FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NUCLEO DE SAUDE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA MOTIVAÇÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADES FISICAS EM UMA ACADEMIA DE GINASTICA DE PORTO VELHO Adriana do Nascimento Rodrigues Orientadora: Prof.ª Ms Silvia Teixeira de Pinho Monografia PORTO VELHO – RO 2012 MOTIVAÇÃO DOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA EM ACADEMIA DE GINASTICA DE PORTO VELHO Autora: Adriana do Nascimento Rodrigues Orientadora: Prof.ª Ms Silvia Teixeira de Pinho Coorientadora: Pro.ª Dra. Ivete de Aquino Monografia de graduação apresentada ao curso de Educação Física do Núcleo de Saúde da Universidade Federal de Rondônia, para obtenção do titulo de Licenciatura Plena em Educação Física. Porto Velho – Rondônia 2012 1 INTRODUÇÃO Nas ultimas décadas, as pesquisas sobre os fatores motivacionais que levam homens e mulheres à pratica de atividade física vem recebendo crescente destaque na literatura. A questão central é a seguinte interrogação: Qual a motivação à pratica de atividade física em academias de ginástica. A pedagogia do treinamento físico amarra-se no compromisso de analisar, interpretar e compreender as diferentes formas de treinamentos à luz de perspectivas pedagógicas (BENTO, 2006). Desta forma, o Treinamento Físico vai ao encontro das necessidades do professor/personal training, a fim de auxiliar a planejar e desenvolver de forma mais adequada o treino físico e psicológico de seu aluno. A motivação é muito importante na busca de objetivos, sendo fundamental para que o praticante siga as instruções do professor/personal e pratique diariamente o seu treino, tornando-a motivo central no campo da psicologia (RYAN e DECI, 2000a). Sabe-se que não existe uma fórmula pronta nem mesmo um único método de treino, mas as pessoas desenvolveram suas habilidades e capacidades físicas a partir de seus principais fatores motivacionais. Na academia, na execução dos treinos estão presentes fatores relacionados à Saúde, à Estética, à Sociabilidade, à Competitividade, ao Estresse, ao Prazer, além de outros. A contribuição pedagógica, apresentada a partir dos resultados referentes aos interesses, facilitará para que a prática da atividade física possa melhorar as expectativas de seus praticantes. O presente estudo caracteriza-se por uma pesquisa descritivo-quantitativa e, consiste em investigar estes fatores, na perspectiva de aprofundar o conhecimento sobre motivação e, por conseguinte, melhor planejar a prática das atividades físicas no contexto das academias de ginásticas. Desta forma, considerando a importância do estudo da motivação para a Teoria e Metodologia do Treinamento Físico, temos como objetivo geral explorar os níveis de seis dimensões motivacionais (Controle de estresse, Saúde, Sociabilidade, Competitividade, Estética e Prazer) associadas à prática de atividades físicas que melhor descrevem os praticantes de ginástica de academia da faixa etária de 18 a 65 anos de idade, do sexo masculino e feminino. Como objetivos específicos, o estudo procurará descrever os níveis destas seis dimensões motivacionais segundo a variável: gênero, com o intuito de verificar se há diferenças no grau de motivação de ambos os sexos. A revisão de literatura divide-se em três capítulos. O primeiro apresenta a teoria da motivação à pratica de atividade física. O segundo capítulo trata das questões relacionadas a atividade física e a ultima refere-se a ginástica de academia. A questão norteadora do estudo é: Quais os níveis motivacionais de praticantes de ginástica de academia? 1.1 HIPÓTESE A motivação (Controle de Estresse, Saúde, Sociabilidade, Competitividade, Estética e Prazer) dos praticantes de ginástica de academia difere quando controlada a variável sexo. 1.2 JUSTIFICATIVA A partir de todos os benefícios proporcionados pela Atividade Física para a população em geral é imprescindível que se verifique o motivo que leva á pratica de atividade física em academias de ginásticas para que haja uma perfeita adequação entre os anseios do usuário e os serviços oferecidos e prestados. Este estudo auxiliará o profissional de Educação Física a lidar melhor com essa população e poderá adequar seus programas de exercícios ao aspecto motivacional mais inerente aos seus alunos de acordo com o sexo. 1.3 OBJETIVOS 1.4 OBJETIVO GERAL Verificar os níveis motivacionais da prática de atividade física em uma academia de Porto Velho. 1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Diagnosticar os níveis de motivação: - no controle de estresse; - na saúde; - na sociabilidade; - na competitividade; - na estética; - no prazer; Comparar os níveis de motivação entre homens e mulheres. