IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 8, NO. 4, AUG. 2010 417 Hybrid ARQ with Partial Retransmissions and LDPC codes and its Impact on TCP André Gustavo Degraf Uchôa, Member, IEEE, Richard Demo Souza and Marcelo Eduardo Pellenz Abstract— The design of a novel HARQ scheme using LDPC codes, partial retransmissions, and diversity combining is presented. The theoretical throughput of the proposed scheme is estimated by means of EXIT charts. It is shown that the proposed method outperforms the classical equal gain combining (EGC) method while requiring few more overall decoding iterations. The transmission control protocol (TCP) performance when the proposed method is used in the physical layer is also investigated. Simulation results show that the gains with respect to the classical EGC scheme can be as large as 3.5 dB. Keywords— Hybrid ARQ, LDPC Retransmissions, Diversity Combining, TCP. P codes, Partial I. INTRODUÇÃO ADRÕES modernos de comunicação sem fio estão incluindo o suporte a mecanismos de HARQ [1]. HARQ combina sistemas convencionais de pedido de retransmissão automático (ARQ) com códigos corretores de erros (FEC). Em sistemas ARQ, quando houver uma transmissão que tenha sido corrompida, o receptor poderá fazer um pedido de retransmissão para obter a informação livre de erros. Mecanismos de ARQ utilizam apenas um código detector de erros, por exemplo, um código de verificação de redundância cíclica (CRC). Num sistema com ARQ, o transmissor envia uma nova palavra apenas após receber um acknowledgement (ACK) do receptor. Caso a palavra recebida pelo receptor estiver errada, este enviará um negative acknowledgement (NACK), o qual fará com que o transmissor reenvie a mesma palavra. Geralmente é utilizado um limite máximo de retransmissões [1]. Os métodos de ARQ puros apenas consideram o uso de um código detector de erros como, por exemplo, um CRC. No entanto, ao adicionar um código FEC para corrigir ou minimizar os erros no pacote recebido obtémse um mecanismo do tipo HARQ. Esta técnica apresenta um ganho substancial de desempenho, pois diminui a quantidade de retransmissões, e é denominada de HARQ Tipo I [1]. Em aplicações tais como transmissões de pacotes de dados em dispositivos móveis e sistemas via satélite, os mecanismos de HARQ mostram ser vantajosos [2]. Alguns exemplos de Este trabalho foi parcialmente financiado pelo CNPq (Brasil), sobre os projetos de número 562164/2008-1, 143460/2008-0 e 303181/2007-9. André Gustavo Degraf Uchôa e Richard Demo Souza, Programa de PósGraduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial – CPGEI da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Curitiba, Paraná, Brasil (e-mail.: [email protected], [email protected]). Marcelo Eduardo Pellenz, Programa de Pós-Graduação em Informática – PPGIa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR, Curitiba, Paraná, Brasil (e-mail.: [email protected]). padrões modernos de comunicação sem fio que usam HARQ são, IEEE 802.16e (WiMax) [3], IEEE 802.11n (WiFi) [4]. Padrões recentes de comunicação celular também estão utilizando esquemas HARQ. Uma das mais importantes características do CDMA2000 1xEV-DO é a inclusão de esquemas HARQ, tanto no canal de transmissão direto como no canal de retorno [2,5,6]. Outros dois padrões de comunicação celular que utilizam HARQ são High Speed Downlink Packet Access (HSDPA) [7] e o Long Term Evolution (LTE) [8]. Existem três tipos de esquemas HARQ. No HARQ Tipo I os pacotes codificados dos dados são tratados como num ARQ convencional [1], [9]. O código FEC aumenta a probabilidade de uma transmissão com sucesso, e assim a vazão (throughput) total. Além disso, combinação por diversidade (DC) pode ser aplicada entre os pacotes recebidos de modo a aumentar o throughput [1], num método conhecido também como Chase combining [10]. HARQ Tipo II é um esquema de ARQ com redundância incremental (IR) que transmite diferentes bits codificados em diferentes transmissões. O HARQ Tipo II atinge um alto desempenho em termos de throughput pelo fato de adaptar a redundância do FEC conforme a variação das condições do canal [2]. HARQ Tipo III é outro tipo de