SISTEMA NUMÉRICO BINÁRIO: da Matemática à Informática1 Esp. Fabiana Conceição de Souza2 Jefferson Alencar do Nascimento Vieira3 RESUMO O objetivo deste artigo é demonstrar como os números e a matemática se desenvolveram durante a história da evolução humana, em especial o sistema numérico que tem por base apenas dois algarismos: zero e um. Conhecido como sistema numérico binário, este foi desenvolvido no século XVII, porém só veio a ganhar significativa relevância no século XX com as descobertas da era digital. O sistema numérico binário, assim como outros sistemas conhecidos, pode ser aplicado a diversos conteúdos matemáticos como a divisão, multiplicação, potenciação, e através disso é possível transformar seus números, compostos de apenas dois dígitos, em qualquer número de outro sistema numérico. Além de tudo isso, foi fundamental para o processo de crescimento da informática, pois é a base da programação, que pelas diversas combinações entre 0 (desligado) e 1 (ligado) é possível criar qualquer coisa no mundo digital. A metodologia utilizada foi através de pesquisa bibliográfica ampla, livros, revistas, artigos e sites, em conteúdos que contemplam estudos matemáticos e da sua fundamentação na área da informática. PALAVRAS-CHAVE: Sistema numérico binário, Matemática, Informática. ABSTRACT The objective of this article is demonstrate how the numbers and the mathematic if develop during the evolution history of the people, into special the system numeric who have by base two figure: Zero and one, known how system numeric binary, this gone developed in the century XVII, but your the importance, earned significative in the century XX how others systems known , can be apply in the various contents of mathematics, for example: In the division, multiplication, potentiation and by of that is possible transform their numbers, made up of only two digits in any number of the other numerical system. Besides all this, was instrumental in the growth process of the computer, it is the basis of programming, which by different combinations between 0 (off) and 1 (on) you can create anything in the digital world. The methodology has been through extensive literature, books, magazines, articles and websites, which include studies in mathematical content and its foundation in computer science. KEYWORDS: Binary number system, Mathematics, Computer science. 1 Artigo final apresentado como requisito para obtenção do título de Licenciado em Matemática das Faculdades Integradas de Ariquemes - FIAR. 2 Professora Orientadora e docente das Faculdades Integradas de Ariquemes – FIAR. 3 Discente do curso de Graduação com Licenciatura em Matemática das Faculdades Integradas de Ariquemes – FIAR. 2 INTRODUÇÃO O conceito de número e o processo de contagem, segundo evidências arqueológicas, já era possível desde 50.000 anos a.C., pois as pessoas daquela época tinham noção e conhecimento do que poderia ser algo em uma quantidade maior ou menor, como na comparação de dois rebanhos. Ao longo dos anos a apreciação do significado de números foi se desenvolvendo, dessa forma, sistemas numéricos foram se criando, dentre esses, este projeto se propõe a abordar sobre o Sistema Numérico Binário, aquele que tem por base apenas dois algarismos. A importância do tema proposto se dá pelo pouco conhecimento que se tem sobre o mesmo, pois estudantes que, desde o primeiro ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio, podem nunca tê-lo visto. Não obstante ao sistema numérico binário em si, pode ainda ser utilizado para demonstrar outros conteúdos matemáticos e ajudar a entendê-los, como por exemplo a adição, multiplicação, divisão, potenciação, raciocínio lógico, entre outros. Além disso, mostrar qual é sua importância para ramo da informática, a ciência chamada de Tecnologia da Informação. Este artigo foi elaborado através de pesquisa bibliográfica e virtual, através de consultas e referências que abordam conteúdos educacionais e matemáticos e sobre informática e seu desenvolvimento. 1 BREVE HISTÓRICO DA METAMÁTICA E A DESCOBERTA DOS NÚMEROS As histórias da matemática e do seu conhecimento se perdem no tempo: existem evidências arqueológicas de que o homem já era capaz de contar à cerca de 50.000 anos atrás; há ainda provas de entalhos em osso e pedaços de madeira encontrados na Europa datados de 35.000 a. C. que demonstram como o homem primitivo passou a diferenciar número ordinal de número cardinal. Mas como entender a matemática, sem antes conhecer e compreender o conceito de número e do processo de contar? Além do número em si, também tinha 3 a mesma importância ter conhecimento sobre a grandeza e forma, como uso foi possível? Essa compreensão se deu de forma longa e gradual, principalmente por conta das línguas espalhadas pelo mundo em que, por exemplo, para os gregos havia uma distinção entre números, em que consideravam um, dois e mais de dois, enquanto que todas as outras línguas só havia duas distinções, entre o