Revolução Inglesa
Revolução Burguesa ou Liberal
Origens da Revolução
• Durante século XVII, a
Inglaterra
viveu
um
período de intensa luta
revolucionária, provocada
pelo coque entre as
classes
sociais
que
defendiam a manutenção
da antiga ordem feudal e
as que desejavam a
expansão do capitalismo.
O
conjunto
de
acontecimentos
desse
período
denomina-se
Revolução Inglesa.
Antecedentes
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Durante o século XVI, a dinastia dos Tudor
governou a Inglaterra de forma absoluta,
com o apoio da burguesia e da nobreza
rural (gentry), que, na época, apresentavam
interesses em comum.
No século XVII, a dinastia dos Stuart
pretendeu exercer um absolutismo de
direito, ou seja, queria um poder
plenamente
reconhecido
em
termos
jurídicos.
A burguesia e a gentry, conscientes de que
o absolutismo era prejudicial ao progresso
capitalista, não desejavam que o amplo
poder do rei e sua intervenção nos assuntos
econômicos atrapalhassem seus negócios.
A dinastia dos Stuart entrou, então, em
choque com o parlamento inglês, que era
dominado por representantes da gentry e da
burguesia. O rei lutava por poder absoluto. A
maioria dos parlamentares defendia a
limitação jurídica do poder real.
Carlos I
Jaime I
Antecedentes
• Em 1628, o parlamento inglês estabeleceu, através da Petição de
Direitos, que o rei não poderia criar impostos, convocar o exército
ou mandar prender pessoas sem prévia autorização parlamentar.
No ano seguinte, o rei Carlos I reagiu a essa petição, fechando o
parlamento e perseguindo os líderes políticos que lhe faziam
oposição.
• Onze anos depois, em 1640, Carlos I viu-se obrigado a convocar o
parlamento, a fim de conseguir recursos financeiros para combater
uma revolta escocesa contra seu governo.
• Uma vez reunido, o parlamento tomou de novo uma série de
medidas limitando o poder do rei. Decretou, por exemplo, uma lei
que proibia o monarca de dissolver o parlamento e tornava
obrigatória a convocação do órgão pelo menos uma vez a cada três
anos.
• Esses acontecimentos agravaram ainda mais o conflito entre rei e
parlamento, desencadeando a Revolução Inglesa.
Processo Revolucionário
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A Revolução Inglesa pode ser dividida
em quatro etapas principais:
I. Guerra Civil ou Revolução Puritana
(1642-1648);
II. República de Cromwell (1649-1658);
III. Restauração Monárquica (1660-1668);
IV. Revolução Gloriosa ( 1688-1689).
Guerra Civil: a morte do rei
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Irritado
com
a
oposição
do
parlamento, Carlos I mandou sua
guarda invadir a sede do parlamento e
prender seus principais líderes. Estes,
por sua vez, organizaram tropas para
lutar contra as forças do rei.
Do lado do rei estavam a nobreza
anglicana e a nobreza católica. Do
lado do parlamento estavam a
burguesia, a gentry, os camponeses
pobres e os yeomen (pequenos e
médios proprietários rurais).
As tropas do parlamento foram
lideradas por Oliver Cromwell, que
organizou o New Model Army.
A guerra civil chegou ao fim com a
vitória das tropas do parlamento. O rei
Carlos I foi preso e condenado à
morte, sendo decapitado em 30 de
janeiro de 1649.
Acima, execução do rei Carlos I. Abaixo,
Oliver Cromwell.
República de Cromwell: o
protetorado
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Após esmagar as oposições, Oliver Cromwell instalou o regime
republicano, comandando o país de 1649 a 1658. A república ditatorial de
Cromwell ficou conhecida como protetorado.
Entre os acontecimentos que marcaram esse período, destacam-se:
Formação da Comunidade Britânica (1651) – Inglaterra, Irlanda, Escócia
e País de Gales são unificados numa só república sob o comando de
Cromwell;
Decreto do Ato de Navegação (1651) – determinava que todas as
mercadorias que entrassem ou saíssem da Inglaterra deveriam ser
transportadas por navios ingleses.
Guerra contra os holandeses (1652-1654) – os holandeses ficaram
prejudicados pelo Ato de Navegação, pois tinham grande lucro com o
transporte marítimo de produtos coloniais para a Inglaterra. Por isso,
declararam guerra ao ingleses, mas, foram derrotados.
Lorde Protetor (1653) – Oliver Cromwell assumiu o título de Lorde
Protetor da Comunidade Britânica. Seu cargo tornou-se vitalício e
hereditário. Após sua morte em 1658, seu filho, Ricardo assumiu o poder.
Restauração Monárquica
• Ricardo não tinha a mesma habilidade política e a
capacidade administrativa de seu pai, por isso, foi deposto
pelos militares favoráveis ao parlamento após 8 meses de
governo.
• A agitação política tomou conta do país. O parlamento decidiu
então restaurar a dinastia dos Stuart, convidando Carlos II a
assumir o trono britânico. O rei, entretanto, deveria governar
sob o domínio político do parlamento.
• O período da restauração monárquica dos Stuart estendeu-se
pelos reinados de Carlos II (1660-1685) e de seu irmão Jaime
II (1685-1688).
• Em seu governo, Jaime II tentou restabelecer o absolutismo e
ampliar a influência do catolicismo. A burguesia e a nobreza
anglicana revoltaram-se novamente contra as atitudes do rei.
E, de novo, o parlamento entrou em conflito com a
monarquia.
