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A Samamultimídia
Educação e Arte
apresenta
O Caso Sobel:
J’accuse
ou
Je pardonne?
Novela
em seis capítulos
Pelo Conselho Editorial da Revista
O caso Sobel
J’accuse
ou
Je pardonne?
Capítulo I
Na quinta-feira, dia 29 de março, como se sabe, a
imprensa brasileira, em peso, divulgava a espantosa
descoberta de que Henry Isaac Sobel, que liderou por
mais de trinta anos a presidência da Congregação
Israelita de São Paulo (CIP), e que é considerado o líder
espiritual da comunidade judaica brasileira, a voz do
judaísmo no Brasil, a maior autoridade em todos os
assuntos que se referem ao povo, à ideologia e ao credo
judaico, figura conhecidíssima de todos os meios de
comunicação com seu inconfundível e marcante sotaque
norteamericanizado e sua linda quipá púrpura com
debrum dourado, além de gravatas impecáveis; que é
amigo dos maiores empresários e políticos da América
do Sul (sendo íntimo de nosso presidente da
República)... ©
Homem que esteve corajosamente à frente da luta contra a
ditadura militar, ativo participador de festas, casamentos,
congressos, passeatas, julgamentos e de todos os possíveis
eventos sociais em que o judaísmo não possa deixar de estar
em evidência e representado pelo seu máximo líder; conhecido
e aclamado defensor do ecumenismo, que abraça e beija o
Dalai Lama e inúmeros outros representantes das mais
variadas religiões do mundo, tendo, inclusive, um encontro
marcado com o Papa para o mês que vem; realmente
considerado pela esmagadora maioria “dono de uma
trajetória exemplar”, “feitor de atos heróicos” cuja reputação
sempre havia sido “acima de qualquer suspeita”, como um
dos “principais defensores dos padrões éticos e morais da
sociedade brasileira”... ©
... fôra preso em Palm Beach por ter sido
pego, em flagrante, roubando gravatas!
Sem dúvida, essa foi uma das notícias mais chocantes e inesperadas que já
houve na imprensa. E, “coincidentemente”, a ocorrência foi divulgada na
quinta feira da semana santa.
Por diversos dias ninguém ficou sabendo do fato, tendo o ladrão (que,
quando rico, é cinicamente denominado “cleptomaníaco”) voltado
normalmente para casa e dado continuidade às suas retromencionadas
atividades “impecáveis e irrepreensíveis” e somente às vésperas da Páscoa
explodiu na mídia a bomba do roubo das gravatas, em milhares de artigos
espalhados pelos jornais e pela internet.
Cabe lembrar que esta quinta-feira representa a mesma Quinta-feira Santa
na qual, há exatamente 1977 anos, Jesus Cristo vivia Seus últimos momentos
de existência aqui na Terra, comemorando, com Seus doze discípulos mais
próximos, a Santa Ceia, na qual transformou integral e radicalmente o ritual
e o sentido da velha pessah (a páscoa judaica) inaugurando na Terra a
Páscoa Cristã. Nesse mesmo dia traíram, prenderam, interrogaram,
julgaram, torturaram, humilharam, ridicularizaram, cuspiram, espancaram
e condenaram o Divino Mestre, o Deus do Amor, a Luz do Mundo, à morte,
por crucificação – a mais cruel, mais desumana, mais chocante, mais
tenebrosa forma de tortura que já existiu sobre a face da Terra. ©
Seria coincidência?
Tal data “escolhida” para divulgar uma notícia, digamos...
pornográfica, não parece ser uma coincidência e, ao contrário, nos
faz pensar que, após mais de dois mil anos o povo que
historicamente e comprovadamente fez assassinar o Filho de Deus
– conforme afirmam e testemunham os próprios judeus
convertidos como aquele velho e não pouco conhecido fariseu,
Paulo de Tarso, além de todos os Papas da Igreja que durante
dezenove séculos possuíram esta convicção e clareza continuavam tentando, de todas as formas possíveis e
inimagináveis, achincalhar, deturpar e apagar da memória da
humanidade o fato mais importante, mais memorável, mais
maravilhoso, mais misterioso e mais elevado que já houve na
História, que foi a vinda do Messias enviado pelo Pai Nosso que
está nos Céus ao nosso planeta, Sua vida, Obra, morte e
Ressurreição. ©
Silêncio!