plural e do singular. Os homens primitivos começaram a ter noção de quantidade a partir de suas necessidades, situações cotidianas e reais, como por exemplo, a quantidade de peixe e/ou carne necessária para alimentar sua família durante o dia; a diferença entre um lobo (coiote) que ataca sua criação de animais e uma alcateia (muitos lobos); uma expressão da quantidade de pessoas de sua tribo ou comunidade, também podendo ser comparada a outra tribo. Assim foram se desenvolvendo as primeiras formas de pensar sobre a quantidade, valores, os números. Com isso nascia a matemática, que segundo Boyer (1998, p. 01), hoje em dia, ―definições antiquadas da matemática como uma ciência do número e grandeza já não são válidos; mas sugerem as origens dos diversos ramos da matemática‖. Tal percepção de quantidade é possível até mesmo nos animais, como por exemplo, se ao observar um animal ovíparo que, ao sair de seu ninho e ao voltar, estiver faltando um ovo numa quantidade mínima de três, não conseguem perceber sua falta. Mas já conseguem perceber a falta de dois ovos numa quantidade mínima de quatro, e se não vão à procura dos ovos que faltam, acabam por abandonar todos os outros ovos e procuram outro lugar para uma futura reprodução. O homem tem essa capacidade bem mais avançada, mas o início dessa compreensão se deu da mesma forma como a dos animais, em que qualquer conjunto era representado por um ou dois elementos, além disso, era entendido como muitos. Não era esse o nome dado no início de sua compreensão, mas assim, nascia o que hoje são chamados de números. 4 2 A ORIGEM DA CONTAGEM E DAS BASES NUMÉRICAS De nada adianta ter uma percepção sobre o significado de número, enquanto representação de quantidade, se o homem não aprender a utiliza-lo e desenvolver um método para isso, ou seja, através da descoberta dos números era necessário aplicar a eles uma utilidade, seja na vida cotidiana ou no meio científico. Nascia então, depois de muitas experiências e circunstâncias, a operação de contar. De início, o homem utilizava para se contar, algo que pudesse comparar as quantidades, princípio da correspondência biunívoca, que consiste em atribuir a cada elemento de um conjunto um elemento de outro, fazendo isso até que um ou ambos os conjuntos se encerrassem, era empregado, por exemplo, para uma contagem de carneiros, em que para cada carneiro dobrava-se um dedo. Mais tarde, com a evolução, passou-se a fazer ranhuras em madeira, barro ou pedras, e até mesmo nós em corda para representar a unidade de outro elemento que se queria saber e comparar a quantidade, geralmente animais de criação. Era esse o sentimento e a ideia segundo Boyer: A idéia de número finalmente tornou-se suficientemente ampla e vívida para que se sentisse a necessidade de exprimir a propriedade de algum modo, presumivelmente a princípio somente na linguagem de sinais. Os dedos de uma mão podem facilmente ser usados para indicar um conjunto de dois, três, quatro ou cinco objetos, não sendo o número 1 geralmente reconhecido inicialmente como um verdadeiro número. Usando os dedos das duas mãos podem ser representadas coleções contendo até dez elementos; combinando dedos das mãos e dos pés pode-se ir até vinte. Quando os dedos humanos eram inadequados, podiam ser usados montes de pedras para representar uma correspondência com elementos de um outro conjunto. Quando o homem primitivo usava tal método de representação, ele frequentemente amontoava as pedras em grupos de cinco, pois os quíntuplos lhe eram familiares por observação da mão e pé humanos (BOYER,1996, p. 02-03). Surgiu-se então, a necessidade de se criar arranjos, símbolos e métodos para se representar grandes números: Mais tarde, com o surgimento das primeiras civilizações, foi necessário fixar um determinado número de símbolos, e ordenar a sua repetição de forma a facilitar a sua escrita e a sua pronuncia, assim foram adotados vários critérios, sempre ou quase sempre, relacionados com a anatomia humana (CONTADOR, 2008, p. 29). 5 Ou seja, era necessário se criar uma quantidade de símbolos que não fosse demasiadamente grande e que se pudesse aprender e memorizar. Como a quantidade de muitas coisas pode ser praticamente infinita, foi necessário também se ordenar a repetição desses símbolos para que se pudesse demonstrar uma quantidade maior de elementos, e de forma a facilitar à escrita e a pronuncia. Em culturas em que nas fases mais antigas usavam-se os dedos de uma das mãos para contar, a quantidade de elementos de um grupo fixou-se em cinco e consequentemente a base numérica adotada é a quinaria; quando forma usados os dedos das duas mãos a base adotada foi a decimal, e no caso do uso dos dedos dos pés a base adotada foi a vigesimal. Assim surgiram os principais sistemas de numeração das civilizações antigas, o de base dez ou decimal, de base cinco ou quinaria, de base vinte ou vigesimal, além da base sessenta ou sexagesimal e do de base doze ou duodecimal. Mais tarde outras bases, conforme a conveniência ou a necessidade, foram criadas, e mesmo variando o número de elementos básicos de um grupo, os conceitos de formação do sistema num todo foram mantidos. São exemplos destas bases o sistema de base dois ou binário e o sistema de base dezesseis ou hexadecimal (CONTADOR, 2008, p. 29). Surgem, então, as bases numéricas. 