esquema de IR ARQ, também chamado de IR Parcial. As diferenças entre HARQ Tipo II e Tipo III é que no Tipo III as informações de redundância são autodecodificáveis [1], [9]. Além do mais, também é possível projetar métodos que combinem características de ambos DC e IR, como o esquema proposto em [11] o qual trabalha como um método Tipo II na primeira retransmissão e como um esquema Tipo I nas outras retransmissões. Existem muitas comparações entre IR e DC que podem ser encontradas na literatura, tais como [8], [12] - [17]. É esperado que métodos de IR deveriam superar técnicas de DC, uma vez que DC's são apenas uma forma de código de repetição. Entretanto, tais comparações demonstram que sobre várias condições práticas DC possui desempenho próximo ao IR. Em [13], [17] vários cenários considerando HSDPA foram investigados. Foram considerados cenários que comparavam o IR com o DC para FEC de baixa e alta taxa, e modulações de baixa e alta ordem. Os autores concluem que para canais estáticos, utilizar códigos de alta taxa e alta modulação com IR, apresenta um desempenho melhor que o DC. Contudo, para cenários onde a mobilidade dos dispositivos móveis é alta (canais com desvanecimento) o IR apresenta um desempenho marginalmente superior ao DC. Além disso, quando utilizam modulações de baixa ordem e códigos de taxa baixa, novamente o DC torna-se mais vantajoso que o IR. 418 Os autores de [17] ainda ressaltam que para dispositivos que utilizem o HSDPA em cenários reais o DC é melhor que o IR, uma vez que o DC requer uma complexidade de circuito menor e também um uso de memória menor que para o IR. Em [12], cenários considerando LTE utilizando Orthogonal Frequency Division Multiplexing Access (OFDM) são investigados, onde se observa que para casos de modulações de baixa ordem e FEC com taxa baixa a diferença entre IR e DC é reduzida significativamente. Além disso, os autores argumentam que para cenários onde o custo de memória e complexidade de decodificação são considerados, o uso do DC torna-se mais vantajoso que o IR pela facilidade de implementação em dispositivos móveis. Em [14], é apresentado que no caso de canais com desvanecimento, técnicas de DC podem ser uma melhor solução do que IR. Esta conclusão ocorre quando se considera um canal com uma variação muito grande de relação sinal ruído (SNR). Se os bits sistemáticos forem corrompidos pelo canal, as retransmissões dos bits de redundância não ajudarão no desempenho do sistema. No entanto, no DC os bits sistemáticos são enviados em todas as retransmissões, assim, em tal cenário o DC se torna melhor que o IR. Em [15], [16] o impacto de utilizar IR e DC em sistemas sem fio usando Multiple-Input Multiple-Output (MIMO) é investigado. Os autores concluem que em alguns casos esquemas DC podem superar métodos de IR. De forma geral, um decodificador IR requer um buffer maior e opera sempre na menor taxa de código FEC suportada, que resulta em um aumento de complexidade computacional quando comparado com métodos DC. Como resultado, um buffer de tamanho grande e um FEC com taxa muito baixa implicará num circuito grande, requerendo mais consumo de energia do que em esquemas DC. Tanto para dispositivos móveis como para dispositivos de comunicação portáteis, tais tipos de características são indesejáveis. Padrões modernos de comunicação sem fio tendem a incluir o uso dos códigos LDPC como FEC, como o caso do padrão IEEE 802.16e. Os códigos LDPC foram propostos por Gallager em 1960 na sua dissertação de doutorado [18]. Em 1981 Tanner desenvolveu um método que permitia visualizar os códigos LDPC através de grafos [19]. Na década de 90 os códigos LDPC foram redescobertos por Mackay [20], [21], demonstrando que estes códigos poderiam ser excelentes códigos corretores de erros em aplicações práticas. Muitas técnicas para construir códigos LDPC foram propostas desde então e elas podem ser encontradas na literatura [9]. Muitos trabalhos foram feitos em HARQ usando códigos LDPC. Por exemplo, em [22] um método que considera os graus de distribuição de um código LDPC é proposto. Antes da retransmissão ser requisitada, todo o pacote é reordenado em ordem