Com isso, nosso país ocidental e tradicionalmente
cristão, que deveria aproveitar esses dias da Semana
Santa para se concentrar nos ensinos do Divino Mestre
e se recordar com todo respeito e solenidade de cada um
de Seus passos aqui na Terra, procurando reavivar nos
corações o Seu exemplo de vida e procurando
compreender melhor os fatos ocorridos naqueles dias
fatídicos e suas conseqüências até os nossos dias, não
falava de outra coisa na sexta-feira santa, que não fosse
do famoso Henry Sobel que havia sido preso em
flagrante, roubando gravatas de grife em Miami!
É de um descabimento tão grande que as palavras não
podem expressar o grau de indignação de um cristão
diante de tamanha afronta e baixaria perpetrada nos
sagrados dias em que a Terra rememora a passagem do
Cristo em nosso planeta, com todas as Suas dores e
maravilhas inigualáveis. ©
Por uma questão de decoro, respeito, dignidade e espírito cristão, abstemonos de tecer qualquer tipo de comentário sobre o “Caso Sobel” até a presente
data, procurando recordar e reviver os últimos passos de Jesus na Terra,
durante a chamada Semana Santa, desde a entrada triunfal em Jerusalém –
o Domingo de Ramos – até a Sua ressurreição no domingo seguinte, que até
hoje é a Páscoa Cristã.
E realmente não iríamos nos manifestar dado a insignificância e o nível
assaz baixo do tema e de seu patético e asqueroso protagonista. O gajo não
merece nem ser acusado e nem perdoado, conforme sugere o título desta
nota, ainda que Isaías nos aconselhe: “Não lhes perdoes!”, como se verá mais
à frente.
Porque ele é demasiado anódino, com agravantes andróginos e alienígenas
para que lhe dispensemos qualquer tipo de atenção. Só resolvemos ir adiante
e escrever o que segue em consideração aos humanos, por considerar essas
palavras de utilidade pública, a bem da verdade, a fim de alertar os incautos,
enganados e confundidos diante de tamanho conto do rabino.
Por isso, com não pouco esforço, diante dos desdobramentos
verdadeiramente inquietantes e suspeitos advindos do roubo das gravatas
pelo mais famoso e badalado representante da comunidade israelita de que
se tem notícia, teremos que abordar o assunto, no intuito de que se reflita
com seriedade sobre os pontos a partir de agora expostos. ©
Porque ele é demasiado anódino, com agravantes
andróginos e alienígenas para que lhe dispensemos
qualquer tipo de atenção. Só resolvemos ir adiante e
escrever o que segue em consideração aos humanos, por
considerar essas palavras de utilidade pública, a bem da
verdade, a fim de alertar os incautos, enganados e
confundidos diante de tamanho conto do rabino.
Por isso, com não pouco esforço, diante dos
desdobramentos verdadeiramente inquietantes e
suspeitos advindos do roubo das gravatas pelo mais
famoso e badalado representante da comunidade
israelita de que se tem notícia, teremos que abordar o
assunto, no intuito de que se reflita com seriedade sobre
os pontos a partir de agora expostos. ©
Recapitulando
A cena é pitoresca, a princípio...
Naquela arqui-famosa rua em Beverly Hills, a mesma em que – nos
anos 90 - aquela prostituta de luxo, ao som de “Oh pretty woman”, fez
suas célebres e inesquecíveis compras (pagando por todas as peças com
o dinheiro sem limites do empresário bilionário que por ela se
apaixonou) e transformou-se numa “Linda Mulher”... E fisgou o galã
pela gravata!...
... passeava Henry Isaac Sobel, o líder judeu mais famoso do
Brasil e, segundo algumas opiniões, do mundo!