2.1 SISTEMA DECIMAL OU DE BASE DEZ Esse sistema se originou basicamente pelo fato de ser a quantidade de dedos existentes em uma pessoa, nas duas mãos juntas, por se tratar do meio de contagem rápido e prático. Hoje, esse sistema é composto por dez símbolos, que são chamados de algarismos arábicos, conhecido como sistema de numeração indo-arábico, e tem esse nome pelo fato de que os hindus o inventaram e os árabes o transmitiram para a Europa Ocidental. Esse sistema conseguiu aceitação em todos os países do mundo. O sistema decimal é composto pelos seguintes algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. A base decimal tem sua primeira dezena representada pelo número dez, ou seja, uma dezena e zero unidade, e o restante das dezenas é a simples combinação de dezenas e unidades 11, 12, 13, 20, 21... 30, 31... 99, a primeira centena é a base vezes ela mesma, representada na forma 6 exponencial 102 ou 10 x 10 ou simplesmente pelo número 100. Depois as combinações de unidades, dezenas e centenas 101, 102... 201, 202... 999, e a seguir temos a milhar, ou à base elevada ao cubo ou 103 ou 10 x 10 x 10 ou o número 1.000, e continuando assim indefinidamente (CONTADOR, 2008, p. 32). Esse sistema de numeração trouxe grandes vantagens, pois, apesar de um número maior de dígitos, são menos nomes para se gravar, porque a partir de uma dezena as nomenclaturas começam a se repetir em parte da leitura do número, como por exemplo: um, vinte e um, trezentos e vinte e um, seis mil e trezentos e vinte e um, entre outros. 2.2 SISTEMA QUINÁRIO OU DE BASE CINCO No início da descoberta dos sistemas numéricos não era hábito de todos, principalmente dos índios, utilizarem as duas mãos para contar, que segundo Contador (2008, p. 32) havia também tribos que contavam com apenas uma das mãos, utilizando apenas os cinco dedos. Com isso criou-se o sistema quinário: [...] composto apenas por cinco símbolos, cujos nomes aparecem sem repetição até o quinto algarismo e depois começam as derivações; sua estrutura é a mesma da base decimal, com unidades, dezenas, centenas etc., sendo o símbolo correspondente ao número cinco a dezena (CONTADOR, 2008, p. 32). Ainda, segundo Contador (2008, p. 33), esse sistema de numeração usase no povo das Novas Hébridas 4, cuja língua era o ―opi‖. Usa-se uma das mãos como base e a outra como referência, assim: 4 Ilhas da Grã-Bretanha. 7 Quadro 1 – Leitura dos Números pelo povo das Novas Hébridas 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 15 16 Tai Tai Lua Tolu Vari Luna Otai Olua Otolu Ovair Lualuna Lualuna i tai Lualuna i lua Toluluna Toluluna i tai (mão) (mais um) (mais dois) (mais três) (mais quatro) (duas mãos) (2 x 5 + 1) (2 x 5 + 2) (3 x 5) (3 x 5 + 1) Fonte: (CONTADOR, 2008, p. 33) Além do principio que deu origem a esse sistema, o uso de uma das mãos, dentre os sistemas numéricos indo-arábicos, o sistema quinário é o único que se assemelha a outro sistema, o Romano. Pode-se notar que o sistema romano de numeração tem traços do sistema de base cinco, como se vê: I, II, II, IV, V, VI, VII, VIII. 2.3 SISTEMA VIGESIMAL OU DE BASE VINTE Não podia ser diferente com o sistema vigesimal, que além de ter como referencia o dedo das mãos tinha mais os dedos dos pés, como diz Eves (2004, p. 28), ―O sistema vigesimal (base vinte) [...] remonta aos dias em que o homem andava descalço‖. Veja, ainda, as vantagens e desvantagens desse sistema numérico segundo Contador: O sistema vigesimal nos oferece uma economia de algarismos, e isto é uma vantagem em relação a outros sistemas mas, por outro lhado, temos o problema da quantidade de nomes: são vinte no total, só para as unidades, depois começam as derivações. Como consequência há uma grande dificuldade na gravação destes nomes (CONTADOR, 2008, p. 32). 8 2.4 SISTEMA DUODECIMAL OU DE BASE DOZE Esse sistema de numeração não tem origem conhecida, apesar de ter sido, pelos povos antigos, o sistema mais bem aceito entre os suméricos, babilônicos, romanos e etc. Diferentes autores acreditam que teve sua origem pela quantidade de divisores inteiros de doze (duodecimal) ser maior que por dez (decimal), facilitando cálculos matemáticos. Os sumérios utilizaram os divisores desta base nas medidas de distâncias, áreas e volumes. Também dividiram o dia em doze partes iguais denominadas danna, e o círculo foi dividido em doze partes de trinta graus cada qual com o nome beru ou setor; os romanos, por sua vez, dividiram sua moeda em doze partes chamadas onces; alias, 12 é o númer de onças numa libra antiga, de pences num shilling, de horas num relógio, de meses num ano, também encontramos alguns vestígios dessa numeração em nosso dia-a-dia como a grosa e a dúzia, unidade esta que acompanha a dezena utilizada também em vários países como Índia, Síria, Egito, Iraque e o próprio Brasil entre outros (CONTADOR, 2008, p. 32). 