Pena. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E FACILITADORAS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO Articulando a Formação Base e a Formação Profissionalizante, foram desenvolvidas e apresentadas Actividades Integradoras dos Temas de Vida seleccionados pelas Formandas, em conjunto com a Mediadora, na fase de Reconhecimento e Validação de Competências, no início do curso. Os Formadores das competências-chave e profissionalizantes facilitaram o acesso à documentação necessária, indisponível numa situação de reclusão, numa manifestação exemplar de interdisciplinaridade. O primeiro Tema de Vida, “Desenvolvimento Infantil”, procurou aprofundar conhecimentos e sensibilizar para a importância do desenvolvimento infantil, em contexto familiar e escolar. A elaboração de diversos Jogos Pedagógicos, de uma dramatização, de um folheto informativo, de uma revista denominada “Mundo Infantil" e de um instrumento de avaliação, foram os produtos formativos. Para a apresentação da Actividade Integradora foram convidados todos os outros grupos de Formandos da FormAjuda, num total de cerca de 150 Formandos. O modo como os Formandos se empenharam excedeu até as Projecto FORMAJUDA - Formar reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires com dupla certificação Programa Operacional PORLVT - Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo Designação da medida do PO Medida 3.6.2.2. Entidade responsável FormAjuda - Gabinete de Formação e Projectos de Ajuda, Lda. Grupo-alvo Reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires Parcerias Direcção Geral dos Serviços Prisionais, Estabelecimento Prisional de Tires, Junta de Freguesia de São Domingos de Rana, Centro Social e Paroquial Nossa Senhora de Fátima, Jardim de Infantil “O Catavento”, Centro Social e Paroquial S. João do Estoril, Centro Social e Paroquial de Oeiras, Centro Social e Paroquial de Santo André. FORMAJUDA - FORMAR RECLUSAS DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL DE TIRES COM DUPLA CERTIFICAÇÃO 47 melhores expectativas de toda a equipa formativa. Assistiu-se a um exemplar exercício de cidadania, perceptível, não só pela generosidade (e qualidade) dos produtos oferecidos para a confraternização, mas também pela verbalização de sentimentos in loco e posteriormente, nos relatórios elaborados. As Formandas, interagindo com os grupos convidados, puderam apreender conhecimentos através de um processo de transmissão informal. Esta experiência originou a elaboração de um artigo publicado no Jornal InforEFA's (Jornal dos Grupos EFA no qual a FormAjuda intervém), onde se pode ler “(…) Bastante positivo foi o excelente exercício de cidadania dos nossos colegas dos cursos EFA da FormAjuda ao se terem disponibilizado para se deslocarem ao EP, coisa que não acontece muitas vezes. Esta deslocação proporcionou um convívio muito agradável entre todos. De destacar, também, todas as iguarias presentes nas nossas mesas, fruto da participação de todos os nossos colegas.(…)”. Num outro extraordinário exemplo de cidadania, apenas possível com o empenho da Direcção do EPT, as Formandas puderam deslocar-se ao Barreiro para assistirem à Apresentação do Tema de Vida do curso “Assistente Familiar e Apoio à Comunidade”, Projecto promovido pelo Centro Social e Paroquial de Santo André. Para muitas Formandas, esta foi a primeira vez que estiveram fora do Estabelecimento Prisional desde o início do cumprimento da pena. O facto revestiu-se, assim, de particular importância, uma vez que foi entendido, simultaneamente, como um passo no caminho da reinserção e um voto de confiança. No segundo Tema de Vida, “Ocupação e Animação Infantil em Meio Escolar”, pretendeu-se que as Formandas agissem não só como futuras profissionais mas também como mães, no sentido de identificarem e valorizarem as diferentes formas de ocupação em contexto escolar. Neste âmbito, as Formandas envolveram os seus próprios filhos na Actividade Integradora, pedindo-lhes que 48 BOAS PRÁTICAS FSE elaborassem desenhos subordinados à temática da Família. A exposição organizada para a ocasião distinguia duas áreas. Uma delas mostrava os desenhos realizados pelos filhos das Formandas, a outra subordinava-se aos Jogos Tradicionais e contou com a colaboração do grupo EFA de Formandas Activas, em formação em horário pós-laboral nas instalações da FormAjuda, que disponibilizou material de pesquisa. Para o Tema de Vida, foram ainda elaborados um bloco de notas com o programa da Actividade Integradora, um livro dirigido aos adultos, denominado “Diferentes Formas de Aprendizagem”, um livro infantil intitulado “Aprender a Brincar”, um questionário sobre a temática em estudo e uma dramatização intitulada “Escola da Alegria”. RESULTADOS O curso terminou com doze Formandas, sendo de destacar que quatro se encontravam em Liberdade Condicional mas continuaram a frequentar o curso até ao final, após terem Contactos Glória Pinto Largo do Rio Seco, 1F, 1300-496 Lisboa Tel.: 213 617 390 [email protected] www.formajuda.pt obtido a devida autorização por parte da Direcção Geral dos Serviços Prisionais e da Direcção do EPT As singularidades deste Curso fizeram com que, também para os Formadores esta fosse uma acção altamente motivante, não só pelos