SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA SIBELLE VILLA A INTEGRAÇÃO DAS QUATRO HABILIDADES NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO Londrina 2012 SIBELLE VILLA A INTEGRAÇÃO DAS QUATRO HABILIDADES NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO Artigo Final – apresentado ao Núcleo Regional de Educação de Londrina e Secretária de Educação do Estado do Paraná/PR, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina, como requisito obrigatório para o desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE e respectiva conclusão de curso. Orientador: Prof. Dr. Tacel Coutinho Leal Londrina 2012 A INTEGRAÇÃO DAS QUATRO HABILIDADES NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO Autora: Sibelle Villa 1 Orientador: Tacel Coutinho Leal 2 Resumo Este artigo tem como objetivo principal discutir o uso efetivo das quatro habilidades: ouvir, falar, ler e escrever em Língua Inglesa, com alunos do primeiro ano do Ensino Médio. Para atingir este objetivo elaboramos um material durante o programa PDE, contendo quatro unidades. Para a elaboração deste material priorizamos informações pessoais e do cotidiano. Em todas as unidades utilizamos o “prereading”, “reading”, atividades de “listening” através de músicas e vídeos, atividades de “speaking” através de diálogos em exercícios de “pair work” e atividades de “writing” sempre realizadas após leitura de textos. Os resultados foram positivos. Após avaliação, através de questionário, verificamos a total aprovação do material e encaminhamento metodológico. Palavras-chave: Língua inglesa. Quatro habilidades. Ensino médio. 1. Introdução Este artigo tem por objetivo discutir a utilização das quatro habilidades no ensino de Língua Inglesa no Ensino Médio. O processo de implementação do presente projeto foi realizado no ano de 2011 através do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Educação do Paraná. Com uma breve revisão das metodologias sobre o ensino da Língua Inglesa, procuramos expor os métodos existentes verificando sua eficácia na utilização no processo de ensino aprendizagem. Acreditamos ser necessário ao profissional da área o conhecimento do processo histórico pelo qual se desenvolveram os métodos de ensino de línguas, a fim de que possa ter condições de ser crítico em relação à metodologia e poder escolher os métodos mais apropriados. Tendo em vista os aspectos relevantes de cada metodologia, tentamos direcionar nosso trabalho no sentido de adaptarmos à nossa realidade. Levando em consideração os diversos fatores que dificultam o processo de aprendizagem, tais 1 2 Especialização em Língua Inglesa e em Língua Portuguesa/ Professora no CEEP Castaldi. Doutor em Língua Inglesa e Literaturas Correspondentes/ Professor Adjunto na UEL. 2 como o excesso de alunos por sala, carga horária reduzida e falta de material didático, propomos a aproximação das expectativas dos alunos. Sugerimos através do desenvolvimento das quatro habilidades da língua despertar o interesse dos alunos, fornecendo estímulos para que esteja mais seguro em seu aprendizado e consiga relacioná-lo com sua realidade, fazendo com que a língua aprendida seja trabalhada na sua totalidade. No entanto, podemos observar nos documentos oficiais que o ensino de língua estrangeira tem sido tratado de forma diferenciada em relação aos encaminhamentos metodológicos. Podemos citar os Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio – OCEM (BRASIL, 2006), os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (BRASIL, 1998) e as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna (PARANÁ, 2008). Alguns desses documentos sinalizam a necessidade de foco nas habilidades de leitura, outros defendem o aprendizado das quatro habilidades linguístico-discursivas (ler, escrever, ouvir, falar). Da mesma forma, profissionais ligados à área de línguas estrangeiras se dividem entre os que defendem seu ensino integrando todas as habilidades e os que acreditam que a única habilidade que pode ser ensinada com sucesso é a leitura. Os motivos para a defesa das habilidades de leitura são vários, dentre eles destaca-se também a falta de oportunidades de uso de idioma. Por outro lado, as aspirações dos alunos podem ser diferentes das proposições oficiais. Paiva (1998), em seu projeto de narrativas de aprendizagem indica que os narradores atribuem muita importância às habilidades orais em suas