Mas, como dizíamos, Sobel entra em diversas lojas, as mais caras de
todo o planeta, brinca com os lojistas, vasculha diversos itens - que não
compra - faz perguntas, anda, gesticula, olha de soslaio e obliquamente
para todos os lados, pede diversas gravatas para apreciar, deixa cair
algumas no chão, faz movimentos desordenados, ao mesmo tempo em
que faz uma pergunta e aponta para um outro canto da loja, dá uma
risada, tosse, coça as costas e outras cositas más... Volta a olhar ternos e
outros itens variados e, de repente, no momento oportuno, quando o
vendedor que o atendia se ocupa momentaneamente de alguma outra
atividade - certamente, já enjoado daquele excêntrico cliente que (a
experiência lhe dizia) não iria comprar nada - com a surpreendente
habilidade, rapidez e sutileza de uma serpente, faz desaparecer de suas
mãos uma gravata que nela se encontrava. E ninguém viu... A não ser a
câmera, que filmou Henry Sobel dobrando uma gravata e, em seguida,
seu sumiço... de ambos: o cliente e a gravata. O vendedor que já estava
de olho no comportamento suspeito daquele tipo foi verificar as recentes
gravações da câmera escondida que a loja possui, para casos de roubos.
Confirmou a cena que acabamos de descrever e um policial é
imediatamente acionado pela loja. ©
Pouco depois, a polícia encontra o ladrão,
entrando num carro. Dentro deste, encontra
mais três ou quatro gravatas que já haviam
sido roubadas, em algumas lojas anteriores,
com todo o sucesso.
Henry Sobel, após tentar negar o inegável
com a maior cara-de-pau, foi preso e passou o
sabbath de 24 de março de 2007 trancado
numa cela de cadeia de Miami. No dia
seguinte, pagou uma fiança de três mil
dólares e mais os 680 dólares referentes ao
valor das gravatas e voltou para o Brasil,
como se nada tivesse acontecido.
Por conta disso não faltaram piadas,
tais como: ©
“Nome: sr. Jacó (Babai do
Henry Sobel):
Esse Sobel nao aprender nada
“Eu
‘sobel’
que tinha algo de errado com esse Henry”...
do que
eusempre
lhe ensinei
!!! Onde
já se viu... Rouba gravatas no
“O que vai acontecer é bem
“Que
decepção!
Não
pelo
ato
em
si, mas pela burrice de
valor de U$ 600,00 e tem que
simples: ele vai ser expulso da
roubar
pagar U$ 3.000,00 para
sair5 e pagar 15 gravatas!...”
comunidade judaica. É uma
da cadeia !!! Ai, ai, ai... assim
questão matemática. Mamãe e
“Ele
‘sobeltraiu’
várias
gravatas
da loja...”
vai ficar na prejuizo!!!”
papai Sobel não criaram seu
filho para ser um schmuck que
“As bravatas do Sobel”
rouba US$ 680,00 em gravatas
para pagar US$ 3 mil de
“O ‘roubino’ Henry Isaac não ‘Sobel’ conter
fiança. Feito isso, sua única
seus ímpetos recônditos...”
chance de sobrevivência será
aproveitar
seus
talentos
clepto-eclesiásticos onde estes
sejam apreciados”.
Enfim, com o pagamento da fiança, já cá estava o
ladrão e os dias corriam “normalmente” como
sempre, quando, de repente, vaza a informação no
Brasil, pois o site da polícia norte-americana divulgou
a ficha criminal de número 2007016314 com a foto de
um preso por roubo de gravatas em Palm Beach: um
tal de Henry Isaac Sobel (sem a quipá!), que, segundo
informação dada à polícia, era um professor
universitário brasileiro, o qual pagou a fiança e foi
solto.
Mas... por aqui, tudo ainda parece um grande
equívoco. Imediatamente, surge a primeira reação
sobínica, indignado, em uma entrevista ao site G1 (o
portal de notícias da Globo): ©
“Nada disso é verdade!”, “a foto no site não é minha e
posso provar” e ainda diz ameaçadoramente: “tomarei
providências!”, além de enfatizar que “alguém está tentando
fazer um escândalo!”.
Sobel, como se vê, negou veementemente que havia sido
preso durante a sua passagem pela Flórida e que houvesse
cometido qualquer crime.
Mais algumas horas e... Não seria possível respaldar e
sustentar tal mentira descarada diante das provas existentes
nos EUA. Mas ele faz ainda uma tentativa dizendo à
imprensa, já alvoroçada:
“Jamais tive a intenção de furtar qualquer objeto em toda
minha vida. Pessoalmente estou habituado a enfrentar crises
e acusações de que posso me defender. Só não posso admitir
que tentem desqualificar os valores morais que sempre
defendi” (?).