desafios apresentados, como também pelas características relacionais proporcionadas. Registe-se que, a par da formação académica e profissional, foi possível desenvolver um importante trabalho incidindo na melhoria da auto-estima, visível, por exemplo, na forma como a obesidade de uma das Formandas foi assumida pela própria, tendo ultrapassado o preconceito das colegas e, posteriormente, tendo conseguido manter a ajuda especializada. O modelo de formação EFA permitiu, enquanto alargava as competências das Formandas, desenvolver o gosto pela actividade exercida e o orgulho de mostrar aos outros que se é competente, contribuindo para o crescimento, a nível pessoal, de todos os envolvidos. FORMAJUDA - FORMAR RECLUSAS DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL DE TIRES COM DUPLA CERTIFICAÇÃO 49 Projecto Formação Tecnológica no Litoral Alentejano OBJECTIVOS A NESTE (Empresa Finlandesa) havia adquirido a Companhia Nacional de Petroquímica, EP, em 1989 e pretendeu, com a criação desta Escola Profissional, atingir dois objectivos principais: Designação da medida do PO Eixo 3/Medida 2 ! Por em prática a sua “Responsabilidade Social”, criando uma Entidade responsável Associação para a Formação Tecnológica no Litoral Alentejano estrutura de grande valia para a População e para as Empresas da zona em que acabava de se instalar, ! Formar Jovens na área das novas tecnologias industriais, começando por aquelas em que a carência de mão de obra qualificada era mais notória. SINES Formação Tecnológica no Litoral Alentejano A ETLA - Escola Tecnológica do Litoral Alentejano, foi criada em 1990 através de um Contrato-Programa celebrado entre as empresas do grupo NESTE CHEMICALS em Portugal (Complexo Petroquímico de Sines) e o Ministério da Educação GETAP (Gabinete da Educação Técnica Artística e Profissional). “...uma escola profissional virada para o futuro, atenta às novas realidades industriais...” Com a publicação do Decreto-Lei 4/98 que exigia às Escola Profissionais que se constituíssem como entidades com “personalidade jurídica” independente das Entidades Promotoras, outras Empresas da Zona Industrial de Sines, bem como as Autarquias de Sines e Santiago do Cacém, constituíram uma Associação proprietária da Escola Profissional. São as seguintes essas Entidades: ! APIPARQUES - Gestão de Parques Empresariais, SA ! APS - Administração do Porto de Sines, SA ! Câmara Municipal de Santiago do Cacém ! Câmara Municipal de Sines ! GALP ENERGIA, SA ! REPSOL YPF - Repsol Polímeros, Lda. 50 BOAS PRÁTICAS FSE Programa Operacional PorAlentejo Grupo-alvo Jovens que concluiram o 3º ciclo do ensino básico ou equivalente e com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos Parcerias O Complexo Petroquímico REPSOL, pela sua proximidade da Escola, é um dos locais onde parte dos alunos efectuam esta Formação. Para além desta empresa, muitas outras possibilitam idêntica colaboração, quer na área de Sines, quer fora dela, e com as quais a ETLA mantém protocolos de cooperação, destacando-se: Porto de Sines EDP/CPPE - Central Termoeléctrica de Sines Galp Energia - Refinaria de Sines Portsines - Terminal Multipurpose Carbogal - Carbonosde Portugal Euroresinas - Indústrias Químicas, SA Autoeuropa (Palmela) Opel (Azambuja) Câmara Municipal de Santiago do Cacém Câmara Municipal de Sines Direcção Regional do Ambiente Laboratório de Águas de Santo André ! Somincor - Sociedade Mineira de Neves-Corvo, SA ! Portucel (Setúbal) ! Sociedade Central de Cervejas (Vialonga) ! OTIS - Elevadores, SA ! Recipneu - Empresa Nacional de Reciclagem de Pneus, Lda ! Intertek - Caleb Bret Portugal, Lda ! Metalsines - Companhia de Vagões de Sines, SA ! CLIDIS - Clínica de Diagnósticos de Sines, Lda ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! FORMAÇÃO TECNOLÓGICA NO LITORAL ALENTEJANO 51 MEDIDAS ÁREAS DE FORMAÇÃO Os Cursos oferecidos, hoje, pela Escola, são os seguintes: ! Electrónica, Automação e Instrumentação ! Higiene e Segurança do Trabalho e Ambiente ! Mecatrónica ! Química Industrial ! Análise Laboratorial ! Informática de Gestão Todos estes Cursos têm a duração de 3 anos lectivos e conferem Diploma Profissional de nível III e equivalência ao 12º ano de escolaridade. Para além destes, oferecemos também Cursos de Especialização Tecnológica (pós-secundários) em parceria com os Institutos Politécnicos de Beja e de Setúbal, bem como acções de curta duração para empregados activos. Esta Formação em Contexto de Trabalho ocupa um lugar privilegiado na aprendizagem, pois os alunos podem ter contacto directo com a realidade do mundo profissional que os espera após a conclusão do curso. A escolha das Áreas de Formação que a Escola oferece assentou essencialmente em duas ordens de critérios: ! As necessidades de especialização detectadas nos Recursos Humanos das empresas, com relevo natural para a área de Sines, além de que não existia a nível nacional, nenhuma instituição com os Cursos Profissionais nas áreas propostas. A metodologia adoptada depende do Curso e da organização do trabalho na área, sendo o princípio geral a dedicação de um dia por semana, ao longo do 3º ano, para estas actividades. ! As competências disponíveis (Formadores, Professores e recursos materiais), pois só concebemos que se possam ensinar matérias para as quais existam Formadores com competência técnica confirmada, dando preferência a quem esteja a exercer actividade profissional relacionada com as matérias a leccionar. Exigimos também a possibilidade de os alunos poderem aplicar, na prática, os conhecimentos adquiridos nas partes teórica e de prática simulada, com uma parte da Formação em Contexto Real de Trabalho. 