decrescente dos graus dos nós. Este pacote reordenado é dividido em vários sub-pacotes com comprimento igual. Quando as retransmissões se fazem necessárias, o transmissor envia um sub-pacote de cada vez em ordem decrescente dos graus, enquanto que o receptor combina os sub-pacotes retransmitidos. Por sua vez, em [23] os nós são também divididos em vários sub-pacotes baseados na distribuição de graus. Entretanto, cada sub-pacote contém IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 8, NO. 4, AUG. 2010 apenas nós com o mesmo grau, o qual é diferente da estratégia em [22]. Se retransmissões são requeridas, o transmissor envia sub-pacotes em ordem decrescente do maior grau para o menor grau. Como resultado, ambos throughput e atraso foram melhorados com respeito à [22]. Em [24] um esquema de HARQ baseado em confiabilidade foi proposto. Se uma decodificação errada é detectada, o receptor analisa a confiabilidade de cada símbolo através de suas razões de verossimilhança logarítmica (LLR's). Se alguns símbolos estão abaixo de um limiar, então o receptor requisita a retransmissão destes símbolos. A principal desvantagem deste método é que a mensagem para requisitar uma retransmissão deve ter o mesmo comprimento que a palavra codificada original, que é muito mais do que uma mensagem normal de ACK ou NACK. Em [25] um método baseado na média da confiabilidade de cada linha da matriz de check de paridade é proposto. Se uma retransmissão é necessária, o receptor requisita apenas os símbolos da linha da matriz com menor confiabilidade. Por meio disso, o método proposto melhora o throughput e também o atraso com respeito à proposta em [24]. Todas estas propostas [22] - [25] aplicam DC no receptor. Outra área de estudo em técnicas de HARQ usando códigos LDPC como FEC são os métodos baseados em IR, como por exemplo [26]. Neste artigo nós consideramos uma restrição de projeto que é manter o receptor HARQ tão simples quanto possível, mas com um bom desempenho. Tomando como base os resultados de [12], [13] e [17], esta restrição pode ser descrita como um decodificador operando sobre uma taxa fixa e com um buffer de mesmo tamanho do pacote inicial transmitido. Entretanto, o foco deste artigo é em esquemas DC. Assim sendo, o objetivo deste artigo foi projetar um método DC que utilize códigos LDPC o qual supere um receptor que é baseado em EGC, que também pode ser chamado no receptor de DC Típico [1]. No decorrer das análises e estudos obtevese um método mais eficiente em termos de throughput do que o EGC. O método apresentado neste trabalho é baseado em retransmissões parciais e combinação por diversidade (DC). Análises de Extrinsic Information Transfer charts (EXIT charts) mostram que a estratégia proposta supera métodos DC convencionais. Simulações computacionais verificam os resultados obtidos através das análises de EXIT charts, e demonstram um bom desempenho no canal AWGN. Nas simulações utilizaram-se códigos LDPC do padrão IEEE 802.16e [3], mas o método também pode ser usado com outros códigos LDPC. Uma análise cross layer, considerando o uso do método proposto e o TCP, mostra os potenciais ganhos práticos da nossa proposta. O restante deste artigo está organizado da seguinte forma. Na Seção II, nós definimos o modelo do sistema, enquanto na Seção III é discutido o uso das EXIT charts para analisar esquemas de HARQ com DC. A Seção IV descreve o método proposto. Resultados numéricos baseados em simulações computacionais e análises de EXIT charts são apresentados na Seção V. O desempenho do TCP, quando o método proposto é usado na camada física, é investigado na Seção VI. Finalmente, a Seção VII conclui o artigo. UCHÔA et al.: LATINCON09 - HYBRID ARQ WITH PARTIAL 419 Considere um sistema de comunicação com um canal direto e de retorno. Nas simulações considerou-se que o canal direto é modelado como um canal AWGN com uma densidade . O canal de retorno é considerado espectral de potência sem ruído. A Fig. 1 mostra graficamente o canal direto e de retorno. No modelo proposto, o objetivo é transmitir um bloco de tamanho bits equiprováveis e independentes, , usando modulação Binary Phase-Shift Keying (BPSK), através do canal. Os bits são codificados por um codificador LDPC antes da transmissão, assim . A taxa do código é definida como R = k / n . O receptor estima a saída dos bits de informação transmitidos . é definido como , onde O throughput é o valor esperado, e é o número total de bits transmitidos, tal que os bits de informação são corretamente decodificados [1]. Note que, para o caso de não haver erros depois da decodificação da primeira transmissão, o throughput é igual à taxa do código , uma vez que bits foram aceitos depois da transmissão de bits. Sem perda de generalidade, os esquemas ARQ simulados utilizam o protocolo stop-and-wait. Assume-se que os erros podem ser perfeitamente detectados pelo receptor. u Transmissor AWGN Receptor û Canal de Retorno Figura 1: Modelo do Sistema III. EXIT CHARTS E COMBINAÇÃO POR DIVERSIDADE As EXIT charts caracterizam a operação iterativa do decodificador e foram primeiramente propostas por Stephan Ten Brink [27], construindo assim o conceito de informação extrínseca. Defina como a informação a priori dos nós variáveis, a informação extrínseca provinda dos nós variáveis, a informação a priori dos nós de check de paridade, e como a informação extrínseca dos nós de check de paridade. Então, para o caso de um código LDPC irregular e um canal AWGN e modulação BPSK, as funções EXIT são definidas como [27]: (1) SNR observada no receptor , o qual por sua vez aumenta . Além disso, para o caso de esquemas HARQ Tipo I com combinação, a retransmissão tem o efeito de aumentar o valor de visto pelo receptor. Para um código LDPC irregular que é parte de um esquema de HARQ Tipo I em um canal AWGN usando um método ótimo de DC no receptor, o qual neste caso é o EGC, pode ser escrita como: (3) é o número de transmissões de um dado pacote (por onde significa que a primeira transmissão e duas exemplo, retransmissões foram feitas para este pacote). A função EXIT não muda uma vez que não depende de . Através da Fig. 2, que considera um código LDPC de taxa do padrão IEEE 802.16e, considerando o método EGC no receptor dB e . Para este código em particular , , , , e . Pode-se ver claramente que o desempenho do decodificador aumenta com o número de transmissões, tal que a curva , está , depois da terceira transmissão. sempre acima da curva Tal condição corresponde a uma decodificação com sucesso de um pacote para aquele valor de [27]. Além do mais, uma vez que as análises de EXIT charts mostram que a curva , está sempre acima da curva , apenas depois da terceira transmissão, então pode-se estimar o throughput para este valor de como . Note que através das equações (2) e (3) pode-se determinar o valor mínimo de para um dado número de transmissões de forma que a curva , está sempre acima da curva , . Assim, pode-se estimar o throughput sem recorrer a simulações computacionais que exijam um tempo muito grande. Pelo que se conhece tal estimação de throughput teórico usando EXIT charts não é encontrada na literatura. 1 0.9 0.8 0.7 0.6 Iev,Iac II. MODELO DO SISTEMA IEv TX=3 0.5 IEv TX=2 0.4 IEv TX=1 0.3 (2) e representam a fração de arestas incidentes nos nós onde variáveis e nos nós de check de paridade de graus e , respectivamente, e são o grau máximo dos nós variáveis e de check, ,e é a energia por bit de informação. As funções e são detalhadas em [27]. é melhorado pelo aumento da De (1) pode-se ver que IAc 0.2 0.1 0 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 Iav,Iec 0.6 0.7 0.8 0.9 1 Figura 2: Curvas Exit para o IEEE 802.16e código LDPC taxa 1/2 com o EGC em canal AWGN, e dB. 420 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 8, NO. 4, AUG. 2010 A Fig. 3 apresenta o throughput previsto através de EXIT charts e o throughput simulado. Nas simulações realizadas, foi (4) considerado um máximo de 50 iterações de decodificação, e no máximo 8 retransmissões. As diferentes regiões com throughput constante na curva teórica da Fig. 3 são associadas com diferentes números de transmissões requeridas, como apresentado na figura. Por exemplo, na segunda região da direita para a esquerda, a qual corresponde à um throughput de 0.25, as análises de EXIT charts estimaram