Algumas horas mais e, ainda nesse mesmo dia, quintafeira, 29 de março, Sobel foi afastado temporariamente da
Congregação Israelita Paulista da qual era presidente. ©
Pouco tempo depois disso, subitamente, inexplicavelmente e
surpreendentemente, Henry Isaac Sobel, que havia passado
uma ótima semana de volta ao lar brasileiro com todas as suas
atividades de costume e nenhum sinal de perturbações de
nenhuma espécie, precisamente um dia após sua detenção nos
Estados Unidos ter sido noticiada no Brasil, começa a passar
mal, muito esquisitamente mal.
Tem início então uma das encenações - obviamente montada
pela assessoria de imprensa da CIP - mais patéticas e aviltantes
a qualquer inteligência abaixo da média que já se viu nesse
mundo de Deus, de homens e de diabos. Os bastidores da
comunidade judaica e midiática entram em ação para tentar
salvar o lobo em pele de cordeiro que construiu em cima de
falácias, de muitos “relacionamentos influentes” e de um
poderoso marketing pessoal, uma longa e muito bem sucedida
carreira pública, eclesiástica, política e sócio-econômica: Sobel é
internado na madrugada de sexta-feira no Hospital Israelita
Albert Einstein, que divulga o seguinte boletim: ©
“O paciente Henry I. Sobel foi internado devido a episódio de transtorno de
humor, representado por descontrole emocional e alterações de comportamento”.
“O paciente estava sob tratamento medicamentoso e, por insônia severa, vinha
fazendo uso imoderado de hipnóticos diazepínicos, causadores potenciais de
quadros de confusão mental e amnésia. Está em observação clínica, sem previsão
de alta”, afirma o documento, assinado pelos médicos José Henrique Germann
e Flavio Huck.
Ao ser indagado se a “confusão mental” poderia fazer Sobel cometer furtos, o
psiquiatra Guido Palombo, presidente da Academia de Medicina de São Paulo
responde: “Se estava tomando esse tipo de remédios, sim. Um coquetel de
remédios antidepressivos e indutores do sono pode causar estreitamento da
consciência. A pessoa passa a agir de forma semi-automática, quase primitiva.”
Seria uma espécie de cleptomania? – pergunta estupefato e extremamente
confuso o entrevistador. “Não, a cleptomania se caracteriza como uma doença
que não é estimulada por remédios. O caso do rabino é claramente episódico.”
No sábado, dia 31, o rabino, ou ex-rabino, o político ou o religioso, o ladrão
ou o doente, não se sabe ao certo o que dizer, aparece, muito calmo, como que
sedado, num delicado e chique roupão branco e já de volta com a sua
inseparável quipá púrpura, para uma declaração coletiva à imprensa e já não
mais mente descaradamente conforme tentou fazer com a polícia norteamericana, com a imprensa e a população brasileira, mas sim, assume seus
erros humildemente e pede perdão pelos mesmos: ©
“Eu não sei como começar. Estou tomando medicamentos
relativamente fortes. Quanto ao ocorrido, é muito difícil para mim
explicar o inexplicável. Não possuo conhecimentos científicos,
psicológicos para compreender, explicar e, menos ainda, justificar
aquilo que aconteceu, mas uma coisa eu sei: o Henry Sobel que
cometeu aquele ato não é o Henry Sobel que vocês conhecem” (?),
disse o Sobel com dramáticas pausas, expressões indefiníveis e
num tom de voz embargado, humilde e arrependido que era de
dar nó na garganta e arrancar lágrimas dessa população
brasileira tão manipulável e enganável.
“Eu quero terminar com um pedido de desculpas, e por extensão,
quero assumir um compromisso. Quero pedir desculpas pelo
transtorno que eu criei, principalmente por ter tomado
medicamentos sem permissão médica. Quero pedir desculpas pelo
transtorno que criei para todos, e quero assumir um compromisso
solene: pretendo continuar a defender todos os valores morais e
éticos que sempre defendi, como judeu, como homem e como
rabino”, concluiu, emocionado (?).
A partir desse momento, espantosamente tudo começa a sofrer uma mudança
de 360º. Como disse um atento observador (já atacado e ameaçado): “Eis que
refeitos do grande susto inicial e já organizados em mutirão” (visto que a
encenação ‘colou’) “as brigadas judaicas e os cínicos professores-doutores-livredocentes-judeus, em nossas universidades, começam a se articular com a mídia, e
a publicar aflitos arrazoados sobre as discutíveis virtudes do vaidoso rabino, não
por ele, que é absolutamente descartável, mas pela já abalada causa do sombrio
judaísmo internacional e pela indefensável imoralidade da brutal ocupação da
Palestina”.