52 BOAS PRÁTICAS FSE CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E FACILITADORAS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO Um dos factores que tornam a ETLA uma escola profissional virada para o futuro, atenta às novas realidades industriais e capaz de fornecer aos formandos, formadores e empregadores, que a ela recorrem, competências técnicas de superior qualidade, é o facto de estar instalada no próprio perímetro industrial de Complexo Petroquímico de Sines, bem como muito próxima das unidades fabris das outras empresas Associadas, que se tornam palcos de aprendizagem permanente. Existem ainda protocolos de cooperação com as restantes empresas da área de Sines e outras fora desta área para a Formação em Contexto de Trabalho dos nossos alunos. Contactos Joaquim Marques Complexo Petroquimico, apartado 41, 7520-954 Sines Tel.: 269 633 475 Fax: 269 860 145 TM.: 962 422 949 www.etla.com.pt FORMAÇÃO TECNOLÓGICA NO LITORAL ALENTEJANO 53 OBJECTIVOS Os principais objectivos do projecto foram: Construir um sistema integrado de resposta, que fomentasse uma saudável e próxima relação entre a Câmara, as Juntas e os Munícipes; Diagnosticar os problemas inerentes ao Atendimento da Câmara Municipal de Albufeira e das Juntas de Freguesia do Concelho; Desenvolver instrumentos facilitadores da melhoria do Atendimento; Elaborar os Manuais do Atendedor e do Munícipe; Promover a centralização gradual do Atendimento, com a implementação de um Front Office moderno e eficaz; Desenvolver junto de todos os atendedores do Município de Albufeira e das Juntas de Freguesia do Concelho competências técnicas, comportamentais, comunicacionais e metodológicas. ALBUFEIRA MEDIDAS Formação-Acção “Atendimento e Apoio ao Munícipe” O projecto “Atendimento e Apoio ao Munícipe” foi um projecto de formação-acção implementado na Câmara Municipal de Albufeira e Juntas de Freguesia de Albufeira, Ferreiras, Guia, Paderne e Olhos d'Água pela entidade formadora SIGNIFICADO, com co-financiamento do PROALGARVE, no âmbito do Programa Foral do QCA III. Este projecto fez parte de um plano integrado de formação da Câmara Municipal de Albufeira e Juntas de Freguesia que, sob o lema “Formação para Todos”, decorreu desde o ano de 2004 ao ano de 2007. 54 BOAS PRÁTICAS FSE A metodologia implementada para o diagnóstico de necessidades centrou-se na resolução das situações-problema a três grandes níveis: Organizacional (ao nível do cumprimento dos objectivos da Câmara Municipal de Albufeira no que respeita à política de desenvolvimento estratégico da organização); Ocupacional (ao nível das exigências funcionais dos diferentes serviços actuais e prospectivas); Individual (ao nível do défice de conhecimentos e competências dos indivíduos face às exigências funcionais e visando um melhor desempenho profissional). Projecto Formação-Acção “Atendimento e Apoio ao Munícipe” Programa Operacional PROALGARVE Entidade responsável Município de Albufeira e Juntas de Freguesia de Albufeira, Ferreiras, Guia, Paderne e Olhos d’Água; Entidade Formadora Significado. Grupo-alvo Dirigentes, chefias e quadros superiores com responsabilidade por sectores de atendimento. Atendedores. Parcerias Foi celebrado um protocolo de colaboração entre a entidade beneficiária Câmara Municipal de Albufeira e a entidade promotora e formadora SIGNIFICADO. Neste protocolo estava também consignado o envolvimento de todas as Juntas de Freguesia do Concelho: Albufeira, Ferreiras, Guia, Paderne e Olhos d'Água. Na matriz de análise SWOT elaborada depois do cruzamento dos dados recolhidos constam como pontos fracos a insuficiente preparação dos recursos humanos na área do Atendimento, acompanhada de défices de competências no domínio da comunicação. São apresentados como ameaças a insatisfação dos munícipes com o Atendimento prestado, com reflexos ao nível da imagem externa da Câmara e das Juntas de Freguesia. A elaboração do Plano de Formação, elaborado a partir do diagnóstico de necessidades de formação efectuado, integrou os Planos Individuais de Formação dos 1189 funcionários, individualmente negociados e traduzidos em contratos pedagógicos. Como qualquer projecto de formação-acção teve como finalidade a resolução de um problema real – a necessidade de melhoria do Atendimento prestado na Câmara Municipal de Albufeira e Juntas de Freguesia, quer ao nível da “forma de atender”, quer ao nível do conteúdo transmitido aos clientes externos – os munícipes. FORMAÇÃO-ACÇÃO “ATENDIMENTO E APOIO AO MUNICIPE” 55 Para a realização desta formação-acção foi constituída uma equipa de projecto (formandos) que integrou dirigentes, chefias intermédias e administrativas, quadros superiores com responsabilidade por sectores de atendimento e alguns atendedores mais seniores. Na sequência do projecto todos os atendedores e todos os funcionários com perfil funcional