que transmissões são necessárias para aquela faixa de para que o pacote seja decodificado corretamente (assim, o valor teórico de throughput é ). Observa-se que, existe uma boa correlação entre o throughput estimado e o simulado. Existem algumas pequenas diferenças entre os resultados teóricos e simulados apenas na transição entre os diferentes valores de throughput estimados. Isto ocorre porque nestes pontos, embora a análise de EXIT charts mostre que seria possível conseguir aquele throughput (ou que um determinado número de transmissões seria suficiente), nas simulações de computador, em alguns casos, os pacotes foram decodificados com transmissões e algumas outras vezes com transmissões. Percebemos que esse comportamento é afetado tanto pela taxa do código como pelo comprimento do bloco. EGC - Teórico EGC - Simulado 0.5 Throughput 0.4 0.3 Note que a partir do passo 2 o comprimento dos pacotes retransmitidos é constante, tanto quanto o fator de ganho de magnitude, e estes parâmetros não dependem da taxa do código. Além do mais, os sub-pacotes recebidos são sempre combinados com os pacotes previamente recebidos. A função EXIT para o método proposto CRL é definida em (4), onde são as frações dos nós com grau i que estão na primeira, segunda e terceira retransmissão, respectivamente. A Tab. I lista os valores de para o código do IEEE 802.16e de taxa . TABELA I 0.2 VALORES DE USADOS NO MÉTODO PROPOSTO. R = 5/6 0.1 0 -7 , , e . Este método envia a cada retransmissão um terço dos símbolos originais . Controle de potência e combinação por diversidade são aplicados. Por exemplo, considere o caso de um código com e modulação BPSK. O método segue os seguintes passos: 1. Na primeira transmissão o sistema opera como usual, transmitindo todo o pacote de símbolos; 2. Se uma segunda retransmissão é necessária, então o transmissor envia os primeiros 768 símbolos com um fator de ganho de magnitude de ; 3. Se uma segunda retransmissão é requerida, o método envia os próximos 768 símbolos com o mesmo fator de ganho; 4. Se uma terceira retransmissão for necessária, o transmissor envia os últimos 768 símbolos novamente com o mesmo fator de ganho; 5. Se mais retransmissões se fizerem necessárias, o método repete à partir do passo 2. i -6 -5 -4 -3 -2 Eb/N0 (dB) -1 0 1 2 Figura 3: Throughput estimado e simulado para o IEEE 802.16e código de taxa 1/2 com o EGC em canal AWGN. IV. MÉTODO PROPOSTO Nesta seção determina-se as funções EXIT, num canal AWGN, para o esquema proposto de HARQ e compara o seu desempenho em termos de throughput, com o objetivo de projetar um esquema que supere o EGC. Nos resultados numéricos utilizou-se o código LDPC irregular do IEEE 802.16e com taxa . Para este código em particular 4 0 0.636 0.364 3 0.8 0.1 0.1 2 0 0 1 Uma desvantagem que o método proposto apresenta com respeito ao EGC é que, para qualquer taxa de código, a potência do amplificador do transmissor deve ser capaz de aumentar a sua saída instantânea de potência sem distorcer o sinal. Assim, o output back-off do amplificador tem que ser maior do que o usual. Se ocorrer distorção, os ganhos sobre outros esquemas serão menores. Assim, o esquema proposto pode ser melhor para o downlink onde uma estação base serve vários usuários, e UCHÔA et al.: LATINCON09 - HYBRID ARQ WITH PARTIAL 421 então a maior limitação no projeto do amplificador de potência é limitada à estação base. Entretanto, o limitante imposto ao amplificador de potência é menor do que o limitante imposto pela modulação 16-QAM, onde a maior diferença de energia entre os símbolos é próxima de 10 dB. 450 400 Método Proposto EGC HARQ Tipo I 350 Nesta seção utilizaram-se simulações computacionais para verificar os resultados de throughput apresentados na seção anterior, e também para investigar o desempenho do método proposto e do EGC em termos de throughput número médio total de iterações. Nas seguintes simulações considerou-se um máximo de 50 iterações de decodificação, 8 retransmissões, tamanho do bloco bits, 1000 blocos para cada valor de , taxa do código , modulação BPSK, para o fixo canal AWGN. Além do mais, consideramos um para todas as retransmissões, que