Destaque Setorial - Bradesco Sistema de Saúde Privada 03 de junho de 2015 Sistema de saúde privado deverá ser impactado pela piora do mercado de trabalho no curto prazo Favorecido pela melhora de renda da população refletindo ainda as elevadas taxa de desemprego3. e pelo processo de formalização do emprego, o Somado a isso, outro fator que limita a entrada sistema de saúde privado avançou nos últimos de novos beneficiários nos planos de saúde é a anos em um ritmo de 5% ao ano. Desde 2000, o elevação da inflação neste ano4, que reduz a renda número de usuários de planos e seguros de saúde disponível da população e também contribui para o privados saltou de 30 milhões para 51 milhões encarecimento dos planos de saúde, que têm tido no ano passado. Foram 21 milhões a mais de reajustes reais em torno de 2,0% nos últimos anos5. pessoas que passaram a ter acesso a planos de Mas entendemos que o setor voltará a crescer a saúde, elevando a taxa de cobertura1 de 18% para partir de 2017, embora em ritmo ainda lento ante 25% entre 2000 e 2014. Contribuiu também para o registrado nos últimos anos, impulsionado pela o avanço do segmento, a melhora das condições retomada gradual da atividade econômica. Nesse regulatórias a partir da criação da ANS2 em 2000, sentido, estimamos que crescerá em torno de 2,5% que passou a monitorar e regulamentar o setor. em 2017, acelerando para uma média de 4% até Para este ano, esperamos que o número de 2020, alavancado pela expansão do PIB e pela usuários apresente retração de 2,0%, o equivalente melhora do mercado de trabalho. Assim, a taxa a um recuo de 1 milhão de usuários, em linha com de cobertura hoje em 24% deverá alcançar 27%, a elevação do desemprego e com a retração do incorporando o equivalente a 6,3 milhões de novos NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS DO SISTEMA DE SAÚDE PRIVADO – 2005 – 2020 Fonte: ANS Elaboração: Bradesco usuários até 2020. PIB. Para o próximo ano, esperamos estabilidade, 60.000 57.721 55.292 55.000 52.965 50.000 44.921 45.000 41.468 35.000 46.146 47.895 49.546 50.809 49.793 49.793 51.043 Número de beneficiários do sistema de saúde privado 2005 – 2020 42.561 39.316 40.000 37.248 35.441 2020* 2019* 2018* 2017* 2016* 2015* 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 25.000 2006 30.000 2005 Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Regina Helena Couto Silva Fonte: ANS Elaboração e projeção: BRADESCO 1 Participação da população com cobertura de plano de saúde privado ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar 3 Estimamos recuo de 1,7% do PIB em 2015 e alta de 1% em 2016. Para o desemprego projetamos taxa média de 6,8% neste ano e de 8,2% em 2016. 4 Estimamos que a elevação do IPCA chegará a 8,3% em 2015. 5 Os reajustes dos planos de saúde coletivos são definidos por acordos entre as operadoras e as empresas contratantes. Para os planos individuais os reajustes são definidos em acordo com a ANS. 2 1 PERCENTUAL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA QUE TEM COBERTURA DE PLANO DE SAÚDE PRIVADO – 2000 - 2020 Fonte: ANS Elaboração e Projeção: Bradesco Percentual da população brasileira que tem cobertura de plano de saúde privado 2000 - 2020 29,0% 27,0% 6,3 milhões de pessoas a mais com acesso a plano de saúde 20 milhões de pessoas a mais com acesso a plano de saúde 25,0% 23,0% 23,0% 21,7% 24,6% 25,1% 25,3% 24,4% 24,2% 24,6% 22,0% 20,8% 21,0% 19,0% 23,4% 24,0% 27,2% 26,2% 19,9% 18,0% 18,0% 18,5% 19,1% 17,7% 17,8% 2020* 2019* 2018* 2017* 2016* 2015* 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 15,0% Fonte: ANS Elaboração e projeção: BRADESCO 2000 17,0% O segmento odontológico também apresentou expansão bastante relevante nos últimos dez anos. Enquanto o sistema de saúde cresceu em média 5% ao ano, o sistema odontológico se expandiu em média 15% desde 2004, agregando 16 milhões de novos beneficiários. Com isso, a taxa de cobertura passou de 2% para 11% no período. Essa modalidade registrou expansão média anual de 6% nos últimos 10 anos. Também favorecidos pela melhora do mercado de trabalho, mas principalmente pela ampliação da expectativa de vida6, os planos individuais avançaram em média 1,8% no mesmo período. De fato, a participação dos beneficiários com idade acima de 60 anos passou de 16% para 21% de 2004 para 2014. Mas A formalização do emprego e a melhora do mercado as operadoras vêm ampliando o interesse nos planos coletivos. Com isso, desde 2004 para cá, de trabalho nos anos foram fundamentais Número de últimos beneficiários em planos de saúde coletivos e Taxa de Formalização - 2015 - Fontes: ANS e IBGE Elaboração: Bradesco para a expansão2003 dos planos de saúde coletivos, a participação dos planos individuais no total de aqueles que são oferecidos pelo empregador. planos caiu de 25% para 20%. 