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 MOTIVAÇÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA Ao longo da história do Homem, as razões do comportamento humano têm provocado muita especulação filosófica e científica, em que se salienta a posição dos indivíduos da Antiga Grécia, que sugeriam que as ações podiam ser simplesmente atribuídas à procura do prazer e/ou evitar determinadas punições, que originariam dor (FERNANDES, 2003). Os motivos que determinam a prática desportiva têm constituído um dos temas principais de investigação na área da Psicologia do Desporto, desde o início da década de 1980 (FREDERICK & RYAN, 1993; 1995; HARWOOD & BIDDLE, 2002 APUD FERNANDES 2003). Para Cratty; Pintrich & Schunk apud Fernandes (2003), o termo motivação tem origem na palavra movere (do latim), que é algo que nos faz mexer, ir a algum sítio (mover) ou incentiva-nos a realizar uma tarefa. Uma das dificuldades na definição da motivação, é que este conceito não é diretamente observável, sendo apenas verificado através de determinantes comportamentais que o indivíduo demonstra, possuindo assim um elevado grau de subjectividade (Perreault & Vallerand apud Fernandes 2003). Em suma, a motivação pode ser descrita como um processo interno que regula e orienta um dado comportamento. Este processo é frequentemente afetado por fatores pessoais e contextuais que estão associados com a adesão a uma atividade e as recompensas/punições provenientes desse envolvimento. Vallerand, Tuson, Brière e Blais (1995), referem mesmo que a motivação está no centro dos problemas mais interessantes e estudados na área das Ciências da Atividade Física e Desporto, quer seja no resultado de contextos sociais (competição, comportamentos do atleta, treinador,...), quer seja, como influência de variáveis comportamentais (persistência, aprendizagem, performance,...). A motivação intrínseca e extrínseca são dois construtos sobejamente conhecidos e importantes para qualquer relação com o comportamento motivado. Os indivíduos responsáveis pela promoção da atividade física e do desporto, crêem que a motivação intrínseca é o aspecto chave para a manutenção de boas performances e do envolvimento desportivo. (FERNANDES E RAPOSO 2005). Contudo, Biddle, Soos e Chatzisarantis (1999) e Deci e Ryan (1985), consideram que esta dicotomia intrínseca-extrínseca é muito simplista para a compreensão da motivação, pelo que segundo uma perspectiva auto-determinista, afirmam que a motivação pode ser categorizada de uma forma global e considerando um continuum da forma mais auto-determinada para a menos auto-determinada, em motivação intrínseca, motivação extrínseca e a motivação. Assim, a motivação intrínseca define-se operacionalmente em duas formas: (i) participação voluntária numa atividade, em “aparente” ausência de recompensas ou pressões externas; ou, (ii) participação numa actividade, pelo interesse, satisfação e prazer que obtêm desse envolvimento (VALLERAND, DECI & RYAN, 1987). Este tipo de comportamentos motivados tem por base o divertimento, prazer e satisfação, como acontece em atividades recreativas ou de tempos livres, usualmente correspondendo a atividades desafiantes (NTOUMANIS, 2001). O prazer advém unicamente da atividade, em vez de recompensas extrínsecas como o dinheiro, prêmios ou reconhecimento, ocorrendo esta participação livre de pressões e restrições (BIDDLE ET AL., 2001). Quando intrinsecamente motivado, o sujeito ingressa na atividade por vontade própria, diga-se, pelo prazer e satisfação do processo de conhecê-la, explorála, aprofundá-la. (BALBINOTTI & CAPAZZOLE, 2008). Feijó apud Lins & Corbucci (2007), define motivação como um processo que permite a mobilização de necessidades preexistentes, que se relacionam a comportamentos capazes de satisfazê-las. Lira (2000) comenta essas duas dimensões da motivação: intrínseca e extrínseca. “O primeiro refere-se ao interesse, ao desejo e ao prazer de participar que atuam no espírito dos indivíduos para levá-los à ação. O segundo refere-se ao uso de incentivos ou por valores de ordem social, relacional, afirmação, hierarquia, diferença”. A motivação é o sinal que se deve ter, por que ela é que determina a direção, a intensidade e a persistência do comportamento, portanto ela que leva ao inicio e a continuação nas práticas da atividade física (MURCIA & COLL, 2006). As três necessidades que influenciam na motivação, para incrementá- la, são a percepção da competência, a autonomia e a relação social, que criará um estado de motivação intrínseca, ao mesmo tempo em que será associada à frustração da mesma, com uma menor motivação intrínseca e uma maior motivação extrínseca (RYAN e DECI, 2000). Segundo Cardoso, M.; Gaya, A (1998), A motivação nada mais é do que estímulos que levam um indivíduo a querer e agir para alcançar determinados objetivos. A motivação depende, entre outros, da personalidade dos indivíduos, de aspirações pessoais, de incentivos de natureza econômica e social, variando com a idade, com o gênero e com fenômenos étnicos, culturais e sociais (CARRON, 1980; CRATTY, 1984; BIDDLE, 1993 apud CARDOSO; GAYA, 1998). 