2.5 SISTEMA BINÁRIO OU DE BASE DOIS Enfim, o Sistema Numérico Binário, que requer apenas dois símbolos: 0 e 1, a partir dos quais se exprimem todos os outros números como pode ser exemplificado no quadro seguinte: Quadro 2 – Representação dos números decimais em binários Decimal 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Binário 1 10 11 100 101 110 111 1000 1001 1010 Fonte: (PONTE, 2000, p. 39) Mas não cabe tratar deste tema agora, pois, por ser título do artigo, será melhor detalhado do terceiro capítulo em diante. 9 3 SISTEMA NUMÉRICO BINÁRIO O sistema numérico binário foi desenvolvido pelo matemático Gottfried Whilhelm Leibniz. Foi o sistema numérico criado com menor número possível de algarismos, apenas dois. Fazendo uma comparação ao sistema numérico decimal, tem-se: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10... 0 1 10 11 100 101 110 111 1000 1001 1010... A transcrição da numeração decimal para a numeração binária está fundamentada na mudança da base dez para base dois. Este é o sistema numérico binário. Esse sistema permite que as informações sejam duplicadas e repassadas adiante sem erros ou duplas interpretações. Enquanto os cálculos com números binários são pouco atraentes devido ao grande número de dígitos que seria preciso manipular, a tabuada de multiplicação se reduz a poucas relações. Toda e qualquer informação pode ser convertida em números usando apenas os algarismos zero e um. Em linguagem computacional cada 0 e 1 é chamado de bit. Uma vez convertida a informação, ela pode ser armazenada numa longa cadeia de bits. Essas cadeias de números são o que chamamos de informação digital (ATHENA, 2004, p. 45). Para Leibniz, segundo Contador (2008), o sistema numérico binário era perfeito para qualquer cálculo, tanto quanto o sistema decimal. Na tentativa de padronização, no século XVII, Leibniz desistiu, pois para se representar um número, de formato decimal, em números binários exigia-se uma grande quantidade de casas: 259 = 100000011; 302 = 0100101110. Diante de tal dificuldade, seu projeto teve de ser engavetado. Mas isso se manteria em stand by somente até o século XX, época em que os computadores foram criados, descoberto e passaram a fazer parte da vida humana. Como capítulo principal deste artigo é importante ressaltar que não se 10 pode confundir o tema número binário com binômio de Newton 5, que é um teorema que permite escrever na forma canônica o polinômio correspondente à potência de um binômio, que assim como descreve Daghlian (2006, p. 97) é ―a lei pela qual todo par ordenado de elementos (x, y) leva a um terceiro elemento z. Notação: x . y = z. Os sinais aritméticos + , - , . , ÷ são exemplos de operadores binários. O sistema decimal tem por base o número 10, que corresponde ao número de algarismos (símbolos) utilizados para representação de quantidades, que são: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Qualquer número que seja maior que 9 (nove) pode ser representado utilizando o sistema de peso por posicionamento, quanto mais próximo do extremo a esquerda do número estiver o algarismo, maior será a potência de dez (decimal) que será multiplicada por esse algarismo, ou seja, mais significativo será o dígito, por exemplo: 3 x 103 + 5 x 102 + 4 x 101 + 6 x 100 3000 + 500 + 40 + 6 = 3546 1992 = 1 x 103 + 9 x 102 + 9 x 101 + 2 x 100 1 x 1000 + 9 x 100 + 9 x 10 + 2 x 1 1000 + 900 + 90 +2 Assim, há ainda, as fórmulas de conversão entre os sistemas numéricos, dentre elas, serão mostradas neste artigo as mais importantes: de deci mal para binário e de binário para decimal, conforme Contador (2008): .Fórmula de conversão de decimal em binário: Divide-se o número decimal dado e os quocientes sucessivos por 2 até que o quociente dê 0. O binário equivalente é a combinação de todos os restos na ordem inversa a qual foram obtidos. Exemplos: a) Converter 10 (decimal) em número binário. 5 Nome dado ao que é um conteúdo matemático, em homenagem ao físico e matemático Isaac Newton. 11 Divisões sucessivas por dois: 10 2 0 5 2 1 2 2 0 1 2 1 0 Resultado obtido: 1010 Notação posicional: 28 27 26 25 24 23 22 21 20 0 0 0 0 0 1 0 1 0 b) Converter 107 (decimal) em número binário. Divisões sucessivas por dois: 107 2 1 53 2 1 26 2 0 13 2 1 6 2 0 3 2 1 1 2 1 0 Resultado obtido através deste processo: 1101011 Notação posicional: 28 27 26 25 24 23 22 21 20 0 0 1 1 0 1 0 1 1 12 Fórmula de conversão de binário em decimal. No sistema binário, ou sistema de base 2, cada posição vale duas vezes o que vale a posição imediatamente à direita. Em um sistema de base qualquer – b – o valor do número a0 a1 a2 ...an é: a0 a1 a2 ...an = an b0 + an-1 b1 +... a1 bn-1 + a0 bn Exemplo: a) Converter 1101011 (binário) em número decimal. Divisões sucessivas por dois, e somar o valor correspondente as casas com 1 e ignorar o valor das casas com 0: 28 27 26 25 24 23 22 21 20 0 0 1 1 0 1 0 1 1 26 + 25 + 23 + 21 + 2 0 = 64 + 32 + 8 + 2 + 1= 107 Contador (2008, p. 42) em seu livro Matemática, uma breve história explica e exemplifica que o homem ao montar um cálculo qualquer, na forma como o estrutura, também pensa de forma binária. Ele pede que se faça uma soma 5 + 3 + 2, e afirma ―consciente ou inconscientemente esta soma foi separada em grupos de dois termos [...] não importa a formação de grupos [...] mas sempre em grupos de dois, mais uma prova de que o homem trabalha binário em tudo que faz‖. 