Carlos II
Jaime II
Revolução Gloriosa: a derrota do
absolutismo
• Temendo a volta do absolutismo, a maioria do parlamento
decidiu derrubar o rei Jaime II. Para isso, estabeleceu-se um
acordo com o príncipe holandês Guilherme de Orange,
casado com Maria Stuart, filha de Jaime II. O acordo oferecia
a Guilherme o trono inglês, com a condição de que
respeitasse os poderes do parlamento.
• Iniciou-se, então, a Revolução Gloriosa, caracterizada pela
luta entre as forças de Guilherme e as tropas de Jaime II. Ao
final, o monarca inglês foi derrotado.
• Com o título de Guilherme III, Guilherme de Orange assumiu
o trono britânico. Teve, entretanto, de assinar a Declaração
de Direitos (Bill of Rights), na qual o parlamento limitava o
poder do rei em vários aspectos. O rei não poderia, por
exemplo, suspender lei alguma nem aumentar impostos sem
a aprovação do parlamento.
Revolução Gloriosa: a derrota do
absolutismo
• Estabelecia-se, assim, a
superioridade
da
lei
sobre a vontade do rei:
era o fim do absolutismo
monárquico.
• Dessa forma, após a
Revolução
Gloriosa,
instalou-se a monarquia
parlamentar na Inglaterra.
Para sintetizar a real
situação da monarquia
inglesa,
costumava-se
dizer: “o rei reina, mas
não governa”.
Guilherme de Orange
Revolução Industrial
As etapas da produção econômica
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Durante a Idade Moderna, a produção econômica européia passou por
diferentes etapas:
Produção artesanal: o produtor (artesão) tinha pleno controle sobre as
diversas fases do processo produtivo. Ele era dono dos instrumentos de
produção, desde a matéria-prima até as ferramentas que utilizava.
Produção manufatureira: manufaturas eram oficinas que ainda não
possuíam máquinas, mas dispunham de grande número de operários
equipados com ferramentas, que trabalhavam sob a coordenação de um
gerente de produção. Nesse estágio, introduziu-se a divisão do
trabalho produtivo. Cada operário executava uma tarefa específica, não
tendo visão de conjunto do processo de fabricação. As tarefas eram
subdivididas de forma racional, criando-se linhas de operações e de
montagens cujo objetivo era aumentar a velocidade da produção.
Produção mecanizada: corresponde à maquinofatura. Esse estágio foi
atingido quando os avanços técnicos, aliados ao aperfeiçoamento dos
métodos produtivos, propiciaram a criação das máquinas industriais.
Elas substituíram várias ferramentas e o próprio trabalho de muitos
operários.
Pioneirismo Inglês
• A Revolução Industrial começou na Inglaterra. Vários
fatores contribuíram para o seu pioneirismo:
• Acúmulo de capitais – a Inglaterra dominava o comércio
marítimo nesse período e obtinha muitos lucros, o que
possibilitou a acumulação de capitais.
• Cercamento dos campos – os cercamentos liberaram
uma grande massa de camponeses que migraram para
as cidades constituindo uma mão-de-obra farta e barata
para as nascentes indústrias.
• Fontes de energia - a Inglaterra possuía grandes jazidas
de carvão. Isso possibilitou o desenvolvimento de
indústrias baseadas no carvão mineral. Os demais
países europeus só contavam com o carvão de madeira.
Progresso Capitalista
• Com a Revolução Industrial, o capitalismo se consolidou
definitivamente como modo de produção. Aos poucos, a
indústria foi se tornando o principal setor de acumulação
de riquezas, substituindo, assim, o comércio.
• As relações de trabalho também se modificaram.
Milhares de camponeses abandonaram suas antigas
ocupações, mudando-se para as cidades em busca de
emprego nas fábricas. Surgiu, então, uma das principais
oposições de classe do capitalismo industrial: de um
lado a burguesia (dona dos meios de produção) e, de
outro, o operariado (dono apenas de sua força de
trabalho).
Exploração do Trabalhador
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Para desenvolver suas indústrias, os empresários queriam liberdade econômica, ampliação dos
mercados consumidores e mão-de-obra barata para trabalhar nas fábricas.
Sempre com o objetivo de aumentar os lucros, o empresário industrial pagava o menor salário
possível, enquanto explorava ao máximo a capacidade de trabalho dos operários. Em diversas
indústrias, a jornada de trabalho ultrapassava 15 horas diárias.
Os salários eram tão reduzidos que mal davam para pagar a alimentação de uma única pessoa.
Para sobreviver, o operário era obrigado a trabalhar nas fábricas com toda a sua família, inclusive
mulheres e crianças a partir dos cinco anos de idade.
Além de tudo isso, as fábricas tinham péssimas instalações, o que prejudicava em muito a saúde
do trabalhador.
Crianças e mulheres trabalhando em fábricas inglesas.
Movimentos Operários
• Ludismo: movimento de trabalhadores que
lutavam por melhores salários e condições de
vida. Os luditas culpavam as máquinas pela
queda dos salários e pela falta de emprego e,
por isso, invadiam fábricas para destruí-las. O
nome deriva do seu provável líder (Ned Ludd).
• Cartismo: os trabalhadores também lutaram
para ampliar sua participação política. Em um
documento chamado Carta do Povo, exigiam
voto universal, para que representantes da
classe trabalhadora pudessem votar e ser
eleitos para o Parlamento.
Movimento de “quebra-máquinas” - Ludismo
Reivindicações da Carta do Povo
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Revolução Inglesa