2.2 ATIVIDADE FÍSICA A vida moderna tende a ser pouco saudável, uma vez que provoca estresse e estafa, agravada por uma alimentação inadequada e pela não regularidade na prática de exercícios físicos. Com todos esses fatores mencionados, a qualidade de vida da população fica bastante abalada, tanto em nível físico quanto psicológico. Atualmente, cada vez mais pessoas no mundo são completamente sedentárias, sendo, justamente, estas as que mais teriam a ganhar com a prática regular de atividade física, seja como forma de prevenir doenças, promover saúde ou sentir-se melhor (TAHARA et al, 2003). Segundo Santos & Knijnik (2006) a atividade física tem sido apresentada diariamente nos meios de comunicação como uma grande solução para muitos dos males de saúde que atingem as diversas camadas da população. Ainda conforme Santos & Knijnik (2006) a prática de atividade física regular já faz parte da história da humanidade. Na civilização ocidental, podemos ter registros mais sólidos a partir da Segunda Guerra Mundial (1938-1945), com a massificação da atividade física. Ao longo dos anos seguintes foram se aprimorando as pesquisas na área de saúde em todo mundo, ocorreram avanços na medicina, as sociedades progrediram aumentando assim a expectativa de vida geral da população. Figueira apud Santos & Knijnik (2006) mostra que a parceria com a mídia é muito importante para a redução do estilo de vida sedentário, pois é um meio muito rápido e possível formador de opinião (principalmente a mídia televisiva). Porém atualmente os enfoques principais da mídia são os esportes de competição e o culto ao corpo atlético, deixando de lado o que seria aplicável à população, fugindo da realidade da massa, não ocasionando o impacto desejado para motivar a adoção de um estilo de vida ativo e saudável. Malysse apud Santos & Knijnik (2006) diz que a mídia brasileira nos convida a pensar no corpo como arte, este deve ser desenhado e esculpido de acordo com o modelo que estiver na moda, instaurando uma luta constante contra o corpo real. Em contraposição, Saba (2001) acredita que a mídia coloca o corpo sadio e belo como um objeto de desejo, inserindo um estilo de vida mais saudável. Por exemplo, quando uma pessoa se identifica com a importância da prática de atividade física voltada para saúde, ela terá maior vontade de fazer exercício físico, mas a prática continuará sendo instrumental (para melhoria da saúde) e não para o prazer e a satisfação que ela produz (RYAN e DECI, 2000). ...... 2.3 ACADEMIAS DE GINÁSTICA Akademía é um termo grego que se transformou em academia no latim. Sua origem se deve ao filósofo Platão (427-347 a.C.), que escolheu como local para fundar sua escola de filosofia, um bosque que levava o nome do legendário herói grego Akadèmos; por essa causa, a escola recebeu o nome de Academia, onde se ensinava filosofia, matemática e ginástica (TOSCANO, 2001). Na Grécia Antiga uma escola deveria ser construída sobre dois pilares: o da música, para trabalhar a concentração e o equilíbrio, a qual molda o caráter, aperfeiçoa o espírito e cria um requinte de sentimento; e o da Educação Física, pois se considerava que um corpo saudável era tão importante quanto uma mente sadia. Assim, o ideal seria que nos primeiros 10 anos de vida a educação fosse mais voltada para a educação do corpo (afinal, o mais relevante era viver para a saúde e não em função da doença) e, nesse período, também seria possível ensinar cálculos, noções de distância, velocidade, espaço e tempo de forma conjunta durante a prática de exercícios físicos. E foi por essa razão que se denominou academia, em português, os locais em que exercícios físicos são promovidos (PEDROSO, 2009). Atualmente os conceitos de academia de ginástica são bastante diversos. Para os descritores em Ciências da Saúde (DeCS), “academias de ginástica são as Instalações que têm programas que pretendem promover e manter um estado de bemestar físico para ótimo desempenho e saúde”. Já Rojas (2003) conceitua as academias de ginástica como centros de condicionamento físico que oportunizam o ambiente e orientação para a prática de programas de exercícios físicos. Toscano (2001) enfatiza que as academias de ginástica são os centros de atividades físicas onde se presta um serviço de avaliação, prescrição e orientação