70,0% Coletivo 44.000 Número de beneficiários em planos de saúde coletivos e taxa de formalização 2003 - 2015 67,6% Formalização 67,1% 39.854 66,0% 39.000 40.450 63,1% 65,0% 35.627 34.000 31.912 58,4% 29.000 60,0% 57,2% 12,3 2015* 2014 2013 Fonte: IBGE, ANS Elaboração e projeção: BRADESCO 13,0 46.963 Coletivo 11,5 Taxa de desemprego 11,0 40.450 10,0 40.000 9,0 31.912 30.000 7,9 24.529 10,0 39.854 35.627 35.000 25.000 8,0 6,7 8,0 6,8 7,0 6,0 5,5 20.000 5,5 6 5,5 2018* 2017* 2016* 2015* 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 6,0 5,0 4,8 2004 15.000 2003 19.539 Fonte: IBGE, ANS Elaboração e projeção: BRADESCO 12,0 42.625 2020* 45.000 2012 2010 2009 50.000 50,0% 2019* Número de beneficiários em planos de saúde coletivos e taxa de desemprego 2003 - 2020 2008 2007 2006 2005 2004 14.000 55,0% Número de beneficiários em planos de saúde coletivos e Taxa de Desemprego 2003 - 2020 - Fontes: ANS e IBGE Elaboração: Bradesco 19.539 2003 Destaque Setorial - Bradesco 19.000 24.529 56,3% 2011 24.000 4,0 De 2004 para 2014 a expectativa de vida do brasileiro saltou de 71,6 anos para 75,1 anos. DEPEC 2 Número de beneficiários em planos de saúde individuais e Expectativa de Vida 2003 - 2020 - Fontes: ANS e IBGE Elaboração: Bradesco 11.000 79,0 Individual 10.500 Expectativa de Vida 9.989 10.000 9.526 9.500 9.049 8.500 76,7 7.810 7.500 77,0 76,0 74,5 75,0 73,9 73,0 72,4 71,6 72,0 Regionalmente, os serviços de saúde avançaram mais fortemente para as regiões onde esses serviços tinham baixa taxa de cobertura. Contribuiu para esse movimento a expansão industrial e do setor de serviços, nas regiões Norte e Nordeste, e do agronegócio, no Centro-Oeste. A formalização do emprego cresceu de forma mais robusta nos últimos anos, nas regiões Sudeste e Sul, onde a economia é mais consolidada. Assim, a expansão dos serviços de saúde nessas regiões esteve mais relacionada à formalização do emprego. Já nas demais regiões, embora a formalização também tenha sido importante, ela ocorreu de forma menos acentuada e assim, a ampliação dos serviços de saúde no Norte, Nordeste e Centro-Oeste esteve ligada mais intrinsecamente à melhora de renda e do emprego. Nesse sentido, a taxa de cobertura no Norte do País, subiu de 6,6% para 12,0%, acrescentando 1,022 milhão de novos usuários à base. No Nordeste, a taxa de cobertura saiu de 7,9% para 12,5%, um acréscimo de 2,808 milhões de pessoas. No CentroOeste, 1,350 milhão de novos usuários elevaram a taxa de cobertura de 13,5% para 21%. No Sul, 2,611 milhões de novos agregados contribuíram para a ampliação da taxa de 16,9% para 25,5%. O Sudeste foi a região que mais agregou novos usuários, 8,998 milhões de pessoas, passando a cobertura de 29,9% para 39%. Nos próximos anos, a expansão dos serviços de saúde deverá continuar mais acelerada nas regiões Norte e Nordeste, onde ainda há mais espaço para crescimento, comparativamente ao Sudeste. Dado que a contratação de serviços de saúde é bastante relacionada às condições do mercado de trabalho, acreditamos que, neste ano, o segmento de planos de saúde com contratação coletiva deverá ser mais impactado pela conjuntura econômica, como resultado do aumento da taxa de desemprego em diversos setores da economia. O segmento de planos de saúde com contratação individual deverá 2020* 2019* 2018* 2017* 2016* 2015* 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 70,0 2006 6.500 2005 71,0 2004 7.000 71,2 2003 Número de beneficiários em planos de saúde individuais e expectativa de vida (em anos) 2003 - 2020 74,0 73,1 8.000 Destaque Setorial - Bradesco 78,0 76,3 9.939 75,7 75,1 8.705 9.000 10.758 10.340 Fonte: IBGE, ANS Elaboração e projeção: BRADESCO ser mais resiliente nessa fase, já que está mais ligado à expectativa de vida. De todo modo, não devem ser descartados os casos em que os responsáveis financeiros pela contratação do plano são os filhos, que também estão expostos ao enfraquecimento da economia. Apesar da expansão registrada nos últimos anos, desde 2004 para cá, o número