“O mutirão em defesa da frouxa moralidade do rabino vaidoso, em realidade,
não se dá altruisticamente pelos seus lindos olhos, nem pelo seu anacrônico
penteado de hippie pasteurizado, mas somente pela abalada imagem do judaísmo,
da sinagoga e de toda a comunidade judaica, que vinha lucrando enormemente
com essa figura incrustada como uma lapa em certas instâncias do poder”.
“Por mais que insistam, de modo algum essa patética figura poderia ser
comparada aos grandes nomes da história recente de nosso país. Agora já não sei
o que essas pessoas ainda pretendem ao insistir em defender o indefensável, em
explicar o inexplicável. Além de ganancioso oportunista, o rabino não é, e nunca
foi herói, e nem praticou atos heróicos. Descobrimos que o religioso judeu rouba
gravatas, mente na polícia, mente para as câmaras de televisão, e continua
mentindo descaradamente para todos nós... O que mais precisam para se calarem
essas pessoas tão exageradamente ‘altruístas’?”[1]
Mas eles não se calam. As notícias na mídia sobre o “Caso Sobel” vão
rapidamente perdendo o teor de acusação e de crítica; a comunidade
judaica inteira manifesta seu apoio total ao seu ilustre e admirado rabino,
pobre vítima de um terrível mal súbito e de desumanos ataques pela
mídia; milhares de abaixo-assinados promovidos por gente de toda
espécie, inclusive, artistas renomados e famosos, circulam pela internet e
por todos os lugares; alastram-se biografias calorosas, fervorosas e
exaltando à categoria de herói nacional e benfeitor de toda a humanidade
o tipo que foi preso em flagrante por roubo de gravatas de marca maior e
provou que é um mentiroso de marca menor; e, ao mesmo tempo em que
pululam chacotas e chistes por todo o universo internauta (que só fazem
aumentar a popularidade do tipo), um outro tanto, muito mais fervoroso
e fanático, se insurge contra as notícias que simplesmente divulgam a
Nota: [1] Por Alfredo Braga. Opiniões na íntegra
verdade dos fatos ocorridos, os quais, por si só, já são indecorosos,
sobre esse caso específico citado e sobre a questão do
escandalosos e vergonhosos e não precisam de exageros nem acréscimos; e
judaísmo no mundo, com diversos links e reveladores
a comunidade judaica já quer levar o caso para Israel, ao Conselho
artigos de autores variados, podem ser acessados na
Rabínico Mundial, inclusive pelo fato de Sobel ter passado o sabbat na
página www.alfredo-braga.pro.br ©
cadeia! A comunidade judaica, irada e já naquele conhecido tom de
ameaça - respaldada pela “lei” - diz que tal prisão é uma falta gravíssima,
um desrespeito ao digníssimo presidente da Congregação Israelita! ©
Em resumo: nunca havia sido tão
popular, tão admirada e celebrizada a
figura do “honestíssimo rabino Henry
Isaac Sobel, a infeliz vítima inocente
de um avassalador, irresistível e
perfeitamente inexplicável surto de
gatunice diazepínica...” e que, após
nove dias internado no hospital,
recebeu alta e afirmou esperançoso:
“Eu confio que tudo acabará bem”. ©
Para confirmar o sucesso total da jogada “montada pelo staff das
congregações e agências judias e rapidamente propalada e repetida por
colunistas tidos como tão honestos quanto o próprio rabino apanhado com a
boca na botija”, por mais inacreditável e surreal que pareça, a Justiça dos
Estados Unidos decidiu reclassificar o caso de Henry Sobel, que foi preso no dia
23 de março nos Estados Unidos, acusado de furtar cinco gravatas de marcas
luxuosas. A promotoria do estado norte-americano da Flórida informou que ele
responde agora a apenas três acusações de pequenos furtos e transferiu o
processo do tribunal estadual para o tribunal do condado de Palm Beach.
Segundo a promotoria estadual da Flórida, no último dia 16, as acusações de
furto foram reclassificadas pela promotora assistente Jill Richstone.