de exercícios físicos, sob supervisão direta de profissionais de educação física. Nas palavras de Saba (2001), nos tempos atuais o significado mais simples e mais amplo que tomou para si a expressão academia de ginástica foi o que a define como lugar ou escola onde se ministra a instrução física. O mesmo autor ressalta ainda que academia de ginástica é o termo que se tornou mais conhecido dos centros de prática de exercício físico no Brasil. Ainda segundo Saba (2001), as academias tornaram-se uma opção para a população urbana, que adere ao exercício físico, com o intuito de obter melhorias em seu bem-estar geral. Segundo Antunes (2009): ...As academias, conhecidas como ginásios de esportes, existem desde o século passado quando o alemão, professor Attila, montou em 1867, em Bruxelas, uma instituição destinada ao ensino da cultura física com aparelhos. Novos estabelecimentos, onde se praticava atividades físicas em salas fechadas foram surgindo progressivamente na França e, posteriormente, nos Estados Unidos onde marcaram época, principalmente com a atividade de halterofilismo. As academias foram se espalhando por todos os continentes e são hoje uma presença marcante na sociedade... (ANTUNES, 2009, p.1) De acordo com Capinussú e Costa (1989) no Brasil, a primeira academia foi montada em Belém, por um japonês conhecido por Conde Maeda Koma, um exímio praticante de jiu-jitsu que se dedicou ao ensino desta arte marcial a partir de 1914, ao montar uma academia em sua própria casa. O período das décadas de 1920 e 1930 foi nitidamente marcado por profissionais adaptados ou improvisados às praticas físicas, vindos do exterior com alguma especialização ou experiência que passaram a atuar no Brasil como inovadores nas duas cidades principais do país e em algumas capitais estaduais. Como a disponibilidade de profissionais formados em nível superior somente ganhou impulso importante na década de 1940, estes interventores leigos aparentemente responderam à demanda social por exercícios físicos ainda em fase de construção coletiva pela cultura brasileira (CAPINUSSÚ, 2006). Somente a partir da década de 60 que o modismo denominado academia começou a marcar época, surgindo nas várias capitais brasileiras e cidades do interior, os estabelecimentos apareceram de forma indiscriminada e desordenada destinados ao ensino do halterofilismo, na modalidade culturismo; da ginástica em suas mais variadas manifestações, do balé, da dança e das artes marciais. De acordo com Moraes (2006) até o início dos anos 70, academia era freqüentada por homens e a atividade oferecida era quase sempre a musculação, nome que surgiu para quebrar o preconceito que existia contra o halterofilismo e ao mesmo tempo atrair as mulheres para essa atividade. Em 1971 a professora Jack Sorensen muda os conceitos da ginástica ao criar a dança aeróbica cujo conteúdo era montado com exercícios simples ao som de músicas enfatizando a continuidade. Até então, a ginástica localizada, era a atividade física mais praticada nas academias depois da musculação. Ao mesmo tempo, ao ar livre crescia a febre das corridas incentivadas por Cooper e seus métodos revolucionários de avaliação de condicionamento físico. O surgimento e crescimento das academias de ginástica no Brasil acompanharam o movimento mundial, surgido nos anos 70 e 80, em torno da prática regular de exercícios físicos para a melhoria e manutenção de uma vida saudável. Como decorrência desses fatos, a demanda por esse tipo de serviço cresceu extraordinariamente e as academias começaram a proliferar por todos os cantos do país. O termo "fitness" ganhava pulso forte traduzido como aptidão, o "mexa-se" não tendo a idéia de competição, mas aumentar de forma mais saudável e proveitosa o nível de qualidade e longevidade da vida do cidadão comum. Época das grandes academias com a preocupação maior em oferecer um espaço amplo, com as últimas novidades em atividade física, atenção à estrutura física, visual, etc. Nessa mesma ocasião nasceu como uma nova moda nas academias do Rio de Janeiro que logo se espalha pelo país a ginástica aeróbica, responsável pela invasão das mulheres nas academias. Por ser uma prática advinda do Método Cooper, aliava-se aos propósitos de melhoria da performance e da saúde por meio dos exercícios de saltitamento (alto impacto) e de deslocamentos (baixo impacto). Com a Ginástica Aeróbica como mola propulsora da atividade física em academias, logo, despertava-se o interesse pelos programas aeróbicos por parte dos profissionais de Educação Física e, devido a grandes resultados, o investimento nestes verdadeiros clubes de atividade física orientada passou a ser visto pelos empresários com bons olhos, especialmente nas