www.physicsplace.com Efrain N o Capítulo nico constante. 2 discutimos -em repouso A maioria Lopez os objetos ou Vimos no capítulo sofrem anterior porém, que não ocorre em equilíbrio se movendo das coisas, .mas demonstra com mecâ- velocidade não se movem alterações com no movimento. que a aceleração descreve aceleração quando as forças se equilibram aceleração.Dizemos entãoque a aceleraçãoproduzida é diretamenteproporcional à força resultante.Escrevemos: Aceleração-força resultante O símbolo -denota "é diretamenteproporcional a". Isso significa que qualquer variaçãoem um é a mesmavariação no outro. por um certo intervalo de tempo. Neste Produz Aceleração sob ação de um empurrão -uma força de algum tipo. Pode ser um emcomo o de um chute em uma bola de futebol.A aceleração é causada a combinação de forças que atuam rj\ \~ a uma taxa duas vezes maior. A dobrará o valor quando a força resultante Triplicar a força resultante produz três vezes mais FIGURA 4.1 e ela acelera. Chute a bola 74 Física Conceitual Atrito Quandoduassuperfíciesdeslizamou tendema deslizaruma sobre a outra, atua uma força de atrito. Quando se aplica uma força a um objeto, geralmenteuma força de atrito reduz a força resultantee a conseqiienteaceleração.O atrito é causadopelas irregularidades nas superfícies em contato mútuo, e dependedos tipos de materiais e de como eles são pressionadosjuntos. Mesmo as superfíciesque aparentam ser muito lisas têm irregularidadesmicroscópicasque obstruem o movimento. Os átomosagarram-senos muitos pontos de contato. Quando um objeto desliza sobre outro, ele deveou elevar-sesobreas saliênciasou senãodesfazer-sede átomos.Ambos os modos requeremforça. O sentido da força de atrito é sempreoposto ao do movimento. Um objeto escorregandopara baixo numa rampa experimentaum atrito que aponta rampa acima; um objeto que escorregapara a direita experimentaum atrito direcionado para a esquerda.Assim, se um objeto deve se movimentar com velocidadeconstante,entãodeve-seaplicar sobre ele uma força igual e opostaao atrito, para que as duas se anulem mutuamente.Uma força resultantenula não proporciona aceleração .L~ ... alguma. NaOexlsle amto sooreum caIxote que esla em repouso sobreum piso. Mas sevocê acionar as superfíciesem contato, empurrandohorizontalmenteo caixote, apareceo atrito, Quanto?Seo caixote aindaestiverem repouso,entãoo atri. to que se opõe ao movimento é justamente suficiente par~ cancelar seu empurrão. Se você empurrar horizontalmente com, digamos,70 newtons,o atrito toma-seigual a 70 newtons. Se você empurra mais forte, com digamos 100 new. tons,e o caixote estiverna iminência de deslizar,o atrito entre ele e o piso se opõe ao seu empurrãocom 100 newtons, Se 100 newtonsé o máximo que as superfíciespodem man. ter, se você empurrar um pouquinho mais forte a aderênci~ ceae.:rá e o caixote começaráa deslizar*. Verifique suas respostas I. Ele terá quatro 2. Ele terá menos aceleração vezes mais aceleração. porque o atrito reduzirá a força resultante. ant mbc Ira ainda possa não p; aImente complicados iim, a maio ria dos co ceitos da físil )m o atrito é diferer e. Ao contrá ; um fenôml eno muito ~omplicado. ões são eJ ões são a] de experimel l"i10 ~\J imadai )aseadas el1 :xper A força da mão acelera o tijolo Duas vezes mais força produz duas vezes mais acele~ão --=-7:"'"""' Duas vezes a força sobre duas vezes mais massa dá a FIGURA 4.2 A aceleração é di retamente proporcional à força. to". Para evitar sobrecargade informação, não faremos mais estadistinção, excetoparacitar um exemploimportante- a freadade um carro numa emergência.É muito importante que você não pise no freio com força demais,de modo a travar totalmente o giro dasrodas. Se as rodas estãocompletamente travadas elas escorregarão,fornecendo menos atrito do que serolassematéparar.Enquantoos pneusestão rolando, suassuperfíciesnão estãoescorregandosobrea superfície da rodovia e o atrito é atrito estático -e, portanto, maior do que o atrito de deslizamento.A diferença entre o atrito estático e o atrito de deslizamentotambém fica evidenciadaquandovocê tenta dobrar uma esquinamuito rápido. Uma vez que os pneuscomecema escorregar,a força de atrito sereduz e você derrapa!Um motorista habilidoso (ou um sistemade freios que impeça automaticamenteo travamento) mantém os pneus abaixo do limiar no qual a freada torna-sedeslizamento. É interessantetambém que a força de atrito não depende da rapidez. Um carro derrapandolentamentesofre aproximadamente o mesmo atrito que quando derrapa rapidamente. Se o atrito de deslizamentosofrido por um caixote deslizandolentamentesobreo piso é 90 newtons, com boa aproximação ele será 90 newtons quando a rapidez for maior. Ele pode ser maior quando o caixote estiver em repouso,ou na iminência de escorregar,masuma vez iniciado o deslizamento,a força de atrito permaneceráaproximadamente a mesma. Mais interessanteainda, o atrito não dependeda áreade contato. Se você faz o caixote deslizar sobre sua superfície de menor área,tudo que você fará seráconcentraro mesmo pesosobreuma áreamenor, mas o atrito resultaráo mesmo. Assim, os pneusextralargosque sevê em algunscarrosnão Capítulo 4 .Segunda Lei de Newton do Movimento 75 quando o fluxo do fluido toma-se irregular e desenvolvemse estruturas como redemoinhos e ondas de choque. Teste I. 75-N Qual a si mesmo\ a força F~rça\ de' 75-N deslizando. atrito Força aplicada N e o atríto FIGURA 4.3 O caixote desliza para a direita por causa de uma força aplicada de 75 N. Uma força de atrito de 75 N se opõe ao movimento, e a força resultante sobre o caixote anula-se,de forma que ele desliza com velocidade constante (aceleração nula). fornecemmais atrito que os pneusmais estreitos.Os pneus maislargos simplesmentedistribuem o peso do carro sobre umasuperfíciede maior áreaa fim de reduzir o aquecimento e o desgaste.De maneira semelhante,o atrito entre um caminhãoe o piso é o mesmo, tendo ele 4 pneus ou 18! Mais pneusdistribui a cargasobreuma áreamaior e reduz a pressãopor pneu. Curiosamente, a distância de parada quandoos freios são acionadosnão é determinadapelo númerode pneus.Mas o gastoque experimentamos pneusdependemmuito dessenúmero. O atrito não se restringe a sólidos deslizandouns sobre osoutros.Ele tambémocorre com líquidos e gases,chamadoscoletivamente de fluidos (porque fluem). O atrito em fluidos é chamadodeforça de resistência.Exatamentecomo o atrito entre superfícies sólidas dependeda natureza dassuperfícies,a força de resistência num fluido depende danaturezadeste;por exemplo, ela é maior na águado que no ar. Mas, diferentementedo atrito entre superfícies sólidas,tal como quandoum caixote desliza no piso, a força de resistênciadependesim da rapidez e da áreade contato. Issofaz sentido,pois a quantidadede fluido que é posta de ladopelobarco ou aeroplanodependedo tamanhoe da forma da embarcação.Um barco ou um aeroplano movendo-se lentamenteenfrenta menosforça de resistênciado que barcose aeroplanosmais rápidos. E os barcos e os aeroplanos largosprecisamexpulsarde seucaminho mais fluido do que navesestreitas.Quandoo movimento na águaé lento, a forçaderesistênciaé aproximadamenteproporcional à rapidez doobjeto. No ar, a força de resistênciapara a maioria dos valoresde rapidez é proporcional ao quadradoda rapidez. Assim,se um aeroplanodobrar sua rapidez, ele enfrentará umaforça de resistênciaquatro vezesmaior. Parauma rapidezalta,porém, tais regrassimples falham completamente, 2. resultante quando entre Um jato jumbo km!h quando que experimenta caixote ele e o piso é de 100 N~ voa a uma velocidade a força de empuxo constante gerada é de 100.000 N. Qual é a aceleração ça de resistência um você exerce sobre ele uma força de 110 de 1.000 por seus motores do jato~ Qual é a for- do ar sobre ele~ Massa e Peso A aceleraçãoque se imprime sobreum objeto dependenão apenasdas forças aplicadas e das forças de atrito, mas da inércia do mesmo. Quanto de inércia um objeto possui depende da quantidadede matéria que ele tem -quanto mais matéria, mais inércia. Paraespecificarquantamatéria alguma coisapossui,usamoso termo massa.Quantomaior for a massade um objeto, maior serásuainércia. A massa é uma medida da inércia de um objeto material. A massacorrespondeà nossanoção intuitiva de peso. Normalmentedizemosque um objeto possuibastantematéria seele pesamuito. Mas existe uma diferençaentre massa e peso.Podemosdefinir cadaum delesda seguintemaneira: Massa: a quantidade de matéria num objeto. É também a medida da inércia ou lerdeza que um objeto apresenta em resposta a qualquer esforço feito para movê-lo, pará-Io ou alterar de algum modo o seu estado de movimento. Peso: a força sobre um objeto devido à gravidade. Massa e peso são diretamente proporcionais entre si*, Sea massade um objeto é dobrada,seupesotambémdobra; se a massatorna-se duas vezes menor, o mesmo acontece com o peso. Por causadisso, frequentementemassae peso sãotrocados.Massae pesosãotambémalgumasvezesconfundidos porque é comum medir a quantidade de matéria ~ FIGURA 4.5 Uma bigorna flutuando no espaço exterior, {1 entre a Terra e a Lua por exemplo, pode não ter peso, mas possui massa. FIGURA 4.4 O atrito o piso é aproximadamente entre o pneu e o mesmo, seja o pneu largo ou estreito. O propósito diminuir da maior área de contato o aquecimento é e o desgaste. .Peso e massa são proporcionais entre si e a constante de proporcionalidade é g. Assim, peso = mg, de forma que 9,8 N = (I Kg)(9,8 m/s'). Mais adiante no Capítulo 9, nós aperfeiçoaremos nossa definição de peso -como a força com a qual um corpo pressiona contra um apoio (como quando pressiona uma balança de verificação do peso). 76 Física Conceitual A quantidade de matéria que um objeto possui é normalmentedescritapela atraçãogravitacionalque a Terra lhe aplica, ou seupeso; no Brasil, geralmenteexpressoem quilogramas-força (símbolo: kgf). Na maior parte dos países, FIGURA 4.6 O astronauta, no espaentretanto, a medidade matériaé geralmenteexpressanuma ço, descobre que é tão difícil sacudir a unidade de massa,o quilograma. Na superfície da Terra, bigorna "sem peso" como quando ela está na Terra. Se a bigorna é mais masum tijolo com massade 1 quilograma pesa 1 quilogramasiva do que o astronauta, qual deles baforça. No SistemaInternacional (SI), a unidadede força é o lança mais -a bigorna ou o astronautal newton. Um tijolo de 1 quilograma pesacerca de 10 newtons (mais precisamente,9,8 N) *. Longe da superfície da nascoisas(massa)pela atraçãogravitacional da Terra sobre Terra, onde é menor a influência da gravidade,um tijolo de ela (peso).Mas a massaé mais fundamentaldo que o peso; 1 quilogramapesamenos.Ele tambémpesariamenosna suela é uma quantidade fundamental que escapacompleta- perfície de planetascom gravidademenor do que a da Terra. Na superfícieda Lua, por exemplo,onde a força gravitamenteà atençãoda maioria daspessoas. Existem ocasiõesem que o peso correspondeà nossa cional sobreas coisastem apenas116da intensidadeda fornoção inconsciente de inércia. Por exemplo, se você está ça gravitaciona1terrestre,um objeto de 1 quilograma pesa tentandodeterminarqual de dois pequenosobjetos é o mais cerca de 1,6 newtons(oucercade 0,16 Kgf). Sobreplanetas pesado, pode sacudi-los para a frente e para trás em sua com gravidade mais forte, pesariammais. Mas a massado mão, ou movimentá-lo de alguma maneira, em vez de ape- tijolo é a mesmaem qualquerlugar. Ele oferecea mesmarenas sustentá-lo.Ao fazê-lo, você estaráavaliando qual dos sistência ao aumento ou à diminuição de sua rapidez, não dois é mais difícil de conseguirmover, verificando qual dos importa se ele está na Terra, na Lua ou em qualquer outro dois resistemais a uma alteraçãono movimento. Você esta- corpo que o atraia.Dentro de uma naveespacialcom os motores desligados,uma balançaindicará zero para o peso do rá, de fato, comparandoas inércias dos corpos. tijolo, mas ele aindapossui massa.Mesmo que não pressione a balança para baixo, o tijolo continua apresentandoa Verifique suas respostas mesmaresistênciaa mudançasem seumovimento que apresentana Terra. Parasacudi-Io,um astronautanuma espaçoI. 10 N no sentido de seu empurrão. naveteria que exercersobreo tijolo a mesmaquantidadede 2. A aceleração é nula porque a velocidade é constante. Uma força que exercequandoele seencontrana Terra.Vocêteria vez que a aceleração é nula, diz a segunda lei de Newton que empurrar com a mesmaforça para acelerarum enorme que é nula a força resultante, o que significa que a força de caminhão até alcançaruma certa rapidez, seja na superfície resistência do ar deve ser exatamente igual à força de emda Lua ou na da Terra.A dificuldade de sustentá-Iocontra a puxo de 100.000 N e atuar no sentido oposto.Assim a regravidade(peso),entretanto,é outra coisa.Massae pesosão sistência do ar sobre o jato é de 100.000 N. (Note que não diferentesum do outro (Figuras 4.5 e 4.6). precisamos saber qual a velocidade do jato para responder esta questão. Precisamos apenas saber que ela é constante. Uma agradáveldemonstraçãoque revela a distinção ennossa pista de que a aceleração e a força resultante são nutre massae peso é a de uma bola massivasuspensapor um las.) barbante,como mostradona Figura 4.7. O barbantesuperior se rompe quando o barbante de baixo é puxado com uma força que aumentagradualmente,maso barbantede baixo é quem serompe quandoé puxado bruscamente.Qual desses casosilustra o peso da bola e qual deles ilustra a massada mesma?Note que apenaso barbantesuperior suportao peso da bola. Assim, quandoo barbanteinferior é puxado com força gradualmentecrescente,a tensãocriada pelo puxão é transmitida para o barbante superior. Assim, a tensãototal no barbantesuperior é a força do puxão mais o pesoda bola. O barbantesuperior serompe quandoo ponto de ruptura é alcançado. Mas quando o barbante de baixo é puxado bruscamente,a massada bola -sua tendênciaa permanecer em repouso-é a responsávelpelo rompimento do barbante. FIGURA 4.7 Por que um aumento gradual na força que puxa para baixo faz romper o barbante acima da bola massiva. enquanto que um aumento brusco dessa força rompe o barbante de baixol .Nos países que utilizam o Sistema Britânico de Unidades, a unidade análoga ao quilograma-força é o "pound" (símbolo Ib) ou libra-força. Um quilogramaforçacorresPOnde a 2,2lbou a 9,8 NoVeja o Apêndice I para mais detalhes sobre sistemas de unidades. r ~ Capítulo 'n / 4 .Segunda Lei de Newton Aceleração ( 77 do Movimento ::massa II~ Aqui, inversamentesignifica que os dois valoresvariam em direções opostas. Quando o denominador cresce, a quantidade inteira decresce. Por exemplo, a quantidade 1/100 é menor do que 1/10. segunda lei de Newton do Movimento A massa relativamente grande movimentao prego consegue enxergar a similaridade entre I que o barbante não esta e a dede sustenta- Também é fácil confundir massa com volume. Quando um objeto com muita massa, com freqiiência Todosos dias vemoscoisasque não mantêmum mesmoestado de movimento: objetos que inicialmente estão em repouso, mais tarde podem estar em movimento; objetos podem seguir por caminhos que não são linhas retas; coisas em movimento podem parar. A maioria dos movimentos que observamossofre alterações,que são o resultado de uma ou mais forças aplicadas.Toda a força resultante,seja ela de uma única fonte ou de uma combinação de fontes, produz aceleração.A relação da aceleraçãocom a força resultantee a inércia é dadapela segundalei de Newton. A aceleração de um objeto é diretamente proporcional à força resultante atuando sobre ele; tem o mesmo sentido que esta força e é inversamente proporcional à massa do objeto. Qual é o mais fácil de movimentar: uma ba, papelão vazia do mesmo tavemos que massa não é nem peso e nem vo- Duma prancha de skate que um ele será Verifique I. e a aceleração produzida suas respostas elefante será A resposta para as duas perguntas é sim. Um tijolo com 2 kg tem duas vezes mais átomos verificará que a<Iuantidade de aceleração de ferro mesmaforça aplicada a uma massaduas vezes produz a metadeda aceleração.Parauma massatrês maior, um terço da aceleração.Dizemos que, para força, a aceleraçãoproduzida é inversa- Numa é sua quantidade mesma localização, de matéria ele também o tijolo de 2 kg tem 2. Seria mais fácil sustentar gravidade mesma maior a (a mesma ra- também volume duas vezes maior. a força um caminhão gravitacional de cimento é menor você sustenta um objeto, você está lutando Quanto e sua massa. tem peso duas vezes maior. E, como ambos têm a mesma densidade zão massa/volume), Lua, porque 4.8 e, portanto, de- duas vezes maior FIGURA de ferro muito (o peso dele). Embora sobre contra a Terra, na Lua ou em qualquer lugar, a Lua; assim, apenas 116 do esforço para sustentá-Io entretanto, massa, maior a força que se deve fa- a gravidade. zer para obter uma certa acelera- produzirão Quando ção. ou sobre a Lua. lá.Ao movê-Io você não está empurrando a massa é o único fator, forças iguais acelerações, seja a outro 116 sobre é necessário a força da a massa do objeto seu peso é somente zontalmente, sobre a na Lua. Quando esteja o objeto horicontra iguais sobre a Terra 78 Física Conceitual A força da mão acelera o tijolo Quando livre A mesma força sobre 2 tijolos produz 2 vezes