4 O CONTEÚDO MATEMÁTICO: NÚMEROS BINÁRIOS Sabe-se que o sistema numérico binário é aquele que tem por base somente dois algarismos, 0 (zero) e 1 (um), e pode ser aplicado nas operações básicas de matemática. No trecho a seguir, pode-se observar como a função docente pode e deve ganhar novas dimensões, de forma a permitir discussão e reflexão sobre suas 13 potencialidades e limites, através até mesmo daquilo que chama-se hoje de TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação: Um explorador capaz de perceber o que lhe pode interessar, e de aprender, por si só ou em conjunto com os colegas mais próximos, a tirar partido das respectivas potencialidades. Tal como o aluno, o professor acaba por ter de estar sempre a aprender. Desse modo, aproxima-se dos seus alunos. Deixa de ser a autoridade incontestada do saber para passar a ser, muitas vezes, aquele que menos sabe, o que está longe de constituir uma modificação menor do seu papel profissional (PONTE, 2000, p. 76). Desde um conceito matemático, sobre determinado conteúdo, até a sua aplicação e a eficácia de uma aula, existe um longo caminho a ser traçado, tanto na Matemática quanto na informática, assim o sistema numérico binário pode ser considerado como conteúdo e até mesmo uma metodologia a ser aplicada. O sistema numérico binário é pouquíssimo, ou nem mesmo, aplicado nos diversos níveis de ensino da matemática, ou seja, desde o ensino primário ao ensino superior, provavelmente só um estudante o terá como conteúdo no ensino superior, se fizer algum curso relacionado a exatas, como matemática ou informática. Esse pode ser trabalhado para exemplificar e ser transformado em todos os outros sistemas numéricos e servir como base para diversos outros conteúdos matemáticos e, pode ainda, contribuir para o desenvolvimento de diversos outros conteúdos do ensino da Matemática nos níveis de educação básica. Analisa-se os conceitos a seguir, segundo o Minidicionário Aurélio da Lingua Portuguesa (2004): Adição: ―Operação elementar que consiste em reunir em um só número unidades, e frações de unidades, constituintes de dois ou mais outros números; soma‖; Subtração: ―Operação inversa à da adição; diminuição‖ Multiplicação: ―Operação elementar em que se calcula a soma de duas ou mais parcelas iguais‖; Divisão: ―Operação que consiste em encontrar quantas vezes sucessivas um mesmo número fixo (o divisor) pode ser subtraído de uma quantidade inicial (o dividendo)‖; Potenciação: ―Série de multiplicações em que se obtém a potência de um número; Produto de fatores iguais; o resultado de uma série de multiplicações em que o mesmo número é repetido como fator‖; 14 Assim como no sistema decimal, também pode-se trabalhar as operações matemáticas, mencionadas anteriormente, no sistema binário e com isso operacionalizar o processo de ensino aprendizagem em crianças e adultos do ensino fundamental e médio, através de um sistema numérico novo aos olhos da categoria estudantil, que pode ser tão simples quanto o método convencional de ensino. Professores podem buscar novas formas de ensinar, fazer o diferencial em sala de aula. Isso pode ser demonstrado nas fórmulas e métodos de resolução, no quadro a seguir, que não fazem distinção dos cálculos realizados com o sistema numérico utilizado no Brasil, o decimal: Quadro 3 – Aritmética Binária Soma de Binários 0+0=0 0+1=1 1+0=1 1+1=fica 0 e transporte de 1 (para somar ao digito imediatamente à esquerda) 1+1+1= fica 1 e transporte de 1(para somar ao digito imediatamente à esquerda) Para somar dois números binários, o procedimento é o seguinte: Exemplo 1: * 1100 + 111 ----- = 10011 Explicando: Os números binários são base 2, ou seja, há apenas dois algarismos: 0 (zero) ou 1 (um). Na soma de 0 com 1 o total é 1. Quando se soma 1 com 1, o resultado é 2, mas como 2 em binário é 10, o resultado é 0 (zero) e passa-se o outro 1 para a "frente", ou seja, para ser somado com o próximo elemento, conforme assinalado pelo asterisco, como no exemplo acima. Exemplo 2: ** 1100 + 1111 ----- = 11011 Explicando: Nesse caso acima (exemplo 2), na quarta coluna da direita para a esquerda, nos deparamos com uma soma de 1 com 1 mais a soma do 1 ( * ) que veio da soma anterior. Quando temos esse caso (1 + 1 + 1), o resultado é 1 e passase o outro 1 para frente. 