áreas de ginástica e musculação (PEDROSO, 2009). A partir da década de 90, começaram a ocorrer várias mudanças nos hábitos de vida das pessoas, como má alimentação, novos meios de transporte, sedentarismo, obesidade, aumento de doenças crônicas, entre outros, o que fez surgir uma nova roupagem da ginástica no Brasil. Incentivados pelos que procuram melhor qualidade de vida e saúde e por aqueles que almejam padrões estéticos valorizados pela sociedade acontece o momento de ascensão das academias no Brasil e o mundo da ginástica assistiu ao crescimento de um mercado, conhecido como o mercado de fitness. Neste período as academias de ginástica e as ofertas de trabalho para o professor de Educação Física na área do fitness também cresceram de forma vertiginosa, absorvendo, muitos desses profissionais. Segundo Novaes e Vianna (2003), houve ainda nesse período o declínio da ginástica aeróbica, as indústrias responsáveis pelo fitness logo criaram uma nova proposta metodológica, a fim de garantir a venda de seus produtos nesse promissor mercado de consumo internacional. Surge então o step training, exercício de subidas e descidas sobre uma plataforma, que segundo sua precursora Gim Miller, mais do que alcançar um fortalecimento muscular localizado, ele poderia ser adaptado ao método da ginástica aeróbica, e aplicado nas academias (Novaes e Vianna, 2003). Logo em seguida foi trazida para o Brasil a empresa Les Mills representada pelo sistema Body Systems com a sistematização das aulas de ginástica e revolucionando o mercado do fitnes. A Les Mills oferecia em seu programa oito subprodutos o BodyAttack, BodyBalance, BodyCombat, BodyJam, BodyPump, BodyStep, Bodyvive e RPM. Além disso, o PowerJump e o PowerPool que são práticas gímnicas desenvolvidas pela Body Systems, cada qual visando atender um público específico (SILVEIRA e NEVES, 2009). Hoje as academias oferecem um quadro amplo de atividades, que vão além da ginástica nos mais diversos estilos, como também a musculação, dança, artes marciais, capoeira, natação, e hidroginástica. Em função dessa crescente demanda as academias tem tornado-se um mercado promissor onde os empresários estão investindo cada vez mais. Agora no século XXI, é notória a tendência que tem se tornado o mercado da atividade física. Devido à forma como se desponta a valorização da beleza, nota-se, o aumento gradativo de pessoas que procuram as academias em busca de saúde, qualidade de vida, bem-estar, além da procura incansável pelo corpo ideal. De acordo com Bergallo (2004, pag 1), ...Aqui no Brasil não dispomos, ainda, de dados estatísticos precisos. O mercado agora começa a se organizar e, há apenas quatro anos foi formada a ACAD - Associação Brasileira das Academias. Pelos levantamentos preliminares realizados com representantes em vários estados, estimamos existirem 7.000 academias em todo o país, empregando 120.000 pessoas (são atualmente 40.000 profissionais de educação física registrados nos recém-constituídos Conselhos Regionais de Educação Física). Em Porto Velho, de acordo com o Conselho Regional de Educação Física de Rondônia (CREF8), nos últimos 10 anos o número de academia dobrou em toda a cidade, atualmente existem 25 academias credenciadas no referido Conselho. A maioria delas oferece aos clientes as mais variadas atividades, dentre elas aulas de ginástica localizada e aeróbica. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa pode ser caracterizada quanto à finalidade, em descritiva, porque expõe no estudo as características de determinada população ou fenômeno, estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza (GIL, 1991; VERGARA, 2000). Segundo Silva & Menezes (2000), a pesquisa estabelece relações entre variáveis, envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento. Seguindo a mesma linha, Mattar (1999) ressalta a inter-relação com o problema de pesquisa, ao afirmar que a utilização desse tipo de pesquisa deverá ocorrer quando o propósito de estudo for descrever as características de grupos, estimar a proporção de elementos que tenham determinadas características ou comportamentos, dentro de uma população específica, descobrir ou verificar a existência de relação entre variáveis. Rodrigues (2007) afirma que a pesquisa descritiva é aquela em que fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem interferência do pesquisador que se vale do uso de técnicas padronizadas de coleta de dados (questionário e observação sistemática). A pesquisa descritiva pode ser quantitativa, traduz em números as opiniões e informações para serem classificadas e analisadas, utilizando técnicas estatísticas (VERGARA, 2000). A pesquisa do presente estudo, portanto, é descritiva por tentar descrever as características da motivação dos praticantes de ginástica de academia, mediante aplicação de questionário, na fase da pesquisa de campo. A fase posterior do estudo foi de caráter quantitativo onde as informações coletadas dos praticantes de ginástica de academia. O objetivo desta pesquisa é medir relações entre variáveis por associação e obter informações sobre determinada população. 