que implicasse uma ligação directa ao munícipe foram objecto de formação customizada na área do Atendimento. O projecto realizou-se nas seguintes fases: ! Diagnóstico da situação – elaborado com base na aplicação da metodologia cliente mistério; ! Elaboração do Plano de Acção; ! Implementação do Projecto – elaboração em contexto de trabalho das “FAQ`s” do Atendimento, do Manual do Munícipe e do Manual do Atendedor; ! Apresentação de resultados e conclusões; ! Formação dos atendedores; ! Avaliação de impacto - Follow-up ao Atendimento CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E FACILITADORAS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO A formação-acção é uma metodologia formativa favorecedora da mudança e da melhoria contínua das organizações e do capital humano que as integra. No entanto, como em todos os processos de mudança, fizeram-se sentir alguns obstáculos e barreiras no desenvolvimento do projecto: Receio da exposição perante os outros serviços dos resultados da auditoria ao atendimento – cliente mistério; Dificuldade em conseguir que alguns serviços “abrissem mão” dos seus saberes técnicos específicos; Falta de hábitos de partilha e de trabalho em equipa; Inexistência de uma visão global dos serviços prestados pelo município versus “visões” espartilhadas e parcelares por Departamentos/Serviços. Estes obstáculos foram superados pelo empenhamento e envolvimento permanente no projecto por parte do Executivo Camarário, pelo empenhamento e abertura à mudança de muitas chefias, quadros superiores e atendedores e pelo reforço da formação personalizada e individualizada em contexto de trabalho. 56 BOAS PRÁTICAS FSE RESULTADOS Os resultados esperados centravam-se no desenvolvimento de um Manual do Atendimento para utilização pelos atendedores da Câmara e das Juntas e de um Manual do Munícipe disponível para todos os munícipes, na mudança ao nível de comportamentos e competências dos Atendedores, na colocação do Manual do Atendedor na Intranet, na colocação do Manual do Munícipe na Internet, na criação de Postos de Atendimento nas Juntas através da ligação da Intranet da Câmara às Juntas de Freguesia e na melhoria da imagem externa da Câmara Municipal de Albufeira e das Juntas de Freguesia. Este projecto foi seleccionado para integrar a “Avaliação dos Impactos da Formação”, realizada em 2006, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, no âmbito do Programa Foral. Foi também objecto de uma avaliação de follow-up Contactos José Carlos Rolo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Albufeira Rua do Município, 8200-863 Albufeira Tel.: 289 599 500 [email protected] www.cm-albufeira.pt. implementada pela SIGNIFICADO no início de 2007. Dos resultados obtidos salientam-se as melhorias evidentes na forma de atender e na fidedignidade do conteúdo transmitido pelos atendedores aos munícipes. São de salientar, igualmente, impactos visíveis de modernização e centralização do Front Office, de webização do serviço Atendimento, da colocação do Manual do Atendedor na Intranet, da colocação do Manual do Munícipe na Internet, da ligação da Intranet da Câmara às Juntas de Freguesia e do processo de Certificação de Qualidade desses Serviços. As boas práticas deste projecto foram disseminadas para outras Autarquias, tendo o projecto sido implementado posteriormente, pela entidade formadora SIGNIFICADO, igualmente através da metodologia da Formação-Acção, nos Municípios de Lagos, Caldas da Rainha, Oliveira de Azeméis, Santarém, Vila Real de Santo António e Montijo. Conceição Canavilhas - Directora Executiva de Negócios da SIGNIFICADO Av. Marquês de Tomar, nº44, 2º 1069-189 Lisboa Tel.: 217 803 950 [email protected] www.significado.pt FORMAÇÃO-ACÇÃO “ATENDIMENTO E APOIO AO MUNICIPE” 57 “… a mão-cheia de jovens que vamos qualificar profissionalmente vai constituir uma mais valia no mercado de trabalho…” OBJECTIVOS AÇORES Técnico de Produção Audiovisual O curso surgiu como resposta a algumas solicitações da comunidade, porém, é no Teatro Ribeiragrandense que encontrou as condições físicas e funcionais adequadas para a sua concretização. O Teatro Ribeiragrandense, propriedade da Câmara Municipal da Ribeira Grande, dispõe, de facto, de óptimos espaços e equipamentos audiovisuais, a par de uma actividade cultural intensa: teatro, cinema, música, formação profissional, etc. A inteira disponibilidade da autarquia em colaborar neste projecto permitiu que se desencadeasse a candidatura do respectivo curso ao financiamento do FSE. Projecto Técnico de Produção Audiovisual Programa Operacional PRODESA - Programa Operacional para o Desenvolvimento Económico e Social dos Açores Designação da medida do PO Medida 3.4.1 - Formação Profissional Inicial Entidade responsável Fundação para Desenvolvimento SocioProfissional e Cultural da Ribeira Grande Grupo-alvo Jovens 14 aos 24 anos. Parcerias * RTP Açores - beneficiando dos seus espaços e da sua experiência técnica, bem como para serem realizadas experiências em contexto real de trabalho/estágios, com os formandos; * Direcção Regional dos Desportos - para concepção e elaboração de spots publicitários em suporte multimédia, no âmbito do programa "Açores Activos". MEDIDAS A Escola Profissional da Ribeira Grande, a