15 Subtração de Binários 0-1=1 e vai 1* para ser subtraido no digito seguinte 1-1=0 1-0=1 0-0=0 Para subtrair dois números binários, o procedimento é o seguinte: * **** 1101110 - 10111 ------- = 1010111 Explicando: Quando temos 0 menos 1, precisamos "pedir emprestado" do elemento vizinho. Esse empréstimo vem valendo 2 (dois), pelo fato de ser um número binário. Então, no caso da coluna 0 - 1 = 1, porque na verdade a operação feita foi 2 - 1 = 1. Esse processo se repete e o elemento que cedeu o "empréstimo" e valia 1 passa a valer 0. Os asteriscos marcam os elementos que "emprestaram" para seus vizinhos. Perceba, que, logicamente, quando o valor for zero, ele não pode "emprestar" para ninguém, então o "pedido" passa para o próximo elemento e esse zero recebe o valor de 1. Multiplicação de Binários A multiplicação entre binários é similar à realizada com números decimais. A única diferença está no momento de somar os termos resultantes da operação. 0x0=0 0x1=0 1x0=0 1x1=1 1011 x1010 --------- 0000 + 1011 + 0000 +1011 --------------- =1101110 Perceba que na soma de 0 e 1 o resultado será 1, mas na soma de 1 com 1, ao invés do resultado ser 2, ele será 0 (zero) e passa-se o 1 para a próxima coluna, conforme assinalado pelo asterisco. Nota que se a soma passar de 2 dígitos, devese somar o número em binário correspondente ( ex. 7 = 111, 6 = 110, 5 = 101, 4 = 100, 3 =11). 111 x 111 --------- + + 111 111 111 --------------- = 110001 16 No caso, a terceira coluna a soma dá 4 (com mais um da anterior), que adiciona um "1" duas colunas depois (100). Divisão de Binários Essa operação também é similar àquela realizada entre números decimais: 110 |__10__ - 100 11—010 - 10—00 Deve-se observar somente a regra para subtração entre binários. Nesse exemplo a divisão de 110 por 10 teve como resultado 11. Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_bin%C3%A1rio_(matem%C3%A1tica)>, 2011. Vê-se que é possível a utilização das propriedades matemáticas aos números binários. Já com relação a potenciação inteiramente ligada e relacionada com a conversão dos números binários em números decimais, ou seja, um determinado numero binário N, que se queira expressar de forma decimal... [...]deve-se escrever cada número que o compõe (bit), multiplicado pela base do sistema (base = 2), elevado à posição que ocupa [...]A soma de cada multiplicação de cada dígito binário pelo valor das potências resulta no número real representado (SISTEMA..., on-line, 2011). 1011(binário) 1 × 2³ + 0 × 2² + 1 × 21 + 1 × 20 = 11 Portanto, 1011 é 11 em decimal. A operação inversa, ficaria da seguinte forma: 11 (decimal) = ? (binário) Divide-se o inteiro decimal repetidamente pela base R(dois) até que se obtenha um quociente inteiro igual a zero. Os restos das divisões sucessivas, lidos do último para o primeiro, constituem o número transformado para a base R (binária). 17 11 2 1 5 2 1 2 2 0 1 2 1 0 11 (decimal) = 1011 (binário) 5 NÚMEROS BINÁRIOS E A INFORMÁTICA No século XX, o homem proporciona a maior revolução tecnológica da história, nascia, então, a era computacional, e logo em seguida, em consequência, a era digital. Os números binários têm papel fundamental nessa era, pelo principio de armazenamento de dados num disco de computador. Mas, antes é preciso entender como o algarismo binário está inserido na informática, e Contador esclarece muito bem como isso acontece: A menor unidade de informação, chama-se bit, que representa um algarismo binário ou uma simples escolha entre 0 e 1, (imantado ou não imantado), um grupo de oito bits recebe o nome de byte e pode ter 28 ou 256 diferentes combinações ou configurações de informação, indo de 00000000 a 11111111. Nestas 256 opções podemos configurar letras, atribuindo-lhes valores binários por convenção (CONTADOR, 2008, p. 41). Os números 0 e 1 como representação de letras, números e arquivos, se dão pela forma como os dados são gravados no disco rígido (HD) de um computador, em que por uma descarga elétrica é possível imantar ou não imantar 6 a superfície de um disco a ser gravado. Para se compreender melhor, pode-se destacar que para um computador a letra ―I‖ é representada, em forma decimal, pelo número 201, mas o computador o lê da seguinte forma binária 11001001, ou seja, a ordem como os números 1 (imantado) e 0 (não imantado) aparecem é consequência do processo de imantação para se representar o símbolo que se quer. 6 O óxido de ferro possui a particular propriedade de ficar imantado ou em seu estado normal, dependendo exclusivamente de uma descarga elétrica. 