de empresas atuantes no setor foi reduzido em 430, o equivalente a um terço das empresas atuantes há dez anos. Algumas deixaram de operar, mas houve também um processo de consolidação no setor. Entre os motivos estão as dificuldades de adequação às regras da ANS quanto ao prazo e à qualidade no atendimento e a ampliação dos serviços de cobertura7 e à elevação dos custos médicos e hospitalares. Atualmente o sistema de planos privados de saúde está aberto à entrada de capital estrangeiro, mas há um projeto que ainda depende da sanção presidencial para aprovação da entrada do capital estrangeiro também em hospitais, clínicas e serviços de saúde. Para atender a essa ampliação do segmento privado de saúde, uma gama de outros serviços também passou por expansão nos últimos anos. Segundo a ANS, desde 2009, o número de consultórios, clínicas e policlínicas cresceu 72%, o número de hospitais cresceu 40% e a quantidade de serviços de diagnose ou laboratórios se expandiu em 90% no período. O setor vem ampliando os empregos gerados, movimento contrário a diversos outros setores da economia. Nos últimos doze meses encerrados em abril, o setor de saúde gerou 84 mil novos empregos, segundo dados do Caged8. O segmento farmacêutico também se favoreceu da expansão dos serviços de saúde. A formalização do emprego propiciou o ingresso aos planos de saúde oferecidos por muitas empresas como benefício aos 7 Desde dezembro de 2011, as operadoras de planos de saúde estão obrigadas a garantir o atendimento a consultas, exames e cirurgias nos prazos máximos de 3 a 21 dias. Desde 2014, a ANS ampliou o rol de cobertura de procedimentos oferecidos pelas operadoras. Entraram na lista de atendimento, consultas antes não oferecidas como nutrição, tratamentos para câncer em sistema home care, tratamentos como acupuntura e diversos outros exames e procedimentos. 8 Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. DEPEC 3 trabalhadores que passaram a ter acesso a uma ampla oferta de especialidades médicas e exames laboratoriais e radiológicos. Isso foi um incentivo para que a população passasse a buscar tratamentos médicos até para aquelas doenças antes consideradas sem relevância. Outros fatores também contribuíram para a expansão da indústria farmacêutica, como (i) a ampliação da oferta de medicamentos genéricos, a custos mais acessíveis9, (ii) a expansão da farmácia popular e (iii) o processo de mobilidade social dos últimos anos, permitido pela ampliação da renda real da população, que favoreceu especialmente o uso de remédios de uso não contínuo. As vendas de medicamentos cresceram em média 9,0% ao ano desde 2004. E também é um dos poucos segmentos industriais que vem gerando emprego. Nos últimos doze meses encerrados em abril, a indústria farmacêutica gerou quase quatro mil empregos formais no País. Fazendo uma comparação internacional, o gasto do Brasil com saúde ainda é muito baixo. Segundo a OMS10, no Brasil, o gasto total com saúde em proporção ao PIB foi de 9,5% em 2012. O gasto está acima de outros emergentes, como Argentina, que alcançou 6,8%, e Rússia, com 6,5%, mas bem abaixo de países desenvolvidos, como EUA em 17% e Alemanha em 11,3%. O Brasileiro gasta em média, US$ 1.388 per capita por ano com saúde, valor próximo aos nossos pares Argentina e Rússia, que giram em torno de US$ 1.500, porém abaixo dos EUA que alcança US$ 8.800 e na Alemanha US$ 4.600. Do total que a população brasileira gasta com saúde, 40% são destinados a planos de saúde, segundo dados de 2012, uma ampliação ante os 34% registrados em 2000. Um dado relevante, que aponta a OMS, é que, no Brasil, do total que a população gasta com saúde, as despesas inesperadas chegam a 58%, que pode ser explicado pela baixa participação da medicina preventiva. Esse percentual é um pouco mais baixo que o observado nos demais países emergentes, porém muito superior ao dos países desenvolvidos como EUA que é de 22% ou da França que é de 33%. Isso mostra que há espaço para avanço dos planos de saúde na cesta de consumo da população, principalmente com o objetivo de reduzir os gastos imprevisíveis com saúde. Por fim, estimamos retomada de expansão dos planos individuais e coletivos a partir de 2017. Isso porque o mercado de trabalho deverá se recuperar, acompanhando a retomada da economia. Adicionalmente, a expectativa de vida deverá manter trajetória ascendente. A expectativa de vida, que