histórias. Nelas os aprendizes identificam a aprendizagem de língua com a fala e com a compreensão oral, pois nenhum narrador menciona a intenção de aprender a ler no idioma que estuda, mas sim de falar a língua. O entendimento de que os elementos constitutivos de uma língua são inseparáveis, faz parte da argumentação seguida por defensores do ensino das quatro habilidades e não apenas de leitura (LEFFA, 2006). Considerando que partimos da premissa de que não deveria ser apenas a leitura a ser aprendida no ensino médio, mas sim integrada às demais habilidades, é necessário conciliar essa proposta com as orientações oficiais, uma vez que estas têm enfatizado a formação para a cidadania tanto no ensino fundamental como no ensino médio. As OCEMLEM trazem, textualmente, a afirmação de que se deve ensinar a língua, e ao 3 mesmo tempo, levar “à compreensão do conceito de cidadania enfatizando-o” (BRASIL, 2006, p. 91), sendo que este conceito deve ser entendido como uma noção ampla e heterogênea: Ser cidadão envolve a compreensão sobre que posição/ lugar uma pessoa (o aluno, o cidadão) ocupa na sociedade. Ou seja, de que lugar ele fala na sociedade? Por que essa é sua posição? Como veio parar ali? Ele quer estar nela? Quer mudá-la? Quer sair dela? Essa posição o inclui/ exclui de que nessa perspectiva, no que compete ao ensino de idiomas, a disciplina Línguas Estrangeiras pode incluir o desenvolvimento da cidadania (BRASIL, 2006, p. 91). O documento sugere orientações didático-pedagógicas que visam à conscientização e ao desenvolvimento de senso de cidadania na aula de LE, reforçando as propostas de interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, da transversalidade, no intuito de promover a compreensão das relações entre as disciplinas pedagógicas e delas com a sociedade e a vida dos alunos. O resultado que se espera é uma maior compreensão da complexidade social em que vivem os cidadãos, e a conscientização de que a diversidade é um dos componentes dessa complexidade. É o que encontramos nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio – OCEM (BRASIL, 2006, p. 94). Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo pedagógicos façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas lingüistas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo (PARANÁ, 2008, p. 57). Diante de tantas controvérsias, procuramos orientar nosso projeto de intervenção pedagógica, buscando a exploração das quatro habilidades da língua estrangeira, promovendo seu total desenvolvimento. Instrumentalizando o indivíduo através do domínio de uma língua estrangeira, estamos direcionando-o para uma melhor interação no mundo globalizado. Este projeto foi implementado no Centro Estadual de Educação Profissional Professora Maria do Rosário Castaldi no primeiro ano do Ensino Médio, no segundo semestre de 2011, Londrina, PR. Iniciamos a aplicação deste projeto com avaliação diagnóstica verificando as concepções dos alunos sobre a disciplina, diante de diversos posicionamentos em relação à Língua Inglesa, evidenciamos a 4 necessidade de adotarmos novas posições em relação à metodologia, principalmente em relação à habilidade oral. Durante a aplicação deste projeto foram adotadas posições didáticas flexíveis que possibilitaram uma participação ativa dos alunos, como parcerias entre professor e aluno dinamizando as aulas de forma significativa, construindo assim uma relação democrática, dialógica e coerente. Para as referidas propostas foram elaboradas unidades integrando as quatro habilidades, textos de gêneros tanto orais, quanto escritos, organizados tematicamente. A participação dos alunos durante as aulas foi notoriamente marcado pela motivação, sendo esta a ferramenta primordial que norteou a implementação de nosso projeto. Observamos que uma vez motivados, os alunos encontram razões para aprender, e em relação ao processo de aprendizagem da língua estrangeira podemos afirmar, como propõe Gardner (2001, p. 129) que “a motivação é um elemento central para determinar o sucesso na aprendizagem de línguas em ambiente de sala de aula”. Gardner (2001, p. 129) também destaca a importância do contexto de ensino para a pesquisa em motivação ao afirmar que “[a] aprendizagem de línguas acontece em diferentes contextos e, como existem muitas diferenças culturais ao redor do mundo, é importante levar em consideração a natureza do contexto de aprendizagem a fim de entender as dificuldades pelas quais os alunos vão passar”. Esta proposta tem como objetivo aproximar-se das expectativas dos alunos, fazendo com que a língua aprendida seja trabalhada na sua totalidade, elegendo a motivação como elemento essencial no processo de aprendizagem. 