18 Meirelles (1994) cita em seu livro que, no início da era digital, para a transferência de informações eram necessários de forma satisfatória 7 bits, como os hardwares dessa época eram pouco confiáveis, por esse motivo foi necessário acrescentar mais um bit, chamado de bit de paridade. Com a evolução e o desenvolvimento dos hardwares, essa necessidade de um bit a mais se perdeu, o bit de paridade desapareceu. Mas com a convenção de que um byte tinha 8 bits, assim permaneceu, o que resultou na potência 28(dois elevado a oitava potência), que calculada resultaria em 256 combinações diferentes. ―Portanto, um byte pode conter uma informação e, quanto mais bytes o equipamento possuir, mais informações poderemos processar‖ (MEIRELLES, 1994, p. 122). Os números digitais, que hoje entender-se-ia como números que foram digitados em um computador ou aqueles escritos em uma máquina evoluída através da informática, na verdade vem da forma como os números eram representados antigamente, através dos dedos, retomando a sua origem a palavra digito, que quer dizer dedo. Para indicar os algarismos de 1 a 9, e, posteriormente, os números maiores, os povos primitivos e algumas tribos da África, Arábia, Persa e esquimós da América do Sul e do Norte usam as mãos até hoje. A figura abaixo simboliza os números digitais mencionados: Figura 1 – Números digitais Fonte: (EVES, 2004, p. 30) 19 Para a Informática, a Matemática exerce papel importantíssimo, pode ser perceber isso na matriz curricular de um curso de Licenciatura e/ou Bacharelado em Sistema de Informação que há componentes curriculares como cálculo, lógica, geometria analítica, álgebra linear, estatística entre outras, são obrigatórias, e não só no curso em si, mas para o desenvolvimento de sistemas e na programação como um todo, a Matemática é fundamental para todo esse meio tecnológico, que se desenvolve e transforma-se a cada milésimo de segundo, que todos conhecem por informática. Nesse sentido destaca-se o pensamento de Davis e Hersh: Por software entendemos o programa do computador e todo o complexo sistema de controle programado, que permite escrever os nossos programas em dez páginas em vez de mil. Por hardware entendemos a própria máquina, os transístores, memória, fios, etc. Software é também um tipo de matemática (DAVIS; HERSH, 1995, p. 348). O sistema numérico binário foi e ainda é considerado a base, ou seja, o princípio e a fundamentação para o que se conhece como tecnologia da informação, seja na estrutura física, como àquela que não se pode ver, mas se pode perceber em sua reação, a estrutura lógica. O sistema binário corrente nos dias de hoje, ponto de partida de toda a chamada ―vida digital‖, baseia-se numa sucessão de combinações entre zeros e uns. Para obter-se dois sinais diferentes, basta uma variação. Esta variação se exprime graficamente como combinação desses dois símbolos numéricos, cada um deles denominado bit. ―Um bit não tem cor, tamanho ou peso e é capaz de viajar à velocidade da luz. Ele é o menor elemento atômico no DNA da informação. É um estado: ligado ou desligado, verdadeiro ou falso, para cima ou para baixo, dentro ou fora, preto ou branco‖ (NEGROPONTE, 1997, p. 19). Assim começa o desenvolvimento da tecnologia, que em breve passa a ser útil também para a educação. Foi durante o século XX, entretanto, que estas máquinas tornaram-se parte efetiva de nossas vidas. Data do início do século passado o surgimento da notação binária, que possibilitou o aproveitamento dos circuitos elétricos em calculadoras. Esta notação, somada à necessidade de acelerar os cálculos de tabelas, especificamente para finalidades militares, levou, na década de quarenta, à construção do ENIAC – Electronic Numerical Integrator and Calculator. O ENIAC, com suas trinta toneladas, 17 mil válvulas e 1500 relés, estava mais para uma calculadora gigante do que para um computador, tal como os que conhecemos atualmente (ATHENA, 2004, p. 40). 20 A citada notação binária consiste na ideia de aberto ou fechado, sim ou não, ligado ou desligado. Dessa forma, o sistema numérico binário é representado pelos algarismos (números) 0 e 1, e em seu conceito, matemático ou na informática, uma chave aberta recebe o número 0, se estiver fechada, o número 1. Assim, temos uma conclusão bastante interessante: podemos dizer que quando o homem inventou o computador passou a ocupar o papel de criador com relação à máquina, acrescentando na história da evolução humana a frase: façamos o computador segundo a nossa imagem e semelhança. E não seria possível uma concepção diferente, pois o homem pensa binário. Um computador ternário, por exemplo, seria impossível, pois o homem não pensa ternário (CONTADOR, 2008, p. 42). É através dessa concepção que pode-se observar que um conteúdo matemático, o sistema numérico binário, faz parte da vida humana, seja ela estudantil ou real, e com a evolução o homem desenvolveu algo para si, e semelhante a si, o computador. E este, nada mais é do que um conjunto visível (hardware) e invisível (software) que funciona através de circuitos e comandos que são executados por uma sequência de ordens de ―ligado‖ ou ―desligado‖, ―0‖ ou ―1‖, ou seja, os números binários. CONSIDERAÇÕES FINAIS O homem, mesmo sem saber ou conhecer seu significado, já utilizava espécies de representação de números, de contagem e até de cálculos. Mas que, hoje, analisando conceitos históricos e da evolução humana percebe-se o