menos aceleração 3 tijolos, 1/3 da aceleração FIGURA 4.9 A aceleração é inversa- mente proporcional Em forma à massa. Aceleração -força de variação resultante no Capítulo m Nós iremos utilizar a linha ondulada -(til) como símbolo' significando "é proporcional a". Dizemos que a aceleração a é diretamente proporcional à força resultante e inversamente proporcional à massa m. Com isso queremos dizer que se F cresce, a cresce pelo mesmo fator (se F dobra de valor, a também dobra); mas se m cresce, a decresce pelo mesmo fator (se m dobra, areduz-se à metade). Com unidades apropriadas para F, m e a, a proporcionalidade pode ser expressa como uma equação exata: F. R m Um objeto é aceleradono mesmo sentido que a força que atua sobreele. Se uma força for aplicadano sentido do movimento de um objeto, fará a rapidez do mesmoaumentar. Se for aplicada no sentido oposto, fará diminuir a rapidez do objeto.Atuando em ângulosretos à direção do movimento,desviaráo objeto.Aplicada numa outra direçãoqualquer, causaráuma combinaçãode variação da rapidez com desvio da trajetória. A aceleraçãode um objeto estásempre no mesmosentido daforça resultante. A aceleraçãode um objeto, então,dependetanto da força resultanteexercidasobreele como de suamassa. No capítulo anterior definiu-se A aceleração da velocidade, as variações 3 nós definimos nós definimos a- FR a si mesmo temporal xa com a qual ocorrem Em notaçãosimbólica, simplesmente Teste sua resposta é definida e é produzida como os termos de v I t (o efeito). o que é aceleração, que produzem a taxa por uma for- ça. O valor da razão forço I massa (a causa) é que determina massa a= Ég Embora Galileu tenhaestabelecidoos conceitosde inércia e aceleração,e tenha sido o primeiro a medir a aceleraçãode objetos em queda, ele não podia explicar por que objetos com massasdiferentescaíam com aceleraçõesiguais. A segundalei de Newton fornece a explicação. Sabemosque um objeto em quedaacelerana direção da Terra por causada força de atraçãogravitacional entre ele e a Terra. Quando a força da gravidadeé a única força -isto é, quandoa resistênciado ar é desprezível-dizemos que o objeto estánum estadode queda livre. Verifique resumida, a Aceleração a ta- Enquanto neste capítulo a aceleração. Quanto maior é a massa de um objeto, maior é a força de atração gravitacional entre ela e a Terra. O duplo tijolo da Figura 4.10, por exemplo, sofre duas vezes mais atração gravitacional do que o tijolo único. Por que, então, o tijolo duplo não cai duas vezes mais rápido, como supôs Aristóteles? A resposta é que a aceleração de um objeto depende não apenas da força -neste caso, o peso -mas também da resistência do objeto ao movimento, sua inércia. Enquanto uma força produz uma aceleração, a inércia resiste à aceleração. Assim, duas vezes mais força exercida sobre duas vezes mais inércia produz a mesma aceleração que a metade da força aplicada sobre a metade da inércia. Ambas aceleram igualmente. A aceleração devido à gravidade é simbolizada por g. Usamos este símbolo, em lugar de a, para indicar que a aceleração deve-se apenas à gravidade. A razão do peso para a massa, em objetos em queda livre, é igual a uma constante -g. Isto é semelhante à razão da circunferência para o diâmetro nos círculos, que é igual à constante 1t. A razão do peso para a massa é a mesma para a ace- leração como sendo a taxa temporal de variação da velocidade; isto é, a = (variação em v) I tempo. Neste capítulo, estamos dizendo que a aceleração, em vez disso, é a razão entre a força e a massa, isto é, a = F I m ~Afinal, o que é aceleração~ FIGURA 4.10 todos os objetos A razão entre o peso (f) e a massa (m) é igual para na mesma localização; daí suas acelerações as mesmas na ausência de resistência do ar. serem ~ Capítulo leves, exatamente 4 .Segunda Lei de Newton do Movimento 79 como a razão da cirtanto para os círcu- .11). a aceleração de um obíndepende da massa do objeto. Uma F m=<à 100 vezes mais massiva que um pedregulho, o peso) seja 100 vezes maior do o pedregulho, sua resistência /' a al- He 100 vezes maior A maior força é compensada - pela ""- C-D FIGURA 4.11 1T -0-- II A razão do peso (F} para a massa (m) é a mesma tanto para uma grande rocha como para uma pena; similarmente, razão da circunferência (q para o diâmetro a (O) é a mesma tanto para um círculo grande como para um pequeno. ) a ACeleração 9 -Queda é Menor do Não-Livre mas e o caso prátino ar? Embora uma moeda e uma caem de maComo se aplicam as no ar? A resposta é que 1forças resistentes. As acelerações, ensão completamente diferentes nos dois casos. O é manter em mente a idéia de/orça resultante. ~em casos onde a resistência do ar possa ser Em presença da resistência do ar, porém, a c menor do que o peso -ela é igual ao peso A força de resistência aerodinâmica que um objeto em depende de duas coisas. Primeiro, ~-isto de- é, da quan- da rapidez de queda do objeto em relação ao a=f&.=~ m m Note que quandoR=mg,a FR a=-=-=g-m mg-R R m m = O; en- meio; quanto maior for a rapidez, maior será o número de moléculasde ar que ele encontrarápor segundo,e maior será a força total produzida pelos impactos moleculares. A força de resistência dependedo tamanho e da rapidez de quedado objeto. Em algunscasos,a resistênciaaerodinâmicaafetafortemente a queda; em outros casos,não. Visto que uma pena possuiuma grandeáreadado seupequenopeso,ela não cairá muito rápido porque a força de resistênciaaerodinâmica atuapara cima e acabaanulandoo peso atuantepara baixo. A força resultantesobrea penaé nula, então,e a aceleração deixa de existir. Quandoisto acontece,dizemosque o objeto alcançousua rapidez terminal. Se nos interessaa direção do movimento, dizemosque ele alcançousua velocidade terminal. A mesmaidéia se aplica a todos os objetosem queda no ar. Considere um skydiving**.À medida que um mergulhadorem quedafica mais rápido, a resistênciaaerodinâmica vai crescendoem valor, até que acabaigualandose ao peso do mergulhador. Se e quando isso acontecer,a força resultantesetornarázero e o mergulhadornão mais se acelerará;ele alcançousuavelocidadeterminal. No casode uma pena,a velocidadeterminal é de algunscentímetrospor segundo,enquanto que para um mergulhador aéreo ela é cerca de 200 km/h. O mergulhadorpode variar suarapidez mudandosuaposição.Mergulhar no ar com a cabeçaou os pés para baixo é uma maneira de encontrar menos ar pelo caminho e, assim, sofrer menor força de resistência aerodinâmica e alcançar a máxima velocidade terminal. Uma velocidade terminal menor será alcançada esticando o próprio corpo, como um esquilo voador.A velocidade terminal mínima é alcançadaquandoo pára-quedasé aberto. 00N. de T. Mergulho aéreo. Esporte derivado do pára-quedismo, que consiste =g. em saltar de avião à grande altura e efetuar manobras individuais ou coletivas, antes de abrir o pára-quedas. O nome inglês para quem pratica essa modalidade de pára-quedismo é skydiver. 80 Física Conceitual .R Considereum par de bolas de tênis: uma normal, oca, e outra chei~ de grãos de ferro. Embora sejam de mesmo tamanho, a bola cheia de ferro é consideravelmentemais pesadado que a bola normal. Se você as seguraacima de sua cabeçae as libera simultaneamente,verá elas baterem no chão ao mesmo tempo. Mas se as soltar de uma altura maior, do topo de um edifício, digamos, você verá a bola , m9 mais pesadachegarprimeiro ao chão.Por quê?No primeiro FIGURA 4.12 Quando o peso mg é maior do que a resistência caso, as bolas não ganharammuita rapidez ao longo dO1cado ar R, o saco em queda acelera. Com valores de rapidez maiores, R cresce. Quando R = mg, a aceleração torna-se nula e o saco alcanminho curto. A resistência aerodinâmica enfrentada é peça sua velocidade terminal. quenacomparadaaos pesos,mesmo para a bola normal. A minúscula diferença em seus instantes de chegadanão é Considere uma mulher e um homem saltandode pára- percebida.Mas quandoelas são soltas de uma grandealtuquedasde uma mesmaaltitude (Figura 4.13). Suponhaque ra, os valores maiores de rapidez alcançadossão acompao homem é duasvezesmais pesadoque a mulher e que seus nhadosde maior resistênciaaerodinâmica.Com uma certa pára-quedasde mesmo tamanho estãoabertosdesdeo iní- rapidez, as duasbolas enfrentam a mesmaresistênciaaerocio. Pára-quedasde mesmo tamanho significa que, com dinâmica porque têm o mesmotamanho.Esta mesmaforça uma mesmarapidez de queda,a resistênciado ar é igual pa- de resistênciapode ser uma boa parte do valor do peso da ra ambos.Quem chegaprimeiro ao solo -o homem pesado bola mais leve, mas apenasuma pequenaparte do peso da ou a mulher leve?A respostaé que a pessoaque cai mais rá- bola mais pesada(como os pára-quedistasda Figura 4.13). pido chegaprimeiro ao solo -ou seja,a pessoaque alcança Por exemplo, 1 N de força de resistência aerodinâmica uma velocidadeterminal maior.À primeira vista, podepare- atuandosobreum objeto de 2 N de peso,reduzirá suaacelecer que como os pára-quedassão idênticos, as velocidades ração pela metade, mas atuando sobre um outro objeto de terminais de cadaum serãoas mesmase que, portanto, eles 200 N diminuirá apenasligeiramente a sua aceleração.Asatingiriam o solojuntos. Isto não é o que acontece,porque a sim, mesmo sendo iguais as forças de resistência aerodresistênciado ar também dependeda rapidez. Uma rapidez inâmica atuantesnasduasbolas,as aceleraçõesde cadauma maior significa que haveráuma força maior de impacto con- serãodiferentes.Há uma lição a ser aprendidaaqui. Sempre tra o ar.A mulher alcançarásuavelocidadeterminal quando que for considerara aceleraçãode algumacoisa,usea equaa força de resistência aerodinâmicasobre seu pára-quedas ção da segundalei de Newton para orientar seu pensamenseigualar ao pesodela. Quandoisto acontecer,a resistência to: a aceleraçãoé igual ao quocienteda força resultantepeaerodinâmicacontra o pára-quedasdo homem ainda terá se la massa.Para as duas bolas de tênis em queda, a força reigualado ao seupeso..Ele deverácair mais rápido ainda pa- sultantesobrea bola oca é diminuída apreciavelmentequanra que a resistênciaaerodinâmicaiguale-seao seumaior pe- do a resistência aerodinâmica cresce, enquanto que, em so.. A velocidadeterminal é maior para a pessoamais pesa- comparação,a força resultantesobrea bola cheia de ferro é apenasligeiramentereduzida.A aceleraçãodiminui quando da, com o quê, ele chegaráprimeiro ao solo. Verifique sua Esses objetos aceleram resposta Não, não e não, mil vezes não! igualmente não porque vidade sobre eles sejam iguais. mas porque sos para suas massas são iguais. Embora esteja presente no vácuo, a gravidade as forças da gra- as razões de seus pe- a resistência do ar não está lá. (Você saberia disso se enfiasse sua mão numa câmara de vácuo e um caminhão sasse sobre ela.) Se você respondeu ja ela uma advertência pas- sim a esta questão, que se- para ser mais cuidadoso quando pensar em física! FIGURA , A rapidez temlinal para um homem 41% maior do que a rapidez temlinal ra do ar é proporcional ao quadrado duas vezes mais pesado será cerca de para a mulher, da rapidez, porque a força retardado- (1Jhomom2/umulh"2 = 1,412 = 2) 4.13 O pára-quedista mais pesado deve cair mais rápido que um ! Peso mais leve para que a resistência do ar anule seu peso maior. Capítulo Sumário 4 .Segunda Lei de Newton do Movimento 81 de Termos Inércia A propriedade de objetos de resistir a mudanças em seus movimentos. Massa A quantidade de matéria que um objeto possui. Mais especificamente, é uma medida da inércia ou lerdeza que um objeto apresenta em resposta a qualquer esforço realizado para iniciar seu movimento, pará-lo, desviá-lo ou mudar de qualquer maneira seu estado demovimento. Peso A força sobre um objeto devido à gravidade. FIGURA 4.14 Quilograma A unidade fundamental do SI para massa. Um quilograma (símbolo kg) é a massa de um litro de água a 4°C. Um estudo estroboscó- reita), em queda no ar. A resistência do Newton A unidade do SI para força. Um newton (símbolo N) é a força que produzirá uma aceleração de lm/s2 em um objeto com massa de 1 kg. ar é desprezível para a bola de golfe. mais Volume A quantidade de espaço que um objeto ocupa. pesada, e sua aceleração é aproximada- Força Qualquer influência capaz de acelerar um objeto, medida em newtons (ou libras no Sistema Britânico de Unidades). pico das quedas de uma bola de golfe (esquerda) e de uma bola de isopor (di- mente igual a g. Mas ela não é desprezível para a leve bola de isopor, que logo alcança sua velocidade Atrito Força que oferece resistência, opondo-se ao movimento ou à tentativa de movimentar um objeto sobre outro com o qual está em contato, ou ao movimento através de um fluido. terminal. Queda livre Movimento sob influência apenas da gravidade. " a qual por sua vez diminui cresce a resistência aerodinâmica. quan- Se e quando a re- Rapidez terminal A rapidez alcançada quando termina a aceleração de um objeto, no momento em que a resistência do ar equilibra seu peso. aceleração Questões de Força Aceleração I. Produz Revisão A aceleração é proporcional à força resultante ou ela é realmente igual à força resultante? Atrito A aceleração sobre o mergulhador diminui. aéreo diminui porque A força menos a força resultante a resistência rápido o suficiente Como o atrito afeta a força resultante sobre um objeto? 3. Quão grande é o atrito comparado com o seu empurrão sobre um caixote que não se move sobre o piso? 4. Quando você aumenta~ intensidade do seu empurrão, o atrito sobre o caixote também crescerá? 5. Uma vez que o caixote esteja deslizando, com que intensidade você deve empurrar para mantê-Io em movimento com velocidade constante? 6. O que é normalmente maior, o atrito estático ou o atrito de deslizamento (ou cinético) sobre um mesmo objeto? ! 7. Como a força de atrito varia com a rapidez? 8. Faça um bloco deslizar sobre sua maior face, depois vire-o e faça-o escorregar sobre sua menor face. Em qual dos casos será maior o atrito? é do ar a=~=~ m 2. m para que R = mg, a = O, então, sem 82 9. Física Conceitual o atrito num fluido varia com a rapidez e com a área de contato? Massa e Peso 10. Que relação a massa tem com a inércia? II. Que relação a massa tem com o peso? 12. Qual é mais fundamental, massa ou peso? Qual deles muda com a localização? 13. Preencha os espaços em branco: Sacuda algo de um lado para o outro e você estará medindo dele. Sustente-o contra a gravidade e você estará medindo dele. 14. Preencha os espaços em branco: A unidade do Sistema Internacional para massa é .A unidade do sistema Internacional para força é . 15. Qual é o peso aproximado de um hambúrguer de 100 gramas. Quando a Aceleração Não-Livre é Menor do que g- Queda 30. Qual é a força resultante que atua sobre um objeto de 10 N em queda livre? 31. Qual é a força resultante que atua sobre um objeto de 10 N em queda, enquanto ele sofre 4 N de resistência do ar? E quando a resistência do ar for de 10 N? 32. Quais os dois principais fatores que afetam a força de resistência do ar sobre um objeto em queda? 33. Qual é a aceleração de um objeto em queda que alcançou sua velocidade terminal? 34. Por que um pára-quedista pesado cai mais rápido do que um pára-quedista leve que usa um pára-quedas de mesmo tamanho? 35. Se dois objetos de mesmo tamanho caem com diferentes valores de rapidez, qual deles enfrenta maior resistência do ar? 16. Qual é o peso de um tijolo de 1 quilograma? 17. No puxão de barbante da Figura 4.7, uma puxada gradualmente maior no barbante de baixo resulta no rompimento do de cima. Isto ilustra o peso ou a massa da bola? 18. Ainda no puxão da Figura 4.7, uma puxada rápida no babante de baixo resulta em seu rompimento. Isto ilustra o peso ou a massa da bola? projetos I. Deixe cair uma folha de papel e uma moeda ao mesmo tempo. Qual delas chega primeiro ao solo? Por quê? Agora amasseo papel até moldá-lo numa bolota bem apertada e novamente deixe-o cair junto com a moeda. Explique a diferença observada. Eles chegarão juntos, se deixados cair de umajanela do segundo, terceiro ou quarto andar? Tente isso e explique suas observações. 2. Deixe cair um livro e uma folha de papel e observe que o livro tem uma aceleração maior -g. Coloque o papel por baixo do livro e ele é empurrado contra este quando caem, logo ambos caem com g. Como se comparam as acelerações se você colocar a folha de papel por cima do livro e deixa ambos caírem? Pode ser que você seja surpreendido, então tente e verifique. Depois, explique suas observações. 3. Deixe cair duas bolas de pesos diferentes a partir de uma mesma altura, e verá elas caírem praticamente juntas enquanto se mantiverem baixas as velocidades. Elas rolarão para baixo juntas sobre um plano inclinado? Se cada uma delas for suspensapor barbantes de mesmo comprimento, formando um par de pêndulos, e deslocadas da posição de equilíbrio por um mesmo valor de ângulo, elas balançarão para a frente e para trás em uníssono? Experimente e verifique; depois, explique usando as leis de Newton. 4 A forç~ resultante atuando sobre um objeto e a aceleração decorrente possuem sempre o mesmo sentido. Você pode demonstrar isso com um carretel de linha. Se ele é puxado horizontalmente para a direita, em que direção rolará? 