2. Fundamentação Teórica A discussão sobre a metodologia mais eficaz no ensino de línguas estrangeiras é vasta e pertinente. Na procura do método mais apropriado encontramos vários autores, como Prator (1979, p. 5) que afirma que os defensores e adeptos de um novo método negavam a validade dos métodos anteriores. Nunan (1995) aponta que se acreditava na possibilidade de desenvolvimento ou descoberta de um método que pudesse ser bem sucedido em todos os contextos e com todos os alunos. Movidos pela necessidade de mudança, encontramos diversas 5 orientações, métodos e teorias que pretendem facilitar o aprendizado da língua estrangeira. Convém aqui diferenciarmos aprendizagem e aquisição (LEFFA, 1998, p. 211-263), termos constantemente empregados em relação ao ensino de línguas estrangeiras. De acordo com o autor, entende-se por aprendizagem o desenvolvimento formal e consciente da língua, normalmente obtido através da explicação de regras. Aquisição é o desenvolvimento informal espontâneo da segunda língua, obtida normalmente através de situações reais, sem esforço consciente. Na aprendizagem, o enunciado tem origem na língua materna, podendo conscientemente passar para a segunda língua. Na aquisição, o enunciado já se origina diretamente na segunda língua. É conveniente nos familiarizarmos com este termos uma vez que nosso objetivo consiste em apontar os melhores encaminhamentos metodológicos para o ensino da LE. É na segunda metade do século XX que encontramos a maior procura por métodos de ensino de línguas estrangeiras. Foi durante este período que vários métodos foram desenvolvidos, modificados e também aperfeiçoados. Em relação ao ensino de línguas a reforma de 1931 sugeriu mudanças não somente em relação aos conteúdos, mas também à metodologia.3 As instruções metodológicas direcionavam-se para o uso do Método Direto ou Abordagem Direta, que consistia no ensino da língua pela própria língua. Isto é, através da conversação e discussão sem a explicação da gramática, que era transmitida indutivamente. Os novos vocábulos eram ensinados por meio de objetos e o abstrato através de associação de ideias; com ênfase na fala e na compreensão oral, desenvolvia-se o Método Direto. Encontramos no Método Direto, pela primeira vez, na aula de LE, a utilização das quatro habilidades da língua, no entanto, devido ao fato de não existirem materiais disponíveis para a efetivação deste método, ocorreu uma retomada da Abordagem Gramatical priorizando a habilidade de leitura. Neste período, estudos comparativos entre Abordagem Direta e Abordagem da Gramática e Tradução foram realizados. Entre eles, destaca-se, através de uma das maiores pesquisas sobre o ensino de línguas, o Modern Foreign Language Studies. Esta pesquisa realizada nos Estados Unidos em 1923 e concluída no 3 No Brasil, no ano de 1932 no Colégio Pedro II (Rio de Janeiro) foi introduzido oficialmente o que havia sido feito na França em 1901 através de uma reforma radical. 6 Canadá em 1927 abordou os diferentes aspectos do ensino de línguas, onde ficou evidente que o objetivo da aprendizagem de línguas na escola secundária deveria ser prático. Foi proposta então uma combinação entre as duas abordagens, a primeira utilizava a ênfase na língua escrita, reforçando as regras gramaticais em termos essenciais para a compreensão, da Abordagem Direta reforçava-se o conceito que o aluno deveria estar exposto à língua. Porém, a proposta de utilização contínua da língua estrangeira não era possível diante das condições das escolas, e consequentemente, o desenvolvimento das quatro habilidades não estava ocorrendo. E em contrapartida alguns defendiam que o domínio oral não era uma das necessidades dos alunos. Os objetivos do ensino da língua direcionavam-se agora para a Abordagem da Leitura, o desenvolvimento do vocabulário era essencial, predominando atividades escritas, a gramática era utilizada para a compreensão de leitura. Sem dúvida, as críticas negativas sobre esta abordagem foram frequentes, pois a orientação para o desenvolvimento de uma única habilidade era ineficaz como segue a afirmação de Valnir Chagas (1957, p. 420): Há uma interdependência tão íntima dos quatro instrumentos do ensino dos idiomas – ouvir, falar, ler e escrever que nenhum deles poderá ser atingido isoladamente, sem que se dê justo relevo aos demais. Treinados exclusivamente para a leitura os escolares americanos terminaram por não aprenderem nem mesmo a ler. Não se altera impunemente a ordem natural das coisas. Em oposição à Abordagem para a Leitura surgiu durante a Segunda Guerra Mundial a Abordagem Audiolingual. Isto ocorreu pela necessidade urgente de falantes de línguas estrangeiras. As aulas, intensivas, foram realizadas com turmas reduzidas. Com o tempo o método foi evoluindo, e linguistas o denominaram Abordagem Audiolingual. Nesta metodologia a oralidade foi enfaticamente valorizada, o aluno deveria primeiramente ouvir e falar, depois ler e escrever, tal como ocorre na língua materna. Aqui encontramos o uso dos laboratórios de línguas em busca da pronúncia perfeita através de gravações de falantes nativos; exercícios de repetição foram fortes aliados. Acreditando que o aprendizado da língua era através da prática, dispensava-se a explicação de regras. Este método dominou o ensino de língua até o início da década de 1970. Neste movimento destacam-se Skinner no campo da psicologia e Bloomfield no campo da linguística. 7 No entanto, surgiram questionamentos a respeito do método. Questionamentos acerca das intermináveis repetições, e mesmo dúvidas se o aluno emitia as frases sem entendê-las. O processo da automatização da língua confrontou-se com o humanismo e com o cognitivismo predominantes na psicologia vigente, que não aceitava a aprendizagem de maneira fragmentada. Encontramos então no ensino de línguas um período de crise, pois em oposição à Abordagem Audiolingual, não houve de imediato outra abordagem para substituí-la. Segue assim o desenvolvimento de vários métodos para auxiliar na aprendizagem tais como a “Sugestologia de Lozanov”, “O método de Curran / Aprendizagem por Aconselhamento”, “Método Silencioso de Gattengo”, “Método de Asher” e “Abordagem Natural” (baseada na teoria de Stephen Krashen) e a “Abordagem Comunicativa”. Esta última causou grande impacto no ensino de línguas, enfatizando a semântica da língua. Seu objetivo era expressar o que se faz através da língua, utilizando linguagem apropriada a cada situação real de uso para estabelecer a comunicação como objeto principal. Sem haver restrição à língua materna, não há também preferência na apresentação das quatro habilidades podendo haver ênfase em uma só. O papel do professor não é mais de autoridade, mas sim de orientador no processo de aprendizagem, aqui o diferencial da valorização da participação do aluno é notável. Nessa perspectiva, é presente a figura de Vygotsky (1896-1834). O sucesso da Abordagem Comunicativa foi intenso, e consequentemente suas ideias foram difundidas entre os metodólogos, consolidando-se até hoje. Baseada na interação, na assimilação natural da língua estrangeira, vários materiais didáticos foram feitos, porém também há problemas no seu uso prático. Diante de tantas metodologias propostas, concluímos que todas têm pontos positivos e negativos, e que uma metodologia pode funcionar em determinadas ocasiões e não funcionar em outras, que o método correto pode depender das circunstâncias e contexto em que se encontram as situações de aprendizado. Em relação ao ensino de Língua Inglesa em nossas instituições no Ensino Médio, atualmente, procuramos apontar encaminhamentos metodológicos que nos propiciem melhores resultados ao processo de aprendizagem e domínio da língua. Tendo em vista, os problemas que nos cercam, advindos de nossa realidade e também das diversas propostas que nos foram apresentados ao longo de nosso processo histórico e educacional, tentamos propor caminhos atrelados à nossa 8 realidade e às nossas necessidades. Acreditamos que o ensino da Língua Inglesa com ênfase nas quatro habilidades pode ser um aliado possível na aproximação do indivíduo com a realidade na qual está inserido. Levando em consideração todas as experiências anteriores em relação às metodologias, procuramos privilegiar as quatro habilidades, integrando-as de maneira contínua na sala de aula. Compreendemos que para o desenvolvimento das habilidades é necessário estarmos atentos na aplicação de atividades receptivas, ou seja, a leitura e compreensão oral, pois é de grande