é igual ao valor de na primeira transmissão. A Fig. 4 apresenta o throughput teórico e simulado para o método proposto e o EGC versus , onde o canal direto é o AWGN. Na figura é apresentado também, como uma referência, o throughput do HARQ Tipo I sem combinação por diversidade. Através da figura, pode-se notar que o throughput estimado fica muito próximo dos resultados da simulação. Os casos das outras taxas ( e ) foram também testados e obtiveram resultados similares aos apresentados na Fig. 4. Os resultados apresentados na Fig. 4 mostram que o método proposto supera o EGC. Entretanto, uma vez que foi utilizada retransmissão parcial, pode ocorrer que no método proposto mais transmissões sejam necessárias para uma decodificação correta de um pacote do que no EGC. Por exemplo, na Fig. 4 em dB, de transmissões são necessárias ) para o EGC (assim obtendo um throughput de enquanto que transmissões são necessárias para o ). Estes método proposto (obtendo um throughput de resultados corroboram os resultados teóricos, de (4), da seção IV. Iterações 300 V. RESULTADOS DA SIMULAÇÃO 250 200 150 100 50 0 -5 -4 -3 -2 -1 0 E b/N0 (dB) 1 2 3 4 Figura 5: Número médio do total de iterações para o método proposto e o EGC em canal AWGN. Na figura é apresentado também para o HARQ Tipo I sem combinação por diversidade. O código LDPC é do IEEE 802.16e taxa com . Finalmente, na Fig. 5 mostramos o número total de iterações de decodificação necessária para decodificar um pacote com sucesso para o caso do método proposto, EGC e HARQ tipo I. O número total de iterações de decodificação considera que a transmissão original e todas as seguintes retransmissões. Por exemplo, se um pacote requer duas retransmissões para ser decodificado com êxito, o número total de iterações é entre 101 e 150, uma vez que se limita o número máximo de iterações por tentativa de decodificação a 50. A partir da figura podemos ver que o método proposto requer um pouco mais iterações de decodificação do que o clássico EGC. No entanto a partir da figura, podemos ver que a diferença não é em geral superior a 50 iterações, o que parece ser um aumento muito pequeno em comparação com os ganhos obtidos em termos de throughput, como mostrado na Fig. 4. Os resultados referentes ao throughput, atraso e número total de iterações de decodificação para os casos de outras taxas ( e ) apresentam conclusões semelhantes às do caso da taxa , e são omitidos aqui por questão de brevidade. 0.9 0.8 0.7 0.6 Throughput VI. ANÁLISE DE CROSS LAYER Método Proposto Teórico Método Proposto Simulado EGC Teórico EGC Simulado HARQ Tipo I Simulado 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 -5 -4 -3 -2 -1 0 Eb/N0 (dB) 1 2 3 4 Figura 4: Throughput teórico e simulado para o método proposto e o EGC em canal AWGN. Na figura é apresentado também o throughput do HARQ Tipo I sem combinação por diversidade. O código LDPC é do IEEE 802.16e taxa com . O TCP [28] é um protocolo de transporte orientado por conexão. O TCP é responsável por adaptar a taxa de transmissão conforme a largura de banda disponível, evitando o congestionamento da rede e criando uma conexão confiável através da retransmissão de pacotes perdidos. A confiabilidade é alcançada através de mensagens ACK transmitidas pelo receptor em resposta aos segmentos de dados de entrada. Um pacote é considerado perdido quando três ACKs repetidos para o mesmo pacote chegarem à origem, ou quando um ACK não for recebido na origem dentro de um período específico de tempo (tempo limite de retransmissão). Quando um segmento chega fora de ordem no receptor este faz com que ACKs duplicados sejam gerados e não é considerada como uma perda. Um segmento é retransmitido geralmente depois de três ACKs duplicados mesmo que o 422 A. Desempenho de Métodos HARQ Sobre o TCP O desempenho do throughput do TCP foi simulado usando o pacote NS-2 [30], onde o aplicativo que estava operando sobre TCP era o protocolo de transferência de arquivos (FTP). A topologia da simulação é mostrada na Fig. 6, onde N0 é o nó de origem. Os nós N1 e N2 representam os roteadores, enquanto o N3 é o nó de destino. Os nós (N0 N1) e (N2 - N3) são conectados