19. Faça claramente a distinção entre massa, peso e volume. Massa Resiste à Aceleração 20. A aceleração é diretamente proporcional à massaou inversamente proporcional à massa?Dê um exemplo. Segunda Lei de Newton do Movimento 21. Enuncie a segunda lei de Newton do movimento. 22. Quando dizemos que uma quantidade é diretamente proporcional a outra quantidade. isso significa que elas são iguais entre si ? Ex plique rapidamente, usando massa e peso como exemplo. 23. Se a força resultante que atua sobre um bloco que desliza é de algum modo triplicada, em quanto cresce a aceleração? 24. Se a massa de um bloco que desliza é triplicada enquanto mantém-se constante a'força resultante aplicada, em quanto diminui a aceleração? 25. Se a massa de um bloco que desliza é de algum modo triplicada, ao mesmo tempo em que a força resultante sobre si é triplicada também, como se compara a aceleração produzida assim com a aceleração original? 26. Como a direção da aceleração se relaciona com a direção da força resultante que lhe deu origem? Quando a Aceleração É g -Queda Livre 27. O que se quer dizer com queda livre? 28. A razão comprimento da circunferência / diâmetro para um círculo é igual a 7t. Qual é a razão força / massa para objetos em queda livre? , . Exerclclos 29. Por que um objeto pesado não acelera mais que um objeto leve, quando ambos estão em queda livre? Qual é a força resultante sobre uma Mercedes conversível viajan. do numa estrada reta, com rapidez de 100 km/h ? Capítulo sentido enquanto ;um ta de boliche. Existe alguma força horizontal atuando sobre ela? Como você sabe? Se você precisa exercer I N de força horizontal sobre um livro, para fazê-lo escorregar com velocidade constante, qual é o valor do atrito que atua sobre o livro? É possível fazer uma curva na ausência de uma força? Justifique sua resposta. 4 .Segunda Lei de Newton do Movimento 83 23. Um carro de corrida move-se ao longo de uma pista com uma velocidade constante de 200 km/h. Que forças atuam na horizontal e qual a força resultante que atua sobre o carro? 24. Para puxar um carrinho através de um gramado, com velocidade constante, você tem de exercer constantemente uma força. Considere este fato em relação à primeira lei de Newton, que estabelece que o movimento com velocidade constante não requer força alguma. 25. Três blocos idênticos são puxados, como mostra a figura, sobre uma superfície horizontal sem atrito. Se a mão mantém uma tensão de 30 N no barbante que puxa, de quanto é a tensão nos outros dois barbantes? Um astronauta sobre a Lua atira uma pedra. Que força(s) atua(m) sobre a pedra ao longo de sua trajetória curva? Enquanto você arremessa uma bola para cima, o que é maior: o pesoda bola ou a força para cima que você exerce sobre ela? Justifique sua resposta. Um urso de 400 kg escorrega com velocidade constante agarrando-senuma árvore. Qual é a força de atrito que atua sobre o urso? c Um caixote permanece em repouso sobre o piso de uma fábrica enquantovocê o empurra com uma força horizontal F. Qual o valor da força de atrito que o piso exerce sobre o caixote? Explique. Num ônibus espacial orbitando no espaço você tem em suas mãos duas caixas idênticas, uma cheia de areia e a outra cheia de penas.Você pode dizer qual é qual sem abri-Ias? Sua mão vazia não é machucada quando você bate levemente contra uma parede. Por que ela é machucada quando você faz a mesmacoisa segurando algo pesado nela? Qual das leis de Newton é mais aplicável aqui? Por que um cutelo é mais efetivo para cortar vegetais do que uma faca igualmente afiada? 26. Queda livre é o movimento em que a gravidade é a única força atuando. (a) Um skydiver que já alcançou sua rapidez terminal está em queda livre? (b) Um satélite que orbita a Terra acima da atmosfera está em queda livre? 27. Qual é a força que o empurra para cima, quando você salta verticalmente do chão? 28. Quandoyocê salta para cima num salto de pé, como a força que você exerce sobre o chão se compara com seu peso? 29. Quando você salta verticalmente a partir do chão, qual é a sua aceleração no ponto mais alto? 30. Qual é a aceleração de uma pedra atirada diretamente para cima, ao atingir o topo de sua trajetória? 31. Um ditado popular diz que "Não é a queda que machuca, é o tranco da parada". Traduza isto considerando as leis de Newton do movimento. Quando uma sucata de carro é esmagada até tomar-se um cubo compacto, sua massa muda? E seu peso? Explique. 32. Um amigo afirma que, enquanto um carro estiver em repouso, nenhuma força atua sobre ele. O que você diria se estivesse com boa disposição para corrigir a afirmativa do amigo? A gravidade sobre a superfície da Lua é apenas 1/6 da gravidade sobre a superfície da Terra. Qual é o peso de um objeto de 10 kg sobrea Lua e sobre a Terra? Qual a massa de cada um deles? 33. Quando seu carro se move a uma velocidade constante numa auto-estrada, a força resultante sobre ele é nula. Por que, então, você precisa manter o motor funcionando? Mais precisamente, uma pessoa fazendo dieta perde massa ou 34. Uma estrela cadente geralmente é um grão de areia vindo do espaço exterior que incendeia e libera luz quando entra na atmosfera. O que exatamente causa a combustão? perde peso? O que acontece ao seu peso quando sua massa aumenta? tons? Um foguete toma-se progressivamente mais fácil de acelerar lançar um foguete a partir da Aristóteles afirmava que a rapidez de um objeto em queda dependia de seu peso. Agora, sabemos que objetos em queda livre, seidez. Por que o peso não afeta a aceleração? Quando está bloqueando no futebol americano, o jogador da defesafrequentemente tenta colocar seu próprio corpo por baixo de seuoponente e empurrá-lo para cima. Que efeito isso tem sobre a 35. Qual é a força resultante sobre uma maçã de I N quando você a mantém em repouso acima de sua cabeça? Qual é a força resultante sobre ela depois que você a solta? 36. Um bastão de dinamite contém força? 37. Depois de abrir o pára-quedas, uma pára-quedista está descendo suavemente, sem praticamente ganhar rapidez. Ela sente o puxão para cima dado pelas cordas, ao mesmo tempo q!)e a gravidade a puxa para baixo. Qual dessas duas forças é maior? Ou elas são iguais em valor? 38. Por que uma folha de papel cairá mais lentamente do que outra que foi amassadana forma de uma bola? 39. Sobre qual destesdois objetos a resistência do ar será maior: uma folha de papel caindo ou a mesma folha amassada na forma de bola, caindo com uma velocidade terminal maior? (Cuidado!) 40. Segure uma bola de ping-pong e outra de golfe, com os braços estendidos na horizontal, e solte-as simultaneamente. Você as verá atingirem o solo praticamente ao mesmo tempo. Mas se soltá- 84 Física Conceitual Ias do topo de uma escada alta, verá que a bola de golfe atinge o chão primeiro. Qual é sua explicação para este fato? 41. Como a força da gravidade sobre uma gota de chuva se compara com a força de resistência aerodinâmica que ela enfrenta enquanto cai com velocidade constante? 42. Quando um pára-quedista abre seu pára-quedas, em que sentido ele acelera? 43. Como a velocidade terminal de uma pára-quedista, antes de abrir o pára-quedas, se compara com a velocidade terminal que ela atingirá depois de abrir o pára-quedas? Por que existe uma diferença? 44. Como a força da gravidade sobre um objeto em queda se compara com a resistência do ar que ele enfrenta antes de alcançar a velocidade terminal? 45. Por que um gato que cai acidentalmente do topo de um edifício de 50 andares não chega ao chão mais rápido do que se tivesse caído do vigésimo andar? 46. Sob que circunstâncias uma esfera de metal em queda através de um fluido viscoso estaria em equilíbrio? 47. Quando Galileu supostamente deixou cair duas bolas do topo da Torre Inclinada de Pisa. a resistência do ar não era realmente desprezível. Assumindo que as bolas fossem de mesmo tamanho. uma de madeira e outra de metal. qual delas se chocaria primeiro contra o chão? Por quê? 48. Se você deixar cair um par de bolas de tênis simultaneamente do topo de um edifício, elas atingirão o chão ao mesmo tempo. Se você encher uma delas com grãos de chumbo e então soltá-las juntas. qual delas baterá primeiro no chão? Qual delas experimentará maior resistência do ar? Justifique suasrespostas. 49. Na ausência de ~esistência do ar. se uma bola é atirada verticalmente para cima com uma certa rapidez inicial. ao retomar para seu nível inicial de lançamento terá a mesma rapidez. Se a resistência do ar for um fator relevante. ao retomar ao nível original de lançamento. a bola estará se movendo mais rápido. tão rápido ou menos rápido do que quando foi lançada dali para cima? 50. Se uma bola é lançada verticalmente para cima e na presença de resistência do ar. você esperar que o tempo que ela leva subindo seja mais longo ou mais curto do que o tempo que ela leva descendo? (Mais uma vez faça u~o do "princípio do exagero.") Problemas 1. Qual é a maior aceleração que uma corredora pode alcançar se o atrito entre seus calçados e o pavimento corresponde a 90% do peso dela? 2. Qual é a aceleração de um bloco de cimento de 40 kg puxado lateralmente por uma força de 200 N? 3. Qual é a aceleração de um balde de cimento de 20 kg que é puxado para cima (e não lateralmente!) por uma força de 300 N? 4. Se uma massa de 1 kg é acelerada 1 m!S2por uma força de 1 N, qual seria a aceleração de 2 kg sobre os quais atua uma força de 2N? 5. Que aceleração experimenta um jato jumbo 747 de 30.000 kg quando ele decola, se o empuxo gerado por cada uma das quatro turbinas é 30.000 N? 6. Duas caixas aceleram igualmente quando uma força F é aplicada à primeira delas e uma força 4F é aplicada à segunda.Qual é a razão entre as massasdas caixas? 7. Um bombeiro de 80 kg de massa desliza para baixo por uma baliza vertical, com uma aceleração de 4 m!S2.Qual é a força de atrito que atua sobre o bombeiro? 8. Qual será a aceleração de um skydiver quando a resistência do ar cresce até igualar-se à metade do seu peso ? 9. Correndo "a toda" no final de uma corrida, uma corredora com massa de 60 kg acelera de 6 m!s para 7 m!s em 2 s. (a) Qual é a aceleração média da corredora durante este período? (b ) Para ganhar rapidez, a corredora aplica uma força para trás, no chão, de modo que o chão empurra a corredora para frente, fornecendo a força necessáriapara a aceleração. Calcule esta força média. 10. Antes de entrar em órbita, uma astronauta tem massa de 55 kg. Em órbita, uma medição determina que uma força de 100 N faz ela se mover com uma aceleração de 1,9 m!S2.Para recuperar seu peso original, ela deveria fazer uma dieta ou começar a comer mais guloseimas? / / Lembre-se, oferecem cê reteve, as questões de revisão uma oportunidade , ou não, as idéias centrais lhe do . Os exercícios e os problemas são "reforços" tras para você praticar, depois de ter uma compreensão pelo menos razoável do ca\ pítulo, e de poder tratar as questões de revisão. <,\\,1 I;':-.. www.physicsplace.com Diane Lininge ilustra o uso de vetores ao estudar tensões em cordas. D eixe cair um lenço de papel diante do campeão mundial fato, você não pode empurrar a parede, a menos que ela o de boxe peso-pesado e desafie-o a atingir o objeto no ar empurre com uma força de apenas 220 N. Desculpe, mas o campeão não consegue fazê-Io. De fato, seu melhor golpe nem mesmo chegariaperto desse número. Por que isso? Nós veremos, neste capítulo, que o lenço de papel tem inércia insuficiente para . de volta . Considere o punho de um boxeador atingindo massivo saco de treinamento. O punho golpeia o saco (e produz uma cavidade nele), enquanto o saco golpeia o punho de volta (e interrompe o movimento dele). Ao atingir o saco, há uma sofrer uma interação de 220 newtons com o punho do cam- e Interações , abordadoforça em seusentidomais simples empurrão ou um p~xão. Num sentido mais amplo, não é uma coisa em si mesmo, mas surge como Se você emmais coisas estãoocor". De que outra forma, você poderia explicar que -,fiquem dobrados? Seus dedos e a parede empur" -.Há um par de forças envolvidas: o seu , sobre a parede e o empurrão de volta da parede ". Estas forças são iguais em valor ou magnitude, o sentido e constituem uma única interação. De FIGURA 5.1 Quando você se apoia em uma parede, está exercendo uma força contra ela. Simultaneamente, a parede está exercendo sobre você uma força igual e oposta. Por isso que você não cai. .Tendemos a pensar que apenas coisas vivas sejam capazes de empurrar ou puxar. Mas as coisas inanimadas podem também fazê-lo. Assim, por favor, não entre em conflito com a idéia de que a parede inanimada empurre você. Ela o faz realmente, da mesma forma que uma outra pessoa faria quando se apoiasse em você. 86 Física Conceitual .a:;,. ,.,~\ff :::::> FIGURA 5.2 O boxeador uma força considerável. FIGURA pode golpear um saco massivo com As forças de impacto entre as bolas azul e amarela a bola amarela e param a bola azul. Mas com o mesmo golpe. ele pode exercer apenas uma minúscula força sobre um lenço de papel no ar. c? c... 5.4 movimentam ~3 FIGURA 5.3 tre o martelo interação com o saco que envolve um par de forças. de forças pode ser muito grande. Mas, e quanto ao Na interação boxeador pode apenasexercertanta força papel quanto este é capaz de exercer sobre disso, o punho não pode exercer qualquer força, a que estejasendoatingido por uma quantidadeigual ça oposta.Uma interaçãorequer um par de forças sobredois objetos. Outros exemplos:você puxa um carrinho e ele acelera. Mas ao fazer isso, o carrinho o puxa no sentido oposto, como fica evidenciadotalvez pelo aperto do barbanteenrola- en- e a estaca, cada um exerce a mesma quantidade de força sobre o outro. Ação: o pneu empurra ~ . a estrada Reação: a estrada empurra o pneu ~.", Ação: o foguete empurra o gás Reação: o gás empurra o foguete ~ Ação: o homem puxa a mola -Reação: a mola puxa o homem Ação: a Terra puxa a bola Reação: a bola puxa a Terra FIGURA 5.5 força sobre A". Forças de ação e reação. Note que. quando a ação é "A exerce uma força sobre B". a reação é simplesmente "B exerce uma Capítulo sua mão. Um martelo bate numa estaca e a Ao fazê-lo, o estaca exerce uma quantidade Uma coisa interage com outra; você com Quem exerce a força e quem sofre a ação da força? A que nenhumaforça "ação" ou "reação"; ele concluiu objetos devem ser tratados igualmente. Por quando você puxa o carrinho, este simultaneavocê. Este par de forças, seupuxão sobreo caro puxão do carrinho sobre você, constituem uma .Tais observa- Lei de Newton do S .Terceira Lei de Newton 87 do Movimento então não se anulam? Para responder a esta questão devemos considerar o sistema envolvido. Considere o par de forças entre a maçã e a laranja da Figura 5.6. A maçã exerce uma força sobre a laranja e esta acelera. Consideraremos primeiro o sistema como sendo a laranja, e o definiremos por uma linha tracejada que o envolve (Figura 5.7). Note que existe uma força externa atuando sobre o sistema -suprida pela maçã. O fato de que a laranja exerça simultaneamente uma força sobre a maçã, que é externa ao sistema, pode afetar a maçã (outro sistema), mas não a laranja. A força sobre a laranja não é cancelada pela força sobre a maçã. Assim, neste caso, as forças de ação e reação não se cancelam. Entretanto, se consideramos o sistema como sendo formado pela laranja e a maçã, o par de forças é interno ao sistema laranja-maçã. Neste caso, as forças se cancelam mutuamente. A maçã e a laranja aproximam-se, mas o "centro de gravidade" do sistema se encontra no mesmo lugar antes e depois do puxão. Não existe força resultante e, portanto, não existe aceleração. De maneira similar, os inúmeros pa- de Newton estabelece: meiro. A terceira lei de Newton com freqtiência é enunciada assim:"A cadaaçãocorrespondesempreuma reaçãoigual". Emqualquerinteraçãohá sempreum par de forças de ação ereação,que sãoiguais em valor e de sentidosopostos.Nenhumaforça existe sema outra -as forças aparecemem pares,uma é a ação e a outra é a reação. O par de forças de açãoe reaçãoconstitui uma interaçãoentre duascoisas. Vocêinterage com o piso quandocaminha sobreele. O empurrãoque você exerce contra o piso está acoplado ao empurrãodele contra você. O par de forças ocorre simultaneamente.Analogamente,os pneus de um carro empurram contraa rodovia, enquanto a rodovia empurra de volta os pneus-os pneus e a rodovilt estãoempurrando-semutuamente.Ao nadar,você interagecom a águae a empurraparatrás,enquantoela o empurrapara a frente- você e a água estãose empurrandoum ao outro. Em cada caso existe um parde forças, uma de ação e outra de reação.As forças de reaçãosãoasresponsáveispelo nossomovimento nestescasos.Essasforças dependemdo atrito; sobreo gelo, uma pessoaou carro podem serincapazesde exercera força de ação paraproduzir a força de reaçãonecessária.Qual das forças échamadade ação e qual é chamadade reação não importa.O ponto importante é que uma não existe sem a outra. FIGURA Nosso Sistema Uma questão interessante aparece com freqiiência; uma vez .., , por que Quando a maçã puxa a laranja. esta é acelerada. Ao r . I I I FIGURA 5.7 Quando a laranja é o sistema (dentro jada), uma força externa fornecida da linha trace- pela maçã atua sobre o sistema. As forças de ação e reação não se anulam e o sistema é acelerado. ~ r--- I . . I I , I I -FIGURA Definindo 5.6 mesmo tempo. a laranja puxa a maçã. Essas forças se anulaml 5.8 Quando (ambos estão no interior a laranja e a maçã juntas fom1am o sistema da linha tracejada), nenhuma força exter- na atua sobre ele.A ação e a reação são internas ao sistema e de fato se anulam. Uma força resultante que ele não é acelerado. nula sobre o sistema significa 88 Física Conceitual res de força entre as moléculasde uma bola de golfe podem manter essasmoléculas juntas formando um sólido, mas elesnão desempenhamqualquerpapel em acelerara bola. É necessáriauma força externaà bola para acelerá-la. Assim, uma força externaà maçã e à laranja é necessária para produzir a aceleraçãode ambas(como o atrito do chão sobreos pés da maçã). Geralmente,quandoum corpo A dentro de um sistemainterage com um corpo B fora do sistema,cada um deles experimenta uma força resultante. As forças de ação e reação não se anulam. Você não pode anular uma força que atua sobre o corpo A com uma força que atua sobre o corpo B. As forças somente se anulam quando agem sobreo mesmocorpo, ou sobreo mesmo sistema.As forças de açãoe reaçãosempreatuamsobrecorpos diferentes.Quandoasforças de açãoe reaçãosãointernasa um sistema, elas anulam-se mutuamente e não produzem aceleraçãoalguma no sistema. Se isto estáconfuso, talvez seja bom saberque mesmo Newton tinha dificuldades com a terceira lei. FIGURA ~~-A/~~ ~FI-- 5.9 - baixo pela Terra. entre os valores das massas é menos acentuada. onde os corpos têm mesma massa, a aceleração de evidente quanto à de H. Continuando, ção de A torna-se ainda mais evidente no caso d, e do você seuencontro,ainda que muito ligeiramente. par de forças atua tanto sobre o rifle como sobre a força exercida sobre a bala é tão grande quanto a . atirador. Uma vez que as forças são de mesmo valor, que o rifle não recua com a mesma rapidez da bala ? Ao analisar as mudanças no movimento, a segunda lei de Newton ~8 a b Ação e Reação sobre Massas Diferentes Embora à primeira vista pareça estranho, um objeto em queda puxa a Terra tanto para cima quanto a Terra o puxa para baixo. O puxão para baixo, atuando sobre o objeto, parecenos normal porque a aceleração de 10 metros por segundo a cada segundo é bastante evidente. O mesmo valor de força, agindo para cima sobre a imensa massa da Terra, entretanto, produz nela uma aceleração tão pequena que não pode ser notada nem medida. Podemos concluir que a Terra acelera ligeiramente em resposta à queda de um objeto, considerando os exemplos exagerados, nos casos de a até e, dos dois corpos planetários da Figura 5.10. As forças entre os corpos A e B são de mesmo valor, mas com sentidos opostos em cada caso. Se no caso a o planeta A possui uma aceleração impercepúvel, então ela é menos impercepÚvel no caso'h, em que a diferença c A d A G- e FIGURA 5.10 Qual das bolas cai em direção à outra,A ou Bl As acelerações de cada uma delas têm relação com suas massasl ~ Capítulo 5 .Terceira Lei de Newton FIGURA 5.11 89 do Movimento A força exercida contra o rifle que recua é exatamente tão grande quanto a força que impulsiona a bala. Por que, então, a bala acelera mais do que o rifiel o sistema a ser acelerado é o carro. Se você fi- 1sistema. Elas se anulam no que diz respeito -por ao exemplo, Cada uma dessas forças interatômicas é parte de algum par ação-reação no interior do livro. Essasforças se combinam como mas- veloz tem a capacidade de exercer uma força sobre outro objeto quando ocorre uma interação, mas não tem força como uma coisa em si mesma. Como veremos nos capítulos seguintes, um míssil veloz possui momentum e energia cinética. ças associadas com a interação a Lua. Podemos igualmente gravitacional entre Vemos,assim,por que a mudançano movimento da bala é tão grande comparadacom a mudançade movimento do rifle. Uma certa força dividida por uma pequenamassa produz uma grandeaceleração,enquantoa mesmaforça dividida por uma grandemassaproduz uma pequenaaceleração. Usamos símbolos com tamanhosdiferentes para indicar as diferençasnas massase nas aceleraçõesdecorrentes. Voltando ao exemplo do objeto em queda, se usássemos símbolossimilarmenteexageradospara representara aceleração da Terra devido à queda de um objeto, o símbolo m para a massaTerra teria que ter um tamanhoastronômico.A força F, o peso do objeto em queda,dividido por estaenorme massa,resultaria num a microscópicopara representara aceleraçãoda Terra em direção ao objeto. Seestendermosa idéia de um rifle recuando,ou "dando um tranco" a partir da bala que ela dispara,podemoscompreendera propulsãode foguetes.Considereuma metralhadora que recuaa cadavez que disparauma bala. Sea metralhadora for adaptada,de modo que'possadeslizar livremente ao longo de um aramedistendido verticalmente (Figura 5.12), ela acelerapara cima quandoas balas sãodisparadas a Terra e dizer que ( I) a Terra puxa a Lua e (2) a Lua puxa a Terra; mas torna-se pensar nisto como multaneamente mais compreensível uma única interação atraem uma à outra, -a Terra e a Lua si- cada qual com o mes- mo valor de força. Para identificar um par ação-reação situação, primeiro na interação -o identifique de forças o par de objetos corpo A e o corpo (gravitacionalmente) po B, a Terra inteira.Assim, a Terra puxa o objeto isso de ação), enquanto envolvidos B. O corpo A, o objeto em queda, está interagindo (chamamos em qualquer o objeto com o corpara baixo puxa a Terra para cima (reação). as massas As acelerações da bala e do rifle obtidas tomando-se a razão da força pela massa. ~=a Lr m " li , \. .~ F =a m FIGURA quando be. 5.12 A metralhadora está disparando e com recua isso so- 90 Física Conceitual para baixo. Um foguete acelera da mesma maneira. Ele "recua" continuamente em decorrência dos gases da Combustão ejetados. Cada molécula do gás ejetado é como uma minúscula bala disparada do foguete (Figura 5.13). Uma falsa concepção muito comum é a de que um foguete seja propelido pelo impacto dos gases ejetados contra a atmosfera. No início do século XX, antes do advento dos foguetes, de fato muitas pessoas pensavam que fosse impossível mandar um foguete para a Lua por causa da ausência de uma atmosfera que o foguete pudesse empurrar. Mas pensar assim é como afinnar que uma arma de fogo não recuaria a menos que houvesse ar contra o qual ela pudesse empurrar. Nada disso! Tanto o foguete como a arma de fogo que recua aceleram não por causa de qualquer empurrão sobre o ar, mas por causa das forças de reação das "balas" que eles atiram -com ou sem a presença do ar. Um foguete funciona melhor, aliás, acima da atmosfera, onde não existe ar para oferecer resistência ao seu movimento. Usando a terceira lei de Newton, podemos compreender como um helicóptero obtém sua força de sustentação. As lâminas giratórias possuem a forma adequada para forçar as partículas de ar para baixo (ação), enquanto o ar força as lâminas para cima (reação). Essa força de reação atuando para cima é chamada sustentação. Quando a sustentação é igual ao peso da nave, o helicóptero plana no ar. Quando a sustentação é maior, ohelic6ptero ganha altura. FIGURA 5.14 Os patos selvagens voam numa formação em "V", porque o ar empurrado para baixo pelas pontas de suas asas acaba formando para cima, criando uma corrente redemoinhos cendente de ar as- que é mais intensa na lateral do pássaro. Um outro ro seguindo no rastro, consegue reforçar posicionando-se ascendente nesta corrente pássa- sua força de sustentação ascendente, e cria outra corrente para o pássaro seguinte, e assim por diante. O resultado final é um bando voando numa formação em "V". Isto é verdadepara pássarose aeroplanos.Os pássaros voam empurrandoo ar para baixo. O ar, por suavez empurra o pássaropara cima. Quandoo pássaroestá voando alto, as asasdevemassumirunia forma tal que as partículasmÓveis do ar sejam desviadaspara baixo. Inclinadas ligeiramente, as asasdesviam para baixo o ar incidente e produzem assim a sustentaçãode um aeroplano.O ar continuamente desviado para baixo mantém a sustentação.Este suprimento de ar é obtido a partir do movimento da navepara frente, resultadoda açãodos motores a hélice ou a jato que impulsionam para trás o ar recolhido. Quando os motores empurramo ar recolhido para trás, este ar empurrade volta os motorespara frente. No Capítulo 14 aprenderemosque a superfíciecurva de uma asaé um aerofólio, capazde intensificar a força de sustentação. Teste I. a si mesmo Um carro acelera numa rodovia. Identifique a força que move o carro. 2. Um ônibus em alta velocidade dem frontalmente.A sobre o pára-brisa.A besouro exerce contra menor FIGURA 5.13 O foguete recua a partir sobe. que ele dispara, e e um inocente de impacto besouro mesma? A consequente das "balas moleculares" força força besouro esparrama correspondente o pára-brisa desaceleração que o é maior, menor do ônibus coli- o pobre ou a é maior, ou a mesma que a do besouro? Percebemosa terceira lei de Newton atuandoem todos os lugares.Um peixe empurraa águapara trás com suasnadadeiras,e a água o empurra para frente. O vento empurra os gallios de uma árvore, e eles empurramde volta o vento, e temos sonsde assobios.As forças sãointeraçõesentre diferentescoisas. Cada contato requer no mínimo duas vias; não existe maneira de um objeto exercerforça sobre nada. As forças, sejam grandes empurrões ou rápidos toques leves, sempreocorrem aos pares,cada uma oposta à outra. Assim, não podemostocar sem sermostocados. Capítulo É verdade! A pneus para frente entretanto. O besouro -tão minúscula massivo -a -tão porque sofre as massas envolvidas uma desaceleração que a perda muito massivo perda de rapidez quanto pequena outro ficaria totalmente são di- enorme e de rapidez ônibus. por evidente! das Três Leis de Newton I S Você 5 .Terceira Lei de Newton do Movimento 91 Quando uma força resultante atuar sobre um objeto, ele será acelerado. A aceleração é diretamente proporcional à força resultante e inversamente proporcional à massa. simbolicamente, a -F / m. A aceleração tem sempre o mesmo sentido da força resultante. Quando os objetos caem no vácuo, a força resultante é simplesmente o peso e a aceleração é 9 (este símbolo denota a aceleração decorrente apenas da gravidade). Qu~do os objetos caem no ar, a força resultante é igual ao peso menos a força de resistência do ar, e a aceleração é menor do que g. Se e quando a força de resistência do ar igualar-se ao peso do objeto em queda, a aceleração desaparece e o objeto passa a cair com rapidez constante (chamada rapidez terminal). Sempre que um objeto exerce uma força sobre um segundo objeto, este exerce uma força igual e oposta sobre o primeiro. As forças surgem aos pares, uma de ação e outra de reação, as duas constituindo a interação entre um objeto e o outro. Ação e reação sempre atuam sobre diferentes objetos. Nenhuma das duas forças existe sem a outra. Vetares ao longo de uma linha objetos de resistirem a mudanças Aprendemos que qualquer quantidade que requeira tanto valor* como direção e sentido para ser descrita de maneira completaé uma quantidade vetorial. Exemplos de quanti- sofrem alteraçõesno movimento uma força resultante. .N. de T.: O valor de uma quantidade vetorial também é freqUentemente chamado de m6dulo, intensidade ou magnitude. não pode tocar sem ser tocado -terceira lei de Newton 92 Física Conceitual FIGURA 5.16 Este vetor, traçado numa escala em que I cm equivale a FIGURA 20 N, representa tores de mesmo comprimento orientada uma força de 60 N para a direita. 5.18 perpendiculares Quando um ao outro somados, eles formam drado.A dadesvetoriais incluem força, velocidadee aceleração.Diferentemente,uma quantidadeque pode ser descritaapenas pelo seu valor ou magnitude, sem envolver direção e sentido, é chamadade quantidade escalar. Massa,volume e rapidez sãoquantidadesescalares. Uma quantidadevetorial é representadade maneirafacilitada atravésde uma flecha. Quando o comprimento da flecha for traçadoem escala,a fim de representaro valor da quantidade,e a direção e sentidoda flecha indicar a direção e sentido da quantidade,nos referimos à flecha como um vetor. Somarvetoresque atuamao longo de direçõesparalelas é bastantesimples: se eles possuemo mesmo sentido, somam-se;sepossuemsentidosopostos,subtraem-se.A soma de dois ou mais vetoresé a suaresultante. Paraencontrara resultantede dois vetoresque não secombinam exatamente com o mesmo sentido, ou com sentidosopostos,usamosa ** regra do paralelogramo .Construa um paralelogramo no qual os dois vetores sejamlados adjacentes-a diagonal do paralelogramoseráa resultante.Na Figura 5.18 os paralelogramossãoretângulos. No casoespecialde dois vetoresde mesmo valor e mutuamenteperpendiculares,o paralelogramoé um quadrado. Como, para qualquer quadrado,a diagonal tem um comprimento que é .J2 , ou 1,41 aproximadamente,vezeso comprimento de um dos lados, a resultante é .J2 vezes mais comprida que qualquer dos vetores. Por exemplo, a resultante de dois vetorescom módulos iguais a 100,atuandoem ângulo reto um com o outro, é, aproximadamente,141. ..Um paralelogramo é ulJla figura de quatro lados em que os lados opostos são paralelos entre si. Em geral, você determinaria o comprimento da diagonal fazendo uma medição, mas no caso especial em que os dois vetores Y e H são perpendiculares, você pode aplicar o teorema de Pitágoras, R2 = y2 + H2, para obter a resultante: R\ = R--;H2 . [:::::] FIGURA resultante. 5.17 O par de vetores mutuamente perpendiculares dois vee são um qua- diagonal do quadrado é a resultante, com um comprimento -J2 vezes maior do que o comprimento de cada um dos la- dos. ~ 30N I I . I I 4ON FIGURA 5.19 A resultante das duas forças de 30 N e 40 N tem um valor de 50 N. Forças como vetores A Figura 5.19 mostra a vista de cima de um par de forças horizontais atuando sobre uma caixa. Uma delas vale 30 newtons e a outra 40 newtons.Uma simples medição mostra que a resultantevale 50 newtons. A Figura 5.20 mostra Nellie Newton penduradaem repouso por um par de cordasque formam ângulosdiferentes com a vertical. Qual das cordas tem a maior tensão?Uma investigaçãomostraráque existemtrês forças atuandosobre Nellie: o pesodela, a tensãoda corda da esquerdae a tensão da corda da direita. Como as cordasestãosuspensasem diferentesângulos,as tensõesnas cordasserãodiferentesentre si. A Figura 5.21 mostra a soluçãopassoa passo.Como Nellie estápenduradaem equilíbrio, seupeso deve ser sustentadopelastensõesdascordas,que adicionam-sevetorial- constituem dois lados de um retângulo, onde a diagonal do mesmo é a sua Capítulo 5 .Terceira Lei de Newton 93 do Movimento ~I 80 km!" I Resultante I I (Escala: 1cm: 20km/h) 60 FIGURA 5.22 km/h O vento de través a 60 km!h tira do curso o aero- plano que viaja a 80 km!h, fazendo com que a rapidez resultante Nellie Newton pendura-se imóvel por uma mão na do avião seja 100 km!h. rompimento? Considereum aeroplanovoando Da direção norte a 80 quilômetros por hora em relação ao ar nas vizinhanças.Suponhaque o avião seja apanhadopor um vento de travésou cruzado(o vento que sopraformando um ângulo reto com a direçãodo aeroplano)de 60 quilômetros por hora, que tira o avião de suarota pretendida.Este exemplo estárepresentado com vetoresna Figura 5.22, onde os vetoresforam traçados numa escalaem que 1 centímetro representa20 quilômetros por hora. Logo, os 80 km/h de velocidadesãorepresentadospelo vetor de 4 centímetros,e o vento de travésde 60 km/h pelo de 3 centímetros.A diagonal do paralelogramo formado (neste caso, um retângulo) mede 5 cm, o que representa 100 km/h. Assim, o aeroplano move-se a 100 km/h em relaçãoao solo, numa direçãoentre norte e nordeste. igualar ao peso dela. O uso da regra do para' na corda da direita é maior Se você medir os vetores, verá que a da direita é cerca de duas vezes maior do ! di- No Apêndice D e no site da Web você pode encontrar .vetores. , como Vetores , no Capítulo 3, a diferença entre rapidez e velocida-rapidez é uma medida de "quão ligeiro"; velocidade é "em que dire100 quivocê sabe a rapidez. Se existir uma bús- você sabesuavelo-100 quilômetros por hora para o norte. Sabersua s.uarapidez e suadireção e sentido. ~+'7-~ """ ~ fI~~ a. ,,: I , r~ n~ b. c. -..;> (a) o peso de Nellie é representado pelo vetor vertical que aponta para baixo. O vetor igual e oposto vetores construídos.A necessário para o tensão é maior na corda da direita. que é 94 A Física Conceitual qui temos uma vista de cima de um aeroplano que está sendo empurrado para t fora de sua rota por ventos que sopram em diversas direções. Com um lápis, usando a regra do paralelogramo, trace os vetores e mostre qual será a velocidade resultante em cada caso. Em que caso o aeroplano move-se mais rapidamente em relação ao solo? E menos rapidamente? ~ Verifique sua resposta Quando o barco aponta perpendicularmente à correnteza sua velocidade é 14, I km!h, formando 45 graus com a correnteza, rio abaixo (de acordo com a Velocidade da pedra --- , Figura 5.18). / Componente vertical da velocidade componentes de Vetores Exatamentecomo dois vetores perpendicularespodem ser combinadosem um vetor resultante,qualquervetor pode ao contrário ser "decomposto" em dois vetores componentes mutuamenteperpendiculares.Estesdois vetoressãoconhecidos como ascomponentesdaquelevetorque eles são capazesde substituir.O processode determinaçãodascomponentesde um certo vetor é conhecido como decomposição. Qualquervetor desenhadonuma folha de papelpode ser decompostonuma componentevertical e noutra horizontal. A qui temos uma vista de cima de três barcos a motor atravessando um rio. Todos têm a mesma rapidez com respeito a água, e o fluxo da água é o mesmo para todos. Construa os vetores resultantes para representar a rapidez, a direção e o sentido dos barcos. Depois responda as questões; (a) Que barco descreve o caminho mais curto até a margem oposta? (b) Que barco chega primeiro à margem oposta? (c) Que barco oferece o passeio mais veloz? da pedra "- ~Componente horizontal ~(i)~1 velocidade da da pedra ~; ~.a FIGURA 5.23 de de uma pedra. ,. As componentes horizontal e vertical da velocida. Capítulo A decomposição vetorial está ilustrada na Figura 5,24. Um vetor V é desenhado na direção apropriada para representaruma quantidade vetorial. Então, linhas vertical e horizontal(eixos) são traçadas na cauda do vetor. Em seguida, desenha-se um retângulo em que V é a sua diagonal. Os ladosdesseretângulo são as componentes desejadas, os vetoresX e Y. Por outro lado, note que a soma vetorial de X com YéV. Retomaremos a este assunto das componentes de um vetor quando formos tratar do movimento de projéteis no Capítulo 10. f I ~ Terceira Lei de Newton S do Movimento 95 Quantidade escalar Uma quantidade que possui valor, mas não dire ção e sentido. Alguns exemplos são massa, volume e rapidez. Resultante O resultado total da combinação de dois ou mais vetores. Questões Forças de Revisão e Interações I. Quando você empurra uma parede com seus dedos, eles dobramse porque sofrem ação de uma força. Identifique essa força. 