importância a ativação do conhecimento prévio, uma vez que o aluno identifica seu conhecimento sobre o assunto e desperta motivação para o domínio do conteúdo. Nesta perspectiva compreendemos a leitura como um ato comunicativo, em que o leitor e autor compartilham juntos, a ideia desenvolvida no texto. No entanto, são as habilidades receptivas (ouvir e ler) que proporcionam o input ao aluno para que ele esteja preparado para a habilidade produtiva (escrever e falar). A aprendizagem é baseada na interação, na assimilação natural da língua, apregoado pela Abordagem Comunicativa, citada anteriormente. No processo de interação das quatro habilidades, é necessário o entrelaçamento das quatro habilidades comunicativas: compreensão auditiva, expressão oral, compreensão leitora e expressão escrita. Tendo em vista que a expressão oral é a habilidade praticada desde os primeiros anos de vida, é importante sua valorização para desenvolver a prática comunicativa enquanto interação social. Segundo Ong (1998, p. 87), relacionando a oralidade/escrita destaca que a oralidade expressa pensamentos, sentimentos e experiências. Congrega as pessoas conforme ao pensamento situacional, bem mais do que ao abstrato, envolvendo ações coletivas com equilíbrio harmônico entre professor e aluno possibilitando maior dinamismo para manter a disciplina e motivação na sala de aula. Observamos que atividades com objetivo na oralidade favorecem a percepção da língua, então, o professor deverá utilizá-las aliadas à compreensão oral para iniciar os alunos na atividade de falar em público e em diversos gêneros. Em relação à utilização das atividades orais em sala de aula, utilizando como agente mediador a ludicidade e a perspectiva sociointeracionista de Vygotsky (1896–1943) o desenvolvimento da linguagem ocorre em duas instâncias, primeiramente externa ao indivíduo e depois interna: a primeira ocorre nas trocas 9 sociais, e a segunda num processo mental, no qual as trocas sociais exercem um movimento de interiorização. A compreensão leitora é um processo no qual interage o leitor e o texto. Nesta perspectiva, a leitura tem função de satisfazer necessidades comunicativas e informativas. A respeito das quatro habilidades, Nicholls (2001, p. 44) afirma que: As quatro habilidades são apresentadas concomitantemente, já que não prevalece mais a noção de prioridade de uma sobre a outra. Os alunos usam as quatro habilidades desde o início. Do mesmo modo que se compreende que a comunicação ocorre através da negociação do sentido entre falante e ouvinte, assim também considera-se que o ensino sobre o sentido de um texto escrito é produzido na intenção entre leitor e autor. Embora o autor esteja à distância, ele garante a compreensão do leitor através do uso de gramática textual. O leitor, por sua vez, tenta compreender as intenções do autor e negociar seus sentidos através da interação com o texto. Uma vez que os alunos participem de uma atividade real envolvendo as habilidades, é possível que eles aprendam não apenas os conteúdos linguísticos, mas também outros ligados a própria ação. Com o objetivo de desenvolvermos formas de interação entre as habilidades, é necessário recorrer à aplicação de práticas pedagógicas que são efetivamente importantes para a realização de nossos objetivos como, por exemplo, atividades em pares, pois segundo Bygate (1988 apud D’ELY, 2004, p. 85): “Atividades em pares têm sido vista como uma atividade proveitosa no campo da metodologia de língua estrangeira, em que os aprendizes aprendem através da negociação de significados, onde podem explorar conversação e /ou diálogos”. Assim, utilizando atividades de “speaking”, “listening”, “reading” e “writing” em contextos significativos, fazendo uso da língua em sua própria experiência de vida e conhecimento do mundo contribuindo para ampliar a visão crítica do aluno, estamos tentando aprimorar nossa metodologia de acordo com nossa realidade. 