Com a diminuição nos agravantes da acusação, caso seja condenado, Sobel não
corre mais o risco de ir para a cadeia. Como pequenos furtos são considerados
delitos leves nos EUA, a pena prevista para esse tipo de delito é a prestação de
serviços comunitários.
E para fechar o golpe com chave de ouro, o encontro que já estava marcado
com o Papa, e que desde o roubo e a prisão havia ficado em suspenso, foi
confirmado. Os representantes da Igreja Católica mantiveram o convite feito ao
representante do judaísmo, Henry Isaac Sobel, para um encontro com o Papa
Bento XVI durante a sua visita ao Brasil, no mês que vem. Mas Sobel só vai
poder representar a Comunidade Israelita Paulista (CIP) se voltar a ocupar a
presidência de tal entidade. ©
O encontro com o Papa está marcado para a quinta-feira, dia 10, segundo dia da
visita a São Paulo. Também participarão da reunião, no Mosteiro de São Bento, no
centro da capital, representantes de outras religiões. O secretário-geral da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Scherer, afirmou:
“O convite foi feito e, por enquanto, não houve motivo para ser retirado” (?) –
disse dom Odilo, que não comentou as acusações contra o rabino.
Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Sobel confirmou sua presença no
encontro e afirmou que pretende aproveitar a oportunidade para “pedir perdão ao
Deus de Abraão, Isaac e Jacó”. E acrescentou ainda:
“Eu pretendo, na presença do Papa, sentir a humildade dele e fazer com que um
pouco dessa humildade entre na minha alma. Quem sabe com uma pequena dose de
humildade a mais eu tenha condições de transformar esse incidente em algo positivo.
Tenho muito carinho e respeito por este Papa. Se eu tiver a oportunidade de contar a
minha história a ele, tenho certeza absoluta que ele vai me perdoar. Ao pedir perdão
ao Papa, simultaneamente vou pedir perdão ao Deus de Abraão, Isaac e Jacó, o Deus
dos Profetas e do povo de Israel. E, por extensão, aos meus amigos que sofreram e
estão sofrendo comigo”.
Henry Sobel disse ainda que, na presença do Papa, vai rezar pelos pecados
cometidos por todos os homens. E encerrou, dizendo:
“Pretendo me apresentar ao Papa não como um santo (???) e sim como um ser
humano, profundamente arrependido daquilo que aconteceu na Flórida”.
Ainda ao Estado, Sobel atribuiu o roubo das gravatas a um ato falho. Para ele, a
mistura de medicamentos provocou um “lapso em sua cabeça”. ©
E assim resume-se o episódio: leva-se mais de trinta anos para
construir uma imagem de paladino dos bons costumes, da moral e
da ética. Leva-se poucas horas para destruir essa imagem. E
alguns dias para superá-la em escalas assustadoras, nos fazendo
imaginar que o “Doente Imaginário” em versão judaica - que
supera a fértil imaginação de Molière - pode se candidatar ao que
quer que seja, tanto no cenário eclesiástico como no político,
empresarial ou artístico que, sem dúvida, será um fenômeno sem
precedentes.
Eis o poder da moderna trilogia: Mídia-Dinheiro-Judaísmo.
E não podemos descartar a hipótese de que em breve sejam
lançados bonecos em miniatura de Henry Isaac Sobel, com as
cinco gravatas roubadas penduradas no pescoço... E o boneco em
carne e osso, ele próprio, poderá ser o garoto propaganda dele
mesmo, com a maior satisfação e talento!
Tal imagem não está muito distante dos bonecos que foram
fabricados e vendidos pelo mundo todo de Saddam Hussein em
miniatura, com uma corda no pescoço. Inclusive, diga-se de
passagem que nunca se ouviu falar que o elegante Presidente do
Iraque tivesse cometido qualquer roubo. ©
O autor e sua obra
Afinal, o que fez Henry Isaac Sobel para ser tão aclamado, tão “bem
relacionado”, tão elogiado, tão badalado, tão citado, tão incrivelmente
admirado pela sociedade brasileira de uma forma geral, sobretudo
depois do escândalo de Palm Beach?