2. Um boxeador pode bater num saco pesado com grande força. Por que ele não consegue golpear um lenço de papel em queda no ar com a mesma força? Sumário de Termos 3. Quantas forças são requeridas para uma interação? Vetor Uma flecha desenhada em escala, usada para representar uma quantidadevetorial. Terceira Quantidade vetorial Uma quantidade que possui valor (N. de T.: ou móduloou magnitude), direção e sentido. Alguns exemplos são força, velocidadee aceleração. Lei de Newton do Movimento 4. Enuncie a terceira lei de Newton do movimento. 5. Considere o golpe de um bastão contra uma bola de beisebol. Se chamarmos a força que a bola exerce no bastão de força de ação, identifique a/orça de reação. v v~ y FIGURA 5.24 A construção das componentes horizontal e vertical de um vetor. Exercício Com uma régua, trace as componentes horizontal e vertical dos dois vetores mostrados. Meça as componentes e compare suas próprias descobertas com as respostas dadas abaixo. (Vetor da esquerda: a componente tem 6 cm; a componente vertical horizontal tem 4 cm.) tem 3 cm; a componente vertical tem 4 cm. Veto r da direita: a componente horizontal 96 6. Física Conceitual Considere uma maçã e uma laranja (Figura 5.7). Se considerarmos como sistema somente a laranja, existe uma força resultante sobre o sistema quando a maçã puxa a laranja? 7. Se consideramos o sistema sendo formado pela maçã e a laranja, existe uma força resultante sobre o sistema quando a maçã puxa a laranja? 8. Para produzir uma força resultante sobre um sistema, deve haver uma força aplicada externamente? ... Exerclclos I. A foto mostra Steve Hewitt e sua filha Gretchen. Ela está tocando o seu pai ou é o pai que a está tocando ? Explique. 2. Para cada uma das seguintes interações, identifique as forças de ação e reação. (a) Um martelo bate num prego. (b) A gravidade da Terra puxa um livro para baixo. (c) A lâmina de um helicÓptero empurra o ar para baixo. 3. Você repousa uma maçã sobre sua cabeça. (a) Identifique todas as forças que atuam sobre a maçã e suas forças de reação. (b ) Quando você deixa cair a maçã, identifique todas as forças que atuam nela durante a queda e as correspondentes forças de reação. Despreze a resistência aerodinâmica. 4. Identifique os pares de forças de ação e reação para as seguintes situações: (a) Você pula de um meio-fio. (b) Você dá um tapinha nas costas de seu professor. (c) Uma onda atinge uma costa rochosa. 5. Considere um jogador de beisebol rebatendo uma bola. Identifique os pares ação-reação (a) quando a bola está sendo atingida e (b ) enquanto a bola está em pleno vôo. 17. Cite três exemplos de uma quantidade escalar. 6. 18. Por que a rapidez é considerada um escalar e a velocidade um vetor? Quando você deixa cair uma bola de borracha no chão, ela repica até quase a altura original. O que causa o repique da bola? 7. No interior de um livro sobre uma mesa existem bilhões de forças puxando e empurrando as moléculas. Por que essasforças jamais se somam, por acaso, para formar uma resultante em uma certa direção, fazendo com que o livro se acelere "espontaneamente" pela mesa? 8. Dois pesos de 100 N são atados a um dinamômetro, como mostrado na ilustração. O dinamômetro marca O, 100 N ou 200 N, ou algum outro valor? (Dica: Ela marcaria algo diferente se uma das cordas fosse fixada a uma parede em vez do peso de 100 N?) . Ação 9. e Reação sobre Massas Diferentes A Terra lhe puxa para baixo com uma força gravitacional que você chama de seu peso. Você puxa a Terra para cima com o mesmo valor de força? 10. Se são iguais as forças que atuam sobre uma bala e sobre a arma que a disparou e que recua, por que a bala e a arma têm aceleraçÕesmuito diferentes? 11. Identifique a força que impulsiona um foguete. 12. Como um helicóptero consegue sua força de sustentaç1\o? 13. Você pode tocar fisicamente outra pessoa sem que ela o toque com o mesmo valor de força? Sumário dasTrês Leis de Newton 14. Preencha os espaços em branco: A primeira lei de Newton freqiientemente é chamada de lei da ; A segunda lei de Newton é a lei da ; e a terceira lei de Newton é a lei da e . 15. Qual das três leis define o conceito de força de interação? Vetares 16. Cite três exemplos de uma quantidade vetorial. 19. De acordo com a regra do paralelogramo, a diagonal do paralelogramo construído representa que quantidade? 20. Considere Nellie pendurada em repouso na Figura 5.20. Se as cordas fossem verticais, com nenhum ângulo envolvido, quanto seria a tensão em cada uma delas? 21. Quando as cordas formam um ângulo, que quantidade deve ser igual e oposta ao peso de Nellie? 22. Quando um par de vetores são perpendiculares entre si, a resultante é sempre maior que qualquer dos vetores separadamente? Posicione sua mão como uma asa plana horizontal fora da janela de um automóvel em movimento. Então incline ligeiramente a borda frontal dela para cima e note o efeito de sustentação. Você consegue perceber as leis de Newton em ação aqui? ~ 9. Quando um atleta sustenta o haltere acima de sua cabeça, a força de reação é o peso da barra sobre suasmãos. Como varia esta força, no caso de o haltere estar acelerado para cima? E para baixo? ~ Capítulo S .Terceira Lei de Newton do Movimento 97 ça de atrito é igual e oposta ao seu empurrão de 200 N? Se a força de atrito não é a força de reação ao seu empurrão, o que é ela? 19, Se um caminhão e um automóvel colidem frontalmente, sobre qual deles atuará uma força mais intensa? Qual dos veículos experimentará a maior aceleração? Explique suas respostas. 20, Ken e Joanne são astronautas flutuando no espaço a uma certa distância um do outro. Eles estão unidos por uma corda de segurança cujas extremidades estão fixadas nas cinturas de ambos. Se Ken começa a puxar a corda, ele puxará Joanne para si, ela o puxará para si ou ambos se moverão? Explique. 21. Que equipe ganhará um cabo-de-guerra: aquela que puxa mais fortemente a corda ou aquela que empurra mais fortemente contra o solo? Explique. gativo ou positivo. 22. Num cabo-de-guerra entre duas pessoasversadas em física, cada qual puxa a corda com uma força de 250 N. Qual é a tensão na corda? Se ambas permanecem imóveis, que força horizontal cada uma estará exercendo sobre o chão? Por que você consegue exercer uma força maior sobre os pedais de urna bicicleta se puxar o guidom para cima? quando atinge Por que um alpinista deve puxar a corda para baixo a fim de conseguir subir? um carro pesado com as mãos. O carro, por sua vez, empurra-o de volta com força igual, mas oposta. Isto não significa que as forças se anulam mutuamente, tornando impossível acelerar? Justifique sua resposta em qualquer caso. Um fazendeiro incita seu cavalo a puxar uma carroça. O cavalo refuga, dizendo que tentar isso seria inútil, pois estaria zomban.não pode exercer uma força sobre a carroça maior do que a que a carroça exerce sobreele e, portanto, não será capaz de acelerar a carroça. Qual é a suaexplicação para convencer o cavalo a puxar? O homem forte separará os dois vagões ferroviários de mesma massa,ambos inicialmente em repouso, antes que ele mesmo caia direto sobre o chão. É possível para ele fazer um dos vagões adquirir uma rapidez maior que a do outro? Justifique sua resposta em qualquer caso. . 23. Considere um cabo-de-guerra sobre um piso liso entre dois rapazes que estão calçando meias e duas moças calçando sapatoscom solas de borracha. Por que as moças vencem? 24. Duas pessoas de mesma massa tentam um cabo-de-guerra com uma corda de 12 m, estando em pé sem atrito sobre o gelo. Quando eles puxam a corda, cada uma delas desliza na direção da outra. Como se comparam as suas acelerações, e que distância desliza cada pessoa, até se encontrarem? 25. Que física não era conhecida do escritor deste editorial de um jornal, que ridicularizava os experimentos pioneiros de Robert H. Goddard, sobre a propulsão por foguetes fora da atmosfera terrestre? "O professor Goddard ...realmente não sabe da relação entre a ação e a reação, e da necessidade de se ter algo melhor que o vácuo contra o qual reagir ...parece lhe faltar o conhecimento ensinado diariamente na escola média." 26. Elabore três questões de múltipla escolha, uma para cada lei de Newton, que servisse para testar a compreensão dessas leis por um colega de turma. 27. Quais das seguintes quantidades são escalares,quais são vetoriais e quais não são nem uma nem outra? (a) Velocidade; (b) idade; (c) rapidez; (d) aceleração; (e) temperatura. 28. Se dois vetores se somam para dar zero, como devem estar relacionados? 29. Qual mais provavelmente se romperá, uma rede de dormir bem esticada entre duas árvores, ou outra que cede mais quando você senta nela? 30. Quando um pássaro pousa sobre uma linha de alta tensão esticada, muda a tensão no fio? Se sim, o aumento é maior, menor ou igual ao peso do pássaro? Suponha que dois carrinhos, um deles duas vezes mais massivo do que o outro, se afastem quando for liberada a mola comprimida que os une. Quão rapidamente rolará o carrinho mais pesado comparado com o mais leve? 31. Por que a chuva que cai verticalmente deixa riscos inclinados nas janelas laterais de um carro, quando ele está em movimento? 32. Se você está em pé dentro de um ônibus que se move com velocidade constante, estica a mão para fora e deixa cair uma bola, você ~ verá cair em linha reta na vertical. Como a trajetória se apresentará a um colega seu em pé à margem da rodovia? 33. Considere uma pedra em repouso sobre o solo. Há duas interações que envolvem a pedra. Uma delas é entre a pedra e a Terra: esta puxa a pedra para baixo (seu peso) e a pedra puxa a Terra para cima. Qual é a outra interação? Sevocê exerce uma força horizontal de 200 N para fazer escorregar com velocidade constante um caixote pelo piso de uma fábrica, quanto vale o atrito que o piso exerce sobre o caixote? A for- 34. Uma pedra é mostrada em repouso sobre o chão. (a) 0 vetor ilustra o peso da pedra. Complete o diagrama vetorial, mostrando o outro vetor com o qual o peso se combina, de modo que a resul, 98 Física Conceitual tante sobre a pedra seja nula. (b) Qual é o nome convencional do vetor que você deve desenhar? 40. Aqui, a pedra está em repouso, interagindo tanto com a superfície da rampa como com o bloco. (a) Identifique todas as forças que atuam na pedra e desenhe os vetores-força adequados. (b) Mostre que é nula a força resultante sobre a pedra. (Dica 1: Há duas forças normais sobre a pedra. Dica 2: Esteja certo de que o que desenhou são as forças que atuam sobre a pedra, e não aquelas que a pedra aplica nas superfícies.) 35. Aqui, uma pedra está suspensaem repouso por um barbante. (a) Trace os vetores-força para todas as forças que atuam na pedra. (b) Seus vetores deveriam ter uma resultante nula? (c) Justifique sua resposta em qualquer caso. -~- ~ ~~~~~ --. Problemas 36. Aqui, a mesma pedra está sendo acelerada diretamente para cima. (a) Trace os vetores-força em alguma escala adequada que ilustre as forças relativas que atuam na pedra. (h) Qual deles é o vetor mais longo, e por quê? 37. Suponha que o barbante do exercício anterior rompa-se e a pedra tome-se cada vez mais lenta em seu movimento de ascensão.Trace um diagrama vetoriaf das forças sobre a pedra para o instante em que alcança o topo de sua trajetória. 38. Qual é a aceleração da pedra do exercício 37 no topo da trajetória? 39. Aqui a pedra está rolando para baixo numa rampa sem atrito. (a) Identifique as forças que atuam nela e desenhe os vetores força adequados. (b) Usando a regra do paralelogramo, construa a força resultante sobre a pedra (cuidadosamente mostrando que ela tem direção paralela à rampa -a mesma direção da aceleração da I. Um boxeador golpeia um lenço de papel no ar e o leva do repouso a adquirir uma rapidez de 25 mls em 0,05 s. Se a massado lenço é 0,003 kg, qual a força que o boxeador aplicou no lenço? 2. Se você fica em pé sobre uma prancha de skate sem atrito, perto de uma parede, e empurra a mesma com uma força de 30 N, com que força a parede empurra você? Se sua massa é 60 kg, qual será sua aceleração? 3. Se gotas de chuva caem verticalmente com 3 mls de rapidez e você está correndo a 4 mls, com que rapidez elas batem na sua face? 4. Duas forças de 3,0 N e 4,0 N atuam perpendicularmente sobre um bloco de massa 2,0 kg. Qual é a aceleração decorrente? 5. Considere um aeroplano, que normalmente tem uma rapidez de 100 kmIh em relação ao ar, num vento que sopra de lado com 100 kmIh, de oeste para leste. Calcule a velocidade do avião em relação ao solo, quando seu nariz está apontando para o norte. 6. Rema-se em uma canoa a 4 kmIh diretamente através de um rio que corre a 3 kmIh, como mostra a figura. (a) Qual é a velocidade resultante da canoa em relação à margem? (b) Em aproximadamente que direção a canoa deveria ser orientada, de modo a alcançar a outra margem num ponto diretamente à frente do pon!o de partida? pedra). .. 