A palavra Museu para muitos ainda tem o estigma de coisa parada, velha e obsoleta. O EcoMuseu do Cerrado Laís Aderne é um museu vivo de pessoas que mostram a sua cara, a sua cultura e a natureza aonde estão inseridos que é o Cerrado. Nossa ideia é que cada parque, casa, praça, rua, rio, reserva, escola de cada cidade faça parte do EcoMuseu. Iremos construir um roteiro socio-cultural para promover uma leitura sobre o Cerrado, estabelecendo calendários culturais, trilhas, atrações, oficinas educativas, recreação, seminários, feiras e experiências pedagógicas e gastronômicas para que as pessoas possam visitar os diferentes locais do EcoMuseu, além da divulgação de conhecimentos sobre a sociobiodiversidade do Cerrado. Cada pessoa/instituição/lugar que desenvolva um projeto/ação sociocultural e ambiental fará parte do EcoMuseu. Trata-se de um museu descentralizado, dinâmico, constituindo-se em uma rede diversificada que promoverá a história local, as realizações e os anseios dos seus habitantes, atingindo diversos públicos das áreas de educação, turismo, cultura, ecologia humana, etc, trabalhando no resgate dos fazeres culturais para o desenvolvimento auto-sustentável. Atuará também no apoio e realização de pesquisas, publicações, produções, planejamento, implantação e administração de projetos socioambientais, transculturais, transdisciplinares, multidimensional e multidirecional e de solidariedade e intercâmbio entre os seres. O EcoMuseu do Cerrado Laís Aderne é uma nova abordagem da museologia. É um desafio conceitual voltado para a tríade território, patrimônio e comunidade, onde os recursos naturais e culturais são valorizados e assegurados através de um ambiente equilibrado, da identidade cultural e a autoestima da população. A natureza e a cultura devem ser trabalhados como fatores de identidade comum para o Cerrado e também devem ser encarados como mananciais de recursos que contribuirão para a sobrevivência e melhoria da qualidade de vida desta e de futuras gerações. Nosso museu não terá um único prédio senão que sem paredes, ele ficará hospedado no site do Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília: museuvirtual.unb. br e encontrará as galerias de cada membro do EcoMuseu onde você poderá conhecer os projetos que estão sendo desenvolvidos no Cerrado e depois poderá visitá-los pessoalmente. EXPOSIÇÃO DOS MEMBROS DO ECOMUSEU DO CERRADO Centro de Referência em Educação Integral e Ambiental (CREIA) Instituto Calliandra RPPN Reserva ChakraGrisu Instituto PanAmericano do Ambiente e Sustentabilidade (IPAN) Rede de Sementes do Cerrado DOC Cerrado Batalhão de Polícia Militar Ambiental Embrapa Cerrados Instituto Larus ONG Mão na Terra Sitio Geranium Unifam 7 Saberes Instituto Jurumi Associação dos Amigos das Florestas Projeto Educação Ambiental no Parque Sucupira Centro de Ensino Especial 01 de Brasília Escola da Natureza Parque Nacional de Brasília ONG Eco Cerrado Movimento Pró-EcoMuseu de Sobradinho PA R C E I R O S IBRAM – Brasília Sustentável Conselho de Cultura de Alexânia Secretaria de Educação, Cultura e Esporte da Prefeitura Municipal de Alexânia GO Associação Comunitária do Desenvolvimento Sustentável de Olhos d’Água Associação dos Artesãos de Olhos d’Água Clube da Semente Emater Goiás – Unidade Regional Planalto Faculdade de Educação – UnB Coordenação da Exposição: Rosângela Corrêa Projeto gráfico do folder: Bené Fonteles Editoração: Licurgo S. Botelho Desenhos capa e interior: Rômulo Andrade Fotos: Arquivos pessoais dos participantes da exposição ECOMUSEU DO CERRADO LAÍS ADERNE PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL NO PLANALTO CENTRAL Laís Fontoura Aderne Faria Neves PROGRAMAÇÃO ECOMUSEU DO CERRADO LAÍS ADERNE C ada pessoa/instituição/lugar que desenvolva um projeto/ação sociocultural para a conservação e preservação da sociobiodiversidade do Cerrado fará parte do Ecomuseu porque