REVOLUÇÃO INGLESA Puritana e Gloriosa Século XVII INTRODUÇÃO: Com a morte de Elizabeth I, Jaime I da Escócia, assume o trono inglês. É o início da dinastia Stuart. Os novos monarcas eram adeptos da Teoria do Direito Divino (o rei absoluto é um representante de Deus na Terra) = conflito com o parlamento inglês. 1) A INGLATERRA ANTES DA REVOLUÇÃO PURITANA: O governo de Jaime I foi extremamente conturbado: perseguições religiosas (principalmente aos puritanos),choques com o parlamento, aumento de impostos e a Conspiração da Pólvora (um grupo católico radical, descontente com o governo de Jaime I, tenta matar o rei = sem sucesso!). 1) A INGLATERRA ANTES DA REVOLUÇÃO PURITANA: Seu sucessor, Carlos I, se nega a assinar a Petição de Direitos (basicamente reafirmava as limitações do poder do rei = Magna Carta) e fecha o parlamento (composto em sua maioria por burgueses e pela pequena nobreza – gentry -> seguiam, em sua maioria o calvinismo = puritanos) Anos depois, em busca de dinheiro para reprimir uma rebelião na Escócia, o rei volta a convocar o parlamento = os conflitos entre rei e parlamento se tornam intensos e a Inglaterra entra em uma Guerra Civil (que em seguida irá se transformar em uma Revolução contra o rei). 2) REVOLUÇÃO PURITANA (1642-1649): Carlos I Cavaleiros do rei X Anglicanos, católicos e Grandes donos de terras Oliver Cromwell Cabeças redondas Puritanos e defensores do parlamento Após anos de batalhas, o exército do parlamento, liderado por Cromwell (que organizou a hierarquia de seu exército por merecimento e não por nascimento = New Model Army), consegue vitória (na Batalha de Naseby) Carlos I é preso, condenado de “traição à pátria” e executado. 3) REPÚBLICA PURITANA: Após a morte do rei é proclamada a República Puritana (único período republicano na história inglesa) No plano interno Cromwell perseguiu seus opositores (niveladores – levellers / escavadores – diggers) No plano externo, criou os Atos de Navegação (1651): Somente navios ingleses podiam transportar mercadorias inglesas -> proteção ao comércio inglês e guerra à Holanda (centro de redistribuição de mercadorias do mundo) 3) REPÚBLICA PURITANA: No final de seu governo Cromwell fechou o que restava do parlamento e se tornou Lorde Protetor (na prática, um verdadeiro ditador). 4) RESTAURAÇÃO MONÁRQUICA: Com a morte de Cromwell, seu filho Richard assume o poder (não tinha o mesmo carisma do pai. Os ingleses estavam cansados dos extremismos da família Cromwell). Porém, em pouco tempo, o parlamento resolve dar uma nova chance aos Stuarts, a monarquia é restaurada e Carlos II assume o trono inglês. O governo de Carlos II: nesse período dois diferentes partidos surgem: a) Whigs: adeptos da monarquia limitada pelo parlamento (futuro partido Liberal) b) Tories: defensores do poder do rei (futuro partido Conservador) 5) A INGLATERRA ANTES DA REVOLUÇÃO GLORIOSA: Seu sucessor Jaime II (católico fervoroso e grande aliado de Luís XIV, da França) tenta restaurar no país o catolicismo (desprezando os interesses dos protestantes) e o absolutismo (justificado pela Teoria do Direito Divino) = choque com o parlamento É o início da Revolução Gloriosa (1688 -1689). 6) REVOLUÇÃO GLORIOSA (1688 -1689): O parlamento vence Jaime II com relativa facilidade (sem violência) e entrega o governo inglês à Guilherme III (de Orange), da Holanda 1689: o novo rei é obrigado a assinar o “Bill of Rights” (a Declaração de Direitos): a partir de então, cabe ao parlamento elaborar leis, restringir o poder do rei (monarquia constitucional ou parlamentar), convocar o exército em caso de guerra e garantir a liberdade de expressão Ato de Tolerância: a liberdade de culto para os protestantes (calvinismo = puritanismo). Os católicos, porém, continuam proibidos de professarem sua fé. 7) AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS: 1. 2. 3. Os interesses da burguesia mercantil estão assegurados No campo, a pequena nobreza (gentry) passa a investir cada vez mais nos enclouseres (cercamentos) e na modernização da agricultura (visando o comércio) A Inglaterra está pronta (primeira Revolução burguesa da Europa) para avançar, rumo à Revolução Industrial.