hoje está em 75,4 anos, deverá chegar a 76,7 anos em 2020, alcançando 80 anos em 2050. Isso certamente implicará novos custos e nova composição dos serviços de saúde, mais focados no envelhecimento da população. Assim estimamos que o setor crescerá em torno de 2,5% em 2017, passando para expansão média de 4% até 2020. Isso equivale à agregação de 6,3 milhões de novos usuários até 2020, levando a taxa de cobertura hoje em 24% para 27%. A expansão do sistema de saúde privado continuará exigindo a realização de investimentos em novos equipamentos, muitos dos quais são importados e deverão ter o custo elevado em decorrência da desvalorização da taxa de câmbio e do avanço tecnológico. Destaque Setorial - Bradesco Perfil Setorial • Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde) o setor de saúde privado (ou saúde suplementar) reúne milhares de médicos, dentistas e outros profissionais, 37.071 clínicas, 6.316 policlínicas, 137.065 consultórios médicos, 1.088 hospitais especializados, 5.227 hospitais gerais, 520 pronto-socorros e 21.112 laboratórios; • Toda essa rede prestadora de serviços de saúde atende a 50 milhões de consumidores que utilizam planos privados de assistência à saúde para realizar consultas, exames ou internações. Isso significa que 24% da população brasileira tem cobertura de plano de saúde privado; • O sistema de saúde privado conta com 1.219 operadoras de serviços médicos, das quais 873 são operadoras de assistência médica e 346 são operadoras de assistência odontológica. 9 10 Os genéricos respondem hoje por quase 30% das vendas totais de medicamentos, ante 10% que representavam dez anos atrás. OMS Organização Mundial da Saúde. DEPEC 4 • As operadoras de assistência médica são segmentadas da seguinte forma: • 35% Cooperativas médicas e odontológicas – os médicos são sócios e prestadores de serviços da cooperativa. • 28% Medicina de grupo – na maioria não possuem serviços próprios e fazem o credenciamento de serviços médicos de terceiros, como clínicas, hospitais e laboratórios. Os usuários fazem o pré-pagamento dos planos da empresa de acordo com diferentes níveis de cobertura. A empresa contratante, por sua vez, faz o pagamento aos credenciados. • 22% Seguradoras especializadas em saúde – funcionam como seguradoras e indenizam sinistros, não podem possuir recursos próprios. Permite livre escolha de médicos e hospitais pelo sistema de reembolso de despesas, no limite da apólice contratada. • 2% Instituições filantrópicas. • 11% Autogestão – entidades (caixa ou fundação de funcionários) que operam serviços de assistência à saúde destinados, exclusivamente, a empregados ativos, aposentados, pensionistas ou ex-empregados de uma ou mais empresas, e seus dependentes. São administrados pela própria empresa para seus funcionários. • Os usuários até 19 anos respondem por 25,6% do número total de usuários de planos de saúde e os usuários com mais de 60 anos respondem por 11,6%. • Os planos coletivos representam 80% do total e os planos individuais por 20%. • Nos planos coletivos os usuários com mais de 60 anos respondem por 9%, enquanto que nos planos individuais os usuários com mais de 60 anos respondem por 21%. Destaque Setorial - Bradesco • O Sudeste responde por 62% do número de usuários e tem a maior taxa de cobertura, de 39%, com destaque para São Paulo com 38% do número de usuários do País e com taxa de cobertura de 45,4%. O Sul reponde por 14% do número de usuários com taxa de cobertura de 25,5%, o Nordeste responde por 13,4% com cobertura de 12,5%, o Centro-Oeste responde por 6% com cobertura de 21% e o Norte responde por 4% com cobertura de 12%. Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo Economia Internacional: Economia Doméstica: Pesquisa Proprietária: Análise Setorial: Estagiários: Fabiana D’Atri / Felipe Wajskop França / Thomas Henrique Schreurs Pires Igor Velecico / Andréa Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Tatiany Neves Bast Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Leandro de Oliveira Almeida Fernando Freitas / Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi Ariana Stephanie Zerbinatti / Thomaz Lopes Macetti / Victor Hugo Carvalho Alexandrino da Silva / Davi Sacomani Beganskas / Ives Leonardo Dias Fernandes / Henrique Neves Plens / Mizael Silva Alves O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. 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