3. Metodologia A aplicação do presente projeto realizou-se no Centro Estadual de Educação Profissional Professora Maria do Rosário Castaldi, situado à Avenida Arthur Thomas no Jardim Jamaica, na cidade de Londrina-PR, com aproximadamente 31 alunos do 10 primeiro ano do Ensino Médio no período vespertino, durante o segundo semestre do ano letivo de 2011. Tendo em vista a necessidade de trabalhar as quatro habilidades em Língua Inglesa, procuramos integrá-las de forma coerente utilizando a metodologia apropriada à cada situação. No dia 22 de julho de 2011 no CEEP Professora Maria do Rosário Castaldi, no curso de Jornada Pedagógica, foi apresentado o projeto para a comunidade escolar: direção, equipe pedagógica, professores e funcionários. Durante a apresentação do projeto foi especificado a importância de explorar as quatro habilidades da Língua Inglesa, objetivando uma formação mais completa do educando, sua qualificação para o trabalho e sua interação no mundo globalizado. O propósito educacional adotado pelo CEEP Castaldi tem como filosofia a Pedagogia Histórico Crítica.4 A proposta deste projeto teve uma ótima recepção por parte de toda equipe do colégio, por estar de acordo com a filosofia do colégio. Na implementação pedagógica deste projeto utilizamos o material didático que foi produzido durante o Programa de Desenvolvimento Escolar / PDE. O material consiste em quatro unidades, a organização temática permite explorarmos as quatro habilidades, iniciando-se com atividades de pré-leitura, leitura, atividades de audição, escrita e atividades orais. Durante o desenrolar das atividades observamos que muitas vezes o desenvolvimento das habilidades ocorreu de maneira concomitante. Convém ressaltarmos aqui a afirmação de Nicholls (2001) que as quatro habilidades devem ser apresentadas simultaneamente, sem haver preferência de uma sobre a outra, pois o aluno usa as quatro habilidades desde o início, é o que analisamos durante a aplicação desde projeto. A partir do mês de agosto iniciamos com os alunos da turma 1º MB a implementação deste projeto. Foi então realizada uma aula expositiva sobre a importância da disciplina, conscientizando os alunos sobre a necessidade do domínio da Língua Inglesa como ferramenta de trabalho e a consequente interação no mundo. Os alunos demonstraram interesse e participaram de maneira receptiva. Foi aplicada uma avaliação diagnóstica através de discussão com os alunos e 4 A visão do CEEP Castaldi é de ampliar a formação educacional dos alunos para que tenham conhecimento da realidade na qual estão inseridos, para que possam interferir na sociedade, tendo consciência que têm possibilidade de modificá-la, e não apenas preparar os alunos para vestibulares e concursos. 11 execução de um questionário com perguntas relacionadas à sua vida escolar, proporcionando aos alunos a oportunidade de expressarem seus conhecimentos sobre a língua, o tipo de metodologia de que eles têm conhecimento e o tipo de estudo que mais os atraem. Desta maneira foi possível fazer uma análise do nível da turma. Entre as atividades, utilizamos “pair work”, consideradas proveitosas na visão de Bygate (2004). Foram priorizadas informações pessoais e do cotidiano. Utilizamos o material elaborado durante o programa PDE, iniciando pela unidade do “Facebook”. Para sua elaboração deu-se prioridade a temas acessíveis e de interesse dos alunos. Isto porque favorecem a compreensão, a participação e conhecimento prévio. Tendo em vista que a valorização do conhecimento dos alunos contempla a fase inicial do processo de aprendizagem, podemos citar as palavras de Kleiman (2001, p. 16): [...] ninguém gosta de fazer aquilo que é difícil demais, nem aquilo do qual não se consegue extrair o sentido. Essa é uma boa caracterização da tarefa de ler em sala de aula: para uma grande maioria dos alunos ela é difícil demais, justamente porque ela não faz sentido. No início de cada unidade, utilizou-se o “pre-reading’, possibilitando a ampliação do assunto abordado no texto, através de discussões e debates. As atividades de “listening” foram realizadas através de músicas e vídeos relacionados aos temas explorados no texto. As atividades de “speaking” foram realizadas através de diálogos em exercícios de “pair work” de acordo com cada unidade. Quanto à atividade de “writing”, esta sempre foi realizada após a leitura de textos. Após análise do questionário, iniciamos os trabalhos realizando uma atividade de “pair work”, aproveitando o interesse dos alunos pela oralidade. A atividade consistia em perguntas relacionadas ao nome, cidade, onde nasceram, idade e atividades que realizam no dia a dia. Após esta atividade, iniciamos o trabalho com as unidades, abordando o tema “Facebook”, e em todas exploramos as quatro habilidades: “reading”, “listening”, “speaking” e “writing”. Por estar mais próxima à realidade dos alunos e por acreditar ser a mais significativa, começamos os trabalhos com a unidade 2 no mês de agosto. Cabe aqui ressaltar que o professor deve perceber o momento adequado para introduzir este ou aquele encaminhamento. No mês de setembro trabalhamos a unidade 3, no 12 mês de outubro a unidade 4, e finalmente no mês de novembro a unidade 1. Na semana de 21 a 25 de novembro, finalizamos este projeto com resultados bastante positivos e relatamos a seguir a análise sobre os resultados. 