3.1 POPULAÇÃO ESTUDADA Para a coleta de dados foi escolhida uma academia, localizada na região leste da cidade de Porto Velho/RO. A academia apresenta varias modalidades esportivas, tais como ginástica localizada, musculação, spinning, jump, dança e natação, dentre outras. A população que compõem esta pesquisa são de 33 praticantes de ginástica de academia do sexo masculino e 38 do feminino, totalizando 71, com idade entre 18 à 65 anos de idade. 3.2 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário construído e validado por Balbinotti e Barbosa (2006) denominado Inventário Motivacional á Prática Regular de Atividade Física- IMPRAF-54 (Anexo 2). Este é um inventário que avalia 6 das possíveis dimensões associadas à motivação para a realização de atividades físicas regulares. Trata-se de 54 itens agrupados seis a seis, observando a seguinte seqüência: o primeiro item do primeiro bloco de seis apresenta uma questão relativa à dimensão motivacional Controle de Estresse (CE) (ex.: liberar tensões mentais), a segunda Saúde (Sa) (ex.: manter a forma física), a terceira Sociabilidade (So) (ex.: estar com amigos), a quarta Competitividade (Co) (ex.: vencer competições), a quinta Estética (Es) (ex.: manter bom aspecto) e a sexta Prazer (Pr) (ex.: meu próprio prazer). Esse mesmo modelo se repete no segundo bloco de seis questões, até completar 9 blocos (perfazendo um total de 54 questões). O bloco de número 9 é composto de seis questões repetidas (escala de verificação). Seu objetivo é verificar o grau de concordância acordada a primeira e a segunda resposta ao mesmo item. As respostas foram dadas de acordo com uma escala do tipo Likert, bidirecional graduada que vai de 1 a 5 pontos, distribuídos da seguinte forma: 1- Isto me motiva pouquíssimo; 2- Isto me motiva pouco; 3- Mais ou menos – não sei dizer tenho dúvida; 4- Isto me motiva muito; 5- Isto me motiva muitíssimo. Cada dimensão é analisada e o resultado total também é obtido, pois todas as dimensões têm o mesmo número de questões. A confiabilidade (fidedignidade) e a validade de construto deste inventário foram testadas e demonstradas nos estudo de Barbosa (2006), Balbinott & Barbosa (2006). Para coleta das informações acerca do sexo foi aplicado um questionário sócio demográfico (sexo e idade). Todos os participantes estavam cientes dos objetivos da investigação e assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aceitando participar do estudo (Anexo 1). 3.3 PROCEDIMENTOS PARA ANALISE DE DADOS Para analisar os dados, as questões do inventário foram organizadas nas seis categorias de análise, separando-se as pontuações das respostas por dimensão. Os dados foram digitados em Planilha de Excel e posteriormente extraídos os escores brutos por dimensão. A análise do resultado de cada dimensão foi efetuada controlando a variável sexo. Apresentaremos logo abaixo os resultados da estatística descritiva e das comparações dos resultados. 4 RESULTADOS E DISCURSÃO A fim de responder adequadamente, a resposta central deste estudo, apresentamos a analise da estatística de tendência central (média mediana e moda), conforme consta nas tabelas abaixo. A tabela abaixo mostra a analise dos dados gerais, de acordo com as dimensões. No resultado da Moda no quesito Saúde 36,4, no quesito Estética com resultado 36,1 e no Prazer 36,5 e , ou seja, valores muito próximos. Tabela 1 - análise geral: Dimensão motivacional Média Moda Mediana Controle Estresse - CE 26,6 33,6 28,2 Saúde - SA 34,9 36,4 36,0 Sociabilidade - SO 20,7 19,0 21,0 Competitividade - CO 11,6 10,5 11,0 Estética - ES 32,6 36,1 34,8 Prazer - PR 33,9 36,5 35,7 A tabela 2 demonstra a analise dos dados do grupo masculino, de acordo com as dimensões abaixo. Observa-se na tabela Média 35,0 no resultado da Sáude e na Moda houve praticamente um empate entre a dimensão Saúde e Prazer, com os valores respectivamente de 36,5 e 36,1. Na Mediana o destaque foi para a dimensão Saúde com 36,1. Tabela 2 - sexo Masculino: Dimensão motivacional Média Moda Mediana Controle Estresse - CE 27,0 34,1 29,4 Saúde - SA 35,0 36,5 36,1 Sociabilidade - SO 18,1 19,4 18,7 Competitividade - CO 11,8 9,7 11,0 Estética - ES 31,2 34,3 32,7 Prazer - PR 33,1 36,1 35,0 A tabela abaixo mostra a analise dos dados das mulheres, de acordo com as dimensões. O destaque do resultado foi para a