I ENCONTRO DE CAPACITAÇÃO PARA AS EQUIPES DOS CRAS, CREAS E CENTRO POP DE ALAGOAS / 2013 Profa. Dra. Zelma Madeira MATRICIALIDADE SÓCIO-FAMILIAR /SUAS A família é pública e privada. A intervenção do Estado na vida familiar é crescente e corresponde , sobretudo, à valorização da autonomia e à proteção da individualidade com base na regulamentação de políticas ( SIERRA,2011) CONCEITOS E ABORDAGENS NO ACOMPANHAMENTO FAMILIAR Tendência ao trabalhar com família A- Naturalização – eventos da natureza e as elaborações culturais B- modelo da família conjugal – século XVIII O QUE É FAMÍLIA ? Unidade de reprodução socialincluindo a reprodução biológica, a produção de valores de uso e consumo, inserida em determinado ponto da estrutura social , definido a partir da inserção de seus provedores na reprodução. (BRUSCHINI; 2000) O QUE É FAMÍLIA ? A família é o lócus privilegiado da constituição da subjetividade humana. A família é definidora, norteadora da história subjetiva do indivíduo Espaços de convivências nos quais se dá a troca de informações entre os membros e onde decisões coletivas a respeito do consumo, do lazer e de outros itens são tomadas FUNÇÕES DA FAMÍLIA 1- Econômica 2-socialização primária 3-ideológica – transmissão de valores PLURALIDADE DE FAMÍLIAS PLURALIDADE DE FAMÍLIA 1) Família Nuclear: são as famílias formadas por pai, mãe e filhos biológicos, ou seja, é a família formada por apenas duas gerações; 2) Famílias Extensas: são as famílias formadas por pai, mãe, filhos, avós e netos ou outros parentes, isto é, a família formada por três ou quatro gerações; 3) Famílias Adotivas Temporárias: são famílias (nuclear, extensa ou qualquer outra) que adquirem uma característica nova ao acolher um novo membro, mas temporariamente PLURALIDADE DE FAMÍLIA 5) Famílias de Casais: são as famílias formadas apenas pelo casal sem filhos; 6) Famílias Monoparentais: são as famílias chefiadas só pelo pai ou só pela mãe; 7) Famílias de casais homossexuais com ou sem criança: são as famílias formadas por pessoas do mesmo sexo, vivendo maritalmente, possuindo ou não crianças; PLURALIDADE DE FAMÍLIA 8) Famílias reconstruídas após o divórcio: são famílias formadas por pessoas (apenas um ou o casal) que foram casadas, que podem ou não ter crianças do outro casamento; 9) Famílias de várias pessoas vivendo juntas, sem laços legais, mas com forte compromisso mútuo: são famílias formadas por pessoas que moram juntas e que, mesmo sem ter a consanguinidade, são ligadas fortemente por laços afetivos. (SZUMANSKI :2002) FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA Flexibilidade das configurações familiares Indefinição dos papeis sexuais Redução da autoridade dos pais Aumento da mobilidade afetiva Divorcio/separações Baixa natalidade Cenários marcados por pobreza Redefinição das políticas públicas sociais DESAFIOS DO COTIDIANO DAS FAMILIAS Interesse na educação dos filhos Garantir seu sustento Realização profissional dos membros Satisfação sexual Envolvimento afetivo A cobrança para ser uma organização equilibrada apesar de se encontrar “num mundo em descontrole” POLITICA SOCIAL DE ATENDIMENTO A FAMILIA Tendência Familista Não pode ser confundido com pró-família, mas uma perspectiva de maior responsabilização da família pelo bem-estar de seus membros, incentivado pelas políticas públicas, seja pelo seu subdesenvolvimento em serviços de apoio à família, por benefícios poucos generosos ou pelo princípio da subsidiaridade do Estado, recaindo sobre a família a responsabilidade pelos serviços de proteção social TENDÊNCIA PROTETIVA/PREVENTIVA De promoção do bem-estar e da qualidade de vida; além disso, ampliou seu escopo, visando atingir e trabalhar estados de sofrimento, exclusão, vulnerabilidade, discriminações, dentre outros. com práticas socioeducativas alternativas, dirigidas para a autonomia e protagonismo das famílias PRESPECTIVA PROTETIVA A família não tem condições objetivas de arcar com as exigências que estão sendo colocadas sobre ela na sociedade contemporânea, especialmente nos países como o Brasil que é marcado por uma desigualdade estrutural FAMÍLIA E POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – MATRICIALIDADE SÓCIO-FAMLIAR A articulação da rede e a integração com as políticas setoriais. O novo desenho da Política de Assistência Social busca romper com a tradição de atendimentos: pontuais, dispersos, descontínuos e fragmentados, voltados para situações limites extremas, PROTEÇÃO SOCIAL - SUAS Centralidade e responsabilidade do Estado no atendimento e acompanhamento das famílias, de modo : proativo, protetivo, preventivo e territorializado, Assegurando o acesso a direitos e a melhoria da qualidade de vida. QUADRO SÍNTESE DOS SERVIÇOS POR NÍVEL DE COMPLEXIDADE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA 1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF 2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL MÉDIA COMPLEXIDADE Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos–PAEFI Serviço Especializado de Abordagem Social Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas Famílias ALTA COMPLEXIDADE Serviço de Acolhimento Institucional Serviço de Acolhimento em República Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências PNAS/SUAS ( AMBIGÜIDADES) Reconhecimento da pluralidade de famílias modernização conceitual - visão ampliada de família. Versus conservadorismo nas expectativas em relação às funções da família A proteção oferecida exige contrapartidas; qual seja, que a família cumpra suas clássicas funções, sobrecarregando de responsabilizações à família e reproduzindo estereótipos acerca dos papéis familiares ( TEIXEIRA, 2011) BASES DO TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS PARA MIOTO a) Concepções estereotipadas de famílias e papéis familiares, centrados na noção de família padrão e as demais como “desestruturadas’, com expectativas das clássicas funções alicerçadas nos papéis atribuídos por sexo e lugar nos espaços público e privado; BASES DO TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS PARA MIOTO ) Prevalência de propostas residuais, dirigindo-se a determinados problemas, segmentados e fragmentados da totalidade social, tomados como “desviantes”, “patológicos” e sujeitos ao trabalho psicossocial individualizante e terapêutico, para cujo diagnóstico e solução envolve-se a família, responsabilizada pelo fracasso na socialização, educação e cuidados de seus membros; BASES DO TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS PARA MIOTO c) Focalização nas famílias em situação- limite, em especial nas “mais derrotadas”, “incapazes”, “fracassadas”, e não em situações cotidianas da vida familiar, com ações preventivas e na oferta de serviços que deem sustentabilidade às famílias TRABALHO COM FAMÍLIAS Trabalho social multidimensional e relacional Implica simultaneidade de ações junto ao publico alvo Exige sinergia e ações em redes com vários sujeitos, organizações e grupos de interesse implicados na ação Trata-se de um conjunto de processos, estratégias e procedimentos técnicos interventivos, eleitos a partir de pressupostos fundamentais disponibilizados por ampla base teóricometodológica e ético-politica e processados numa adequação às diversidades regionais (WANDERLEY :2008) BASES NORTEADORAS DO TRABALHO COM FAMÍLIAS 1-Compreender o capitalismo na contemporaneidade (Neoliberalismo, Reestruturação Produtiva, Globalização Econômica e Cultural). 2- Compreender as políticas públicas – a relação Estado e famílias BASES NORTEADORAS DO TRABALHO COM FAMÍLIAS 3- Entender as concepções de famílias no seu sentido plural Recorte Classe Recorte Regional / Território Recorde Gênero e geração Recorte Étnico-Racial Recorte de Diversidade Sexual 4- Realizar a territorialização. Compreender em que contexto essa família se encontra, conhecer suas potencialidades, recursos, vulnerabilidades,relações estabelecidas, BASES NORTEADORAS DO TRABALHO COM FAMÍLIAS 5- O profissional deve insistir na garantia dos espaços de sociabilidade. Devem provocar a inserção dos membros na família na comunidade. 6- Procurar conhecer o histórico de vida familiar, mapeando sua constituição, trajetórias de vida e visão de mundo, seus códigos, regras, valores, forma de interação dos membros, dinâmicas intrafamiliar e da família com a comunidade 7-Analisar o Contexto Cultural – condições subjetivas a esfera dos afetos e dos vínculos BASES NORTEADORAS DO TRABALHO COM FAMÍLIAS 8--Postura do profissional - Não deve ser o “salvador da família”, sua posição é de coconstrutor, facilitador de processos e ajudando a família a compartilhar responsabilidades, permitindo a expressão de sua criatividade 9- Intervir tendo como horizonte a Instrumentalidade (instrumentais) Se são os objetivos profissionais (construídos a partir de uma reflexão teórica, ética e política e um método de investigação) BASES NORTEADORAS DO TRABALHO COM FAMÍLIAS 10- Trabalho em rede social - Realizar um trabalho em rede social de proteção, com encaminhamentos monitorados com propósito de adquirir suportes socioeconômico, e de serviços públicos 11- Busca da emancipação das famílias – autonomia garantir sua sobrevivência, buscando mediante mobilização e luta a garantia dos seus direitos. REFERENCIAS BIVBLIOGRAFICAS BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Trabalho social com famílias do serviço de proteção e atendimento integral a família- PAIF, Brasília: MDS 2012. Volume II BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. serviço de proteção e atendimento integral a família- PAIF segundo a tipificação dos serviços Nacional de serviços socioassistenciais , Brasília: MDS Volume I [email protected] 85 88487432