ministrar cursos profissionais desde 1998, reuniu motivos suficientes, em 2005, para disponibilizar à população jovem da ilha de S. Miguel Açores um curso profissional radicalmente diferente dos que, por hábito, fazia parte da oferta formativa: Técnico de Produção Audiovisual e Multimédia nível III. 58 Feita a divulgação do curso e a selecção dos formandos e formadores, desencadeou-se a procura de parcerias. Surpreendentemente, encontrámos, da parte das entidades públicas e privadas, abertura e motivação excelentes. Firmámos, desde logo, protocolos com a RTPAçores, Direcção Regional do Desporto, Escola Secundária da Ribeira Grande e Câmara Municipal da Ribeira Grande. Ao longo dos 2 anos de funcionamento do curso, a Escola estabeleceu também inúmeras parcerias, particularmente com empresas do ramo audiovisual. São os casos da IRIS, ERO-Audiovisuais, Vigia-Audiovisuais e Lav-Audiovisuais. TÉCNICO DE PRODUÇÃO AUDIOVISUAL BOAS PRÁTICAS FSE 59 O curso também integrou, e vai continuar a fazê-lo durante o último ano lectivo (3º), experiências em contexto real de trabalho (estágios) em diversas empresas locais, o que constituiu excelentes momentos não só de enriquecimento profissional como também de prometedoras oportunidades de emprego. Para além dos protocolos e parcerias, a Escola, atenta ao que acontece na comunidade envolvente, favoreceu, sempre que pôde, contactos com momentos/actividades ou pessoas que constituíssem mais-valias para a formação profissional dos formandos. Como exemplo mais recente, salietamos a aula que decorreu, durante o dia 20 de Setembro de 2007, com as convidadas, Prof.ª Dra. Elena Galán Fajardo, professora de Comunicação Audiovisual, na Universidade Carlos III, Madrid, e Dra. Esther Alvarez Gonzalez, produtora adjunta na TVE, Madrid, que graciosamente versaram o tema “Guionismo-Guia e Narrativa Televisa”, com a participação dos formandos e formadores do curso Produção Audiovisual e Multimédia. Os equipamentos adquiridos (câmara de filmar, sistema de edição, etc.) e a competência dos formadores da área técnica são, seguramente, o garante do sucesso deste curso. 60 BOAS PRÁTICAS FSE As perspectivas dos formandos serem inseridos no mundo de trabalho são de 100%. RESULTADOS O curso vai entrar no seu último ano (3.º ano), deixando-nos convictos, até este momento, de que valeu a pena e que a mão-cheia de jovens que vamos qualificar profissionalmente vai, não só constituir uma mais valia no mercado de trabalho, como também justificar, no bom sentido, a comparticipação financeira do FSE. Contactos Francisco Xavier Rodrigues Rua Infante D. Henriques, 14, 9600-128 Rabo de Peixe Telefones: 296 474 459 / 296 491 399 Fax: 296 491 324 E-mail: [email protected] TÉCNICO DE PRODUÇÃO AUDIOVISUAL 61 Projecto Negócio Electrónico - Colecção de Materiais Didácticos Programa Operacional Programa Operacional Plurifundos da Região Autónoma da Madeira - POPRAM III Designação da medida do PO Acção 1.5.7 - Apoio à Produção de Recursos e Materiais Didácticos OBJECTIVOS REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA A produção desta colecção de materiais didácticos sobre o Negócio Electrónico teve como objectivo a valorização dos recursos humanos, visando deste modo contribuir de uma forma efectiva para o reforço das suas competências em: Entidade responsável Soc.Portuguesa de Inovação - Consultoria Empresarial e Fomento da Inovação, S.A. Grupo-alvo Empresas, entidades formadoras, formandos e formadores ! Práticas de Negócio Electrónico; ! Tecnologias, Sistemas de Informação e Comércio Digital; Negócio Electrónico Colecção de Materiais Didácticos ! Marketing e Logística do Negócio Electrónico; ! Validação legal das relações comerciais e sistemas de segurança disponíveis; ! Gestão integrada de fluxos físicos e informacionais. A colecção de materiais didácticos desenvolvida neste projecto teve como principais objectivos capacitar os seguintes públicos: empresas; instituições financeiras; ! administração pública; ! entidades formadoras nas áreas das novas tecnologias; ! entidades ligadas à elaboração de soluções tecnológicas. ! ! Em termos geográficos, o projecto revestiu-se de um carácter Regional, uma vez que se teve a preocupação de direccionar as temáticas abordadas especificamente para aquilo que são as realidades, as dificuldades e as necessidades da Região Autónoma da Madeira. Contudo, a actualidade e a horizontalidade destas temáticas permite facilmente a extrapolação e a aplicabilidade dos conteúdos noutros contextos. 