média da dimensão Estética que resultou em média 32,3, bem com na Moda com resultado 41 no quesito Saúde e valores muito próximos na Sociabilidade e Estética com resultados respectivamente de 36,0 e 36,7. Já na Mediana sobressalta o valor 35,9 na Estética. Tabela 3 - sexo Feminino: Dimensão motivacional Controle Estresse - CE Média Moda Mediana 26,2 33,0 27,2 Saúde - SA 20,9 41,1 4,0 Sociabilidade - SO 16,4 36,0 29,0 Competitividade - CO 12,1 12,5 14,3 Estética - ES 32,3 36,7 35,9 Prazer - PR 20,8 36,8 36,2 Dessa analise extraiu-se o percentual da respostas freqüentes por motivação e finalmente os resultados obtidos foram demonstrados através gráficos classificados por resultado geral e gênero. No gráfico 1, logo abaixo, os resultados mostram que em geral, tanto homens quanto mulheres são muitíssimos motivados a prática de regular de atividade física pelo quesito Saúde, seguido da dimensão prazer e estética. No que diz respeito ao item competitividade ambos são poucos motivados. Percebe-se no gráfico 2, considerando a variável sexo masculino, que a campeão foi a dimensão saúde, que obteve apenas duas respostas, ou seja, 82% das respostas dadas foram: muitíssimo motivado e 18% muito motivado. O quesito prazer vem logo em seguida com 67% dos homens muitíssimos motivados e muito motivado com 24%. No quesito Sociabilidade 42% das respostas foram poucos motivados e 39% pouquíssimos motivados e 36,4% não souberam dizer ou tinham dúvidas. Já ao analisarmos o grafico 3, observa-se que a dimensão motivacional vitoriosa foi prazer, bem como houve um nivelamento nas dimensões saúde e estética com 79% por cento das mulheres muitíssimas motivadas. Na dimensão competitividade 50% das mulheres são pouco motivadas a prática de atividade física e 37% são pouquíssimas motivadas. ...... 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este estudo, tornou-se possível verificar e avaliar os fatores motivacionais de 71 praticantes de ginástica de uma academia de Porto Velho, do sexo masculino e feminino, com idades variando de 18 à 65 anos de idade. Os resultados indicam que a motivação dos praticantes de ginástica de academia de ambos os sexos, são motivados principalmente pelas dimensões Saúde, Prazer e Estética. O quesito Saúde foi o campeão quando analisada a variável sexo masculino com 82% dos homens muitíssimos motivados, seguido de prazer com respostas muitíssimo motivado num percentual de 67%. O mesmo não se pode dizer das mulheres que prevaleceu a dimensão Prazer com 84% das repostas em muitíssima motivada, seguidas de saúde e estética que ficaram com resultados nivelados com 79% muitíssima motivadas. No grupo masculino, a dimensão estética obteve respostas “muitíssimo motivado” num percentual de 48,5% das respostas dos homens, porém as mulheres são mais muitíssimas motivadas a prática de atividade física quando analisada a dimensão estética, com 79%. O que faz ressaltar a importância da aparência entre mulheres devido à influência externa ou motivação extrínseca (jornais, revistas, televisão, entre outros) que “ditam” de alguma forma o padrão de beleza comum na sociedade em geral. Outra diferença interessante observa-se na dimensão Sociabilidade quando comparado grupo masculino e feminino, haja vista que o resultado das repostas femininas ditam que 21% das respostas se enquadram em muitíssimo motivado e 29% muito motivado enquanto que os homens apresentam 6% por cento muitíssimo motivado e 15,2 muito motivado. Quando analisada a amostra total, o quesito saúde sobressai com um resultado de 80% muitíssimo motivado e 20% muito motivado. Conclui-se que um modo geral, homens e mulheres tem percepção de que a saúde é um bem que deve ser preservado e conquistado através de comportamentos hábitos saudáveis ao longo tempo e essas pessoas parecem estar cada vez mais consciente disso. Nota-se que os homens aderiram nominalmente mais a prática regular de atividade física quando os motivos estão relacionados à saúde. Por outro lado, as mulheres estão motivadas não só pela saúde, como também pela satisfação em praticar atividade física, ou seja, está associada ao um hobby ou lazer. Conclui-se que esses resultados podem ser particularmente úteis para psicólogos do esporte, personal training e outros profissionais interessados em assuntos relacionados a atividade física. Então, as dimensões como Controle de Estresse, Saúde, Sociabilidade, Competitividade, Estética e Prazer(avaliadas no IMPRAF-54), parecem ser uma fonte importante de informação para esses profissionais, permitindo que eles entendam melhor como esses elementos se integram na dinâmica geral de funcionamento daqueles que se beneficiam. Ou seja, medidas de motivação são particularmente interessantes quando utilizadas dentro de um contexto maior, ou melhor, quando esses profissionais se interessam em ajudar as pessoas na preparação de uma vida mais saudável. 