Mediante uma pesquisa dinâmica pode-se constatar de forma
unânime a repetição dos grandiosos feitos de Henry Sobel em mais de
três décadas radicado no Brasil. Ressaltamos que se trata de uma
pesquisa dinâmica, em primeiro lugar porque pelo dedo já se pode
conhecer o gigante e, além disso, o tempo é precioso, e nós
priorizamos e damos total preferência para estudar uma respeitável
lista de homens dignos, inteligentes, saudáveis, brilhantes e geniais
que realmente merecem a nossa atenção e a nossa consideração.
Em resumo, eis a “obra”: engajamento na luta contra a ditadura
militar que resultou num livro, Brasil: nunca mais; promoção geral do
ecumenismo mundial; e uma imensa lista de adjetivos e qualidades
que lhe atribuem por seus feitos grandiosos em prol da Justiça, da
democracia, da liberdade e dos Direitos Humanos, do diálogo e da paz
entre todos os povos. Sem, no entanto, citar e pormenorizar estes
feitos. Algo exageradamente genérico, ambíguo e débil. ©
As frases elogiosas à obra (?) do ex-rabino (?) são realmente
impressionantes. Mas o que mais impressiona mesmo é que, até o
momento de haverem descoberto que ele é um ladrão, conforme
prova o B.O. norte-americano divulgado pelo mundo inteiro, ele
nunca havia sido tão idolatrado. Ao ler as declarações na mídia a
seu respeito tem-se a impressão de que o homem é o maior
benfeitor, o mais humano dos humanos... Enfim, dir-se-ia um santo.
Se bem que não existe essa coisa de santo no judaísmo; ao
contrário, precisamente os representantes do judaísmo é que
mandaram apedrejar, esfolar, crucificar, queimar, cerrar e
assassinar brutalmente diversos verdadeiros santos.
Mas, voltando ao ladrão e mentiroso, é assustador verificar que
uma pessoa que até então era badalada após ser presa em flagrante
por roubo passou a ser endeusada!
Só Freud e Moisés podem explicar esse fenômeno de demência
social.
As qualidades e perfeições que a mídia inteira, a classe artística e
a “nata da sociedade” estão atribuindo a Henry Isaac Sobel é de
deixar qualquer pessoa com o mínimo de senso de realidade num
pasmo e indignação indescritíveis. ©
Nós não vamos repetir aqui tais blasfêmias. Mas o leitor
que quiser confirmar não terá nenhuma dificuldade em
encontrar tais elogios verdadeiramente suspeitos e
comprovadamente falsos. Talvez o mundo nunca tenha visto
uma figura mais artificial, mais postiça, mais contraditória,
mais desavergonhada, mais parasitária, mais oportunista,
mais desqualificada do que esse anacrônico cabeludo, que,
de penteado estilo chanel, enquipádo e engravatado, segue
fielmente o Talmud. Destaque-se uma entrevista dada ao
entrevistador judeu, diretor de teatro famoso mundialmente,
Gerald Thomas, que pode ser vista no site www2.uol.com.Br/geraldthomas/new/entrevistas.htm – na
qual, entre palavrões e risadas, pode-se ter uma idéia dos
pensamentos (?) - ou da ausência dos mesmos - e dos hábitos
de Henry Isaac Sobel, que, no final da entrevista, num visível
ímpeto incontrolável, lança diversos beijos na boca de
Gerald Thomas!!! ©
Não se pode deixar de registrar aqui uma declaração dada por
este gajo à imprensa, no ano 2000:
“Gosto do que está virando o mundo: um colapso de pílulas”.
Para bom entendedor meia palavra basta. O diretor de teatro
não entende nada de Arte e menos ainda de espiritualidade,
mas, talvez em decorrência de algum remédio forte, acabou
fazendo uma profecia referente ao seu maior ídolo, o
“palpável e impalpável”, Henry Issac Sobel. E o mais
assustador é que a profecia é extensiva ao planeta inteiro! Já
imaginou o leitor milhares de Henrys Sobels soltos por aí, sob
os incontroláveis, inexplicáveis e perigosos efeitos colaterais,
resultantes de colapsos de pílulas capazes de fazê-los perder a
consciência e cometer roubos e crimes, e agora, já sabendo de
antemão que não irão para a cadeia mas para o hospital?
Fim
do
primeiro
capítulo
O caso Sobel
J’accuse
ou
Je pardonne?
Uma produção
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