4 ~ \<M/h 4 www.physicsplace.com Howie Brand demonstra cocheteia D os resultados diferentes de um dardo que ri num bloco de madeira em vez de fincar-se nele. e todos os conceitos da ciência, talvez o mais central seja o de energia. A combinação de energia com matéria forma o universo: matéria é substância, energia é o que move a substância.A idéia de matéria é fácil de compreender.A téria é o conteúdo ma- do que podemos ver, cheirar e tocar. Ela possui massa e ocupa espaço.A energia, por outro lado, é abstrata. Não podemos ver, cheirar ou tocar a maioria das formas de energia. É surpreendente, da por Isaac Newton mas a idéia de energia foi ignora- e sua existênc;ia ainda era objeto de de- bates pelos idos de 1850. Embora energia nos seja familiar, é difícil defini-Ia, pois ela não é apenas uma "coisa", mas uma coisa e um processo juntos -como Trabalho No capítulo anterior vimos que as mudanças no movimento de um objeto dependem tanto da força como de quão longa é a sua atuação. "Quão longa" aqui significa tempo. Chamamos à quantidade "força- tempo" de impulso. Mas "quão longo" não precisa sempre significar tempo. Pode ser distância também. Quando consideramos a quantidade força distância, estamos falando de uma quantidade inteiramente diferente -o trabalho. se fosse um substantivo e um verbo. Pessoas, lugares e coisas possuem energia, mas geralmente observamos transferida a energia apenas quando ela está sendo ou transformada. das eletromagnéticas Ela chega a nós na forma de on- vindas do Sol e a sentimos como energia térmica; ela é capturada pelas plantas e mantém juntas as moléculas da matéria; ela está nos alimentos que comemos e nós a recebemos através da digestão. A matéria em si mesma é uma cápsula de energia condensada, como estabelecido pela famosa fórmula de Einstein, E = mc2, à qual retornaremos na última parte deste livro. Por ora, começaremos da energia considerando lho. nosso estudo um conceito a ela relacionado: traba- FIGURA 7.1 Trabalho é realizado ao se erguer um haltere. Se o halterofilista fosse alto, ele teria que despender proporcionalmente energia para empurrar mais o haltere para acima de sua cabeça. Capítulo trabalho. Quanto mais pesada for a .maior é o trabalho reali(I) a aplicação de uma força e (2) o movi, força aplicada. No caso mais força é constante e o movimento é retilí., definimos o tra- Trabalho = força x distância W=Fd Se você levar para o andar de cima duas cargas idêntiestará realizando o dobro do trabalho que faz quando pois a/orça necessária para elevar . " se - 7 .Energia 115 Potência A definição de trabalho não diz nada sobreo tempo durante o qual o trabalho é realizado.A mesmaquantidadede trabalho é realizadaenquantolevamosuma carga escadaacima, não importando se fazemosisso caminhando ou correndo. Logo, por que ficamos mais cansadosapós subir a escada em alguns segundosdo que quandoo fazemoscaminhando em alguns minutos?Paracompreendera diferença,precisamos falar sobreuma medidade quãorapidamenteo trabalho é realizado -a potência. Potência é igual à quantidadede trabalho realizado pelo tempo que levou para realizá-lo: P A. otencla = trabalho realizado intervalo de tempo Uma máquina de grandepotência é capazde realizar o trabalho rapidamente.Um motor de automóvelque fornece duas vezes mais potência que outro não necessariamente realiza duasvezesmais trabalho ou faz o carro ir duasvezes mais rápido do que aquelecom motor menospotente.Duas Vemos que a definição de trabalho envolve tanto força vezesmais potência significa que o motor pode realizar a , Um halterofilista que sustenta um haltere mesmaquantidadede trabalho na metadedo tempo, ou duas 1.000 newtons acima de sua cabeça não está realivezesmais trabalho no mesmo tempo. Uma máquina mais :. Fazendo isso, ele popotente pode levar um automóvel a atingir uma certa rapificar muito cansado, mas se o haltere não se dez num tempo menor do que o faz uma máquinamenospo.este não estará tente. .O trabalho está Outra maneira de encarar a potência: um litro (L) de sobre os músculos, esticando-os e contraindocombustível pode realizar uma determinadaquantidadede mas trabalho, mas a potência produzida quando o queimamos pode serde qualquerquantidade,dependendode quão rapio halterofilista está readamenteele for queimado. Ele pode fazer operar por meia .do hora um cortador de grama ou por um único segundoum motor a jato 3.600 vezesmais potente. A unidade de medida para trabalho combina uma unidaA unidade de potência é o joule por segundo(J/s), também chamadode watt (em homenagema JamesWatt, o intrabalho, então, é o newton-metro (N .m), também ventor da máquina a vapor do séculodezoito). Um watt (W) de joule (I). .Um joule de trabalho é realizado de potência é despendidoquando 1 joule de trabalho é rea-~o força de 1 newton é exercida ao longo de uma lizado em 1 segundo.Um quilowatt (kW) é igual a 1.000 -1 metro, como ao erguer uma maçã sobre sua watts. Um megawatt(MW) é igual a 1 milhão de watts. Nos Para valores maiores, falamos em quilojoules (kJ, EstadosUnidos* se costumaespecificaros motores em uni., 1megajoules(MI, milhões de joules). realiza um trabalho da ordem A energiaLiberadapor um quilogramade ga- FIGURA 7.2 Ele pode despender energia enquanto empurra a parede, mas, se ela não se move, nenhum trabalho é realizado sobre a parede. N. de T. No Brasil também. Capítulo A decomposição vetorial está ilustrada na Figura 5,24. Um vetor V é desenhado na direção apropriada para representaruma quantidade vetorial. Então, linhas vertical e horizontal(eixos) são traçadas na cauda do vetor. Em seguida, desenha-se um retângulo em que V é a sua diagonal. Os ladosdesseretângulo são as componentes desejadas, os vetoresX e Y. Por outro lado, note que a soma vetorial de X com YéV. Retomaremos a este assunto das componentes de um vetor quando formos tratar do movimento de projéteis no Capítulo 10. f I ~ Terceira Lei de Newton S do Movimento 95 Quantidade escalar Uma quantidade que possui valor, mas não dire ção e sentido. Alguns exemplos são massa, volume e rapidez. Resultante O resultado total da combinação de dois ou mais vetores. Questões Forças de Revisão e Interações I. Quando você empurra uma parede com seus dedos, eles dobramse porque sofrem ação de uma força. Identifique essa força. 2. Um boxeador pode bater num saco pesado com grande força. Por que ele não consegue golpear um lenço de papel em queda no ar com a mesma força? Sumário de Termos 3. Quantas forças são requeridas para uma interação? Vetor Uma flecha desenhada em escala, usada para representar uma quantidadevetorial. Terceira Quantidade vetorial Uma quantidade que possui valor (N. de T.: ou móduloou magnitude), direção e sentido. Alguns exemplos são força, velocidadee aceleração. Lei de Newton do Movimento 4. Enuncie a terceira lei de Newton do movimento. 5. Considere o golpe de um bastão contra uma bola de beisebol. Se chamarmos a força que a bola exerce no bastão de força de ação, identifique a/orça de reação. v v~ y FIGURA 5.24 A construção das componentes horizontal e vertical de um vetor. Exercício Com uma régua, trace as componentes horizontal e vertical dos dois vetores mostrados. Meça as componentes e compare suas próprias descobertas com as respostas dadas abaixo. (Vetor da esquerda: a componente tem 6 cm; a componente vertical horizontal tem 4 cm.) tem 3 cm; a componente vertical tem 4 cm. Veto r da direita: a componente horizontal ~ Capítulo ... , "' (-.. , " ,1' " " .- " + I ; # , I I ... ---~ , I I ,--, FIGURA T A energia potencial da bola de 10 N é a mesma (30 J) nos três casos, porque o trabalho realizado para elevá-la em 3 m é o de 10 N, (b) empurrada por uma força de 6 N ao longo da rampa de 5 m ou (c) erguida através de degraus de I m de altura por uma for- , .. ça de 10 N.Trabalho nenhum é realizado quando ela se move horizontalmente b 117 mesmo, seja a bola (a) erguida com uma força ,-, I 7.4 7 .Energia c (despre- zando o atrito). 'A\'I EP ~ Ec FIGURA 7.5 A energia poten- cial do martelo --~ elevado é conver- tida em energia cinética quando ele é solto. apenas de mg e da altura h. Você pode ver 7.4 que a energia potencial da bola no I, seja gravitacional ou de outro tipo, transforma -quando FIGURA 7.7 A ..queda" pista abaixo de um carrinho russa resulta em uma formidável rapidez adquirida de montanha por ele, quando alcança o fundo da pista curva, e esta energia cinética o remete para cima até o próximo topo da pista. nível de referência, e não é O que imporia é a quantidade de energia potenforma. Apenas va- riaçõesna energiapotencial é que possuemsignificado. Um dos tipos de energia em que a energia potencial pode ser transformadaé a energiade movimento, ou energia cinética. FIGURA 7.6 A energia potencial do arco esticado de Tenny é igual ao trabalho (força média -distân- cia) que ela realizou para esticar o arco até aquela posição. Quando o arco é liberado, a maior parte da energia potencial será convertida ca da flecha. do arco esticado em energia cinéti- 118 Física Conceitual -~,,~/~~~ Energia potencial para Potencial + para Energia '... cinética para cinética Energia potencial e assim por diante ~ FIGURA 7.8 Transformações de energia num pêndulo.A EP é relativa ao ponto mais baixo da trajetória do pêndulo, quando está na verti- cal. Verifique Suas Respostas I I I. Nenhum trabalho é realizado. Um pouco de trabalho é realizado para iniciar seu movimento. e um pouco de trabalho negativo é realizado para que ela pare.Assim. mais precisamente. nenhum trabalho resultante é realizado -como evidenciado pelo fato de a bola não ter mais energia potencial do que tinha inicialmente. 2. Você realiza 75 J de trabalho quando a ergue I m. Potência = 75J/I s = 75W. 3. Depende. Com relação ao ponto de partida. sua EP é 75 J; com relação a algum outro nível de referência, seria algum outro valor. Energia Cinética Se empurramosum objeto, podemospô-Io em movimento. Mais precisamente,serealizamostrabalho sobreum objeto, mudamosa energia de movimento dele. Se ele está se movendo,então,em virtude daquelemovimento, ele é capazde realizar trabalho. Chamamos a energia de movimento de energia cinética (EC). A energiacinética de um objeto dependede suamassae de suarapidez.Ela é igual à metadeda massavezeso quadrado da rapidez. Energiacinética = t massax rapidez2 EC = tmv2 o valor da energiacinética, assimcomo o valor da rapidez, dependedo sistemade referênciaem que ela é medida. Por exemplo, quando você está viajando num carro veloz, suaenergiacinética é nula com respeitoao carro mas considerávelcom respeito ao solo. Observeque a rapidez aparece ao quadradona definição de energia cinética; logo, se a rapidez de um objeto for dobrada,suaenergiacinética será quadruplicada(22 = 4). Isso significa que um carro indo a 100quilômetros por hora tem quatro vezesmais energiacinética do que quando vai a 50 quilômetros por hora. Na energiacinética, a rapidez compareceao quadrado(isso significa tambémque a EC pode ser apenaspositiva ou nula jamais negativa). I I --CJ ..., ~ --' o TeoremQ FIGURA '"J.! , 7.9 O balanço do pêndulo alcançará sua altura inicial. esteja o pino presente ou não. TrQbQlho-EnergiQ Quando um carro acelera, seu ganho de energia cinética provém do trabalho realizado sobreele. Ou quandoum carro toma-se mais lento, é porque um trabalho foi realizado para reduzir suaenergiacinética. Podemosestabelecerque. Trabalho = ~C O trabalho é igual à variação da energia cinética. Este é o teorema trabalho-energia. O trabalho nesta equaçãoé o trabalho resultante -ou seja,o trabalhorealizadopela força resultante.Por exemplo, sevocê empurraum objeto e o atrito tambématuasobreele, a variação da energiacinética é igual ao trabalho realizado pela força resultante,que é o que você realiza menoso que é realizadopelo atrito. Nestecaso,apenasuma parte do trabalho total que você realiza é que faz variar a energiacinética do objeto. O restanteestá transformando-seem calor. Se a força de atrito é igual e opostaao seuempurrão,a força resultantesobreo objeto é nula e nenhumtrabalho resultanteé realizado.Não ocorre variaçãona energiacinética do objeto. O teorematrabalho-energiatambémse aplica quandoa rapidez diminui. Quanto mais energia cinética um objeto possui, mais trabalho é requerido para detê-lo. Duas vezes mais energia cinética significa duas vezes mais trabalho. Quando você pisa fundo no freio de um carro, fazendo-o derrapar,a estradarealiza trabalho sobreo carro. Este traba- .Isso pode ser demonstrado assim: se multiplicamos ambos os lados de F = ma (segunda lei de Newton) por d, obtemos Fd = mad. Lembre-se do Capítu10 3 que para uma aceleração constante, d = t 01, de modo que podemos escrever Fd = ma ( t 01) = t maal = -!: m (ot)2; substituindo A v = ot, obtemos Fd = A( -!: mv1. Isto é, trabalho = AEC. ~ Capítulo força de atrito multiplicada pela distância ao A variável é necessáriapara conseguir parar. Isso significa vezesmais rapidamenteque vezesmaior do que mais trabalho para detê-lo e, porIn100 quilômetros 119 Energia cinética e energia potencial são duas entre as muitasformas de energia.e sãoa baseparaoutrastais, como energiaquímica. energianuclear,sonorae luminosa.A energia cinética média do movimento molecular aleatório está relacionada com a temperatura; as energiaspotenciais de cargaselétricas são responsáveispela voltagem; e as energias potencial e cinética do ar em vibração definem a intensidadedo som.Mesmo a energialuminosaorigina-sedo movimento de elétronsno interior dos átomos.Cada forma de energiapode sertransformadaem qualqueroutra forma. por hora derrapará quatro ve- Os carros modernosequipadoscom já não derrapam,mas o mesmoprinDeter um carro duas vezesmais rápido que requer quatro vezes mais trabalho e uma distância ,vezesmaior. mesmo o teorema trabalho-energia ..O 7 .Energia aplica-se trabalho a mais que varia- pode mudar a energia um dis- uma forma de energia em outra. Nove vezes mais. O carro tem nove vezes mais energia cinética quando viaja três vezes mais rápido: t m (3vr = t m9vl = 9 ( t mv1. O atrito normalmente será o mesmo nos dois casos; portanto, realizar nove vezes mais trabalho requer nove vezes mais distância. Sim,mas num sentido relativo. Por exemplo, um objeto que foi erguido pode possuir EP com relação ao piso abaixo, mas nenhuma EP com relação a um ponto no mesmo nível. Analogamente. a EC que um objeto possui é definida com relação a um sistema de referência, normalmente escolhido como sendo a superficie terrestre. (Veremos que os objetos materiais possuem energia por existir -a energia ..solidificada" que constitui suas massas.). Prossiga lendo! Não, diferente de momentum ou energia, o trabalho não é algo que um objeto tenha. Trabalho é algo que um objeto realiza em algum outro objeto. Um objeto pode realizar trabalho apenas se possui energia. Mais importante do que ser capaz de enunciar o que é a energia é compreendercomo ela secomporta-como ela se transfonna. Podemosentendermelhor os processose transformações que ocorrem na natureza se os analisamosem termosde transformaçõesde energiade uma forma paraoutra ou de transferênciasde um lugar para outro. A energiaé a maneiraque a naturezadispõe para prosseguiro jogo. Os processosda natureza são melhor compreendidosquando analisadosem termos das variaçõesde energia. Considereasmudançasque ocorrem na energiadurante a operaçãodo bate-estacasda Figura 7.5. O trabalhorealizado para elevar o martelo do bate-estacas,fomecendo-lhe energiapotenci~l, transforma-seem energiacinética quando o martelo é solto. Esta energiaé transferidapara a estaca logo abaixo.A distânciaque estapenetrano chão,multiplicada pela força média do impacto, é quaseigual à energia potencialinicial do martelo.Dizemos quase,porquealguma energia transferiu-se para o chão durante a penetração, aquecendo-o.Levando em conta a energiatérmica, constatamos que a energia transforma-sesem que haja ganho ou perdalíquida da mesma.Absolutamentenotável! O estudodasdiversasformas de energiae suastransformaçõesde uma forma em outra levarama uma das maiores generalizaçõesda física -a lei da conservação da energia: A energia não pode ser criada ou destruída; pode apenas ser transformada de uma forma para outra, com sua quantidade total permanecendo constante. Quando consideramosum sistemaqualquer em suatotalidade, sejaele tão simplescomo um pêndulo balançando ou tão complexo quantouma supemovaexplodindo,há uma quantidadeque não é criada ou destruída:a energia.Ela pode mudar de forma ou simplesmenteser transferida de um lugar para outro, mas,a partir de tudo que sabemos,a quantidade total de energiapermaneceinalterada.Essaquantidade de energialeva em conta o fato de que os átomosque formam a matéria são eles mesmoscápsulasconcentradasde energia. Quando os núcleos (os caroços) dos átomos se redistribuem, quantidadesenormesde energia são liberadas. O Sol brilha porque parte de suaenergianuclear é transformadaem energiaradiante.' 120 Física Conceitual FIGURA 7.1 O Um mergulhador de circo, no topo de um mastro, funde núcleosde átomosde hidrogênio para fonnar núcleos de hélio*. Isto é afusão termonuclear, um processoque libera energiaradiante,pequenaparte da qual atinge a Terra. Partedessaenergiaque alcançaa Terra incide sobreasplantas, e parte é estocadana fonna de carvão mineral. Outra parte sustentaa vida na cadeiaalimentar que começacom as plantas, e parte desta energia é mais tarde armazenadana fonna de petróleo. Parteda energiaoriginada pelo Sol serve para evaporar a água nos oceanos,e parte desta retoma à Terra na fonna de chuva, que pode ser acumuladanuma represa.Em virtude de suaposiçãoelevada,a águapor trás da represatem energiaque pode ser usadapara alimentar uma usina elétrica logo abaixo, onde é transfonnadaem energia elétrica. A energia viaja pelos caboselétricos até as casas, onde é utilizada para iluminar, aquecer,cozinhar e fazer funcionar aparelhoselétricos. É formidável como a energia setransfonna de urna fonna para outra! possui 10.000 J de energia potencial. Quando ele mergulha, sua energia potencial converte-se em energia cinética. Note que nas sucessivas posi- Máquinas çÕes relativas de um quarto, meio, três quartos e a queda inteira a energia total é constante. (Adaptado de K. F.Kuhn e J. S. Faughn, Physics in your world, Philadelphia: Saunders, 1980.) Questões-desafio I. Um automóvel condicionado Quando consome mais combustível está ligado? Quando seu rádio quando seu ar- seus faróis estão ligados? está ligado, enquanto se encontra esta- cionado? Trabalho na entrada = trabalho na saída 2. Fileiras de geradores eólicos são usados em regiões vento- sas para gerar energia elétrica.A potência gerada afeta a ra- pidez do vento? Ou seja, nos lugares atrás desses "moinhos de vento" estivessem Verifique haveria mais vento se os moinhos de vento não suas Uma vez que trabalho é força vezes distância, força de entrada x distância na entrada = força na saída x distância na saída. (Força x distância )entrada = (Força x distância)saída lá? respostas I. A resposta é sim para essas três questões, pois a energia consumida em última instância veio do combustível. Mesmo a energia retirada da bateria deve ser constantemente reposta pelo alternador do carro, o qual é girado pelo motor, que por sua vez funciona retirando energia do combustível. Não existe boca-livre! 