4. Análise dos Resultados Quanto ao questionário aplicado, as respostas dos alunos foram reveladoras na sua capacidade crítica: depois de quatro anos de contato com a língua inglesa, afirmaram ter domínio apenas do verbo “to be”; dominavam apenas a leitura e escrita e nada de produção oral; gostavam bastante de músicas e filmes, mas como não entendiam a língua, serviam apenas para preencher o horário. Em relação às expectativas do ensino da língua, percebe-se tanto descaso quanto interesse. Interesse de alguns porque conscientes da necessidade de conhecer outra língua. Iniciamos os trabalhos com a unidade 2, primeiramente com “pre-reading”, houve interesse geral. Praticamos a oralidade do texto, mas os alunos queriam escrever e realizar uma tradução fiel ao texto na língua base. Estes só se sentiam seguros quando escreviam, mas enfatizamos a ideia de que aprender inglês não é somente escrevendo. Com o diálogo proposto no texto, fizemos um “pair work”. Houve grande participação, pois os alunos se motivaram muito. Em seguida iniciamos uma produção de texto e após entrega da composição, alguns alunos pediram para ler. Observamos que muitos têm interesse em se expressar bem oralmente. Para finalizar a unidade, trabalhamos com a música ”What’s my name”? Com esta atividade, questionamos os alunos acerca do que responderam no questionário sobre aula de música servir apenas para preencher o horário. Responderam que agora era diferente porque conheciam o assunto e conseguiam entender e cantar a música. Em setembro estudamos a unidade 3, com o tema “Sleeping”. Iniciamos com “pre-reading”; os alunos, em “pair work” realizavam uma conversa sobre a troca de informações entre pessoas sobre a rotina do sono. Foi necessário rever o assunto “horas” para ser possível o diálogo. Os alunos realizaram atividades de vocabulário e compreensão do texto. Então, pediram para lermos novamente o texto, pois afirmaram querer ler corretamente em inglês. Observamos que quando damos a devida atenção para nossos alunos, eles se sentem seguros e vão perdendo a timidez quanto à expressão oral. Como próxima atividade, ouvimos através do site 13 Youtube a reportagem “Teenager Sleep Study”. De início foram unânimes em dizer que não haviam entendido nada, após várias repetições ficaram motivados porque começaram a compreender. Finalizando esta unidade, trabalhamos com a atividade de “speaking”, proposta no material, em “pair work”, não houve dificuldade. Em outubro iniciamos a unidade 4, por insistência dos alunos. O assunto, “Ronaldo Nazario - the phenomenon”, era de conhecimento dos alunos, por isso de grande interesse. Já haviam lido o texto e realizado alguns exercícios. Nesta unidade, percebemos que os alunos, inconscientemente, imploram por nossa ajuda e orientação. É, certamente, através de nosso incentivo que veremos resultados, temos que ter a percepção de direcioná-los na aprendizagem. Esta alcançada pela valorização e motivação. Iniciamos esta unidade em atividade de “pair work”, sobre perguntas e respostas a respeito da preferência de time e jogador de futebol. Observamos grandes mudanças nos alunos, antes tímidos e amedrontados com as atividades de interação, agora erguiam as mãos e queriam compartilhar suas ideias. Pediram para ler oralmente o texto e se motivaram porque sentiam que estavam se expressando bem em inglês. Como estava proposto no material, realizaram pesquisa sobre “Ronaldo’s biography”. Em relação à atividade “writing”, iniciamos com a leitura do texto “Pelé”. Os alunos realizaram pesquisas e então fizeram a produção dos textos. Como atividade de “listening”, foi proposto trabalho com a música “Simply the Best”, de conhecimento de todos. Como havia muitas palavras desconhecidas, pediram a tradução da música. Descobriram, através de pesquisa na internet, que havia homenagens ao esportista Airton Senna com esta música. E concluíram que só os heróis realizam algo de