62 BOAS PRÁTICAS FSE Parcerias Este projecto desenvolveu-se em estreita colaboração com o NESI - Núcleo Estratégico da Sociedade de Informação, departamento de natureza técnica e de apoio ao Secretário da Educação da Região Autónoma da Madeira, cuja actividade se desenrola em torno da formulação, implementação, gestão e coordenação da política no domínio da Sociedade da Informação. Simultaneamente, vários elementos da Equipa envolvida no Projecto têm ligações a instituições que são alvo do projecto. Estas ligações garantiram, só por si, uma melhor adequação dos resultados do projecto ao público alvo e potenciaram o interesse das referidas instituições, nesses mesmos resultados. NEGÓCIO ELECTRÓNICO COLECÇÃO DE MATERIAIS DIDÁCTICOS 63 “...o acompanhamento técnico e financeiro caracterizou-se pela simplicidade, rigor, disponibilidade e elevada comunicação com a Entidade Interlocutora para alcançar o impacto desejado.” MEDIDAS O projecto envolveu a concepção de diferentes tipologias de materiais didácticos, no âmbito de dez áreas temáticas complementares: Negócio Electrónico - Conceitos e Perspectivas de Desenvolvimento; As Oportunidades, os Riscos e os Benefícios do Negócio Electrónico; Estratégia e Negócio Electrónico; O Marketing no Negócio Electrónico; Business Inteligence; Logística e Negócio Electrónico; A Segurança Informática e o Negócio Electrónico; Legislação e Mecanismos de Regulamentação do Negócio Electrónico; Parcerias no Negócio Electrónico e Estudo de Casos de Boas Práticas de Negócio Electrónico. As tipologias de suporte para cada um dos módulos foram as seguintes: manual técnico em suporte papel; colectânea de transparências; conteúdos para utilização em contexto de e-Learning; vídeo (acompanhando o último módulo da colecção). 64 BOAS PRÁTICAS FSE Faltam fotos CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E FACILITADORAS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO Destacam-se algumas condições essenciais que determinaram o bom desenvolvimento deste projecto. Destacam-se a experiência da SPI no desenvolvimento desta tipologia de projectos e o conhecimento aprofundado que a NESI detém acerca das necessidades da RAM neste domínio. RESULTADOS É também de salientar a relação positiva que se estabeleceu com a entidade financiadora que se caracterizou pela facilidade de comunicação, disponibilidade para o esclarecimento de dúvidas de carácter técnico e financeiro inerentes à operacionalização do Projecto e rapidez na instrução dos processos de decisão e de transferência dos apoios financeiros. Em suma, o acompanhamento técnico e financeiro caracterizou-se pela simplicidade, rigor, disponibilidade e elevada comunicação com a Entidade Interlocutora. Contactos Augusto Medina Sociedade Portuguesa de Inovação, S.A. Edifício “Les Palaces” Rua Júlio inis, 242 - Piso 2 - 208 4050-318 Porto Tel.: 226 076 400 Fax: 226 099 164 No que se refere aos resultados do Projecto consideramos que este projecto se apresentou como um trabalho pioneiro caracterizado pela sua actualidade, necessidade e interesse prático e com um âmbito de aplicação bastante vasto, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade da formação nestas matérias. Assim, apesar de conclusão do Projecto ser muito recente, o interesse e satisfação dos destinatários é já bastante significativo, sendo que se espera alcançar o impacto desejado. NEGÓCIO ELECTRÓNICO COLECÇÃO DE MATERIAIS DIDÁCTICOS 65 OBJECTIVOS Faltam fotos MATOSINHOS IRVA - Inserção Real na Vida Activa O Atendimento Integrado destina-se à população do Concelho de Matosinhos em situação de desfavorecimento social que recorre aos serviços de atendimento existentes em áreas como emprego, habitação, acção social, saúde, justiça, entre outros. Os objectivos gerais do Atendimento Integrado definem-se da seguinte forma: ! Criar respostas de carácter integrado e evitar a sua fragmentação; ! Optimizar recursos ao nível do atendimento; ! Reduzir o tempo de espera entre a realização do diagnóstico e a(s) resposta(s) ao(s) problema(s) identificado(s); ! Qualificar a intervenção. Podemos considerar que o processo de construção do Atendimento Integrado se desenvolveu em torno de diferentes fases, iniciando-se com um processo de identificação dos problemas associados ao funcionamento do atendimento social no Concelho e de pesquisa, e de contacto com experiências já implementadas no País, com vista a uma outra organização dos serviços de atendimento. Em seguida, partiu- -se para a construção de um modelo metodológico, com a contribuição dos vários parceiros, de modo a melhor responder aos objectivos preconizados para o Atendimento Integrado e para que a nova metodologia pudesse ser entendida, de facto, como uma abordagem de carácter integrado. Foi, então, produzido um documento com a definição da metodologia e descrição das novas estruturas organizativas do atendimento, o que corresponde a uma nova forma de organizar as equipas de atendimento e sua coordenação. Esse documento foi sujeito a uma discussão alargada dando origem ao estabelecimento de um protocolo envolvendo 14 parceiros, com responsabilidades definidas ao nível do atendimento e acompanhamento social, a partir do qual se iniciou a implementação efectiva do Atendimento Integrado em dois territórios piloto. O Atendimento Integrado passou, ainda, por uma fase de disseminação pelo País, em que para além da ADEIMA, da Câmara Municipal de Matosinhos e do Centro Distrital de Segurança Social do Porto – equipa de acção social de Matosinhos - outro parceiro, o CESIS - Centro de Estudos para a Intervenção Social - esteve envolvido, tendo-se realizado sessões de apresentação e de formação em concelhos como: Valongo, Vila Nova de Famalicão, Lisboa, Oeiras, Amadora, Loures, Barreiro, Leiria e Idanha-a-Nova, com o objectivo de a metodologia poder ser aplicada noutros contextos territoriais, algo que neste momento já está a acontecer. Apesar de se ter referido a definição de novas estruturas, é de realçar que o AI não corresponde à criação de novos serviços atendimento; ele é, sim, uma nova forma de concepção, organização e gestão dos serviços já existentes, obrigando a uma rentabilização de recursos e a uma forte coordenação entre diferentes actores. 