2. A potência gerada pelos moinhos de vento vem da EC do vento, logo o vento fica mais lento depois de interagir com as pás dos moinhos de vento. Portanto, sim, seria mais ventoso atrás dos moinhos de vento se eles não estivessem ali. A enonne compressão peraturas Uma máquina é um dispositivo para multiplicar forças ou simplesmente mudar a direção de forças. O princípio subjacente a toda máquina é o conceito de conservação da energia. Considere uma das máquinas mais simples, a alavanca (Figura 7.11 ). Ao mesmo tempo em que realizamos trabalho sobre uma das extremidades da alavanca, a outra extremidade realiza trabalho sobre a carga. Vemos que o sentido da força é mudado, pois se empurrarmos para baixo, a carga é deslocada para cima. Se o aquecimento produzido pelo atrito é suficientemente pequeno para poder ser desprezado, o trabalho na entrada será igual ao trabalho na saída, extremamente provocada pela gravidade altas no interior profundo e temdo Sol O ponto de apoio sobre o qual gira a alavanca é chamado de fulcro. Quando o fulcro de uma alavanca está relativamente próximo à carga, uma pequena força na entrada produzirá uma grande força na saída. A razão é que a força de entrada é exercida a uma distância grande, enquanto a carga F FIGURA 7. A alavanca .Curiosamente, a fusão de núcleos é um processo ocasional, pois o espaça. mento médio entre os núcleos é enorme, mesmo para as altas pressões encon. tradas no centro do Sol. É por isso que o Sol levará uns 10 bilhões de anos pa. ra consumir seu combustível de'l1idrogênio. Capítulo 7 .Energia 121 5000 N Saída FIGURA 7.12 Força aplicada x distância de aplicação = força na saí- Fd = F d Entrada da x distância percorrida sOx25 = 5000 x 0.25 na saída. FIGURA 7.13 Esta polia atua como uma alavanca. Ela muda ape- nas o sentido da força de entrada. Assim, uma alavancapode atuar como um mulMas nenhumamáquinaé capazde mul- ././//- ...~ "'"~- Saída Q Entrada mover o mundo se tivess~ um '~, I ) um automóatravés de uma grande FIGURA 7.14 Neste arranjo. uma carga pode ser erguida com a metade da força de entrada. apenasum centésimo dessadistância, mas .Você "disfarçada"? 7.13 ela muda apenas consegue Quando o sentido perce- usada da força. coMas cada. A força é aumentada e a distância movimentada é di minuída. Como ocorre com qualquer máquina, a força pode ser alterada enquanto o trabalho na entrada e na saída permanecem inalterados. Uma talha é um sistema de polias que multiplica a força mais do que uma única polia pode fazer. Com o sistema 122 Física Conceitual rar que aconteça.Em qualquertransformação,algumaenergia é dissipadaem energiacinética molecular -energia térmica. Isto torna mais quentea máquina e suavizinhança. Mesmo uma alavancaoscila em torno de seu fulcro, e com isso converteuma pequenafração da energiana entrada em energiatérmica.Você poderealizar 100joules de trabalho e obter na saída 98 joules de trabalho. A alavanca, nestecaso,tem rendimentode 98 por cento, e apenas2 joules do trabalho na entradadegradam-seem energiatérmica. Se a garota da Figura 7.12 realiza 100joules de trabalho e aumentaa energiapotencial do carro em 60 joules, o macaco hidráulico é 60 por cento eficiente; 40 joules de seutrabalho de entradaforam realizadoscontra o atrito, aparecendo como energiatérmica. Num sistema de polias, uma fração considerável da energia na entrada transforma-se tipicamente em energia térmica. Se realizamos 100joules de trabalho, as forças de Rendimento atrito atuantesao longo das distâncias atravésdas quais as Os três exemplos anterioreseram de máquinas ideais; 100 polias giram, sofrendo a açãoda fricção em seuseixos, popor cento do trabalho na entradaaparececomo trabalho na dem dissipar 60 joules de energia transformando-os em saída.Uma máquinaideal operacom rendimentode 100por energiatérmica. Nestecaso,o trabalho na saídaé de apenas cento.Na prática isso não acontece,ejamais podemosespe- 40 joules e o sistemade polias tem um rendimentode 40 por cento. Quanto menor é o rendimento de uma máquina, maior é a percentagemde energiadegradadaem energiatérmica. A ineficiência existe desdeque a energia no mundo ao nossoredor é transformadade uma forma para outra. O rendimento pode ser expressopela razão Rendimento= (energiaútil na saída)I (energiatotal na idealizado de polias ilustrado na Figura 7.15, o homem puxa 7 metros de corda com uma força de 50 newtonse ergue 500 newtons a uma distância vertical de 0,7 metro. A energia que ele despendeao puxar a corda é numericamente igual ao aumentode 500 newtons na energia potencial do bloco. A energiafoi apenastransformada. Qualquermáquinaque multiplica força o faz à custada distância.Igualmente,qualquermáquinaque multiplica distância, tais como seuantebraçoe seucotovelo, o faz à custa da força. Nenhuma máquina ou dispositivo pode fornecer mais energia na saídado que lhe foi fornecido na entrada. Nenhuma máquina pode criar energia; ela pode apenas transformá-lade uma forma em outra. entrada) FIGURA 7.15 Força aplicada x distância aplicada = força na saída x dis. tância percorrida na saída. ~.-~~f-- ..~-1~- E ner;:-1 pote~~ial Um motor de automóvelé uma máquinaque transforma energia química armazenadano combustível em energia mecânica.As ligações entre as moléculas no combustível derivado do petróleo rompem-se quando ele queima. Átomos de carbonono combustívelcombinam-secom o oxigênio do ar para formar dióxido de carbono; átomosde hidrogênio do combustível combinam-se com o oxigênio para formar água,enquantoenergiaé liberada. Nós gostaríamos . Energia cinética Calor de agitação molecular calor molecular Mais calor ainda (agitação molecular mais rápida) ..' ---menos energia.-, , , para -" " ," ~cinética + energia p:otencial '" , )\. , &} , para energia cinética + >...I .'" ~) l;J potencial para calor (energia Ener ia uí i cinética das moléculas FIGURA , ~~ O cemitério térmica. 7.16 Transformações de energia. da energia cinética é a energia Capítulo ser convertida nós 100 por cento gostaríamos eficiente. em de Isso dispor energia me- de uma má- é impossível, I em porque energia térmica, ' no Uma outra é dissipada Considere motor parte no sai ar através um espetacular 100 por cento eficiente com do carro inveros ga- sistema imagi- e que quei- energias cinéticas somam-see essa energia ainda está lá após a colisão, embora em formas diferentes -principalmente energiatérmica. Ou os momentade dois fogos de artifício se aproximando um do outro podem anular-se,mas quandoeles explodem,não existe maneirade suasenergias o fazerem.A energiaapareceem muitas formas; o momentum tem uma única forma. A quantidadevetorial momentum é diferente da quantidadeescalarenergiacinética. Verifique sua distância, um simples lho/força. Se todos tro fossem resistência aerodinâmica e o total de forças de litro o ponto -: alcance a mais baixa temperatura prática, a meio ambiente, ela não pode ser usada. O meio ao nosso redor é O cemitério da energia útil. I entre Energia e Momentum cinética e rnornenturn são ambos propriedades do '. Mas são diferentes. O rnornenturn, corno a ve- tética Da definição, trabalho rearranjo os 40 milhões usados para vencer forças de atrito, Distância resposta a distância = trabalho tível imposto em distância = força x = traba- de joules de energia de cada lia resistência -40.000.000 aerodinâmica e as seria: J / L = 80.000 m / L = 80 km / L 500 N importante ideal, existe resulta percorrida força Encarea ineficiência que acompanha as transformações .em qualquer transformação ocor, A quantidade de utilizável diminui a cada transformação até que na, além de energia térmica na temperatura usual. 1termodinâmica, veremos que a ener- 123 7 .Energia aqui é que, mesmo um limite superior pela conservação com uma máquina hipode economia de combus- da energia. Outra diferença entre os dois é sua dependênciaem relação à velocidade.Enquantoo momentumé proporcional à velocidade (mv), a energia cinética é proporcional ao quadrado da velocidade (t mv1. Um objeto que se move com duasvezesmais velocidadeque outro de mesmamassatem momentum duasvezesmaior, enquantoque a energiacinética é quatro vezesmaior. Ele pode fornecerduasvezesmais impulso a qualquer que seja o objeto que ele encontra,mas pode realizar quatro vezesmais trabalho sobreeste. Considereuma bala de metal disparadacontra um grande bloco de madeira (Figura 7.17). Quando a bala o atinge, o bloco inclina-se ligeiramentequandoo momentumda bala é transferidoparaele. Sea mesmabala o atingecom o dobro de velocidade,ela terá capacidadeduas vezesmaior de derrubar o bloco. Chamemosisso de "dobrar o impacto". Mas note que a bala duasvezesmais rápida tem quatro ve- é uma quantidade escalar. Quando dois , : encontro um ao outro, seus momenta parcial ou totalmente. Seu momentum do que o momentum de um deles, apenas. Mas cinéticas n~o podem cancelar-se. Uma vez , sempre positivas (óu nulas), a ." , " ~apenas. Por exemplo, os momenta de dois carros exatamente 1podem adicionar-se para resulzero, e os destroços combinados após a valor nulo de momentum. Mas suas Figura 18 aprenderá que uma má. 7.17 metálica A bala de Comparada bala de borracha ricocheteia A bala borracha penetra salta à bala metálica com mesmo momentum, é mais efetiva em fazer o bloco tombar, pois ela após o impacto. variação de momentum A bala de borracha e, assim, transmite sofre uma grande um grande impulso ou batida ao bloco. Qual das balas produz mais danosl a ~ 124 Física Conceitual zesmais energiacinética,e penetraráquatro vezesmais profundamente no bloco. O impacto é dobrado, mas os danos sãoquatro vezesmaiores. Se nossabala for de borracha,em vez de metal, tal que ricocheteie no bloco em vez de penetrá-Io, ela será ainda mais efetiva que a bala de metal em derrubaro bloco. vejamos por quê. Se os momenta são os mesmospara as balas de metal e de borracha,e seambassãolevadassimplesmente ao repouso,então a variação do momentum e o impulso advindo seriamos mesmos;mas apenasa bala de metal é levada ao repouso.A de borracharicocheteia, o que significa que a variação de seu momentum e o impulso decorrente sãomaioresdo que para a bala de metal. Se a bala de borracha ricocheteia elasticamente,sem qualquer perda de rapidez, a variaçãode seumomentum e o impulso que ela aplica sãoduas vezesmaioresdo que no casoda bala de metal. Ela atinge o bloco com o dobro do impacto da bala que penetra com mesmo momentum.Mas ela não penetra,e, neste sentido, produz pouco dano. Isso é um caso idealizado. Na prática, essascolisões não são perfeitamenteelásticas. Mas agora você tem uma idéia de por que a polícia usa balas de borrachapara pôr pessoasfora de ação,com o mínimo de ferimentos. Isso está ilustrado mais claramente na Figura 7.18. Quando um dardo com nariz de borracha, equipado com uma ponta fina, vai de encontro a um bloco de madeira, a colisão é inelástica.O impulso não é o bastantepara tombar o bloco. Porém,quandoa ponta fina é removida e o nariz de borrachaé exposto,o dardo adquire o mesmomomentume ricocheteia no bloco. O impulso aproximadamentedobrado derrubao bloco. a FIGURA b 7.18 mesmo momentuml Suponhaque você seja um jogador de no e esteja carregandoa bola de jogo, rio antes do impacto é zero, e, esteja ~ ambos serão detidos numa curta distância. A -contrão exercidos sobre cada um serão os mesmos. move lentamente ou r-' -~ produto da massa e da velocidade dele que o seu, bol americanosabe um jogador leve e rápido do que lento. Por quê?Porqueum jogador leve, mesmomomentum, tem mais energiacinética. sua massa, ele tem então o dobro da sua velocidade. ~ -velocidade duas vezes maior e a metade da massa dá ao jogador mais leve o dobro da energia cinética que o jogador mais pesado*. Ele realiza duas vezes mais trabalho sobre você, tende a deformá-lo duas vezes mais e geralmente produz duas vezes mais danos em você. Fique de olho nos mocinhos rápidos ! c d (a) Dave solta o dardo, que é levado ao repouso quando atinge o bloco de madeira. (b) Dave, então, remove o bico de metal do dardo, expondo é derrubado. Teste a si mesmo frontado com um derrubá-Io - assim seu nariz de borracha Dave afirma,"a do de volta". Em termos mentum negativo.A e (c) novamente impulso é maior com o ricochete do momentum, Helen afirma,"Se variação do momentum Uma maior variação do momentum de positivo solta-o da mesma altura. ( d) A dardo ricocheteia no bloco, que por sua vez porque o dardo, neste caso, é mais do que simplesmente o dardo colide com, digamos, momentum para negativo no ricochete detido -ele positivo. então ele ricocheteia é maior do que de positivo para zero no outro é atira- com mocaso, resulta num impulso maior". .Note que 1/2 (m/2)(2u)2 = mu2, que é o dobro do valor de 1/2 mu2 para o jogador mais pesado de massa m e ra!,)idezu. Capítulo o autor comunica energia cinética e momentum ao martelo. que golpeia o bloco em repouso , A maior A energia prego não é suficiente uma bala de borracha, mas seria bom ele energianuclear e da energiageotérmica,a oIssoinclui que obtemos aa combustãodo petróleo, carvão, madeira, pois essesmateriais são o resultado , um processo biológico que incorpora a radiaçãosolar no tecido dasplantas. A luz do Sol é também transformada diretamente em pelas células fotoelétricas, iguais àquelasentambém .A como .c chuva; luz solar ser usada evapora a água das chuvas as rodas d'água indiretamente a água, que mais depois ou as modernas escorre pa- turbinas ge- Mesmo o vento, causado pelo aquecimento desigual da usadapara movimentar turbinas geradointerior de moinhos de vento especialmenteequipaventosnão pode ser ligada e deslià vontade, ela atualmenteconstitui apenasum suple- que sobra é distribuída para perfurar a pele. parte entre sobre da energia 7 .Energia o professor cinética os mais de 200 pregos 125 de fisica jamais chega a que estão mento à produção de energia em grande escala por combustíveis nuclear e fóssil. A mais concentrada forma de energia utilizável está no urânio e no plutônio -combustíveis nucleares. O temor público por qualquer coisa de origem nuclear impede o desenvolvimento da geração de energia nuclear. É interessante observar que o interior da Terra mantém-se quente por causa de um forma de energia nuclear, o decaimento radioativo, que tem estado conosco desde o instante zero. Um subproduto do decaimento radioativo no interior da Terra é a energia geotérmica -que se encontra nos reservatórios de água aquecida-subterrârieos. Energia geotérmica é normalmente encontrada em áreas de atividade vulcânica, tais como a Islândia, a Nova Zelândia, o Japão e o Havaí, onde a água aquecida próxima à superfície da Terra é retida para fornecer vapor para fazer girar turbogeradores. Em localidades onde o calor da atividade vulcânica está próximo à superfície e a água subterrânea está ausente, um outro método mantém a esperança de produção de eletricidade barata e amigável junto ao meio ambiente: a energiageotérmica de rocha:.seca, em que escavações profundas são realizadas na rocha qUente e seca, dentro das quais a água é introduzida. Quandb a água toma-se vapor, é levada por tubos até uma turbina na superfície. Depois, ela retoma à cavidade para ser novamente usada. A energia geotérmica, como a solar, a eólica e a hidráulica não prejudicam o meio ambiente. Outros métodos para obter energia têm sérias conseqiiências ambientais. Embora a energia nuclear não polua a,atmosfera, ela permanece en- 126 Física Conceitual c. b. a. de i Usina Circulação da ág~a FIGURA 7.20 Geração de energia geotérmica de rocha-seca. (a) Um buraco com vários quilômetros nito seco. (b) A água é bombeada para o buraco em alta pressão e fratura a rocha circundante superfície. (c) Um segundo buraco é escavado até interceptar entra na cavidade onde é superaquecida, na cavidade, realizando voltando elétrica t de comprimento até formar é escavado no gra- uma cavidade com maior área de a cavidade. (d) A água é levada a circular para baixo através de um dos buracos, depois a subir pelo segundo buraco.Após alimentar a turbina, ela é introduzida novamente um ciclo fechado. volta em controvérsiaspor causado lixo nuclear gerado.A queima de combustíveisfósseis,por outro lado, faz aumentar os níveis de concentraçãoatmosféricado dióxido de carbono, dióxido de enxofre e outros poluentes. tribui para a ineficiência total. Curiosamente, algumas das maiores criaturas do planeta, o elefante e a baleia azul, alimentam-se bem do início na cadeia alimentar. E cada vez mais alimentos, tais como o krill* e a levedura, estão sendo considerados pelos humanos como fontes eficientes de alimentação. o seucorpo é uma máquina-uma máquinaextraordinariamentemaravilhosa.Ele é formado por máquinasmenoresas células vivas. Como qualquer máquina, as células vivas precisamde uma fônte de energia.A maior parte dos seres vivos desteplanetaalimentam-sede diversoscompostosde hidrocarbonetosque liberam energiaquandoreagemcom o oxigênio. Como a gasolinaque é queimadanos motoresdos automóveis, há mais energia potencial nas moléculas dos alimentosdo que nos produtosdasreaçõesapósa metabolizaçãodos alimentos.Essadiferençade energiaé que sustenta a vida. Podemosver a eficiência em funcionamento na cadeia alimentar. Criaturas maiores comem as menores, que por seuturno comem outras ainda menores,e assim por diante até as plantas terrestrese o plâncton oceânico,que são alimentadospelo Sol. Mover-se cada degrau acima na cadeia alimentar envolve ineficiência. Nas savanasafricanas,cada 10 quilogramasde grama podem produzir I quilograma de gazela. No entanto, será necessário 10 kg de gazela para sustentar cada quilograma de um leão. Vemos que cada transformaçãoenergéticaao longo da cadeiaalimentar con- Sumário de Termos Trabalho O produto da força pela distância ao longo da o corpo sobre o qual a força atua: W=Fd (De maneira mais geral, a componente da força na direção de movimento vezes a distância percorrida) Potência A taxa temporal de realização de trabalho: Potência = trabalho / tempo (De maneira mais geral, a taxa com a qual a energia é gasta.) Energia A propriedade de um sistema que o capacita a realizar trabalho. Energia potencial A energia que um corpo possui por causa de sua posição. Energia cinética Energia de movimento, quantificada pela relação Energia cinética = 1/2mv2 .N. de T. Um tipo de camarão pequeno abundante nas águas do oceano polar austral. I Capítulo " 11. 