através de um link bidirecional que tem 10 ms de atraso de propagação e capacidade de 10 Mbps. Os nós (N1 - N2) também estão conectados através de um link bidirecional que tem 10 ms de atraso de propagação, mas com capacidade de 1Mbps. Supomos uma alta capacidade de link entre os nós (N0 - N1) e nós (N2 - N3) é livre de erros. Estes podem ser links de fibra óptica, por exemplo. Assumimos que a ligação entre os nós de baixa capacidade (N1 - N2) é menos confiável. Esta conexão poderia ser uma conexão sem fio. N0 10 Mbps 10 ms Canal AWGN Métodos de HARQ N1 N3 10 Mbps 10 ms N2 1 Mbps 10 ms Figura 6: Cenário de rede que foi implementado no simulador NS-2. Uma vez que o TCP permite algumas retransmissões da camada física, considerar os casos em que o atraso máximo permitido corresponde à duração de dois ou três quadros da camada física, que por sua vez, é considerado como 288 bytes (2304 bits) de comprimento. Portanto, se a ligação entre nós (N1, N2) é utilizado o método clássico EGC, então uma ( ) ou duas retransmissões ( ) são permitidos. No entanto, se considerarmos o uso do método proposto, logo, três retransmissões ( ) ou seis retransmissões ( ) são permitidas. Observe que quando se utiliza o método proposto podemos permitir mais retransmissões porque são realizadas retransmissões parciais, com do comprimento do bloco de cada retransmissão do esquema clássico EGC. 0 10 EGC TX=3 EGC TX=2 Proposto TX=7 Proposto TX=4 -1 10 FER timer de retransmissão não tenha expirado. A fim de controlar a taxa de transmissão e evitar o congestionamento da rede, o número de pacotes que podem ser transmitidos sem receber um ACK é delimitado por um parâmetro chamado de janela de congestionamento (CW). O tamanho de CW é controlado dinamicamente de acordo com o estado da rede [29]. Para uma nova conexão, ou quando a retransmissão é gerada pelo timeout de ACK, a CW é configurada como na fase de início lento (slow start phase). Cada vez que um ACK é recebido, o CW é incrementado em um segmento. Durante a slow start phase, a CW aumenta até que um valor limite seja atingido, ou um tempo limite ocorra. Quando isso acontece, a slow start phase termina e uma segunda fase inicia chamada de (congestion avoidance phase). Nesta fase, a CW tem um crescimento linear. Um mecanismo adicional denotado de retransmissão rápida e de rápida recuperação também é empregado. Neste caso, uma perda de segmento é detectada e a recuperação de erro realizada antes que o timer de transmissão expire. Entretanto, a taxa de transmissão não é reduzida mesmo depois do tempo limite, porque há uma detecção de perda e de retransmissão inicial, aumentando o desempenho do TCP. O protocolo TCP foi inicialmente projetado para operar em redes com fio sem perdas. Seu desempenho em redes com perdas, como uma rede sem fio, pode ser severamente reduzido, pois as perdas de pacotes adicionais são induzidas pelo canal rádio. O TCP interpreta essas perdas como causadas pelo congestionamento da rede. Neste caso, o TCP requer mecanismos de controle de congestionamento que se destinam a reduzir o congestionamento da rede, reduzindo também a taxa de transferência de conexão e aumentando o atraso de transferência de dados fim – a – fim. Uma estratégia para minimizar a redução de throughput do TCP, em conexões sem fios, é empregar um mecanismo de retransmissão na camada de enlace de rádio, a fim de evitar que o TCP reinicialize na slow start phase. Retransmissões na camada de enlace são possíveis porque o valor de timeout do TCP é longo o suficiente para permitir a retransmissão de alguns quadros perdidos. IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 8, NO. 4, AUG. 2010 -2 10 -3 10 -6 -5 -4 -3 -2 E b/N0 (dB) -1 0 1 Figura 7: Taxa de erro de quadro (FER) versus para o código IEEE 802.16e LDPC com uma taxa de 5/6, para o método proposto e o clássico EGC, considerando os dois atrasos máximos permitidos na camada física. A Fig. 7 mostra a taxa de erro de quadro (FER), versus da ligação entre os nós (N1, N2), considerando o método proposto e o esquema clássico EGC, para os dois atrasos máximos permitidos na camada física. Os resultados na Fig. 7 são usados para