entendemos que este museu transpõe muros e torna-se um espaço/ território para que as comunidades se encontrem e se expressem no seu habitat, constituindo-se em uma rede diversificada que protege o seu patrimônio - natural, material e imaterial. Por meio da memória, das imagens, dos fios, tecelagens, cestas, ritmos, doces, falas e poemas vamos nos encontrar pra prosear e festejar o Cerrado entre os dias 10 e 12 de setembro de 2014 no Centro de Excelência em Turismo no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (CET/UnB) e de 20 de agosto a 30 de novembro no Centro de Visitantes do Parque Nacional de Brasília (Água Mineral) localizado na Via EPIA, BR 450, km 8,5, saída norte. 10/09/2014 Sarau do Cerrado na Escola da Natureza Parque da Cidade, portão nº 5, em frente ao Eixo Monumental 17h – Apresentação sobre o Eco-Museu Rosângela Corrêa e José Ivacy Souza Documentário “EcoMuseu do Cerrado Laís Aderne” – Direção Mauro Nogueira 18h – Momento Poético Bic Prado 18h – Momento Degustativo caldos e quitutes à venda 19h – Momento Musical Orquestra de Violeiros de Brasília 20h – Encerramento Banda de Forró Trio Papudo 11/09/2014 Centro de Excelência em Turismo no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (CET/ UnB) – Campus Universitário Darcy Ribeiro, próximo da Fiocruz, Asa Norte, Brasília Café da Manhã 9h – Apresentação de Catira com o grupo Fivela de Ouro 9h30 – Homenagens à Laís Aderne, Paulo Bertran e Eugênio Giovenardi Poesia “O Cerrado dentro da gente” coautoria de Xiko Mendes e Alan Mister Homenagens à Thérese von Behr, Lais Mourão e Movimento de Artistas pela Natureza Apresentação de Raquel Lima e Grupo Carlitos Homenagens à Yara Magalhães, Jeanine Maria Felfili Fagg e Mestre Teodoro Freire 14h – Declamação do Poema Arauto do Boi d’Água Apresentação do Eco-Museu do Cerrado Laís Aderne no Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília por Bruno Santos Ferreira Performance de Dança “Entre raízes, corpos e fé” Marlini D. de Lima 16h – Lançamento de livros e debate com os autores: Altair Sales Barbosa e outros autores. O piar da Juriti Pepena – Narrativa Ecológica da Ocupação Humana do Cerrado. Ed. PUC Goiás, 2014. Jaime Sautchuk. CRULS Histórias e andanças do artista que inspirou JK a fazer Brasília, São Paulo: Geração Editorial, 2014. Carroça da Leitura de Nilva Bello com o personagem Maria Preta Eugênio Giovenardi. ECOLOGIA - nova forma de prosperidade. Brasília: Editora Kiron, 2014. Cantoria Suite do Sertão: Jussânia Borges Corrêa (Viola Caipira e Voz) e Maísa Amorim (Rabeca e Voz) EXPOSIÇÃO DE ARTESANATO Bonecas de pano Dona Nega e Ednilssa Bonecas de Jatobá Maria Araujo Leite Fibras e Fios Fatinha, Maria Abadia, Ivanilde Reis Nascimento Cerâmica José Eduardo R. da Costa, Cintia Gonçalves R. da Costa e Sebastião Lourenço Silva Cestaria Manoel Arnor G. de Moraes Madeira entalhada Seu Vicente dos passarinhos Tecelagem Selma e Divina Selma Doces Divina do Randolfo Artesanato indígena Diva Airi Gavião MOSTRA DE ARTISTAS VISUAIS DO CERRADO Bené Fonteles, Glênio Lima, Rômulo Andrade, José Ivacy, Nogueira de Lima, Paulo Pereira, Pedro Recroix, Renato Matos, Seu Pedro e Thomas Ritter EXPOSIÇÃO DE PINTURA Tereze von Behr, Arlindo Castro, Tom Melo,Janice Affonso, Dolores Ritter EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “Terra encantada: gente miúda, direitos integrais” de Jaciara Oliveira Leite e Nilton Rocha Olhos d’Água através do tempo com Kim Pires Leal, Ana Isabel Nunes, Alan Madrilis Ensaio fotográfico sobre Seu Belmiro de José Ivacy Fotos de Rui Faquini, Kenia de Aguiar Ribeiro, Valteni Souza, Kleber Fernandes e Vanusa Freitas 12/09/2014 9h – Danças circulares com a Equipe 7 Saberes 9h15 – Roda de prosa Vários olhares sobre o Cerrado com José Ivacy, Sebastião Lourenço Silva e Ivanilde Reis Nascimento 10h – Teatro Grupo Carlitos Era uma vez, Brasília em lenda pra vocês, direção Raquel