66 BOAS PRÁTICAS FSE Projecto IRVA - Inserção Real na Vida Activa Programa Operacional Iniciativa Comunitária EQUAL Designação da medida do PO "Prioridade 1 - Empregabilidade; Medida 01.01 - Facilitar o acesso e o regresso ao mercado de trabalho; Área de Intervenção 01.01.01 - Percursos integrados de orientação-formação-inserção" Entidade responsável ADEIMA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos Grupo-alvo Os beneficiários são, essencialmente, os utentes em situação de desfavorecimento social que recorrem aos serviços de atendimento e apresentam multi-problemas em áreas como, o emprego, habitação, acção social, saúde e justiça. Parcerias Câmara Municipal de Matosinhos, Centro Distrital de Segurança Social do Porto, Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos – ADEIMA, Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Matosinhos, Unidade Local de Saúde de Matosinhos, SA, Instituto do Emprego e Formação Profissional, Instituto de Reinserção Social, Direcção Regional de Educação do Norte, Empresa Municipal de Habitação de Matosinhos – MatosinhosHabit, Junta de Freguesia de Leça do Balio, Junta de Freguesia de Matosinhos, Junta de Freguesia de Perafita, Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta, Associação Baptista Ágape. Ao protocolo referido aderiram, posteriormente, no âmbito do processo de alargamento do AI, a Junta de Freguesia de Lavra, o IDT - Instituto da Droga e da Toxicodependência e a Junta de Freguesia da Sra. da Hora. IRVA - INSERÇÃO REAL NA VIDA ACTIVA 67 MEDIDAS A metodologia de AI, tal como foi concebida em Matosinhos, assenta, fortemente, na figura do/a gestor/a de caso e nas suas competências ou atribuições. Esta figura é identificada através da definição da problemática tida como dominante na pessoa/família, e na sequência da elaboração de um diagnóstico compreensivo e bem fundamentado discutido colectivamente no seio da equipa de coordenação do AI.O/A gestor/a de caso acompanha todo o processo e coordena a sua actuação com os parceiros que forem necessários envolver para a resolução da situação evitando-se, assim, a duplicação de intervenções e a “peregrinação” das pessoas, contando diversas vezes a sua história e expondo-se, por vezes, a critérios distintos de avaliação. Esta metodologia pressupõe um trabalho de coordenação inter-institucional cuidando-se, assim, de uma maior integração das respostas dadas. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E FACILITADORAS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO RESULTADOS Em todo este processo foi fundamental a criação de um contexto de diálogo e de cooperação inter-institucional a nível local, o que se constituiu como o grande factor facilitador da concepção e implementação da metodologia de atendimento integrado, transversal aos restantes que podemos identificar em seguida: ! Existência de uma prática de trabalho em parceria desenvolvida por um conjunto de entidades do Concelho, mais concretamente desde a implementação de projectos de desenvolvimento comunitário; ! Existência da Rede Social enquanto estrutura de coordenação e integração das diferentes iniciativas e respostas sociais existentes ou a criar; ! Existência de uma autarquia que assume, desde há longa data, um papel directo ao nível da intervenção social e tem uma capacidade de dinamização de entidades com competências e responsabilidades na área do social; Consensualização, entre o pessoal técnico, relativamente à assumpção dos conceitos de pobreza e de exclusão enquanto fenómenos sociais, o que se traduz no reconhecimento da necessidade de uma actuação que tenha subjacente o funcionamento da própria sociedade e da necessidade de práticas de trabalho que favoreçam uma abordagem multidimensional junto de pessoas e grupos, numa óptica de participação para a contratualização. 68 BOAS PRÁTICAS FSE O AI em Matosinhos permitiu verificar as suas potencialidades no que diz respeito à alteração de um conjunto de procedimentos por parte dos serviços, contribuindo, assim, de uma forma quase que imediata para: ! Identificação de processos de pessoas/famílias que eram acompanhados por mais do que uma/um técnica/o, e respectiva identificação do/a gestor/a de caso, evitando-se, assim, as antigas duplicações. ! Utilização de uma única ficha de diagnóstico e planificação (Ficha do Processo Familiar), permitindo-se não só uma maior uniformização de critérios de apreciação das situações, mas também uma maior concertação da informação sobre cada processo. Anteriormente, cada serviço utilizava a sua ficha dando-se origem à duplicação de registos por pessoa / família. O novo procedimento permite que a ficha, respeitando-se as regras da ética profissional e da confidencialidade de dados pessoais, circule entre serviços possibilitando uma maior partilha da informação. ! As situações deixem de ser pura e simplesmente transferidas de instituição para instituição, havendo uma orientação e acompanhamento das pessoas / famílias, feita pelo/a gestor/a de caso, e uma