quanto o homem pré-histórico já destacava-se das demais espécies em termos de inteligência, tornando-se conhecido como o ser racional. O sistema numérico binário, como pôde ser percebido, pode ser utilizado como ferramenta de ensino para conteúdos matemáticos. Mesmo sendo tão pouco conhecido e estudado, teve e, mesmo com o crescimento da era tecnológica, continua tendo destaque importante na progressão geométrica que se tem na área da tecnologia da informação, conhecida como informática. Os objetivos do presente artigo foram alcançados: demonstrar como os 21 números binários tem sua aplicação na matemática e quanto os mesmos se tornaram extremamente fundamentais e relevantes a essência do mundo globalizado da informação, o computador. Mas o conhecimento nunca é suficiente, vive-se sempre em aprendizagem, e outras abordagens poderão ser criadas e trabalhadas, em outros aspectos, pelo tão marcante, para a tecnologia da informação, sistema numérico binário. [...]quando o homem inventou o computador, passou a ocupar o papel de criador com relação à máquina, acrescentando na história da evolução humana a frase: façamos o computador segundo a nossa imagem e semelhança. PAULO ROBERTO CONTADOR AGRADECIMENTOS Não quero eu elencar a ordem de meus agradecimentos, por maior ou menor relevância no desenvolvimento deste artigo, a não ser, primeiramente a Deus, nosso criador, que, diante de todo seu infinito amor e bondade, me trouxe até aqui; Farei então agradecimentos cronológicos em minha vida acadêmica: Aos meus pais, que sempre me apoiaram e me incentivaram a estudar, buscar o conhecimento e, mais do que tudo, vencer na vida; À Minha Esposa e Filha, por compreender os momentos em que estive ausente, e a quem nesse instante dedico todas as minhas forças e que me fazem entender o verdadeiro sentido da palavra de Deus, o Amor; Aos meus amigos de classe, que mesmo nos momentos de dificuldade e, principalmente, quando mais precisei de palavras que me motivassem, foram a minha procura dizer: ―Quando eu precisei de Você, sempre me ajudou, agora estou aqui pra te ajudar e não vou deixar Você desistir!‖; À Profª. Luzitânia Dall’ Agnol, como coordenadora do Curso, e a todo corpo docente do curso de matemática, ao qual ministrou aula para a Turma 2009/1, que sempre em sua dedicação, compreensão e competência fizeram de mim, não somente, um Graduado Licenciado em Matemática, mas um ser capaz de colaborar com uma educação de qualidade para esse país; 22 À Profª. Tatiane Patrícia Laquimia pelo excelente desempenho às aulas e por instruções extremamente perfeitas, por sempre me apoiar, compreender e, principalmente, pela confiança demonstrada, que espero ter correspondido. À Profª. Orientadora Fabiana Conceição de Souza pela paciência, experiência, orientações precisas, sugestões oportunas, pelo estímulo dado e pelo carinho que sempre me acolheu; A todos que, de algum modo, colaboraram para a realização e finalização deste artigo. REFERÊNCIAS BOYER, Carl B. História da Matemática. 2.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1996. p. 01-03. CONTADOR, Paulo Roberto Martins. Matemática, uma breve história. Vol. I. São Paulo: Livraria da Física, 2008. p. 29, 32, 33, 41,42. DAGHLIAN, Jacob. Lógica e álgebra de Boole. 4.ed. 11.reimpr. São Paulo: Atlas, 2006, p. 97. DAVIS, Philip J.; HERSH, Reuben. A Experiência Matemática. Tít. orig. The Mathematical Experience. Revista científica Jorge Buescu, Trad. Fernando Miguel Louro e Ruy Miguel Ribeiro, Rev. texto José Soares de Almeida. Lisboa : Gradiva, 1995. p. 348. EVES, Howard. Introdução à história da matemática. Campinas – SP: UNICAMP, 2004. p. 28, 30. MEIRELLES, Fernando de Souza. Novas aplicações com microcomputadores. 2.ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil – Makron Books, 1994. p. 122. NEGROPONTE, N. A vida digital. São Paulo. Editora: Shwarcz, 1997. p. 19. PONTE, João P. Tecnologia de informação e comunicação na formação de professores: que desafios? Revista Ibero-Americana, nº 24, Set.-Dez. 2000. p. 39, 76. ATHENA: Revista Científica de Educação. Participação de Matemáticos no Desenvolvimento de Novas Tecnologias. v. 2, n. 2, fev./mar. 2004. Curitiba: Expoente, 2004. p. 40, 45. 23 MINIDICIONÁRIO Aurélio da Língua Portuguesa. 7. edição eletrônica. São Paulo: Positivo, 2004. SISTEMA binário (matemática). Disponível http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_bin%C3%A1rio_(matem%C3%A1tica). em: 26 outubro 2011, às 23 horas. em: Acesso OBRAS CONSULTADAS D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática: da teoria à Prática. 13.ed. Campinas, SP: Papirus, 1996. TAHAM, Malba. Matemática Divertida e Curiosa. 22.ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. BINÔMIO de Newton. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bin%C3%B3mio_de_Newton. Acesso em: 25 outubro 2011, às 23:30 horas. HISTÓRIA dos Números. Disponível em: http://www.somatematica.com.br/numeros.php. Aceso em: 18 outubro 2011, às 19 horas.