sucesso merece esta homenagem. A atividade de “speaking” foi realizada através de diálogo, em exercícios de “pair work”. Este motivou bastante, pois citava importantes jogadores de futebol como, Romário, Maradona, Zico e David Beckham. Em novembro teve início a unidade 1. Foi importante ouvir os alunos, por isso esta primeira unidade ficou para o final. E, ao contrário do que foi esperado, em vez de desmotivada e cansada pelo final de ano, a motivação desta turma esteve sempre presente. Já não afirmavam não estarem entendendo nada em inglês como faziam no início. Mostraram-se sem medo e isto porque apresentamos um material simples e de acordo com a realidade dos alunos. Os alunos, agora tranquilos, leram o texto, assinalaram as palavras desconhecidas e antes que fosse solicitado, 14 realizaram os exercícios, sem muitas dúvidas. Fizeram questão de ler o texto oralmente e estiveram atentos quanto à pronúncia correta, principalmente nos esportes sugeridos. Para a atividade de “listening”, ouvimos a música “Move Your Body”, de Beyoncé, que teve ótima recepção. Cantaram a música sem nenhuma inibição. A atividade de “writing” foi realizada após leitura de texto sobre esportes. Redigiram o texto sem pedir auxílio. Se antes esta atividade não era bem recebida pelos alunos, hoje é aceita com vontade e determinação. É possível constatar que a rejeição acontecia pela dificuldade em realizá-la. Após escreverem os textos, eles mesmos sugeriram outras atividades não relacionadas no material didático. Em sequência, passamos para o “speaking”, lemos o diálogo e surgiram várias duplas para se expressarem oralmente. Constatamos que essas atividades foram realizadas com espontaneidade. Na atividade seguinte, fizeram sem dificuldade o “pair work”, a maioria com fluência, elaborando outra pergunta ao exercício. Findado o material, muitos lamentaram, demonstrando estar ansiosos pela continuidade em participarem dessas atividades. Realizamos, então, um questionário para avaliar o material e as aulas. A aprovação foi unânime, tanto do material, quanto dos encaminhamentos metodológicos que utilizamos. Isto porque, segundo os alunos, o material estava de acordo com sua realidade. A aplicação deste projeto trouxe resultados surpreendentes. Sabemos que motivação faz parte do aprendizado, mas muitas vezes, nós, professores acabamos nos desmotivando diante de tantas adversidades que encontramos. Portanto, foi gratificante termos realizado um trabalho com sucesso. 5. Considerações Finais Neste trabalho, procuramos verificar a possibilidade da utilização das quatro habilidades: ler, ouvir, falar e escrever, nas aulas de Língua Inglesa, de maneira integrada, aproximando-se das expectativas dos alunos, trabalhando a língua em sua totalidade e assim despertar neles possibilidades de questionamentos sobre a importância de se comunicarem em outra língua. 15 Metodologias já testadas anteriormente, ao longo de nossa história, foram revisadas, com o objetivo de conhecer e através de uma postura crítica, escolher o método mais adequado para os alunos. Durante a aplicação deste projeto de implementação, foi notável observar a resistência e insegurança dos alunos, habituados aos métodos tradicionais, diante de uma metodologia mais dinâmica. Isto porque mudanças e inovações carecem de um direcionamento seguro, não só na disciplina de Língua Inglesa, mas também em todas as outras. Definir a metodologia adequada exige, de nós, educadores, constantes estudos e ampla análise para nos interarmos da realidade, necessidades pessoais e sociais. Cabe a nós, portanto, promover oportunidades de uso da língua e oferecer liberdade para que os alunos utilizem estratégias nas quais melhor se adaptem. E também adotando alternativas que conduzam os alunos a um real interesse pela disciplina. Interesse despertado pela conscientização de que diante dos avanços e transformações que ocorrem na sociedade, o domínio da língua inglesa merece ser visto como uma ferramenta importante para sua interação significativa no mundo contemporâneo e para seu desenvolvimento intelectual. Cabe, portanto, a cada educador preparar-se para atender adequadamente seus alunos. Ter objetivos claros, vontade e meios para alcançá-los deveriam nortear o trabalho de todos os educadores. 16 Referências ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 1993. BRASIL. 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