modelar o desempenho de erro do link nas simulações do NS-2. UCHÔA et al.: LATINCON09 - HYBRID ARQ WITH PARTIAL 423 Finalmente, a Fig. 9 mostra a taxa de perda de pacotes do TCP, considerando o esquema proposto e o EGC, para os atrasos máximos permitidos na camada física. Como se poderia esperar, dado o resultado na Fig. 8, a taxa de perda de pacotes do TCP quando se considera o esquema proposto é consideravelmente menor do que quando se utiliza o clássico EGC. 700 Throughput (kbps) 600 EGC TX=3 EGC TX=2 Proposto TX=7 Proposto TX=4 500 400 VII. CONCLUSÃO 300 200 100 0 -6 -5 -4 -3 -2 Eb/N0 (dB) -1 0 1 Figura 8: Desempenho de throughput no TCP considerando um código LDPC do IEEE 802.16e com uma taxa de 5/6, para o método proposto e o clássico EGC, considerando os dois atrasos máximos permitidos na camada física. A Fig. 8 apresenta o desempenho de throughput do TCP, considerando que a conexão entre os nós da camada física (N1, N2) é modelada segundo o método clássico EGC e nosso método proposto. Os dois atrasos máximos permitidos são considerados. No caso de um atraso máximo igual a dois quadros da camada física o esquema proposto supera em torno de 2.5 dB melhor do que o clássico EGC (curvas EGC e Proposto na figura). Para o caso de um atraso máximo igual ao de três quadros da camada física, então a vantagem do esquema proposto é maior, sendo em torno de 3.5 dB. Além disso, é interessante notar que, considerando que o desempenho do esquema proposto é melhor do que do clássico EGC mesmo se considerarmos um atraso máximo de dois quadros de camada física para o esquema proposto, e três quadros para o EGC (curvas EGC e Proposto ). A vantagem do método proposto seria ainda de 1 dB. 100 90 80 Perda de Pacote (%) 70 60 EGC TX=3 EGC TX=2 Proposto TX=7 Proposto TX=4 50 40 30 20 10 0 -6 -5 -4 -3 -2 Eb/N0 (dB) -1 0 1 Figura 9: Perda de pacotes no TCP para o código LDPC do IEEE 802.16e com uma taxa de 5/6, para o método proposto e o método clássico EGC, e para os dois atrasos máximos admissíveis na camada física. Este artigo apresentou um novo esquema de HARQ usando códigos LDPC, retransmissões parciais, controle de potência e diversidade por combinação. O projeto foi baseado em análises das EXIT charts, bem como o método proposto mostrou superar o método clássico de HARQ com EGC. O EGC é considerado na literatura ser o melhor esquema de DC até agora para o canal AWGN. O método proposto, que divide as retransmissões em sub-pacotes de comprimento iguais, apresentou um desempenho de throughput melhor, exigindo para isso apenas um pouco mais iterações de decodificação. Além disso, uma análise do desempenho do TCP quando utiliza o método proposto na camada física resultou em melhorias significativas em termos de throughput e taxa de perda de pacotes, demonstrando assim a aplicabilidade do método proposto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] S. B. Wicker, Error Control Systems for Digital Communication and Storage, 1st ed. Englewood Clifs: Prentice-Hall, July 1994. [2] C. Lott, O. Milenkovic, and E. 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De Março 2003 à Novembro de 2003 ele foi Pesquisador Visitante no Department of Electrical and Computer Engineering na Universidade de Delaware, USA. Desde Abril de 2004 ele está na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Curitiba, Brasil, onde ele é atualmente Professor Adjunto. Suas áreas de interesse incluem sistemas de comunicação sem fio, códigos corretores de erros. Marcelo Eduardo Pellenz recebeu o título de Engenheiro Eletricista pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Brasil, em 1993. Ele recebeu os títulos de Mestre e Doutor em Engenharia Elétrica, pelo Departamento de Comunicações (DECOM), pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, Brasil, em 1996 e 2000, respectivamente. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Brasil. Atualmente ele está como Professor em Dedicação Exclusiva na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, Brasil. Suas áreas de interesse incluem transmissão digital, codificação de canal e fonte, redes sem fio, desempenho e modelamento de tráfico de rede.