6 REFERÊNCIAS ANTUNES, A. Academias de Ginástica e Musculação. 2009. 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ANEXOS ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Declaro que fui esclarecido de forma detalhada sobre a pesquisa, que tem como título “Motivação à pratica regular de Atividade Físicas: Um estudo com praticantes de Ginástica de Academia”, bem como da importância de sua realização. Esta pesquisa tem por objetivo geral explorar os níveis de 6 dimensões motivacionais associadas á pratica regular de atividades físicas (Controle de estresse, Saúde, Sociabilidade, Competitividade, Estética e Prazer). Os responsáveis por esta pesquisa, Adriana do Nascimento e Luan Ferreira, acadêmicos da Universidade Federal de Rondônia, matriculados no curso de Educação Física, 7º período, garantem aos participantes: Não há nenhum risco aos participantes da pesquisa, já que os mesmo serão submetidos apenas a um questionário de perguntas. É garantido ao entrevistado, se for da sua vontade, deixar a pesquisa a qualquer momento. Para tal, foi fornecido o telefone de contato. Prestar esclarecimentos aos participantes antes e depois da pesquisa. A identidade dos participantes não será revelada e as informações que forem prestadas poderão ser utilizadas somente para fins científicos. _______________________________________________________________ Nome e assinatura do participante da pesquisa Pesquisadores: Adriana do Nascimento e Luan Ferreira – contato: tel.: 8426-7151 e 9294-3607 ANEXO 2 – INVETÁRIO DE MOTIVAÇÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA: IMPRAF-54 Nome: Sexo: ( Idade: ) Fem. ( ) Masc. Estado Civil: ( ) Solteiro(a) Curso/Profissão: ( ) Casado(a) ( ) outros. Treinamento c/ personal? ( ) Sim ( ) Não Frequência de prática (vezes por semana): meses Tempo de prática: vezes anos Modalidade praticada: INVENTÁRIO DE MOTIVAÇÃO Á PRATICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA: IMPRAF-54 Este inventário visa conhecer melhor as motivações que o levam a realizar (ou o mantém realizando) atividades físicas. As afirmações (ou itens) descritas abaixo podem ou não representar suas próprias motivações. Indique, de acordo com a escala abaixo, o quanto cada afirmação representa sua propria motivação para realizar uma atividade física. Note que, quanto maior o valor associado a cada afirmação, mais motivadora ela é para voce. Responda todas as questões de forma sincera, não deixando nenhuma resposta em branco. Escala: 1- Isto me motiva pouquíssimo 4- Isto me motiva muito 2- Isto me motiva pouco 5- Isto me motiva muitíssimo 3- Mais ou menos - não sei dizer - tenho dúvida Responda, nos parenteses apropriados, as seguintes afirmações iniciadas com: Realizo atividades fisicas para... 1 01. 02. 03. 04. 05. 06. ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) diminuir a irritação adquirir saude encontrar amigos ser campeão no esporte ficar com o corpo bonito atingir meus ideiais 3 13. 14. 15. 16. 17. 18. ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) ficar mais tranquilo manter a saude reunir com os amigos ganhar premios ter um corpo definido realizar-me 5 25. 26. 27 28. 29. 30. ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) diminuir a angustia pessoal viver mais fazer novos amigos ganhar dos adversários sentir-me bonito atingir meus objetivos 7 37. 38. 39 40. 41. 42. ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) descançar não ficar doente brincar com meus amigos vencer competições manter-me em forma ter a sensação de bem estar 9 49. 50. 51 52. 53. 54. ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) ter sensação de repouso viver mais reunir com os amigos ser o melhor no esporte ficar com o corpo definido realizar-me 2 07. 08. 09. 10. 11. 12. ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) ter sensação de repouso melhorar a saude estar com outras pessoas competir com os outros ficar com o corpo definido alcançar meus objetivos 4 19. 20. 21. 22. 23. 24. ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) diminuir a ansiedadeo ficar livre de doenças estar com os amigos ser o mehor no esporte manter o corpo em forma obter safistação 31. ( ) ficar sossegado 32. ( ) ter índices saudáveis de apt. física 6 33. 34. 35. 36. ( ( ( ( ) ) ) ) conversar com outras pessoas concorrer com os outros tornar-me atraente meu próprio prazer 43. ( ) tirar o estresse mental 44. ( ) crescer com saúde 8 45. ( ) fazer parte de um grupo de amigos 46. ( ) ter retorno financeiro 47. ( ) manter um bom aspecto físico 48. ( ) me sentir bem