7 .Energia 127 Quantos joules de energia potencial ganha um livro de I kg quando é elevado em 4 m? Quando é elevado em 8m? 12. Quando a energia potencial de alguma coisa é importante? Trabalho = M.C Energia Cinética 13. Quantos joules de energia cinética possui um livro de 1 kg quando ele é arremessado através de uma sala com uma rapidez de 2 rn/s? , que 14. Um carro movendo-se possui energia cinética. Se ele acelera até ficar duas vezes mais rápido, quanta energia cinética ele possui, comparativamente? Numa máTeorema =trabalhosaída e (Fd)enb1lda = (Fd)saída 15. Comparado com alguma rapidez original, quanto trabalho os freios devem fornecer para deter um carro que é quatro vezes mais veloz? Como se comparam as distâncias de parada? .16. de Revisão Quando a energia mais evidencia-se? Trabalho-Energia (a) Quanto trabalho você deve realizar quando empurra um caixote horizontalmente com 100 N ao longo de 10 m do piso de uma fábrica? (b) Se a força de atrito entre o caixote e o piso for constantemente igual a 70 N, quanta EC é ganha pelo caixote depois de escorregar por 10 m ? (c) Quanto trabalho é convertido em energia térmica? 17. Como a rapidez afeta o atrito entre uma estrada e um pneu derrapando? um objeto em movimento. Quando a força é pelo tempo de sua aplicação, chamamos a esta mudar o momentum daquele objeto. De que chamamos a quantidade força X distância? Cite um exemplo em que a força é exercida sobre um objeto sem realizar nenhum trabalho sobre ele. N movimenta um livro por 2 m? O que requer mais trabalho -erguer um saco de 50 kg a uma distância vertical de 2 m ou erguer um saco de 25 kg a uma distância vertical de 4 m? Conservação da Energia 18. Qual será a energia cinética do martelo de um bate-estacasquando ele sofre um decréscimo de 10 kJ na energia potencial? 4119. Uma maçã pendurada em um ramo possui energia potencial por causa de sua altura. Se ela cai, em quê esta energia se tornou imediatamente, antes de a maçã bater no solo? E quando ela bate no solo? 20. Qual é a fonte de energia do brilho do Sol? 21. Um amigo lhe afirma que a energia do petróleo é, de fato, uma forma de energia solar. Seu amigo está correto ou errado? Máquinas Se ambos os sacos da questão precedente são erguidos em suas respectivas distâncias ao mesmo tempo, como se comparam as potênciasrequeridas em cada caso? E para o caso em que o saco mais leve é erguido a esta distância na metade do tempo ? Quantoswatts de potência são despendidos quando uma força de 1 N movimenta um bloco por 2 m num intervalo de tempo de 1 s? Exatamente o que é capaz de realizar um corpo que possui energia? , Potencial Um carro é erguido uma certa distância numa oficina e, portanto, tem energia potencial com respeito ao solo. Se ele fosse erguido duas vezes mais alto, quanto ele teria de energia potencial? Dois carros são erguidos simultaneamente a uma mesma altura numa oficina. Se um deles é duas vezes mais massivo que o outro, como se comparam suas energias potenciais? 22. Uma máquina é capaz de multiplicar a força aplicada sobre ela? E a distância ao longo da qual atua essa força? E a energia que lhe é fomecida? (Se suastrês respostassão idênticas, procure ajuda, pois a última questão é especialmente importante.) 23. Se uma máquina multiplica a força por um fator de quatro, que outra quantidade será diminuída e em quanto? 24. Uma força de 50 N é exercida sobre a extremidade de uma alavanca, que é movida ao longo de uma certa distância. Se a outra extremidade da alavanca move-se um terço dessadistância, quanta força ela exerce? 25. Se o homem da Figura 7.15 puxa 1 m de corda para baixo com uma forçlide 100 N, enquanto a carga toma-se 1n mais alta (cerca de 14 cm), qual é a carga máxima que pode ser erguida? Rendimento 26. Qual é o rendimento de uma máquina que converte rnilagrosamente toda a energia na entrada em energia útil na saída? 27. Uma máquina de alta eficiência degrada uma percentagem relativamente pequena ou grande de,energia em energia témlica? 128 Físíca Conceitual 28. Referente à questão anterior, se a carga erguida for 500 N, qual é o rendimento do sistema de polias usado? 3. Para determinar a energia potencial do arco esticado de Tenny (Figura 7.6), seria uma superestimativa ou uma subestimativa multiplicar a força com a qual ela mantém distendido o arco na posição de disparo pela distância na qual ela o puxou? Por que afirmamos que o trabalho realizado é força média -distância? 4. Quando um rifle de cano longo é disparado, a força dos gasesem expansão atua sobre a bala através de uma grande distância. Que efeito isto tem sobre a velocidade da bala emergente? (Você consegue entender por que canhões de longo alcance possuem canos 29. O que acontece com a percentagem de energia útil que é transformada de uma forma para outra? 30. É fisicamente possível haver uma máquina com rendimento maior do que 100 por cento? Discuta. Comparação entr-e Energia Cinética e Momentum 31. O que significa dizer que o momentum é uma quantidade vetorial e a energia é uma quantidade escalar? 5. 32. Os momenta podem se anular? E as energias? 33. Se um objeto em movimento dobra sua rapidez, quanto momentum a mais ele adquirirá? Quanto a mais de energia? 34. Se um objeto em movimento dobra sua rapidez, quanto a mais de impulso ele fornecerá a qualquer coisa com a qual se choque (quanto a mais de impacto)? Quanto a mais de trabalho terá que ser realizado para detê-Io (quantos danos a mais)? compridos?) Você e uma aeromoça arremessamuma bola para trás e para frente dentro de um aeroplano em vôo. A EC da bola dependerá da rapidez de movimento do aeroplano? Explique cuidadosamente. 6. Você assiste a uma amiga decolar num avião a jato, e comenta que ela adquiriu energia cinética. Mas ela afirma que não houve aumento algum em sua energia cinética. Quem está correto? ~. \ Uma coisa pode ter energia sem ter momentum? Explique. Uma coisa pode ter momentum sem ter energia? Justifique sua resposta. Fontes de Energia 35. Qual é, em última instância, a fonte das energias advindas da queima de combustíveis fósseis, das hidrelétricas e dos moinhos de vento? 36. Qual é, em última instância, a fonte da energia geotérmica? Energia da Vida 37. A energia que precisamos para viver vem da energia potencial quimicamente armazenada nos alimentos, que é convertida em outras formas quando é metabolizada. O que acontece a uma pessoa cujo trabalho fornecido na saída é menor do que a energia que ela ou ele consumiu? E se o trabalho fornecido na saída for maior do que a energia consumida? Uma pessoa subnutrida pode realizar trabalho extra sem alimentação extra? Discuta de forma breve. 8. Quando a massade um objeto em movimento dobra de valor sem ocorrer qualquer alteração na sua rapidez, por que fator muda o seu momentum? E sua energia cinética? 9. Quando é duplicada a velocidade de um objeto, por que fator muda o seu momentum? E sua energia cinética? 10. Você tem a chance de apanhar uma bola de beisebol ou uma bola de boliche, ambas com a mesma EC. O que é mais seguro? 11. Para combater hábitos de desperdício, frequentemente se fala em "conservar energia", apagando-se luzes não-necessárias, desligando aquecedores de água que não estão sendo usados e mantendo os termostatos num nível moderado. Neste capítulo também falamos em "conservação da energia". Faça distinção entre os dois usos desta expressão. 12. Quando uma companhia elétrica não pode satisfazer a demanda de eletricidade dos consumidores num dia quente de verão, o problema deveria ser chamado de "crise de energia" ou de "crise de potência"? 13. Em que ponto de seu movimento a EC do prumo de um pêndulo é máxima? Em que ponto a EP é máxima? Quando a EC for a metade de seu valor máximo, quanto ele terá de EP? Encha duas tigelas com água da torneira e verifique suas temperaturas. Então, ligue uma batedeira elétrica ou manual na primeira tigela, por alguns minutos. Depois, compare as temperaturas da água nas duas tigelas. 2. 3. Ponha um pouco de areia seca dentro de uma lata com tampa. Compare as temperaturas da areia antes e depois de sacudir vigorosamente a lata por uns dois minutos. / Coloque uma pequena bola de borracha no topo de uma bola de basquete e deixe-as cair juntas. Quão alto a bola menor ricocheteará? Você consegue reconciliar tal resultado com a conservação da energia? ... Exerclclos Por que é mais fácil parar um caminhão pouco carregado do que um muito carregado, quando ambos possuem a mesma rapidez? 2. 14. Um professor de física demonstra a conservação de energia soltando um pêndulo pesado, como mostra a ilustração, permitindo que ele oscile para frente e para trás. O que aconteceria se, em seu entusiasmo, ele desseum ligeiro empurrão na bola do pêndulo quando esta deixasse seu nariz? Explique. O que requer mais trabalho para parar -um caminhão leve ou um pesado, ambos com o mesmo momentum? 15. Por que a força da gravidade não realiza trabalho sobre (a) uma bola de boliche rolando sobre a pista e (b) um satélite em órbita circular ao redor da Terra. 16. Por que a força da gravidade realiza trabalho sobre um carro en- i quanto rendo ele desce um trecho uma colina, horizontal mas não enquanto da estrada? ele está percor- i 1 J Capítulo 7 .Energia 129 De que maneira as variações de sua energia serão similares às de um pêndulo oscilando?) V" 11' - 28. Se uma bola de golfe e outra de ping-pong movem-se com a mesma energia cinética, você pode dizer qual delas é a mais veloz? Explique em termos da definição de EC. Analogamente, numa mistura gasosade moléculas pesadase leves com mesma energia cinética média EC, quais delas possuem maior rapidez? 29. Um carro queima mais gasolina quando seus faróis estão ligados? O consumo total será depende dos faróis estarem ligados ou não, enquanto o motor funciona? Justifique sua resposta. 30. Ligar o ar condicionado de um carro geralmente aumenta o consumo de combustível. Mas para certos valores de rapidez. um carro com janelas abertas e ar condicionado desligado pode consumir mais combustível. Explique. 31. Diz-se que uma máquina ineficiente "desperdiça energia". Isso significa realmente que a energia é perdida? Explique. 32. Você diz a seu colega que nenhuma máquina é capaz de fornecer mais energia do que lhe é fomecida na entrada, e seu colega replica que um reator nuclear fornece mais energia na saída do que lhe é fomecida na entrada. O que você diz? 33. Isto pode parecer uma questão muito fácil de responder para uma pessoaversada em física: Com que força uma rocha de peso igual a 10 N bate no chão, se ela for liberada do repouso de uma altura de 10 m? Mas, de fato, a questão não pode ser respondida a menos que você disponha de mais informação sobre ela. Por quê? 34. Seu colega está confuso sobre as idéias discutidas no Capítulo 4, que parecem contradizer as idéias discutidas no presente capítulo. Por exemplo, no Capítulo 4 aprendemos que é nula a força sobre um carro que viaja com rapidez constante numa rodovia horizontal, enquanto neste capítulo aprendemos que é realizado trabalho neste caso. Seu colega diz, "Como pode estar sendo realizado trabalho se a força resultante é nula?" Qual é a sua explicação? 35. Na ausência de resistência do ar, uma bola atirada verticalmente para cima com uma certa energia cinética inicial EC retoma ao nível original com a mesma EC. Quando a resistência do ar for um fator que afete a bola, ela retomará ao nível original com EC igual, maior ou menor do que a original? Sua resposta contradiz a lei da conservação da energia? Justifique sua resposta. 36. Você está em cima do telhado e atira uma bola para baixo e outra para cima. A segunda bola, depois da subida, cai e também atinge o solo. Se a resistência do ar pode ser desprezadae se os arremessos para baixo e para cima foram feitos coma mesma rapidez; como se compararão os valores de rapidez das bolas ao bateremho solo? (Use a idéia de conservação da energia para chegar a sua resposta.) 37. Do topo de um telhado, deixa-se cair uma bola a partir do repouso, enquanto outra bola idêntica é arremessadapara cima. Quais das seguintes quantidades são as mesmas para ambas as bolas? (a) Variação da EC no primeiro segundo de queda. (b) Variação da EP no primeiro segundo de queda. (c) Variação da EC no primeiro metro de queda. (d) Variação da EP no primeiro metro de queda. 130 Física Conceitual 38. Uma pedra em queda adquire energia cinética enquanto perde energia potencial. tal que o total EC + EP é constante; Quando a pedra bate no chão. ela perde EC sem um ganho que compense a EP. Como isso é consistente com a conservação da energia? 48. A energia requerida para vivermos vem da energia potencial ar. . mazenada quimicamente nos alimentos, outras formas de energia 39. Deixa-se uma pedra cair de uma certa altura e ela penetra na lama. Se tudo fosse mantido igj!al. quanto ela penetraria a mais se fosse largada de uma altura duas vezes maior? 40. A EC de um carro varia mais quando ele vai de 10 km/h para 20 km/h ou quando ele vai de 20 km/h para 30 km/h? 41. Um bando de pássaros em vôo pode ter um momentum total nulo. Eles também podem ter energia cinética total nula? Justifique sua resposta. 42. Dois pedaços de barro com momenta iguais mas opostos colidem frontalmente e param. O momentum foi conservado? A energia cinética foi conservada?Por que suasrespostassão as mesmas ou são diferentes? 43. Você pode escolher entre duas colisões frontais com garotos andando em pranchas de skate. Uma delas está rolando com um garoto leve em cima. enquanto a outra rola com um garoto duas vezes mais pesado em cima. mas com a metade da rapidez da outra. Considerando apenas os quesitos massa e rapidez. qual das duas colisões você prefere sofrer? 44. As tesouras de cortar papel possuem lâminas compridas e agarradeiras curtas. enquanto tesouras cortadoras de metal possuem agarradeiras compridas e lâminas curtas. Alicates de cortar parafusos possuem agarradeiras muito compridas e lâminas muito curtas. Por que isso? 45. Discuta o destino do professor prensado entre duas camas de pregos (Figura 7.19) se o bloco fosse menos massivo e menos quebrável e as camas tivessem menos pregos. quando for maior do que a energia consumida? Uma pessoasubalimentada pode realizar trabalho extra sem fornecimento extra de comida? 49. Formule uma questão de múltipla escolha que testaria a com- , preensão de seus colegas de turma a respeito da distinção entre ! trabalho e impulso. 50. Formule uma questão de múltipla escolha que testaria a compreensão de seus colegas de turma a respeito da distinção entre trabalho e potência. Problemas I. todos os trabalhos realizados estão indo para a EC.) 2. Esta questão é típica de exames para motoristas nos EUA: carro movendo-se a 50 km/h derrapa 15 -: mente bloqueados. Quão longe derraparia este -freios bloqueados, se estivesse a 150 km/h? 3. Na máquina hidráulica mostrada na ilustração, observa-se que quando o pistão pequeno é empurrado 10 cm para baixo, o pistão grande eleva-se I cm. Se o pistão pequeno fosse empurrado para baixo por uma força de 100 N, qual a força máxima que o pistão grande seria capaz de exercer? 46. Considere um aparelho com um conjunto de pêndulos com bolas. Se duas bolas são erguidas e liberadas, o momentum é conservado quando duas bolas saltam do outro lado com a mesma rapidez no impacto das bolas que foram liberadas. Mas o momentum também seria conservado se apenas uma bola saltasse do outro lado com o dobro da rapidez. Você pode explicar por que isso jamais ocorre? (E por que este exercício está no Capítulo 7 ao invés de estar no Capítulo 6?) 6. 47. Se um automóvel tivesse um motor 100% eficiente, transformando toda energia do combustível em trabalho, o motor estaria quente ao seu toque? Ele despenderia calor para o ar ao seu redor? Ele faria qualquer barulho? Ele vibraria? Alguma parte do combustível queimado teria sido não utilizada? O que produz maior variação da energia cinética: força de . Capítulo 7 .Energia 131 N numa estrada de alta velocidade? Assuma que o conteúdo energético da gasolina seja de 40 MJ/1itro. 10. A potência retirada do metabolismo pode realizar trabalho e gerar calor. (a) Qual é o rendimento mecânico de uma pessoa relativamente inativa que despende 100 W de potência para produzir cerca de 1 W de potência na forma de trabalho, enquanto gera 99 W de calor? (b) Qual é o rendimento mecânico de um ciclista que, fazendo o máximo de esforço possível, produz 100 W de potência mecânica a partir de 1.000 W de potência metabólica?