maior rentabilização dos recursos humanos diminuindo o tempo de espera do atendimento. ! Uma concepção mais ampla da acção social, do que a visão restrita que a associa quase exclusivamente à responsabilidade da Segurança Social. Contactos Lília Pinto Luísa Mendes ADEIMA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos Av. Joaquim Neves dos Santos, 1060/1082 - 4460-125 GUIFÕES Tel.: 229 578 150 Fax: 229 578 159 e-mail: [email protected] IRVA - INSERÇÃO REAL NA VIDA ACTIVA 69 Faltam fotos LEÇA DA PALMEIRA Prevenir para Inovar Prevenção como Solução O sucesso do projecto deve-se ao reconhecimento por parte das empresas, do know-how e credibilidade da entidade promotora e parceiros, do empenho e profissionalismo da equipa técnica, da disponibilidade demonstrada pelas empresas do sector e do interesse e necessidade de intervir na área da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Projecto Prevenir para inovar - Prevenção como solução Programa Operacional Assistência Técnica ao QCAIII - Eixo FSE Designação da medida do PO 02-02 - Conhecer para intervir e qualificar o emprego e a inovação social Entidade responsável AEP - Associação Empresarial de Portugal Grupo-alvo Empresas industrias no sector metalúrgico e metalomecânico Parcerias ISHST - Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos,Metalomecânicos e Afins de Portugal OBJECTIVOS O Programa Prevenir “Prevenção como Solução” é um projecto de intervenção directa nas empresas. Desenvolvido pela AEP - Associação Empresarial de Portugal e pelo ISHST - Instituto para a Segurança e Higiene e Saúde no Trabalho e apoiado pelo POAT - Programa Operacional de Assistência Técnica, este programa teve como principal objectivo apoiar as empresas na implementação de medidas que permitam atingir os níveis de eficiência operacional desejados, em termos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Os destinatários deste programa foram as pequenas e médias empresas industriais do sector Metalúrgico e Metalomecânico e seus subsectores, nomeadamente: ! ! ! ! 70 BOAS PRÁTICAS FSE Industriais Metalúrgicas de Base (CAE 27); Fabricação de Produtos Metálicos (CAE 28); Fabricação de Máquinas e Equipamentos (CAE 29); Fabricação de Material de Transporte (CAE 34 e 35). PREVENIR PARA INOVAR PREVENÇÃO COMO SOLUÇÃO 71 MEDIDAS A metodologia e medidas desenvolvidas foram estruturadas em três níveis de intervenção distintos: Nível 1 - Pesquisa e Intervenção nas Empresas 1. Divulgação do Programa a cerca de 8 000 empresas 2. Sessão de Apresentação do Programa 3. Contacto com cerca de 500 empresas (inscritas na sessão e outras pré-seleccionadas) 4. Elaboração do Questionário (Guião de Visita) 5. Selecção das 100 empresas com base no interesse e disponibilidade manifestada 6. Visitas às 100 empresas e preenchimento dos Questionários 7. Elaboração dos Relatórios Individuais 8. Recolha de Dados Estatísticos do Sector 9. Elaboração do Relatório Sectorial 10. Apresentação dos Resultados da Fase 1 Nível 2 - Diagnóstico e Proposta de Intervenção 11. Selecção de 40 empresas 12. Realização de Diagnósticos 13. “Road-show”- 3 Seminários Técnicos Nível 3 - Avaliação 14. Selecção de 15 empresas 15. Realização de Auditorias 16. “Road-show”- 3 Seminários Técnicos 72 BOAS PRÁTICAS FSE RESULTADOS Elaboração de Estudo Sectorial e Manual de Boas Práticas O Estudo Sectorial foi elaborado com base nos resultados obtidos na segunda fase deste programa (Nível 2) e em informação sectorial complementar, obtida em diversas entidades devidamente referenciadas. O Estudo e o Manual de Boas Práticas envolveu as 40 empresas em termos das principais questões relacionadas com a Higiene e a Segurança no Trabalho, tendo-se efectuado estudos técnicos aprofundados, bem como um conjunto vasto de determinações analíticas aos parâmetros mais relevantes nesta temática. A compilação destes resultados permitiu a elaboração destes dois documentos, que apesar da reduzida dimensão da amostra, possibilitou obter informação importante para o sector Metalúrgico e Metalomecânico, dada a preocupação tida na sua representatividade. Contactos Augusto Andrade / Florinda Alves AEP - Associação Empresarial de Portugal 4450-617 Leça da Palmeira Tel.: 229 981 950 Fax: 229 981 958 E-mail: [email protected] / [email protected] Com a elaboração destes documentos pretende-se apoiar as empresas na identificação de não conformidades legais e riscos e na implementação de medidas que permitam atingir os níveis de eficiência operacional desejados, em termos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. O manual, pretende também constituir um importante suporte técnico para incentivar e facilitar as empresas do sector no planeamento e implementação de acções de melhoria e de minimização dos riscos associados às actividades desenvolvidas. Este projecto contribuiu para: Reduzir os acidentes de trabalho; Permitir aos industriais o conhecimento efectivo da legislação; Fomentar a aplicação de novos procedimentos conducentes a um melhor desempenho de segurança no trabalho; Implementar medidas preventivas efectivas, com o apoio de consultores altamente especializados em empresas, que de outra maneira dificilmente teriam acesso a estes meios. PREVENIR PARA INOVAR PREVENÇÃO COMO SOLUÇÃO 73