Lima Roda de prosa Maria de Fátima Dutra Bastos, Emerval Crespi Junior, Rômulo Andrade Música Ademir Martinello e convidados 14h – Teatro Borboleta Ecológica do Centro de Ensino Especial 915 sul 14h15 – Oficina As águas do Cerrado Bené Fonteles, Socorro Ibañez e Vera Catalão Cantoria de Filipe Vaz Uma Estrada para o Cerrado P intora, gravadora, professora e curadora. Nasceu em Diamantina-MG em 1937 e morreu no Rio de janeiro em 2007. Em 1956 inicia estudos na Escola de Belas Artes de Belo Horizonte e concluiu seus estudos de gravura sob a orientação de Osvaldo Goeldi (ENBA, Rio de Janeiro, 1961). Passa a trabalhar na Escolinha de Arte do Brasil e organizou cursos de gravura, pintura e desenho para adolescentes e adultos. Entre os anos de 1964 e 1967 viaja a estudos para a Espanha com bolsa do governo espanhol. De volta ao Brasil, transfere-se para Brasília, onde cursa pós-graduação na área da educação; em 1989, assume a função de secretária da Cultura. Mudou-se para a Paraíba e foi convidada pelo Reitor Lynaldo Cavalcanti para criar o Departamento de Artes e o curso de Licenciatura em Artes Plásticas (UFPB, 1977), em que foi diretora do DAC (1977-78). Fez parte do grupo que criou a Associação Nacional de Arte-educadoresAnarte (UFPB, 1984). Em sua vida profissional, Laís Aderne conciliou teorias da academia com a prática das artes e das atividades sociais. Os inúmeros projetos em que Laís Aderne participou, como idealizadora, criadora ou executora têm como base, a educação, cultura e o meio ambiente, visava refletir sobre a globalidade da ação educativa, como perspectiva interdisciplinar, referenciada na cultura da participação e cooperação e identidade de suas populações, abordando para isso, valores, crenças e conhecimentos. Representa verdadeiros processos orgânicos, por conseguinte, mutáveis, que enfrentam constantes desafios. A educação brasileira para Laís significava um desafio, ou seja, chegou a enfatizar que ‘aquelas pessoas que fazem, não pensam, e os que pensam não fazem’. Assim, a união entre educação e cultura possibilita o estabelecimento de uma sociedade livre, em condições de opções e de desenvolvimento de um processo criador, necessário para resolver as situações-problema de cada cidadão. A trajetória desses projetos teve como marco principal a experiência piloto de Olhos d’Água-Alexânia (Goiás, 1973), que surgiu em decorrência da perda de identidade da população local, ocasionada pela construção de Brasília e teve como objetivo a reafirmação, incentivo e preservação da cultura local, por meio da criação da Casa da Memória e dos fazeres culturais e ainda uma Feira de Trocas, criada com a finalidade de escoar a produção cultural que renascia. Ensaio que serviu de referência para outros projetos: Subsistema educacional de unidades para o desenvolvimento sustentável (BelémPA, 1995); Projeto Ecomuseu do Cerrado (Goiás, 1998); Ecomuseu da Amazônia (Belém, 2007); Casa da Cultura da América Latina e Festival Latino Americano de Arte e CulturaFLAAC (Brasília). Essas iniciativas tiveram como enfoque principal uma educação participativa, que incentiva no processo do fazer, pensar, e principalmente, do sentir, com base no processo interativo das três partes do cérebro, o qual desencadeará no educando o raciocínio lógico, o pensamento criador e sensível e o pensamento operativo. A metodologia desenvolvida a partir desses projetos está pautada em uma educação que conduz a população envolvida, ao processo de descoberta de seus próprios objetivos, a engajar-se coletivamente nas questões sociais pertinentes ao mundo contemporâneo e a vivenciar seu processo histórico. Elementos que possibilitarão um avanço no processo de desenvolvimento humano sustentável e na formação de cidadãos mais sensíveis e perceptíveis, e conseqüentemente, importantes formadores de opinião na sociedade. Fonte: [http://alexanialexicity.wordpress.com]